Boletim diário da ONU Brasil: “Plataforma empresarial sobre igualdade de gênero ganha versão em português” e 8 outros.
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Posted: 12 Nov 2018 11:49 AM PST
Plataforma foi lançada em durante o seminário ‘Gênero e Inclusão nas Empresas’, na sede do Insper, em São Paulo. Foto: Governo da Suécia
A Rede Brasil do Pacto Global lançou nesta segunda-feira (12), em São Paulo, a versão em português de uma plataforma da ONU sobre igualdade de gênero nas empresas. Utilizada por mais de 800 companhias em 90 países, a ferramenta gratuita permite medir disparidades entre homens e mulheres no mundo corporativo. A iniciativa chega ao Brasil com o apoio dos governos da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia.
O sistema online convida gestores a responder 18 questões de múltipla escolha, que abordam temas como liderança, ambiente de trabalho, mercado e comunidade. Tópicos incluem o compromisso com uma estratégia de igualdade, pagamento igualitário, recrutamento, apoio aos pais e cuidadores, saúde da mulher, entre outros. Cada pergunta é elaborada de acordo com o modelo de gestão e atende a empresas de todos os tamanhos.
A partir das respostas, a plataforma ajuda as instituições do setor privado a avaliar suas políticas internas sobre gênero e empoderamento feminino. O portal identifica oportunidades e áreas que precisam ser melhoradas.
A Ferramenta de Análise de Diferenças de Gênero e Princípios de Empoderamento das Mulheres é fruto de uma parceria do Pacto Global com a ONU Mulheres e o braço empresarial do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID Invest).
A versão em português do sistema foi apresentada no seminário “Gênero e Inclusão nas Empresas”, na sede do Insper, na capital paulista. A plataforma é implementada pelo braço brasileiro do Pacto em conjunto com o projeto Diálogos Nórdicos, uma iniciativa da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia para discutir desafios do Brasil nas áreas de igualdade de gênero, sustentabilidade e transparência.
Acesse a plataforma clicando aqui.
Dados do Fórum Econômico Mundial sobre competitividade global indicam que a igualdade de gênero é um dos fatores — ao lado da etnia, orientação sexual ou religião — que beneficiam o crescimento econômico de sociedades inclusivas e diversificadas.
Um estudo do Banco Mundial — Mulheres, Empresa e o Direito 2018 — afirma ainda que se houvesse igualdade salarial entre homens e mulheres, o Produto Interno Bruto (PIB) global seria 26% maior.
Já no PIB do Brasil, haveria um aumento de 3,3%, ou seja, o equivalente a 382 bilhões de reais. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres são mais da metade (106 milhões) dos 207 milhões de brasileiros. Elas correspondem a 43% da força de trabalho.
O levantamento do Banco Mundial indica também que, no Brasil, faltam medidas para assegurar a igualdade de gênero — como a licença parental e a remuneração igualitária entre homens e mulheres.
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Posted: 12 Nov 2018 11:34 AM PST
Clique para exibir o slide.Cerca de 100 venezuelanos solicitantes de refúgio que vivem em Manaus (AM) receberam na segunda-feira (5) os certificados de conclusão dos cursos de qualificação profissional oferecidos pelo projeto Oportunizar, iniciativa lançada em agosto, fruto de uma parceria entre a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Centro de Ensino Técnico (CENTEC).
A cerimônia de formatura aconteceu no Palacete Provincial, no centro da cidade. O objetivo do projeto é aumentar as chances de acesso dos venezuelanos solicitantes de refúgio a empregos e renda, por meio da oferta de cursos de qualificação e oficinas voltadas para desenvolvimento profissional.
Agora, o Oportunizar entra em uma nova etapa, com a busca de parcerias junto ao empresariado de Manaus para formar uma rede de empregabilidade que absorva os novos profissionais nas funções de manicure, pedicure e designer de sobrancelhas; instalação e manutenção de refrigeração doméstica; auxiliar administrativo e auxiliar de cozinha e confeitaria.
A expectativa dos organizadores do Oportunizar é de que todos os formandos tenham a oportunidade de um novo recomeço em Manaus.
“Concluímos uma etapa e já iniciamos outra. Agora, atuamos no cadastro de empresas que possam absorver, o mais breve possível, o maior número desses formandos. Estamos muito esperançosos e felizes em ajudar o recomeço das vidas dessas pessoas. Vamos acompanhá-las até que estejam empregadas”, disse a diretora do CENTEC, Eliana Pinheiro.
A coordenadora pedagógica do projeto Oportunizar, Nathália Flores, acrescentou que o projeto, além da parte educativa, tem uma vertente social, área que o CENTEC quer e vai fortalecer daqui para frente. Nathália frisou que, neste momento, os esforços serão concentrados na rede de empregabilidade dos recém-formados e dos futuros participantes.
“Hoje, esses venezuelanos passam a procurar emprego com um certificado nas mãos e isso muda muita coisa. A vida deles é daqui para frente”, disse a coordenadora.
Josimar Nascimento, assistente de soluções duradouras da unidade do ACNUR em Manaus, também falou da importância dessa parceria e disse que a ideia é de, cada vez mais, preparar, qualificar e integrar os venezuelanos solicitantes de refúgio no Amazonas.
“O Oportunizar veio para colaborar tanto na capacitação dos venezuelanos quanto na mediação junto às empresas para sua inserção no mercado de trabalho. Vamos trabalhar para que todos consigam encontrar alguma oportunidade.”
Já para quem recebeu o certificado, o momento é de agradecer e buscar uma nova fonte de renda e de inclusão social. Gilberto Blanco, de 24 anos, que fez o curso de auxiliar administrativo, afirmou que a formação lhe permitirá buscar uma colocação melhor na empresa onde já atua como vendedor.
“Foi um aprendizado diferente, cada dia algo novo, que só acrescentou na nossa formação profissional. Além do conhecimento, tivemos a acolhida, a ajuda de irmãos. Eu, particularmente, tirei o melhor aproveitamento do curso. Tenho certeza que esse certificado do CENTEC abrirá muitas portas para mim e para os outros venezuelanos que tiveram a oportunidade de participar desse projeto. Agora é buscar, cada vez mais, melhores condições de vida”, afirmou.
Gerbinson Lugo, que fez curso na área de instalação e manutenção de refrigeração doméstica, disse que espera ampliar suas chances para uma colocação formal no mercado de trabalho. “Eu já estou atuando como prestador de serviços, mas espero conseguir entrar em alguma empresa, ter uma salário fixo e poder galgar novas oportunidades”, comentou ele, que já conseguiu trazer para o Brasil e esposa e o filho pequeno.
A presença da população venezuelana no Manaus tem aumentado nos últimos anos, como reflexo do fluxo de venezuelanos que deixam seu país devido aos desafios políticos, socioeconômicos e de direitos humanos. Mais de 8,8 mil solicitações de refúgio foram feitas por venezuelanos na cidade desde 2017 até agosto deste ano.
Em Manaus, abrigos administrados por organizações da sociedade civil têm acolhido famílias venezuelanas no âmbito da estratégia de interiorização conduzida pelo governo federal. Os abrigos são apoiados por ACNUR e parceiros locais. Cerca de 600 pessoas estão acolhidas em abrigos da cidade, sendo que pelo menos 180 chegaram à cidade por meio da estratégia de interiorização.
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Posted: 12 Nov 2018 08:50 AM PST
Adolescentes participam de oficina de informática na Fundação Casa, em São Paulo. Foto: Fundação Casa
Pesquisa sobre o sistema socioeducativo do país realizada em cooperação com agências das Nações Unidas concluiu em sua fase preliminar divulgada na semana passada (8) que a semiliberdade é subutilizada no Brasil, especialmente nas unidades femininas para adolescentes que cometeram atos infracionais.
O estudo foi realizado por cooperação entre Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos.
Segundo a pesquisa, frequentemente a semiliberdade é utilizada apenas como progressão da medida de internação, e não como uma das medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O estudo buscou identificar boas práticas, conteúdos e instrumentos técnicos e metodológicos, com o objetivo de fortalecer a gestão pública.
De acordo com o ECA, na semiliberdade, o adolescente tem restrição de sua liberdade, mas com a possibilidade de realizar atividades externas, sendo obrigatórias a escolarização e a profissionalização. O jovem poderá permanecer com a família aos finais de semana, desde que autorizado pela coordenação da Unidade de Semiliberdade.
Os resultados preliminares foram consolidados a partir de visitas em nove unidades de semiliberdade das cinco regiões do país, nos estados do Amapá, Ceará, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Distrito Federal.
Os apontamentos foram apresentados na quinta-feira (8) para mais de 20 gestores, durante reunião do Fórum Nacional de Dirigentes Governamentais de Entidades Executoras de Políticas de Promoção e Defesa da Criança e do Adolescente (FONACRIAD).
Para Guilherme Nico, coordenador-geral do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), mesmo no nível preliminar, os objetivos da pesquisa já foram alcançados, pois o debate com os gestores mostrou que há um esvaziamento da medida de semiliberdade.
“Muitas vezes há um desconhecimento do que é a medida de semiliberdade. Alguns juízes podem desacreditar a medida e não encaminhar o adolescente. Alguns dizem que as unidades de semiliberdade deveriam ser fechadas. Então, a pesquisa é fundamental para iniciar um diálogo mais próximo com as autoridades”, afirma.
A gestora da Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco, Nadja Alencar, aponta que a semiliberdade é diferente em cada estado do Brasil. “Por isso, conhecer outras realidades é fundamental para que a medida seja aprofundada, disseminada e aperfeiçoada”, diz.
Para além da concepção de semiliberdade, outros aspectos relacionados a articulação territorial, estrutura e modelo de gestão, metodologia de atendimento socioeducativo, autonomia e convivência foram observados.
Segundo a oficial de programa para gênero e raça do UNFPA no Brasil, Rachel Quintiliano, o estudo ainda é embrionário, mas tem potencial de crescimento e aprofundamento, porque traz como premissa uma percepção sobre os fatores estruturantes das desigualdades.
“O sistema socioeducativo merece um olhar, qualificado e atento em direitos humanos para que os e as adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa possam ser assistidos adequadamente de modo que nenhum jovem seja deixado para trás”, explica a oficial.
O gerenciamento de crises, riscos e conflitos no Sistema Socioeducativo também foi contemplado. Uma análise inicial identificou que dos 16 estados brasileiros analisados, 13 têm ações voltadas para a promoção de um ambiente institucional que minimize tensões.
Segundo o estudo, técnicas de mediação de conflitos como justiça restaurativa, comunicação não violenta e ciclos restaurativos com foco na responsabilização e individualização da medida socioeducativa são alguns exemplos de ações implementadas.
Os resultados finais estão previstos para o início ano de 2019. Considerando a abrangência nacional, espera-se a construção de propostas e recomendações para aprimorar o atendimento sistema para atendimento na medida de semiliberdade.
Utilizada para atos infracionais de menor gravidade, a semiliberdade também deve considerar perspectivas de gênero, raça, etnia, orientação sexual e identidade de gênero.
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Posted: 12 Nov 2018 08:26 AM PST
No fim de 2013, grupos armados mataram civis, saquearam casas e queimaram vilarejos em diferentes partes da República Centro-Africana. O contexto nacional ainda é tenso. Foto: ACNUR/Boris Heger
Em Niterói, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) inaugura na próxima quinta-feira (15), no Espaço Cultural Correios, a mostra fotográfica “Faces do Refúgio”. Composta por 52 imagens, a exposição aborda as principais crises de migração forçada da atualidade, em países como Síria, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Mianmar.
As fotografias trazem histórias de crianças, homens e mulheres que enfrentaram graves violações de direitos humanos e buscam uma oportunidade de reconstruir suas vidas. A curadoria da exposição é fruto de uma parceria entre o organismo das Nações Unidas e o Atelier Vanessa Poitena.
“Os refugiados são como eu e você. A grande diferença é que essas pessoas se veem, do dia para a noite, obrigadas a deixar tudo para trás por uma questão de sobrevivência. O refúgio não é uma escolha. Pessoas deixam tudo para trás para salvar suas vidas”, afirma Natasha Alexander, chefe da unidade de parcerias com o setor privado do ACNUR.
“A exposição é uma ferramenta de conscientização para que as pessoas conheçam um pouco mais sobre essa realidade”, completa.
Dados da agência da ONU indicam que mais de 68 milhões de pessoas no mundo vivem fora dos seus locais de origem devido a guerras, conflitos e perseguições. Lançado em junho, o relatório “Tendências Globais” reúne as informações mais recentes do organismo sobre deslocamento forçado.
De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil havia reconhecido, até o final de 2017, um total de 10.145 refugiados de diversas nacionalidades. Desse contingente, 5.134 continuam no país na condição de refugiado, sendo que 52% moram em São Paulo, 17% no Rio de Janeiro e 8% no Paraná. Os sírios representam 35% da população refugiada com registro ativo no Brasil. Os demais, que não mantiveram o status de refugiado, podem ter retornado voluntariamente ao seu país de origem ou ter se naturalizado brasileiros.
Com entrada gratuita, a exposição fica em cartaz no Espaço Cultural Correios Niterói até 21 de janeiro de 2019.
ServiçoExposição “Faces do Refúgio”Data: de 15 de novembro de 2018 a 21 de janeiro de 2019 no Espaço Cultural Correios Niterói, Av. Visconde do Rio Branco, 481 – Centro, Niterói – RJ Horário de funcionamento: De segunda a sábado (das 11h às 18h) – exceto feriados Classificação indicativa: Livre. Entrada franca.
Contatos de imprensa:Thereza Jatoba, jatoba@unhcr.org, (11) 94018-0719
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Posted: 12 Nov 2018 07:20 AM PST
Festa de Carnaval em Ljubljana, na Eslovênia. Foto: Flickr (CC)/MarySloA
A UNESCO e a Embaixada da Eslovênia inauguram na terça-feira (13), em Brasília, uma exposição sobre o patrimônio cultural e imaterial do país europeu. A mostra é a primeira do tipo no Brasil. Iniciativa apresenta imagens de festas, como o Carnaval esloveno, e jogos tradicionais, além de abordar culinária e artesanato típicos. Cerimônia de abertura acontece às 19h, no segundo andar da Biblioteca Nacional.
Dois dos 24 painéis da exposição trazem itens que fazem parte da Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
A mostra tem a parceria da Delegação da União Europeia no Brasil e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Brasil (IPHAN). Com entrada franca, a iniciativa fica em cartaz na capital federal até 26 de novembro. Depois, segue para o Rio de janeiro, São Paulo e Recife.
Em 2008, a Eslovênia ratificou a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO (2005). O Museu Etnográfico Esloveno, desde 2011, atua como coordenador para a preservação dessas heranças e práticas culturais. O registro de bens imateriais é mantido pelo Ministério da Cultura. Ao final de 2017, o catálogo continha 61 itens. Dois deles foram inscritos na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
Informações para a imprensa:Embaixada da EslovêniaTanja Maslać, tanja.maslac@gov.si, (61)3365-1445
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Posted: 12 Nov 2018 07:16 AM PST
Foto: Natalie Kyriacou
Em setembro de 2018, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou a Estratégia da Juventude da ONU, que visa envolver 1,8 bilhão de jovens na condução de esforços globais para promover um mundo pacífico, justo e sustentável.
A juventude de hoje é a formadora de opinião e a tomadora de decisão do futuro. A saúde futura do planeta está com ela. É por isso que é tão importante envolvê-la em questões ambientais no início de suas vidas.
A inovadora em educação Natalie Kyriacou, da Austrália, está fazendo exatamente isso. Ela desenvolveu o Kids’ Corner, uma sala de aula digital que inspira crianças e educadores a participar da vida selvagem, da conservação ambiental e das ciências por meio de uma série de tecnologias de aprendizado, jogos e programas adotados no currículo.
O Kids’ Corner oferece programas ambientais baseados em workshops, vídeos de animação, folhetos informativos, infográficos, material de leitura, anotações dos professores, jogos e atividades em casa.
Ele oferece às crianças uma maneira divertida e criativa de aprender sobre a vida selvagem e o meio ambiente, além de detalhar questões complexas por meio de conceitos fáceis, divertidos, positivos e acionáveis que podem ser usados em qualquer ambiente. O Kids’ Corner é dedicado à aprendizagem inclusiva e atualmente está disponível online com mais recursos sendo distribuídos em bibliotecas, escolas e hospitais nos próximos 12 meses.
“Nossos programas atingiram mais de 50 mil jovens em Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e China”, diz Kyriacou. “Nosso objetivo é impactar 1 milhão de jovens em todo o mundo até 2021 através do Kids’ Corner, que acreditamos que levará a uma mudança comportamental positiva e mensurável em relação ao meio ambiente”.
Kyriacou também desenvolveu um aplicativo de jogos para dispositivos móveis chamado World of the Wild, que incentiva os jovens a construir seu próprio mundo e participar de cenários virtuais de conservação.
Natalie Kyriacou, fundadora da Meu Mundo Verde. Foto: Natalie Kyriacou
“É fundamental que trabalhemos com a vida selvagem e os recursos de educação ambiental para preparar a juventude de hoje com o conhecimento para enfrentar os desafios que irão definir sua geração”, diz ela.
“Eu lancei minha organização, Meu Mundo Verde, e embarquei nesta jornada porque senti que, como cidadã global, era minha responsabilidade (e meu privilégio) desempenhar um papel ativo em moldar positivamente o futuro do planeta. Para mim, a educação é a ferramenta mais capacitadora e eficaz para enfrentar os maiores desafios do mundo”, diz ela.
A Wastebuster, com sede no Reino Unido, é outra inovadora em educação ambiental. Desde o início de 2018, firmou parceria com a ONU Meio Ambiente para promover mensagens ambientais. A Wastebuster está promovendo a campanha Mares Limpos da ONU.
“Na Wastebuster, pretendemos capturar a imaginação das crianças e dar vida à educação usando o poder do entretenimento para a mudança social, com personagens convincentes, o poder da história e recursos de ensino em vídeo”, diz a diretora da Wastebuster, Katy Newnham.
“Queremos que os jovens tirem seu aprendizado da sala de aula e o coloquem em sua casa, comunidade e no mundo em geral.”
“Em cerca de 12 anos desde quando começamos, nossa visão foi ativar uma parceria global de educação para o desenvolvimento sustentável para reunir partes interessadas entre diferentes setores para compartilhar conhecimento, tecnologia e recursos para melhorar a coordenação da educação para o desenvolvimento sustentável, globalmente. A parceria irá lançar a campanha em 76 países, representando uma rede combinada de mais de 250 mil escolas e 56 milhões de jovens em todo o mundo.”
“Nossas metas estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e estamos trabalhando com os jovens para que suas vozes sejam ouvidas. Nunca foi tão importante fornecer aos jovens as ferramentas e a mentalidade para trabalhar juntos em prol de um futuro mais sustentável. Juntos, podemos fazer isso e continuamos a chamar nossos parceiros existentes e novos em todo o mundo para nos ajudar a garantir que isso aconteça”, diz Newnham.
“Neste momento, estamos vivendo além da linha de resíduos do planeta”, diz Sam Barratt, especialista em educação ambiental da ONU Meio Ambiente.
“Precisamos reposicionar a maneira como vivemos e trabalhamos com jovens em todo o mundo. Grupos como Wastebuster e Meu Mundo Verde são ótimos exemplos do que é possível. Precisamos rapidamente ampliar isso e trabalhar com jovens em todos os níveis do sistema educacional, se quisermos reformular o mundo que temos, para o que queremos.”
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Posted: 12 Nov 2018 06:41 AM PST
Distribuição de preservativos em São Paulo. Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa
O Fundo de População das Nações Unidas ( UNFPA) defendeu neste mês (7) o fim do estigma sobre a sexualidade na adolescência. Em seminário em Salvador, na Bahia, a agência da ONU explicou que o diálogo aberto sobre o tema leva informação e saúde para os jovens, pois permite decisões responsáveis sobre ter filhos ou não e sobre como se prevenir de infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV.
O avanço da epidemia de AIDS no Brasil afeta principalmente os adolescentes. Entre 2004 e 2015, aumentaram em 53% os novos casos da doença entre meninos e meninas de 15 a 19 anos. De 2007 a 2017, o estado da Bahia notificou 7.872 episódios de infecção por HIV, o maior número do Nordeste, de acordo com o Ministério da Saúde.
Presente no evento em Salvador, Raila Alves, assistente de programa do UNFPA no Brasil, afirmou que os profissionais médicos de base são fundamentais para promover a saúde sexual e reprodutiva dos jovens.
“Para isso, a quebra de estigmas e estereótipos em relação ao exercício das sexualidades é um passo importante para efetivação de direitos desses sujeitos, assim como a compreensão das diversidades de orientação sexual e identificação de gênero dessa população-chave”, disse a especialista.
Os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes estão previstos não apenas em ordenamentos legais nacionais, mas também em marcos internacionais, como o Consenso de Montevidéu, de 2013, e a Conferência Internacional de População e Desenvolvimento, de 1994, no Cairo.
O seminário Sexualidade e Adolescência: Desafios e Possibilidades na Contemporaneidade foi realizado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. O encontro teve a participação de representantes das secretarias municipais de 20 cidades baianas, além de profissionais do UNFPA e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e membros da sociedade civil.
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Posted: 12 Nov 2018 06:37 AM PST
Clique para exibir o slide.Cerca de 50 mulheres em situação de refúgio reuniram-se na sexta-feira (9) na Estação Hack, centro de inovação do Facebook, em São Paulo, para o último workshop da edição 2018 do Empoderando Refugiadas, projeto de Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Rede Brasil do Pacto Global e ONU Mulheres. A iniciativa promove a inserção de refugiadas no mercado de trabalho brasileiro. O tema do encontro foi empreendedorismo e as ferramentas oferecidas pelas mídias sociais.
Como abordado em encontros anteriores, o empreendedorismo é uma opção viável para mulheres que buscam inserção no mercado de trabalho e, neste contexto, as redes sociais são ferramentas importantes.
Por meio de uma página no Facebook, Hazan, refugiada síria que participou de edições anteriores do projeto, conseguiu estabelecer-se profissionalmente no país. A empreendedora hoje tem um serviço de buffet especializado em comida árabe, cuja divulgação é feita em sua página no Facebook, Hazan Comida Árabe, que já soma mais de 9 mil seguidores.
“Quando conheci as redes sociais no Brasil, senti que iriam mudar minha vida. No começo, foi muito difícil por conta da língua, mas graças às redes sociais, meu negócio ficou muito conhecido”, declarou Hazan.
A grande vantagem do empreendedorismo, segundo especialistas, é a possibilidade de se firmar profissionalmente a partir de um hobby ou paixão, sem a necessidade de experiência profissional prévia.
“O primeiro passo para empreender é reconhecer seu diferencial, suas habilidades. É perguntar a si mesmo o que você faz melhor. Além disso, ficar atenta às necessidades do mercado. No seu próprio bairro, na comunidade, é possível reconhecer as oportunidades”, ressaltou Cláudia Mamede, representante da Rede Mulher Empreendedora, plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil.
Heloisa Harumi, também representante da Rede Mulher Empreendedora, reforçou que “empreender não tem uma receita própria, é preciso se adaptar à sua realidade, à realidade do seu lugar”. “Hoje, ferramentas como as redes sociais facilitam muito este processo de divulgação, de gestão de seu negócio”.
As mulheres do projeto puderam não só ouvir sobre o tema, mas também utilizar na prática as ferramentas digitais durante o workshop. Representantes do Facebook deram dicas e instruções sobre como divulgar seu negócio por Facebook e Instagram, duas redes sociais muito utilizadas no mundo do empreendedorismo.
Além das habilidades individuais, a cultura e origem de cada mulher também são indispensáveis na hora de começar um projeto, principalmente nas redes sociais. “As pessoas gostam de ouvir histórias e nas redes sociais é a mesma coisa. Por meio delas, você pode contar um pouco da sua origem, da sua cultura e, claro, do seu negócio”, afirmou Diogo Andrade, especialista da Algar Tech, que representou o Facebook no workshop.
Vanessa, venezuelana participante da atual edição do Empoderando Refugiadas, contou que já tem uma página no Facebook, onde faz a divulgação de seu empreendimento de sucos orgânicos. Segundo ela, “este projeto começou no Brasil”. “Comecei a vender por meio das redes sociais e pretendo expandir ainda mais o negócio”.
Empoderando Refugiadas
Nesta terceira edição, o Empoderando Refugiadas atende a cerca de 50 mulheres em situação de refúgio. Junto a organizações do setor privado, o projeto capacita e promove encontros de relacionamento com o objetivo de inserir as participantes no mercado de trabalho. O Empoderando Refugiadas tem como parceiro o Facebook e conta com o apoio das empresas ABN AMRO, Carrefour, Lojas Renner, Pfizer e Sodexo.
Além disso, existem as parcerias estratégicas com Consulado da Mulher, Fox Time, Grupo Mulheres do Brasil, Migraflix e Programa de Apoio para a Recolocação dos Refugiados (PARR).
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Posted: 12 Nov 2018 05:56 AM PST
O estádio Jesús Martínez ‘Palillo’, na Cidade do México, foi transformado em abrigo para migrantes e refugiados da caravana da América Central. Na foto, uma mulher segura um cartaz com a pergunta “Você tem medo de voltar para o seu país?”. Foto: UNIC México/Antonio Nieto
Em resposta à decisão do presidente norte-americano Donald Trump de negar asilo político a migrantes entrando ilegalmente nos Estados Unidos, a Agência da ONU para Refugiados ( ACNUR) afirmou na sexta-feira (9) que o país tem obrigação de dar proteção e assistência a solicitantes de refúgio. O chefe de Estado anunciou o novo decreto na sexta-feira (9) em meio ao deslocamento da caravana de migrantes e refugiados que atravessam a América Central e o México rumo aos EUA.
A medida de Washington proíbe estrangeiros de requerer asilo fora de postos de entrada oficiais no território norte-americano. Na avaliação do ACNUR, o cenário imaginado pelo decreto é incompatível com os desafios concretos enfrentados pela caravana. O organismo ressaltou que, entre os grupos de migrantes, muitos indivíduos fogem de situações de violência ou de perseguições que ameaçam suas vidas.
“Em um mundo ideal e previsível, os solicitantes de refúgio deveriam se apresentar na fronteira e solicitar proteção. No entanto, a realidade do deslocamento é complexa e requer uma gestão estruturada, com arranjos de recepção dignos. A insuficiente capacidade de recepção e o tempo de espera demasiadamente longo na fronteira sul dos Estados Unidos está resultando em atrasos significativos no norte do México”, disse o ACNUR.
“Consequentemente, a situação está forçando muitos solicitantes de refúgio vulneráveis a recorrer a contrabandistas e atravessar a fronteira ilegalmente. Muitas famílias estão fazendo essa escolha desesperada não para fugir das autoridades, mas para alcançar segurança e proteção”, enfatizou a agência.
A instituição da ONU afirmou esperar que “todos os países, incluindo os Estados Unidos, se certifiquem de que qualquer pessoa que precise de proteção e/ou assistência humanitária possa recebê-la prontamente e sem obstruções, em conformidade com o Protocolo de 1967 relativo ao Estatuto dos Refugiados, do qual os Estados Unidos são Estado-parte”.
Segundo o ACNUR, “a segurança nacional e a recepção digna de refugiados e de solicitantes de refúgio não se excluem, mas se reforçam mutuamente”. O organismo acrescentou que está sempre pronto para apoiar os Estados Unidos, governos e sociedade civil, a fim de garantir um lugar seguro para quem foge da violência e a análise dos seus pedidos de refúgio.
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