Boletim diário da ONU Brasil: “ONU Brasil pede esforços no combate a incêndios florestais” e 9 outros.
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qui, 22 de ago 18:37 (há 14 horas)
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Posted: 22 Aug 2019 02:14 PM PDT
Chamas consomem floresta amazônica em Rondônia (22 de agosto de 2019) – Foto: Corpo de Bombeiros – CBM/RO
Leia a íntegra da nota:
O Sistema das Nações Unidas no Brasil externa profunda preocupação com os incêndios que consomem partes da floresta amazônica e outros biomas nas regiões norte e centro-oeste do Brasil e de países vizinhos e solicita que sejam intensificados os esforços dos governos e de apoio às comunidades locais para conter a queima da vegetação, vital para o equilíbrio climático e das condições de vida.
A Amazônia desempenha um papel prioritário para a manutenção da biodiversidade por ser a maior área de floresta tropical remanescente da terra. A ONU no Brasil acredita ser imperioso reforçar os sistemas de monitoramento da região a fim de evitar as queimadas e os desmatamentos ilegais, que podem comprometer a vida de 33 milhões de pessoas que vivem na região, incluindo 420 comunidades indígenas.
Neste momento, representantes de governos, agências multilaterais e sociedade civil organizada estão reunidos em Salvador para discutir como América Latina e Caribe podem responder às mudanças climáticas. A ONU Brasil participa das discussões da Semana do Clima com o intuito de contribuir com alternativas que garantam um planeta mais seguro e sustentável para todas as pessoas, dentro dos princípios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
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Posted: 22 Aug 2019 01:59 PM PDT
Mulheres refugiadas e migrantes receberam dicas de amamentação. Foto: UNFPA/Yareidy Perdomo
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) apoiou na sexta-feira (16) atividade promovida pelo Exército da Salvação em Boa Vista (RR) para discutir e sensibilizar as mães refugiadas e migrantes do Centro de Convivência e Atendimento Psicossocial sobre a importância do aleitamento materno.
A iniciativa foi proposta em alusão à Semana Mundial de Aleitamento Materno e também teve o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e da União Europeia.
O convite foi realizado a partir de uma pré-avaliação de necessidades dentro de um dos abrigos que fazem parte da Operação Acolhida, o qual apresentava maior quantidade de mulheres gestantes e lactantes. As mulheres já identificadas foram convidadas pessoalmente para participar da ação, junto à equipe técnica do Centro.
O objetivo foi conversar com as mães sobre o valor que o leite materno tem como alimento essencial que ajuda no desenvolvimento da criança, protegendo a saúde. Foi reforçada a importância de manter o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, com dicas sobre postura da mãe e do bebê na hora de amamentar.
A amamentação é uma valiosa oportunidade de contato entre mães e filhos, e é importante que as mães tenham o apoio de seu entorno — companheiros ou familiares — para vivenciar o momento com tranquilidade, segundo a agência da ONU.
A oficina foi ministrada em parceria com o Banco de Leite Humano do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, contando com a participação da psicóloga Luciana Assunção, que afirmou que o objetivo foi fornecer informações, responder dúvidas e dar orientações sobre aleitamento.
A possibilidade e benefícios potenciais da doação do leite humano também foi comunicada. “As crianças que estão na UTI da maternidade muitas vezes não têm como receber o leite direto da mãe, ou a mãe, por algum motivo, não pode amamentar. Às mães que têm excedente de leite, nós pedimos que doem esse excesso. Só é preciso fazer um cadastro, fazer os exames correspondentes que nós buscamos o leite”, afirmou.
Em contexto de emergências humanitárias, o UNFPA trabalha para garantir ações que promovam a saúde sexual e reprodutiva das pessoas em deslocamento forçado, principalmente mulheres, gestantes e lactantes, pessoas LGBTI, pessoas idosas, com deficiência, entre outras com necessidades específicas de proteção.
A saúde materna está entre elas: segundo o último Relatório sobre a Situação da População Mundial, todos os dias, 800 mulheres e meninas morrem no mundo por falta de condições adequadas e acesso a serviços obstétricos. O Fundo de População trabalha para garantir informações e acesso à rede pública de serviços.
A cada semana, são realizadas diferentes atividades dentro do Centro de Convivência e Atenção Psicossocial, que envolvem o trabalho direto com as mulheres migrantes que se encontram na cidade, mas que também são abertas para toda a população local interessada.
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Posted: 22 Aug 2019 01:05 PM PDT
Clique para exibir o slide.A japonesa Yumiko Takashima trabalha para a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) na Síria — a mais de 8,7 mil km de sua cidade natal, Tóquio. Ela se juntou à organização vinte anos atrás e trabalhou em lugares como Timor Leste, Sudão, Tailândia, Afeganistão, entre outros. Desde 2018, está em Alepo.
Mais de 5,6 milhões de pessoas fugiram da guerra na Síria desde 2011, buscando segurança em Turquia, Líbano, Jordânia e outros países. Milhões estão deslocados dentro da Síria.
Yumiko contou à Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) como é viver e trabalhar em um país que enfrenta um dos mais sangrentos conflitos armados do mundo.
Leia abaixo seu relato.
05:00 O despertador do telefone toca e eu me arrasto para fora da cama para correr. O exercício é realmente importante, especialmente em uma cidade como Alepo, onde a comida local é tão deliciosa. Meu novo amor é ‘Kabab bil Karaz’ (kebab de cereja). Antes da crise, Alepo costumava ser o centro econômico da Síria e era bem conhecida por seu grande mercado coberto, produtos tradicionais como sabonetes e iguarias como ‘Kebeh’ e ‘Mahashi’ (berinjela e abobrinha recheada com carne moída).
Atualmente, temos que morar em um hotel por causa da situação de segurança, então, eu corro algumas voltas no pequeno jardim. A vida em um hotel não é tão glamorosa quanto parece, e você logo começa a sentir falta daquelas coisas que fazem de um lugar um “lar”, como poder cozinhar e desfrutar de uma refeição em sua própria cozinha. Mas nós tentamos fazer o melhor possível, como criar uma pequena cozinha em uma área comum, onde podemos preparar refeições.
08:00 Depois de um rápido café da manhã, estou em um veículo, pronta para ir ao escritório. Fica a apenas dez minutos de carro, mas em alguns dias precisamos tomar uma rota diferente por razões de segurança. Independentemente de onde precisamos ir, estamos sempre em veículos blindados.
Metade de Alepo foi destruída devido à crise. A outra metade está intacta. Uma rua divide os dois lados. Quando a atravesso, sinto que estou em um filme — um lado sendo destruído e o outro intacto — é tão irreal, mas é real.
As necessidades aqui são enormes. Mais de 990 mil pessoas em Alepo e nos arredores foram deslocadas à força de suas casas. Atualmente, cerca de 161 mil pessoas já voltaram. O ACNUR está apoiando as famílias que optam por retornar, com programas de ajuda com o objetivo de melhorar as condições de retorno. Estimamos que existam cerca de 1,4 milhão de pessoas necessitadas em Alepo e arredores. Por trás de cada um desses números, há pessoas reais, com vidas reais.
É por isso que estou aqui: é sobre como nós humanos podemos nos ajudar. O que me impressiona é a resiliência das pessoas. O que você pode ter ouvido sobre Alepo não é totalmente verdade. As pessoas aqui enfrentaram situações muito difíceis, mas não olham para trás, apenas querem avançar e ter normalidade em suas vidas. Nós, como humanitários, podemos ajudar nossos semelhantes, os quais estão caindo em crises constantes, a seguir em frente.
08:15 Desde que comecei a trabalhar, levo 15 minutos para entender tranquilamente o que vai acontecer durante o dia, para priorizar o trabalho e pensar em como lidar com qualquer reunião difícil. Esses 15 minutos são muito importantes para mim, eles me ajudam a focar. Inicialmente, temos uma reunião de equipe. Existem cerca de 60 pessoas trabalhando aqui em Alepo no momento, incluindo 52 colegas nacionais. Muitos perderam familiares e amigos por causa da crise. Ainda assim, eles continuam. Estou muito honrada por fazer parte de uma equipe tão forte, confiante e apaixonada.
11:00 Saio com meu colega Mustafa para visitar um centro comunitário dirigido pelo ACNUR, para garantir que nossas atividades estejam no caminho certo. Nesses centros, oferecemos diferentes serviços, como assessoria jurídica, aconselhamento, treinamento profissionalizante e aulas de recuperação para crianças que perderam a escola por causa da crise. As crianças são o futuro da Síria e queremos garantir que elas não sejam deixadas para trás.
Um centro comunitário é mais do que apenas um prédio onde as pessoas podem acessar serviços e informações de proteção. É um espaço onde as pessoas se encontram e discutem o que querem fazer por si mesmas em suas comunidades.
Atualmente, o ACNUR apoia 22 centros comunitários e dez centros menores em Alepo. Também temos 28 equipes móveis que vão a pequenos vilarejos remotos para garantir que as famílias recebam o apoio de que precisam. Essas equipes consistem em voluntários locais que conhecem melhor suas comunidades.
14:00 Encontro o pessoal de uma organização nacional que está ajudando o ACNUR a distribuir suprimentos de inverno. Ainda estamos lidando muito com emergências em várias partes de Alepo. Estamos lá para ajudar, para fornecer abrigo e itens básicos, como cobertores, galões para armazenar água e muito mais. Durante o inverno, é extremamente frio aqui. É por isso que fornecemos materiais como folhas de plástico transparente para ajudar as famílias a cobrir janelas e portas destruídas para evitar o frio. No inverno passado, ajudamos mais de 215 mil pessoas na área com itens essenciais, como sacos de dormir, jaquetas de inverno, cobertores e lonas plásticas.
18:00 A maioria dos funcionários sai do escritório antes de escurecer por conta da segurança. Quando volto ao hotel, continuo trabalhando, respondendo e-mails e me preparando para o dia seguinte, às vezes até tarde da noite. Se você me pedisse para descrever este trabalho, eu diria que não é um trabalho, é uma vocação. É algo que eu tenho muita sorte de poder fazer. Mesmo que seja difícil estar longe da minha família e amigos.
Muitos de nós queremos fazer algo quando vemos alguém sofrendo. Podemos nem sempre ser capazes de fazer o que quisermos, mas até mesmo ouvir as pessoas mostra que nos importamos. Temos sorte de poder fazer isso aqui em Alepo.
Espero que as pessoas não se esqueçam das famílias deslocadas que precisam de ajuda. São pessoas como eu e você, que por acaso estão nessa situação difícil. Eu sei que é tão fácil esquecer o que está acontecendo em outra cidade, país, continente, mas eu vejo o que acontece quando ajudamos. As pessoas são fortes. Com um pouco de apoio, eles podem continuar suas vidas.
Há um tempo atrás, o ACNUR ajudou a instalar luzes nas ruas em uma área de Alepo. Iluminar as ruas significa que a vida pode continuar após o anoitecer: as pessoas se sentem mais seguras e podem se movimentar com mais facilidade, as crianças podem fazer sua lição de casa à noite, as famílias não precisam mais ficar sentadas no escuro. Então não é apenas a luz, é a esperança que ela proporciona às pessoas. Quando as luzes se acenderam, uma senhora idosa saiu de casa e me abraçou, chorando e apontando o dedo para as luzes. Ela não falava inglês e meu árabe era terrível, mas não precisávamos de palavras para nos entendermos. Em tempos assim, sinto-me muito privilegiada por trabalhar em Alepo.
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Posted: 22 Aug 2019 12:15 PM PDT
A iniciativa conjunta Viva o Semiárido estimula o desenvolvimento de regiões rurais em 58 municípios do estado. Foto: Governo do Piauí
O governo do Piauí, por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SEAF), iniciou na segunda-feira (19), na comunidade São José, em Valença, missão de supervisão ao Projeto Viva o Semiárido pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), agência das Nações Unidas. A iniciativa conjunta estimula o desenvolvimento de regiões rurais em 58 municípios do estado.
As atividades de campo continuam até esta quinta-feira (22) e a missão cumpre agenda no Piauí até o dia 31 de agosto. Integram a comitiva do FIDA 11 consultores, especialistas em gênero, aquisição e meio ambiente, divididos em quatro grupos. Foram feitas visitas no assentamento São José, que desenvolve projetos com 12 famílias, especialmente nas áreas de ovinocaprinocultura e piscicultura.
Fazem parte da comitiva o oficial de projetos FIDA no Brasil, Hardi Vieira, e o consultor de meio ambiente da organização, Raul Espinoza. Participaram ainda o secretário de Agricultura Familiar do Piauí, Herbert Buenos Aires, a assessora técnica do projeto Viva o Semiárido, Lúcia Araújo, e técnicos da Cooperativa de Producao e Servicos de Tecnicos Agricolas do Piaui (COOTAPI), EMPLANTA Projetos agropecuários e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER).
O secretário de Agricultura Familiar do estado destacou, na ocasião, que uma das principais atividades realizadas foi o encerramento do curso ministrado pelo bonequeiro Chagas Vale, premiação que o grupo recebeu por meio de um trabalho desenvolvido com jovens do projeto, em parceira com a EAD Escola Comradio do Brasil, quando foram treinados 120 jovens em todos os territórios do Piauí.
“A ação chamou a atenção de todos, por integrar a comunidade com uma atividade educativa, que envolve a família e incentiva a organização na comercialização dos produtos, contando suas próprias histórias, mostrando o trabalho que realizam, incentivando a troca de informações, de conhecimento e, consequentemente, elevando a autoestima das famílias agrícolas”, concluiu o gestor.
A trabalhadora rural Gregorina Ferreira do Vale, seu marido e seus dois filhos consomem e comercializam os produtos do quintal produtivo que obtiveram por meio da iniciativa. “O projeto foi muito bom pra gente. Além do conhecimento, vendemos as hortaliças que plantamos na roça na feira livre de Valença, ajuda muito no orçamento, nas compras de casa”, frisou a agricultora.
O coordenador do Viva o Semiárido no Piauí, Francisco das Chagas, destacou que a comunidade também participou do curso de Ecogastronomia para Jovens, realizado pela Secretaria Estadual da Assistência Social (SASC) e pela Fundação do Meio Ambiente e Ecoturismo do Piauí (FUNPAPI).
“É importante destacar que a entidade responsável pela realização do curso contratou como ministrante outra beneficiária do projeto, Maria do Perpétuo Socorro, conhecida como ‘Preta’, de São José dos Cocos, em Ipiranga”, informou Francisco das Chgas, o “Chicão”. Ao final da atividade, foi oferecida degustação de pratos que os jovens aprenderam durante o curso, feitos à base de palma forrageira, carneiro e outros produtos.
O agricultor Antônio Alves de Araújo avaliou que o projeto é importante porque financia o sustento das famílias e permite melhorar suas condições de vida. “Mas também está entrando na parte cultural, como de gastronomia e bonecos, o que ajuda muito na questão da aprendizagem no campo”, concluiu Antônio.
No mesmo dia, a comitiva também visitou a associação de Piscicultores de Inhuma, projeto que já está em fase final e que no ano passado conseguiu comercializar 50 toneladas de pescado.
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Posted: 22 Aug 2019 11:53 AM PDT
Reuniões ocorreram nas cidades de Santa Cruz, Cochabamba, Trinidad e La Paz. Foto: PANAFTOSA
O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina da Bolívia foi o tema de discussão de várias reuniões com o setor produtivo e os serviços veterinários oficiais do país na missão de cooperação técnica do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde (PANAFTOSA-OPAS/OMS), entre 11 e 16 de agosto.
As reuniões foram organizadas pelo Serviço Nacional de Saúde Agropecuária e Inocuidade Alimentar da Bolívia (SENASAG), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (APHIS/USDA).
As duas doenças, que afetam principalmente o gado bovino, são importantes zoonoses com consequências significativas para a saúde pública, a inocuidade alimentar e a economia agropecuária.
Nas várias reuniões que ocorreram nas cidades de Santa Cruz, Cochabamba, Trinidad e La Paz, o SENASAG apresentou seu novo programa nacional, enquanto a PANAFTOSA-OPAS/OMS deu a palestra “Brucelose e tuberculose animal: diretrizes para uma estratégia de cooperação técnica e sua integração — saúde na região das Américas”. O IICA complementou com uma apresentação sobre a “Importância Econômica dos Programas de Controle da Brucelose Bovina”, que gerou discussão entre os participantes.
As recomendações da PANAFTOSA-OPS/OMS incluíram, entre outras, promover a colaboração entre as autoridades de agricultura, saúde pública e outros atores relevantes, assim como envolver o setor privado na execução do programa.
Além disso, foi oferecido ao SENASAG continuar apoiando a Bolívia na revisão e implementação do programa mediante ações específicas de cooperação técnica, o que foi bem recebido pelas autoridades nacionais e pelo restante dos participantes.
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Posted: 22 Aug 2019 11:37 AM PDT
A perda e desperdício de alimentos gera entre 8 a 10% de todas as emissões de gases de efeito estufa produzidos por seres humanos. Foto: Flickr/Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (cc)
A perda e o desperdício de alimentos gera de 8% a 10% de todas as emissões de gases de efeito estufa produzidos por seres humanos, de acordo com novo relatório sobre mudanças climáticas, o primeiro a destacar a relação estreita entre esse fenômeno e os fracassos do sistema alimentar. O tema está sendo discutido na edição de 2019 da Semana do Clima da América Latina e Caribe, que acontece em Salvador (BA), até sexta-feira (23).
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) adverte há anos sobre a magnitude deste problema: quase um terço de todos os alimentos que produzimos — 1,3 bilhão de toneladas por ano — é perdido ou desperdiçado.
Se compararmos as emissões de gases de efeito estufa associadas à perda e ao desperdício de alimentos com a emissão dos países, elas representariam o terceiro maior emissor global, depois de China e Estados Unidos.
Além disso, 38% dos recursos energéticos consumidos pelo sistema alimentar global são utilizados para produzir alimentos perdidos ou desperdiçados. Isso se dá não apenas por ineficiências e limitações nos sistemas de produção e fornecimento de alimentos, mas também durante o consumo.
A prevenção da perda de alimentos pode contribuir para reduzir as emissões do setor agrícola, diminuindo a pressão sobre os recursos naturais e evitando a necessidade de converter terras e expandir a fronteira agrícola.
Atualmente, quase 30% das terras agrícolas do mundo são usadas para produzir alimentos que nunca serão consumidos, representando uma área semelhante à área total do continente antártico.
Esta é uma dinâmica completamente insustentável que deve ser alterada o mais rápido possível. O Chile tem sido um dos países a reagir a isso. Desde 2017, o governo chileno implementou um Plano de Ação e um Programa Nacional de Consumo e Produção Sustentável, com prioridade para o sistema alimentar e a redução de perdas e desperdícios na cadeia de valor, incluindo o consumo no nível doméstico.
O governo chileno lidera a iniciativa que reúne vários atores que trabalham em três áreas: regulamentação e leis; pesquisa, tecnologia e produção de conhecimento; e comunicação e conscientização para compartilhar as ações que resolvem o problema.
Esta experiência foi apresentada no evento paralelo “Revertendo a mudança climática cuidando dos alimentos”, que a FAO realizou na edição de 2019 da Semana do Clima da América Latina e Caribe. A chave é reformar o sistema alimentar para produzir alimentos saudáveis de forma mais eficiente, investindo na incorporação de inovação tecnológica. Juntamente com soluções técnicas, é possível promover mudanças nos padrões de consumo para reduzir o desperdício.
O trabalho da FAO com os países da região progrediu e, após a fase de conscientização, concentra-se nas soluções em si. Nesse sentido, a organização apoiou a elaboração de cinco leis sobre a redução do desperdício de alimentos. Tais legislações foram aprovadas em Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru; enquanto Costa Rica e Uruguai ainda estão trabalhando nisso.
A FAO também promove parcerias com o setor privado, uma vez que o diálogo com esse grupo é um fator determinante no processo de redução de perdas e desperdícios. Além disso, dentro dessas mudanças necessárias incluem-se os esforços da sociedade civil, com os bancos de alimentos, levando acesso a alimentos para populações vulneráveis.
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Posted: 22 Aug 2019 10:47 AM PDT
Clique para exibir o slide.A Equipe Conjunta do UNAIDS no Brasil, acompanhada de uma representante do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e IST (DCCI) do Ministério da Saúde, esteve na cidade de Boa Vista (RR) para um ciclo de encontros com parceiros locais, incluindo representantes dos governos municipal e estadual, da sociedade civil e de outras agências e programas das Nações Unidas que atuam no local.
O objetivo foi avaliar os principais desafios da resposta ao HIV no estado e prospectar possíveis oportunidades de apoio à coordenação de projetos em andamento e à implementação de novas iniciativas conjuntas com foco na prevenção e cuidados em relação ao HIV e à AIDS.
Durante os três dias da missão, que aconteceu entre 10 e 12 de julho, foram realizadas conversas com diversos grupos, que possibilitaram à Equipe Conjunta ter uma visão ampla do contexto local da epidemia e do que está sendo realizado em relação ao HIV no estado e na cidade de Boa Vista, principalmente, nas esferas da saúde, segurança e educação.
“É importante coordenar as ações da Equipe Conjunta do UNAIDS com aquelas que já estão sendo executadas no estado. À medida que somamos esforços, conseguimos ter um maior impacto e trazer mais benefícios para as pessoas. Esse é o objetivo principal”, explica Cleiton Euzébio de Lima, diretor interino do UNAIDS no Brasil.
“Além disso, pudemos conhecer as necessidades e lacunas no município e no estado para, em conjunto com estes gestores e parceiros, pensarmos em projetos e ações conjuntas que possam contribuir para a aceleração da resposta ao HIV, em especial para aquelas populações mais vulneráveis, que, no contexto de fronteira, incluem também os migrantes e refugiados.
A resposta ao HIV sob a perspectiva do poder público
A equipe conheceu as ações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), principalmente em relação à capacidade municipal de prevenção e manejo clínico do HIV, sífilis, hepatites, entre outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Recebeu também dados sobre o acesso de venezuelanos aos serviços de saúde no município, incluindo o tratamento para HIV e serviços de saúde sexual e reprodutiva.
Durante a missão, o grupo também se reuniu com representantes da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (SEJUC) para conhecer melhor o trabalho com as pessoas privadas de liberdade, que, segundo o governo, têm recebido testagem rápida e tratamento no caso das pessoas diagnosticadas com HIV.
Segundo as autoridades locais, o público LGBTI do sistema carcerário do estado fica em celas especiais, mas não existe, ainda, uma política de Estado voltada para seu atendimento. “Pessoas privadas de liberdade apresentam prevalências do HIV maiores que aquelas encontradas na população em geral. A epidemia de HIV demanda uma resposta intersetorial, por isso foi importante visitar essas entidades, que podem contribuir no fortalecimento destas ações”, esclarece Lima.
Houve ainda encontros com o Conselho Estadual LGBTI e com a Secretaria Estadual de Saúde e a Secretaria Municipal de Educação. Todas essas reuniões serviram para que a Equipe Conjunta do UNAIDS pudesse construir um relatório com informações e recomendações que serão apresentadas aos demais membros do Sistema das Nações Unidas no Brasil e ao Ministério da Saúde.
Populações-chave e a resposta local
Projetos que visam a população LGBT – tanto no auxílio de brasileiros, como de imigrantes – e a sociedade civil também estiveram no foco da missão.
O grupo teve conversas com a Associação de Bem com a Vida (ABV); com o Fórum de ONG AIDS, representantes do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas (MNCP), do coletivo Mães pela Diversidade e a Pastoral da AIDS; e também com a Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado de Roraima (Aterr).
O grupo visitou também a ONG Valientes por La Vida, criada pela venezuelana Nilsa Hernandez, de 62 anos, que cruzou a fronteira da Venezuela com o Brasil, em 2018, em busca de tratamento para o HIV.
“Não tinha tratamento para minha condição e o lugar mais perto, para mim, era o Brasil. Não sabia como era o sistema de saúde aqui, mas, não queria morrer. Vendi várias coisas e vim para o Brasil. Vim pela minha vida”, explica Nilsa.
Após dois anos sem tratamento, Nilsa chegou ao Brasil e ficou vivendo nas ruas com sua família. “Vivemos muitas coisas, passamos muitas dificuldades, mas consegui atingir meu objetivo: consegui tratamento”.
Por conta de sua história, Nilsa resolveu criar a organização para possibilitar aos venezuelanos as oportunidades que ela teve no Brasil. “O nome ‘Valientes’ veio porque, desde pequena, quis ajudar as outras pessoas. E meu sonho sempre foi ajudar meu país e meus irmãos. ‘Valientes’ porque precisamos sê-lo para enfrentar a vida. Nossa marca é a luta para conseguir o que precisamos. Nas ruas pedi comida, sentimos medo, mas sempre tivemos esperança.”
Há um ano em funcionamento, a ONG já recebeu 70 pessoas que vivem com HIV, e já ajudou também venezuelanos com outros tipos de necessidade. Nilsa deixa claro que há espaço para todos: “brasileiros também podem nos procurar. Não temos diferenças, somos todos irmãos”.
Ações com venezuelanos
No abrigo Latife Salomão, que acolhe atualmente cerca de 470 venezuelanos, e no Posto de Triagem de Boa Vista (PTRIG), que recebe diariamente 300 venezuelanos para realização de atendimento humanitário, entre outras coisas, o grupo conheceu as ações lideradas pela Operação Acolhida, do governo federal.
A Operação é definida pelo Exército como “uma Força-Tarefa Logística Humanitária, cuja atividade principal é a coordenação dos trabalhos das várias agências ministeriais presentes, com a finalidade de fornecer os serviços públicos essenciais e necessários para receber esse pessoal e alimentá-los, bem como de garantir-lhes saúde, segurança e assistência social.” Algumas destas ações contam com apoio de agências da ONU.
No PTRIG, foi possível acompanhar as ações de testagem de HIV promovidas pela equipe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) junto a venezuelanos recém-chegados a Boa Vista. Ao todo, em um único dia, foram feitos 43 testes, que após o resultado receberam o devido encaminhamento. Foram dois resultados positivos para HIV e oito para sífilis. O UNFPA é um dos organismos copatrocinadores da Equipe Conjunta do UNAIDS.
Laila Rocha é enfermeira e trabalha no UNFPA com questões de saúde sexual e reprodutiva. Ela participa ativamente das ações do Fundo no PTRIG, local onde os imigrantes têm o primeiro contato com o Brasil.
“O UNFPA está presente na resposta à crise humanitária em Boa Vista desde agosto de 2017 atendendo mulheres, jovens da comunidade LGBTI e pessoas idosas”, explica. A meta do organismo da ONU é desenvolver ações estratégicas que contribuam para que o governo local potencialize a resposta nos casos de IST e HIV/AIDS, além de apoiar com ações diretas de informação e acompanhamento de casos.
O grupo visitou também o Centro de Referência para Refugiados e Migrantes na Universidade Federal de Roraima (UFRR), com ações coordenadas de Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e UNFPA para o atendimento de refugiados e migrantes.
“Histórias são as que mais marcam, pois demonstram que o HIV tem diversas faces e vulnerabilidades, e se quisermos frear a epidemia, precisamos ter um olhar para essas histórias”, conclui o diretor interino do UNAIDS.
Além do atendimento, as equipes das ONU distribuem preservativos e outros insumos de prevenção, oferecem testagem para HIV e fazem encaminhamento para os serviços de saúde. Folhetos informativos também são distribuídos aos visitantes.
Prevenção do HIV dentro da ONU
O UNAIDS Brasil realizou, ainda, na manhã do dia 12 de julho, um bate-papo com representantes de várias agências da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre prevenção combinada do HIV. O encontro, realizado na UFRR, contou com a participação de cerca de 40 funcionários e consultores que atuam no estado.
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Posted: 22 Aug 2019 10:06 AM PDT
Agricultores coletam água potável no vilarejo de Badnoogo, em Burkina Faso. Foto: Banco Mundial/Dominic Chavez
Após publicar, nesta quarta-feira (21), uma análise de pesquisas atuais sobre microplásticos em água potável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu uma avaliação adicional desses materiais no meio ambiente e de seu potencial impacto na saúde. Além disso, o organismo internacional também solicitou uma redução na poluição por plásticos para beneficiar o meio ambiente e reduzir a exposição humana.
“Precisamos urgentemente saber mais sobre o impacto dos microplásticos na saúde, pois eles estão em toda parte – inclusive em nossa água potável”, afirmou Maria Neira, diretora de Saúde Pública, Determinantes Ambientais e Sociais da Saúde da OMS. “Com base nas informações limitadas que temos, os microplásticos na água potável não parecem representar um risco para a saúde nos níveis atuais, mas precisamos descobrir mais. Também precisamos deter o aumento da poluição por plásticos em todo o mundo”.
De acordo com a análise, que resume os conhecimentos mais recentes sobre o tema, os microplásticos com mais de 150 micrômetros provavelmente não são absorvidos pelo corpo humano e espera-se que a absorção de partículas menores seja limitada. A absorção e a distribuição de partículas microplásticas muito pequenas podem, no entanto, ser maiores, embora os dados atuais sejam extremamente limitados.
Mais pesquisas são necessárias para obter uma avaliação mais precisa da exposição a microplásticos e seus potenciais impactos na saúde humana. Entre elas, o desenvolvimento de métodos padronizados para medir partículas de microplásticos na água; mais estudos sobre as fontes e ocorrência de microplásticos em água potável; e a eficácia de diferentes processos de tratamento.
A OMS recomenda que fornecedores e reguladores de água potável priorizem a remoção de patógenos microbianos e produtos químicos que são riscos conhecidos para a saúde humana, como aqueles que causam doenças diarreicas fatais. Isto tem uma dupla vantagem: os sistemas de tratamento de águas residuais e de água potável que tratam o conteúdo fecal e produtos químicos também são eficazes na remoção de microplásticos.
O tratamento de águas residuais pode remover mais de 90% dos microplásticos, com a maior remoção proveniente do tratamento terciário, como é o caso da filtração. O tratamento convencional com água potável pode remover partículas menores que um micrômetro. Uma proporção significativa da população mundial atualmente não se beneficia de tratamento adequado de água e esgotamento sanitário. Ao lidar com o problema da exposição humana à água contaminada por fezes, as comunidades podem abordar simultaneamente a preocupação relacionada aos microplásticos.
Clique aqui para acessar o relatório “Microplásticos na água potável” (em inglês).
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Posted: 22 Aug 2019 08:42 AM PDT
Vista aérea da Amazônia. Foto: Banco Mundial
A Amazônia abriga a maior área de floresta tropical remanescente em nosso planeta. Com quase o dobro do tamanho da Índia, essas florestas desempenham um papel vital na regulação do clima global e na prestação de outros serviços, como a purificação da água e a absorção de carbono.
Mais de 33 milhões de pessoas vivem na Amazônia e cerca de 420 comunidades indígenas dependem diretamente de seus recursos para cobrir suas necessidades de água e alimentos, bem como para sua subsistência. Esses meios e estilos de vida estão intrinsecamente relacionados à preservação das florestas e à conservação de sua biodiversidade. A Amazônia abriga mais da metade das espécies terrestres de animais, plantas e insetos.
O projeto de Integração de Áreas Protegidas da Amazônia (IAPA), liderado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), apoia a comunidade de gerentes de parques na América Latina e Caribe de áreas protegidas da Amazônia (RedParques) e garante supervisão eficaz e colaboração entre estas áreas. Ao fortalecer o processo de governança, o projeto da SIP ajuda a proteger as comunidades locais e indígenas e seus meios de subsistência, preservando a biodiversidade do bioma da Amazônia e apoiando o manejo de um dos ecossistemas mais importantes do mundo.
Há séculos a Amazônia abriga milhões de pessoas que construíram suas comunidades na natureza. Eles desenvolveram métodos para cultivar e viver em harmonia com a terra. A mudança climática ameaça não apenas os recursos naturais da Amazônia, mas também as vidas e meios de subsistência das pessoas que consideram sua terra natal.
Jorge Job Trigoso é um membro da comunidade de Villa Florida, uma das dez comunidades e aproximadamente 306 famílias que trabalham na gestão da castanha-do-brasil na Reserva Nacional de Vida Selvagem de Manuripi, na Bolívia. A poucos quilômetros de distância, Omar Masx mora na comunidade de Curichón e também se beneficiou da produção sustentável de açaí e castanha do Brasil. Ambos têm uma qualidade em comum: são os guardiões da floresta.
“Aqui não cortamos as plantas, essa é uma área protegida onde não devemos cortar árvores ou lenha, entendemos onde vivemos”, diz Trigoso, apontando as extensas florestas que cercam sua casa.
Na fronteira da Bolívia, Brasil e Peru, a reserva de Manuripi cobre 747 mil hectares e é uma das áreas com maior diversidade de vida selvagem na Bolívia. Também possui os rios Madre de Dios e Manuripi, dois dos mais importantes da bacia amazônica.
As áreas protegidas, como Manuripi, são consideradas uma das melhores maneiras de conservar a biodiversidade e ajudar a lidar com a mudança climática naturalmente, à medida que as florestas reduzem os gases de efeito estufa. As áreas protegidas preservam os ecossistemas, mantendo os valores culturais de seus habitantes e promovendo suas formas tradicionais de manejo dos recursos naturais.
Uma visão para a preservação da Amazônia
Com a RedParques como principal parceira de implementação, a FAO, juntamente com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a ONU Meio Ambiente, o WWF e a União Europeia, desenvolveram o projeto de Integração de Áreas Protegidas da Amazônia (IAPA). Este projeto envolve os oito países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) mais o território da Guiana Francesa, que compõe o bioma Amazônia.
O projeto da SIP incentiva a supervisão eficaz e colaborativa de áreas protegidas na Amazônia. Isso ajuda a minimizar os impactos da mudança climática no bioma Amazônia e aumenta a resiliência da subsistência das pessoas às mudanças ambientais. Ao garantir uma abordagem regional e transfronteiriça à Amazônia, o projeto protege melhor sua biodiversidade e protege as comunidades e as economias locais que dependem dela como fonte de alimento e subsistência.
“Nós somos os que devem cuidar da floresta. Por exemplo, costumávamos cortar o açaí para obter seus frutos. Nós não fazemos mais isso, nós escalamos a árvore para coletá-los. Precisamos cuidar das árvores porque vivemos delas”, diz Omar.
Em Manuripi, a economia dependeu principalmente de recursos florestais, principalmente açaí e castanha do Pará. Hoje, a população de Manuripi também está se aventurando na produção sustentável de açaí. O manejo sustentável do açaí e castanha do Brasil tornou-se um modelo para as comunidades amazônicas. A castanha-do-pará, por exemplo, conseguiu até ser certificada internacionalmente como um produto de qualidade.
A Paisagem do Sul é uma das duas áreas de ação prioritárias para o projeto da SIP. É constituído pela Reserva Nacional de Vida Selvagem de Manuripi (Bolívia), o Parque Estadual Chandless e a Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema (Brasil), o Parque Natural Alto Purús e a Reserva Comunal de Purús (Peru).
O que estamos protegendo
Para Jorge, Omar e as comunidades da Amazônia, tornar os meios de subsistência sustentáveis e proteger seus recursos são aspectos cruciais para a sobrevivência.
Não importa onde vivamos no planeta, a Amazônia nos beneficia de muitas maneiras: remove o dióxido de carbono do ar e purifica nossa água. Esses são serviços que tomamos como garantidos, mas sem os quais nosso mundo mudaria. O que acontece na Amazônia afeta a todos nós.
“A Amazônia é o pulmão do mundo; É uma parte muito importante devido a todos os serviços que oferece aos diferentes países do mundo”, enfatiza Andrea Barrero, Oficial dos Parques Nacionais da Colômbia.
Proteção Coordenada
Comunidades como Jorge e Omar estão aprendendo sobre o uso responsável dos recursos amazônicos. Ao trabalhar com instituições nas áreas protegidas do Brasil e do Peru, essas comunidades aprendem umas com as outras e adotam as melhores práticas para a preservação dessas áreas. Esta aprendizagem e troca de ideias e experiências enriqueceu o projeto da SIP.
Por meio de treinamentos conjuntos e oficinas que ajudam a coordenar os planos de ação e as experiências dos vários países do bioma amazônico, o projeto oferece uma perspectiva mais ampla para os países amazônicos trabalharem juntos e pensar além das fronteiras.
Entre 2011 e 2015, a região designou 44 novas áreas protegidas. O projeto da SIP garante que essas áreas sejam devidamente coordenadas e gerenciadas com uma abordagem regional. Até hoje, mais de 170 milhões de hectares da região amazônica estão protegidos e a visão amazônica busca explorar novas prioridades de conservação para o benefício das populações locais.
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Posted: 22 Aug 2019 08:25 AM PDT
Incêndios florestais ocorrem nos hemisférios Norte e Sul. Foto: Peter Buschmann for Forest Service, USDA
A presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, María Fernanda Espinosa, manifestou na quarta-feira (21) preocupação com os incêndios florestais que ocorrem em países dos hemisférios Norte e Sul do planeta.
Em mensagem publicada no Twitter, Espinosa enfatizou que as florestas são cruciais para enfrentar as mudanças climáticas, promover a conservação da biodiversidade e a segurança alimentar.
Segundo agências internacionais de notícias, focos de incêndio estão ocorrendo na floresta amazônica brasileira. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de queimadas no Brasil aumentou 83% entre janeiro e agosto deste ano na comparação com o mesmo período de 2018.
As chamas tiveram início há duas semanas no estado de Rondônia e estariam se expandindo para a fronteira com os vizinhos Paraguai, Peru e Bolívia, de acordo com os relatos das agências.
Na Sibéria, mais de 33 mil quilômetros quadrados de floresta pegaram fogo este mês, o que coloca a Rússia no caminho do pior ano com o registro deste tipo de incêndio.
De acordo com os relatos, a fumaça causada pelas chamas cobriu vastas áreas do território russo, incluindo cidades como Novosibirsk, e também cruzou o Oceano Pacífico para os Estados Unidos.
Em território americano, o fim de semana teve incêndios no Alasca, marcando uma temporada de fogo considerada “excepcionalmente longa” para o estado. Na Califórnia, que sofreu a temporada de incêndios florestais com maior destruição em 2018, há indicações da possível ocorrência de um grande incêndio.
Na semana passada, a Dinamarca enviou bombeiros para a Groenlândia para combater um incêndio que se está aproximando de áreas habitadas.
Na segunda-feira (19), um incêndio florestal nas Ilhas Canárias obrigou mais de 8 mil pessoas a fugir.
Para María Fernanda Espinosa, o mundo deve fazer mais para proteger suas florestas e tomar ações climáticas urgentes.
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