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Presidente afirma que quer falar para o resto do mundo sobre a Amazônia na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas
Presidente vai passar por cirurgia
Edu Garcia/R7 - 1.9.2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a cirurgia que fará no próximo final de semana não o impedirá de discursar na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 24 de setembro, em Nova York.
Se for preciso, Bolsonaro disse que irá até "de cadeira de rodas ou de maca", porque quer falar sobre a Amazônia ao restante do mundo. Tradicionalmente, o Brasil abre o evento. Esta será a primeira participação de Bolsonaro como presidente da República.
"Eu vou comparecer à ONU, nem que seja de cadeira de rodas, de maca. Eu vou comparecer porque eu quero falar sobre a Amazônia. Mostrar para o mundo com bastante conhecimento, com patriotismo, falar sobre essa área ignorada por tantos governos que me antecederam", disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda-feira (2).
A cirurgia do presidente está programada para o próximo domingo, dia 8 de setembro. Nesta segunda, Bolsonaro confirmou que a ideia é que ele compareça à cerimônia de comemoração do 7 de setembro, em Brasília, e, ao fim do dia, siga para São Paulo, para se internar para a preparação da cirurgia. Segundo Bolsonaro, o motivo da "pressa" é porque ele deve estar Estados Unidos para a Assembleia Geral no dia 22 de setembro.
Bolsonaro considera que citar a Amazônia no discurso é uma chance que possui para falar ao mundo sobre o assunto. "Eu vou deixar essa oportunidade?", questionou.
O presidente voltou a criticar uma suposta ingerência externa na Amazônia, que, na visão dele, tem sido vendida para outros países. "A Amazônia foi praticamente vendida para o mundo. Eu não vou aceitar esmola de país nenhum do mundo com o pretexto de preservar a Amazônia, sendo que na verdade ela está sendo loteada e vendida", disse.
Sobre a cirurgia, ele avaliou que todo procedimento desse tipo "é um risco", inclusive por envolver anestesia geral, mas que essa será a "menos invasiva" em relação às últimas três que realizou após a facada. "Essa é a que oferece menor risco, mas eu que estive do outro lado da morte vou passar por um momento igual novamente."
Figura cada vez mais frequente na programação doSBT, Luciano Hang, dono das Lojas Havan, está fechando um novo acordo milionário com a emissora de Silvio Santos, da qual se tornou um dos seus maiores anunciantes.
De acordo com o site Notícias da TV, o empresário pretende intensificar os investimentos com a TV da Anhanguera, que sairá dos R$ 45 milhões anuais para R$ 80 milhões. O novo contrato vai passar a valer a partir de setembro. Caso o negócio seja fechado, o conglomerado irá se tornar a maior publicidade privada da rede.
Nos últimos tempos, Hang vem sendo presença constante nos programas da casa. Nos últimos oito meses, ele já passou por “Programa Raul Gil”, “Eliana”, “Conexão Repórter”, “Programa do Ratinho” e “Programa Silvio Santos”. Para fazer este alto investimento no SBT, a publicidade na Globo será reduzida.
Recentemente, a apresentadora Patrícia Abravanel esteve em Brusque, em Santa Catarina, para conhecer a sede de distribuição da Havan, e voltou a São Paulo comemorando o novo patrocínio do “Topa ou Não Topa”, que estreou no último sábado (17).
Um estudo científico do genoma de quase meio milhão de pessoas divulgado na revista científica Science concluiu que não há um gene específico para a orientação sexual, ou mesmo um conjunto de genes específicos. A predisposição para a atração por pessoas do mesmo sexo ou do oposto parece assim resultar de uma complexa associação entre fatores genéticos e ambientais — como a maioria das características humanas.
É impossível determinar o comportamento sexual de alguém a partir do seu genoma.” É a conclusão de um estudo efetuado a partir do material genético de 493 mil voluntários britânicos, americanos e suecos e divulgado esta quinta-feira na revista científica Science, sumarizada por um dos autores, o geneticista estatístico americano Benjamin Neale.
Apresentado nos media como o estudo que prova a inexistência de um “gene homossexual”, as suas conclusões não implicam no entanto que não haja qualquer predisposição genética ou biológica para o comportamento sexual, que se trataria então de uma opção individual. “Isso está errado”, diz outro dos autores do estudo, o também geneticista Brendan Zietsch, da Universidade de Queensland, Austrália, ao siteLiveScience. “O que apuramos é que há muitos genes que determinam o comportamento sexual e, no caso específico deste estudo, a atração por pessoas do mesmo sexo. Cada um desses genes tem individualmente pouco efeito mas juntos têm um efeito substancial.”
“Outra possível interpretação errada é de que se a preferência por parceiros sexuais do mesmo sexo é influenciada geneticamente, então é geneticamente determinada”, esclarece Zietsch. “Isso não é verdade. Indivíduos geneticamente idênticos — gémeos — muitas vezes têm orientações sexuais distintas. Sabemos que há fatores não-genéticos também, mas não os conhecemos bem e o nosso estudo não diz nada sobre eles.”
Pesquisa apónta que petista derrotaria atual presidente por 42% a 36% dos votos; 18% votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder
Por Da Redação
Datafolha ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios entre 29 e 30 de agosto (Ricardo Moraes/Reuters - Nelson Almeida/AFP)
Se o segundo turna das eleições presidenciais fosse hoje, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) venceria o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por 42% a 36%, constata a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira, 2. Outros 18% votariam branco ou nulo, e 4% não souberam responder.
Haddad e Bolsonaro disputaram o segundo turno das eleições de 2018. Na ocasião, o então candidato do PSL foi eleito com 55,13% dos votos válidos, contra 44,87% do petista.
A pesquisa divulgada nesta segunda-feira também revela que a reprovação ao governo Bolsonaro (índice de pessoas que consideram a administração ruim ou péssima) chegou a 38%, um aumento percentual de cinco pontos em relação ao último levantamento divulgado pelo instituto, em julho. Uma parcela de 30% dos entrevistados classifica o governo como “regular” e 29% o consideram “bom” ou “ótimo”.
Em recortes populacionais, os declarados “ateus” são o grupo que mais rejeita Bolsonaro (76% dos entrevistados). Também chamam a atenção os índices de rejeição entre moradores do Nordeste (52%), desempregados (48%) e mulheres (43%). Já entre os grupos que mais aprovam o governo, destacam-se empresários (48%), evangélicos neopentecostais (46%), moradores do Sul e Centro-Oeste (37%) e homens (33%).
Entre os que declararam voto a Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, 57% creem que o governo é “bom” ou “ótimo”. Entre quem votou em Fernando Haddad (PT), 69% reprovam a atual administração.
O Datafolha ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios entre 29 e 30 de agosto. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles não parece interessado em amenizar o tom das suas declarações mesmo diante da grave crise na Amazônia. Nesta segunda-feira, em entrevista à rádio Jovem Pan, ele criticou a política ambiental dos governos anteriores, citando diretamente o ex-presidente Lula.
Ao ser questionado sobre pedido de impeachment protocolado por senadores que questionam sua gestão, Salles rebateu atacando seus antecessores. "A culpa é deles que ficaram 20 anos no poder e não resolveram o problema da Amazônia", disparou.
Em ataque mais específico, Salles criticou abertamente o ex-presidente Lula. "Aliás, o Lula era presidente, Marina Silva era ministra, o governador do estado do Acre...os Viana (Tião Viana), o Randolfe (Rodrigues), que é do Amapá...Toda essa tuma estava lá. Com a faca e o queijo na mão. Tinham tudo. Gastaram o dinheiro com um monte de bobagem que não serve para nada, quebraram o país, uma ineficiência danada. Corrupção de todos os jeitos. E agora a culpa é do governo Bolsonaro? Vá arranjar outra desculpa!", disse em tom agressivo.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), citado diretamente por Salles, e Fabiano Contarato (Rede-ES) foram os senadores responsáveis pelo pedido de impeachment do ministro. No entendimento dos parlamentares, o ministro do Meio Ambiente cometeu crime de responsabilidade em suas decisões no cargo.
Bolsonaro será submetido a sua quinta cirurgia após o atentando que sofreu em 2018
O vereador Carlos Bolsonaro saiu em defesa e apoio de seu pai, Jair Bolsonaro. O presidente será submetido a sua quinta cirurgia de correção de hérnia incisional, decorrência do atentado que sofreu em 2018.
– Todos os bandidos do Brasil estão contra você e isso é cristalino. Entretanto, as pessoas que querem o melhor para o país desejam que o senhor saia mais forte desta quinta cirurgia em menos de um ano, após tentativa de assassinato por ex-integrante do PSOL! Estamos juntos, Pai! – escreveu o vereador.
Carlos também criticou a imprensa, que errou o número de intervenções cirúrgicas que Bolsonaro já fez. Alguns veículos afirmaram que foram três, e, outros, quatro. O vereador ironizou, dizendo que a imprensa é tão confiável quanto a inocência de Lula.
– Desta vez “se enganam” até no número de cirurgias passadas por Jair Bolsonaro após facada do ex-integrante do PSOL. O Presidente passará pela quinta cirurgia e não quarta como têm dito. Isso que é informação de qualidade! – disse.
Outros membros do governo também se manifestaram sobre o resultado da pesquisa
Em conversas com jornalistas nesta segunda-feira (2), o presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou o resultado da pesquisa do Datafolha sobre o aumento da reprovação do governo, que teria ido de 33% para 38%.
– Você acredita no Datafolha? Você acredita em Papai Noel? (…) De vez em quando, quando a pesquisa não é política, há uma tendência de fazer a coisa certa – disse o presidente.
Quem também criticou o Datafolha, foi o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em uma publicação no Twitter.
– Pensamento da semana: tem gente que acredita em Saci Pererê, em Boi Tatá e em Mula sem Cabeça; e tem gente que acredita no Datafolha da família Frias (esses últimos realmente existem) – disse o ministro.
General Heleno sobe o tom e acusa Fantástico de ‘desonestidade intelecutal’General Heleno, ministro do governo Bolsonaro resolveu responder o programa dominical da Globo através do twitter.
Segundo o General, o programa pratica desonestidade intelectual ao alardear que o sargento preso com drogas fazia parte da comitiva presidencial, na realidade o sargento da Força Aérea integrava a tripulação do voo, inclusive desde governos anteriores e não foi escolhido por Bolsonaro
Não adianta esclarecer, responder e documentar. Fantástico insiste em dizer que Sgt, que embarcou 39 kg de cocaína em avião da FAB, integrava comitiva presidencial. É desonestidade intelectual, se aproveitando da liberdade de imprensa. Lamentável.
Parlamentar informou que está tomando a medida em suas redes sociais
Na tarde desta segunda-feira (2), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) publicou em suas redes sociais que está preparando um projeto para propor a prisão perpetua. Apesar da publicação, ela não explicou quais crimes seriam passíveis dessa punição.
– Prisão perpétua. Já estou preparando um projeto para propormos – disse a parlamentar.
Ela fez essa afirmação após compartilhar uma publicação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, com críticas à pena de prisão domiciliar do assassino de João Hélio, que foi morto quando tinha 6 anos.
– Responsável por assassinato brutal de criança, embora condenado a 39 anos de prisão, foi na prática libertado após dez anos. Barata a vida humana no Brasil. Em outros países, seria perpétua. O projeto de lei anticrime, se aprovado, impediria essa vergonhosa injustiça – disse o ministro na publicação compartilhada pela deputada.
O crime ocorreu em 2007, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A criança estava em um carro com sua mãe e irmã quando foram assaltados. As duas conseguiram sair, mas João Hélio ficou preso ao cinto de segurança pelo lado de fora quando um dos criminosos fechou a porta e arrancou com o veículo. O menino foi arrastado por sete quilômetros ao longo de quatro bairros.
A Justiça concedeu a Carlos Roberto, um dos assassinos da criança, a progressão de regime aberto, que é cumprido em Casas de Albergado. Já que a cidade do Rio de Janeiro só tem uma unidade do tipo, foi permitido ao criminosos que ele cumpra a pena em casa. O homem estava preso há dez anos e seis meses e foi condenado a 39 anos de prisão.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou ontem texto nas redes sociais no qual lamenta “mal-entendidos” com a comunidade judaica após associar judeus à corrupção em uma entrevista publicada em abril. Duas entidades israelitas o processaram por antissemitismo. “Lamento mal-entendidos que possam ter havido, produtos de desonestidade jornalística ou de mal (sic) emprego eventual da língua portuguesa. Sei também que generalizações podem eventualmente levar a injustiças”, escreveu Ciro.
A fala de Ciro ocorreu durante uma entrevista ao site HuffPost Brasil, publicada no dia 20 de abril, na qual ele criticava a relação do presidente Jair Bolsonaro com “grupos de interesse” que o apoiam. “Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto. Corrupto, para mim, não interessa se é curdo ou cearense. Corrupto é corrupto, ladrão é ladrão”, disse na ocasião.
O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, disse que a fala era um “gesto importante de reconhecimento de seu erro” e que vai reavaliar a ação judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ministro da Justiça esteve no local para a inauguração de um presídio
Nesta segunda-feira (2), um grupo de carcereiros aproveitou a inauguração de um novo presídio para fazer uma selfie com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Ele esteve no local para prestigiar a Unidade Prisional Especial de Planaltina de Goiás. A informação foi dada pelo site Metrópoles.
O grupo de agentes penitenciários chegou a formar uma fila para conseguir as fotos com Moro, que esteve na inauguração junto ao governador do estado, Ronaldo Caiado. O presídio terá capacidade para 388 detentos e foi construído pelo governo estadual com recursos do governo federal.
Os investimentos totalizaram R$ 30 milhões e foram repassados por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Depen). Em discurso, Moro afirmou que a nova unidade terá como foco tirar criminosos perigosos de circulação.
– Será muito bem empregado para isolar criminosos perigosos. A estratégia de combate ao crime é tirar o criminoso de circulação – ressaltou.
Entre os equipamentos presentes na unidade estão um aparelho de raio-X, scanner corporal e dispositivo que impede o uso de telefones celulares.
Ciência e Tecnologia e Justiça também conseguiram mais repasses para o próximo ano
O Ministério da Educação (MEC) pediu e o Ministério da Economia aumentou o orçamento da área em R$ 5 bilhões no Projeto de Lei Orçamentária de 2020. Com isso, o MEC receberá um total de R$ 21 bilhões. A verba será para as despesas discricionárias, que podem aumentar os investimentos nas instituições de ensino.
Outas áreas também receberão mais verbas, como o Ministério da Ciência e Tecnologia que recebeu um acréscimo de R$ 700 milhões, mas que deve cobrir despesas da Telebras.
Depois do pedido do ministro Sergio Moro, a Justiça também recebeu mais dinheiro, um valor de R$ 500 mil.
O Fórum Democracia Direitos Já é lançado na noite desta segunda-feira (2) na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). O grupo foi criado para fazer uma oposição ampla ao presidente Jair Bolsonaro.
Participam nomes como Ciro Gomes (PDT), Flávio Dino (PC do B), Márcio França (PSB), Luís Felipe D´ávila (PSDB-SP), Eduardo Suplicy (PT), Paulinho da Força (Solidariedade), Eduardo Jorge (PV) e Marta Suplicy (Sem partido).
"Já mandei meu livro [Renda Básica de Cidadania, a Resposta Dada Pelo Vento] para o presidente Jair Bolsoanro para mostrar que muito melhor que estar distribuindo armas por aí é garantir a sobrevivência de todos", disse Eduardo Suplicy em seu discurso no evento.
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Antonio Anastasia (PSDB) e Aldo Rebelo (PC do B) não participaram do evento, mas enviaram vídeos para serem transmitidos no local.
Geraldo Alckmin (PSDB) também não pode participar, mas uma mensagem sua foi lida na qual ele deu "total apoio ao movimento".
O escritor e filósofo dos Estados Unidos Noam Chomsky também participou e fez discurso na reunião dos opositores a Bolsonaro.
Fernando Haddad (PT) foi convidado, mas não compareceu ao evento. O ex-prefeito de São Paulo faz parte do grupo e recebeu em maio em sua casa membros do Direitos Já para uma das reuniões de pré-lançamento.
Também participam representantes do Instituto Fernando Henrique Cardoso, UNE (União Nacional dos Estudantes), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e centrais sindicais como Força Sindical, CUT e UGT.
Um dos idealizadores da iniciativa é Fernando Guimarães, filiado ao PSDB e fundador de uma corrente tucana chamada Esquerda Pra Valer.
Outros participantes foram o líder do Podemos na Câmara dos Deputados, José Nelto (GO), o presidente da Fundação Perseu Abramo, braço ideológico do PT, Marcio Pochmann, o presidente do PV, José Luiz Penna, o presidente do PDT, Carlos Lupi, a presidente do PC do B, Luciana Santos, e Soninha Francine, representando o presidente do Cidadania, Roberto Freire.
Presidente concedeu entrevista à youtuber Antonia Fontenelle
O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista a Antonia Fontenelle, dona do canal Na Lata, no Youtube. Na conversa, divulgada nesta segunda-feira (2), a atriz abordou temas polêmicos na conversa, como por exemplo, a família da primeira-dama Michelle Bolsonaro e o atentado cometido por Adélio Bispo em 6 de setembro de 2018.
Sobre Adélio Bispo, a quem Bolsonaro chama de “marginal”, ele responsabiliza diretamente a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pelo não descobrimento do mandante do crime.
– A Polícia Federal tem certeza que no telefone de um dos advogados tem o nome e os contatos do mandante do crime. O que a OAB fez? Entrou com um mandado de segurança para que a PF não entre no telefone desse advogado. Advogado tem que ter imunidade sim, mas advogado honesto, advogado bandido não – afirmou.
Bolsonaro também comparou o seu caso com o da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
– Entre o meu caso e o da Marielle [Franco], que a imprensa tanto reverbera, o meu é muito mais fácil, ou menos difícil, de se desvendar do que o dela. Mas não se dá atenção para o meu caso. E aquela facada não me elegeu, eu já estava eleito. Tentaram botar fim numa candidatura, daí você teria [Fernando] Haddad, Ciro [Gomes] ou [Geraldo] Alckmin como presidente da República. Cada um que tire sua conclusão como estaria o Brasil – disse o presidente.
Fontenelle também questionou Bolsonaro sobre a recente revelação sobre a família da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Sem medo das perguntas, Bolsonaro admitiu que os crimes citados eram verdade e que a repercussão deixou a esposa “muito chateada”.
– A Michelle fica muito chateada. E é verdade, a avó dela cumpriu três anos em regime fechado vender entorpecentes em Brasília a 20 e poucos anos atrás. Agora, por que revelar isso? O que pode acontecer com essa senhora, que já está na faixa dos 80 anos? O pessoal vê na rua e debocha. Ela pagou pelo seu crime e agora está sendo esculachada na rua. Ou então agora alguém pode querer fazer uma maldade com ela por ser avó da primeira-dama, para tentar me atingir. Irresponsabilidade da imprensa. A mãe dela, a 15 ou 20 anos atrás, resolveu ficar 10 anos mais jovem com uma certidão de nascimento. Eu tenho que rir! Se fosse com uma plástica ou botox… Mas foi bobeira! – observou.
O presidente também comentou sobre as fake news das quais é alvo e explicou a razão de ter vetado um artigo proposto pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), que previsa prisão de 2 a 8 anos para quem replicasse fake news sobre candidatos em época de eleição. O veto foi derrubado após um destaque proposto por Kataguiri na Câmara.
– Lá [no artigo] diz que quem porventura cria ou replica fake news, em época eleitoral, a pena é de 2 a 8 anos de cadeia. Um clique teu, pode te levar a 8 anos de cadeia. Já se eu te matar eu posso ser condenado a 3 anos. Então em vez de você falar mentira sobre um candidato é mais fácil você dar um tiro nele, que sai mais barato. É claro que a gente não quer isso. Muitas vezes quando você replica uma fake news você não sabe. Então eu vetei isso pela liberdade de expressão. Ninguém mais do que eu sofre com fake news: racista, fascista, homofóbico. Só que o mesmo deputado que criou isso [artigo], apresentou um destaque ao veto e ele foi aprovado. É inacreditável o que esse nanodeputado [Kataguiri] fez – disse Bolsonaro.
Em nova entrevista à BBC News Brasil, Dilma P. diz que vai recorrer da decisão; "ofensas não cessaram" desde o impeachment da ex-presidente, relata ela.
Luis Barrucho
A Justiça de São Paulo negou a uma mulher chamada Dilma a possibilidade de trocar de nome. Na ação, ela dizia que passou a sofrer "bullying" por ser homônima da ex-presidente do Brasil e queria se chamar Manuela, como a BBC News Brasil noticiou em maio do ano passado.
A advogada de Dilma P., Isabelle Strobel, afirmou que sua cliente vai recorrer da decisão.
Em nova entrevista à reportagem, Dilma P. diz que ficou triste com o desfecho.
"Continuo sofrendo bullying. Sei que o impeachment já aconteceu e a Dilma (Rousseff) aparece menos no noticiário. Mas não posso falar meu nome sem que pessoas deem risada. Não quero mais este nome", afirma.
Segundo a decisão judicial a que a BBC News Brasil teve acesso, "Dilma constitui prenome corriqueiro, sem qualquer conotação deletéria em si. Em princípio, não se trata de nome notoriamente vexatório", escreveu o juiz Fábio Henrique Falcone Garcia, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Para o magistrado, "atualmente, Dilma Rousseff não é figura central nos noticiários, cuja atenção se volta aos mandatários do momento. Por isso, eventual constrangimento não pode ser atribuído ao nome em si, mas à degradação pública de uma figura que tem nome e sobrenome e cuja mácula coincide com o período em que sua imagem esteve em evidência nos noticiários e nas redes sociais".
"Por essa razão, respeitado entendimento diverso, a exposição negativa de personagem pública não autoriza alteração de prenome que em si nada tem de ofensivo ou constrangedor. Ante o exposto, julgo improcedente o pedido", conclui Falcone Garcia.
Dilma P. rebate. "O juiz não sabe o que eu passo diariamente", diz ela.
Relembre a história
Em maio de 2018, quando entrou com a ação, Dilma P. disse à BBC News Brasil que "nunca gostou" do nome de batismo, mas que nunca havia pensado em mudá-lo até o impeachment de Dilma Rousseff.
"Queria ter um nome mais popular, mas nunca pensei na vida em trocá-lo. Quando Dilma se tornou presidente, meu nome passou a ser mais conhecido e as pessoas diziam se tratar de um nome diferente. Ficavam surpresas que eu tinha o mesmo nome da presidente", contou ela.
"Mas o impeachment chocou o país. Quando falo meu nome, todo mundo se lembra de Dilma e as piadas começam", completou.
Ela afirmou que, em seu antigo trabalho - passou dois anos como analista de relacionamento de um banco -, tinha de conversar com clientes via telefone e bate-papo online. Chegou, inclusive, a pedir ao supervisor para mudar o nome. Diante da negativa, precisou criar um "roteiro" para evitar ser alvo de zombaria.
"Um cliente chegou a me dizer que, se eu estivesse diante dele, me mataria. Outro falou que não queria ser atendido por mim. Pedi ao meu superior que mudasse meu nome. Mas ele sugeriu que eu criasse um roteiro, de forma a explicar que eu apenas compartilhava o mesmo nome do da presidente. Não deveria, portanto, ser vítima da fúria das pessoas", disse.
"Manuela"
Cursando Pedagogia, Dilma P. quer se chamar Manuela, uma homenagem ao pai, Manuel, já falecido.
"Foi um homem muito bom que, apesar de não ter estudos, me possibilitou chegar onde estou agora. Ele ficaria orgulhoso de mim", disse ela, quando entrevistada pela primeira vez.
Lembrada na época pela BBC News Brasil que uma das pré-candidatas à Presidência nas eleições também se chamava Manuela (Manuela D'Ávila - PC do B), Dilma P. disse que não "temia" passar pelo "pesadelo" novamente, caso a gaúcha vencesse o pleito.
"Se ela ganhar e vir a ser alvo de impeachment, pelo menos é um nome mais comum", rebateu.
D'Ávila acabou concorrendo como vice na chapa de Fernando Haddad (PT), que foi derrotado por Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.
Recentemente, o nome da ex-deputada federal voltou ao noticiário após ela ter confirmado que intermediou o contato do hacker Walter Delgatti Neto com o jornalista americano Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. Delgatti foi preso sob suspeita de hackear autoridades, como procuradores da Lava Jato.
Apesar disso, Dilma P. diz que o nome "Manuela é muito mais comum do que Dilma".
"Nenhuma Manuela é alvo de constrangimento por causa disso. O mesmo não acontece com Dilma", lamenta.
Atualmente, segundo dados do Censo, há cerca de 40 mil Dilmas no Brasil, a maioria no Estado da Bahia. Trata-se do 354º nome feminino mais popular do país. Maria, Ana, Francisca, Antonia e Adriana são, nessa ordem, os mais comuns.
Como funciona a lei
A Lei de Registros Públicos brasileira permite a troca de nomes não como regra, mas como exceção.
É o caso de casamentos, divórcios, adoções e erros ortográficos no registro do cartório.
Porém, para aqueles que desejam mudar o nome por outros motivos, é preciso pedir a substituição pela via judicial.
A troca não é fácil. O requerente deve expor o motivo da mudança e alegar a razão pela qual aquele nome causa constrangimento.
Em seguida, um juiz analisa se o motivo é relevante ou não.
Um dos objetivos é evitar, por exemplo, que um foragido possa querer mudar de nome e despistar as autoridades.
Apesar de garantir alguns vetos, Bolsonaro criticou a atuação de alguns integrantes do Ministério Público que, segundo ele, cometem abuso
O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta segunda-feira (2) que pretende vetar ao menos nove pontos do projeto que trata de abuso de autoridade, aprovado pelo Congresso em agosto.
Os vetos presidenciais devem atender a pedidos feitos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. “O Moro, se eu não me engano, pediu dez. Nove já estão garantidos”, disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã.
Bolsonaro lembrou que outras entidades pediram para que ele vete outros pontos e que vai analisar “o que for compatível” nos próximos dias. A data-limite para que o presidente sancione, com ou sem ventos, a Lei de Abuso de Autoridade é a próxima quinta-feira (5).
Apesar de garantir alguns vetos, Bolsonaro criticou a atuação de alguns integrantes do Ministério Público que, segundo ele, cometem abuso de autoridade. “O Ministério Público, em muitas oportunidades, abusa. Abusa. Eu sou uma vítima disso. Respondi tantos processos no Supremo por abuso de autoridade. Isso não pode acontecer. Todo o MP, eu sei que grande parte é responsável, mas individualmente alguns abusam”, afirmou.
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