Boletim diário da ONU Brasil: “OMPI e farmacêuticas lançam plataforma para facilitar acesso a informação sobre patentes” e 14 outros.
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qui, 8 de nov 18:19 (Há 4 dias)
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Posted: 08 Nov 2018 11:52 AM PST
Foto: jgoge / Flickr
A Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) lançou em parceria com a Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA, na sigla em inglês) uma nova plataforma online com objetivo de ajudar agências governamentais a ter melhor entendimento do status global de patentes de remédios.
Criada a partir dos esforços da indústria para esclarecer informações de patentes, a Patent Information Initiative for Medicines (Pat-INFORMED) fornece informações através de um banco de dados livres e de acesso aberto. Através da nova plataforma, que se tornou operacional no fim de setembro (25), agências governamentais podem fazer consultas diretas com companhias.
A OMPI fornece recursos e hospeda o banco de dados para garantir desenvolvimento contínuo, enquanto a IFPMA trabalha junto a 20 companhias biofarmacêuticas que apoiaram a iniciativa para ajudar a garantir uma abordagem consistente e coordenada.
“A OMPI está comprometida a aumentar a transparência do sistema de patentes e garantir que funcione para benefício da humanidade. Como uma parceria público-privada focada no acesso de informações essenciais de patentes, a Pat-INFORMED irá facilitar a solicitação de patentes de remédios importantes e, logo, fornecer melhores resultados para pessoas de todo o globo. Tais parcerias são essenciais para o sucesso no campo da saúde pública”, disse o diretor-geral da OMPI, Francis Gurry.
Embora informações sobre solicitações e concessões de patentes estejam no domínio público, recursos que ligam diretamente patentes a remédios já no mercado são escassos e limitados. Estas ferramentas estão disponíveis publicamente apenas em alguns países ou através de bancos de dados privados. A Pat-INFORMED busca ajudar a fechar estes buracos e tornar pesquisas de patentes mais fáceis, rápidas e acessíveis a um grupo mais amplo de pessoas.
No momento, a Pat-INFORMED hospeda informações sobre mais de 14 mil patentes individuais, para 600 mil famílias de patentes e 169 INNs, nomes únicos que são reconhecidos globalmente e usados para identificar substâncias farmacêuticas ou ingredientes farmacêuticos ativos dentro de remédios que cobrem uma ampla gama de condições.
“Esta iniciativa é uma maneira prática de reduzir a complexidade em torno do acesso à informação de patentes, algo que especialistas da saúde pedem há tempos. Ao facilitar acesso à informação de patentes para autoridades da saúde pública, a Pat-INFORMED pode ajudá-las a tomar decisões mais informadas sobre opções disponíveis, e isto será uma contribuição importante à saúde global”, disse o diretor-geral da IFPMA, Thomas Cueni.
Segundo Wesley Kreft, diretor da Global Supply Chain, uma organização sem fins lucrativos sediada na Holanda e especializada na gestão da cadeia de suprimentos médicos para países desenvolvidos, “processos de solicitação de patentes mais eficientes salvam vidas ao levar remédios para as pessoas com maior rapidez”.
“A Pat-INFORMED possui o potencial de reduzir em 30% o tempo necessário para solicitar patentes para remédios para países de baixa e média renda”.
A plataforma possui informações de patentes para medicamentos dentro da oncologia, hepatite C, problemas cardiovasculares, HIV, diabetes e problemas respiratórios. Em uma fase posterior, a iniciativa irá se estender para todas as áreas terapêuticas e explorar a inclusão de terapias complexas.
O lançamento foi feito em evento às margens das Assembleias de Estados Membros da OMPI 2018 http://www.wipo.int/about-wipo/en/assemblies/.
Clique aqui para acessar a plataforma online.
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Posted: 08 Nov 2018 11:26 AM PST
Foto: IGF
Representantes de governos, setor privado e comunidade tecnológica se reunirão na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Paris, para o 13º Fórum de Governança da Internet (IGF, na sigla em inglês), a ser realizado de 12 a 14 de novembro. Convocado pelo secretário-geral da ONU, o fórum busca divulgar discussões abertas e inclusivas sobre questões globais de Internet.
A tecnologia digital se tornou uma parte importante da vida contemporânea, com avanço em ritmo sem precedentes. O objetivo do fórum é facilitar discussões que olhem uma série de ações que podem ser tomadas para garantir uma “Internet de confiança”. Promove diálogos e encoraja a troca de ideias para uma melhor governança da Internet, para que esta seja um ambiente seguro e confiável para todos.
A programação do fórum pode ser encontrada no site do evento (clique aqui), mantido pelo secretariado do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA). Todas as principais sessões estarão disponíveis em todas as línguas oficiais das Nações Unidas, e um link no YouTube para transmissão ao vivo será publicado na página do IGF.
O fórum também pode ser acompanhado online, sendo possível interagir ao enviar questões por texto ou intervenções de áudio e vídeo.
Esta será a primeira vez que o secretário-geral da ONU participará do fórum diretamente. A expectativa é de que o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, também discursem ao fórum.
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Posted: 08 Nov 2018 10:53 AM PST
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Posted: 08 Nov 2018 10:13 AM PST
Garrafas de plástico e resíduos de lixo em uma aldeia no Timor-Leste. Foto: ONU/Martine Perret
Um novo relatório apoiado pelas Nações Unidas e divulgado no fim de outubro (31) revela que fungos podem ajudar o mundo a se livrar dos plásticos ao degradar poliuretano em questão de semanas.
De acordo com o relatório inédito “State of the World’s Fungi”, cientistas do Kew Botanical Gardens, em Londres, relataram que estes organismos possuem o potencial de quebrar resíduos de plástico – um avanço importante em um momento de reverter a onda tóxica que está matando vida marinha e poluindo os oceanos.
A cada ano, ao menos 8 milhões de toneladas métricas de plástico vão parar nos mares e oceanos, frequentemente se decompondo em pequenos microplásticos que acabando indo parar na nossa cadeia alimentar.
A cientista sênior do Kew Gardens, Ilia Leitch, disse que outros fungos e microrganismos também estão sendo explorados por seu potencial de degenerar diferentes tipos de plástico, explicando que “ao entender como os fungos quebram estas ligações e quais são as condições favoráveis, você pode então aumentar a velocidade com que eles fazem isso”.
O relatório do Kew Gardens mostra o tipo de pioneirismo que estará presente na 4ª Assembleia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em março do ano que vem, sobre “soluções inovadoras para desafios ambientais e produção e consumo sustentável”.
Destacando que pode haver até 3,8 milhões de espécies de fungos, com somente 144 mil catalogadas, os autores – uma equipe de cerca de 100 cientistas de 18 países – afirmam que mais pesquisas sobre estes organismos podem fornecer respostas para alguns dos maiores desafios da humanidade.
O relatório explicita que avanços em suas aplicações na agricultura podem se transformar em segurança alimentar melhorada, sustentabilidade ambiental e aumento das receitas de produção.
Além de reciclar nutrientes e ajudar safras a crescerem com maior eficiência, fungos também fornecem componentes que produzem antibióticos, imunossupressores e estatinas que bloqueiam ação enzimática hepática produtora de colesterol.
De acordo com a ONU Meio Ambiente, há evidências crescentes de que a mudança climática está afetando as variedades de espécies e de biodiversidade em maneiras que ainda não são compreensíveis. Os próprios fungos estão sob ameaça, especialmente em áreas de altas latitudes, onde temperaturas médias continuam crescendo, como no Ártico. Estas mudanças já afetam a reprodução dos fungos, sua distribuição e atividades geográficas, com possíveis efeitos para nossos ecossistemas.
“Espécies reagem de formas diferentes à mudança climática, o que perturba a interação entre elas”, disse Niklas Hagelberg, especialista da ONU Meio Ambiente sobre mudança climática e ecossistemas.
“Isto complica ainda mais a conservação: nós precisamos acrescentar rapidamente o tema da mudança climática aos esforços de gerenciamento de nosso ecossistema”.
Em preparação à assembleia do ano que vem, a ONU Meio Ambiente pede para que pessoas “pensem além e vivam dentro”, um lema que tem o objetivo de atacar os desafios ambientais e garantir um futuro próspero – que pode incluir um papel para os fungos, o que era impensável há poucos anos.
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Posted: 08 Nov 2018 09:59 AM PST
Foto: Fabio Donato / PNUD.
Composto por 32 representantes da sociedade civil, de empresas privadas e de órgãos públicos, o conselho gestor do programa Viva Voluntário reuniu-se em Brasília (DF) na terça-feira (6) para discutir o desenvolvimento do programa. O encontro, realizado na Casa da ONU, abordou os quatro eixos temáticos do projeto: o prêmio Viva Voluntário, a plataforma nacional do voluntariado, o trabalho local em cinco cidades-piloto e o marco legal do voluntariado.
A chefe da assessoria especial da Casa Civil da Presidência da República, Martha Seiller, liderou a mesa de abertura do evento ao lado da coordenadora da Unidade de Paz e Governança do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Moema Freire. Além de cumprimentar os presentes pelas atividades em execução, Seiller falou sobre aspectos do programa que tiveram grande evolução ao longo de 2018 (como a primeira edição do prêmio Viva Voluntário) e seus desafios para o próximo ano.
Moema Freire falou sobre a importância do trabalho realizado nas cidades-piloto do projeto, que têm equipes locais do PNUD desde o início de setembro – são elas Porto Alegre (RS), Boa Vista (RR), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Brasília. “A atuação regional nos permite conhecer as realidades locais e entender como o projeto pode contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas diferentes partes do país”, disse.
Resultados
Durante as atividades da manhã, a coordenadora do projeto, Pollyana Andrade Miguel, apresentou aos membros do conselho dados sobre a evolução do Viva Voluntário nos últimos meses. Foram abordados os projetos de voluntariado corporativo em negociação, parcerias, bem como dados relativos à primeira edição do prêmio que leva o nome do projeto, o qual teve 246 inscrições, sendo 117 delas de organizações da sociedade civil.
Pollyana Miguel abordou, ainda, resultados da plataforma Viva Voluntário, principal ferramenta da iniciativa, focada em conectar vagas de voluntariado com pessoas interessadas em doar seu tempo e conhecimentos para essas oportunidades.
Segundo ela, nos dois meses em que esteve no ar, a plataforma somou 794 inscritos. São Paulo é o estado que lidera o número de cadastrados, com 251 pessoas, seguido pelo Distrito Federal, com 122 e pelo Rio Grande do Sul, com 92 voluntários.
O Distrito Federal, por sua vez, lidera o ranking de ações cadastradas no site, com 68 vagas disponíveis atualmente. São Paulo e Porto Alegre têm pouco mais de 50 vagas à disposição dos interessados cada uma. Já os baianos têm 23 ações disponíveis na plataforma nacional.
Cidades-piloto
A atuação local do Viva Voluntário nas cinco regiões do Brasil tem oito componentes distintos, apresentados e discutidos pelos participantes da reunião. O primeiro deles é a realização de cerimônias de lançamento para colocar a iniciativa em contato com as principais instituições de cada área. Três das cinco cidades-piloto do projeto (São Paulo, Porto Alegre e Brasília) realizaram eventos de estreia na terceira semana de outubro e, em seguida, começaram a implementar o componente dois, que consiste na mobilização de organizações.
O evento do Viva Voluntário em Boa Vista, que marca o início da atuação na região Norte, aconteceu na quarta-feira (7). Já em Salvador, a cerimônia será em 13 de novembro.
Na segunda etapa do trabalho local, as coordenadoras regionais do projeto trabalharão no mapeamento e mobilização de organizações da sociedade civil.
Grupos de Trabalho
Durante a tarde, membros do conselho gestor discutiram possíveis melhorias para a execução do prêmio Viva Voluntário em 2019. Os representantes falaram sobre possíveis formas e categorias de premiação, analisaram um calendário de execução das atividades e a possibilidade de conceder menções honrosas aos voluntários que inscreverem as melhores práticas do projeto.
Além disso, foi apresentado aos presentes o marco legal do voluntariado, objeto de análise do Grupo de Trabalho 4, que discute possíveis melhorias na legislação referente ao trabalho voluntário no Brasil. O texto foi aberto para consulta pública de 2 a 29 de outubro e está em fase de finalização pelos envolvidos.
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Posted: 08 Nov 2018 09:45 AM PST
Equipe de monitoramento do cessar-fogo trafega pela região de Smara, no Sahara Ocidental. Foto: ONU/Martine Perret
O Conselho de Segurança das Nações Unidas estendeu na quarta-feira (31) o mandato da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (MINURSO) até 30 de abril do ano que vem.
Adotando a resolução 2240 (2018) por votação recorde de 12 votos a favor e três abstenções, o Conselho de Segurança destacou a necessidade de uma “solução política realista, praticável e duradoura” para a questão no Saara Ocidental.
Neste contexto, o Conselho de 15 membros expressou “apoio total” ao plano do secretário-geral de iniciar negociações renovadas antes do final de 2018 e pediu para todas as partes retomarem diálogos, em boa fé, em direção a uma solução política justa, duradoura e mutuamente aceitável, “que irá proporcionar a autodeterminação do povo do Saara Ocidental”.
Originalmente estabelecida em 1991, de acordo com propostas de assentamento aceitas em 1988 pelo Marrocos e pelo movimento Frente Polisário, a MINURSO recebeu a tarefa de monitorar o cessar-fogo; supervisionar as trocas de prisioneiros de guerra; repatriar refugiados; e organizar eventualmente um referendo livre e justo no qual o povo do Saara Ocidental irá escolher entre independência e integração ao Marrocos.
Embora a organização do referendo não tenha sido possível até o momento, outras exigências do mandato tiveram sucesso e a missão de manutenção da paz continua monitorando o cessar-fogo, realizando operações de retirada de minas e apoiando medidas de construção de confiança.
A MINURSO também fornece assistência para migrantes irregulares, assim como assistência humanitária em caso de desastres naturais.
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Posted: 08 Nov 2018 09:22 AM PST
Empoderamento das mulheres na ciência e tecnologia está na pauta das Nações Unidas. Foto: EBC
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, afirmou que o Dia Mundial da Ciência para a Paz e o Desenvolvimento, lembrado em 10 de novembro, é o momento ideal para reafirmar o direito essencial do acesso universal à ciência, e de avaliar o quanto resta a ser feito para realizar esse objetivo.
A data deste ano tem como tema “Ciência: um direito humano”, e ocorre em meio às celebrações dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“Os surpreendentes avanços alcançados pela ciência nessas últimas décadas têm mudado nossas condições de vida. As ciências e suas inúmeras aplicações determinam agora todos os aspectos da vida humana. As inovações produzidas são uma oportunidade para o desenvolvimento de nossas sociedades”, disse Azoulay em comunicado.
“Elas melhoram nosso bem-estar, facilitam a vida cotidiana e derrubam as fronteiras que pareciam imutáveis nas áreas de medicina, transporte, comunicação e compartilhamento de conhecimentos. Elas são um motor de crescimento e riqueza.”
Segundo Azoulay, devido à ciência atualmente ser o legado de uma inteligência humana que tem pesquisado, explorado e inventado por séculos e milênios, ela pertence à humanidade inteira, o que a torna um bem comum cujo fruto deve beneficiar a todas e todos.
A “Recomendação sobre Ciência e Pesquisas Científicas”, publicada em 2017 pela UNESCO, lembra os Estados e todos os atores envolvidos as condições que devem ser alcançadas para que a ciência possa ser um fator de paz e de desenvolvimento sustentável, o que inclui garantir uma formação de excelência aos pesquisadores, permitir a livre circulação do conhecimento e encorajar a cooperação internacional.
As questões de inclusão e ética também estão igualmente no cerne da recomendação. As políticas públicas devem encorajar maior inclusão de grupos de pessoas que são atualmente minorias na comunidade científica. As mulheres, em particular, são sub-representadas nas ditas áreas de STEM – ciências, tecnologias, engenharia e matemática –, e representam apenas 30% dos pesquisadores no mundo de hoje.
“Quanto às considerações éticas, elas são primordiais para tentar administrar os avanços frenéticos da ciência. Atualmente, a revolução tecnológica esta redesenhando as fronteiras do que significa ser humano. O homo sapiens, caracterizado pelas faculdades de inteligência, está no limiar de uma nova era, onde suas faculdades, agora em parte demonstradas, vão atingir capacidades até agora inimagináveis.”
“É nossa responsabilidade assegurar que as promessas vislumbradas por meio dessa nova ordem tecnológica estejam em harmonia com os direitos universais que foram dados a nós”, declarou a diretora-geral da UNESCO.
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Posted: 08 Nov 2018 08:55 AM PST
Crianças vestem camiseta onde se lê “unidos contra o ódio”, em encontro na sinagoga de Park East, em Nova York. O evento ocorreu em memória aos que morreram durante ataque contra sinagoga de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Foto: ONU/Rick Bajornas
Pedindo solidariedade contra o antissemitismo, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, discursou em um tributo inter-religioso na quarta-feira (31) na histórica sinagoga Park East, em Nova York, em homenagem às vítimas de um massacre a tiros em Pittsburgh no sábado (27).
Mais de 200 pessoas se juntaram na histórica sinagoga no Upper East Side, em Manhattan, incluindo líderes locais de diversas religiões e denominações, acompanhados de diplomatas e outros para pedir que todas as comunidades se levantem “unidas contra o ódio”.
O massacre cometido por um atirador na sinagoga Árvore da Vida, na cidade norte-americana de Pittsburgh, Pensilvânia, durante celebrações do sabá, deixou 11 mortos e seis feridos.
“Desde que me tornei secretário-geral (da ONU), tenho levantado minha voz contra o que acredito ser o crescimento do antissemitismo em muitas de nossas sociedades, e especialmente em minha parte do mundo na Europa, mas também acentuadamente na América do Norte”, disse Guterres, denunciando o “ato terrível” de sábado.
Citando outras formas de intolerância religiosa testemunhadas atualmente – incluindo contra muçulmanos e cristãos no mundo –, ele destacou que antissemitismo é “a forma de ódio mais velha e mais permanente” a ter permanecido na “história da humanidade”.
Pedindo um “forte investimento na coesão social”, ele destacou a responsabilidade de líderes de partidos políticos, organizações internacionais, religiosas e da sociedade civil na resposta às “causas que estão prejudicando” esta coesão e “criando condições para que estas formas de ódio se tornem mais e mais frequentes, e mais negativas na maneira que são expressas”.
O ato, intitulado “Unidos contra o ódio”, foi iniciado com uma interpretação da canção “Ose Shalom” – que significa “faça paz” em Hebraico – pelo coral de crianças da escola Park East Day School.
O rabino da sinagoga, Arthur Schneier, sobrevivente do Holocausto cuja família foi morta no campo de concentração nazista de Auschwitz, afirmou em seu discurso de abertura: “eu passei pelo pior. Eu vi o melhor do Homem e o pior do Homem, e o melhor do Homem irá prevalecer”.
O xeque Musa Drammeh, presidente do Centro Cultural Islâmico da América do Norte, disse que “é hora de esta nação lidar com as dificuldades e fazer desta união uma união mais perfeita e proibir ódio”.
O secretário-geral da ONU, que no passado comandou a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), destacou que trabalhou de perto com a Sociedade de Ajuda aos Imigrantes Judeus (HIAS) naquele período, e que possui tremendo respeito pela organização. O apoio da congregação Árvore da Vida à HIAS foi um dos fatores que fez com que o atirador antissemita mirasse a sinagoga.
“Eles são uma expressão verdadeira de humanitarismo, mas também de humanismo e solidariedade”, disse, lamentando que o autor do ataque tenha escolhido mirar uma organização que “é o símbolo de tudo (que ele considera) bom no mundo”.
Entre outros líderes religiosos que participaram do evento, expressando rejeição a todas as formas de violência, intolerância e antissemitismo, estavam o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York; arcebispo Demetrios, primaz da Arquidiocese Grega Ortodoxa da América; e arcebispo Auza, observador permanente da Santa Sé para as Nações Unidas.
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Posted: 08 Nov 2018 08:21 AM PST
Indígenas venezuelanos em abrigo em Boa Vista, Roraima. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciaram nesta quinta-feira (8) que o número de refugiados e migrantes oriundos da Venezuela já atingiu 3 milhões de pessoas no mundo todo.
De acordo com dados de autoridades nacionais de imigração e outras fontes, os países da América Latina e do Caribe abrigam cerca de 2,4 milhões de refugiados e migrantes venezuelanos, enquanto as outras regiões receberam o restante.
“Os países da América Latina e do Caribe mantiveram uma louvável política de portas abertas para os refugiados e migrantes venezuelanos. No entanto, sua capacidade de recepção está severamente comprometida, exigindo uma resposta mais robusta e imediata da comunidade internacional, para que essa generosidade e solidariedade possam continuar”, disse o representante especial conjunto ACNUR/IOM para refugiados e migrantes da Venezuela, Eduardo Stein.
A Colômbia abriga o maior número de refugiados e migrantes da Venezuela — mais de 1 milhão. Em seguida vem Peru, com mais de 500 mil venezuelanos, Equador, com mais de 220 mil, Argentina, com 130 mil, Chile, com mais de 100 mil, e Brasil, com 85 mil.
Além dos países da América do Sul, os países da América Central e do Caribe também registraram aumento na chegada de refugiados e migrantes da Venezuela. O Panamá, por exemplo, hospeda 94 mil venezuelanos atualmente.
Com o aumento dos fluxos migratórios, as necessidades dos refugiados, migrantes e comunidades de acolhida aumentaram significativamente, de acordo com as agências da ONU.
Os governos da região estão liderando a resposta humanitária e coordenando seus esforços, inclusive por meio do processo de Quito, um importante passo em direção a uma abordagem regional que amplie e harmonize as políticas de acolhimento. A segunda reunião de Quito entre os governos da região acontecerá nos dias 22 e 23 de novembro.
Para apoiar essa resposta, a Plataforma Regional de Coordenação Interagencial, estabelecida em setembro e composta por 40 parceiros e participantes, incluindo agências da ONU, organizações internacionais, sociedade civil e organizações religiosas, está fortalecendo a resposta operacional e trabalhando em um Plano Regional de Resposta Humanitária para Refugiados e Migrantes da Venezuela (RMRP), que será lançado em dezembro.
O RMRP se concentrará em quatro áreas estratégicas: assistência emergencial direta, proteção, integração socioeconômica e cultural e capacitação para os governos dos países de acolhida.
Para obter informações básicas, consulte o site da Plataforma Regional de Coordenação entre as Agências: R4V.info.
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Posted: 08 Nov 2018 08:12 AM PST
O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) é um centro científico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) localizado em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Foto: PANAFTOSA
O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) recebeu em meados de outubro (16) a visita de especialistas do Instituto de Informação Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, para divulgar as atividades de seu Centro de Gestão do Conhecimento (CGC) e impulsionar a cooperação técnica com o centro da ONU.
O encontro também foi a chance de divulgar o trabalho desenvolvido pela sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com o propósito de preservar a memória científica e técnica da organização, seus centros especializados e representações nos países.
No início da reunião, Dayse Bersot, responsável pelo CGC, destacou que o acervo de memória da PANAFTOSA preserva exemplares com conteúdo de caráter único da história da OPAS. Ela destacou que “o acervo de memória institucional que mantemos representa para todos nós um legado de conhecimento e descobertas, sucessos e desenvolvimento científico para as gerações futuras”.
Eliane Santos, da sede da OPAS, apresentou a trajetória do repositório institucional da organização, o PAHO-IRIS, mostrou suas coleções e todo o conteúdo disponível no acesso aberto para consulta pública. Relatou os avanços e apoio dado à PANAFTOSA com o propósito de fortalecer a memória institucional histórica da OPAS, através das contribuições científicas desenvolvidas pelo centro.
Ottorino Cosivi, diretor da PANAFTOSA, destacou a importância dos registros científicos das cepas de vírus de febre aftosa documentados nos cinco livros históricos do Laboratório de Referência da entidade, para a continuação de futuros estudos e suas aplicações na área de saúde pública veterinária.
Maria Cristina Guimarães, do Instituto de Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ, ressaltou a importância e o caráter científico da preservação da memória institucional. Ela detalhou o trabalho do instituto, que inclui a coordenação dos programas de pós-graduação e a gestão do laboratório de digitalização de obras raras.
Em seguida, Mónica García detalhou o trabalho de preservação, segurança e restauração do patrimônio científico que as bibliotecas da FIOCRUZ realizam.
Entre os futuros desdobramentos da reunião, foi apresentada a possibilidade de criar um projeto para a preservação da memória institucional através da digitalização das publicações históricas, estabelecendo uma associação institucional entre ICICT/FIOCRUZ, PANAFTOSA e OPAS/SEDE.
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Posted: 08 Nov 2018 06:30 AM PST
Grupo de japonesas olham Declaração Universal dos Direitos Humanos durante visita à sede interina da ONU em Nova Iorque. A foto é de 24 de fevereiro de 1950. Foto: ONU
A 13ª edição da Feira Internacional das Embaixadas acontecerá no sábado (10), em Brasília (DF). Este ano, o estande da União Europeia tem foco temático na promoção e proteção dos direitos humanos e da democracia, assinalando a contagem regressiva para a comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A UE organizará uma cerimônia institucional que será conduzida pela encarregada interina de negócios da União Europeia no Brasil, Claudia Gintersdorfer, juntamente com seus convidados, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Niky Fabiancic.
Na ocasião, será exposto um painel com a ilustração de vários artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e serão proferidas breves palavras de apoio ao documento.
À tarde, a UE promoverá uma reflexão sobre o tema, por meio de uma oficina de artes para as crianças visitantes. A oficina terá a participação da Inscrire, associação que cria intervenções artísticas, patrimoniais e sociais sobre temas de direitos humanos em escolas com populações vulneráveis. A atividade será liderada pelo diretor da organização, Philippe Nothomb. As crianças participantes poderão expressar por meio desenhos os artigos da Declaração.
Ao longo do dia, os visitantes terão a oportunidade de experimentar pratos europeus e participar de atividades de pintura de rosto.
Programação do estande da UE
10h – Abertura da Feira 10h-19h – Sabores Europeus e gadgets da União Europeia 10h–12h – Ateliê de pintura de rosto + Passaporte Europeu 12h – Cerimônia institucional de Direitos Humanos Exposição de painel sobre 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos; Breves palavras da encarregada interina de negócios da União Europeia e dos convidados Entregas de braceletes alusivos aos Direitos Humanos 12h30-14h – Ateliê de pintura de rosto + Passaporte Europeu 14h-17h – Oficina de Artes Direitos Humanos da Inscrire 17h-19h – Passaporte Europeu 19h – Encerramento
Serviço
Feira das Embaixadas 10 de novembro (sábado) – das 10h às 19h Expobrasília (Parque da Cidade, Brasília- DF Estande da União Europeia – F01,02 e 03
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Posted: 08 Nov 2018 05:36 AM PST
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi adotada pelos países-membros da ONU no fim de 2015. Foto: ONU
Oitenta empresas da Rede Brasil do Pacto Global começam neste mês uma campanha online para chamar mais companhias e instituições a apoiar a Agenda 2030 da ONU. A cada semana, as organizações participantes vão divulgar posts em suas redes sociais sobre cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
As publicações vão abordar os desafios de implementaçaõ dessas metas. A campanha ODS e o Setor Empresarial também é uma oportunidade de as empresas reforçarem seu compromisso com os ODS mais associados ao seu trabalho e setor ou aos seus programas de sustentabilidade.
A iniciativa foi concebida pela Comissão de Engajamento e Comunicação (CEC), formada por comunicadores e profissionais de sustentabilidade dos membros do Pacto Global.
Empresas podem aderir à campanha
Quem não se inscreveu e tem interesse em aderir, pode enviar um e-mail para pacto.global@undp.org.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Em 2015, a ONU propôs aos seus países-membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030, composta pelos 17 ODS. Essas metas proprõem assegurar os direitos humanos, acabar com a pobreza, lutar contra a desigualdade e a injustiça sociais, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas, combater as mudanças climáticas, entre outros desafios.
Conheça os 17 ODS clicando aqui.
O setor privado tem um papel essencial na implementação dessa agenda, pois tem recursos econômicos, capacidade para impulsionar inovações tecnológicas e alcance entre os mais diversos públicos — governos, fornecedores, colaboradores e consumidores.
Acesse a lista completa de empresas que participam da campanha clicando aqui.
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Posted: 08 Nov 2018 05:19 AM PST
UnB sedia congresso internacional da UNESCO sobre bioética. Foto: EBC
Cerca de 300 pesquisadores de 18 países da América Latina e Caribe se reúnem a partir de hoje (8), em Brasília, para discutir os desafios contemporâneos no campo da bioética. Os temas dos debates incluem a ética em pesquisa diante de violações de direitos, a bioética social e a crise ambiental global.
O VII Congresso Internacional da Rede de Bioética da UNESCO tem o tema “A Bioética contra as violações dos direitos humanos depois de 70 anos da Declaração”. Realizado na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), o encontro conta com programação até o próximo sábado (10).
Vinte e dois renomados especialistas em bioética da América Latina e Caribe participarão do evento, que promoverá mesas-redondas e espaços para a apresentação de livros.
Durante o evento, a UNESCO no Brasil vai distribuir uma publicação impressa da versão em português da Declaração da UNESCO sobre Princípios Éticos para a Mudança Climática.
“Este congresso acontece no marco dos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos e a Bioética tem uma responsabilidade muito grande em relação aos direitos humanos”, afirmou durante a abertura do encontro a diretora do Escritório Regional de Ciências da UNESCO, Lídia Brito.
Também presente na cerimônia, Vitor Penchaszadeh, presidente da Redbioética/UNESCO, defendeu que “estamos todos juntos nesse mundo com o objetivo não só de sobrevivermos, mas também de nos desenvolvermos com saúde, respeito e bem-estar”.
O encontro em Brasília é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Bioética da UnB, pela Cátedra UNESCO de Bioética da UnB, pelo Programa Regional de Bioética da UNESCO, localizado no escritório da Organização em Montevidéu, e pela rede temática da UNESCO, a RedBioética.
Paralelamente ao congresso, também acontecem na UnB o X Encontro Aberto do Programa de Educação Permanente em Bioética da RedBioética/UNESCO, a IV Conferência de Bioética do Distrito Federal (Brasil) e o IV Encontro de alunos e ex-alunos da universidade.
Informações para a imprensaUNESCO no BrasilAna Lúcia Guimarães, a.guimaraes@unesco.org, (61)2106-3536 ou (61)99966-3287 Fabiana Pullen, f.sousa@unesco.org, (61)2106-3596 ou (61)99848-8971
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Posted: 07 Nov 2018 12:30 PM PST
Foz do Mazagão Velho, no Amapá, onde a UNESCO e o Fundo Vale promovem a pesa sustentável. Foto: UNESCO/Fundo Vale/Milena Argenta
Projetos apoiados pela ONU fazem parte de uma nova publicação sobre o que o setor privado do Brasil tem feito pelo desenvolvimento sustentável. Elaborado pelo Pacto Global das Nações Unidas, o documento reúne 19 iniciativas empresariais em áreas como água e saneamento, educação, comunicação, florestas, clima e agronegócio. Entre as estratégias, está um programa da UNESCO e do Fundo Vale para promover a pesca responsável na costa amazônica.
A inciativa PeSCA visa melhorar a renda e a qualidade de vida de pescadores de 30 comunidades do litoral do Pará, Maranhão e Amapá. Outro objetivo é garantir que a cadeia produtiva dos recursos pesqueiros locais seja responsável do ponto de vista ecológico, econômico e social.
Uma das ações do projeto foi a capacitação técnica dos pescadores, a fim de ensiná-los a negociar o valor do pescado de forma sustentável. O programa também produziu duas análises de cada estado, com base em pesquisas de campo na região: o Diagnóstico Sociocultural, Econômico e Ambiental e o Diagnóstico das Cadeias Produtivas.
Outra frente de atuação do PeSCA foi a juventude, por meio da iniciativa “Jovens Protagonistas na Sustentabilidade”. O subprojeto promove o engajamento de adolescentes das comunidades que, em muitos casos, são filhos de pescadores.
Todo o programa foi elaborado coletivamente, com o envolvimento direto de representantes do governo federal, das autoridades do Pará, Amapá e Maranhão, de prefeituras, universidades, institutos de pesquisa, ONGs, lideranças comunitárias e pescadores.
PNUD
Outra iniciativa incluída na publicação do Pacto Global é o Projeto Oeste 2030: Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável. Fruto de uma parceria entre a Itaipu Binacional e o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD), essa estratégia difunde os Objetivos Globais das Nações Unidas em 54 municípios do oeste do Paraná. A proposta é estimular a atuação conjunta do setor público e privado e da sociedade civil em prol dessas metas.
O projeto do PNUD se estrutura em três eixos. O primeiro, Diálogos, cria espaços onde governo municipal, cidadãos e empresas podem se reunir e definir uma agenda de prioridades para a cidade, alinhada à Agenda 2030 da ONU. Ao longo de dois anos de existência do programa, já foram realizadas mais de 150 reuniões, com a participação de mais de 2 mil pessoas.
O segundo eixo, Avaliação e Monitoramento, consiste em criar ferramentas para as discussões e para a elaboração de projetos e políticas públicas. Como resultado das atividades realizadas nesse segmento, foi criada a plataforma Oeste 2030, que deve disponibilizar para os municípios mais de 60 indicadores sobre os Objetivos Globais. O terceiro, previsto para 2019, é o eixo de Formação, que vai formar gestores e líderes locais na utilização desse e outros instrumentos.
Acesse a publicação do Pacto Global na íntegra clicando aqui (em português).
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Posted: 07 Nov 2018 11:50 AM PST
Homem senta em centro de recepção lotado de Moria, na ilha grega de Lesbos. Foto: Yorgos Kyvernitis
Autoridades da Grécia precisam adotar medidas urgentes para responder à situação humanitária “repugnante” à qual são submetidos cerca de 11 mil solicitantes de refúgio nas ilhas de Samos e Lesbos, alertou na terça-feira (6) a agência de refugiados das Nações Unidas.
Com o inverno se aproximando e mais refugiados chegando, a agência reiterou pedido de medidas emergenciais para aliviar a pressão sobre abrigos locais.
Em Samos, o Centro de Recepção e Identificação atualmente abriga cerca de 4 mil pessoas, seis vezes mais que a capacidade de 650. Cerca de 2 mil solicitantes a refúgio em Lesbos tiveram que se abrigar em um olival adjacente, uma vez que o centro de recepção está sobrecarregado com 6,5 mil pessoas – três vezes mais que sua capacidade.
Recém-chegados foram forçados a comprar barracas, que fornecem pouca proteção ao clima frio, e continuam sem serviços básicos, como eletricidade, água corrente e banheiros, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O número de instalações quebradas resultou em esgoto aberto perto das barracadas dos solicitantes de refúgio, e uma população de ratos que se prolifera em meio ao lixo não coletado.
Pedindo que transferências à principal ilha do país seja acelerada para 4 mil pessoas elegíveis, a agência destacou que, embora o governo tenha planejado um adicional de 6 mil acomodações, mais de 11 mil pessoas chegaram às ilhas nos últimos três meses – superando o ritmo de saídas.
Muitas chegam em necessidade de assistência médica urgente, abrigo e informações, mas os serviços e procedimentos de recebimento não estão alcançando a demanda. Um único médico por turno atende uma população inteira, deixando casos menos urgentes desatendidos, relatou a agência.
Condições climáticas ruins devem aumentar a necessidade por abrigos, já alta, à medida que solicitantes a refúgio irão demandar com maior urgência espaço dentro dos centros de recepção para evitar temperaturas congelantes, que mataram diversos refugiados e migrantes no último inverno.
Condições em ilhas vizinhas como Chios e Kos estão apenas um pouco melhores, operando com o dobro de suas capacidades. Apenas no centro de recepção de Lepida, na ilha de Leros, a instalação funciona dentro do limite.
O ACNUR auxiliou a transferência de 5,3 mil solicitantes a refúgio à ilha principal desde o começo de setembro, e fornece mais de 400 contêineres para aumentar a capacidade de abrigos na Grécia, além de fornecer cerca de 19 mil itens de alívio às ilhas, incluindo kits de inverno, sacos de dormir e itens de higiene.
A agência pede que a Comissão Europeia e Estados-membros deem andamento aos preparativos para apoio de emergência e medidas de realocação a pedido do governo grego.
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