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terça-feira, 6 de março de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Meio milhão de refugiados da República Centro-Africana estão refugiados em países vizinhos” e 14 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Meio milhão de refugiados da República Centro-Africana estão refugiados em países vizinhos” e 14 outros.

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Posted: 27 Feb 2018 12:33 PM PST
Posted: 27 Feb 2018 12:12 PM PST
Fachada do Capitólio, em Havana. Foto: Flickr (CC)/Frans Persoon
Fachada do Capitólio, em Havana. Foto: Flickr (CC)/Frans Persoon
Em 2018, Cuba sediará a reunião bienal mais importante da Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (CEPAL). De 7 a 11 de maio, o país caribenho receberá autoridades dos 46 Estados-membros da agência da ONU, que realizará em Havana seu 37º Período de Sessões. O evento define orientações para o trabalho do organismo regional.
A CEPAL apresentará um relatório de atividades e proporá uma análise dos avanços nos países latino-americanos e caribenhos, tendo em vista o cumprimento até 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). No fórum, países discutirão os temas de maior relevância para o crescimento socioeconômico da região.
A secretária-executiva da agência da ONU, Alicia Bárcena, lembra que a promoção da igualdade foi a pauta que orientou as últimas quatro reuniões bienais da CEPAL. “Mantemos a igualdade no centro de nossas propostas e destacamos a importância de acabar com a cultura do privilégio, uma condição central para avançar rumo ao desenvolvimento sustentável”, defende a dirigente.
A escolha de Cuba para sediar o evento foi anunciada neste mês (23), após encontro de Alicia com o ministro de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do país, Rodrigo Malmierca.
Para saber mais sobre o 37º Período de Sessões, clique aqui.
 
Posted: 27 Feb 2018 11:50 AM PST
Sofrendo deslocamentos, lesões e até mesmo a morte, as crianças continuam a arcar com as consequências inaceitáveis da recente escalada de violência entre Israel e Gaza. Foto: UNICEF/D'Aki
Foto: UNICEF/D’Aki
A grave situação humanitária em Gaza está ameaçando a saúde dos moradores da região. Em comunicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que 1.715 pacientes correm risco de morrer se não houver um fundo de emergência.
A OMS e seus parceiros precisam de US$ 11,2 milhões para ações prioritárias para quase 1,3 milhão de pessoas em Gaza, nos próximos três meses.
A agência da ONU alerta para uma falha total do sistema. Dos pacientes que correm risco, 113 são recém-nascidos, 100 estão em unidade de tratamento intensivo e 702 recebem tratamento de hemodiálise.
Existem ainda 300 pacientes precisando de cirurgias e 500 de cuidados de emergência.
Os territórios palestinos sofrem com racionamento de energia elétrica e falta de combustível para geradores, com um impacto severo sobre serviços básicos de fornecimento de água, saneamento, saúde e tratamento de lixo.
A situação está mais difícil em fevereiro, quando esses serviços ficaram à beira do colapso com a falta de energia e apagões, colocando os pacientes dos hospitais sob risco.
A OMS acredita que, se os postos de saúde forem fechados por falta de dinheiro, quase 1,3 milhão de pessoas serão afetadas diretamente.
O Ministério da Saúde palestino fechou temporariamente os hospitais de Beit Hanoun, Durrah e o Hospital Psiquiátrico, além de várias clínicas. Os medicamentos também estão acabando. Por causa do racionamento de energia, o fornecimento de água é feito de 3 a 5 horas por dia e 96% da água entregue não é apropriada para o consumo.
Acesse o relatório completo da OMS clicando aqui.
 
Posted: 27 Feb 2018 11:34 AM PST
Programas de alimentação escolar do Laos são inspirados em modelo brasileiro. Foto: PMA/Mariana Rocha
Programas de alimentação escolar do Laos são inspirados em modelo brasileiro. Foto: PMA/Mariana Rocha
Representantes do governo brasileiro e da ONU foram ao Laos neste mês para debater os desafios do combate à fome. Reuniões apresentaram projetos adotados no Brasil para diminuir índices de desnutrição. Foco das discussões foram iniciativas de alimentação escolar e proteção social.
Em 2014, uma delegação do Laos visitou o Brasil com o apoio do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA), um organismo criado pelas Nações Unidas e pelo país sul-americano para difundir iniciativas capazes de eliminar a subnutrição. No mesmo ano, o Laos criou um programa de fornecimento de refeições em centros de ensino, implementado com ajuda substancial da ONU.
Composta por profissionais da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Centro de Excelência do PMA e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), a equipe brasileira que esteve no Laos de 19 a 23 de fevereiro pôde conhecer três escolas onde os estudantes recebem merenda.
Atualmente, o PMA desenvolve um plano, de duração estimada em 18 meses, para transferir a gestão da alimentação escolar para o governo do país asiático. Em 2019, 500 escolas terão sua administração assumidas pelas autoridades e comunidades do Laos. Isso corresponde a 30% dos colégios que recebem apoio da agência da ONU. Até 2021, outras 950 instituições de aprendizado passarão para o controle do governo.
A estratégia do Laos é inspirada no modelo brasileiro de alimentação escolar, que combina a demanda das escolas à oferta da agricultura familiar. O país asiático tem desenvolvido ações na área de nutrição, para garantir refeições equilibradas nos colégios, e desenvolvimento agrícola, com um projeto-piloto dando assistência técnica a pequenos produtores rurais que vendem alimentos para centros de ensino.
Em Vientiane, cerca de cem representantes de províncias, ministérios e setor privado participaram de um diálogo sobre a eficácia e os problemas dos atuais projetos de alimentação escolar. Os programas do Brasil foram tema das discussões, que abordaram questões como fontes de financiamento, coordenação entre ministérios, articulação com o setor agrícola e o papel dos nutricionistas no planejamento de cardápios e em ações de educação nutricional.
A pauta do encontro também incluiu o sistema de cadastro único do Brasil, que simplifica a prestação de assistência social, e legislações que formalizam e estruturam a governança dos programas de alimentação escolar.
 
Posted: 27 Feb 2018 11:34 AM PST
Dois refugiados sírios, um irmão e uma irmã, na Jordânia. Foto: UNICEF / Lucy Lyon
Dois refugiados sírios, um irmão e uma irmã, na Jordânia. Foto: UNICEF / Lucy Lyon
Oitenta e cinco por cento das crianças refugiadas sírias na Jordânia estão vivendo abaixo da linha de pobreza e surpreendentes 94% das com menos de cinco anos na pobreza “multidimensional”, o que significa que estão privadas de algumas das necessidades mais básicas, como educação, saúde ou proteção. O estudo foi realizado pelo UNICEF.
“Sete anos após a crise da Síria, precisamos continuar coletivamente a fazer tudo o que pudermos para apoiar as crianças refugiadas vulneráveis e suas famílias que estão lutando para satisfazer suas necessidades básicas”, disse Robert Jenkins, chefe dos programas do UNICEF na Jordânia.
Com base nas respostas dos refugiados, a avaliação também mostrou que cerca de 65% das famílias de refugiados sírios estão sofrendo com insegurança alimentar ou estão à beira da insegurança alimentar – o que significa que não têm o suficiente para uma dieta adequada.
As equipes do UNICEF também relataram que os pais declaravam que não faziam suas refeições para permitir que seus filhos comessem o suficiente.
Além disso, quase metade das crianças na faixa etária de 0 a 5 anos não tem acesso a serviços de saúde adequados, incluindo vacinas e serviços para deficiências, e 16% não possuem certidão de nascimento, expondo-os a riscos adicionais à medida que crescem.
Um total de 38% das crianças sírias não está na escola; enquanto que para crianças de 6 a 17 anos, o trabalho infantil e a violência continuam a ser desafios importantes.
Em resposta à crise, o UNICEF está trabalhando com o governo da Jordânia, bem como com doadores e organizações parceiras, para fornecer apoio e jovens orientados a participar positivamente em suas comunidades e para uma transição para um emprego significativo, educação continuada e oportunidades de treinamento.
No entanto, seus esforços foram severamente afetados por uma crise de financiamento. A agência da ONU atualmente enfrenta uma queda de financiamento de 145,7 milhões de dólares para atender às necessidades de todas as crianças vulneráveis na Jordânia este ano.
“Com a escala maciça sem paralelo da crise da Síria e sua natureza prolongada, a Jordânia precisa de apoio contínuo para gerenciar o impacto desta crise e atender às necessidades das crianças vulneráveis”, acrescentou Jenkins.
De acordo com as estimativas mais recentes, existem cerca de 660 mil refugiados sírios no país. Um pouco mais da metade desse número são crianças com idade igual ou inferior a 17 anos.
 
Posted: 27 Feb 2018 11:23 AM PST
Encontro de alto nível da Conferência sobre o Desarmamento no Palácio das Nações, em Genebra. Foto: ONU / Elma Okic
Encontro de alto nível da Conferência sobre o Desarmamento no Palácio das Nações, em Genebra. Foto: ONU / Elma Okic
“Os países persistem na ideia equivocada de que as armas nucleares tornam o mundo mais seguro”, disse o secretário-geral, na segunda-feira (26), na Conferência das Nações Unidas sobre o Desarmamento, em Genebra, na Suíça.
“No nível global, devemos trabalhar juntos para forjar um novo impulso na eliminação de armas nucleares”, afirmou. “Os perigos das armas nucleares são muito claros. Eles representam um risco catastrófico para a vida humana e para o meio ambiente.”
Delineando uma nova iniciativa para dar maior ímpeto e direção à agenda global de desarmamento, Guterres disse que o mundo deve responder aos perigos da acumulação e proliferação de armas e reforçar a necessidade de integrar o desarmamento nos esforços das Nações Unidas em matéria de diplomacia preventiva e construção da paz.
Segundo ele, é necessário um foco no impacto das armas convencionais sobre os civis, bem como sobre o vínculo entre o desarmamento e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável – em particular os recursos perdidos para gastos militares excessivos, recursos estes que poderiam ter sido usados para estimular atividades de desenvolvimento.
“A minha iniciativa procurará oferecer uma nova perspectiva sobre as prioridades tradicionais; e uma visão clara para o futuro; e também ações práticas e implementáveis”, disse ele, observando que, embora os desafios sejam enormes, “a história mostra que foi possível chegar a um acordo sobre o desarmamento e o controle de armas mesmo nos momentos mais difíceis”.
O chefe da ONU também elogiou a negociação entre EUA e Rússia no âmbito do Novo Tratado ‘START’ – o Tratado de Redução de Armas Estratégicas – e pediu que as “iniciativas corajosas” promovidas pela Coreia do Sul durante os recentes Jogos Olímpicos de Pyeongchang sejam traduzidas em melhorias duradouras, com base no objetivo central da desnuclearização da península coreana e da paz sustentável na região.
“Devemos trabalhar em conjunto para o nosso objetivo comum: um mundo livre de armas nucleares”, ressaltou o secretário-geral.
O presidente da Assembleia Geral, Miroslav Lajčák, destacou que a Conferência sobre o Desarmamento – criada em 1979, mas cuja última decisão foi em 1996 – permanece tão crítica como sempre, já que a demanda por desarmamento só aumentou.
“A Conferência sobre o Desarmamento está paralisada desde o acordo sobre o Tratado de Proibição Completa dos Testes, há mais de duas décadas”, afirmou.
“Temos que abordar esta realidade […] a Conferência é o principal fórum mundial de multilateralismo sobre desarmamento. Deve produzir estruturas e políticas globais. Isso deve conduzir discussões e decisões, em todo o mundo. Deve ser a voz mais alta”, ressaltou.
A Conferência sobre o Desarmamento, estabelecida como o único fórum multilateral de negociação do desarmamento da comunidade internacional, não é formalmente um órgão da ONU, mas reporta anualmente – ou quando há novas informações – à Assembleia Geral da ONU.
Atualmente, o órgão centrado no consenso centra-se principalmente nas seguintes questões: fim da corrida armamentista nuclear e desarmamento nuclear; prevenção da guerra nuclear, incluindo todos os assuntos relacionados; prevenção de uma corrida armamentista no espaço sideral; e acordos internacionais efetivos para assegurar aos Estados sem armas nucleares o não uso ou ameaça de uso de armas nucleares.
 
Posted: 27 Feb 2018 09:33 AM PST
Kate Middleton durante o lançamento da campanha "Enfermagem Agora". Foto: NursingNow/OMS
Kate Middleton durante o lançamento da campanha “Enfermagem Agora”. Foto: NursingNow/OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e Kate Middleton lançaram nesta terça-feira (27) a iniciativa Enfermagem Agora, um projeto de três anos em prol da valorização dos enfermeiros e parteiras. Embora essenciais no atendimento à população, esses profissionais nem sempre têm suas contribuições reconhecidas em políticas nacionais de saúde. A duquesa de Cambridge foi nomeada patrona do programa, que será implementado com o Conselho Internacional de Enfermeiros.
A ONU estima que faltarão 9 milhões de enfermeiros e parteiras no mercado para satisfazer as necessidades médicas do planeta até 2030. Com a Enfermagem Agora, um dos objetivos da OMS é suprir essa carência, estimulando a criação de programas de treinamento e empregabilidade.
Outras metas, com prazo para 2020, incluem o estabelecimento de redes globais de pesquisa e liderança política na área de enfermagem. A estratégia da OMS visa ainda garantir que 75% dos países tenham um organismo de governança da enfermagem dentro das instâncias mais altas de gestão nacional da saúde.
Em três anos, a Enfermagem Agora também quer que todas as políticas globais e nacionais reconheçam o papel desempenhado pelos enfermeiros no cumprimento de objetivos de saúde pública. A iniciativa da agência da ONU mobilizará governos para a adoção de planos de desenvolvimento voltados para essa categoria profissional.
De acordo com a OMS, programas para promover a cobertura universal de saúde também terão de apresentar propostas específicas para aprimorar a atuação dos enfermeiros, que são os profissionais de atendimento mais próximos da comunidade.
Durante a cerimônia de lançamento da iniciativa, no Hospital de São Tomé, em Londres, Kate Middleton, lembrou que sua bisavó trabalhou como enfermeira voluntária para a Cruz Vermelha, onde “aprendeu sobre o carinho e a compaixão que às vezes somente os enfermeiros podem dar”.
“Vocês se preocupam conosco desde os nossos primeiros anos, vocês cuidam de nós nos nossos momentos mais tristes e mais felizes e, para muitas pessoas, vocês cuidam de nós e de nossas famílias no final de nossas vidas”, afirmou a duquesa, dirigindo-se diretamente aos enfermeiros.
“Sua dedicação e seu profissionalismo são sempre inspiradores”, acrescentou Kate, que ressaltou que, em algumas partes do mundo, os enfermeiros são os únicos profissionais de saúde qualificados disponíveis em suas comunidades.
A duquesa alertou que, até 2030, será preciso formar 2 mil enfermeiros por dia para atender ao conjunto da população mundial. “Isso mostra que temos de agir agora para formar e apoiar enfermeiros com as habilidades e talento para lidar com as futuras necessidades globais de saúde”, completou.
 
Posted: 27 Feb 2018 08:19 AM PST
Sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Foto: ONU/Rick Bajornas
Sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Foto: ONU/Rick Bajornas
As Nações Unidas lançaram nesta terça-feira (27) uma linha telefônica para que seus funcionários possam denunciar o assédio sexual no ambiente de trabalho. A central de atendimento, explicou o secretário-geral António Guterres, “é um recurso que opera 24 horas para que a equipe do Secretariado da ONU possa falar de forma confidencial com um indivíduo treinado e imparcial, que pode fornecer informação sobre proteção, apoio e mecanismos de denúncia”.
A linha direta é parte do plano da ONU para enfrentar o abuso sexual em seus quadros de profissionais. A iniciativa vai complementar dispositivos que já existem para a notificação de episódios de agressão.
A Divisão de Investigações do Escritório de Serviços de Monitoramento Interno ficará responsável por investigar todas as queixas de assédio sexual, bem como por implementar um procedimento simplificado para receber, processar e lidar com as denúncias.
Segundo Guterres, a ONU está criando uma equipe especializada para analisar casos de assédio sexual. O grupo será estabelecido com a preocupação de aumentar o número de investigadoras mulheres.
“Eu reitero meu compromisso em ter tolerância zero com o assédio sexual e destaco que o assédio de qualquer tipo é a antítese dos princípios que defendemos enquanto uma Organização”, afirmou o secretário-geral em e-mail enviado a seus funcionários na véspera (26) do lançamento da central de atendimento.
O chefe da ONU acrescentou que o organismo internacional tem de estar engajado em criar ambientes inclusivos, onde todos sejam valorizados e respeitados. De acordo com Guterres, espaços de trabalho que sejam harmoniosos e seguros são fundamentais para que a Organização consiga cumprir suas atribuições.
 
Posted: 27 Feb 2018 07:29 AM PST
Vacinação. Foto: OPAS/OMS
Vacinação. Foto: OPAS/OMS
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS), reforçou neste mês (16) a recomendação de que turistas internacionais se vacinem com antecedência contra a febre amarela. Segundo a agência da ONU, viajantes devem tomar a vacina pelo menos dez dias antes de ir a países e regiões onde o vírus da doença circula. Vinte e um estados brasileiros estão na lista de locais da OMS considerados de risco para a infecção.
A OPAS solicita a seus Estados-membros que mantenham seus cidadãos informados sobre os riscos e as medidas preventivas contra a patologia, que incluem a imunização. Segundo o organismo, turistas devem se proteger de picadas de mosquitos e buscar atendimento médico caso se sintam doentes durante a viagem ou ao retornar para seus países de origem.
Na avaliação da agência da ONU, casos da infecção envolvendo turistas não vacinados são indícios de que países precisam ampliar a difusão de recomendações de saúde para quem viaja.
De janeiro de 2016 a janeiro de 2018, sete países e territórios da região das Américas notificaram episódios de febre amarela — Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru e Suriname. O governo brasileiro registrou a maior parte das ocorrências da patologia, incluindo em regiões onde a circulação do vírus não havia sido identificada por décadas, como os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
A OMS recomenda a vacinação contra a febre amarela para turistas estrangeiros que desejem visitar 21 estados do Brasil, considerados de risco para a transmissão da doença. São eles Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
A definição de novas áreas onde há chances de transmissão da patologia é um processo contínuo, monitorado e atualizado constantemente pela OMS. Tenha acesso às últimas publicações e atualizações epidemiológicas da OMS sobre vacinação para turistas internacionais clicando aqui.
 
Posted: 27 Feb 2018 06:57 AM PST
Sede da CEPAL, em Santiago do Chile. Foto: Carlos Vera/CEPAL
Sede da CEPAL, em Santiago do Chile. Foto: Carlos Vera/CEPAL
A Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (CEPAL) completou 70 anos nesta semana. Fundado em 25 de fevereiro de 1948, o organismo trabalha pelo crescimento sustentável e orienta países em estratégias de desenvolvimento que permitam enfrentar problemas sociais. Em anos recentes, a agência das Nações Unidas tem defendido o fim da “cultura de privilégios” que perpetua desigualdades estruturais na região.
Desde sua criação, a CEPAL buscou fortalecer as relações econômicas regionais, bem como entre seus Estados-membros — que atualmente somam 46 nações — e países de outras partes do mundo. O organismo da ONU ofereceu análises e respostas a desafios latino-americanos, como o auge e o declínio da industrialização motivada pela substituição de importações.
A comissão também propôs políticas e estratégias no período em que modelos de desenvolvimento socioeconômico tiveram de ser reformulados, tendo em vista a globalização produtiva e financeira. Atualmente, a instituição da ONU auxilia nações a lidar com a crescente incerteza sobre os rumos da mundialização da economia. Outros problemas na pauta do organismo são o aumento das desigualdades e a crise ambiental global.
Desde 2008, a comissão é dirigida por Alicia Bárcena, a primeira mulher a se tornar secretária-executiva da CEPAL. Ao longo da última década, a agência das Nações Unidas implementou uma agenda de trabalho que elegeu a igualdade como núcleo do desenvolvimento sustentável e o avanço tecnológico como motor de transformações na matriz produtiva regional. Com isso, a instituição alinhou seu trabalho à Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.
A CEPAL é uma das cinco comissões regionais da ONU, que mantém organismos semelhantes na África, Europa, Ásia-Pacífico e Ásia Ocidental. Além disso, é o único órgão intergovernamental do Secretariado das Nações Unidas na América Latina e no Caribe.
O aniversário da agência será comemorado ao longo de 2018 com atividades em Santiago, no Chile, onde está localizada sua sede, e também em Nova Iorque, onde fica o Escritório da ONU para Comissões Regionais.
 
Posted: 26 Feb 2018 02:34 PM PST
Mauritânia começa a fornecer certidão de nascimento para crianças refugiadas. Foto: ACNUR
Mauritânia começa a fornecer certidão de nascimento para crianças refugiadas. Foto: ACNUR
A Agência da ONU para Refugiados, ACNUR, está celebrando a entrega de certidões de nascimento para milhares de crianças refugiadas do Mali. Elas vivem no acampamento de Mbera, no sudeste da Mauritânia.
Segundo o ACNUR, a iniciativa do governo da Mauritânia é inédita e uma prova do apoio à proteção dos refugiados. Mais de 7,6 mil crianças nascidas no acampamento vão receber a certidão de nascimento e o governo já criou um sistema para que todos os recém-nascidos sejam automaticamente registrados.
A agência das Nações Unidas explica que os documentos ajudarão no combate aos casamentos forçados e prematuros, já que ter provas da idade é essencial para identificação desses casos e para fornecer evidências às instituições.
No ano passado, o ACNUR registrou 97 casos de casamento infantil no acampamento de Mbera, mas teme-se que mais casos possam não ter sido reportados.
Com parceiros, as equipes do ACNUR trabalham para identificar e apoiar as crianças em risco. Provar a idade também é importante caso aconteça no futuro a repatriação voluntária dos refugiados, se as condições de segurança no Mali permitirem.
A agência da ONU colabora com as autoridades da Mauritânia para o registro civil dos refugiados, além de dar assistência vital – incluindo comida, água, educação e serviços médicos.
Desde 2012, a insegurança no norte do Mali tem levado a população a pedir refúgio na Mauritânia, que já abriga 51 mil malianos, e também no Níger e em Burkina Faso.
 
Posted: 26 Feb 2018 02:29 PM PST
Secretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: ONU/Violaine Martin
Secretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: ONU/Violaine Martin
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou fortemente neste sábado (24) os ataques de 23 de fevereiro em Mogadíscio, capital da Somália. Pelo menos 38 pessoas foram assassinadas e muitas outras feridas.
Em um comunicado, Guterres enviou suas “profundas condolências às famílias das vítimas e ao povo e ao governo da Somália, e elogiou a resposta das forças de segurança somali e da AMISOM”, a Missão da União Africana na Somália.
O secretário-geral também reiterou “o pleno apoio das Nações Unidas às autoridades somalis na luta contra o terrorismo e a busca por uma Somália pacífica e estável”.
 
Posted: 26 Feb 2018 02:24 PM PST
O refugiado sírio Mohammed com seus novos amigos na escola primária de Widden, em Gloucester. A escola apoia sete famílias de refugiados, incluindo 12 crianças. Foto: ACNUR/William Davies
O refugiado sírio Mohammed com seus novos amigos na escola primária de Widden, em Gloucester. A escola apoia sete famílias de refugiados, incluindo 12 crianças. Foto: ACNUR/William Davies
O governo britânico divulgou na quinta-feira (22) o número de refugiados que reassentou num programa com a Agência de Refugiados da ONU (ACNUR) e com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Ao todo foram acolhidas 10.538 pessoas desde que o programa teve início – em janeiro de 2014 –, numa promessa de abrigar 20 mil refugiados até 2020.
O Sistema de Reassentamento de Pessoas Vulneráveis (VPRS, na sigla em inglês) é um dos maiores programas de reassentamentos já promovidos no país. Os números atuais representam um aumento de 19% se comparado a 2016.
O governo britânico informou que pretende reassentar até 3 mil crianças e suas famílias que enfrentam riscos no Oriente Médio ou no Norte da África.
Desde 2010, o Reino Unido já acolheu 28 mil crianças refugiadas.
A secretária do Interior britânica, Amber Rudd, visitou um acampamento de refugiados no Líbano, onde se reuniu com famílias que fugiram da Síria. Ele te reuniões com especialistas do ACNUR que atuam no local.
Rudd disse que o Reino Unido se orgulha de poder receber as pessoas que fogem da guerra. Segundo ela, mais refugiados devem chegar todos os meses.
O representante do ACNUR no Reino Unido, Gonzalo Vargas Llosa, elogiou o governo britânico por conseguir num curto período de tempo montar a estrutura para receber os refugiados. Ele destacou a colaboração entre o governo, as autoridades locais e outros envolvidos.
OIM está ajudando com orientação cultural, exames de saúde e a viagem dos refugiados para o Reino Unido. O país é o segundo maior doador para ações de assistência humanitária e já prometeu o equivalente a quase US$ 3,5 bilhões em ajuda para a Síria e os países vizinhos.
 
Posted: 26 Feb 2018 01:11 PM PST
Foto: UNAMA
Foto: UNAMA
Mais de 10,4 mil pessoas morreram ou ficaram feridas em 2017 no Afeganistão, de acordo com o último relatório da Missão de Assistência da ONU no país (UNAMA), documentando o impacto do conflito armado na vida de civis.
“O custo humano dessa horrenda guerra — em termos de perdas de vida, destruição e imenso sofrimento — é muito alto”, disse o representante especial do secretário-geral para o Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, durante o lançamento do relatório em Cabul no domingo (25).
De acordo com o relatório, 3.438 civis morreram e 7.015 ficaram feridos por conta do conflito em 2017, de acordo com dados registrados pela UNAMA e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
 
Posted: 26 Feb 2018 12:57 PM PST
Mulheres preparam inhame para vender em Assouba, na área rural da Costa do Marfim. Foto: ONU / Patricia Esteve
Mulheres preparam inhame para vender em Assouba, na área rural da Costa do Marfim. Foto: ONU/Patricia Esteve
O governo da Costa do Marfim lançou neste mês (12) o plano nacional Fome Zero, para pôr fim à insegurança alimentar na nação africana até 2025. No país, 12,8% da população ainda vive sem saber se terá quantidades suficientes de comida à mesa. Elaborada com o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a estratégia das autoridades marfinenses investirá na oferta de refeições nas escolas e no fortalecimento do setor agrícola.
Atualmente, o poder público já conta com o apoio do PMA, agência das Nações Unidas que fornece merenda diariamente para 571 mil estudantes marfinenses de nível primário. O governo quer criar uma cantina para cada escola e conectar agricultores familiares à administração das instituições, para transformar os pequenos produtores em fornecedores dos colégios.
Segundo o vice-presidente da Costa do Marfim, Daniel Kablan Duncan, o novo plano Fome Zero “é uma estratégia que inclui todas as políticas nacionais e que deve ser usado como uma bússola para orientar a implementação efetiva e eficiente de todas as iniciativas governamentais que visam promover um crescimento sustentável e inclusivo”.
Em dezembro passado, o dirigente liderou uma missão de estudos ao Brasil para conhecer iniciativas brasileiras de combate à fome e de fomento ao desenvolvimento rural. A visita foi organizada em parceria com o Centro de Excelência contra a Fome, vinculado ao PMA.
A nova estratégia das autoridades marfinenses foi elaborada com o apoio do PMA. O documento aponta para desafios como falta de financiamento, problemas de coordenação e lacunas no monitoramento das iniciativas implementadas. Outros agravantes são as mudanças climáticas e falhas na prestação de serviços de nutrição e proteção social.
Para superar esses obstáculos à erradicação da fome, o plano recomenda investimentos em infraestrutura e no acesso à água, além de incentivos para compras públicas de alimentos produzidos localmente. Na avaliação do marco nacional, é preciso ampliar e promover as cadeias de valor da agricultura marfinense.
 

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