Boletim diário da ONU Brasil: “OPAS apresenta em Belo Horizonte perspectivas para eliminação da malária nas Américas” e 11 outros.
ONU Brasil Cancelar inscrição
|
|
qua, 31 de jul 17:52 (há 4 dias)
| |
|
|
| |
Posted: 31 Jul 2019 01:33 PM PDT
Instalação de mosquiteiros é uma das iniciativas de prevenção e controle da malária. Foto: Governo do Estado do Acre/Secom/Angela Peres
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou nesta quarta-feira (31), no município de Belo Horizonte (MG), as perspectivas para eliminação da malária nas Américas. A palestra foi dada no último dia do MEDTROP-PARASITO 2019, evento de medicina tropical que reuniu pesquisadores, cientistas, profissionais de saúde e estudantes.
“A maneira mais efetiva de eliminar e reduzir a malária no continente é intensificar as ações coordenadas nos municípios com maior carga, mas de uma forma intersetorial. Essa doença não deve ser considerada sob responsabilidade somente no setor de saúde. É importante trabalhar também, por exemplo, em parceria com áreas de educação, saneamento, moradia”, afirmou Sheila Rodovalho, consultora de malária da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Contraída por meio da picada de um mosquito infectado, a malária continua sendo uma das principais causas de mortes no mundo, com a estimativa de 219 milhões de casos e mais de 400 mil mortes relacionadas à doença em 2017. Aproximadamente 60% das mortes ocorrem entre crianças com menos de 5 anos.
Em maio de 2019, Argélia e Argentina foram oficialmente reconhecidas pela OMS como livres da malária. A certificação é concedida quando um país prova que interrompeu a transmissão autóctone da doença por pelo menos três anos consecutivos. Ao todo, 38 países e territórios já foram declarados livres da malária.
De acordo com a consultora, os principais fatores relacionados à transmissão dessa enfermidade nas Américas são atividades agrícolas (banana, açúcar, óleos de palmeiras); intensificação de outras atividades econômicas (pesca, castanha, açaí, construções); migração em busca de trabalho; conflitos de terra, atividades ilegais, migração urbana; pobreza, populações em condições de vulnerabilidade; e investimentos públicos e privados com pouco manejo ambiental.
“Todos os países podem acelerar os esforços para a eliminação através de combinações de intervenções adaptadas aos contextos locais. A apropriação e liderança do país, com envolvimento e participação das comunidades, são essenciais para acelerar o progresso”, destacou.
Para ela, é necessário melhorar a vigilância, o monitoramento e a avaliação, bem como a estratificação pela carga da malária. “Cada caso deve ser confirmado, tratado oportunamente e investigado, sendo necessário identificar se é importado ou autóctone (contraído localmente) e qual a extensão”.
|
Posted: 31 Jul 2019 01:23 PM PDT
Atrasar o aleitamento materno aumenta o risco de morte de recém-nascidos em até 80%. Foto: EBC
Em alusão à Semana Mundial de Aleitamento Materno, celebrada entre 1º e 7 de agosto, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), o Ministério da Saúde do Brasil e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se uniram em Brasília (DF) para reforçar a importância da amamentação não só para as crianças e para suas mães, mas para a sociedade como um todo.
“Gostaria de destacar o papel de cada um de nós no apoio às famílias, lembrando que o sucesso da amamentação não é responsabilidade exclusiva da mãe, mas uma responsabilidade social de todos nós”, afirmou a representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross.
Ela ressaltou que vários setores, além da saúde, precisam unir esforços para apoiar e proteger o aleitamento materno. “O trabalho intersetorial se torna necessário para garantir o exercício do direito que todas as mães têm de amamentar e o direito que todas as crianças têm de receber o melhor alimento que existe, indispensável e insubstituível para seu perfeito desenvolvimento”.
Gross disse ainda que, apesar de já existir ampla evidência sobre os benefícios do aleitamento materno, países das Américas ainda enfrentam desafios para construir um ambiente ideal para a amamentação.
“Na Região, temos taxas de aleitamento materno inaceitavelmente baixas. Apenas metade das crianças, ou seja, uma em cada duas, começam a ser amamentadas na primeira hora de vida. Além disso, apenas quatro em cada dez crianças são amamentadas exclusivamente até os 6 meses de idade e só três em cada dez continuam sendo amamentadas até os dois 2 anos de vida.”
Segundo a representante da OPAS/OMS no Brasil, é necessário superar todos os obstáculos que interferem na decisão das mães de amamentarem seus filhos, citando como exemplos a comercialização excessiva de substitutos de leite materno e a falta de apoio e de condições propícias à amamentação nos ambientes de trabalho.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltou o importante papel desempenhado pela atenção primária à saúde no apoio e na proteção ao aleitamento materno e reiterou que o Brasil continua cooperando com mais de 40 países na transferência de conhecimentos sobre bancos de leite humano e na construção de políticas que apoiam a amamentação. Na ocasião, lançou a nova campanha do Ministério da Saúde, cujo lema é “Amamentação. Incentive a família, alimente a vida”.
Segundo Luciano Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP, investir em aleitamento materno é investir em um “padrão ouro” de alimentação. “É um momento de programação metabólica da criança, que fará diferença para o resto de sua vida. O bebê que amamenta terá saúde, inteligência e desenvolvimento psicomotor diferenciados. Não existe investimento em saúde que dê mais retorno financeiro que o investimento em aleitamento materno”, finalizou.
Panorama mundial
O leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos e crianças com até 2 anos. No entanto, cinco em cada 20 bebês (52%) na América Latina e no Caribe não são amamentados em sua primeira hora de vida, o que é uma medida essencial para salvar vidas.
Estima-se que, em 2017, 78 milhões de recém-nascidos no mundo tiveram que esperar por mais de uma hora para serem colocados no peito de suas mães, segundo o relatório publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela OMS, “Capture the moment”, que analisa dados de 76 países.
A OPAS/OMS recomenda iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, assim como o aleitamento materno como forma exclusiva de alimentação até os seis meses de idade e, de maneira completar, até os dois anos.
|
Posted: 31 Jul 2019 12:53 PM PDT
Clique para exibir o slide.Sair de seu país e deixar tudo para trás em busca de proteção é uma decisão difícil de tomar. E para as pessoas refugiadas, o processo de integração em um novo país é ainda mais desafiador quando refugiados e migrantes precisam vencer a barreira do idioma local.
Foi a partir dessa compreensão que professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) desenvolveram o projeto “Português para Acolhimento” que oferece aulas do idioma utilizando ferramentas digitais e promovendo a educação ao integrar idioma e tecnologia.
O curso dura dez meses e suas aulas já alcançaram mais de 530 refugiados e migrantes venezuelanos em Boa Vista (RR), capital do estado. A última turma se formou há cerca de um mês, e entre os graduados estava a venezuelana Adriana Duarte, de 35 anos, que chegou ao Brasil no início deste ano.
No início de sua jornada no Brasil, Adriana fazia alguns trabalhos audiovisuais (sua especialidade) em Boa Vista. Após o curso, e podendo se comunicar melhor, oportunidades mais concretas foram aparecendo.
Hoje, ela trabalha no Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), uma organização não governamental que atua nas áreas de educação, sustentabilidade e inclusão social.
Adriana atende o público externo – inclusive outros venezuelanos que vivem dentro e fora dos abrigos – informando sobre oportunidades de empreendimento, questões da legislação brasileira e temas como sustentabilidade e inclusão social. Além disso, continua prestando serviços a uma produtora de vídeo local.
“Saber falar o português nos dá força e poder para lutar por nossos sonhos. Depois da formatura consegui me estabelecer como profissional na área de comunicação e hoje estou trabalhando para uma organização que apoia os venezuelanos que estão chegando”, afirma Adriana, orgulhosa.
A turma de Adriana, que se formou em junho, reuniu 64 refugiados e migrantes venezuelanos (adultos e crianças, indígenas e não indígenas). Eles concluíram o curso de língua portuguesa e educação digital.
O projeto “Português para Acolhimento” tem apoio da empresa de tecnologia Ericsson, que forneceu equipamentos como computadores e tablets, e também capacitou os professores. Outra ferramenta bastante utilizada durante as aulas é o portal HELP ( https://help.unhcr.org) da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), que oferece informações sobre o Brasil em vários idiomas.
O ACNUR também apoiou o projeto oferecendo o espaço para as aulas e outros materiais por meio do suporte financeiro da União Europeia, que tem contribuído com o fortalecimento da resposta aos venezuelanos na região norte do Brasil e ajudando a promover a integração dessas pessoas. A Cooperativa dos Produtores Culturais do Estado de São Paulo (COOPCESP) também colaborou com a iniciativa.
Após o curso, alunos e professores mantiveram contato por meio de grupos de mensagens em que oportunidades de trabalho e dicas de português são regularmente trocadas. A integração sempre foi a palavra-chave do projeto, não apenas entre idiomas e tecnologia, mas também entre nacionalidades e etnias.
Isso possibilitou também um maior relacionamento pessoal entre os participantes. Para o jovem indígena venezuelano da etnia Warao, Yonder Rivas, de 15 anos, o curso ajudou a quebrar a primeira barreira do idioma, fazendo com que ele se aproximasse mais das pessoas. “Agora eu já sei dizer ‘bom dia’, ‘boa noite’ e ‘com licença’”, revela.
Enquanto morou no abrigo indígena Janokoida, na cidade fronteiriça de Pacaraima (a 200 quilômetros de Boa Vista), Yonder participou do projeto “Canarinhos da Amazônia”, também apoiado pelo ACNUR com fundos da União Europeia. Vivendo agora em Boa Vista no abrigo Pintolândia, ele teve acesso ao projeto “Português para Acolhimento” e é muito agradecido por esta oportunidade.
Quando perguntado qual é a frase em português que mais gosta, Yonder diz: “eu gosto da vida”. Para ele, essa frase “o faz viver e continuar”. E complementa: “se eu aprender a falar a língua do Brasil, vou conseguir estudar, trabalhar e ter mais oportunidades”.
Além da resposta de emergência (com ações de registro, abrigamento, alimentação e saúde), fornecer meios de capacitar refugiados a trilharem os seus próprios caminhos é fundamental, explica Marília Cintra Correa, assistente sênior de soluções duradouras do escritório do ACNUR em Roraima.
“Quando alguém é forçado a deixar seu país, a pessoa não pode levar quase nada. Mas uma coisa ninguém pode tirar de você: o seu conhecimento, e estamos sempre trabalhando nesse sentido”, diz Marília.
“A universidade tem papel fundamental na recepção desses refugiados e migrantes ao oferecer oportunidade de conhecimento aos que chegam”, diz Jefferson Fernandes do Nascimento, reitor da UFRR. Ele entende o contato com os venezuelanos como uma importante oportunidade para os alunos e professores desenvolverem estudos sobre a situação que estão presenciando.
Muito efusiva ao cumprimentar outros colegas e convidados, Adriana responde em português qual a palavra que mais gostou de aprender. “Saudade, que só existe em português e explica muito bem o que tenho no meu coração”. “Mas estou muito feliz por estar aqui, ainda mais agora que posso me expressar e os outros me entenderem”, complementa.
|
Posted: 31 Jul 2019 11:26 AM PDT
Ana Dayse Dorea fala da importância da Gestão Escolar para a educação de Maceió. Foto: SECOM Maceió/Pei Fon
As múltiplas dimensões da gestão escolar são o tema do seminário realizado em Maceió (AL), nesta semana, pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O evento, que segue até a próxima sexta-feira (2), visa capacitar gestores de escolas da rede municipal de ensino, além de compartilhar boas práticas e refletir sobre o pacto de gestão – documento que compactua metas entre gestores e a secretaria.
Entre os temas em debate estão a resiliência escolar como fator de desenvolvimento educacional, o enfrentamento de conflitos que influenciam o clima escolar, a administração eficiente, a importância da organização para bons resultados e a gestão no âmbito da base comum curricular. As palestras e os painéis de apresentação e debate são liderados por especialistas da área.
A secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, destaca a importância da capacitação para o bom funcionamento das escolas. “A escola é feita de professores, de trabalhadores, mas ela precisa ter gestão. Por isso, fazemos eleição para escolher diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos. No entanto, ninguém nasce sendo gestor. Por isso, estamos trazendo pessoas muito experientes para falar sobre o que é a gestão escolar e para contar experiências de sucesso”, explica.
Para o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, capacitar a comunidade escolar é fundamental. “Todo conhecimento e capacitação repassados para quem faz nossas escolas é um ganho para todos: professores, estudantes e pais de alunos. Todo mundo sai ganhando, todos melhoram a partir de uma gestão de excelência. É isso que buscamos: crescer sempre”.
A coordenadora-geral do projeto SEMED/PNUD, Rita Ippolito, concorda. “Estamos apostando na capacitação desses servidores e, ao longo dos anos, estaremos colhendo muitos resultados positivos, que só são possíveis quando combinamos gestão escolar e projeto pedagógico. Assim, sabemos que vamos atingir nosso objetivo principal: o aprendizado das crianças”, afirma.
A SEMED e o PNUD mantêm um acordo de cooperação técnica desde 2014, com foco em pesquisa, diagnóstico e apresentação de novas propostas pedagógicas para a educação nas várias modalidades de ensino no município.
|
Posted: 31 Jul 2019 11:21 AM PDT
A banda pop sul-coreana com a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore. Da esquerda para direita, j-hope, Jin, Jungkook, RM, V, Suga e Jimin. Foto: UNICEF/Nesbitt
Na semana em que a ONU comemora o Dia Internacional da Amizade, 30 de julho, os integrantes da banda de pop sul-coreano BTS divulgaram na terça-feira um vídeo de conscientização sobre o bullying nas escolas. A produção audiovisual pede que os jovens respeitem uns aos outros e iluminem o dia de um colega com atos de gentileza e bondade. Iniciativa faz parte de campanha do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Em todo o mundo, cerca de 150 milhões de estudantes — metade de todos os alunos de 13 a 15 anos de idade — relatam ter sofrido violência por parte de colegas, dentro e nos arredores dos espaços escolares.
O vídeo do BTS apresenta o grupo cantando o seu sucesso Answer: Love Myself. A obra acompanha crianças e jovens que enfrentam incidentes de violência, intimidação e medo nos lugares onde estudam. Conforme a história avança, os espectadores observam uma mudança de comportamento entre os meninos e meninas, quando seus colegas começam a oferecer amizade, apoio e amor.
A produção audiovisual é parte dos esforços da banda de k-pop para arrecadar fundos para o UNICEF. A campanha conhecida como LOVE MYSELF, criada pelo grupo e pela Big Hit Entertainment, já angariou mais de 2 milhões de dólares, usados pela agência da ONU para combater a violência em ambientes de ensino.
“Nossa campanha LOVE MYSELF tem tudo a ver com encorajar todos os jovens para que encontrem o amor dentro deles e espalhem esse amor entre os outros”, disse o BTS.
“Queremos que todos participem do fim da violência, compartilhando amor e bondade.”
Em dezembro do ano passado, crianças e adolescentes de todo o mundo elaboraram o Manifesto Jovem #ENDviolence, que chama governos, professores, pais e jovens a eliminar a violência nas escolas. O objetivo das reivindicações é garantir que os estudantes se sintam seguros nos colégios. O documento propõe o compromisso de ser respeitoso com os colegas.
O UNICEF convida meninos e meninas a dar o primeiro passo, deixando uma mensagem gentil para alguém, seja na vida real ou na internet, e compartilhando-a para que outros vejam.
“Crianças e jovens têm nos dito repetidamente que ser tratados com gentileza e respeito os ajuda a se sentir seguros dentro e no entorno da escola”, afirmou a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore.
“Todos os dias, os estudantes enfrentam uma série de atos violentos, desde agressões físicas e intimidação até castigos corporais, agressões sexuais e assédio online. Sendo gentis, as crianças e os jovens podem mostrar seu apoio uns aos outros e iluminar o dia de alguém. Somos gratos ao BTS por seu compromisso contínuo em garantir que nenhuma criança tenha medo de ir à escola.”
|
Posted: 31 Jul 2019 10:52 AM PDT
À esquerda, Qu Dongyu, diretor eleito da FAO, ao lado de José Graziano da Silva, à direita, atual chefe da agência da ONU. Foto: FAO/Alessandra Benedetti
As políticas públicas e os programas de proteção social são fundamentais para reduzir a fome no mundo, enquanto a qualidade de nossos alimentos deve ser melhorada, afirmou nesta quarta-feira (31) o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, no ato de transmissão do cargo em seu último dia à frente do organismo da ONU.
Seu sucessor, o chinês Qu Dongyu assumirá o cargo na quinta-feira (1º) para um mandato que irá durar até 31 de julho de 2023.
Graziano da Silva destacou o papel da FAO de impulsionar mudanças e melhorar a vida das pessoas vulneráveis, dando a elas capacidade técnica, em especial nos países em desenvolvimento. Também lembrou a importância das atividades normativas da Organização, que conta com 194 Estados-membros.
“Não há nenhuma dúvida de que Qu Dongyu tem muito a oferecer à FAO em termos de conhecimento e experiência”, afirmou.
Qu Dongyu agradeceu Graziano pelo “processo de transição suave”, descrito como “uma nova cultura para a FAO”. Também manifestou “profundo respeito” pelo trabalho do brasileiro à frente da Organização.
Olhando para o futuro, Qu Dongyu afirmou: “pretendo trabalhar por uma FAO que aplique a ciência moderna e a tecnologia, e que adote enfoques inovadores”. “Meu objetivo é fazer da FAO uma organização mais dinâmica, transparente e inclusiva nos próximos quatro anos”, completou.
Ele também destacou a necessidade de estabelecer diálogo, construir confiança, aumentar a eficiência e se centrar na prestação de contas. O novo diretor-geral da FAO foi eleito em 23 de julho e se tornará a nona pessoa a ocupar o cargo desde a fundação da Organização em 16 de outubro de 1945.
|
Posted: 31 Jul 2019 10:29 AM PDT
Economia latino-americana deve crescer 0,5% em 2019, de acordo com projeções da CEPAL. Foto: EBC
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) prevê desaceleração do crescimento econômico da região este ano, diante de um contexto internacional de maiores incertezas e complexidades e de um enfraquecimento dos investimentos, das exportações e do consumo.
A conclusão é do relatório anual “Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2019”, divulgado nesta quarta-feira (31) pela secretária-executiva do organismo das Nações Unidas, Alicia Bárcena, em coletiva de imprensa em Santiago, no Chile.
Segundo o documento, a região crescerá este ano apenas 0,5%, cifra inferior ao 0,9% registrado em 2018. Esse desempenho é atribuído aos efeitos de um enfraquecimento da economia global, o que provocou um cenário internacional desfavorável para a região. Para o Brasil, a projeção é de crescimento de 0,8% este ano.
Além disso, no âmbito interno, o baixo crescimento se deve ao pouco dinamismo exibido pelo investimento, pelas exportações e pela queda do gasto público e do consumo privado.
Diferentemente de anos anteriores, em 2019, a desaceleração será generalizada e afetará 21 dos 33 países da América Latina e do Caribe. Em média, a expectativa é de que a América do Sul cresça 0,2%, a América Central, 2,9%, e o Caribe, 2,1%.
“A região enfrenta um contexto externo com maiores incertezas e complexidades crescentes: menor dinamismo da atividade econômica mundial e do comércio global; maior volatilidade e fragilidade financeira; questionamentos ao sistema multilateral e um aumento das tensões geopolíticas”, disse Bárcena.
De acordo com o “Estudo Econômico 2019”, o espaço fiscal foi restringido por níveis de arrecadação insuficientes para cobrir o gasto, o que deriva em déficits e em um aumento do endividamento nos últimos anos.
Além disso, os efeitos da crescente volatilidade cambial e das maiores depreciações de moeda limitarão a possibilidade de os bancos centrais da região aprofundarem políticas de estímulo da demanda agregada, o que se soma ao fato de que os condicionantes estruturais acentuam a vulnerabilidade externa e não ajudam a dinamizar o crescimento (estrutura exportadora centrada majoritariamente em bens primários e queda tendencial da produtividade).
Segundo a CEPAL, é necessário expandir o espaço das políticas para fazer frente à desaceleração e contribuir para o crescimento econômico, com medidas tanto na área fiscal como na área monetária e relacionadas com o investimento e a produtividade.
Em matéria fiscal, é necessário reduzir a evasão tributária e os fluxos financeiros ilícitos, impulsionar a adoção de impostos à economia digital, ambiental e relacionados à saúde pública, e reavaliar os gastos tributários para alinhá-los ao investimento produtivo.
Na área monetária, é necessário promover o crescimento econômico sem comprometer a estabilidade cambial e de preços, enquanto que em matéria de investimento e produtividade é imprescindível elevar a participação dos setores intensivos em conhecimento na estrutura produtiva, por meio de um papel mais ativo do investimento público e privado; reorientar os investimentos para os setores de maior dinamismo; e adotar políticas de estímulo que tenham impactos em termos de inovação, aprendizagem e empregos de qualidade.
A segunda parte do estudo analisa as mudanças estruturais ocorridas no sistema financeiro internacional e nos instrumentos e agentes após a crise global de 2007-2008, de uma perspectiva regional.
O relatório afirma que o mercado de bônus ganhou importância relativa em relação ao sistema bancário. Também mostra que se intensificaram os níveis de concentração, interconectividade e pró-ciclicidade. Além do nível de endividamento global estar em níveis recordes (320% do PIB), em um contexto de baixo crescimento.
Com o objetivo de fazer frente a esses desafios, é necessário, de um lado, ampliar e padronizar o espectro dos indicadores de vulnerabilidade. Do outro, trata-se de avançar para uma regulação macro prudencial mais ampla e homogênea que abarque não apenas o setor bancário formal, mas todos os agentes financeiros – incluindo o setor bancário sombra (paralelo, não regulamentado) – assim como os diferentes instrumentos, indica o documento.
Mais informações:
|
Posted: 31 Jul 2019 08:51 AM PDT
Foto: Agência Brasil
Por Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI)
A atividade econômica na América Latina e Caribe permanece avançando lentamente. O PIB real deve crescer 0,6% em 2019 — a taxa mais baixa desde 2016 — para então subir para 2,3% em 2020.
Esse fraco dinamismo reflete surpresas negativas no primeiro semestre de 2019, a elevada incerteza em torno das políticas econômicas em algumas das grandes economias da região, o aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China e um crescimento mundial um pouco menor.
Crescimento mais lento
A atividade econômica anêmica no primeiro semestre deste ano reflete em grande parte fatores temporários, como condições climáticas adversas que reduziram a produção da mineração no Chile e a safra agrícola no Paraguai. A atividade mineradora no Brasil moderou-se após o desastre da barragem de Brumadinho, enquanto o crescimento no México enfraqueceu-se devido a uma execução orçamentária abaixo do esperado, a greves e à escassez de combustível.
Imagem: FMI
A elevada incerteza acerca das políticas econômicas em algumas economias de grande porte na região também contribuiu para o fraco dinamismo do crescimento. No Brasil, as preocupações com o cronograma e abrangência da tão necessária reforma da previdência — um projeto de lei tramita atualmente no Congresso — mantiveram a incerteza em torno das políticas acima das médias históricas.
De maneira análoga, no México, a incerteza permanece alta devido à reversão de certas políticas, sobretudo no que diz respeito às reformas nos setores de energia e educação. Além disso, continua a preocupação com a saúde financeira e as perspectivas da PEMEX. Já na Argentina, a incerteza diminuiu e, mais recentemente, a inflação começou a cair, em meio a uma retomada da atividade econômica.
O crescimento mundial mais fraco e a persistência das tensões comerciais entre os EUA e a China também prejudicaram a América Latina através do seu impacto sobre os preços das commodities e sobre as exportações [atualização do WEO].
Riscos: externos e internos
Os riscos para as perspectivas econômicas continuam a apontar no sentido de uma deterioração, incluindo-se uma nova escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China, uma desaceleração nas principais economias e condições financeiras mundiais mais restritivas.
Os principais riscos internos incluem um novo aumento da incerteza em torno das políticas econômicas, a reversão das reformas e a ocorrência de desastres naturais. Embora os fluxos de carteira tenham sido fortes no início deste ano, recuaram em maio e junho e podem cair ainda mais caso os riscos de deterioração venham a se materializar.
Em vista das fracas perspectivas de crescimento e dos consideráveis riscos de deterioração da conjuntura, as políticas econômicas precisarão encontrar um equilíbrio entre o apoio ao crescimento e a reconstrução de suas margens de manobra.
Políticas: uma abordagem equilibrada
A consolidação fiscal continua a ser uma prioridade em muitos países da região, dados os níveis elevados de endividamento público. Isso provavelmente reduzirá o crescimento, mas seus efeitos contracionistas podem ser atenuados se o investimento público e as despesas sociais bem focalizadas forem preservadas e, ao mesmo tempo, aumentarem a arrecadação e cortarem gastos não prioritários.
À luz da desaceleração do crescimento mundial e de uma tendência de os principais bancos centrais das economias avançadas adotarem uma orientação mais expansionista, a política monetária pode continuar a apoiar o crescimento na região, sobretudo se forem levados em conta as expectativas de inflação bem ancoradas, os hiatos do produto negativos e as pressões inflacionárias, de modo geral moderadas, na maioria dos países. Contudo, convém continuar a monitorar a alavancagem das empresas e dos domicílios para proteger a estabilidade financeira.
Além das políticas para apoiar uma recuperação cíclica, as reformas estruturais continuam a ser um imperativo e devem ser aceleradas para impulsionar o crescimento potencial. Entre elas, destacam-se uma maior abertura das economias ao comércio e ao investimento direto estrangeiro, uma flexibilização da regulamentação nos mercados de produtos e de trabalho, o aumento da concorrência e a melhoria da qualidade do capital físico e humano.
América do Sul
Na Argentina, a economia está se recuperando gradualmente da recessão do ano passado. Segundo as projeções, o crescimento do PIB aumentará para -1,3% em 2019 e 1,1% em 2020, graças à retomada da produção agrícola e à reconstrução gradativa do poder de compra do consumidor, após a forte compressão dos salários reais do ano passado. A expectativa é de que a inflação continue a cair. No entanto, dado que a inflação mostrou-se mais persistente do que o esperado, os juros reais terão de permanecer mais elevados por mais tempo, o que explica uma revisão para baixo do crescimento do PIB em 2020.
No Brasil, o crescimento deve permanecer moderado, na casa de 0,8% em 2019, e acelerar para 2,4% em 2020, desde que uma reforma robusta da previdência seja aprovada, a confiança seja retomada, o investimento se recupere e a política monetária permaneça acomodatícia. Além do êxito na aprovação da reforma da previdência, uma redução contínua do déficit fiscal nos próximos anos continua a ser fundamental para a sustentabilidade da dívida pública. Para impulsionar o crescimento potencial, o Brasil precisa de reformas estruturais decisivas, como uma reforma tributária, privatizações, a liberalização do comércio e medidas para aumentar a eficiência da intermediação financeira.
No Chile, o crescimento deve permanecer robusto, na casa de 3,2% em 2019 e 3,4% em 2020, apoiado por uma política monetária expansionista e pela anunciada aceleração dos projetos de investimento. Entretanto, o balanço de riscos continua a apontar para uma deterioração, sobretudo à luz da debilidade dos dados de atividade econômica recentes e do desempenho das exportações. A convergência gradual da inflação para a meta do Banco Central deve ser facilitada pela recente flexibilização da política monetária, enquanto a política fiscal deve continuar a ser orientada pela meta para o saldo estrutural das autoridades. Considerando a elevada incerteza mundial, chegar a um amplo acordo sobre as reformas pendentes será crucial para apoiar a confiança interna.
Na Colômbia, a recuperação deve continuar em 2019 apesar dos ventos externos contrários. A política monetária acomodatícia, as despesas dos governos subnacionais em um ano de eleição, a migração da Venezuela, a implementação continuada de projetos de infraestrutura 4G e o impacto positivo das recentes reformas fiscais sobre o investimento apoiarão a demanda interna e elevarão o crescimento para cerca de 3,5% em 2019-20. A inflação deve permanecer próxima da meta, apesar dos choques de oferta temporários. A expectativa é de que a meta para o déficit público recém-anunciada pelo governo para 2019 seja cumprida. Contudo, a redução dos impostos sobre a pessoa jurídica a partir de 2020, embora impulsione o investimento e o crescimento, pode resultar numa queda da arrecadação.
No Peru, as projeções de crescimento foram revisadas para baixo, ainda que ligeiramente, para 3,7% em 2019, devido ao fraco desempenho no primeiro trimestre. Os riscos de deterioração continuam a ser importantes, incluindo-se a queda dos preços das commodities, a continuação das tensões comerciais e a baixa execução do investimento público. Segundo as projeções, o crescimento se estabilizará em torno de 4% no médio prazo, com uma demanda interna privada robusta compensando uma consolidação fiscal gradual. A inflação deve se manter dentro do intervalo de 1% a 3% fixado pela autoridade monetária.
Na Venezuela, a crise econômica e humanitária continua a se agravar. O PIB real deve cair 35% em 2019, elevando o declínio acumulado estimado para mais de 60% desde 2013. Segundo as projeções, a hiperinflação vai continuar e a migração para o exterior vai se intensificar, e a previsão é de que o total de migrantes da Venezuela ultrapasse os 5 milhões até o fim de 2019. Esse êxodo está gerando efeitos secundários consideráveis em outros países da região.
México, América Central e Caribe
No México, o crescimento foi revisado para 0,9% em 2019 devido à queda do dinamismo e à elevada incerteza em torno das políticas econômicas, mas a previsão é de que atinja 1,9% em 2020 à medida que as condições se normalizem. O cumprimento da meta para o déficit fiscal em 2019 — bem como a aprovação de um orçamento prudente para 2020 — será importante para provar o compromisso do governo de manter a responsabilidade fiscal e evitar um aumento da relação dívida pública/PIB. O avanço de reformas estruturais que aumentem a produtividade continua a ser crucial para impulsionar o crescimento potencial do México a médio prazo.
Na América Central, Panamá e República Dominicana, a previsão é de que o crescimento continue em 2019-20, apesar das revisões para baixo. As condições externas tiveram uma melhora marginal com o declínio dos juros mundiais. No entanto, os termos de troca não se recuperaram da queda do ano passado. As perspectivas de crescimento na Costa Rica e no Panamá foram reduzidas para 2019, refletindo um enfraquecimento da atividade maior do que o previsto até agora neste ano.
A Guatemala está sendo beneficiada por um impulso fiscal, enquanto Honduras ainda está enfrentando termos de troca desfavoráveis. Em El Salvador, o crescimento continua a ser impelido pelo investimento, enquanto a continuação das tensões políticas na Nicarágua está prejudicando consideravelmente a atividade no país. Uma forte contração das condições financeiras externas e uma nova escalada das tensões do comércio mundial ainda despontam como riscos proeminentes de deterioração da conjuntura.
No Caribe, as perspectivas econômicas estão melhorando de modo geral, mas com uma variação substancial entre os países. A previsão é de que o crescimento das economias dependentes do turismo se fortaleça e atinja 2% em 2019-20, apoiado por um crescimento ainda forte nos EUA — o principal mercado para o turismo na região — e pela continuação da reconstrução após os furacões de 2017.
Com a melhoria da produção de energia e o aumento dos preços das commodities, os países exportadores desses produtos devem registrar uma modesta recuperação do crescimento, exceto a Guiana, onde o início da produção de petróleo em 2020 dará um impulso substancial à economia.
De forma mais geral, o crescimento regional continua a ser prejudicado por problemas estruturais persistentes, como a dívida pública elevada, o fraco acesso a financiamento, o alto desemprego e a vulnerabilidade aos choques relacionados às commodities e ao clima.
Imagem: FMI
|
Posted: 31 Jul 2019 08:37 AM PDT
Por muito tempo, o alto nível de contaminação pelo HIV na África Subsaariana foi atribuído à pobreza sistêmica, o que impulsionou a criação de diversos programas de transferência de renda destinados à população mais pobre. Na foto, uma menina espera para receber água na República Democrática do Congo. Foto: UNICEF / Olivier Asselin
Estudos recentes mostram que o número de pessoas vivendo com a Aids na África Subsaariana é maior em grupos com melhores condições socioeconômicas. De acordo com o pesquisador do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), Pedro de Lara Arruda, melhores condições socioeconômicas permitem um maior acesso à mobilidade e disponibilidade de tempo de lazer, o que facilita a manutenção de relacionamentos extraconjugais.
“Essa peculiaridade africana reflete o quanto a epidemia também é movida por relacionamentos sexuais simultâneos em um ambiente geralmente heterossexual”, diz Arruda.
No artigo recém-publicado pelo IPC-IG — “O papel potencial das transferências sociais na luta contra o HIV/Aids na África Subsaariana” —, Arruda questiona a eficácia dos programas de transferência de renda voltados para a população economicamente vulnerável no controle da epidemia na região.
Por muito tempo, o alto nível de infecção pelo HIV na África Subsaariana foi atribuído à pobreza sistêmica, o que impulsionou a criação de diversos programas de transferência de renda destinados à população mais pobre. Para Arruda, estes programas são importantes para melhorar os índices de qualidade de vida dos doentes em situação de pobreza, mas é preciso focar na prevenção da doença entre os mais ricos para alcançar resultados mais expressivos.
Ainda assim, Arruda não descarta o papel das transferências de renda na luta contra a Aids na África Subsaariana. Para ele, as dinâmicas de prevenção, contágio e tratamento não são as mesmas entre os diferentes grupos sociais. “As dinâmicas da epidemia entre os pobres podem ser muito diferentes daquelas entre os ricos — isso sem contar aqueles na comunidade lésbica, gay, bissexual e transgênero (LGBT), pessoas que injetam drogas, profissionais do sexo e outros grupos sociais”.
Crianças e adolescentes
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem na África Subsaariana mais de 2 milhões de pessoas vivendo com HIV com menos de 15 anos. A Organização também alerta para o fato de 90% das crianças vivendo com HIV no continente africano estarem na região Subsaariana.
Apesar dos esforços para implementar programas sociais que possibilitem uma ampliação do acesso a serviços de saúde e educação, crianças e adolescentes da região continuam sendo muito vulneráveis à infecção. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apontam que mais de 5 milhões de jovens entre zero e 19 anos serão infectados pelo vírus na África Subsaariana entre 2017 e 2050.
Clique aqui para acessar o artigo original (em inglês).
|
Posted: 31 Jul 2019 07:55 AM PDT
Nos fins de semana de 3 e 4 de agosto, a Prefeitura de São Paulo oferece o evento cultural SLOWKIDS com atividades ao ar livre voltadas a bebês, crianças e seus cuidadores. Foto: UNICEF
A Prefeitura de São Paulo e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promovem de 1º a 7 de agosto na capital paulista a II Semana Municipal da Primeira Infância, cujo objetivo é estabelecer um espaço de reflexão, discussão e troca de experiências a respeito da primeira infância, além de promover o envolvimento da sociedade e das famílias na valorização e nos cuidados dessa fase da vida (0 a 6 anos).
Clique aqui para acessar a programação do evento, que inclui uma cerimônia solene com a presença do prefeito e de secretários municipais, a entrega do selo “CEI Amigo do Peito”, palestra de Lino de Macedo e rodas de conversa e debates sobre temas relevantes e o Plano Municipal pela Primeira Infância.
Faça sua inscrição aqui: http://bit.ly/smpi2sec.
Nos fins de semana de 3 e 4 de agosto, a Prefeitura oferece o evento cultural SLOWKIDS com atividades ao ar livre voltadas a bebês, crianças e seus cuidadores. As atividades ocorrerão das 10h às 16h na Praça Brasil, em Itaquera, no sábado (3), e no Parque do Ibirapuera no domingo (4). Acesso pelo Portão 2.
Entre os dias 5 e 7 de agosto, as Secretarias Municipais de Saúde, Assistência e Desenvolvimento Social, Educação e Esportes e Lazer desenvolverão, em seus equipamentos e serviços, diferentes atividades voltadas para a promoção do desenvolvimento integral de crianças na primeira infância.
Haverá palestras, rodas de conversa e oficinas sobre temas como aleitamento materno, alimentação saudável, cuidados na primeira infância, entre outros, além de atividades lúdicas para toda a família.
Veja o calendário das atividades:
Serviços de Assistência Social à Família (SASFs)
Rede de Atenção Básica da Saúde
Centros de Esportes e Lazer
Sobre o UNICEF
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.
|
Posted: 30 Jul 2019 02:28 PM PDT
Criança iemenita é examinada em centro de nutrição. Foto: UNICEF/Al Ghabri
O Fundo das Nações Unidas para a Infância ( UNICEF) afirmou que entregou assistência financeira neste mês para quase 9 milhões de pessoas no Iêmen, onde uma guerra civil já deixou 80% da população — em torno de 24 milhões de cidadãos — em necessidade de ajuda humanitária.
Desde agosto de 2017, a agência da ONU disponibiliza, a cada trimestre, em torno de 30 dólares, pagos na moeda local, para cerca de 1,5 milhão de famílias. A mais recente rodada de distribuição da assistência financeira começou em 16 de junho e terminou em 15 de julho.
“Com o dinheiro que recebo do projeto, compro trigo, açúcar, óleo e outros alimentos. Embora a quantia não seja grande, cobre gastos de vida e alimentação”, conta a iemenita Fatima Hussain Al-Tayari, viúva de 55 anos e mãe de cinco filhos. Ela e as crianças vivem nos arredores da capital do Iêmen, Sanaa.
A maioria das famílias no país esgotou seus recursos financeiros. Para lidar com a miséria, muitos iemenitas se viram forçados a casar suas filhas e filhos ainda menores de idade ou a colocar as crianças para trabalhar.
O UNICEF afirmou que a assistência financeira ajuda as famílias a sobreviver, mas “para aliviar o sofrimento das crianças, a guerra precisa acabar, a fim de permitir a recuperação e a volta para uma vida normal”.
“Neste meio tempo, a comunidade internacional deve continuar fornecendo os recursos necessários para responder às necessidades urgentes de crianças em todos os setores”, completou o organismo internacional.
O projeto de transferência emergencial de renda é financiado pelo Banco Mundial, por meio da Associação Internacional de Desenvolvimento. A iniciativa recebe contribuições do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID), através de um fundo de múltiplos doadores do Banco Mundial. A estratégia é cofinanciada também pelo escritório do Departamento de Estado dos EUA para Assuntos do Oriente Próximo.
|
Posted: 30 Jul 2019 02:20 PM PDT
Centro de Porto Alegre visto do rio Guaíba. Foto: Wikimedia Commons/Ricardo André Frantz (CC)
Representantes do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) reuniram-se na sexta-feira (26) com o governo do Rio Grande do Sul para apresentar o andamento do trabalho de consultoria realizado pela agência da ONU no monitoramento do uso da força no estado. A iniciativa ocorre no âmbito do Programa Oportunidades e Direitos (POD), cofinanciado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A reunião foi realizada entre o analista sênior de programa do UNODC, Eduardo Pazinato, e o vice-governador e secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior.
Pazinato destacou a importância estratégica do Observatório Estadual da Segurança Pública, implementado em 2018 com o apoio técnico do UNODC, e compartilhou os avanços da utilização do Índice de Compliance da Atividade Policial (ICAP), concebido e desenvolvido pela agência da ONU para avaliar a estratégia de policiamento comunitário nas cidades de Alvorada, Porto Alegre e Viamão.
Já o secretário de Segurança Pública do estado elogiou a parceria com o escritório da ONU e salientou a importância de prorrogá-la por mais um ano, em conjunto com o aditivo do acordo de financiamento do BID, que deverá ser renovado até o final de 2020.
Os representantes também conversaram sobre a relevância do Programa Estadual Rio Grande do Sul Seguro, capitaneado pelo gabinete do vice-governador, que vem reunindo esforços de políticas de segurança pública. O foco da iniciativa é no controle e na repressão qualificada da criminalidade violenta em 18 municípios gaúchos, bem como na prevenção e na promoção de direitos, em especial das juventudes periféricas dos territórios abrangidos pelo programa.
Programa de Oportunidades e Direitos (POD)
O POD é uma parceria entre BID, Rio Grande do Sul e UNODC. Nele, o estado se compromete a implementar políticas que visam reduzir taxas de crimes violentos entre jovens de 15 a 24 anos nas cidades de Alvorada, de Porto Alegre e de Viamão, por meio de uma abordagem integrada entre fatores de risco e focos de intervenções geográficas e populacionais. Já o UNODC se compromete a verificar o funcionamento adequado dos controles interno e social das forças policiais.
Com investimentos em educação, esporte, cultura, empreendedorismo, segurança pública e atendimento socioeducativo, o POD atua como uma política pública pioneira e completa para criar oportunidades aos jovens e melhorar a qualidade de vida das comunidades.
Nos seis Centros da Juventude, a meta é atender anualmente 3,6 mil jovens entre 15 e 24 anos, oferecendo qualificação profissional e atividades de lazer. Nas comunidades atendidas, a implantação do policiamento comunitário promove a aproximação dos policiais com moradores, dando mais segurança aos espaços de convivência. Para os jovens que cumprem medida socioeducativa e seus familiares, além de garantir um atendimento moderno e qualificado, o programa promove a reintegração social e um futuro com mais oportunidades.
Índice de Compliance da Atividade Policial (ICAP)
O ICAP foi concebido pelo UNODC, com o apoio técnico do sistema de análises qualitativas e quantitativas de dados da Sphinx Brasil (IQ2), e é formado por 27 indicadores, agrupados em três dimensões: gestão da informação e atuação em rede com os órgãos de controle interno e externo; transparência e controle público de dados e informações e processamento administrativo e pré-processual.
O índice também contou com a validação prévia do Observatório Estadual da Segurança Pública, vinculado à SSP/RS, sob a liderança do major Roberto dos Santos Donato.
Saiba mais sobre o ICAP.
|
|
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário