Defesa de Mantega argumentou que ele poderia sofrer constrangimento por ser figura pública, além de risco de hostilização. Advogados pediram a suspensão de todo o processo.
Juiz da Lava-Jato determina que Guido Mantega coloque tornozeleira eletrônica
A defesa alegou que Mantega poderia sofrer constrangimento por ser figura pública, além de risco de hostilização.
Os advogados pediram a suspensão da colocação da tornozeleira até que o ministro analise o pedido liminar principal, de suspender toda a ação penal em trâmite na Justiça Federal do Paraná.
Para os advogados, a competência é da Justiça Federal do Distrito Federal.
Na decisão, Mendes diz haver “plausibilidade jurídica” no pedido da defesa e que a colocação da tornozeleira, antes da análise sobre a suspensão da ação, “poderia causar dano de difícil reparação”, concretizado “restrições à liberdade que passaria a sofrer”.
As medidas cautelares foram determinadas na 63ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na quarta-feira (21). O Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir a prisão preventiva de Mantega, mas teve o pedido negado pela Justiça.
Entre os argumentos do MPF, estava a possibilidade de Mantega refugiar-se na Itália, já que possui nacionalidade italiana, e o fato de ele ser titular e beneficiário final de pelo menos duas contas na Suíça, com ativos milionários.
No entanto, o juiz Luiz Antonio Bonat, responsável pelos processos da Lava Jato no Paraná, considerou que não há informações sobre o risco de fuga e que restringi-lo de sair do país e a apreensão do passaporte seriam medidas suficientes.
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