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segunda-feira, 26 de março de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Cate Blanchett alerta para ‘corrida contra o tempo’ de refugiados rohingyas em campos” e 8 outros.

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22 de mar (Há 4 dias)
para mim

Boletim diário da ONU Brasil: “Cate Blanchett alerta para ‘corrida contra o tempo’ de refugiados rohingyas em campos” e 8 outros.

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Posted: 22 Mar 2018 02:03 PM PDT
Cate Blanchett, enviada especial da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Foto: ACNUR
Cate Blanchett, enviada especial da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Foto: ACNUR
Enquanto chuvas fortes e ciclones potenciais ameaçam mais de 100 mil refugiados rohingya vivendo em assentamentos superlotados em Cox’s Bazar, Bangladesh, Cate Blanchett – enviada especial da Agência das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR – está pedindo maior apoio internacional para protegê-los dos piores impactos da próxima temporada de monções.
“Vi em primeira mão como o ACNUR [Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados] – com seus parceiros e com os próprios refugiados – está trabalhando para evitar uma emergência dentro de uma emergência no distrito de Cox’s Bazar”, disse a embaixadora do ACNUR nesta quarta-feira (21).
Após retornar esta semana de uma visita aos assentamentos de Kutupalong, Nyapara e Chakmarkul – todos em Bangladesh –, ela disse que os funcionários do ACNUR no terreno estão distribuindo kits de abrigo ‘pré-monção’ para as famílias vulneráveis, reforçando estradas, pontes e outras infraestruturas em risco. As equipes humanitárias também estão realocando as famílias para locais mais seguros.
“Mas é preciso mais do que isso para garantir que os refugiados permaneçam em segurança”, disse Blanchett.

Desde agosto de 2017, quando a violência irrompeu no estado de Rakhine, no norte do Mianmar, cerca de 671 mil muçulmanos Rohingya fugiram para Bangladesh em busca de segurança. Antes que a última crise começasse, o país já hospedava uma população de mais de 200 mil rohingyas de Mianmar – número que é provavelmente muito maior.
“Os refugiados rohingya já experimentaram violência direcionada, abusos dos direitos humanos e jornadas horríveis. Eles mostraram resiliência e coragem inimagináveis”, destacou Blanchett.
“Mas, agora, com a aproximação das monções, o governo de Bangladesh, apoiado pelo ACNUR e seus parceiros, está em uma corrida contra o tempo para garantir que os refugiados estejam tão seguros quanto possível para lidar com potenciais inundações e deslizamentos de terra”, acrescentou. Ela convocou a comunidade internacional a mostrar solidariedade e compartilhar a responsabilidade em relação à crise.

Saiba como apoiar o ACNUR clicando aqui.
 
Posted: 22 Mar 2018 01:38 PM PDT
Funcionários do ACNUR conversam com um residente que escapou do conflito em Ghouta Oriental, na Síria. Foto: Mysa Khalaf (produção)/Mazen Haffer (câmera/edição)
Funcionários do ACNUR conversam com um residente que escapou do conflito em Ghouta Oriental, na Síria. Foto: Mysa Khalaf (produção)/Mazen Haffer (câmera/edição)
O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, afirmou estar “alarmado” com o agravamento da crise humanitária na Síria, à medida que combates intensos em Ghouta Oriental, na área rural de Damasco, e em Afrin, no noroeste do país, causam novos deslocamentos maciços.
Somente em Ghouta Oriental, mais de 45 mil sírios foram forçados a fugir de suas casas nos últimos dias. O ACNUR está respondendo às necessidades humanitárias urgentes no local, mas reiterou nesta semana seu apelo à proteção e segurança dos recém-deslocados e de centenas de milhares de civis, ainda presos por combates intensos e com necessidade extrema de ajuda.
O ACNUR informou que não participa no atual acordo de evacuação ou de sua implementação. “Mas, desde o início do agravamento mais recente, nossas equipes estiveram nos hospitais coletivos improvisados à medida que milhares de famílias exaustas, famintas, sedentas, doentes e com poucos ou nenhum pertence chegavam, vindas de Ghouta Oriental. Mais civis continuam a se deslocar todos os dias”, disse a agência da ONU em um comunicado.
Os recém-deslocados estão atualmente acomodados em Dweir, Adra, Electricity, Herjelleh, Najha, Nashabiya e Khirbet al Ward, onde as condições são precárias. De acordo com a equipe do ACNUR, as necessidades são imensas e crescem a cada hora. Existem também sérios riscos para a saúde.
Todos os abrigos existentes estão extremamente congestionados e superlotados e carecem de saneamento básico. As pessoas esperam em filas por horas para usar os banheiros e a maioria não tem iluminação.
O ACNUR e seus parceiros estão trabalhando 24 horas por dia para fornecer assistência para salvar vidas e está em estreita coordenação com o Crescente Vermelho Árabe Sírio (SARC, em inglês), agências da ONU e outros atores humanitários.
Os parceiros do ACNUR estão registrando as pessoas que não possuem documentos, particularmente crianças recém-nascidas não registradas, com o objetivo de enfrentar, com as autoridades sírias, esta importante questão de proteção.
O ACNUR já entregou 180 mil itens de básicos de ajuda para suprir as necessidades urgentes – como colchões, cobertores, cobertores térmicos, lonas, kits de roupas de inverno, lâmpadas solares, galões e utensílios de cozinha.
Em vários abrigos coletivos, as pessoas que vivem ao ar livre nos pátios de escolas estão desesperadas e usam cobertores do ACNUR como divisórias para conseguirem alguma privacidade e para protegerem a si mesmas e suas famílias do sol durante o dia, e do frio à noite.
A falta de abrigo apropriado é uma grande preocupação e nos esforçamos para preencher essa lacuna. Mais de 2.200 kits de abrigo foram fornecidos ao Crescente Vermelho Árabe Sírio para fazer das instalações designadas para abrigos coletivos lugares habitáveis. Cerca de 800 barracas familiares do ACNUR foram despachadas do nordeste da Síria e chegarão a Damasco nas próximas 48 horas.
Mais tendas serão trazidas, mas o ACNUR já está despachando várias tendas de emergência para serem usadas como abrigo temporário pelas pessoas que dormem ao ar livre, em especial nos abrigos coletivos.
O acesso humanitário total e sem obstáculos a civis dentro e fora de Ghouta Oriental, em abrigos coletivos e em outros lugares é crucial para garantir que as necessidades urgentes dos civis sejam supridas.
Saiba mais sobre a situação clicando aqui.
Saiba como ajudar o ACNUR clicando aqui.
 
Posted: 22 Mar 2018 01:19 PM PDT
Esta jovem mãe andou 20 dias de Diinsoor, na Somália, com seus sete filhos para o campo de refugiados de Hagadera, em Dadaab, no Quênia. Depois que o gado de seu marido morreu por causa da seca na Somália, ela foi para Dadaab devido à fome. Foto: OCHA/Meridith Kohut
Esta jovem mãe andou 20 dias de Diinsoor, na Somália, com seus sete filhos para o campo de refugiados de Hagadera, em Dadaab, no Quênia. Depois que o gado de seu marido morreu por causa da seca na Somália, ela foi para Dadaab devido à fome. Foto: OCHA/Meridith Kohut
Impulsionados principalmente por desastres climáticos e conflitos, os níveis de fome aumentaram em 2017, deixando cerca de 124 milhões de pessoas em 51 países enfrentando crises de fome. Esse número representa 11 milhões a mais do que no ano anterior, segundo um novo relatório apoiado pelas Nações Unidas.
“Relatórios como esse nos fornecem dados e análises vitais para entender melhor o desafio. Cabe-nos agora tomar medidas para satisfazer as necessidades daqueles que enfrentam o flagelo diário da fome e atacar as suas causas profundas”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, numa mensagem em vídeo sobre o relatório.
Apresentado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) e pela União Europeia nesta quinta-feira (22), o Relatório Global sobre Crises Alimentares revelou que as emergências alimentares são cada vez mais determinadas por causas complexas como conflitos, choques climáticos e preços elevados de alimentos básicos – fatores que, muitas vezes, agem ao mesmo tempo.
“Devemos reconhecer e abordar a ligação entre a fome e os conflitos, se quisermos alcançar a fome zero”, disse José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO.
O relatório aponta que o conflito continuou a ser o principal fator de insegurança alimentar aguda em 18 países – 15 na África ou no Oriente Médio –, representando 60% do total global.
O aumento é em grande parte atribuível a novos ou intensificados conflitos e à insegurança em Mianmar, no nordeste da Nigéria, na República Democrática do Congo, no Sudão do Sul e no Iêmen.
“A luta deve parar agora e o mundo deve se unir para evitar essas crises, muitas vezes acontecendo bem diante dos nossos olhos”, ressaltou David Beasley, diretor-executivo do PMA.
“Investir em segurança alimentar e meios de subsistência em situações de conflito salva vidas, fortalece a resiliência e também pode contribuir para a manutenção da paz”, afirmou Graziano.
O relatório cita, por exemplo, que condições prolongadas de seca resultaram em consecutivas colheitas fracas em países que já enfrentavam altos níveis de insegurança alimentar e desnutrição na África Oriental e Austral.
“As consequências do conflito e da mudança climática são cruéis: milhões de pessoas a mais, muitas desesperadamente, com fome”, afirmou Beasley.
O relatório também sinaliza que comunidades inteiras e mais crianças e mulheres precisam de apoio nutricional em relação ao ano passado, indicando a necessidade de soluções duradouras para reverter a tendência.
Além disso, destaca a necessidade urgente de ações simultâneas para salvar vidas, meios de subsistência e abordar as causas profundas das crises alimentares.
O relatório – que reúne dados regionais e nacionais e análises de múltiplas fontes – demonstra que, além da ajuda humanitária criticamente necessária, a ação de desenvolvimento precisa se engajar muito mais cedo para atacar as causas profundas da extrema vulnerabilidade e, portanto, fortalecer a resiliência.
“Este Relatório Global sobre Crises Alimentares mostra a magnitude das crises de hoje, mas também nos mostra que, se unirmos a vontade política e a tecnologia de hoje, podemos ter um mundo mais pacífico, mais estável e onde a fome se torna uma coisa do passado”, concluiu Beasley.
Mapas com dados interativos do relatório podem ser encontrados clicando aqui (em inglês, francês e espanhol).
 
Posted: 22 Mar 2018 12:52 PM PDT
Clique para exibir o slide.Os direitos humanos devem orientar a prestação de serviços, a regulação e as políticas públicas de água e saneamento. Se o Fórum Mundial da Água — que ocorre esta semana em Brasília (DF) com autoridades e especialistas — reafirmar esses princípios, será um passo importante rumo à universalização desse direito.
A opinião é do relator especial da ONU para o direito à água e ao saneamento, o brasileiro Leo Heller. “A minha esperança, não diria expectativa, porque é muito difícil de fazer projeções, é que esse fórum oficial reafirme muito fortemente o conceito dos direitos humanos à água e esgotamento sanitário”, disse, em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), paralelamente aos eventos do Fórum Mundial da Água.
Na quarta-feira (20), representantes de mais de 100 países que participaram da conferência ministerial durante o evento em Brasília divulgaram uma declaração conjunta na qual fazem um “chamado urgente para uma ação decisiva sobre a água”.
A declaração reforça a necessidade de os países respeitarem “o direito de todos os seres humanos, independentemente da sua situação e localização, à água potável e ao saneamento como direitos humanos fundamentais, previstos no direito internacional dos direitos humanos, no direito internacional humanitário e nas convenções internacionais pertinentes”.
Heller lembrou que os direitos humanos à água e ao esgotamento sanitário foram reconhecidos por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas em 2010, embora seja possível considerar que eles tenham sido indiretamente reconhecidos já em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“Evidentemente, a resolução foi importante, teve repercussões”, declarou o relator da ONU. “Alguns países da América Latina já tratavam deste tema, por exemplo, o Uruguai, que mesmo antes da resolução já tinha o direito à água assegurado em sua Constituição”, disse.
“Mas, começa a haver, muito lentamente, alguma incorporação desse conceito por parte dos países latino-americanos. Eu diria que ainda há muito a fazer nessa incorporação”, afirmou.
No Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) referentes a 2016, apenas 50% da população brasileira têm atendimento por redes de esgotos e 77% a redes de água.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, aprovada pela comunidade internacional em 2015, tem um objetivo específico para o tema. O ODS 6 prevê assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos nos próximos 12 anos.
O relator da ONU elogiou o marco regulatório brasileiro para o saneamento, criado em 2007 e considerado “positivo e progressista”. No entanto, ressalvou que a legislação não se transformou, na prática, em acesso efetivo da população a esses direitos.
“O marco regulatório é muito importante. É necessário, mas não é suficiente. (…) Ele prevê o planejamento como eixo central, menciona o controle social, o respeito ao direito dos titulares dos serviços. Fala em proteger as populações de baixa renda, entre outros aspectos”, declarou.
“Mas, evidentemente, existe um ‘gap’ entre se aprovar a lei e implementá-la”, disse. “Esse marco regulatório, em conjunto com mais financiamento que ocorreu até o final da década de 2000, foi muito positivo. Isso aumentou em alguma medida a cobertura. Mas, ainda há muito que fazer”, disse Heller, lembrando que a situação ainda é preocupante.
De acordo com o relator da ONU, o atual momento não é favorável para a área de saneamento no Brasil. Segundo ele, o Plano Nacional de Saneamento não tem sido prioridade do governo federal, e o financiamento ao setor também tem desacelerado.
“Não tem havido algo que o Plano Nacional de Saneamento aponta como fundamental, que é investir em medidas estruturantes, como fortalecer a gestão, pensar em bons modelos tarifários, investir no planejamento, na regulação”, disse. “Esse ambiente institucional é tão importante e talvez até mais do que dinheiro, financiamento. E na minha percepção isso tem sido deixado de lado nos últimos anos”, completou.
“Isso pode ter repercussões de médio e longo prazo para o setor, não é muito fácil se recuperar de momentos de baixa prioridade”, afirmou.
O relator também comentou iniciativas de privatização de operadores de serviço de saneamento. Segundo ele, a privatização em si não é violadora dos direitos humanos, mas traz riscos caso não seja bem regulada.
“Se a privatização se dá sem uma regulação minimamente relevante, pode levar a violações dos direitos humanos, claramente, a aumento de tarifas, exclusão de populações de baixa renda, exclusão das populações rurais”, declarou.
De acordo com o especialista, a tendência mundial é justamente oposta, no sentindo de uma reestatização dos serviços privatizados. “Há estudos que mostram que nos últimos 15 anos ocorreram quase 250 remunicipalizações em várias partes do mundo, por diferentes insatisfações com o prestador privado”, declarou.
“É necessário, quando se pensa em soluções como essa, aprender com a experiência de outros países e com estudos acadêmicos que avaliaram os processos de privatização. Há que se ter cuidado”, afirmou.

Denúncia de organizações da sociedade civil

Durante o Fórum, organizações da sociedade civil entregaram uma denúncia ao relator das Nações Unidas sobre o que consideram uma histórica e sistemática violação por parte do Estado brasileiro aos direitos humanos de acesso à água potável e ao saneamento.
O Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), a Artigo 19, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e a Conectas também protocolaram o documento na quarta-feira (21) junto ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Segundo as organizações, os investimentos da União em saneamento vêm sofrendo quedas todos os anos, com um corte de 45% entre 2012 e 2018. Além disso, alegaram que somente em 2016 a União recolheu 2,5 bilhões de reais das 27 empresas estaduais e distrital de saneamento na forma de imposto de renda e contribuição social — arrecadação que não tem sido revertida em investimento no setor.
João Paulo Capobianco, presidente do conselho do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), explicou em coletiva de imprensa na quarta-feira que a denúncia é baseada no argumento de que o nível de expansão do sistema de abastecimento de água e saneamento no Brasil não tem evoluído nos últimos 20 anos.
“A resolução da ONU prevê que os Estados devem empenhar todos os esforços e recursos disponíveis para atender esses direitos humanos (de água e saneamento)”, declarou Capobianco. “O problema é que além de não haver evolução no atendimento, além de haver retrocesso, está havendo um abandono dessa ação”, completou.
A entrega da denúncia ao relator da ONU foi feita durante fórum paralelo da sociedade civil realizado também em Brasília ao lado do local em que ocorria o Fórum Mundial da Água.
“Esse abandono se verifica na redução dramática dos investimentos públicos nessa área. Ou seja, não estamos falando sequer de uma manutenção do investimento. Estamos falando de uma redução dos investimentos”, disse Capobianco.
Na ocasião, Heller afirmou que analisará as denúncias para posteriormente verificar se há razões para questionar o governo brasileiro sobre o tema.
“Meu compromisso é mergulhar no relatório e procurar verificar os argumentos dos quais o documento faz uso e tomar melhor decisão sobre qual a melhor maneira de atuar frente a esse quadro”, declarou.
 
Posted: 21 Mar 2018 04:09 PM PDT
Foto: Dirklaudio/Flickr/CC
Foto: Dirklaudio/Flickr/CC
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou nesta quarta-feira (21) o site “Água é Vida” – www.aguaevida.net.br –, por ocasião do 8º Fórum Mundial da Água.
Trata-se de uma contribuição do escritório do PNUD no Brasil ao debate sobre recursos hídricos e saneamento. Nele, pessoas interessadas no assunto encontrarão notícias, reportagens, artigos opinativos, fotos, vídeos, entre outros materiais que favorecem a compreensão do tema e, sobretudo, como o PNUD atua nessa área específica, tanto no Brasil quanto em outros países.
Em português, inglês e espanhol, o site reúne conteúdo global, regional e local. A ideia é compartilhar informação com pessoas de diferentes origens e idiomas para que conheçam o que o PNUD e seus parceiros estão realizando mundo afora em relação a água em geral.
Algumas soluções podem ser replicadas, outras não, mas todas servem de inspiração a gestores, pesquisadores, estudantes – qualquer pessoa, enfim, interessada em um leque mais amplo de exemplos e reflexões sobre a temática, hoje crucial para a sustentabilidade do planeta.
A equipe do PNUD Brasil atualizará o site periodicamente. Mais que um repositório de informação, ele poderá servir como subsídio inicial para debates e reflexões sobre a questão da gestão dos recursos hídricos, do saneamento e, especialmente, de sua relação direta e indireta com a mudança global do clima e outros aspectos da Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Dois dos ODS focam nessa temática: o número seis, que busca assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos; e o número 14, que busca promover a conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
Gestoras e gestores públicos terão no site a oportunidade de conhecer a atuação do PNUD na área e como ele pode apoiar governos, em diferentes níveis, na gestão de um recurso natural hoje escasso e sob risco constante. O público em geral encontrará no espaço multimídia uma abordagem ao mesmo tempo séria e lúdica de um tema que está na ordem do dia.
Acesse aqui: www.aguaevida.net.br.
 
Posted: 21 Mar 2018 03:40 PM PDT

Autoridades do Sistema ONU no Brasil apresentam os resultados do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2018 em português, nesta quarta-feira (22), em Brasília, no Dia Mundial da Água.
A apresentação começa às 11h, no evento “Planeta ODS”, no Planetário de Brasília, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
No relatório, produzido anualmente por ONU-Água e a UNESCO, são apresentados dados sobre a qualidade da água no planeta, demanda e escassez de recursos hídricos. O documento também traz informações sobre o aumento do consumo de água no planeta e apresenta soluções para gerenciar os riscos relacionadas à água. Neste ano, o tema é do estudo é “Soluções Baseadas na Natureza para a Gestão da Água”.
Estão confirmadas as presenças do coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no país, Niky Fabiancic; da representante a.i. da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto; da representante da ONU Meio Ambiente, Denise Hamú; do representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Alan Bojanic; do diretor de país do PNUD, Didier Trebucq, e do assessor regional da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Teófilo Monteiro.

Os principais dados do relatório e as suas mensagens-chave serão apresentados pela brasileira Angela Ortigara, oficial do Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos, liderado pela UNESCO, e que coordena o relatório junto às outras 31 agências das Nações Unidas e 39 parceiros internacionais que compõem o ONU-Água.
As autoridades e os especialistas estarão disponíveis para entrevistas no local. Acesse o relatório em bitly.com/wwdr_brasil.

Serviço

Resultados do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2018 em português
Local: Planetário de Brasília, Eixo Monumental, Brasília, DF
Horário: das 11h às 12h30.

Contatos para a imprensa

• PNUD
Luciano Milhomem – luciano.milhomem@undp.org – 61 3038-9117
Gabriela Borelli – gabriela.borelli@undp.org – 61 99994-3732
Guilherme Larsen – guilherme.larsen@undp.org – 61 99660-9309
• UNESCO no Brasil
Ana Lúcia Guimarães – a.guimaraes@unesco.org – 61 2106-3596 ou 61 99966-3287
Fabiana Pullen – f.sousa@unesco.org – 61 2106-3596 ou 61 99848-8971
 
Posted: 21 Mar 2018 02:52 PM PDT
Foto: Palova Souza/FAO
Foto: Palova Souza/FAO
Na última segunda-feira (19), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Ministério da Integração assinaram um memorando de entendimento para cooperação sobre gestão de recursos hídricos.
O documento foi assinado pelo representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, e o ministro da Integração, Helder Barbalho, no estande do Ministério no 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília até a próxima sexta, dia 23.
O objetivo da cooperação é melhorar a gestão dos recursos hídricos, especialmente em atividades agrícolas, e com base na Agenda 2030 da ONU.
As ações terão como foco temas com políticas públicas e gestão sustentável para recursos hídricos; implementação e fortalecimento das organizações de bacia hidrográfica; prevenção de eventos extremos e de mitigação de seus efeitos, especialmente situações de controle de enchentes e seca; irrigação, com ênfase na modernização da irrigação, entre outros.
Esta cooperação promoverá a troca de informações técnicas, iniciativas conjuntas para capacitação de técnicos e especialistas e organização de visitas conhecer experiências.
O 8º Fórum Mundial da Água visa promover o uso consciente da água, promover compromissos políticos e ações que facilitem o desenvolvimento, planejamento, gestão e uso eficiente da água em todas as suas dimensões, com base no desenvolvimento ambiental sustentável em âmbito mundial. Acompanhe as atividades da ONU no Fórum clicando aqui.
 
Posted: 21 Mar 2018 02:45 PM PDT
Contêineres interativos compõem a estrutura do projeto ‘Tô Dentro’, que trabalha com a prevenção do HIV entre jovens de Viamão (RS). Foto: UNAIDS Brasil
Contêineres interativos compõem a estrutura do projeto ‘Tô Dentro’, que trabalha com a prevenção do HIV entre jovens de Viamão (RS). Foto: UNAIDS Brasil
Já imaginou entrar por uma porta e dar de cara com situações do cotidiano que envolvem sexualidade, só que com uma pitada a mais de interatividade, conectividade, acessibilidade e informação?
Foi essa a experiência vivida por mais de 4 mil jovens que já participaram do projeto ‘Tô Dentro’, da Secretaria de Saúde Municipal de Viamão (RS), uma das cidades signatárias da Declaração de Paris pela Aceleração da Resposta ao HIV.
Idealizado em 2016 pelo Programa Municipal de IST/AIDS, a ideia é trabalhar temas como prevenção, testagem, tratamento, preconceito, discriminação e percepção de risco de uma maneira mais sensorial e lúdica.
A receita do projeto foi juntar uma estrutura itinerante de contêineres e cinco estações para tratar dos principais temas envolvendo sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis, com uma metodologia leve, simples e divertida. O resultado: jovens com olhares fixos e atentos às informações relevantes e um aumento na procura por testagem rápida e por serviços de saúde.
A médica e coordenadora do Programa Municipal de IST/AIDS, Maria Letícia Ikeda, acredita que todos que trabalham com prevenção precisam inovar na linguagem e na abordagem na hora de falar com o jovem.
“É preciso chamar o público para saber como eles querem ouvir”, conta a médica. “Abrir um espaço de diálogo e entender que não dá mais para falar como há 30 anos. Não há mais espaço para a negação da sexualidade.”
Programa de auditório educativo é uma das atividades propostas pelo projeto Galera Curtição. Foto: divulgação
Programa de auditório educativo é uma das atividades propostas pelo projeto Galera Curtição. Foto: divulgação
Além disso, ela também explica como surgiu o nome ‘Tô dentro’. “A ideia é que eles se sintam incluídos, que eles sintam que estão fazendo parte do processo, cuidando de sua saúde e da prevenção com as próprias mãos.”
Para a diretora do UNAIDS Brasil, Georgiana Braga-Orillard, falar a linguagem jovem é o grande mérito da ação. “Quando você se comunica na mesma linguagem, você consegue fazer o jovem entender que aquela mensagem de prevenção é para ele, que é diretamente com ele que queremos falar, e a informação é assimilada”, explicou durante visita ao projeto em Viamão.
Na segunda fase do projeto, após as visitas às estações, as escolas participantes recebem apresentações teatrais com debates, onde atores interpretam situações envolvendo a sexualidade e iniciam um debate para falar sobre o assunto com os estudantes.

Rendendo frutos

O sucesso do projeto ‘Tô Dentro’ foi tão grande que Viamão implantou no município, em 2017, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o projeto Galera Curtição, um jogo entre escolas municipais e estaduais, que aborda temas como prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV e AIDS, uso de álcool e outras drogas, questões de gênero, diversidade sexual, sexualidade, bullying e preconceito.
Para entrar na competição, alunos e professores participam de uma série de atividades lúdicas e educativas, dentre elas tarefas e programas de auditório, todas valendo pontos. O objetivo é fomentar a promoção de saúde na comunidade local e a integração.
A professora de Educação Física, Flávia Fernandes, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Conceição, conta que, em uma das atividades propostas pelo jogo, os alunos precisaram buscar uma música para reescrever com base nos conceitos de igualdade de gênero e respeito.
“Me marcou muito quando eles começaram a questionar se naquela letra, aquilo era ou não uma violência de gênero. Gerou um debate muito interessante”, disse Flávia, apontando que a maioria das conversas em sala de aula só aconteceram por conta do projeto.
Gustavo Melo, 16 anos, foi um dos alunos que participou do ‘Galera Curtição’. Ele conta que o interesse surgiu quando viu que se tratavam de temas importantes para sua vida, mas que eram pouco falados na escola ou em casa.
“Quando falamos de infecções sexualmente transmissíveis, eu aprendi coisas que eram justamente o contrário do que eu achava”, conta o estudante. “Aprendi muito também sobre bullying e que devo respeitar meus colegas, a opinião de cada um.”
Em 2018, a proposta é passar de 4.850 alunos para 12.500, entre crianças da 3ª série do Ensino Fundamental até a Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de praticamente dobrar o orçamento total de investimento no projeto de R$ 251 mil para R$ 495 mil.

Parceria

Durante a visita ao município, a diretora do UNAIDS Brasil, Georgiana Braga-Orillard, se reuniu com o prefeito André Pacheco para conhecer mais sobre as ações do município de conscientização e prevenção entre jovens, e debater maneiras de apoiar o trabalho.
Diretora do UNAIDS Brasil, Georgiana Braga-Orillard, durante reunião sobre as ações do município de Viamão para acelerar a resposta ao HIV, com o prefeito, André Pacheco, e os secretários de Saúde e Educação, Luis Augusto Carvalho e Carlos Bennech. Foto: UNAIDS Brasil
Diretora do UNAIDS Brasil, Georgiana Braga-Orillard, durante reunião sobre as ações do município de Viamão para acelerar a resposta ao HIV, com o prefeito, André Pacheco, e os secretários de Saúde e Educação, Luis Augusto Carvalho e Carlos Bennech. Foto: UNAIDS Brasil
O prefeito ressaltou que os projetos ‘Tô Dentro’ e ‘Galera Curtição’ são prioridades para a saúde e educação. “Queremos avançar cada vez mais nesse trabalho para atender o maior número possível de alunos na nossa rede”, disse Pacheco. “Essas atividades também nos ajudam a entender o jovem e a realidade em que ele está vivendo atualmente.”
A diretora do UNAIDS no Brasil também aproveitou a ocasião para apresentar aos gestores do município a iniciativa #DesafioUNAIDS, uma mobilização digital feita pelo UNAIDS para provocar um grande debate virtual sobre HIV, sexualidade, estigma e discriminação. A ação mobilizou mais de 30 youtubers e superou a marca de mais de 1 milhão de visualizações orgânicas no YouTube.
 
Posted: 21 Mar 2018 02:30 PM PDT
Grupo de trabalho para lançar os resultados do projeto ECOSUD/Brasil realizado nas instalações da ANEEL no Brasil. Foto: ANEEL
Grupo de trabalho para lançar os resultados do projeto ECOSUD/Brasil realizado nas instalações da ANEEL no Brasil. Foto: ANEEL
Os responsáveis pelo planejamento energético em sete países da região se reuniram no Brasil no início de março (6) para discutir, identificar e definir os passos necessários para a criação do Fórum Técnico Regional de Planejadores Energéticos. O objetivo é compartilhar experiências e promover um planejamento moderno visando maior segurança energética e universalização do acesso à energia.
A reunião preparatória, organizada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Brasil, aconteceu na cidade do Rio de Janeiro e contou com representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, México, Paraguai e Uruguai.
Os países concordaram em apoiar a implementação desta iniciativa cujo objetivo é promover um futuro de energia sustentável na região.
“É um momento-chave para os planejadores energéticos da região, dada a nova perspectiva de planejamento que será explorada neste fórum e que aborda a complementaridade das fontes de energia na região e sua possibilidade de integração”, afirmou o presidente da EPE, Luiz Barroso.
Também no início de março (8), os representantes dos países participaram, em Brasília, do lançamento dos resultados do programa ECOSUD (Complementaridade de Energia e Desenvolvimento Sustentável) no Brasil. A atividade foi coordenada pela CEPAL e pela Agência Nacional de Energia Elétrica do Brasil (ANEEL).
O programa ECOSUD visa estudar os desafios técnicos, econômicos, regulatórios e políticos que são impostos na transição energética para um modelo sustentável na América Latina, usando a complementaridade das energias renováveis na região e as interconexões entre os países, com uma perspectiva holística e integrativa.
Saiba mais sobre o tema clicando aqui.
 

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