Boletim diário da ONU Brasil: “Banco Mundial anuncia investimento de US$139 mi na gestão hídrica do Ceará” e 9 outros.
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ter, 13 de ago 18:59 (há 9 dias)
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Posted: 13 Aug 2019 02:26 PM PDT
Vista aérea de Fortaleza (CE). Foto: MTUR/Jade Queiroz
O Banco Mundial aprovou neste mês um plano de investimento de 139 milhões de dólares para a gestão hídrica do Ceará. O projeto, anunciado na semana passada (8), deve beneficiar mais de 1 milhão de pessoas e fortalecer a confiança no abastecimento de água nos municípios participantes. A iniciativa também prevê melhoras na eficiência dos serviços de Fortaleza.
“Investimos muito para minimizar os efeitos da seca, com várias ações para aumentar a segurança hídrica. Este novo programa que será financiado pelo Banco Mundial nos possibilitará ampliar essas ações com impacto direto no bem-estar dos nossos cidadãos”, afirmou o governador do estado, Camilo Santana.
O Ceará tem uma população estimada em cerca de 9 milhões de pessoas e ocupa o sétimo lugar no país em termos de desigualdade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em torno de 17% da população do estado vive abaixo da linha da pobreza e 10% vivem em situação de extrema pobreza.
Aproximadamente 93% do território cearense é semiárido, com temperaturas muito altas, chuvas escassas e concentradas e problemas sérios de escassez hídrica. O estado é particularmente vulnerável a períodos prolongados de seca. O ciclo mais recente, em 2012-2017, reduziu drasticamente os níveis dos reservatórios, deteriorando a qualidade da água e levando à adoção de regras rigorosas para a alocação de recursos hídricos.
Os atuais cenários climáticos preveem riscos cada vez maiores de secas severas e prolongadas. Outro problema vivido pelo Ceará é a falta de eficiência na prestação de serviços hídricos.
O projeto do Banco Mundial vai controlar e reduzir as perdas de água, por meio de intervenções no controle da pressão e também através da setorização.
Outro eixo é a criação de Distritos de Medição e Controle (DMCs). Essas unidades serão estabelecidas em setores prioritários da distribuição de água em Fortaleza. Com os distritos, a empresa de abastecimento hídrico terá informações detalhadas sobre os problemas relacionados a perdas no sistema. A companhia também conseguirá regular as pressões com maior precisão e diminuir tanto as perdas reais, quanto as aparentes, em regiões menores.
“Este projeto promoverá o uso mais produtivo dos escassos recursos hídricos, aumentará o abastecimento de água na região mais seca e garantirá a disponibilidade de água, inclusive nos anos de escassez”, afirmou Paloma Anos Casero, diretora do Banco Mundial para o Brasil.
Com o projeto, as instituições parceiras esperam promover:
- Regularização de mais usuários estratégicos de água;
- Mais continuidade nos sistemas de água abastecidos pelo Sistema Adutor Banabuiú — Sertão Central;
- Aumento do número de beneficiários, que terão serviços de água mais confiáveis;
- Redução da taxa de Água Não Faturada em Fortaleza.
Os recursos do Banco Mundial serão disponibilizados pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). A contrapartida do governo federal para o montante de 139 milhões é de 34,97 milhões de dólares. O empréstimo tem vigência de 20 anos e um período de carência de cinco anos.
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Posted: 13 Aug 2019 01:59 PM PDT
Crianças indígenas Kuna deslocadas por conta dos conflitos armados na Colômbia. Foto: ACNUR/ B.Heger
A ONU Mulheres uniu-se a todos os povos indígenas no mundo, especialmente mulheres e meninas, na comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas, lembrado em 9 de agosto. O tema deste ano, “Línguas Indígenas”, exige garantir que as mulheres e as meninas indígenas tenham voz nos diversos espaços políticos, civis, sociais, econômicos e culturais que ocupem, lembrou a agência das Nações Unidas.
A capacidade das mulheres indígenas de se expressar em seu idioma é fundamental para assegurar sua contribuição à vida pública, já que elas são cidadãs, políticas, defensoras de direitos humanos ou líderes comunitárias, segundo a ONU Mulheres.
Também é essencial para seu acesso a serviços públicos, incluindo os serviços essenciais de atenção sanitária que atendam os critérios de direitos humanos de disponibilidade, acessibilidade e qualidade, lembrou a ONU Mulheres.
“Obstáculo linguístico nunca deveria ser utilizado como motivo para rejeitar as mulheres indígenas em um centro de saúde ou para negar-lhes o acesso a serviços vitais, como a atenção da saúde reprodutiva.”
“Quando as mulheres indígenas buscam o acesso à justiça formal e das instituições de justiça indígena, acessibilidade significa o respeito a seu direito à interpretação e a falar na língua que lhe é familiar. Os sistemas educacionais, da primeira infância ao ensino fundamental, médio, superior, formação profissional e aprendizagem de pessoas adultas, devem respeitar as necessidades linguísticas das mulheres e meninas indígenas e, tal quanto for possível, devem promover a educação bilíngue.”
Para a ONU Mulheres, os idiomas não são somente um meio de comunicação, mas parte essencial de história, arte, tradições orais, literaturas e visões de mundo das comunidades indígenas. Como guardiãs das suas distintas culturas, as mulheres indígenas desempenham papel vital na transmissão de suas línguas às gerações futuras, preservando a identidade, a diversidade e a coesão social.
No entanto, as línguas indígenas, assim como os meios de vida, as culturas, os territórios ancestrais e os recursos naturais desses povos, seguem ameaçados pela exploração desmedida dos recursos naturais que pressupõem desapropriação e deslocamento. Hoje, das cerca de 7 mil línguas faladas no mundo, estima-se que a maioria (96%) seja falada por apenas 3% da população mundial, incluindo um número significativo de indígenas.
“Hoje, nos unimos às mulheres e meninas indígenas em seu chamado para recuperar, conservar e manter seus idiomas e falar com vozes fortes e firmes para que sejam ouvidas claramente em todos âmbitos de sua vida.”
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Posted: 13 Aug 2019 01:34 PM PDT
Deme Hatimi, de 21 anos, dá aula numa escola franco-árabe em Burkina Faso. Foto: Parceria Global para a Educação/Kelley Linch
Em mensagem para o Dia Internacional da Juventude, 12 de agosto, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, pediu a inclusão dos jovens nos processos de concepção de políticas educacionais. A dirigente defendeu a participação de mulheres, indígenas, jovens com deficiência, migrantes e membros da comunidade LGBTQ+ em debates sobre o ensino formal.
“A educação não consiste apenas em obter um diploma, mas também em aprender, em construir sistemas que permitam que mulheres e homens jovens adquiram novas habilidades e qualificações e contribuam significativamente para o avanço das sociedades”, afirmou a chefe da agência da ONU.
“A UNESCO reforça sua reivindicação por uma educação mais inclusiva e acessível para todos os jovens, em todos os cantos do mundo. Devemos, assim, minimizar as barreiras à aprendizagem e garantir a inclusão de todos os alunos na educação. A juventude deve participar plenamente da reformulação de uma educação que é para eles e pertence a eles.”
Audrey enfatizou que a educação é o principal eixo de atuação da UNESCO — que almeja um mundo onde o ensino de qualidade esteja disponível para todos. De acordo com a dirigente, a agência da ONU trabalha com os jovens como colaboradores proativos e não apenas como beneficiários em seus projetos.
“Se não incluirmos as opiniões das mulheres e homens jovens, dos membros da comunidade LGBTQ+, dos jovens indígenas, com deficiências ou migrantes na construção de nossos sistemas educacionais, todos perderemos algo valioso: a riqueza de entender diferentes culturas e mentes, o tesouro que é aprender um com o outro”, ressaltou a chefe da UNESCO.
“Vamos reviver nosso compromisso coletivo de garantir que os sistemas de educação em todo o mundo não apenas eliminem todas as formas de discriminação, mas também permitam que os jovens sejam agentes de mudança, de modo que, como disse (o poeta persa) Rumi, ‘eles não sejam uma gota no oceano, mas oceano inteiro em uma gota’.”
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Posted: 13 Aug 2019 01:32 PM PDT
Vista de Hong Kong. Foto: ONU
Após dois dias de caos no aeroporto internacional de Hong Kong, a alta-comissária da ONU para os direitos humanos (ACNUDH), Michelle Bachelet, manifestou nesta terça-feira (13) preocupação com quaisquer formas de violência ou destruição de propriedade, e pediu que os manifestantes “expressem suas opiniões de maneira pacífica”.
A alta-comissária da ONU disse estar preocupada com “os acontecimentos em andamento na Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong e com o agravamento da violência que tem acontecido nos dias recentes”, disse seu porta-voz Rupert Colville a jornalistas em Genebra.
“Ela destaca o comprometimento da chefe do governo local de se envolver ‘o mais amplamente possível’ e de ‘ouvir os lamentos do povo de Hong Kong’”, disse Colville. “Ela pede para as autoridades e o povo de Hong Kong se envolverem em diálogos abertos e inclusivos com o objetivo de resolver todos os assuntos pacificamente”.
Os protestos tiveram início após a apresentação de um projeto de lei que facilita a extradição de réus para a China continental. Embora o projeto tenha sido suspenso em meados de junho, os manifestantes querem que ele seja oficialmente derrubado.
O importante polo econômico de Hong Kong esteve sob controle britânico até 1997, quando a China retomou soberania do território sob a proposta de “um país, dois sistemas”. Hong Kong é subordinada à autoridade do governo chinês, mas eleitores do território elegem seu próprio Conselho Legislativo.
De acordo com a imprensa internacional, os manifestantes ocuparam as áreas de embarque e desembarque de um dos aeroportos mais movimentados do mundo. Enquanto as operações voltavam ao normal na manhã de terça-feira (13), alguns manifestantes retornaram, causando aumento do cancelamento de voos e criando tensão com passageiros.
De acordo com Colville, Bachelet acredita que “a única maneira de atingirmos estabilidade política e segurança pública de longo prazo” é pela criação de canais para as pessoas participarem de assuntos e decisões públicas que afetam suas vidas”.
“Os direitos de liberdade de expressão e de reunião pacífica, assim como o direito de participar em assuntos públicos, são reconhecidos claramente na Declaração Universal de Direitos Humanos e no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos que está incorporado na Lei Básica de Hong Kong”, afirmou a chefe de direitos humanos da ONU.
Colville confirmou a existência de “provas confiáveis” segundo as quais autoridades teriam usado medidas anti-distúrbios proibidas pelas normas e padrões internacionais.
Ele citou o uso de bombas de gás lacrimogêneo em locais fechados e lotados, utilizados diretamente contra manifestantes em diversas ocasiões, “causando risco considerável de ferimento grave ou morte”.
“O ACNUDH pede que as autoridades de Hong Kong investiguem esses incidentes imediatamente, para garantir que os oficiais de segurança cumpram as regras de engajamento (com manifestantes) e, onde necessário, alterem regras adotadas por agentes da lei nos casos em que estas não estejam em conformidade com os padrões internacionais”, enfatizou Colville.
O ACNUDH também pediu para que as autoridades não só “ajam com cautela”, mas respeitem e protejam manifestantes pacíficos, garantindo que agentes do governo respondam à violência sem romper com normas internacionais que dizem respeito ao uso de força, “levando em conta os princípios de necessidade e proporcionalidade”.
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Posted: 13 Aug 2019 01:01 PM PDT
Participantes da 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista. Foto: Fotos Públicas/Leo Pinheiro
Por ocasião do Dia Internacional da Juventude, 12 de agosto, relatores da ONU alertaram que jovens LGBTI correm riscos mais altos de viver em situação de rua devido à rejeição familiar e à discriminação na escola. Uma vez desabrigadas, essas pessoas podem ter outros direitos humanos violados, além de ter chances maiores de desenvolver problemas de saúde mental.
“Como resultado da intolerância religiosa e cultural, que pode incluir violência sexual e de outras formas, as jovens lésbicas, os jovens gays, bissexuais, trans e de gênero diverso em todo o mundo enfrentam exclusão socioeconômica”, ressaltaram Victor Madrigal-Borloz e Leilani Farha.
Os dois especialistas explicaram que essa exclusão pode ser vivida pela juventude LGBTI nos lares e nas comunidades onde moram. “A reprovação familiar e os castigos podem forçá-los a sair de casa — o que os torna mais vulneráveis a ainda mais violência e discriminação, um fator que se agrava com a idade e com a dependência econômica e a confiança em redes familiares e comunitárias.”
Segundo os relatores, “isso explica por que os jovens LGBT estão sobrerrepresentados em populações que sofrem com situação de rua e por que, uma vez sem moradia, eles sofrem discriminações adicionais”.
Os especialistas acrescentaram que a falta de moradia pode ser a consequência de outros episódios de discriminação, como o preconceito em ambientes de ensino.
“Na escola, muitos jovens LGBT sofrem bullying, o que resulta em taxas de abandono que são mais altas do que a média e tem consequências severas, de longo prazo, para o seu projeto de vida. Os jovens LGBT têm menos probabilidade de ter níveis educacionais e habilidades para encontrar emprego e alcançar segurança econômica, o que, por outro lado, afeta a sua oportunidade de encontrar moradia adequada”, ressaltaram Lelani e Madrigal-Borloz.
De acordo com os relatores, um estudo recente revela que quase dois terços dos jovens LGBT em situação de rua já tiveram problemas de saúde mental. Estudos sugerem que essa população tem mais chances de relatar casos de depressão, transtorno bipolar e tentativas de suicídio.
“Eles (os jovens LGBT) também têm menos probabilidade de ter acesso a cuidados de saúde e estão extremamente vulneráveis ao uso abusivo de álcool e drogas”, afirmaram os especialistas.
A dupla lembrou que, de acordo com o direito internacional de direitos humanos, os países têm a obrigação imediata de assegurar o direito a habitação e combater, de forma efetiva, a falta de moradia.
Conforme previsto pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), governos também precisam identificar e enfrentar as causas estruturais da situação de rua, a fim de eliminar essa violação de direitos até 2030.
“Dentro desse contexto, as medidas adotadas pelos governos nacionais e locais precisam impedir que os jovens LGBT se tornem moradores de rua, garantir que as políticas e programas de habitação sejam inclusivos para as pessoas LGBT e abordar as necessidades dos jovens LGBT”, completaram os relatores.
Victor Madrigal-Borloz é especialista independente da ONU sobre proteção contra a violência e a discriminação baseada em orientação sexual e identidade de gênero.
Leilani Farha é relatora especial da ONU sobre o direito a moradia.
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Posted: 13 Aug 2019 11:33 AM PDT
Vista da velha cidade de Bengazi, na Líbia. Foto ONU / Iason Athanasiadis
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou no sábado (10) um ataque com carro-bomba na frente de um shopping na cidade líbia de Bengazi, que matou três funcionários da ONU e deixou outros três feridos. Dezenas de civis também se feriram.
O Conselho de Segurança convocou uma sessão de emergência em Nova Iorque mais tarde no mesmo dia para discutir os acontecimentos recentes que impactam o país devastado pela guerra.
De acordo com comunicado do representante especial da ONU para a Líbia, Ghassan Salamé, os funcionários das Nações Unidas faziam parte da Missão de Apoio da ONU no país, a UNSMIL.
“Este ataque covarde, que aconteceu em um momento em que líbios estavam fazendo compras em preparação ao Eid al-Adha, serve como outro forte lembrete da necessidade urgente de líbios encerrarem conflitos, colocarem de lado suas diferenças e trabalharem juntos através de diálogo, não da violência”, disse Salamé, que também comanda a UNSMIL. O Eid al-Adha é um importante festival de celebrações para muçulmanos.
Salamé acrescentou que “este ataque não irá nos desencorajar, tampouco irá nos prevenir de realizar nossas tarefas para conseguir paz, estabilidade e prosperidade para a Líbia e para seu povo”.
Em comunicado emitido por seu porta-voz, o secretário-geral da ONU condenou o ataque “nos mais fortes termos”, estendendo suas condolências às famílias afetadas. “Ele pede para autoridades líbias não pouparem esforços para identificar e levar rapidamente os autores deste ataque à justiça”.
“O secretário-geral pede para todas as partes respeitarem a trégua humana durante o Eid al-Adha e retornarem à mesa de negociação para buscar o futuro pacífico que o povo da Líbia merece”, segundo comunicado.
A ONU tenta mediar uma trégua em confrontos que surgiram após uma grande investida em abril nos arredores de Trípoli por forças do Exército Nacional Líbio (LNA) e por forças leais ao Governo do Acordo Nacional, apoiado pela ONU.
O LNA, sediado em Bengazi, não tem conseguido avançar para além dos subúrbios do sul de Trípoli, mas agora controla grandes faixas do leste e do sul da Líbia, sob liderança do comandante Khalifa Haftar. Centenas de civis e combatentes foram mortos no conflito, enquanto mais de 100 mil foram forçados a deixar suas casas.
Enquanto isso, dezenas de milhares cruzaram a fronteira para a Tunísia, buscando segurança.
De acordo com a imprensa internacional, o governo e a LNA haviam aceitado uma proposta da ONU para um cessar-fogo durante o mês sagrado muçulmano do Eid, começando no domingo (11). A UNSMIL emitiu um comunicado no sábado elogiando o acordo “das partes envolvidas com o princípio de trégua humanitária”.
Conselho de Segurança homenageia funcionários mortos
A embaixadora da Polônia na ONU, Joanna Wroneka, disse, em nome do órgão de 15 membros, condenar “nos mais fortes termos o ataque revoltante, mortal e totalmente inaceitável” em Bengazi. A Polônia está na presidência do Conselho durante o mês de agosto.
“Estes bravos funcionários estavam operando sob um mandato dado por este Conselho para fornecer um futuro mais seguro ao povo da Líbia. Nós saudamos o sacrifício, na causa da paz”.
ONU não tem intenção de deixar Líbia
A secretária-geral assistente da ONU para a África, Bintou Keita, informou o Conselho na tarde de sábado (10), em Nova Iorque, que o ataque “serve para destacar o contínuo perigo do terrorismo no país e os limites do controle de segurança na ausência de um governo, um Exército e uma força policial trabalhando em todo o país”.
Ela disse ter confirmado que a violência crônica e a instabilidade estão “criando um vácuo facilmente explorado por elementos radicais que se aproveitam do caos e da violência”. Ela também destacou que o ataque aconteceu em uma área “supostamente totalmente sob controle” do LNA.
“A ONU não tem intenção de se retirar da Líbia”, disse. “No futuro previsível, nosso lugar continua ao lado do povo líbio, como nossos bravos colegas que deram suas vidas hoje”.
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Posted: 13 Aug 2019 11:05 AM PDT
A missão faz parte das atividades do projeto “Promoção de trabalho decente na cadeia do algodão no Peru”, que reúne os governos brasileiro e peruano e conta com assistência técnica da OIT. Foto: OIT
O que o setor de telecomunicações no Brasil tem em comum com a produção de algodão no Peru? Quando se trata de mapear e de entender os desafios e as oportunidades apresentados pelo presente e futuro do trabalho e de antecipar habilidades profissionais, muito conhecimento pode ser compartilhado entre os dois países.
Com esse objetivo, escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) recebem representantes do governo do Peru para uma missão de capacitação no âmbito da Cooperação Sul-Sul, que ocorre até sexta-feira (16), em Brasília (DF).
A missão faz parte das atividades do projeto “Promoção de trabalho decente na cadeia do algodão no Peru”, que reúne os governos brasileiro e peruano e conta com assistência técnica da OIT.
“Esta iniciativa de desenvolvimento de capacidades, realizada em conjunto por Brasil, OIT e SENAI, está alinhada com o esforço global sobre o futuro do trabalho, pois visa definir os perfis profissionais do futuro e possibilitar a adequação da oferta formativa”, disse Fernanda Barreto, coordenadora do Programa de Cooperação Sul-Sul Brasil-OIT.
Para Blanca Nuñez Quinto, especialista do Ministério da Educação do Peru, “é importante identificar as novas carreiras do futuro para reordenar a oferta formativa do setor público no Peru”.
Da metodologia para a prática
Durante uma semana, a equipe do SENAI vai compartilhar com os representantes peruanos aprendizados, melhores práticas, metodologias e ferramentas que permitam mapear e antecipar as competências e habilidades profissionais necessárias para que trabalhadoras e trabalhadores ocupem funções no mercado de trabalho do futuro, e formar recursos humanos para ocupações ainda inexistentes na cadeia produtiva do algodão peruano.
“Nosso objetivo nesta semana é conhecer a aplicação in situ da metodologia que aprendemos no curso que tivemos em abril em Lima”, disse Catherine Pilar Paucarpura Ninayahuar, especialista do Ministério do Trabalho e Promoção do Emprego do Peru.
Nas oficinas técnicas, os visitantes aprenderão sobre a metodologia do Modelo SENAI de Prospecção, que será aplicada ao setor de telecomunicações no Brasil. Dentre outros pontos, eles analisarão, por exemplo, como tecnologias utilizadas no ambiente de trabalho nos próximos anos impactarão o perfil e as competências exigidas dos profissionais do futuro.
“É importante que a equipe de prospectiva esteja pronta para aplicar a metodologia de forma contínua em outros setores. Estes dias de formação serão importantes para que possam replicar o modelo no Peru”, disse Marcello Pio, especialista da Unidade de Estudos e Prospectiva do SENAI.
Após a missão, o governo do Peru adaptará os conhecimentos adquiridos aos setores têxtil e de confecção peruanos. “A prospecção é importante porque se trata de uma ferramenta adicional para identificarmos demandas formativas do setor produtivo”, disse Robert Froilan Leon Trambaico, especialista do Ministério do Trabalho e Promoção do Emprego do Peru.
O Peru é um produtor histórico de algodão. Em meados do século 20, o país era um dos principais produtores de algodão de fibra longa e extra-longa, em um mercado no qual o tamanho da fibra indica a qualidade produto.
Hoje, os números ainda revelam a relevância do setor para a economia peruana. A cadeia produtiva dessa matéria-prima representa cerca de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do subsetor agrícola no país e mais de 8,2 mil unidades agropecuárias cultivam o algodão, sendo que 60% delas são pequenas unidades. Isto é, a agricultura familiar ajuda a impulsionar o setor de algodão no país. No elo entre o campo e os mercados internacionais estão a indústria têxtil e as confecções, um setor que emprega cerca de 400 mil peruanos, segundo estudo da OIT sobre o trabalho decente na cadeia produtiva do algodão peruano.
“Para nós, é importante implementar este modelo de prospectiva no setor têxtil e de confecções e replicar em toda a cadeia do algodão. Outro importante setor em nosso país é o de tecido de alpaca. Precisamos diminuir a brecha entre oferta e demanda formativa em nosso país”, disse Yovana Patricia Acaro Ignacio, especialista do Ministério de Trabalho e Promoção do Emprego do Peru.
Além de contribuir para o avanço na área de formação profissional, a troca de experiências entre os dois países ajudará na prevenção e erradicação do trabalho infantil e no fortalecimento das capacidades de fiscalização.
A missão de capacitação ajudará o governo peruano a mapear e antecipar as competências e habilidades profissionais para o futuro do trabalho na cadeia produtiva do algodão do país. Foto: OIT
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Posted: 13 Aug 2019 09:36 AM PDT
A 2ª edição do Circuito Urbano terá como tema geral “Cidades Inovadoras e Inclusivas” e como pergunta inspiradora “Como a inovação pode aprimorar serviços e políticas urbanas de maneira inclusiva e sustentável?”. Foto: ONU-Habitat/Lucille Kanzawa
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) recebe até 26 de agosto inscrições de organizações interessadas em receber apoio institucional para a realização de eventos no Circuito Urbano 2019.
Os eventos devem ocorrer entre 1º e 31 de outubro em cidades de todo o Brasil e abordar inovações sociais, tecnológicas, econômico/financeiras e de políticas públicas e governança que contribuam para o aprimoramento dos serviços ou da política urbana.
A 2ª edição do Circuito Urbano terá como tema geral “Cidades Inovadoras e Inclusivas” e como pergunta inspiradora “Como a inovação pode aprimorar serviços e políticas urbanas de maneira inclusiva e sustentável?”.
O ONU-HABITAT é a agência da ONU responsável por promover o desenvolvimento urbano sustentável e realiza, todos os anos, o Outubro Urbano.
A iniciativa, que se inicia com o Dia Mundial do Habitat (na primeira segunda-feira de outubro) e se encerra com o Dia Mundial das Cidades (31 de outubro), conta sempre com dois temas selecionados para refletir sobre questões urbanas e compartilhar conhecimentos e experiências para promover um futuro urbano melhor.
É também uma plataforma para debate e divulgação da Nova Agenda Urbana e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 11 (“Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”).
Para dar visibilidade aos temas do Outubro Urbano, o escritório do ONU-HABITAT no Brasil criou, em 2018, o Circuito Urbano — uma convocatória para apoiar institucionalmente eventos, organizados por diversos atores, que ocorram em outubro.
Os devem abordar como o tipo de inovação selecionado contribui para o aprimoramento de algum serviço e/ou política urbana (água, esgoto e drenagem, resíduos, energia, mobilidade e transportes, moradia adequada, espaços públicos, segurança urbana, cultura, inclusão digital e Tecnologias da Informação e Comunicação, trabalho e emprego decentes, educação, saúde e bem-estar, meio ambiente, alimentação urbana e produção e consumo sustentáveis).
A inovação deve contribuir para o alcance dos ODS e a implementação da Nova Agenda Urbana, de modo a garantir a igualdade, a inclusão, a resiliência, a sustentabilidade e o acesso aos serviços urbanos para todos e todas.
Os eventos devem ser abertos (com ou sem inscrição) e gratuitos; ter, no mínimo, um público previsto de 30 pessoas e dois palestrantes/facilitadores; estar de acordo com os princípios da Agenda 2030; apresentar vínculo com os ODS e ter alinhamento com os princípios defendidos pelas Nações Unidas e pelo ONU-HABITAT.
São incentivados eventos que promovam a igualdade racial e de gênero, respeito à diversidade em seus espaços de debate e promovam metodologias participativas.
O apoio institucional do ONU-HABITAT inclui a participação de voluntários(as) do Circuito Urbano (de acordo a disponibilidade de selecionados(as) para as cidades dos eventos); kit informativo do Circuito Urbano 2019, composto por uma seleção de materiais importantes sobre as agendas globais, posicionamento e atuação do ONU-HABITAT nas temáticas selecionadas; kit para eventos participantes do Circuito Urbano 2019, composto por logos e materiais sobre o ONU-HABITAT, notas conceituais do Outubro Urbano 2019, instruções para aplicação de questionário e apresentação de vídeo especialmente preparado por representantes da agência da ONU para a ocasião.
Também inclui a utilização da logo do ONU-HABITAT em seus materiais de divulgação e websites, mediante aprovação; inclusão do evento no calendário de divulgação do website do Circuito Urbano e nas redes sociais do ONU-HABITAT; realização de posts de divulgação do evento antes, no dia e depois do evento nas redes sociais do ONU-HABITAT; registro na plataforma de eventos do Outubro Urbano global; inclusão das instituições e/ou contatos no mailing de divulgação de eventos e oportunidades; e participação de representantes do ONU-HABITAT, mediante atendimento de critérios e seleção prévia.
O suporte do ONU-HABITAT aos eventos selecionados não envolve qualquer tipo de transferência de recursos financeiros às instituições organizadoras.
Clique aqui para acessar o cronograma completo.
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Posted: 13 Aug 2019 08:46 AM PDT
Premiação do FIDA vai reconhecer protagonismo e inovação dos jovens no campo. foto: FIDA/Carla Francescutti
Por ocasião do 12 de agosto, Dia Internacional da Juventude, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) anunciou o Prêmio à Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe. A premiação vai reconhecer iniciativas nas áreas de conservação, sustentabilidade, mudanças climáticas, comunicação e tecnologia, inclusão financeira, educação, entre outros temas.
As inscrições para a premiação terão início em janeiro de 2020. Poderão participar jovens de 18 a 35 anos, nacionais e residentes da região latino-americana e caribenha, que tenham uma iniciativa inovadora já implementada e validada.
Neste mês de agosto, durante o evento Smart Rural Communities, em Montevidéu, no Uruguai, a especialista do FIDA para o Cone Sul, Emily Baldassari, destacou a importância do prêmio para fomentar a participação do jovem na economia rural, gerando mais oportunidades de emprego e novas formas de conhecimento.
Até dez iniciativas serão premiadas nas seguintes categorias:
- Conservação
- Sustentabilidade
- Mudanças climáticas
- Comunicação e tecnologia
- Inclusão financeira
- Educação
- Segurança alimentar
- Geração de renda
O prêmio também terá uma categoria destaque para projetos que promovam a diversidade. Iniciativas feitas por e para mulheres, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência(s) e/ou outros, concorrerão numa nona categoria para a inclusão de grupos vulneráveis – até duas propostas poderão ser premiadas.
As iniciativas concorrentes serão analisadas por um Comitê Avaliador composto por técnicos e especialistas da ONU, além de representantes de organizações parceiras e da iniciativa privada. Os critérios de avaliação serão: (i) grau de inovação, (ii) potencial de escalabilidade e replicabilidade, (iii) resultados e impactos para o desenvolvimento rural e também para os grupos vulneráveis, (iv) modelo de negócios e a proposta de valor e (v) conhecimento sobre o mercado.
Os prêmios estão em fase de preparação e serão oficialmente divulgados até dezembro de 2019. Incluirão recursos financeiros, produtos, serviços e/ou treinamentos e serão oferecidos com a iniciativa privada e agências do Sistema ONU.
Além dos prêmios, as iniciativas ganhadoras terão a chance de participar de viagens de intercâmbio na região – seja com agências da ONU ou iniciativa privada – para incentivar a replicabilidade dos projetos em diferentes países. Também contarão com difusão nos canais do Prêmio e do FIDA, além de vídeos de divulgação.
A iniciativa é desenvolvida pelo escritório de Cooperação Sul-Sul e Gestão de Conhecimento do FIDA.
O fundo da ONU investe na população rural, empoderando-a para reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e fortalecer a resiliência.
Para mais informações, entre em contato com premiorural@ifad.org ou siga o prêmio no Twitter e Instagram.
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Posted: 13 Aug 2019 07:11 AM PDT
Grandi conversa com crianças na escola Al-Shuhada em Souran, na Síria. Foto: ACNUR/Andrew McConnell
O alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, visita Chile e Brasil nesta semana (entre os dias 13 e 18 de agosto) para conhecer de perto a resposta humanitária a refugiados e migrantes venezuelanos que têm sido forçados a deixar o país devido à piora da situação política e socioeconômica, de direitos humanos e da ordem pública.
Esta é a primeira visita de um alto-comissário da ONU para refugiados ao Chile, e a quinta visita oficial de Grandi à região.
O alto-comissário estará em Santiago entre os dias 13 e 14 de agosto para encontros com autoridades nacionais e sociedade civil para avaliar as necessidades humanitárias de refugiados e migrantes venezuelanos, além de explorar soluções para os mais vulneráveis. Ele também encontrará venezuelanas e venezuelanos que buscaram proteção e segurança no Chile.
O chefe da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) visitará o Brasil entre os dias 15 e 18 de agosto. Seu roteiro no país inclui reuniões com o governo federal em Brasília e uma visita a Boa Vista e Pacaraima (RR).
Em Roraima, ele se encontrará com pessoas venezuelanas que recém chegaram ao Brasil e escutar os riscos que sofreram durante a jornada. Ele também terá a oportunidade de conhecer a resposta emergencial que tem sido dada no estado, incluindo ações de abrigamento, alimentação, assistência legal para venezuelanos e projetos de promoção à integração local.
Em ambos os países, Grandi encontrará organizações parcerias e principais doadores. No momento em que o apelo por 738 milhões de dólares para a resposta humanitária tem apenas 24% de financiamento, o alto-comissário irá buscar mais apoio da comunidade internacional para países e comunidades que acolhem refugiados e migrantes da Venezuela.
Uma coletiva de imprensa deverá acontecer em Boa Vista, na sexta-feira (16). Para outras informações, veja contatos abaixo.
Contatos de mídia
William Spindler, spindler@unhcr.org, +507 63827815 Stephanie Rabi, rabimisl@unhcr.org, +56 9 9188 6369 (Chile) Luiz Fernando Godinho, godinho@unhcr.org, +55 61 98187 0978 (Brasil) Liz Throssell, throssel@unhcr.org, +41 79 337 7591 (Genebra)
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