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segunda-feira, 26 de março de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Sarampo: vacinação é essencial para que países mantenham eliminação da doença nas Américas” e 9 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Sarampo: vacinação é essencial para que países mantenham eliminação da doença nas Américas” e 9 outros.

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Posted: 19 Mar 2018 01:39 PM PDT
Vacinação na Venezuela em janeiro de 2018. Foto: OPAS/OMS
Vacinação na Venezuela em janeiro de 2018. Foto: OPAS/OMS
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) adverte que, diante dos surtos de sarampo nas Américas, os países devem redobrar esforços para vacinar suas populações, fortalecer a vigilância a fim de detectar possíveis pacientes e implementar medidas para responder rapidamente a qualquer caso suspeito.
A avaliação foi publicada na última atualização epidemiológica da organização, na sexta-feira (16).
A região foi declarada por um Comitê Internacional de Especialistas como livre da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, em 2015, e do sarampo, em 2016. A eliminação dessas três doenças foi o ponto culminante de um esforço de 22 anos que incluiu a vacinação em massa contra o sarampo, a caxumba e a rubéola em todo o continente.
No entanto, como o vírus do sarampo é altamente contagioso e permanece em circulação no resto do mundo, como o vírus da rubéola, a região corre o risco de surtos dessas doenças.
Nos primeiros meses de 2018, são nove os países que relataram casos confirmados de sarampo: Antígua e Barbuda (1 caso), Brasil (14 casos), Canadá (4 casos), Colômbia (1 caso), Estados Unidos da América (13 casos), Guatemala (1 caso), México (4 casos), Peru (2 casos) e Venezuela (886 casos no total, 159 em 2018), aponta a atualização epidemiológica.
Em 2017, quatro países relataram casos confirmados de sarampo: Argentina, Canadá, Estados Unidos e Venezuela. Além disso, os casos na região europeia quadruplicaram em 2017, o que aumenta o risco de casos de sarampo serem importados para países das Américas.
A OPAS/OMS vem alertando sobre esta situação desde maio de 2017 e em sucessivas atualizações epidemiológicas.
A agência das Nações Unidas recomendou que os países das Américas vacinem a população para manter uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola em todos os municípios.
Além disso, os países devem fortalecer a vigilância epidemiológica do sarampo para detectar casos suspeitos nos serviços de saúde públicos e privados; dar uma resposta rápida ao detectar casos importados de sarampo, com o objetivo de evitar o restabelecimento da transmissão endêmica do vírus (ou seja, que existe de forma contínua e constante dentro de uma determinada região), incluindo a ativação de equipes que deem seguimento aos casos e seus contatos; bem como manter uma reserva de vacina sarampo-rubéola para ações de controle de casos importados em cada país da região.
Em 2017, os países das Américas se comprometeram a tomar medidas para manter a eliminação do sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita, ao aprovar um plano de ação com esse objetivo.
O plano enfatiza que, para manter a eliminação, os níveis de cobertura vacinal da população devem ser de 95% ou mais. Nos últimos cinco anos, a cobertura regional com a primeira dose da vacina contra o sarampo, a rubéola e a caxumba variou entre 92% e 94%.
O sarampo é uma das doenças mais contagiosas e afeta principalmente as crianças. É transmitida por gotas no ar ou contato direto com secreções do nariz, boca e garganta de indivíduos infectados.
Os sintomas consistem em febre alta, erupção cutânea generalizada em todo o corpo, nariz entupido e olhos avermelhados. Pode causar complicações graves, como cegueira, encefalite, diarreia grave, infecções de ouvido e pneumonia, especialmente em crianças com problemas nutricionais e pacientes imunodeprimidos.
A atualização epidemiológica sobre sarampo está disponível em espanhol (aqui) e em inglês (aqui).
 
Posted: 19 Mar 2018 01:12 PM PDT
O assessor para Mobilização Social e Trabalho em Rede do UNAIDS no Brasil, Cleiton Euzébio de Lima, foi um dos palestrantes do encontro. Foto: UNAIDS
O assessor para Mobilização Social e Trabalho em Rede do UNAIDS no Brasil, Cleiton Euzébio de Lima, foi um dos palestrantes do encontro. Foto: UNAIDS
Com o objetivo de colocar em prática a Agenda para Zero Discriminação nos Serviços de Saúde como parte da resposta à epidemia de HIV no país, o Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal (GTI-M) de Cachoeirinha (RS) organizou, na última quinta-feira (15), o 1º Seminário de Promoção da Equidade: Zero Discriminação e uma aula inaugural para alunos da saúde da Faculdade CESUCA.
O evento contou com a participação de aproximadamente 400 pessoas, entre eles profissionais e estudantes da área da saúde. O assessor para Mobilização Social e Trabalho em Rede do UNAIDS no Brasil, Cleiton Euzébio de Lima, foi um dos palestrantes do encontro.
Cleiton mostrou os principais pontos da Agenda Zero Discriminação proposta pelo UNAIDS aos países e, principalmente, aos municípios signatários da Declaração de Paris —compromisso assumido por centenas de cidades em todo do mundo pela Aceleração da Resposta ao HIV e o cumprimento das metas 90-90-90.
Além disso, ele falou sobre o contexto epidemiológico mundial e sobre como o Brasil tem se saído na resposta à epidemia de AIDS.
“Nós avançamos muito quando o assunto é prevenção e tratamento, mas ainda temos muito para avançar no que diz respeito à discriminação”, disse Lima. “Os serviços de saúde precisam ser espaços livres de preconceitos e acolhedores, sem distinção de gênero, raça cor, sexo e tantas outras características que ainda servem de pretexto para que muitas pessoas sejam deixadas de fora desses serviços.”
A ideia de elaborar um seminário sobre o tema da Zero Discriminação na saúde surgiu em decorrência deste contexto de aumento da incidência de HIV, principalmente entre jovens e populações mais vulneráveis, da persistência do estigma e da discriminação nos serviços de saúde, e da ausência de registros sobre população LGBT e negra no município.
“Os profissionais de saúde precisam desmistificar muitos assuntos e atender bem a população, independentemente de como se identifique ou de quem seja”, explica a psicóloga do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Cachoeirinha, e uma das organizadoras do evento, Cristina Tosi. Ela também destaca que era possível perceber o quanto a discriminação fazia com que as pessoas não se tratassem e não procurassem atendimento. “É importante sempre manter o respeito.”
Entre os desdobramentos deste primeiro seminário sobre a Agenda para Zero Discriminação nos Serviços de Saúde no município está a organização de outras três rodas de conversa para dialogar sobre saúde, educação e cultura. Antes da realização do seminário, uma primeira roda de conversa sobre trabalho já havia acontecido em 2017.
O município de Cachoeirinha, que fica cerca de 20 quilômetros da capital Porto Alegre, também tem o objetivo de tentar melhorar a coleta de dados e informações sobre as populações negra e LGBT na região, que são subnotificadas nas estatísticas relacionadas ao HIV. “Nós temos um trabalho longo pela frente”, destaca Gisele Tertuliano, enfermeira da Vigilância Epidemiológica do município.
Você pode saber mais sobre a Agenda para Zero Discriminação em Serviços de Saúde clicando aqui.
 
Posted: 19 Mar 2018 12:21 PM PDT
Foto: Wagner T. Cassimiro/CC
Foto: Wagner T. Cassimiro/CC
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com apoio da Confederação Nacional da Agricultura do Brasil (CNA), lança na próxima terça-feira (20), o livro “Agricultura Irrigada Sustentável no Brasil: Identificação de Áreas Prioritárias”, durante o 8º Fórum Mundial da Água, que acontece de 18 a 23 de marco em Brasília.
O lançamento acontecerá no stand da CNA no Fórum, às 16h30, com as presenças do representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, e do presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior.
O livro apresenta um panorama de áreas prioritárias com potencial para o fomento da agricultura irrigada no Brasil por meio do uso adequado e sustentável das águas superficiais e subterrâneas sem conflitos com os demais usuários, além de definir metas e formas mais eficazes de utilização da irrigação.
A escassez de água e energia em quantidade e qualidade em determinadas regiões brasileiras para uso em irrigação sem gerar conflitos entre os demais usuários é um grande desafio, exigindo melhor gestão e planejamento do uso adequado e sustentável dos recursos.
A agricultura é a principal usuária dos recursos hídricos disponíveis – uma média de 70% do consumo mundial. “A agricultura irrigada representa uma poderosa ferramenta de gestão contra as incertezas de chuvas que afetam diversas regiões do mundo”, afirma Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil.
O estudo aponta que o Brasil possui mais de 4,5 milhões de hectares com potencial para serem irrigados, com menor investimento e risco, por parte dos governos ou da inciativa privada.
Segundo o estudo, a irrigação, se bem planejada e executada, possibilita o aumento da produção, da eficiência no uso da água, tanto em quantidade quanto em qualidade e regularidade, e da diversidade de culturas, contribuindo significativamente no fomento da produção agropecuária e, consequentemente, no próprio PIB do país.
A produtividade média obtida em áreas irrigadas no país é pelo menos 2,7 vezes maior que a obtida através da agricultura tradicional de sequeiro, que é dependente do regime – irregular e inconstante – de chuvas.
Para mais informações para a imprensa, clique aqui.
 
Posted: 19 Mar 2018 12:17 PM PDT
Em Brasília, Michel Temer se encontra com a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, para a abertura do Fórum Mundial da Água. Foto: Beto Barata/PR
Em Brasília, Michel Temer se encontra com a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, para a abertura do Fórum Mundial da Água. Foto: Beto Barata/PR
A voz das mulheres é indispensável para abordar a questão da melhor gestão e uso da água no mundo, na avaliação da diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, presente na abertura do Fórum Mundial da Água nesta segunda-feira (19) em Brasília (DF).
“Trata-se de questão na qual a voz das mulheres se faz indispensável, desempenha papel central no provimento, gestão e abastecimento da água”, disse Audrey.
“No mundo, mulheres e crianças gastam aproximadamente 200 milhões de horas buscando água, tempo que poderia ser mais bem investido em educação. Os riscos são altos, mas o futuro depende das ações que fizermos hoje em relação ao uso da água”, disse.
Devido a papéis tradicionais de gênero, em muitas comunidades com difícil acesso à água as mulheres são responsáveis por sua coleta em diferentes lugares do mundo.
“Somos custodiantes do frágil ecossistema do planeta. É nossa responsabilidade coletiva defender o direito humano ao acesso à água e saneamento para as próximas gerações”, declarou Audrey.
Onze chefes de Estado e de governo participaram na sede do Ministério de Relações Exteriores da abertura do Fórum Mundial da Água, que ocorre até sexta-feira (23) na capital brasileira.
Na ocasião, o presidente brasileiro, Michel Temer, lembrou que há 2 bilhões de pessoas no mundo que não têm acesso a fontes seguras de água, enquanto outras 2 bilhões não têm saneamento básico. Mais de 260 milhões precisam andar mais de meia hora para coletar água, lembrou.
“Não temos tanto tempo a perder. Ninguém ignora que o acesso a água e saneamento está ligado à nossa capacidade de crescer de forma sustentável. Já não pode haver dúvida, em nome do acesso à água, em nome do futuro, que precisamos buscar o desenvolvimento sustentável em todas as suas vertentes”, declarou.
“O consenso é esse, a vida na Terra estará ameaçada se não respeitarmos os limites da natureza. O compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é histórico”, salientou. “Estamos firmemente empenhados em implementar a Agenda 2030.”
Temer disse ainda que a segurança hídrica é cerne das políticas públicas brasileiras. “Para preservar cursos d’água, implementamos o Programa Plantadores de Rios, que usa ferramentas digitais para defender nascentes e áreas de proteção permanente”, declarou.
“Na semana passada, lançamos um processo de captação de recursos para proteção de nascentes de duas bacias hidrográficas brasileiras, a do rio São Francisco e do rio Parnaíba”, afirmou. “E estamos criando duas áreas de conservação da biodiversidade marinha”, completou Temer, lembrando que o governo federal está preparando projeto de lei para “modernizar o marco regulatório do saneamento básico e incentivar novos investimentos.”
Organizado a cada três anos, o Fórum Mundial da Água é o principal encontro global em que a comunidade de profissionais do setor hídrico e os formuladores de políticas trabalham para estabelecer os planos de ação de longo prazo sobre os desafios relacionados à água. Com mais de 150 países representados, o fórum visa aumentar a conscientização e reforçar o compromisso político com relação ao uso e à gestão da água.
Além do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, este ano acontece a abertura da Década Internacional de Ação “Água para o Desenvolvimento Sustentável” (22 de março de 2018 a 22 de março de 2028). A Década visa fortalecer a cooperação e a mobilização internacionais, a fim de contribuir para a realização dos ODS.
 
Posted: 19 Mar 2018 12:09 PM PDT
Foto: Ascom (Sudene)
Foto: Ascom (Sudene)
Quando se analisa o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) dos estados brasileiros, é possível identificar grande disparidade entre os estados do Norte e Nordeste, situados entre 0,600-0,699 (IDHM médio), em relação aos estados das Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, situados entre 0,700-7,699 (IDHM alto) – assim como o Distrito Federal, situado no intervalo entre 0,800-1 (IDHM muito alto).
Todas as 12 Unidades da Federação com os menores índices e agrupadas na faixa do médio desenvolvimento humano estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste.
Para melhorar esse quadro, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o PNUD estabeleceram parceria e, juntos, buscarão impulsionar a região para o cumprimento dos objetivos da Agenda 2030.
Nesse contexto e com foco na sistematização de conhecimento e experiências que contribuam para a formulação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), a Sudene realizou o seminário “Caminhos para o Desenvolvimento do Nordeste”.
A iniciativa, que resulta de acordo de cooperação técnica entre a superintendência e o PNUD, reuniu, na semana passada, a equipe técnica da autarquia e representantes de instituições que atuam com planejamento de políticas públicas e desenvolvimento econômico e social.
Também estiveram presentes no seminário representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), BNDES e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex – Brasil).
Na abertura do evento, o superintendente da Sudene, Marcelo Neves, reforçou o empenho da instituição em transformar o PRDNE em lei para pautar os futuros governantes dos estados da área de atuação da Sudene. Já o diretor de país do PNUD no Brasil, Didier Trebucq, classificou como um grande desafio superar os baixos índices de desenvolvimento humano que ainda são realidade em vários municípios do Nordeste.
Trebucq defendeu que a solução desse impasse deve se construir a partir de uma visão sistêmica que inclua, entre outras atividades, o investimento em políticas sociais, a geração de oportunidades para absorver a mão de obra local e novas alternativas para dinamizar a infraestrutura da região.
“Também é importante estabelecer uma governança regional. O Nordeste precisa crescer acima da média nacional. É importante, para tanto, investir na capacidade institucional da Sudene para estabelecer estratégias e monitorar resultados de iniciativas como o PRDNE”, defendeu.
Representante-residente assistente e coordenadora da área programática do PNUD, Maristela Baioni avaliou que a importância do evento está na discussão da Agenda 2030 de longo prazo.
“Ela traz os temas considerados mais importantes pelo colegiado de nações e pode ser claramente absorvida pelo planejamento regional, sendo instrumento para que se possa monitorá-lo por meio de indicadores e metas. É um grande roteiro que, se absorvido pelos instrumentos locais, é capaz de possibilitar, em 2030, um Nordeste mais sustentável e inclusivo”, disse.
Durante o evento, a Sudene disponibilizou, ainda, um questionário online para que os participantes pudessem opinar sobre o conteúdo do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste e quais poderiam ser os modelos de governança do projeto.
Parte das perguntas apresentou uma lista de opções para que os respondentes elegessem os temas prioritários a serem analisados pela autarquia na construção do PRDNE e quais os principais entraves ao desenvolvimento regional sustentável. As informações colhidas por meio da plataforma subsidiarão a formulação do plano.
Em 2017, PNUD e Sudene assinaram novo projeto de cooperação para fortalecer as capacidades institucionais da superintendência de realizar e implementar processos de desenvolvimento regional no Nordeste, Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O projeto também promove o desenvolvimento inclusivo, redução de vulnerabilidades dos grupos minoritários e ambientalmente sustentável.
Saiba mais sobre os debates clicando aqui.
 
Posted: 19 Mar 2018 11:40 AM PDT
Imagem: Pexels
Imagem: Pexels
Começa nesta segunda-feira (19), às 16h, o ‘Camp de Ecoinovação: Desafio Água’. Vinte participantes viverão uma aceleração de propostas construídas a partir de um novo olhar para os negócios, no qual cada estratégia e atividade são desenhadas e executadas com foco na sustentabilidade.
As ‘startups’ e ideias iniciais aprovadas passarão durante três dias por um processo de aperfeiçoamento com ‘mentorias’ e dinâmicas sobre negócios de impacto social, ecossistemas de ‘startups’, ‘pitching’, sustentabilidade na era digital, entre outros.
O evento, que conta com o apoio do Green Nation, acontece até o dia 21 na Vila Cidadã, durante a 8ª edição do Fórum Mundial da Água, em Brasília.
Segundo dados das Nações Unidas, a agricultura representa 70% do consumo global de água, que é utilizado principalmente na irrigação. Já a indústria demanda mais de 20% do total e os quase 10% restantes vão para o uso doméstico – a parte utilizada para beber água é inferior a 1%.
Cientes destes dados, as instituições parceiras se uniram para promover a busca de soluções ecoinovadoras para os desafios da água. No evento, serão três as áreas em foco: agricultura, indústria e cidades.
Entre quase 100 propostas que concorreram para participar do Camp, foram selecionadas as dez com o maior potencial de ecoinovação e empreendedorismo em cada categoria. Confira:
Categoria Startups:
  • Eco Panplas: descontaminação de embalagens plásticas recicláveis utilizando um produto ecológico líquido e sem utilização de água no processo.
  • LiaMarinha: aplicação de tecnologias sustentáveis para tratar e remediar águas e efluentes com eficiência.
  • Resitrat Soluções Ambientais: sistema compacto para tratar o chorume gerado em aterros sanitários, com baixo custo e eficiência de 99% no tratamento.
  • Biosolvit: resolver a contaminação das águas por petróleo e derivados com um absorvedor de hidrocarboneto 100% natural produzido a partir de resíduos orgânicos descartados em lavouras.
  • KEMIA Tratamento de Efluentes: tratamento de efluentes por meio de tecnologias de eletro-oxidação, eletrofloculação e eletrofenton que promovem a separação ou a oxidação completa do poluente.
  • Prisco Ambiental: sistema de tratamento móvel de águas residuárias que consiste em uma unidade de reatores compactos customizados, os quais poderão ser instalados em containers marítimos ou skids industriais.
  • O2eco: Tecnologia baseada em uma placa de hidrocarbonetos e oligoelementos, cuja combinação biológica estimula as bactérias benéficas ao sistema e possibilita a despoluição de rios, lagos, mares e esgotos.
  • Síndico Foco: desenvolvimento e implementação de projetos para reduzir o consumo de água em condomínios, associado à captação de água da chuva, água de reúso das piscinas, saunas e duchas.
  • Stamina Comércio Ltda: sistema de reúso (cisterna) da água do banho, construído no banheiro, que acumula até 100 litros de água.
  • Stattus4: sistema de detecção automática de vazamentos em redes e ramais de distribuição.
Categoria Ideias:
  • Sérgio Morais: utilização da Internet das Coisas, com uso exclusivo de “open hardwares” e “open softwares”, para melhorar o serviço de saneamento nas cidades.
  • Anita Ramos Almeida: solução inteligente para a irrigação autônoma de hortas que utiliza sensor de umidade.
  • Anna Luísa Beserra Santos: dispositivo prático e portátil para tornar a água da chuva potável e, assim, garantir maior acesso da população à água limpa.
  • Marivana Almeida: sistema inteligente para captar a água da chuva para reaproveitamento em residências urbanas.
  • Otilene dos Anjos Santos: sistema de produção sustentável de alimentos que une técnicas da aquacultura e da hidroponia dentro de um sistema fechado de recirculação de água.
  • Thalita Pereira Delduque: uso de cerâmica vermelha (tijolo), inclusive de resíduos da construção civil, para tratar a água.
  • Mateus Alho Maia: para o tratamento de água, preparação de carvão ativado utilizando como precursor os rejeitos da agroindústria.
  • Roberto Batista Williams: veículo aquático autônomo, que envia dados físico-químicos e biológicos da água para a nuvem e utiliza Internet das Coisas para determinar parâmetros de limpeza e despoluição dos corpos hídricos.
  • Geraldo José Voppi Silva: sistema residencial de aproveitamento da água do banho e lavatório que não utiliza energia elétrica, motores ou bombas.
  • Felipe Vilarinho e Silva: sistema de informação e consumo consciente.
Para Regina Cavini, oficial sênior da ONU Meio Ambiente no Brasil, a ecoinovação é um componente-chave para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
“Por ser uma forma de pensar que integra todas as atividades do ciclo de vida de um produto ou serviço, a ecoinovação é capaz de alavancar os negócios e garantir a sobrevivência das empresas no mercado competitivo enquanto, ao mesmo tempo, diminui a pressão sobre os recursos naturais. Nesta edição do Camp, voltada para os desafios da água, esperamos concluir o evento com propostas rentáveis e que contribuem para o desenvolvimento sustentável no setor público e privado”, afirmou Regina.
“O Sebrae fomenta a ecoinovação em seus projetos e o Fórum Mundial da Água é uma grande oportunidade para dar visibilidade ao trabalho”, explica a diretora-técnica da instituição, Heloisa Menezes. “As micro e pequenas empresas têm buscado incorporar a sustentabilidade por meio de significativas mudanças em sua produção”, complementa Heloisa.
O diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Vinicius Lages, reforça o comportamento: “Estamos falando de uma nova abordagem, com técnicas e soluções capazes de elevar o desempenho das empresas sem afetar a sua sustentabilidade”.
Durante os três dias de evento, frequentadores da Vila Cidadã poderão observar as dinâmicas dos participantes através das paredes de vidro da sala onde as atividades ocorrerão. Ao final da competição, somente uma ideia e uma ‘startup’ serão eleitas vencedoras e premiadas com gadgets, mentorias exclusivas com especialistas e investidores e credenciais para participação em eventos de representatividade do segmento de startup.
A premiação e a cerimônia de encerramento estão previstas para começar na quarta-feira (21), às 18h30, no espaço Green Nation da Vila Cidadã. Informações adicionais em comunicacao@pnuma.org.
 
Posted: 19 Mar 2018 09:31 AM PDT
Dois meninos tiram a sede no Haiti, em 2007. Foto: Logan Abassi/ONU/MINUSTAH
Dois meninos tiram a sede no Haiti, em 2007. Foto: Logan Abassi/ONU/MINUSTAH
Com um chamado a fazer do acesso à água e ao saneamento de qualidade um ponto central da agenda de desenvolvimento global, teve início em Brasília o Fórum Mundial da Água 2018. O Fórum reúne a cada três anos os principais especialistas em água e saneamento dos setores governamental, privado, sociedade civil e acadêmico.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) coordenou o trabalho do Processo Regional das Américas que representa a voz do continente durante o Fórum. Como resultado desse processo, a grande maioria dos atores-chave em água e saneamento tiveram voz e presença no Fórum.
O BID contou com a colaboração de órgãos como o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA em sua sigla em inglês), o Programa Hidrológico Internacional da UNESCO, a Associação Nacional de Empresas de Água e Saneamento do México A.C. (ANEAS), a Global Water Partnership e o Banco de Desenvolvimento do Caribe (CDB em sua sigla em inglês); e, na elaboração dos estudos regionais, participaram a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Universidad de los Andes.
No âmbito do Processo Regional das Américas, foram desenvolvidos debates tendo como eixo diversos temas, como por exemplo a água como força de bem-estar nas Américas: como transformar os serviços de água e saneamento em um fator de desenvolvimento econômico sustentável.
Além disso, o processo também pensa como construir resiliência e redução de riscos através de uma infraestrutura verde nas Américas; desafios e oportunidades atuais no setor de água para a segurança alimentar e o desenvolvimento rural nas Américas; e os avanços em serviços eficientes de água e saneamento nas Américas.
Os debates também incluem os fundos de água, mecanismos financeiros para a conservação de bacias hidrográficas por meio de soluções baseadas na natureza, bem como o financiamento para o desenvolvimento, incluindo os mecanismos financeiros inovadores para a Agenda 2030.
O vice-presidente de países do BID, Alexandre Meira da Rosa, que liderou a delegação do BID no Fórum, destacou a importância de proteger os recursos hídricos da região, não só para o bem-estar dos latino-americanos e caribenhos, mas também por sua importância econômica.
“Cerca de 70 por cento da eletricidade que consumimos provêm da geração hidrelétrica, mais que qualquer outra região do mundo. Muitos de nossos principais produtos de exportação dependem do fluxo regular e suficiente de água”, disse ele.
Saiba mais clicando aqui.
 
Posted: 19 Mar 2018 07:49 AM PDT
Novo portal apresenta interface mais amigável, oferece melhor navegabilidade e traz conteúdos atualizados sobre a crise que já deslocou milhares de pessoas de suas casas.
Imagem: reprodução/ACNUR
No mês em que o conflito da Síria completa sete anos e se confirma como a maior crise de refugiados do mundo, o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) lança seu novo site em português com conteúdos exclusivos dedicados a esta crise.
O novo portal, disponível em www.acnur.org.br, utiliza o padrão visual adotado globalmente pela agência, cujo layout proporciona uma experiência de navegação mais fácil e agradável.
No marco dos sete anos da guerra na Síria, a primeira página do novo site do ACNUR disponibiliza a declaração do alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, e da enviada especial do ACNUR, Angelina Jolie, sobre o conflito.
Com apenas um clique, também é possível ler as histórias de sete famílias refugiadas que, graças ao apoio da agência, reconstruíram suas vidas em diferentes partes do mundo. A trajetória da refugiada Razan, que atualmente vive em São Paulo, também é destaque.
O conflito da Síria já dura mais que a Segunda Guerra Mundial. Cerca de 6,1 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas e 5,6 milhões de refugiados buscaram segurança nos países vizinhos da região.
O website do ACNUR é um componente vital do trabalho de comunicação da agência que está presente em aproximadamente 130 países, oferecendo assistência e proteção a pessoas que foram forçadas a deixar tudo para trás para salvar suas vidas.
Além das histórias e notícias sobre refugiados, deslocados internos e apátridas, o site é fonte de informações sobre as operações da agência e traz uma série de informações atualizadas sobre crises que acontecem em diferentes partes do mundo. No menu Emergências é possível acompanhar o trabalho do ACNUR em resposta a essas crises. Já a aba Publicações reúne uma série de insumos sobre o tema do refúgio no Brasil e no mundo.
Fazer uma doação também ficou mais fácil. A seção Envolva-se traz informações sobre como pessoas físicas e empresas podem colaborar com o trabalho do ACNUR e fornece esclarecimentos sobre como as doações recebidas são utilizadas.
Para manter-se informado sobre as últimas notícias relacionadas ao tema do refúgio e sobre a atuação do ACNUR, basta que o leitor assine a newsletter disponibilizada na homepage.
Profissionais da imprensa também foram contemplados com novas funcionalidades no portal. A seção Centro de Mídia disponibiliza uma lista de contatos dos porta-vozes do ACNUR em todo o mundo e link para acesso gratuito ao banco de imagens e vídeos da agência.
Outros recursos do novo site do ACNUR em português incluem lista de organizações parceiras da agência no Brasil, oportunidades de trabalho na agência e recursos para educadores.
Conheça o novo site do ACNUR em: www.acnur.org.br.
 
Posted: 19 Mar 2018 05:53 AM PDT
Manguezal derrubado no Timor-Leste. Foto: ONU/Martine Perret
Manguezal derrubado no Timor-Leste. Foto: ONU/Martine Perret
As soluções baseadas na natureza podem ter um papel importante na melhoria do abastecimento e da qualidade da água e na redução do impacto dos desastres naturais, de acordo com a edição de 2018 do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos.
O estudo, que será apresentado por Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, e por Gilbert Houngbo, diretor do UN Water (ONU Água, em tradução livre) durante 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, defende que reservatórios, canais de irrigação e estações de tratamento de água não sejam os únicos instrumentos de gestão hídrica à nossa disposição.
Em 1986, o estado do Rajastão (Índia) passou por uma das piores secas de sua história. Durante os anos seguintes, uma ONG trabalhou junto com as comunidades locais para estabelecer estruturas de coleta de água e regenerar solos e florestas na região. A iniciativa levou a um aumento de 30% na cobertura florestal, os níveis das águas subterrâneas subiram em alguns metros e a produtividade das terras de cultivo aumentou.
Tais medidas são bons exemplos de soluções baseadas na natureza (SbN) defendidas na mais recente edição do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos: “Soluções baseadas na natureza para a gestão da água”.
O relatório reconhece a água não apenas como um elemento isolado, mas como parte integrante de um processo natural complexo que envolve evaporação, precipitação e absorção da água pelo solo. A presença e a extensão da cobertura vegetal – como pastagens, zonas úmidas e florestas – influencia o ciclo da água e pode ser o foco de ações para a melhoria da quantidade e da qualidade da água disponível.
“Precisamos de novas soluções na gestão dos recursos hídricos para superar os novos desafios da segurança hídrica causados pelo crescimento da população e pela mudança climática. Se não fizermos nada, em 2050, cerca de 5 bilhões de pessoas estarão vivendo em áreas com baixo acesso à água. Este relatório propõe soluções baseadas na natureza para uma melhor gestão da água. Essa é uma importante tarefa que todos nós precisamos cumprir, juntos e de maneira responsável, para evitar conflitos relacionados à água”, declarou a diretora-geral da UNESCO.
“Por muito tempo, o mundo tem se transformado em um lugar onde as melhorias para a gestão hídrica são baseadas primariamente nas infraestruturas construídas pelo ser humano, conhecidas como ‘infraestruturas cinzas’. Com isso, conhecimentos tradicionais e indígenas, que abrangem soluções mais ‘verdes’, são constantemente deixados de lado. Três anos após a adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, é hora de reexaminarmos as soluções baseadas na natureza para que nos auxiliem a alcançar os objetivos relacionados à gestão hídrica”, escreveu Gilbert Houngbo, diretor do UN Water e presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, no prefácio do Relatório.

Foco na ‘engenharia ambiental’

A chamada infraestrutura “verde”, em oposição à tradicional infraestrutura “cinza”, concentra-se em preservar as funções dos ecossistemas, tanto naturais quanto artificiais, e na engenharia ambiental, ao invés da engenharia civil, para melhorar a gestão dos recursos hídricos.
A infraestrutura verde apresenta diversos usos no setor da agricultura, de longe o maior consumidor de água. Contribuindo para o desenvolvimento de sistemas de irrigação mais efetivos e econômicos, por exemplo, a infraestrutura verde pode ajudar a reduzir as pressões sobre o uso da terra, limitando a poluição, a erosão do solo e as necessidades hídricas.
Dessa maneira, o Sistema de Intensificação do Arroz, originalmente desenvolvido em Madagascar, ajuda a restaurar o funcionamento hidrológico e ecológico dos solos, ao invés de usar novas variedades de plantio ou produtos químicos. Esse sistema propicia uma economia de 25% a 50% na necessidade hídrica e de 80% a 90% em sementes, enquanto aumenta a produção de arroz de 25% a 50%, dependendo da região na qual está implementado.
Estima-se que a produção agrícola possa ser aumentada em cerca de 20% em todo o mundo, se forem utilizadas práticas mais verdes de gestão da água. Um estudo citado pelo Relatório avaliou projetos de desenvolvimento agrícola em 57 países de baixa renda e descobriu que o uso mais eficiente da água, combinado com a redução do uso de pesticidas e com melhorias na cobertura do solo, aumentou o rendimento das colheitas em 79%.
Soluções verdes também mostram grande potencial em áreas urbanas. Enquanto “paredes verdes” e jardins nos terraços (“jardins suspensos”) talvez sejam os exemplos mais facilmente identificáveis, outros incluem medidas para reciclar e coletar água, reservatórios para a recarga de águas subterrâneas e proteção de bacias hidrográficas que abastecem áreas urbanas. A cidade de Nova York tem protegido suas três maiores bacias hidrográficas desde o final dos anos 1990. Dispondo do maior abastecimento de água não filtrada nos Estados Unidos, a cidade agora economiza mais de US$ 300 milhões anualmente em tratamento de água e custos de manutenção.
Confrontados pela sempre crescente necessidade de água, países e cidades têm demostrado um interesse crescente em soluções verdes. A China, por exemplo, iniciou recentemente um projeto chamado Cidade Esponja, para melhorar a disponibilidade de água em aglomerados urbanos. Até 2020, serão construídas 16 Cidades-Esponja pilotos pelo país. O objetivo é reciclar 70% da água da chuva por meio de uma maior permeação do solo, por retenção e armazenamento, e pela purificação da água e restauração de zonas úmidas adjacentes.

A importância das zonas úmidas

As zonas úmidas cobrem apenas cerca de 2,6% da superfície do planeta, mas têm um papel desproporcionalmente grande na hidrologia. Elas impactam de forma direta a qualidade da água, filtrando substâncias tóxicas, de pesticidas a descargas industriais e da mineração.
Há evidências de que as zonas úmidas sozinhas podem remover de 20% a 60% dos metais na água e reter de 80% a 90% dos sedimentos de escoamento. Alguns países chegaram a criar zonas úmidas para tratar as águas residuais industriais, ao menos parcialmente. Durante os últimos anos, a Ucrânia, por exemplo, tem realizado experimentos com zonas úmidas artificiais para filtrar produtos farmacêuticos de águas residuais.
No entanto, os ecossistemas sozinhos não são capazes de executar a totalidade das funções de tratamento da água. Eles não podem filtrar todos os tipos de substâncias tóxicas despejadas na água, e suas capacidades têm limites. Existem pontos críticos além dos quais os impactos negativos da carga de poluentes em um ecossistema se tornam irreversíveis, daí vem a necessidade de se reconhecer os limites e gerenciar os ecossistemas adequadamente.

Atenuar os riscos de desastres naturais

As zonas úmidas também agem como barreiras naturais que absorvem e capturam água da chuva, reduzindo a erosão do solo e os impactos de certos desastres naturais, como inundações. Com a mudança climática, especialistas preveem que irá ocorrer um aumento da frequência e da intensidade dos desastres naturais.
Alguns países já começaram a tomar precauções. O Chile, por exemplo, anunciou medidas para proteger suas zonas úmidas litorâneas após o tsunami de 2010. O estado de Louisiana (EUA) criou a Autoridade de Proteção e Restauração Costeira após o Furacão Katrina (2005), cujo impacto devastador foi aumentado pela degradação das zonas úmidas no delta do Rio Mississippi.
Entretanto, o uso de soluções baseadas na natureza continua a ser secundário, e quase todos os investimentos ainda são direcionados a projetos de infraestrutura cinza. Porém, para satisfazer a crescente demanda por água, infraestruturas verdes parecem ser uma solução promissora, complementando as abordagens tradicionais.
Os autores do relatório pedem que haja um maior equilíbrio entre as duas, especialmente considerando que as soluções baseadas na natureza estão mais bem alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) adotados pelas Nações Unidas em 2015.
Coordenado pelo Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos da UNESCO (WWAP, na sigla em inglês), o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos é fruto da colaboração entre 31 entidades das Nações Unidas e 39 parceiros internacionais que formam o UN Water. Sua publicação, geralmente, coincide com o Dia Mundial da Água, celebrado todos os anos em 22 de março.
Clique aqui para acessar o relatório (em inglês).

UNESCO participa do Fórum Mundial da Água em Brasília

A UNESCO contribui com a programação do 8º Fórum Mundial da Água organizando algumas de suas sessões e eventos paralelos e trazendo especialistas de todo o mundo para participar como palestrantes do evento.
Ao todo, a UNESCO estará organizando e/ou palestrando em mais de 40 sessões temáticas, sendo elas ordinárias ou especiais, e em eventos paralelos do Fórum, e também contará com um estande institucional na área Expo (de exposições). Além disso, durante o período do Fórum, os/as especialistas da instituição participarão de uma programação especial organizada pelo Sistema ONU no Brasil.
O principal momento da UNESCO será a sessão especial para o lançamento, global e oficial, do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (informações acima).
A UNESCO também é a organização líder das sessões do Fórum relacionadas ao tema compartilhamento de água. Isso significa que, junto a outras quatro instituições, organizou as sessões e eventos relacionados a este tema do Fórum.
O compartilhamento de água é o tema principal do 8º Fórum Mundial da água dentre os nove que serão discutidos durante o evento: mudança climática; pessoas; desenvolvimento; questões urbanas; ecossistemas; finanças; compartilhamento; capacitação e governança.
Cerca de 200 especialistas ligados direta e indiretamente à UNESCO estarão presentes no 8º Fórum Mundial da Água. Dentre eles estão, além de representantes da ONU-Água, especialistas do Programa Hidrológico Internacional (PHI) da UNESCO, do Escritório Regional de Ciências da UNESCO para a América Latina e o Caribe, do Escritório Regional de Ciências da UNESCO para a Ásia e o Pacífico, de diversas cátedras do Programa UNITWIN relacionadas ao tema, além de institutos e centros ligados à Organização.

Evento do Sistema ONU no Brasil

Fora da programação do Fórum, mas também discutindo a gestão dos recursos hídricos, a UNESCO participa do evento Planeta ODS, que tem como objetivo, durante o Fórum Mundial da Água, funcionar como uma área de referência na cidade para discussão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com foco no ODS 6 sobre água e saneamento.
O Planeta ODS acontece no dia 22 de março, Dia Mundial da Água, no Planetário de Brasília, realizado por meio de uma parceria entre o Sistema ONU no Brasil e o Governo do Distrito Federal (GDF).
Na ocasião, às 11h, o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos será reapresentado para o público brasileiro, mais especificamente para os chefes das agências da ONU no Brasil e para os principais parceiros do governo brasileiro envolvidos com o tema da água. Saiba mais na matéria abaixo.
ONU leva debates e filmes sobre água para Planetário de Brasília na próxima semana

Sobre o Fórum Mundial da Água

O Fórum Mundial da Água é o maior evento global sobre o tema. Organizado pelo Conselho Mundial da Água, o Fórum acontece a cada três anos e está em sua oitava edição. Neste ano, pela primeira vez um país do Hemisfério Sul sediará o evento. São esperadas 40 mil pessoas de cerca de 150 países.
Saiba quais são os eventos paralelos e sessões do Fórum com os quais a UNESCO está envolvida, seja organizando ou tendo um de seus especialistas como palestrante, clicando aqui.
Saiba mais sobre o 8º Fórum Mundial da Água.
Outras informações à imprensa, clique aqui.
 
Posted: 18 Mar 2018 05:35 PM PDT
Clique para exibir o slide.As empresas brasileiras precisam ampliar sua consciência sobre a necessidade de adotar boas práticas de gestão dos recursos hídricos, disse no domingo (18) Carlo Pereira, secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas, durante evento que tratou do tema às vésperas da abertura do Fórum Mundial da Água, que ocorre esta semana em Brasília (DF).
As declarações foram feitas na abertura do Water Business Day, promovido pela Rede Brasil do Pacto Global em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
O evento discutiu a atuação do setor privado brasileiro na busca dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, especialmente o ODS número 6, que trata de assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos.
“Muitas empresas vêm fazendo muitas ações, muitas práticas, pensando na questão hídrica”, disse Pereira. “Mas se olharmos as empresas do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&FBovespa, na percepção das 30 empresas que estão ali, o ODS 6 fica como um dos últimos (em termos de prioridade para as companhias)”, declarou.
“E isso é inconcebível, uma vez que essas empresas têm atuação em todo o território nacional, mas com uma atuação ainda mais forte no Sudeste, que ainda passa por uma crise hídrica bastante forte”, completou.
O ODS 6 tampouco está entre as prioridades das empresas no nível global. De acordo com pesquisa do Pacto Global realizada em 2017 com mais de 1,9 mil companhias, a questão da gestão sustentável da água e o ODS número 14, que trata da proteção da vida nos oceanos, estavam entre os objetivos globais menos priorizados.
Para Pereira, um dos principais objetivos do Water Business é justamente reverter esse quadro, levantar um alerta e disseminar as boas práticas já existentes no Brasil. “Há distância entre a crise que a gente vive e a consciência que a gente (empresários) tem para o tema. (…) Todo mundo entende que o tema água é bastante importante, mas pouca gente está aplicando isso”, afirmou.
Segundo o secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, não se trata apenas de responsabilidade social das empresas, mas também econômica e financeira, na medida em que as crises hídricas afetam fortemente a produtividade.
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), disse no mesmo evento que a gestão dos recursos hídricos vem ganhando importância na agenda global econômica e empresarial.
“Isso se deve à percepção do risco e da vulnerabilidade envolvidos nessa questão. Nos últimos anos, o risco da água tem figurado entre os dez mais capazes de afetar as economias no curto e no longo prazo”, declarou. “O Fórum Econômico Mundial diz que esse risco pode até mesmo assumir a primeira posição entre as externalidades de grande impacto”.
Segundo ela, o setor privado não pode ficar parado, à espera de soluções governamentais. “O crescimento da agenda de água e de sua melhor gestão e o desenvolvimento de soluções para otimizar seu uso e reduzir custos passa necessariamente pelo engajamento do setor empresarial”, disse.
Marina lembrou que, para o CEBDS, a agenda de água tem o mesmo peso da agenda de combate às mudanças do clima. A organização lança na segunda-feira (19) um compromisso empresarial pela segurança hídrica, com o objetivo fazer as empresas assumirem metas voluntárias e compartilhar conhecimentos. O compromisso já teve a assinatura de 15 empresas.
Na opinião da presidente do CEBDS, as grandes empresas precisam liderar o sistema produtivo e compartilhar seus sistemas de gestão com a cadeia produtiva e clientes, ajudando-os a se tornarem mais eficientes e menos dependentes desse recurso.
Ela também citou medidas como estimular outras empresas a participar de fóruns de discussão sobre o uso sustentável da água; promover ações de advocacy que ajudem a destravar tecnologias como a de reuso; buscar e criar alternativas para o uso e aproveitamento; estimular projetos de ação coletiva, que visem mitigar impactos e riscos; entre outras ações.
Oscar Netto, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), lembrou que o fórum ocorre justamente em uma cidade que enfrenta racionamento de água, e que essa tem sido a realidade de muitos municípios brasileiros. “O Brasil é riquíssimo em água doce e renovável, 13% da água doce e renovável do mundo tem origem no território brasileiro. Isso é um enorme patrimônio, mas nos dá também enorme responsabilidade”, declarou.
Edson Duarte, secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, citou pesquisa do SEBRAE segundo a qual 31% dos negócios das micro e pequenas empresas serão afetados este ano por crises de abastecimento de água.
“Esse tema é uma realidade cruel que precisa ser observada por todos. Essa agenda é estratégica não somente para buscar tecnologias, adequações, gestões diferenciadas e combate ao desperdício, gestão mais eficiente, nós devemos nos preocupar com o fortalecimento de uma política de recursos hídricos no Brasil”, disse.
Organizado a cada três anos, o Fórum Mundial da Água é o principal encontro global em que a comunidade de profissionais do setor hídrico e os formuladores de políticas trabalham para estabelecer os planos de ação de longo prazo sobre os desafios relacionados à água. Com mais de 150 países representados, o fórum visa aumentar a conscientização e reforçar o compromisso político com relação ao uso e à gestão da água.
Além do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, este ano acontece a abertura da Década Internacional de Ação “Água para o Desenvolvimento Sustentável” (22 de março de 2018 a 22 de março de 2028). A Década visa a fortalecer a cooperação e a mobilização internacionais, a fim de contribuir para a realização dos ODS.
 
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Boletim diário da ONU Brasil: “Empresas brasileiras têm destaque em encontro global da ONU sobre empoderamento das mulheres” e 9 outros. Entrada x

Boletim diário da ONU Brasil: “Empresas brasileiras têm destaque em encontro global da ONU sobre empoderamento das mulheres” e 9 outros.

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Posted: 20 Mar 2018 01:09 PM PDT
Fórum dos Princípios de Empoderamento das Mulheres 2018, na sede da ONU em Nova Iorque. Foto: ONU Mulheres/Ryan Brown
Fórum dos Princípios de Empoderamento das Mulheres 2018, na sede da ONU em Nova Iorque. Foto: ONU Mulheres/Ryan Brown
Seis empresas brasileiras compartilharam suas ações para o empoderamento econômico das mulheres, na semana passada (14) em Nova Iorque, durante o 2º Encontro Anual dos Princípios do Empoderamento das Mulheres em Ação.
Schneider Eletric, KPMG Brazil, Rede Mulher Empreendedora, Talenses, Fox Time e Instituto Lojas Renner participarão de painéis sobre as estratégias de implementação dos Princípios de Empoderamento das Mulheres no local de trabalho, na cadeia de valor – especialmente em negócios de mulheres – e na comunidade.
A representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, contou a experiência dos Princípios de Empoderamento das Mulheres desenvolvida no país, que já soma 158 adesões e ocupa a 3ª posição no ranking internacional de empresas signatárias.
Os escritórios da Geórgia, Paquistão e Europa e Ásia Central vão expor o trabalho da ONU Mulheres, nesses países, em painel mediado por Anna Falth, gerente dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU Mulheres.
Na quinta-feira (15) ocorreu ainda o Fórum dos Princípios de Empoderamento das Mulheres 2018. Estiveram presentes Amina Mohammed, vice-secretária-geral das Nações Unidas, e Phumzile Mlambo-Ngcuka, secretária adjunta da ONU e diretora-executiva da ONU Mulheres.
Os Princípios de Empoderamento das Mulheres são um grupo de princípios para o meio empresarial oferecendo orientação sobre como delegar poder às mulheres no ambiente de trabalho, mercado de trabalho e na comunidade.
Eles são o resultado de uma colaboração entre a ONU Mulheres e o Pacto Global das Nações Unidas.
 
Posted: 20 Mar 2018 11:49 AM PDT
Ilha da Trindade, no Espírito Santo. Foto: Simone Marinho/Wikimedia/CC
Ilha da Trindade, no Espírito Santo. Foto: Simone Marinho/Wikimedia/CC
O governo brasileiro anunciou na última segunda-feira (19) os esperados decretos oficiais que criam dois mosaicos de áreas de proteção marinha nos estados de Pernambuco e Espírito Santo.
A ação aumentará a proteção dos oceanos brasileiros dos atuais 1,5% para 24,5%, superando o objetivo estabelecido pela Meta 11 de Aichi da Convenção sobre Diversidade Biológica, que visa a proteção de 10% das áreas marinhas e costeiras até 2020.
A notificação, feita durante o 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília até sexta-feira (23), foi elogiada pelo diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), Erik Solheim, que veio para o país participar do evento.
“Esta decisão inédita de proteger quase um milhão de quilômetros quadrados de extraordinária riqueza biológica mostra que o Brasil está empenhado na proteção de ecossistemas marinhos e espécies únicas e ameaçadas.”
Em carta ao presidente Michel Temer, Solheim parabenizou o Brasil pela decisão autêntica, com esperança que esta ressoe e inspire outros países a seguir os mesmos passos.
Denise Hamú, representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, acrescentou: “Os oceanos nos proporcionam alimento, regulam nosso clima e produzem a maior parte do oxigênio que respiramos. Apesar disso, enfrentam ameaças sem precedentes. As áreas protegidas A proteção de áreas marinhas como estas se traduzem em benefícios ecológicos, sociais e econômicos e constituem uma das melhores opções para manter a saúde dos nossos oceanos”.
Os novos mosaicos de unidades de conservação federal estão localizadas ao redor de dois territórios distantes e isolados da costa brasileira, os arquipélagos de São Pedro e São Paulo (PE) e a cadeira de montanhas submarinas que conecta a ilha da Trindade ao arquipélago Martin Vaz (ES).
As zonas de proteção terão caráter misto, ou seja, algumas áreas permitirão o desenvolvimento de atividades econômicas regulamentadas e outras serão patrimônios naturais resguardados de qualquer forma de exploração.
Além de funcionar como abrigo da biodiversidade, ambos os mosaicos também desempenham uma função estratégica na delimitação e proteção do mar territorial brasileiro e da Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e a Marinha desenvolverão um ato conjunto para definir as responsabilidades dos órgãos em relação às unidades de conservação, o que representa uma abordagem inovadora para as áreas protegidas. A Marinha brasileira desempenhou um importante papel histórico na proteção dessas ilhas, e sua presença continuará nestes espaços.

Sobre a ONU Meio Ambiente

ONU Meio Ambiente é a principal voz global em temas ambientais. Ela promove liderança e encoraja parcerias para cuidar do meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e pessoas a melhorarem a sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.
A agência das Nações Unidas trabalha com governos, com o setor privado, com a sociedade civil e com outras entidades do Sistema ONU e organizações internacionais pelo mundo. Para informações à imprensa, contatar comunicacao@pnuma.org.
 
Posted: 20 Mar 2018 11:24 AM PDT
Imagem da água poluída no estado de Washington, EUA. Foto: ONU/Cahail
Imagem da água poluída no estado de Washington, EUA. Foto: ONU/Cahail
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) está participando do 8º Fórum Mundial da Água, realizado em Brasília até o dia 23 de março. O evento, que é o maior do mundo sobre o tema, reúne especialistas, gestores, organizações, empresas de saneamento básico e partes interessadas.
Teófilo Monteiro, assessor regional para Água e Saneamento (ETRAS) da OPAS/OMS, coordenou na tarde desta segunda-feira (19) um debate sobre o ODS 6: “Água – Fonte de vida! Como ajudar os governos a implementar os objetivos relacionados à água e saneamento”.
O engenheiro participará também, nesta quarta-feira (21), da sessão “Água segura: o que ainda precisa ser feito para prevenir doenças de veiculação hídrica ou relacionadas a água, saneamento e higiene?”. O encontro acontecerá no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, de 14h30 às 16h.
Paralelamente ao fórum, o Planetário de Brasília funcionará como o “Planeta ODS”, espaço aberto para que as pessoas possam debater e presenciar a relação existente entre a água e todos os outros temas abordados na agenda 2030 das Nações Unidas.
Também nesta quarta (21), Henry Hernandez, assessor regional em água e saneamento em emergências da OPAS/OMS, participará a partir das 16h30 da mesa “Água e prosperidades”. Sua contribuição ocorre do ponto de vista da saúde pública, apresentando conceitos estratégicos, técnicos, operativos e de coordenação de água e saneamento em emergências e desastres, além das lições aprendidas com esses eventos.
A consultora nacional da OPAS/OMS no Brasil Mara Oliveira apresentou às 11 horas desta terça-feira (20), no Planetário, uma série de estudos, pesquisas e evidências sobre a relação entre a saúde e o meio ambiente, destacando as doenças relacionadas à água.
“Segundo a OMS, 748 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a uma fonte melhorada de água potável e 2,5 bilhões de pessoas vivem sem instalações básicas de saneamento”, explica. A água como direito humano e os desafios dos países para cumprir as metas do ODS 6 até 2030 também foram temas da conversa.
A iniciativa nesse ponto turístico e de lazer da capital federal surgiu de uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, o Governo do Distrito Federal, a Secretaria de Governo da Presidência da República e o Centro RIO+, entre outros colaboradores.

Necessidade de investir em água e saneamento

Publicado em 2017 pela OMS, o relatório ‘UN-Water Global Analysis and Assessment of Sanitation and Drinking-Water’ (GLAAS) 2017 revelou que os países não estão aumentando os gastos com rapidez suficiente para atender às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionadas à água e ao saneamento.
O documento ressalta que os países não satisfarão as aspirações globais de acesso universal à água potável e ao saneamento a menos que sejam tomadas medidas para utilizar os recursos financeiros de forma mais eficiente e aumentar os esforços para identificar novas fontes de financiamento.
De acordo com o relatório, os países aumentaram seus orçamentos para água, saneamento e higiene a uma taxa média anual de 4,9% nos últimos três anos. Contudo, 80% dos países referem que o financiamento de água, saneamento e higiene (na sigla em inglês, ‘WASH’) ainda é insuficiente para cumprir os objetivos definidos a nível nacional para esses serviços.
Em muitos países em desenvolvimento, os atuais objetivos de cobertura nacional têm base na obtenção de acesso a infraestruturas básicas, que nem sempre podem fornecer serviços continuamente seguros e confiáveis. Os investimentos planejados ainda não levaram em conta as metas dos ODS, muito mais ambiciosas, que visam o acesso universal a serviços de água e saneamento seguros para 2030.
 
Posted: 20 Mar 2018 10:25 AM PDT
A refugiada síria Razan tira uma selfie ao lado do alto-comissário do ACNUR, Filippo Grandi. Sua trajetória foi anunciada pelo chefe do ACNUR como inspiração na abertura de um encontro regional realizado em Brasília. Foto: ACNUR/Luiz F. Godinho
A refugiada síria Razan tira uma selfie ao lado do alto-comissário do ACNUR, Filippo Grandi. Sua trajetória foi anunciada pelo chefe do ACNUR como inspiração na abertura de um encontro regional realizado em Brasília. Foto: ACNUR/Luiz F. Godinho
Razan era professora de inglês para crianças e nunca havia saído de sua cidade natal, Alepo, na Síria. Com a guerra e a intensificação dos bombardeios, em 2014 ela foi forçada a abandonar a cidade pela primeira vez, sem saber qual seria seu destino final – e sem saber que, em meio ao conflito, estava grávida.
Quando ainda morava na Síria, Razan esperava permanecer ao lado de sua família e esgotou as possibilidades antes de tomar a difícil decisão de abandonar as pessoas próximas e todos os bens que havia conquistado. Em busca de segurança, ela se mudou de casa várias vezes e ainda assim não estava protegida dos ataques aéreos.
“Caíam muitas bombas a cada minuto, três primos meus morreram em um ataque em uma das casas que eu morava”, disse a jovem refugiada de 28 anos. “Com a guerra, perdemos tudo e mesmo ter acesso a itens básicos, como comida e água, era como se fosse um sonho.”
Razan então seguiu seu caminho para o Líbano, acompanhada de seu marido. Uma viagem difícil, onerosa e insegura, repleta de tensão e angústia. E a vida naquele país também não estava nada fácil, algo que se estende até os dias atuais.
Mais de três quartos dos refugiados nas áreas urbanas da Jordânia e do Líbano não conseguem suprir suas necessidades básicas de alimentação, moradia, saúde e educação. No marco dos sete anos de conflito armado no país, as condições para milhões de sírios no exílio estão se deteriorando e a grande maioria vive abaixo da linha da pobreza.
Durante evento realizado na sede do Facebook Brasil, Razan apresenta o case de sua página que já conta com mais de 7.700 seguidores. Foto: ACNUR/Miguel Pachioni.
Durante evento realizado na sede do Facebook Brasil, Razan apresenta o case de sua página que já conta com mais de 7.700 seguidores. Foto: ACNUR/Miguel Pachioni.
Após três meses no Líbano, Razan e seu marido obtiveram o visto humanitário na Embaixada do Brasil, juntaram os últimos recursos para a compra das passagens aéreas e chegaram em segurança ao então desconhecido país. Novamente, o início não foi fácil, principalmente pela dificuldade associada ao aprendizado do idioma local e da cultura “bastante diferente do que eu imaginava ser”.
Já no aeroporto internacional de Guarulhos, na chegada, Razan sentiu um mal-estar, mas não imaginava que traria uma ótima novidade: tratava-se de seu filho Alan, nascido no Brasil e que recentemente completou quatro anos de idade.
Como muitas outras pessoas em situação de refúgio, Razan não conseguiu um emprego em sua área de conhecimento. No entanto, com determinação e empenho, aprendeu o idioma e participou de iniciativas de capacitação e empreendedorismo promovidas pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros, como o projeto Empoderando Refugiadas.
Atualmente, sua página do Facebook, Razan Comida Árabe, já tem mais de 7.700 seguidores e se tornou um exemplo de boa prática, tendo seus conhecimentos compartilhados com outras mulheres em situação de refúgio que pretendem empreender nas redes sociais.

Incansável em sua trajetória, Razan reconhece as dificuldades que enfrentou e olha para frente para que possa seguir adquirindo novos saberes e para inspirar outras pessoas a seguirem seus passos.
“Hoje, enfim, me sinto segura, feliz por estar com minha família recomeçando nossas vidas com dignidade e perspectivas de um futuro pleno. Agradeço aos brasileiros pela acolhida tão boa e me sinto em casa nessa terra que faz parte da minha vida sonhada.”

 
Posted: 20 Mar 2018 10:10 AM PDT
Imagem: divulgação
Imagem: divulgação
Estão abertas as inscrições para o Fórum Pacto Global – 15 anos da Rede Brasil.
A Rede Brasil do Pacto Global completa 15 anos em 2018 e promove o evento em 16 de maio no auditório do MASP, em São Paulo, para comemorar a data. O evento contará com palestrantes de peso e apresentará um panorama dos avanços e perspectivas da sustentabilidade corporativa desde o início das atividades do Pacto Global da ONU no Brasil, em 2003.
O coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Niky Fabiancic; o diretor das Redes Locais Américas no UN Global Compact, Javier Cortes; e o diretor de país do PNUD Brasil, Didier Trebucq, representarão as Nações Unidas.
Entre os representantes das empresas signatárias da Rede Brasil, está confirmada a presença da presidente da Schneider Electric para a América do Sul, Tânia Cosentino, e do presidente da Anglo American no Brasil, Ruben Fernandes.
Já a comissária da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Flavia Piovesan, e a coordenadora da Comissão de Diversidade da OAB São Paulo e primeira advogada transexual a atuar com nome social registrado na Ordem, Márcia Rocha, engajarão o público nos temas voltados aos direitos humanos.
O coordenador da Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e secretário de Articulação Social (Segov), Henrique Villa, trará uma abordagem das ODS por meio das ações governamentais. Estará presente ainda o ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.
Jornalista e colunista do El País, Eliane Brum participará com fala inspiracional durante o evento. As mesas e palestras serão mediadas pela atriz Maria Paula, o jornalista e ex-diretor da National Geographic Brasil Matthew Shirts e a jornalista da Folha de São Paulo Eliane Trindade.
O Fórum Pacto Global – 15 anos da Rede Brasil conta com o apoio da Anglo American, Basf, Braskem, Copel, Enel, Fundação Dom Cabral e Vale.
Inscreva-se clicando aqui.
 
Posted: 20 Mar 2018 10:03 AM PDT
Foto: Fundo Global contra AIDS, Tuberculose e Malária / John Rae
Foto: Fundo Global contra AIDS, Tuberculose e Malária / John Rae
O ano de 2018 é crucial para a comunidade internacional impulsionar o progresso no sentido de acabar com a epidemia de tuberculose (TB) até 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Em setembro, os Estados-membros da ONU se encontrarão em Nova Iorque para a Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose para mostrar liderança política e compromisso de acabar com a tuberculose até 2030.
Alguns dos principais desafios na resposta, incluindo a necessidade de equidade e garantia que os grupos vulneráveis tenham acesso aos serviços de TB, serão abordados no encontro, assim como a necessidade de disponibilizar o teste e o tratamento da TB nos serviços de atenção primária e a necessidade urgente de mobilização de recursos.
Em preparação para este evento histórico — a primeira Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose — líderes de todo o mundo se encontraram em Nova Deli, na Índia, nos dias 14 e 15 de março, para a ‘Conferência Fim da TB’.
“Vamos garantir que os compromissos para acabar com a tuberculose sejam cumpridos. O cumprimento das metas exigirá inovações, bem como novas ideias de implementação. A Índia está empenhada em apoiar os países vizinhos na luta contra a doença”, disse J. P. Nadda, ministro da Índia para a Saúde e o Bem-Estar da Família.
Em 2016, o déficit estimado de financiamento para os programas de TB era de US$ 2,3 bilhões. Além disso, houve uma queda de US$ 1,2 bilhão nas pesquisas científicas sobre TB. A necessidade urgente de aumentar os investimentos em inovação será destacada na preparação para a Reunião de Alto Nível como parte dos esforços para trazer diagnósticos e tratamentos do século XXI e uma vacina para a resposta à tuberculose.
“Líderes em todo o mundo precisam aproveitar esta oportunidade, assumir compromissos ousados e tomar a decisão de acelerar a resposta para o fim da tuberculose. As ações que seguirão os compromissos deverão ser ousadas e tomadas por ministérios da Saúde, outros ministérios, setor privado, sociedade civil e comunidades”, disse Isaac Folorunso Adewole, ministro da Saúde da Nigéria.
A tuberculose existe há milhares de anos, mas ainda é uma grande crise global de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que, em 2016, cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram devido à tuberculose e que outras 400 mil pessoas vivendo com HIV morreram devido à coinfecção TB/HIV – reportadas globalmente como mortes relacionadas à AIDS.
“Não vamos eliminar a tuberculose com apenas uma abordagem de cima para baixo. Devemos trabalhar juntos para capacitar as comunidades para apoiar a luta contra a TB. Este movimento deve ir muito além da comunidade médica”, disse Soumya Swaminathan, vice-diretora-geral da OMS.
As pessoas que vivem com HIV são particularmente afetadas pela tuberculose. Um em cada 10 casos de tuberculose ocorre entre pessoas vivendo com HIV e uma em cada quatro mortes por TB está associada ao HIV. Apesar de ser evitável e curável, a tuberculose foi a nona principal causa de morte em todo o mundo em 2016.
“Muitas pessoas ainda não têm acesso ao tratamento. Precisamos olhar para as estratégias para aumentar o acesso aos cuidados, particularmente para aqueles que estão mais marginalizados e que não têm acesso no momento”, disse Tim Martineau, diretor-executivo adjunto do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
O UNAIDS e a Parceria Stop TB têm uma colaboração de longa data, trabalhando em conjunto para defender, monitorar e apoiar programas para pessoas e países afetados pelas epidemias conjuntas globais de TB e HIV.
O Conselho da Parceria Stop TB oferece liderança e direção, monitora a implementação de políticas, planos e atividades acordados da Parceria e garante uma coordenação harmoniosa entre os componentes da Parceria Stop TB.
 
Posted: 20 Mar 2018 08:57 AM PDT
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Foto: OMS
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Foto: OMS
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fará sua primeira visita oficial ao Brasil, entre os dias 21 e 22 de março. Ele terá reuniões, em Brasília, com autoridades nacionais e conhecerá em maior profundidade o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
O diretor-geral também discutirá a cooperação técnica entre o país e a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), além de explorar possíveis contribuições do Brasil para a saúde internacional.
Tedros foi eleito pelos Estados-membros da OMS, em maio de 2017, para um mandato de cinco anos. Antes disso, trabalhou na Etiópia como ministro das Relações Exteriores, de 2012 a 2016, e como ministro da Saúde, de 2005 a 2012.
Imediatamente após assumir o cargo, em 1o de julho de 2017, ele propôs cinco principais prioridades para a Organização: cobertura de saúde universal; emergências de saúde; saúde das mulheres, das crianças e dos adolescentes; impactos sobre a saúde do clima e mudanças ambientais; e uma OMS transformada.
Nascido na cidade de Asmara, Eritreia, Tedros é doutor (PhD) em medicina comunitária pela Universidade de Nottingham e mestre (MsC) em imunologia de doenças infecciosas pela Universidade de Londres.
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Posted: 19 Mar 2018 06:34 PM PDT
Clique para exibir o slide.A infraestrutura cinza, ou seja, aquela construída pelo homem, foi por muito tempo considerada a principal forma de gestão da água no mundo. No entanto, soluções baseadas na natureza muitas vezes podem ser mais eficientes em termos de custo-benefício, de acordo com o coordenador e diretor do Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos (WWAP, na sigla em inglês) da UNESCO, Stefan Uhlenbrook.
Em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) durante o Fórum Mundial da Água, em Brasília (DF), o especialista afirmou que a chamada infraestrutura verde, ou soluções baseadas na natureza, como a agricultura de conservação, é subutilizada globalmente, respondendo por apenas 5% dos investimentos no setor de água.
As conclusões estão no relatório mundial sobre desenvolvimento dos recursos hídricos lançado nesta segunda-feira (19) pela UNESCO. O documento terá sua versão em português publicada na quinta-feira (22).
“As soluções baseadas na natureza não foram muito adotadas porque são consideradas complicadas e caras. Mas é o contrário. As soluções baseadas na natureza podem ter melhor custo-benefício do que as infraestruturas tradicionais construídas pelos seres humanos”, disse.
As soluções baseadas na natureza são inspiradas e apoiadas pela natureza e usam, ou simulam, processos naturais a fim de contribuir para o aperfeiçoamento da gestão da água. Segundo Uhlenbrook, essas soluções têm como objetivo purificar a água, assim como desacelerar seus fluxos de forma a reduzir as enchentes ou o impacto das secas.
“Há três principais objetivos que podemos atingir com as soluções baseadas na natureza. Um deles é aumentar a disponibilidade de água, tanto para o consumo como para a agricultura e a indústria”, explicou.
Outro objetivo, de acordo com o especialista, é aumentar a qualidade da água, que está se degradando devido a uma série de atividades humanas. O último é reduzir os riscos associados à água, como as secas e enchentes. “Todos são objetivos de gestão da água que podemos atingir com soluções baseadas na natureza e infraestrutura verde”, disse.

Produção agrícola

A agricultura consome 70% da água disponível no mundo, a indústria outros 20% – incluindo a geração de energia elétrica – e o consumo doméstico, 10%, lembrou o especialista, em um cenário em que o mundo precisará aumentar em 50% sua produção de alimentos até 2050.
“Precisamos pensar em formas sustentáveis de aumentar a produção agrícola. Podemos fazer isso com sementes melhores e melhores práticas agrícolas. Mas a gestão da água é particularmente importante. Para podermos aumentar a disponibilidade de água para as plantas e a produção agrícola de maneira sustentável, isso tem a ver com a gestão da água nas fazendas”, declarou.
O relatório estima que melhorar a gestão da água poderia aumentar a produção agrícola global em 20%. “Localmente, pode aumentar ainda mais, pode até dobrar. Mas depende das circunstâncias. Todos os países podem fazer isso, olhando para os investimentos que precisam ser feitos, equipando os agricultores com o conhecimento necessário para fazê-lo. É muito mais do que só dar dinheiro, é fazê-los ter a capacidade”, declarou.
“É mobilizar recursos humanos, investimento em infraestrutura e em ferramentas socioeconômicas, como governança, arranjos institucionais, regulações, leis. É uma série de coisas que precisam acontecer.”

Lançamento do relatório

O lançamento do relatório ocorreu durante painel realizado no Fórum Mundial da Água nesta segunda-feira (19), com a presença da diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay; do vice-presidente da ONU Água, Joakim Harlin; do diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim; e do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
No evento, Audrey afirmou que a paz é colocada em risco em um cenário de escassez de água e que o relatório se propõe justamente a buscar alternativas já existentes para mitigar esse problema. Segundo ela, o objetivo do documento é apoiar os governos em sua transição para melhores políticas de água. “A mensagem do relatório é alta e clara. Agora é hora de ação. Trabalhar com a natureza e não contra ela”, declarou.
“Podemos não estar cientes dos serviços que a natureza nos proporciona. Podemos mimetizá-los. Muito da gestão de água é encontrada na natureza. Precisamos adotar soluções integradas à natureza na gestão da água”, disse Harlin, da ONU Água, durante o painel. Para Solheim, da ONU Meio Ambiente, casos de sucesso em gestão da água precisam ser replicados globalmente.

Organizado a cada três anos, o Fórum Mundial da Água é o principal encontro global em que a comunidade de profissionais do setor hídrico e os formuladores de políticas trabalham para estabelecer os planos de ação de longo prazo sobre os desafios relacionados à água. Com mais de 150 países representados, o fórum visa aumentar a conscientização e reforçar o compromisso político com relação ao uso e à gestão da água.
Além do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, este ano acontece a abertura da Década Internacional de Ação “Água para o Desenvolvimento Sustentável” (22 de março de 2018 a 22 de março de 2028). A Década visa fortalecer a cooperação e a mobilização internacionais, a fim de contribuir para a realização dos ODS.
 
Posted: 19 Mar 2018 03:41 PM PDT
Um menino ferido, em Ghouta Oriental, caminha para uma das saídas abertas nas últimas semanas. Foto: UNICEF/Sanadiki
Um menino ferido, em Ghouta Oriental, caminha para uma das saídas abertas nas últimas semanas. Foto: UNICEF/Sanadiki
O Sistema das Nações Unidas na Síria está pedindo ajuda para conter a situação de dezenas de milhares de pessoas que fugiram das suas casas nas cidades de Ghouta Oriental e Afrin.
A notícia foi dada pelo porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, nesta segunda-feira (19).
Segundo o porta-voz, a ONU e seus parceiros “foram informados das condições desesperadoras das pessoas que deixaram Ghouta Oriental e Afrin. Elas estão cansadas com fome, traumatizadas, com medo e precisam de ajuda urgente”.
Dujarric disse que “estes civis enfrentam condições humanitárias angustiantes”.
Desde 11 de março, pelo menos 25 mil pessoas saíram de Ghouta Oriental. Estes civis estão em abrigos nas cidades de Dweir, Adra, Herjelleh e numa zona rural da capital Damasco. Funcionários da ONU visitaram estes locais e perceberam que “os abrigos estão superlotados e que mais pessoas chegam todos os dias”.
A maioria dos entrevistados pelos funcionários da ONU tinha problemas de saúde, devido a vários anos sem acesso a medicamentos e a cuidados.
Do distrito de Afrin também fugiram 100 mil pessoas. A maioria, 75 mil, está em Tal Refaat, e as restantes em Nubul, Zahraa e aldeias vizinhas. As 16 escolas em Tal Refaat estão sendo usadas como abrigos, o que forçou o fim das aulas.
O porta-voz concluiu dizendo que “este fluxo massivo de deslocados internos está colocando pressão nas comunidades de acolhimento, que já estavam sobrecarregadas”.
O coordenador humanitário da ONU na Síria, Ali Al-Za’tari, explicou que muitos civis continuam encurralados pelo conflito em Ghouta Oriental e Afrin.
Al-Za’tari afirmou que “a ONU e os seus parceiros, com destaque para o Crescente Vermelho Árabe de Síria, estão completamente mobilizados para entregar ajuda no local”.
O coordenador pediu que os Estados-membros financiem esta ajuda, e que as partes do conflito facilitem o acesso às pessoas em necessidade.
 
Posted: 19 Mar 2018 02:56 PM PDT
Clique para exibir o slide.A água é a chave para o desenvolvimento sustentável. Porém, à medida que a população mundial cresce, a demanda pelos recursos hídricos aumenta e o acesso à água limpa e potável diminui.
Com o objetivo de promover a conscientização sobre o uso sustentável da água e incentivar o contato com a natureza, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Embaixada do Canadá e a ONU Meio Ambiente, em parceria com o Metrô-DF, inauguraram no final da semana passada, na capital federal, um vagão adesivado com informações sobre a importância da água e sobre o papel do Parque Nacional de Brasília para sua preservação, trazendo em forma de arte os importantes elementos da fauna e flora do Cerrado.
Denise Hamú, representante da ONU Meio Ambiente, lembrou que há atualmente uma crise hídrica “sem precedentes”.
“Até 2050, 3 bilhões de indivíduos viverão em áreas com escassez severa de água, seja por causa das mudanças do clima, poluição, degradação ambiental, superexploração das reservas subterrâneas, falta de saneamento ou uso ineficiente da água. Com esta ação no metrô, convidamos brasilienses e visitantes da capital federal a refletir sobre o que cada um pode fazer para contribuir com a conservação dos parques nacionais e a preservação dos recursos hídricos para as futuras gerações. A nossa sobrevivência depende da saúde do planeta, e só temos um para cuidar”, destacou Denise.
O embaixador do Canadá no Brasil, Riccardo Savone, afirmou que o Canadá se uniu à iniciativa para destacar o quão valioso é um recurso natural.
“Os ecossistemas saudáveis desempenham um papel fundamental na conservação da natureza e sua proteção e preservação requer colaboração transfronteiriça – países, cidades, empresas e cidadãos que trabalham por uma causa comum”, destacou Riccardo.
“É por isso que o Canadá se comprometeu a trabalhar em conjunto para conservar pelo menos 17% das áreas terrestres e águas do interior do Canadá até 2020. É necessária uma ação global para conter as perdas dos recursos naturais do nosso planeta que são insubstituíveis. Portanto, sua destruição é um caminho sem volta. Nosso meio ambiente continuará nos proporcionando recursos enquanto nós e todas as pessoas do mundo fizermos nossa parte.”
A iniciativa acontece no mesmo período do Fórum Mundial da Água, quando os olhos da mídia internacional estarão em Brasília, para inserir na agenda de debates a importância dos parques nacionais e das unidades de conservação no abastecimento de água do campo e das cidades.
A proposta é fruto de uma parceria que vem sendo desenvolvida desde o ano passado pelas instituições quando lançaram, no Dia Mundial do Meio Ambiente, o desafio de fotografia #EstouComANatureza.
O autor da foto mais marcante e criativa, o mineiro Maurício Brasili, ganhou uma viagem para a capital, onde fez um passeio guiado ao Parque Nacional de Brasília, para uma sessão de fotos. As imagens resultantes dessa visita são algumas das que estampam atualmente o vagão do metrô recém-inaugurado.
O vagão mostra fotos do Parque Nacional de Brasília, também conhecido como “Água Mineral”, administrado pelo ICMBio, que abriga mais de 20 espécies ameaçadas de extinção e protege mananciais que abastecem 25% da população do Distrito Federal e 75% no Plano Piloto.
“A unidade de conservação nasceu da necessidade de proteger os rios fornecedores de água potável à capital federal e manter a vegetação em estado natural”, explica a chefe da unidade de conservação do ICMBio, Juliana Alves.
Segundo ela, além do serviço ecossistêmico prestado pelo Parque, o espaço se estabelece na região como uma importante fonte de lazer e contato com a natureza. Em 2017, recebeu mais 222 mil visitantes, sendo a 9ª unidade de conservação mais visitada do ano no Brasil.
 
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