A procuradora-geral da República Raquel Dodge afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, que a prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão e mais oito pessoas foi requerida à Justiça porque um esquema criminoso liderado pelo chefe do executivo estava em curso.
“A operação Lava Jato no RJ tem empreendido esforços enormes para conter o esquema criminoso que se instalou no estado e contou com a participação de autoridades públicas do governo anterior. É um esquema criminoso que ainda não cessou”, afirmou a procuradora-geral.
Segundo ela, os pedidos de prisão preventiva foram feitos em razão da “atualidade do esquema” e do fato de os suspeitos continuarem praticando esses crimes. O MPF também disse que Pezão não só continuou com o esquema iniciado pelo ex-governador Sergio Cabral, como também criou seu próprio.
“As medidas de hoje são parte das investigações em curso, que visam coligir os elementos que vão agregar certeza sobre como funciona o novo esquema que sucedeu o anterior”, explicou Raquel Dodge. Segundo ela, foram identificadas a prática de três crimes: organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
Ainda conforme a procuradora-geral, um dos crimes em curso é o de organização criminosa. “As informações coligidas são no sentido de que ela continua atuando especialmente em relação à lavagem de dinheiro, praticada após o crime de corrupção para ocultar o dinheiro desviado”.