Boletim diário da ONU Brasil: “Academia do Pacto Global da ONU disponibiliza cursos online em português” e 8 outros.
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Posted: 26 Sep 2019 12:04 PM PDT
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Posted: 26 Sep 2019 09:34 AM PDT
O movimento começou depois que Thunberg protestou em frente ao parlamento sueco por três semanas em 2018 para chamar a atenção para a emergência climática. Foto: ONU Meio Ambiente
O Fridays for Future, um movimento dinâmico de estudantes do mundo todo inspirado pela ativista sueca Greta Thunberg, recebeu o prêmio Campeões da Terra 2019, a maior homenagem ambiental das Nações Unidas. A ONU Meio Ambiente reconheceu a iniciativa na categoria “Inspiração e Ação”.
O movimento foi homenageado por energizar a discussão global sobre mudanças climáticas em um momento em que a janela de oportunidade para evitar os piores efeitos do aumento da temperatura está se fechando rapidamente. Milhões de ativistas engajados aderiram para insistir que suas vozes fossem ouvidas.
Toda sexta-feira, estudantes em todo o mundo saem às ruas para exigir que políticos façam mais para reconhecer e agir de acordo com a realidade e a gravidade das mudanças climáticas. Essas marchas regulares atraíram mais de 1 milhão de jovens em mais de 100 países.
“O movimento Fridays for Future trouxe paixão, esperança e urgência aos nossos esforços para combater os piores efeitos das mudanças climáticas. Esses jovens são uma inspiração e vozes líderes que nos lembram que o que fizermos ou deixarmos de fazer hoje terá consequências para o futuro”, afirmou Inger Andersen, diretora-executiva da ONU Meio Ambiente.
“Eles e elas entendem que estamos correndo contra o tempo. O movimento deve inspirar todas as pessoas a fazer o possível para enfrentar a emergência climática – nós os ignoramos por nossa conta e risco”, disse ela.
O movimento começou depois que Thunberg protestou em frente ao parlamento sueco por três semanas em 2018 para chamar a atenção para a emergência climática. Inspirados por seu exemplo, outros estudantes de todo o mundo começaram a organizar seus próprios protestos.
Thunberg participou da Cúpula de Ação Climática do secretário-geral da ONU, António Guterres, em Nova Iorque, na segunda-feira (23), depois de atravessar o Atlântico em um barco neutro em carbono para evitar viagens aéreas. Ela recebe o prêmio em nome do Fridays for Future durante cerimônia em Nova Iorque nesta quinta-feira (26).
A paixão e a energia exibidas pelo movimento Fridays for Future oferecem esperança de que os líderes globais possam ser persuadidos a agir para reduzir as emissões de carbono dentro de 12 anos e manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C e, conforme recomendado pela ciência mais recente, a até 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
“Estou muito feliz que o Fridays for Future tenha recebido este prêmio, que presta homenagem aos milhões de estudantes e jovens que estão exigindo ação climática imediata e que ouçamos a ciência unânime”, disse Thunberg.
“Estamos em um momento crítico e não podemos ficar calados. Nossas lideranças devem agir agora para limitar os piores efeitos da crise climática. Continuaremos exigindo ações, porque a alternativa é aceitar o inaceitável.”
Em junho, o movimento e Greta Thunberg foram homenageadas com o Embaixador da Consciência da Anistia Internacional, que premia pessoas que demonstraram liderança e coragem únicas na defesa dos direitos humanos.
Campeões da Terra é o principal prêmio ambiental global da ONU. Foi criado pela ONU Meio Ambiente em 2005 para celebrar figuras de destaque cujas ações tiveram um impacto transformador positivo no meio ambiente. De líderes mundiais a defensores ambientais e inventores de tecnologia, os prêmios reconhecem pioneiros que estão trabalhando para proteger nosso planeta para a próxima geração.
Fridays for Future é um dos cinco vencedores deste ano. As outras categorias são Liderança de políticas, Visão Empreendedora e Ciência e Inovação. Os demais vencedores de 2019 também serão homenageados na cerimônia de gala desta quinta-feira (26), durante a 74ª Assembleia Geral da ONU. Também receberão homenagens sete pioneiros e pioneiras ambientais entre 18 e 30 anos, que levarão para casa o cobiçado prêmio Jovens Campeões da Terra.
Os vencedores anteriores do prêmio Campeões da Terra por “Inspiração e Ação” incluem Afroz Shah, um advogado indiano que organizou o maior projeto de limpeza de praias do mundo em Mumbai (2016), a unidade anti-caça furtiva Black Mamba da África do Sul (2015) e Martha Isabel Ruiz Corzo, ativista de conservação comunitária do México (2013).
NOTAS AOS EDITORES
Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente é a voz global líder para questões ambientais. O PNUMA fornece liderança e incentiva parcerias no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e permitindo que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.
Sobre o Weibo
O prêmio Campeões da Terra é organizado em parceria com o Weibo – o principal veículo de mídia social da China para as pessoas criarem, compartilharem e descobrirem conteúdo online. Weibo tem mais de 486 milhões de usuários ativos mensais.
Sobre o prêmio Campeões da Terra
O prêmio anual Campeões da Terra é concedido a líderes destacados do governo, da sociedade civil e do setor privado cujas ações tiveram um impacto positivo no meio ambiente. Desde 2005, o Campeões da Terra reconhece 88 ganhadores, variando de líderes mundiais a inventores de tecnologia.
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Posted: 26 Sep 2019 07:47 AM PDT
A segurança alimentar e as mudanças climáticas estão interligadas. As escolhas que fazemos hoje são vitais para um futuro seguro para a alimentação. Foto: FAO
Com as mudanças extremas de temperatura, o impacto da mudança climática em nosso planeta e em nossas vidas não pode passar despercebido. A fome no mundo está em ascensão e as principais causas estão ligadas à variabilidade e aos extremos climáticos.
Condições imprevisíveis e difíceis estão dificultando a produção dos alimentos necessários para uma população em crescimento, mas ainda há tempo para agir. É preciso combater as mudanças climáticas para que todos, em todos os lugares, tenham acesso a alimentos nutritivos, seguros, e suficientes. É aqui que todo indivíduo tem o poder de fazer a diferença.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) listou cinco ações que podem contribuir para a erradicação da fome em um clima em mudança:
1. Adotar uma dieta mais sustentável e diversificada
Uma vez por semana, tente comer uma refeição vegetariana (incluindo leguminosas como lentilhas, feijões, ervilhas e grão-de-bico) em vez de carne. Mais recursos naturais são usados para produzir carne, especialmente a água. Milhões de hectares de floresta tropical também são cortados e queimados para transformar terras em pastagens e campos para o gado. Ao diversificar sua dieta, você pode descobrir grãos “antigos” como a quinoa. Existem mais de 200 variedades de quinoa, todas adequadas a diversos climas.
2. Reduza o desperdício de comida
Todos os anos desperdiçamos um terço de todos os alimentos que produzimos. Isso significa que também estamos desperdiçando os recursos (como água, mão de obra, transporte) que foram utilizados para produzi-lo. Ao fazer compras, opte apenas pelo que você precisa, fazendo uma lista de compras e criando planos de refeição para evitar compras por impulso.
Precisamos ter cuidado com nossas sobras também. Elas podem facilmente ser jogadas no lixo, mas por que não congelá-las para mais tarde, ou usá-las como ingrediente em outra refeição? Além disso, entenda a rotulagem dos alimentos, pois há uma grande diferença entre as datas “bom até” e “valido até”. Por fim, mostre um pouco de amor pelas frutas e legumes “feias” que muitas vezes são desperdiçadas só porque não são perfeitas por fora. Não se deixe enganar, elas estão boas para o consumo.
3. Use menos água
A água é o ingrediente básico da vida e não podemos produzir nossa comida sem ela. Embora seja importante que os agricultores aprendam a usar menos água para cultivar alimentos, você também pode preservar a água reduzindo o desperdício de alimentos. Quando você joga fora sua comida, você está desperdiçando os recursos hídricos que foram utilizados. Por exemplo, são necessários 50 litros de água para produzir uma laranja. Você também pode desperdiçar menos água ao tomar banho e desligar a água enquanto escova os dentes.
4. Mantenha nossos solos e água limpos
Alguns resíduos domésticos são potencialmente perigosos e nunca devem ser jogados em uma lixeira comum. Itens como baterias, tintas, telefones celulares, medicamentos, produtos químicos, fertilizantes, cartuchos de tinta etc. podem infiltrar-se em nossos solos e lençóis freáticos, danificando os recursos naturais que produzem os alimentos. E não se esqueça do plástico. Estima-se que um terço de todo o plástico produzido globalmente acabe em nossos solos. Reduza o uso de plástico para manter nossos solos limpos.
5. Apoie os produtores locais
Nossos agricultores são os mais atingidos pela mudança climática e precisam do nosso apoio mais do que nunca. Ao comprar produtos locais, você apoia agricultores familiares e pequenas empresas em sua comunidade. Você também ajuda a combater a poluição, reduzindo as distâncias de entrega de caminhões e outros veículos.
A mudança climática está colocando em risco os meios de subsistência de milhões de agricultores. Sem eles, não teríamos a comida em nossos pratos. Eles são nossos heróis da fome zero e precisam do nosso apoio. A segurança alimentar e as mudanças climáticas estão interligadas. As escolhas que fazemos hoje são vitais para um futuro seguro para a alimentação.
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Posted: 26 Sep 2019 07:42 AM PDT
Clique para exibir o slide.Às 7h30 da manhã, os primeiros raios de sol invadem as frestas de madeira na escola municipal da aldeia de Tarau Paru, próxima de Pacaraima (RR). As crianças, a maioria refugiadas indígenas venezuelanas, se preparam para o inicio da aula. O chão ainda é batido e algumas cadeiras são improvisadas, mas nada disso tira o entusiasmo das que ali chegam para estudar.
Há mais de dois anos, bancos de madeira são o suficiente para que a aula ocorra nos três turnos da escola. Mas em busca de melhorar as condições de ensino, 160 mesas e cadeiras foram doadas às aldeias de Tarau Paru, Bananal, Ingarumã e Arai para auxiliar no conforto e nos estudos dos jovens e crianças da comunidade.
O projeto faz parte do Grupo de Trabalho de Educação de Pacaraima, criado por iniciativa da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e que apoia o município na educação.
A escola municipal de Tarau Paru se divide em duas salas de aula: uma para os pequenos, do 1º ao 4º ano, e outras para os jovens, do 5º ao 9º. Os materiais permanentes doados pelo ACNUR ajudaram a suprir a necessidade da comunidade em atender o aumento da demanda relacionada ao fluxo de refugiados e migrantes venezuelanos. Mesmo assim, para centenas de jovens matriculados, o futuro é incerto. Ainda não há suporte para que os alunos frequentem o ensino médio. Os que terminam o 9º ano precisam partir para Pacaraima em busca de novas oportunidades de estudo.
Mesmo que a chegada dos materiais ainda não supra as necessidades de todas as aldeias, elas continuam sendo um avanço importante para o desenvolvimento do local. Estima-se que os próximos passos sejam a criação de novos espaços físicos para abrigar os alunos e garantir que nenhum deles seja deixado para trás. Para Irismei de Magalhães, professora na comunidade há dois anos, era difícil ver os alunos sentados em um banco de madeira para assistir as aulas. “Eu tinha dificuldade para passar atividades pois os alunos não tinham onde escrever. Com a chegada dos materiais, eles já conseguem desenvolver as tarefas com mais qualidade”.
A vontade e a dedicação dos alunos fazem toda a diferença nas aulas. Como é o caso de Boris Bolivar, um jovem nascido em uma comunidade indígena de Santa Helena, que precisou sair da Venezuela devido aos frequentes confrontos entre as aldeias. Refugiado na aldeia há seis meses, ele faz parte da turma de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e frequenta assiduamente a escola no período noturno. “Quando eu cheguei na comunidade de Tarau Paru fui muito bem recebido! Assim que soube da escola, me matriculei. Além de aprender o português, essa é a minha chance de ter um futuro melhor”, afirma.
Assim como ele, Ariani veio de Santa Helena e também sonha com o futuro. Há oito anos estabelecida na comunidade, o estudo é o que a deixa mais animada. Com três idiomas na ponta da língua (Português, Espanhol e Taurepan), está no último ano da escola. “As mesas e cadeiras ajudaram muito, pois tínhamos muita dificuldade em escrever e estudar nos bancos improvisados. Agora é torcer para que a gente possa continuar estudando.”
O Projeto Integrado de Educação e Proteção da Criança e do Adolescente conta com o apoio financeiro da União Europeia, que tem contribuído para o fortalecimento da resposta aos venezuelanos na região Norte do Brasil, com projetos que promovem a inclusão e a convivência pacífica dessas pessoas com a comunidade local, oferecendo proteção a crianças e outras pessoas em situação de vulnerabilidade.
De acordo com o Relatório de Educação do ACNUR, cerca de 3,7 milhões de crianças refugiadas estão fora da escola no mundo. Com o apoio da Agência e da comunidade local, elas têm a oportunidade de mudar de vida. Mesmo que o caminho ainda seja longo, a procura por autonomia e um futuro digno é um sonho comum. A educação é a via mais segura para recuperar as esperanças e a dignidade após o trauma do deslocamento. Com uma sala de aula bem estruturada e professores empenhados, um lápis e um caderno podem ser o suficiente para escrever o futuro de cada uma delas.
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Posted: 26 Sep 2019 06:24 AM PDT
O envolvimento da sociedade civil e das comunidades, em todo o mundo, será fundamental para garantir o sucesso geral da cobertura universal de saúde até 2030, disse o UNAIDS. Foto: OMS
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) elogiou na terça-feira (24) o compromisso assumido pelos Estados-membros da ONU durante encontro em Nova Iorque esta semana (23) para alcançar a cobertura universal de saúde até 2030.
Durante a reunião, os países adotaram uma declaração política sobre a saúde universal, na qual reafirmaram o direito das pessoas de desfrutar do mais alto padrão possível de saúde física e mental, como parte integrante dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Segundo o UNAIDS, a declaração política encoraja os países a envolver a sociedade civil na governança do sistema de saúde, nas políticas de saúde e no processo de revisão da saúde universal. O envolvimento da sociedade civil e das comunidades, em todo o mundo, será fundamental para garantir o sucesso geral da universalização, disse a organização.
“Pedimos fortemente que os governos invistam na liderança e nas potencialidades de comunidades diversas, especialmente aquelas que são sub-representadas”, disse Gunilla Carlsson, diretora-executiva interina do UNAIDS.
“Para chegar mais longe, a saúde universal precisa envolver as comunidades e priorizar abordagens transformadoras, baseadas em direitos. Isso garantirá a equidade no acesso aos serviços de saúde, proporcionará resultados centrados nas pessoas e eliminará as disparidades na saúde.”
O UNAIDS está comprometido em estimular que as comunidades, especialmente as vulneráveis, participem do planejamento, implementação e monitoramento da saúde. Como parte desse trabalho, a organização tem trabalhado com parceiros no Plano de Ação Global para Vidas Saudáveis e Bem-Estar para Todos para garantir envolvimento total das comunidades e da sociedade civil na universalização. O plano de ação global foi lançado em Nova Iorque na terça-feira (24).
A organização também elogiou o compromisso dos Estados-membros em não deixar ninguém para trás, incluindo crianças, jovens, pessoas com deficiência, pessoas vivendo com HIV, idosos, indígenas, refugiados, deslocados internos e migrantes.
O UNAIDS incentivou os países a alcançar grupos particularmente afetados pelo HIV, incluindo profissionais do sexo, gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, pessoas que injetam drogas, prisioneiros e pessoas em situações de conflito, a fim de garantir que mesmo os mais marginalizados sejam alcançados pelos serviços de saúde.
A declaração política sobre saúde universal reconhece que a ação atual é inadequada, tendo em vista que pelo menos metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde. Atualmente, mais de 800 milhões de pessoas no mundo precisam gastar pelo menos 10% de sua renda familiar em cuidados com a saúde, e cerca de 100 milhões de pessoas são conduzidas à pobreza, a cada ano, por despesas relacionadas à saúde.
O UNAIDS disse celebrar o compromisso assumido pelos Estados-membros, na declaração política, de parar o crescimento e reverter a tendência de gastos individuais excessivos com saúde, e enalteceu o empenho feito para cobrir, progressivamente, mais 1 bilhão de pessoas com serviços de saúde de qualidade até 2023, cobrindo todas as pessoas até 2030.
A organização também apoia o compromisso dos Estados-membros de garantir investimentos públicos domésticos suficientes em saúde, expandir serviços de saúde essenciais de qualidade, fortalecer sistemas de saúde e fornecer recursos adequados, previsíveis, informados por evidências e sustentáveis para apoiar esforços nacionais para alcançar a saúde universal. O UNAIDS disse que continuará defendendo um aumento do financiamento para a saúde e a inclusão de serviços essenciais de prevenção e tratamento do HIV nos pacotes de prestação de serviços de saúde.
Além do empenho em alcançar a cobertura de saúde universal, os Estados-membros também reafirmaram os sólidos compromissos assumidos na Declaração Política sobre o fim da AIDS, adotada em 2016. Na declaração, os países reconheceram que os progressos na proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas vivendo com HIV, em risco ou afetadas pelo vírus, estão longe do satisfatório e prometeram revisar e reformar a legislação, que pode criar barreiras ou reforçar o estigma e a discriminação.
“As barreiras legais devem ser removidas para garantir que o direito à saúde seja respeitado”, disse Carlsson. “A resposta à AIDS tem sido embasada no compromisso com os direitos humanos, a igualdade de gênero e a não discriminação, e as necessidades das populações-chave devem ser atendidas.”
O progresso na resposta à AIDS e a conquista da saúde universal são interconectados e se reforçam mutuamente. Ambos contribuirão para alcançar as metas relacionadas à saúde dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo o fim da epidemia de AIDS até 2030.
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Posted: 26 Sep 2019 05:58 AM PDT
O tema do Dia Internacional do Acesso Universal à Informação deste ano é “não deixar ninguém para trás”, missão na qual a tecnologia digital é recurso inestimável, segundo a UNESCO. Foto: ITU/V. Martin
O acesso universal à informação é um direito humano fundamental que desempenha papel central no empoderamento dos cidadãos, facilitando o debate justo e dando oportunidades iguais a todos. A avaliação é da diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, em mensagem para o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação, lembrado em 28 de setembro.
Para a UNESCO, o acesso universal à informação é uma força motriz para uma governança transparente, responsável e eficaz e abre o caminho para a liberdade de expressão, diversidade cultural e linguística e participação na vida pública. “Por esse motivo, o acesso universal à informação é um pilar da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, salientou.
Audrey Azoulay lembrou que o papel da UNESCO é liderar a construção de sociedades do conhecimento inclusivas por meio da promoção da liberdade de expressão, desenvolvimento da mídia e acesso universal à informação. A Organização também é responsável por monitorar esse tema, em consonância com as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16, que exige “assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais”.
O tema da celebração deste ano é “não deixar ninguém para trás”, uma missão na qual a tecnologia digital é um recurso inestimável, disse a diretora-geral da UNESCO.
“No entanto, a transformação digital sem precedentes em nossa era também está levando a novas formas de desigualdade. Para combater isso, a inovação digital deve acompanhar a obrigação dos Estados-membros de adotar e melhorar a legislação para o acesso do público à informação. Por meio da implementação de leis, do investimento em infraestrutura relevante e do envolvimento da sociedade civil e dos jovens em particular, o acesso à informação pode proteger os direitos humanos e impulsionar o desenvolvimento sustentável.”
Este ano, a UNESCO comemora a data organizando uma série de “Conversas Abertas”. O evento principal, a ser realizado em Lima, no Peru, fornecerá uma plataforma para trocas entre jornalistas, público e especialistas em transparência e regulamentação da informação. Também estão previstos outros eventos nacionais e regionais em todo o mundo, tendo como objetivo aumentar a conscientização e discutir melhores práticas.
“Em tempos de crescente desinformação e discurso de ódio, o direito de acessar informações de interesse público mantidas por governos e atores privados é mais importante do que nunca. Neste dia, portanto, vamos promover esse direito que é essencial para o nosso progresso no desenvolvimento sustentável.”
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Posted: 26 Sep 2019 05:47 AM PDT
O Dia Mundial Contra a Raiva é lembrado anualmente em 28 de setembro. Foto: PANAFTOSA
Os países da América Latina e do Caribe estão mais perto do que nunca de alcançar a eliminação das mortes humanas causadas pela raiva canina, com apenas cinco casos registrados nos últimos 12 meses na região. O anúncio foi feito pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), às vésperas do Dia Mundial contra a Raiva, lembrado todo dia 28 de setembro.
Segundo a OPAS, o Haiti e a República Dominicana são, hoje, os únicos países do continente onde a raiva canina tem provocado morte de pessoas. O organismo internacional estabeleceu a meta de eliminar os óbitos humanos por essa causa até 2022.
Desde 1983, quando foram iniciadas as ações regionais contra a raiva coordenadas pela OPAS, os países da região das Américas reduziram em mais de 95% os casos novos dessa doença em humanos e em 98% em cães.
Assim, os casos em pessoas caíram de 258 para 13 no ano passado e os de cachorros diminuíram de 11.276 para 163 no mesmo período. Esse avanço foi resultado de campanhas de vacinação canina em nível regional, da conscientização da sociedade e da ampliação da disponibilidade do tratamento antirrábico que a pessoa afetada deve tomar após uma mordida.
“As conquistas na região são inegáveis, pois conseguimos reduzir drasticamente as mortes humanas causadas pela doença nas últimas décadas”, disse Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
A raiva é de extrema importância para a saúde pública, devido à sua letalidade: não há cura. No mundo, 60 mil pessoas morrem a cada ano por essa doença, principalmente na Ásia e na África. No entanto, é uma enfermidade que pode ser eliminada em seu ciclo urbano – onde é transmitida por cães e gatos – e por meio de medidas eficazes de prevenção, como a vacinação de animais, a disponibilidade de soro humano e vacina pós-exposição, ações de bloqueio de surtos, entre outras.
A única forma de interromper a transmissão da raiva é vacinar pelo menos 80% da população canina em áreas endêmicas. Na região das Américas, aproximadamente 100 milhões de cães são vacinados por ano. “Se queremos atingir a meta regional de eliminação da raiva até 2022, precisamos fortalecer os programas de raiva dos países para melhorar sua vigilância, bem como a cobertura vacinal de cães nas áreas de maior risco”, destacou Ottorino Cosivi, diretor do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA) da OPAS/OMS.
Além disso, para eliminar a raiva humana de origem canina, a OPAS/OMS recomenda garantir acesso oportuno à profilaxia pré e pós-exposição a 100% da população exposta ao vírus, além de manter alta vigilância epidemiológica, aumentar a conscientização da comunidade, e promover ações para impedir a reintrodução nos países onde foi controlada.
Dia Mundial Contra a Raiva
O Dia Mundial Contra a Raiva é lembrado anualmente em 28 de setembro. A data é uma iniciativa da Aliança Mundial para o Controle da Raiva (GARC) e visa aumentar a conscientização sobre a prevenção dessa doença, bem como destacar os progressos realizados. O dia 28 de setembro marca também a data do aniversário da morte de Louis Pasteur, químico e microbiologista francês que criou a primeira vacina antirrábica.
O lema deste ano, “Raiva: vacinar para eliminar”, destaca a importância do compromisso global para acabar com a transmissão da raiva entre cães e humanos.
As vacinas são a principal arma para combater essa enfermidade. Vacinar o maior número possível de cães em uma região cria imunidade coletiva, retardando a progressão das infecções por raiva entre os cães e reduzindo a possibilidade de pessoas serem vítimas dessa doença.
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Posted: 26 Sep 2019 05:27 AM PDT
A cidade de Belo Horizonte, no Brasil. Foto: ONU-Habitat
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) e o Movimento Nossa BH lançam na segunda-feira (30) em Belo Horizonte (MG) relatório sobre a situação da segurança das mulheres no ambiente urbano, elaborado a partir de auditoria sobre o tema.
O relatório sistematiza auditoria de segurança das mulheres realizada em abril na capital mineira, durante o evento “Cidades & Corpos: Mobilidade Sensível a Gênero, Raça e Clima”, organizado por ONU-HABITAT, Movimento Nossa BH, Fórum das Juventudes da Grande BH, BH em Ciclo e Coalizão Clima e Mobilidade Ativa.
A Auditoria de Segurança das Mulheres foi criada no Canadá em 1989 e adaptada pelo ONU-HABITAT como parte do Programa Cidades Mais Seguras. A ferramenta possibilita avaliação crítica do ambiente urbano, dando legitimidade às preocupações das mulheres, aumentando a conscientização da violência contra grupos vulneráveis e possibilitando que tomadores de decisão entendam as maneiras diferentes que homens e mulheres experienciam o ambiente urbano.
Com base nos resultados, recomendações podem ser feitas para aumentar a sensação de segurança das mulheres nesses espaços.
Com foco na perspectiva das mulheres, é esperado que a ferramenta identifique como fatores ambientais e urbanos causam insegurança para populações vulneráveis. Dessa forma, além de encorajar mudanças no ambiente físico, a auditoria busca empoderar mulheres a ocuparem o espaço público e participarem das tomadas de decisão.
Também na segunda-feira será lançado relatório-síntese do evento realizado em abril, contendo reflexões sobre gênero, raça, clima e mobilidade nas cidades. Esses temas e categorias se sobrepõem a todo momento nas grandes cidades brasileiras, afetando principalmente as populações mais vulneráveis.
O lançamento dos relatórios ocorrerá durante o “Seminário Pela Vida das Mulheres”, iniciativa da Comissão de Mulheres da Câmara Municipal de Belo Horizonte que debate mobilidade e gênero, economia das mulheres e violência contra a mulher. O evento ocorrerá das 10h às 18h na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
• Relatório “Auditoria de Segurança das Mulheres em Belo Horizonte”: http://bit.ly/relatorio-auditoria• Relatório “Cidades & Corpos: Mobilidade Sensível a Gênero, Raça e Clima”: http://bit.ly/relatorio-cidadesecorpos
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Posted: 26 Sep 2019 04:36 AM PDT
A 2ª edição do Circuito Urbano terá como tema geral “Cidades Inovadoras e Inclusivas” e como pergunta inspiradora “Como a inovação pode aprimorar serviços e políticas urbanas de maneira inclusiva e sustentável?”. Foto: ONU-Habitat/Lucille Kanzawa
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) divulgou na quarta-feira (25) a lista de mais de 160 eventos selecionados para participar do Circuito Urbano 2019, disponível no site www.circuitourbano.org. Os encontros ocorrerão em outubro em todo o Brasil, organizados por instituições do setor público, academia, organizações da sociedade civil, setor privado, entre outros.
O Circuito Urbano deste ano tem como tema “Cidades Inovadoras e Inclusivas”, e todos os eventos selecionados buscam responder à pergunta “Como a inovação pode aprimorar serviços e políticas urbanas de maneira inclusiva e sustentável?”.
Dos cerca de 200 eventos inscritos, aproximadamente 160 foram selecionados e ocorrerão em 23 estados (incluindo o Distrito Federal), em mais de 60 cidades.
As regiões do Brasil com mais eventos são o Sudeste e o Nordeste; os estados com mais eventos são o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia. As cinco cidades em que mais ocorrerão eventos são o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Niterói e Maceió.
Todos os encontros serão gratuitos e abertos para a participação do público em geral (com ou sem inscrição). Os interessados em participar podem consultar os detalhes site do Circuito Urbano 2019. As páginas do ONU-HABITAT no Brasil no Facebook (@onuhabitatbr) e no Instagram (@onuhabitatbrasil) também realizarão posts de divulgação antes, no dia e depois dos eventos.
As iniciativas abordarão como os diversos tipos de inovação (políticas públicas, governança, social, tecnológica e econômica/financeira) podem contribuir para o aprimoramento de serviços e políticas urbanas (água, esgoto e drenagem, resíduos, energia, mobilidade e transportes, moradia adequada, espaços públicos, segurança urbana, cultura, inclusão digital e TICs, trabalho e emprego decentes, educação, saúde e bem-estar, meio ambiente, alimentação urbana e produção e consumo sustentáveis).
As inovações devem contribuir para o alcance dos ODS e a implementação da Nova Agenda Urbana, de modo a garantir a igualdade, a inclusão, a resiliência, a sustentabilidade e o acesso aos serviços urbanos para todos e todas. Foram especialmente incentivados eventos que promovessem a igualdade racial e de gênero, respeito à diversidade em seus espaços de debate e que promovam metodologias participativas.
ONU-HABITAT e Circuito Urbano
O ONU-HABITAT é a agência das Nações Unidas responsável por promover o desenvolvimento urbano sustentável e realiza, todos os anos, o Outubro Urbano. O mês, que se inicia com o Dia Mundial do Habitat (na primeira segunda-feira de outubro) e se encerra com o Dia Mundial das Cidades (31), conta com dois temas selecionados para refletir sobre questões urbanas e compartilhar conhecimentos e experiências para promover um futuro urbano melhor.
Além disso, é uma plataforma para debate e divulgação da Nova Agenda Urbana e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 11 (Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis).
Para dar visibilidade aos temas do Outubro Urbano, o escritório do ONU-HABITAT no Brasil criou, em 2018, o Circuito Urbano – uma iniciativa para apoiar institucionalmente eventos, organizados por diversos atores, que ocorram durante o mês de outubro.
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