Boletim diário da ONU Brasil: “ACNUR e parceiros lançam relatórios em SP sobre educação de refugiados” e 6 outros.
ONU Brasil Cancelar inscrição
|
|
| |
|
|
| |
Posted: 02 Sep 2019 02:06 PM PDT
Refugiados residentes em São Paulo. Foto: ACNUR/L. Leite
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lança na próxima quarta-feira (4), às 10h, na sede da Associação Compassiva (Rua da Glória, 900, São Paulo), o relatório global “Stepping Up: Refugee Education in Crisis” (Intensificando: Educação de Refugiados em Crise, em tradução literal).
O documento mostra que, globalmente, à medida que as crianças refugiadas crescem, as barreiras que impedem o acesso à educação se tornam mais difíceis de serem superadas.
Como resultado, mais da metade das crianças refugiadas em idade escolar no mundo não está matriculada em escolas. De acordo com o ACNUR, do total de 7,1 milhões de crianças refugiadas em idade escolar, 3,7 milhões não frequentam a escola.
Outro relatório a ser lançado na ocasião foi elaborado pela Compassiva, organização parceira do ACNUR, que apresentará dados sobre o processo de revalidação de diplomas de pessoas refugiadas no Brasil.
A revalidação de diplomas de refugiados é um elemento fundamental para a inclusão econômica e para o aprimoramento dos conhecimentos de pessoas refugiadas.
O SESC-SP também compõe a mesa de debates e apresentará dados e informações referentes à atuação da instituição no campo de educação para pessoas refugiadas, em especial sobre o projeto Refúgios Humanos, que promove discussões sobre o tema do refúgio junto a professores da rede pública municipal de São Paulo.
Uma pessoa refugiada estará presente para dar seu depoimento sobre a integração no país, considerando desafios e conquistas no âmbito da educação.
Serviço
Lançamento de relatórios sobre o contexto de educação de refugiados no Brasil e no mundo Dia: 4 de setembro de 2019 (quarta-feira) Horário: 10h Local: Associação Compassiva – Rua da Glória, 900, Liberdade – São Paulo
|
Posted: 02 Sep 2019 12:14 PM PDT
Subhan, de 17 anos, em seu apartamento fornecido por um parceiro do ACNUR. Foto: ACNUR/Socrates Baltagiannis
A iraquiana Subhan, de 17 anos, fugiu da guerra em Mossul e chegou à ilha grega de Kos em julho de 2018, onde hoje está reconstruindo sua vida e seus sonhos. Ela se somou a mais de 3 milhões de iraquianos forçados a abandonar suas casas após décadas de conflito e violência.
A estimativa é de que mais de 11 milhões de iraquianos necessitem de assistência humanitária. A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) atua na região, fornecendo proteção e ajuda àqueles que mais precisam.
“Quando eu estava em Mossul, nem podia sonhar com minha vida, como eu queria que ela fosse. Depois que comecei a aprender e a estudar, comecei a sonhar”, disse Subhan. Nas ilhas gregas do mar Egeu, milhares de crianças vivem em condições de superlotação em cinco centros de acolhimento. Elas não estão matriculadas na escola. ⠀
A expectativa é que os requerentes de refúgio permaneçam apenas temporariamente nestes centros. No entanto, o processo pode levar meses, o que significa que as crianças em idade escolar não conseguem acessar a educação formal. ⠀
Junto com parceiros, o ACNUR apoia iniciativas de educação para preparar crianças a entrar na escola pública. São programas como o KEDU, na ilha de Kos, onde as elas participam de aulas de idiomas, matemática e informática e recebem ajuda com o dever de casa.
A escola ensina crianças e adolescentes deslocados com idades entre 7 e 18 anos. São quase 400 jovens que de outra forma não teriam acesso à educação.
|
Posted: 02 Sep 2019 11:44 AM PDT
Imagem aérea do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Foto: Good Free Photos/Leandro Centomo (CC)
A cidade de São Paulo sediará de 16 a 20 de setembro, no Parque do Ibirapuera, a conferência “Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis”, que reunirá prefeitos, gestores municipais e especialistas do Brasil e do mundo.
Realizada por meio de parceria entre Plataforma Global para Cidades Sustentáveis (GPSC, na sigla em inglês), liderada pelo Banco Mundial, Prefeitura de São Paulo e Programa Cidades Sustentáveis, o evento sediará o 3º encontro da Plataforma Global para Cidades Sustentáveis e a 2º Conferência Internacional sobre Cidades Sustentáveis.
A imprensa é convidada para as sessões do dia 17 no período da tarde, para a abertura (18) e para a programação do restante da semana. As inscrições podem ser feitas até 6 de setembro em: www.cidadessustentaveis.org.br/conferencia2019/participe/.
O evento terá uma Mesa Redonda de Prefeitos no dia da abertura (18 de setembro), presidida pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na qual líderes de cidades brasileiras e de outros países discutirão estratégias para o desenvolvimento urbano sustentável.
“Realizar o 3º Encontro Global da Plataforma Global para Cidades Sustentáveis, discutindo o assunto com especialistas e autoridades nacionais e internacionais, nos ajuda a atingir a meta de contribuir ainda mais para o desenvolvimento urbano sustentável de nossa cidade”, afirmou Covas.
“As cidades são os locais onde o futuro está sendo construído. A rápida urbanização traz oportunidades — mas também desafios sem precedentes, como o aumento dos riscos de desastres causados pelas mudanças climáticas — para cidades e seus residentes, especialmente os pobres e vulneráveis”, disse Sameh Wahba, diretor global para práticas urbanas, de gerenciamento de risco de desastres, resiliência e terra do Banco Mundial.
Em uma semana, nove sessões temáticas se concentrarão em tópicos centrais do planejamento e gestão das cidades, incluindo: biodiversidade; financiamento do desenvolvimento urbano sustentável; desigualdades de gênero e raça; geração de oportunidades, trabalho e renda; dados geoespaciais; inclusão e habitação a preços acessíveis; participação social; desenvolvimento orientado para o trânsito e regeneração urbana.
Esses tópicos estão alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e os três pilares da GPSC — sustentabilidade, planejamento na gestão urbana integrada e finanças municipais.
“Nos esforçamos para compartilhar as iniciativas mais modernas para melhorar a sustentabilidade de processos voltados ao desenvolvimento urbano e à qualidade de vida dos moradores nas cidades brasileiras. Acreditamos que essas práticas também podem ser inspiradoras em outras partes do mundo e esperamos compartilhar esse conhecimento na conferência”, disse Jorge Abrahão, coordenador geral do Programa Cidades Sustentáveis.
Além dos participantes brasileiros, o evento reunirá representantes das 28 cidades da GPSC em 11 países, juntamente a parceiros e investidores. O público estimado é de 800 pessoas, incluindo líderes urbanos, funcionários públicos, profissionais do urbanismo, acadêmicos, jornalistas, especialistas de instituições financeiras, organizações internacionais, Nações Unidas, líderes do setor privado e organizações da sociedade civil.
A conferência “Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis” é apoiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês).
Serviço
O que: Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis: 3º Encontro Anual da Plataforma Global Cidades Sustentáveis e 2ª Conferência Internacional Cidades Sustentáveis Quem: Bruno Covas, Prefeito de São Paulo Jorge Abrahão, Coordenador Geral do Programa Cidades Sustentáveis Sameh Wahba, diretor global para práticas urbanas do Banco Mundial
Clique aqui para acessar a lista completa de palestrantes.
Quando: 16–20 September, 2019 Abertura para imprensa se inicia na tarde do dia 17 de setembro; abertura oficial em 18 setembro. Onde: Parque Ibirapuera, São Paulo:
17 setembro – tarde – UMAPAZ (Av. Quarto Centenário, 1268 – Vila Mariana, São Paulo – SP, 04030-000) 18 setembro – manhã – Auditório Oscar Niemeyer 18 setembro – tarde – Auditório Oscar Niemeyer e Fundação Bienal 19 setembro – Fundação Bienal 20 setembro – Visitas técnicas – com inscrição Inscrições até 6 de setembro: www.cidadessustentaveis.org.br/conferencia2019/participe/
|
Posted: 02 Sep 2019 11:01 AM PDT
Projeto de Cooperação Sul-Sul promove o trabalho decente em países produtores de algodão na África e na América Latina, como parte do Programa de Parceria Brasil/OIT para a Promoção da Cooperação Sul-Sul. Foto: Flickr/Kimberly Vardeman
A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) — do Ministério das Relações Exteriores —, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) organizaram na sexta-feira (30) uma visita técnica à sede EMBRAPA Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás (GO), para delegações de países da América Latina e da África, que participam de projetos de Cooperação Sul-Sul Trilateral com governo brasileiro, OIT e FAO.
O encontro teve a finalidade de aproximar produtores, cientistas, pesquisadores e agrônomos da cadeia produtiva do algodão de Brasil, Colômbia, Mali e Moçambique. Técnicos da EMBRAPA apresentaram os principais desafios do Brasil em produção de algodão, sistemas de produção, tecnologias e controle de doenças e pragas.
“Acho importante mostrarmos o que estamos fazendo aqui no Brasil, os problemas que enfrentamos e como estamos tentando superá-los. São temas em comum com outros países e que devem ser compartilhados para a geração de conhecimento”, disse o pesquisador da EMBRAPA Arroz e Feijão Camilo Morello.
O presidente do Fundo Nacional dos Produtos de Algodão (FONPA) de Moçambique, Benison Simoco, disse que a visita é “uma experiência que vale e que pode nos dar um resultado muito positivo na produção de algodão de Moçambique”. “Eu gostaria que este tipo de cooperação entre países fosse mais contínua para melhora da produção no nosso país.”
Representantes de ABC, OIT e FAO acompanharam a visita. O assistente de projetos da ABC, Luiz Fernando Bacelar, destacou a importância da integração entre duas iniciativas de Cooperação Sul-Sul Trilateral que contribuem para a cadeia produtiva do algodão, como complemento para as atividades técnicas desenvolvidas à margem do 12° Congresso Brasileiro do Algodão, realizado entre 27 e 29 de agosto, em Goiás.
Adriana Gregolin, coordenadora regional do Projeto +Algodão, avaliou que “para os representantes destes países, conhecer o trabalho da EMBRAPA na área de melhoramento do algodão e seus sistemas de produção é de grande valor, tendo em vista a posição de referência que a EMBRAPA ocupa na América Latina em termos de pesquisa, especialmente no setor algodoeiro”.
Para o assistente de projetos do Programa de Cooperação Sul-Sul da OIT no Brasil, João Luiz Clementino, “este encontro é uma grande oportunidade para a articulação das ações entre os diferentes organismos internacionais presentes e os trabalhadores algodoeiros da África e América Latina”. “Este intercâmbio de conhecimento com a expertise técnica da EMBRAPA é a lógica da Cooperação Sul-Sul.”
A OIT desenvolve o “Projeto Algodão com Trabalho Decente – Cooperação Sul-Sul para a Promoção do Trabalho Decente nos Países Produtores de Algodão da África e da América Latina” com a ABC e o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
O objetivo da iniciativa é promover o trabalho decente na cadeia produtiva do algodão, com ênfase nos Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho e na melhoria das condições de trabalho em cinco países produtores da fibra: Paraguai, Peru, Mali, Moçambique e Tanzânia.
Delegações de Colômbia, Mali e Moçambique visitam a sede da EMBRAPA Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás (GO). Foto: OIT
|
Posted: 02 Sep 2019 10:37 AM PDT
Campanha “Vamos conversar sobre demência”, lançada no marco do Mês Mundial da Doença de Alzheimer. Imagem: OPAS/OMS
A Alzheimer’s Disease International (ADI) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançaram neste domingo (1) nas Américas uma campanha que incentiva as pessoas a conversarem de maneira mais confortável e aberta sobre a doença de Alzheimer e a demência.
A campanha “Vamos conversar sobre demência”, lançada no marco do Mês Mundial da Doença de Alzheimer, baseia-se no entendimento de que falar sobre a demência ajuda a enfrentar o estigma, normaliza a linguagem e incentiva as pessoas a descobrirem mais sobre a doença e a procurarem ajuda, aconselhamento e apoio.
A ADI e a OPAS estão trabalhando conjuntamente na campanha de conscientização sobre a demência para a Região das Américas como parte do Plano de Ação Regional da OPAS sobre Demência (2015-2019).
O estigma em torno da demência nas Américas ainda é uma grande barreira para as pessoas buscarem ajuda, aconselhamento e apoio. Esse estigma pode ser semelhante ao associado a outras questões de saúde mental, centrar-se no preconceito pela idade, na falta de tratamentos médicos disponíveis e até mesmo ser atribuído a fatores como “bruxaria”, mas há muito apoio disponível em toda a região e conversar sobre o problema pode ajudar as pessoas a viverem bem pelo maior tempo possível.
A diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, afirmou que o primeiro passo para enfrentar o estigma em torno da demência é estar aberto a conversar. “A falta de conhecimento sobre a demência e como uma pessoa afetada pode se comportar levou ao estigma associado à doença”, pontuou Etienne.
“Esta campanha se concentrará em aumentar as conversas sobre a demência em todos os lugares, já que conversar é frequentemente o primeiro passo para conscientizar, entender e quebrar barreiras ao diagnóstico e atendimento”.
Clique para exibir o slide.Paola Barbarino, CEO da Alzheimer Disease International, disse que “precisamos levar as pessoas a falar com mais conforto sobre a doença de Alzheimer e a demência”.
“A demência é uma das crises globais de saúde e assistência social mais significativas do século 21, com alguém desenvolvendo-a a cada três segundos. No entanto, o estigma que a cerca e a falta de tratamentos disponíveis fazem com que as pessoas demorem a falar sobre ela e procurar aconselhamento e apoio, perdendo um tempo valioso.”
No Dia Mundial da Doença de Alzheimer, 21 de setembro, a ADI lançará o Relatório Mundial sobre Alzheimer, que aborda as atitudes globais em relação à demência, com base em uma pesquisa com quase 70 mil pessoas em 155 países.
Uma das principais conclusões dessa pesquisa mostra que 95% dos entrevistados acreditam que desenvolverão demência durante a vida. “Devemos romper o estigma e fazer com que as pessoas falem abertamente sobre demência para planejar bem, ter acesso a apoio e até participar da pesquisa”, disse Barbarino.
A demência é uma síndrome que afeta a memória, outras habilidades cognitivas e comportamentos que interferem significativamente na capacidade de uma pessoa de manter suas atividades cotidianas. Embora a idade seja o fator de risco mais forte conhecido para a demência, a condição não é uma parte normal do envelhecimento. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência.
As mortes devido à demência mais que dobraram entre os anos 2000 e 2016, tornando-a a quinta principal causa de morte global em 2016, em comparação com o 14º lugar em 2000. A prevalência de demência em todo o mundo está aumentando exponencialmente; estima-se que o número previsto de pessoas que vivem com demência triplicará dos 50 milhões atuais para 152 milhões em 2050.
Para conversar sobre o tema e conhecer mais sobre os sinais precoces de alerta da demência, as pessoas podem responder um questionário virtual com 10 perguntas na página da campanha, que se dirige ao público em geral e aos profissionais de saúde. Para mais informações, clique aqui.
|
Posted: 02 Sep 2019 08:32 AM PDT
O ator Mateus Solano, defensor da Campanha Mares Limpos e da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e a jornalista ambiental Sônia Bridi farão parte da programação do Conexão Oceano. Voltado a comunicadores, trata-se do primeiro evento no Brasil com o objetivo de estruturar diretrizes para comunicar, engajar e sensibilizar a sociedade sobre a importância da conservação dos mares para áreas como economia, bem-estar, turismo e pesquisa, entre outras.
Também participam a atriz, apresentadora e embaixadora da Paz Maria Paula Fidalgo; do embaixador da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Oskar Metsavaht; dos velejadores Isabel Swan e Lars Grael; do economista Vilfredo Schurmann; das jornalistas Paulina Chamorro e Paula Saldanha; e do surfista e empresário Rico de Souza. O Conexão Oceano terá roda de conversa, brunch de ideias e apresentará casos de sucesso que demonstram o impacto do oceano sobre diversas temáticas.
Aberto ao público e com participação gratuita, o workshop ocorre na terça-feira (3), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O evento é promovido conjuntamente pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, pela UNESCO no Brasil e pelo Museu do Amanhã. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site do Museu do Amanhã. As vagas são limitadas.
Década do Oceano
O evento também destaca a Década do Oceano, declarada pela ONU para o período entre 2021 e 2030 como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. Seu objetivo é ampliar a cooperação internacional para promover a preservação dos mares e a gestão dos recursos naturais nas zonas costeiras.
“É preciso que pensemos em novas maneiras de sensibilizar a sociedade e divulgar a todos a importância dos oceanos no nosso dia a dia. Isso envolve desenvolver o que chamamos, na UNESCO, de uma ‘cultura oceânica’ (ocean literacy em inglês) com base em preceitos científicos. Acredito que o evento Conexão Oceano será uma oportunidade ímpar de refletirmos sobre essa nova visão e maneira de se pensar os oceanos, mares e recursos marinhos”, defende a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.
Segundo a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, as estratégias para assegurar um futuro sustentável dependem também da preservação dos mares. “Os oceanos são poderosos reguladores do clima e abrigam uma rica biodiversidade. Precisamos conscientizar e engajar a sociedade para que o ecossistema marinho seja preservado. Nesse contexto, a comunicação é uma ferramenta essencial para alcançarmos esse objetivo”, destaca.
Conexão OceanoData e horário: 3 de setembro, das 9h às 17h30 Local: Museu do Amanhã (Praça Mauá, Rio de Janeiro) Inscrições: pelo site do Museu do Amanhã
|
Posted: 02 Sep 2019 08:12 AM PDT
Mãe e criança venezuelana no abrigo de Pintolândia em Boa Vista, norte do Brasil. Foto: ACNUR/Santiago Escobar-Jaramillo
Por Eduardo Stein*
O número de refugiados e migrantes venezuelanos atingiu 4,3 milhões e está crescendo a cada dia. Atualmente, não há fim à vista para esse movimento massivo da população, que inclui um número crescente de pessoas com vulnerabilidades, muitas delas com necessidade de proteção internacional, bem como um grande grupo que busca acesso a serviços básicos e oportunidades de emprego.
Os países mais afetados por esse movimento populacional estão na América Latina e no Caribe, em particular na região andina, onde o impacto socioeconômico da saída de venezuelanos tem sido o mais extenso e de maior alcance.
Apesar dos orçamentos limitados, da diminuição de recursos, das tensões sociais e das instituições sobrecarregadas, os países da América Latina e do Caribe continuam com esforços louváveis para oferecer proteção e assistência e promover a inclusão social e econômica dos venezuelanos em seu território. No entanto, não há dúvidas de que a situação dos refugiados e migrantes venezuelanos esteja superando as capacidades de cada país e da região como um todo.
Somente através de uma resposta regional coerente, previsível e harmonizada é que os países da região poderão enfrentar o desafio humanitário e responder às necessidades de um número crescente de refugiados e migrantes venezuelanos.
Como representante especial conjunto de ACNUR-OIM para refugiados e migrantes venezuelanos na região, estou preocupado que os limites para os venezuelanos de acessar o território dos países receptores possam forçá-los a fazer viagens irregulares, levando ao tráfico e contrabando, exacerbando suas vulnerabilidades.
Embora reconheça o direito soberano dos Estados em decidir quais medidas tomar para permitir o acesso a seus territórios, incentivo os países da região a preservar o acesso ao refúgio e a fortalecer os mecanismos que permitem a identificação de pessoas que precisam de proteção internacional. Da mesma forma, aconselho respeitosamente os Estados a manter políticas flexíveis de entrada – uma vez que muitos venezuelanos enfrentam dificuldades consideráveis no cumprimento dos requisitos de entrada – e a continuar regularizando e documentando refugiados e migrantes venezuelanos, além de facilitar o reagrupamento familiar.
Além disso, aconselho respeitosamente os países da região a continuarem a articular, coordenar e harmonizar suas políticas e a trocar informações e boas práticas por meio do Processo Quito que, como grupo não vinculativo, reuniu os países da América Latina e do Caribe afetados pela saída de refugiados e migrantes venezuelanos. Encorajo-os a continuar buscando cooperação e compartilhamento de responsabilidades no espírito do processo de Quito, cuja próxima reunião está marcada para 5 e 6 de dezembro em Bogotá, na Colômbia.
Também apelo à comunidade internacional, incluindo agências de cooperação bilaterais e multilaterais, instituições financeiras e atores do desenvolvimento, para reforçar seu apoio, inclusive financeiro, à população venezuelana, bem como aos países receptores e comunidades locais que hospedam venezuelanos.
*Representante especial conjunto da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) para refugiados e migrantes venezuelanos
|
|
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário