Boletim diário da ONU Brasil: “UNODC promove treinamento sobre simulações das Nações Unidas” e 15 outros.
ONU Brasil <noreply+feedproxy@google.com> Cancelar inscrição
|
|
qua, 26 de set 17:59 (Há 9 dias)
| |
|
|
| |
Posted: 26 Sep 2018 12:57 PM PDT
Participantes ouvem palestrantes durante evento para o Dia Internacional da Juventude na sede da ONU em Nova Iorque. Foto: ONU/Kim Haughton
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) abre nesta quarta-feira (26) as inscrições para as sessões de treinamento sobre Modelos das Nações Unidas (conhecidos como MUNs). Estudantes e professores dos níveis secundário e universitário de educação podem participar em uma das cinco sessões oferecidas, entre outubro e dezembro de 2018 – uma sessão em cada região brasileira. São oferecidas 25 vagas por sessão.
As inscrições para todas as sessões podem ser feitas por meio deste link. Em caso de alta demanda, os inscritos serão selecionados segundo critérios de representatividade e de paridade de gênero.
Os locais e datas de treinamento são:
Região Centro-Oeste – Brasília, 15 de outubro de 2018. Região Sudeste – São Paulo, 19 de outubro de 2018, em parceria com o SPMUN e PUC-SP. Região Nordeste – Natal, 27 de outubro de 2018, em parceria com SOI e UFRN. Região Norte – Manaus, 24 de novembro de 2018, em parceria com MUNdi e UFAM. Região Sul – Porto Alegre, 8 de dezembro de 2018, em parceria com UFRGSMUN e UFRGS.
Os prazos de inscrição para cada sessão são:
Brasília – 07/10/2018, às 23:59 São Paulo – 07/10/2018, às 23:59 Natal – 14/10/2018, às 23:59 Manaus – 04/11/2018, às 23:59 Porto Alegre – 19/11/2018, às 23:59
A atividade faz parte do programa Education For Justice (E4J), iniciativa da agência desenvolvida como parte do Programa Global do UNODC para implementar a Declaração de Doha.
O E4J visa à construção de uma cultura de legalidade entre crianças e jovens por meio da disponibilização de materiais educativos adequados a cada faixa etária, sobre temas relacionados à justiça criminal, à prevenção da criminalidade e ao Estado de Direito, integrando esses materiais nos currículos de todos os níveis de ensino.
Nos níveis de educação secundária e superior, os Modelos das Nações Unidas (MUN), destacam-se como iniciativas de sucesso para promover a educação sobre a ONU e seus mandatos. Isso é feito por meio do envolvimento ativo e da liderança dos alunos, bem como dos educadores que os supervisionam.
O objetivo principal do treinamento é aperfeiçoar a capacidade de Simulações das Nações Unidas em incluir áreas relacionadas ao mandato do UNODC em suas conferências, bem como incentivar o uso do Guia de Recursos do E4J para MUNs, guia online lançado em 2017 para auxiliar organizadores e estudantes participantes das conferências de Simulação das Nações Unidas que tratam sobre prevenção ao crime, justiça criminal e outros aspectos do Estado de Direito.
Entre os tópicos que serão abordados no treinamento, estão: o UNODC e seus mandatos sobre prevenção ao crime e Justiça Criminal; tópicos potenciais do UNODC para Conferências Modelo das Nações Unidas; como pesquisar os Tópicos da Área de Mandato do UNODC.
Outros temas incluem: como utilizar o Sistema de Documentos Oficiais das Nações Unidas; simulação dos comitês relevantes às áreas do mandato do UNODC; possíveis comitês relacionados ao UNODC; como os escritórios de campo do UNODC e MUNs podem trabalhar juntos.
O treinamento é gratuito, mas cabe aos participantes selecionados cobrir suas despesas individuais de deslocamento e eventual acomodação.
|
Posted: 26 Sep 2018 12:43 PM PDT
Equipe escoltada da Seção de Governança e Estabilização da UNAMID, a missão da ONU em Darfur, a caminho da região de Birka, para conduzir uma conferência de paz para agricultores e pastores, em 2 de fevereiro de 2018. Foto: UNAMID/Mohamad Almahady
“As expectativas de manutenção da paz ultrapassaram os seus recursos até agora”, disse nessa terça-feira (25) o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao abrir uma reunião de alto nível para assinalar o 70º aniversário das operações de manutenção da paz da ONU, na sede do organismo em Nova Iorque.
Guterres detalhou, durante o evento, a Iniciativa de Ação pela Manutenção da Paz (A4P), lançada em março deste ano, citando o número tragicamente alto de mortes por pacificadores observado durante seus primeiros meses no cargo, e as recomendações do relatório lançado logo em seguida, intitulado “Segurança dos Pacificadores das Nações Unidas”.
Os membros das forças de paz precisam lidar com conflitos complexos no terreno, processos de paz paralisados e um aumento do terrorismo transnacional, mas – segundo Guterres – um dos maiores desafios que enfrentam é a lacuna entre a expectativa e a realidade.
A A4P pretende resolver essa lacuna, reorientando a manutenção da paz e tendo em mente expectativas mais realistas; tornar as missões mais fortes e seguras; mobilizar mais apoio político; e fornecer melhores equipamentos e treinamento para os “capacetes-azuis”, como são conhecidos os pacificadores da ONU.
Uma das duas principais aspirações para as operações de paz da ONU é um impulso maior para soluções políticas, o que possibilita a conclusão bem-sucedida de missões e a proteção de civis. Sobre este ponto, Guterres disse que “nunca podemos esquecer as trágicas consequências de nossos fracassos”.
A iniciativa, disse Guterres, já está se tornando uma realidade, com análises conduzidas de forma independente determinando como a ONU pode cumprir melhor seus mandatos, inclusive por meio de missões mais pró-ativas e responsáveis; abordagens inovadoras de treinamento e equipamento; e medidas ativas para fortalecer o papel das mulheres na manutenção da paz.
Referindo-se a alegações de exploração e abuso sexuais, Guterres disse que estas estão sendo respondidas mais rapidamente, com mais apoio às vítimas; e que a ONU é agora mais eficaz na busca de justiça.
As realizações da manutenção da paz, disse Guterres, vão muito além de manter a paz: “Capacetes-azuis estão protegendo milhões de pessoas deslocadas e apoiando a entrega de ajuda humanitária que salva vidas. Sua presença envia uma poderosa mensagem de solidariedade internacional aos mais vulneráveis”.
Mas, disse o chefe da ONU, as parcerias com organizações regionais e sub-regionais são fundamentais para que a ONU alcance seus objetivos. Quando se trata de contraterrorismo ou imposição da paz, as operações africanas de paz – incluindo aquelas ordenadas pela União Africana – estão desempenhando um papel crítico.
O secretário-geral instou mais países a endossarem a Declaração de Compromissos Compartilhados sobre Operações de Manutenção da Paz da ONU. Até esta terça-feira (25), ela foi endossado por mais de 146 governos, com um pedido de mais apoio às operações de manutenção da paz da ONU, inclusive por meio de financiamento previsível, adequado e sustentável, a fim de tornar a manutenção da paz adequada ao futuro.
Agradecendo os chefes de Estado e de Governo por suas contribuições, em termos de tropas, polícia e financiamento; gestores de mandatos de manutenção da paz; e governos que patrocinam missões de paz, Guterres disse que, com a Declaração fornecendo uma agenda clara para a comunidade de manutenção da paz, agora é hora de traduzir os compromissos em ação.
|
Posted: 26 Sep 2018 12:40 PM PDT
Danielli Pieroni é uma das vencedoras do prêmio SDG Pioneers. Foto: Rede Brasil do Pacto Global
A brasileira e diretora de Operações da Foxtime, Danielli Pieroni, é uma das vencedoras da premiação SDG Pionners, do Pacto Global da ONU. A iniciativa reconhece lideranças empresariais empenhadas em promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas — os ODS em português ou SDG, em inglês. A profissional foi premiada na segunda-feira (24) em Nova Iorque pelo projeto Empoderando Refugiadas, que ajuda mulheres estrangeiras no Brasil a se inserir no mercado de trabalho local.
Desde o começo da iniciativa, criada há três anos, Pieroni foi responsável pelo processo de coaching das participantes. Ao longo do programa, as refugiadas recebem orientações sobre currículo, participação em processos seletivos e empreendedorismo.
A Foxtime é uma das instituições parceiras do Empoderando, que é realizado pela Rede Brasil do Pacto Global com o apoio da ONU Mulheres e da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). O projeto abriu sua primeira turma em 2015. Atualmente, está na sua terceira edição e já atendeu a mais de cem mulheres. O programa é uma das 19 iniciativas que serão apresentadas nesta quarta-feira (26) no encontro ODS no Brasil — O Papel do Setor Privado, também em Nova Iorque.
A consultoria de recursos humanos da Foxtime é signatária da Rede Brasil desde 2013. Na época, a empresa sentiu necessidade de aprender mais sobre sustentabilidade corporativa. A oportunidade de participar do Empoderando Refugiadas veio em 2015, com a abertura da primeira turma. Atualmente, o projeto está na sua terceira edição e já atendeu a mais de cem mulheres.
Evento de abertura da terceira edição do Empoderando Refugiadas. Foto: Pacto Global/Fellipe Abreu
Pieroni é a quarta brasileira a ganhar o título de SDG Pioneer, anunciado no início da semana durante a Cúpula de Lideranças do Pacto Global da ONU. Para a diretora de Operações, o prêmio revela os esforços do Pacto Global para olhar o potencial das pequenas e médias empresas no alcance dos ODS.
“Quando o Pacto vê que os dados importam, mesmo que em escala menor em relação aos impactos das grandes empresas, ficamos honrados por isso”, disse a nova pioneira.
Com orientações sobre o mercado brasileiro, legislação e práticas culturais, o Empoderando Refugiadas capacita mulheres para permitir sua inclusão no mercado e evitar que elas sejam alvo de oportunidades degradantes de trabalho.
“Elas caem aqui desorientadas, de início. Estão emocionalmente abaladas e não sabem mais sonhar, pois só querem uma vida nova e melhor. O coaching foi uma forma de lhes dar condições para competir no mercado de igual para igual com um brasileiro. Elas precisam ter uma mínima bagagem de como o mercado funciona aqui”, explica Pieroni.
Segundo a executiva, os empregadores têm elogiado funcionárias refugiadas, descritas como colaborativas e muito proativas.
|
Posted: 26 Sep 2018 12:19 PM PDT
Crianças observam uma cópia da Declaração Universal dos Direitos Humanos em Nova Iorque quando o documento tinha apenas dois anos, em 1950. Foto do arquivo da ONU.
Enquanto o mundo celebra o 70º aniversário da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) este ano, a Assembleia Geral da ONU dedicou um evento de alto nível nesta quarta-feira (26) para discutir como o respeito aos direitos humanos nas sociedades pode ajudar a avançar na paz e no desenvolvimento sustentável.
Adotada em Paris em 1948, a DUDH foi desenhada logo depois da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto. O texto descreve cada um dos direitos inalienáveis dos indivíduos, por meio de 30 artigos cuidadosamente escritos.
Descrevendo seu “impacto revolucionário”, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a Declaração “permeou políticas e constituições, do nível global ao nacional e regional”. Ele acrescentou que a declaração “desencadeou o poder da participação plena das mulheres”, assim como “impulsionou a luta contra o racismo, a xenofobia e a intolerância”.
Apesar dessas importantes conquistas, “esse progresso está sob ameaça”, lamentou Michelle Bachelet, alto-comissária da ONU para os direitos humanos. “Em muitos países, o reconhecimento fundamental de que todos os seres humanos são iguais, e têm direitos inerentes, está sob ataque. E as instituições estabelecidas pelos Estados para atingir soluções comuns estão sendo minadas”.
Essa falta de reconhecimento está prejudicando a conquista dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e permanece frequentemente como a causa de vários conflitos no mundo, disse ele.
“Temos amplas evidências de que os abusos de direitos humanos são um sinal de fraqueza, não de força. Eles são frequentemente precursores de conflitos e mesmo de colapsos”, enfatizou Guterres.
O secretário-geral da ONU exortou os governos que não assinaram ou ratificaram os dois Pactos de Direitos Humanos, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, a “fazê-lo com urgência”.
“Cada passo para uma maior implementação da agenda de direitos humanos é um ato de prevenção — fortalecendo os laços entre as comunidades e reforçando o desenvolvimento inclusivo e a paz”, disse Bachelet. “Cada passo longe disso nos leva para o sofrimento, a injustiça, o ódio e o conflito”.
Guterres, que lançou na segunda-feira uma estratégia corajosa em toda a ONU para o empoderamento da juventude mundial, intitulada “Juventude 2030”, destacou o importante papel que os jovens podem desempenhar no avanço dos direitos humanos em todo o mundo.
“Há um lugar especial no meu coração para jovens mulheres e homens que estão defendendo a justiça social”, disse ele, instando os jovens a trazer sua “energia e paixão”, a desafiar as maneiras pelas quais as coisas estão sendo feitas e “pegar a tocha para nossa humanidade comum”.
“Vocês são os verdadeiros guardiões da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a garantia de que ela não sucumbirá”, acrescentou ele.
|
Posted: 26 Sep 2018 11:44 AM PDT
Primeiro-ministro Shinzo Abe, do Japão, durante o debate geral da Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU/Cia Pak
Diante da Assembleia Geral da ONU, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse na terça-feira (25) que o gigante asiático defenderá o livre comércio e um sistema mundial de trocas baseado na abertura, mas fundamentado em regras justas. Chefe do Governo japonês apresentou números que mostram, como exemplo, os benefícios mútuos do comércio para o país e os Estados Unidos.
“Por muitos anos, tanto o Japão quanto os Estados Unidos levaram o sistema de livre comércio adiante, internacionalmente. Como prova disso, o investimento direto do Japão criou empregos nos EUA para cerca de 856 mil pessoas em todo o país, um número que fica atrás apenas do que o Reino Unido conseguiu”, afirmou Abe.
“Atualmente, em contraste com o 1,74 milhão de veículos exportados anualmente do Japão para os Estados Unidos, o número de carros japoneses fabricados dentro dos Estados Unidos é de 3,77 milhões.”
O premiê acrescentou que esses dividendos não são exclusivos da relação bilateral entre as duas nações. “Sob a bandeira do livre comércio, o Japão construiu com todo país e região relações em que cada um de nós podem dar assistência ao outro. Continuaremos a fazer isso.”
Segundo Abe, a defesa de sistemas abertos de trocas comerciais faz parte da história do Japão, pois depois da Segunda Guerra Mundial, o livre comércio alavancou a reconstrução nacional.
“À exceção do carvão que sustentou a industrialização do Japão moderno, nossa nação nunca teve outros recursos (naturais). Mas ao dedicar-se a colher os frutos do comércio, o Japão do pós-Guerra teve sucesso em promover um crescimento que foi chamado de milagre, mesmo não tendo recursos.”
O primeiro-ministro acrescentou que o Japão tem “a missão” e uma “tremenda responsabilidade” em defender o sistema de livre comércio global.
Reforma do Conselho de Segurança
Em seu discurso, Abe também abordou a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU, uma pauta defendida por muitos países da comunidade internacional. O chanceler japonês disse que, em vista da falta de progressos no tema, “a importância das Nações Unidas no mundo do século XXI já está sendo alarmantemente questionada”.
“Junto com o secretário-geral Guterres, vamos impulsionar a reforma do Conselho de Segurança e das Nações Unidas”, prometeu o chefe do Governo japonês.
|
Posted: 26 Sep 2018 11:42 AM PDT
Clique para exibir o slide.O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) lançaram nesta segunda-feira (24) manuais de arquitetura para os hospitais universitários federais vinculados à instituição. O lançamento ocorreu durante o Seminário de Qualificação e Manutenção dos Ativos de Infraestrutura Física da Rede Ebserh, em Brasília (DF).
Os manuais de “Especificação de materiais de revestimento em hospitais universitários” e “Diretrizes de Sustentabilidade para projetos de arquitetura e engenharia em Hospitais Universitários” serão úteis para padronizar os projetos de arquitetura dos hospitais da rede EBSERH seguindo parâmetros de humanização e sustentabilidade. Além disso, consideram as diferenças regionais dos locais em que há hospitais da rede no país e os parâmetros de acessibilidade.
Os manuais são resultado do projeto de cooperação realizado entre o UNOPS e a EBSERH. Durante a cooperação, que vai até 2019, também foram elaborados documentos como roteiros de planejamento assistencial hospitalar e de análise de projetos e documentação padronizada de suporte.
Manuais são ferramentas para ODS
O manual de sustentabilidade conta com orientações que contribuem para a economia de recursos, como água e energia. Raquel Habe, Engenheira Civil da EBSERH, explica que ele traz diretrizes para se adotar práticas e materiais que reduzam o impacto ambiental, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Já o manual de revestimentos é importante em função do impacto no custo de manutenção da unidade de saúde e para a humanização dos espaços.
“O objetivo destes manuais é ter uma aplicação prática”, facilitando os trabalhos das áreas técnicas da empresa, explica o gerente de projetos do UNOPS, Rafael Esposel. Atualmente, os conceitos dos manuais já estão sendo aplicados em projetos-piloto de sete HUFs, sendo que os HUF UNIFAP- Macapá-AP e a Unidade Materno Infantil de Dourados – UFGD já estão em fase de obras.
Transferência de Conhecimento
Além do lançamento dos manuais, UNOPS e EBSERH promovem um ciclo de palestras no qual convidados nacionais e internacionais vão tratar de temas da arquitetura hospitalar com foco nas etapas do ciclo de vida da infraestrutura: projeto, construção e manutenção. A programação, que vai até quinta-feira (27), é voltada para os profissionais técnicos das áreas de engenharia e arquitetura da rede de hospitais sob gestão da EBSERH.
Presente na mesa de abertura do evento, Claudia Valenzuela, representante do UNOPS no Brasil, destacou que o objetivo deste tipo de cooperação é ampliar a capacidade dos países e compartilhar conhecimentos. Já Alessandra Ambrósio, coordenadora-geral de Cooperação Técnica com a CPLP da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ressaltou que “esse seminário reproduz exatamente o que se espera da cooperação técnica internacional”.
O vice-presidente da Rede EBSERH, Arnaldo Medeiros, também ressaltou a importância da troca de conhecimento entre as instituições. “Além de possibilitar a criação de projetos para novos edifícios, novos hospitais, a EBSERH terá ainda o incremento de novas tecnologias, uma vez que os manuais transferem o conhecimento do UNOPS, podendo replicá-los para projetos futuros”, explicou Medeiros.
Segue a lista de Hospitais Universitários Federais (HUFs) cujo projeto segue as diretrizes dos novos manuais: Complexo Ambulatorial de Vitória – UFES; Complexo Ambulatorial e Unidade da Criança e Adolescente HUB – UNB; HUF UFCG – Cajazeiras-PB; HUF UNIFAP- Macapá-AP; Unidade Materno Infantil de Dourados – UFGD; Unidade Materno Infantil de Salvador – UFBA; Unidade Materno-Infantil de Natal – UFRN.
UNOPS
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) é um organismo operacional das Nações Unidas. Em todo o mundo, o escritório apoia o Sistema ONU, seus parceiros e governos a fornecer soluções nas áreas de assistência humanitária, desenvolvimento, paz e segurança. Sua missão é ajudar as pessoas a melhorarem suas condições de vida e os países a alcançarem a paz e o desenvolvimento sustentável, alinhado com os objetivos da Agenda 2030.
O UNOPS enfoca seu trabalho na implementação de projetos e está comprometido com os valores das Nações Unidas e com a eficiência do setor privado. É a único organismo da ONU que não recebe financiamento básico do sistema.
Os serviços prestados pelo UNOPS abrangem as áreas de infraestrutura, gerenciamento de projetos, compras, gestão financeira e recursos humanos. Os parceiros solicitam os serviços para complementar suas próprias capacidades, aumentar a velocidade, reduzir riscos, promover a relação custo-benefício e melhorar a qualidade de seus projetos em diferentes áreas.
EBSERH
Vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à EBSERH.
|
Posted: 26 Sep 2018 09:45 AM PDT
Clique para exibir o slide.O Centro de Excelência contra a Fome — fruto de uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas — participou na semana passada (17 a 21) da Terceira Conferência Internacional sobre Agricultura e Alimentação em uma Sociedade em Urbanização (AgUrb), em Porto Alegre (RS).
O evento reuniu atores envolvidos em questões agroalimentares para refletir e debater sobre novas estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos a serem aplicadas a sociedades cada vez mais urbanizadas.
Pesquisadores, organizações da sociedade civil e responsáveis por políticas públicas discutiram a necessidade de levar o tema dos alimentos e assuntos relacionados ao centro dos debates que envolvem as principais questões que desafiam a humanidade, tais como mudanças climáticas e seus impactos na água e na biodiversidade, a busca por fontes alternativas de energia, assim como mudanças demográficas.
O principal tema da conferência foi “Alimentos saudáveis, sócio-biodiversidade e sistemas agroalimentares sustentáveis: inovações do consumo à produção”. O Centro de Excelência enviou três representantes para o evento.
Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência, foi moderador do painel “Segurança alimentar e soberania: desafios para nutrir o mundo”. Em sua fala de abertura, ele enfatizou que a fome continua crescendo no mundo. De acordo com a mais nova edição do relatório sobre insegurança alimentar, 821 milhões de pessoas estão em insegurança alimentar. “Falta capacidade para enfrentar esse problema? É falta de inteligência ou é falta de vontade política? Acredito que é o último”.
Albaneide Peixinho, consultora do Centro de Excelência, foi a moderadora do painel “Sistemas de alimentos e desigualdades: como acabar com todas as formas de má nutrição?”. “No Brasil, ainda temos algumas populações enfrentando desnutrição e outras enfrentando a obesidade. Essas desigualdades são uma consequência da falta de acesso a alimentos de qualidade por esses grupos”. Ela enfatizou que as políticas públicas são cruciais para avançar no combate ao peso duplo da má nutrição.
Joélcio Carvalho, oficial de programa do Centro de Excelência, participou do painel “Cadeias de Valor de BioEconomia — experiências latino-americanas”. Ele apresentou o projeto “Além do Algodão”, uma nova iniciativa do PMA em parceria com a agência brasileira de cooperação que visa apoiar pequenos produtores em quatro países africanos para encontrar mercados firmes para produtos de algodão, tais como óleo de algodão e colheitas alimentares associadas.
A conferência foi organizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Reuniu mais de 170 especialistas de 36 países durante cinco dias, e atividades incluíram painéis internacionais, simpósios, apresentação de trabalhos científicos na temática dos grupos de trabalho, relatórios de experiência da sociedade civil e viagens de campo.
A primeira edição da Conferência Internacional sobre Agricultura em uma Sociedade em Urbanização foi realizada em abril de 2012 na Universidade de Wageningen, na Holanda, tendo como tema “Agricultura Multifuncional e Relações Urbano-Rurais”. A segunda conferência foi realizada em setembro de 2015 na Universidade Roma Tre, em Roma, com o tema “Reconectando a agricultura e as cadeias alimentares para as necessidades da sociedade”.
|
Posted: 26 Sep 2018 09:22 AM PDT
Presidente do Irã, Hassan Rouhani, discursa na plenária de chefes de Estado e Governo da 73ª sessão da Assembleia Geral. Foto: ONU/Cia Pak
Em discurso no debate da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, criticou na terça-feira (25) a decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o país do Oriente Médio. Para Rouhani, o atual governo norte-americano tenta paralisar as instituições internacionais. O chefe do Estado iraniano chamou o estadunidense a retornar às negociações, em vez de impor mais sanções.
Horas antes de Rouhani subir na plenária das Nações Unidas, Trump acusou dirigentes iranianos de manterem um “ditadura corrupta” e de espalharem “caos, destruição e morte” no Oriente Médio. O líder norte-americano prometeu impor novas restrições econômicas ao país asiático.
Durante seu pronunciamento, o presidente iraniano afirmou que considerava “infeliz” o fato de que líderes mundiais estavam encorajando tendências racistas, xenofóbicas e extremistas, “não muito distantes do Nazismo”. Na visão do dirigente, o mundo sofre de “um descaso e de um desdém de alguns Estados pelos valores e instituições internacionais”.
Rouhani lembrou que o Irã honrou seus compromissos junto ao acordo nuclear, firmado em 2015 pelo país com os EUA, China, Rússia, Alemanha, União Europeia e Reino Unido. O tratado impunha mecanismos rigorosos para monitorar o programa atômico iraniano. Todos os 12 relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), lembrou o presidente iraniano, comprovam a conformidade das medidas adotadas pelo Estado após a adoção do texto.
Para o líder iraniano, Trump desafiou o direito internacional e também a promessa assumida por seu predecessor Barack Obama, ao anunciar em maio último a saída dos Estados Unidos do acordo. Rouhani pediu à ONU que garantisse que nenhum país pudesse se esquivar da implementação de compromissos internacionais. O presidente também denunciou as ameaças dos Estados Unidos a países que apoiam o tratado.
Segundo Rouhani, nenhuma nação pode ser levada a negociar “pela força”. “Nós lhe convidamos (Trump) a retornar à mesa de negociações que você deixou. Se você não gosta do plano de ação porque ele é fruto (dos esforços) de seus oponentes políticos, então volte à resolução, volte para as organizações internacionais. Não imponha sanções”, disse o presidente, enfatizando que as restrições e o extremismo são dois lados da mesma moeda.
“Eu estou começando um diálogo aqui mesmo”, completou Rouhani, que ressaltou que a ONU não é parte do governo dos EUA. O presidente iraniano acrescentou que, para retomar as conversas, também é preciso que as ameaças norte-americanas tenham um fim.
|
Posted: 26 Sep 2018 09:14 AM PDT
Confira abaixo um clipe das Donas! Saiba mais sobre a campanha #ElaDecide em www.eladecide.org.
|
Posted: 26 Sep 2018 09:06 AM PDT
Clique para exibir o slide.Os temas recorrentes nesta terça-feira (25) no primeiro dia do debate geral da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, foram os potencialmente catastróficos impactos das mudanças climáticas. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou em seu discurso inaugural que a velocidade do aquecimento global tem provocado emergências no mundo todo, enquanto líderes dos países enfatizaram suas vulnerabilidades no que se refere a esse tema.
“O Peru é um dos países mais vulneráveis”, disse o presidente peruano, Martin Vizcarra Cornejo. “Nossa enorme biodiversidade é o principal capital natural sobre o qual dependemos e, portanto, as mudanças climáticas e os eventos climáticos extremos como as secas e as inundações nos colocam em uma posição particularmente vulnerável”.
O presidente mexicano, Enrique Pena Nieto, enfatizou a importância de implementar o Acordo de Paris para o clima, que busca evitar os efeitos mais catastróficos das mudanças climáticas ao manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus Celsius e acima dos níveis industriais no fim do século passado.
A presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, uma pequena nação do Pacífico que está pouco mais de um metro acima do nível do mar e que está ameaçada de desaparecimento pela elevação do nível dos oceanos, pediu a implementação urgente do Acordo de Paris para o clima.
“O futuro das Ilhas Marshall está em cheque”, disse. “Mas não é apenas nós, (…) mesmo que sejamos uma das mais vulneráveis. Estamos em risco junto com outras pequenas ilhas dos Estados desenvolvidos, muitos outros países enfrentam sérios desafios diante dos impactos climáticos.”
O presidente das Ilhas Seychelles, Danny Faure, alertou que a paz e a prosperidade não podem ser dissociadas dos efeitos das mudanças climáticas, e sua ameaça existencial ao mundo como um todo. “Negligenciar os efeitos das mudanças climáticas passará às próximas gerações um mundo sem solução”, disse.
Falando do espectro oposto ao dos países insulares, o presidente Sooronbay Jeenbekov, do Quirguistão, alertou que as mudanças climáticas estão tendo um impacto crescente nos glaciais e nos recursos aquíferos em seu país, contribuindo para o crescimento dos desastres naturais.
Muitos líderes contaram os problemas e conquistas de seus países. Mas eles também enfatizaram o papel dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que buscam eliminar uma série de problemas sociais de maneira ambientalmente sustentável até 2030, e da ONU em obter as parcerias globais necessárias para combater as mudanças climáticas e resolver uma série de outros problemas, incluindo a atual crise migratória global.
Uma nota dissonante veio do presidente norte-americano, Donald Trump, que rejeitou a ideologia do globalismo, se opôs ao Pacto Global para as Migrações, que deve ser adotado no Marrocos em dezembro, e reclamou que os parceiros comerciais dos Estados Unidos têm tirado vantagem do país, explicando sua política de imposição de tarifas de importação bilionárias.
Em oposição a esses argumentos manifestou-se o presidente suíço, Alain Berset, que lamentou a “tendência do momento” de buscar respostas problemas como globalização, desigualdade, conflito, extremismo, migração e mudanças climáticas “com isolamento nacionalista e em com uma crescente desconfiança em relação à cooperação entre os Estados”.
“Estamos testemunhamos uma real crise no multilateralismo — de forma paradoxal, no momento em que estamos tentando criar os principais pilares da governança global do futuro”, disse. “As Nações Unidas são indispensáveis e idealmente criadas para abordar desafios contemporâneos, especialmente a luta contra as desigualdades”.
Ele também criticou “políticas que recaem sobre o protecionismo comercial e os interesses egoístas” que minam o comércio e a prosperidade, e reiterou o apoio de seu país ao Tribunal Penal Internacional e “o esforço internacional de cooperação único em favor das vítimas dos crimes mais graves”.
O presidente brasileiro, Michel Temer, também criticou o protecionismo. “O protecionismo pode soar sedutor, mas é por meio da abertura e da integração que harmonia, crescimento e progresso podem ser atingidos”, disse. Ele também enfatizou a importância de adotar o Pacto Global para as Migrações.
O presidente finlandês, Sauli Niinistö, também elogiou o multilateralismo. “Infelizmente, há agora razão para se preocupar para todos nós que acreditamos nos benefícios do multilateralismo”, disse. “O sistema internacional que construímos juntos está visivelmente sob pressão. Sua capacidade e credibilidade está sendo questionada. Não podemos mais ter a ordem baseada em regras como garantida. É nossa responsabilidade comum defender ativamente e desenvolvê-la”.
Ele chamou a ONU de “o centro” do sistema multilateral. “Portanto, a defesa do multilateralismo precisa começar aqui”, disse. “A ONU e seus membros precisam demonstrar vontade de agir juntos, não independentemente dos outros”.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, também defendeu enfaticamente o multilateralismo. “Precisamos resistir a quaisquer e todos os esforços para minar a abordagem multilateral para o comércio internacional, que é essencial para a promoção da estabilidade e da previsibilidade na economia global”, declarou.
Muitos palestrantes declararam seu apoio ao Pacto Global para as Migrações. “Estamos ansiosos com sua adoção no Marrocos ainda este ano”, disse o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, lembrando que a migração irregular não é apenas a consequência dos conflitos, mas efeito das mudanças climáticas e da falta de oportunidades nos países de origem, chamando as mudanças climáticas como “um dos maiores desafios de nosso tempo”.
Enquanto enfatizou a importância do multilateralismo, o presidente de Ruanda, Paul Kagame, enfatizou a necessidade de “multilateralismo real, que muitas vezes está em falta”.
“O atual sistema de governança global baseado em duas vias é insustentável”, disse. “Alguns podem definir as normas sob as quais outros serão julgados. Mas os padrões que não se aplicam a todos igualmente não são universais. Enfrentar esse desequilíbrio na fundação de nosso sistema é o que nos dá forma para a retomada da cooperação multilateral, e renovar a legitimidade das instituições internacionais, que são tão cruciais para o futuro do planeta”.
O presidente do Equador, Lenin Moreno, deu uma dimensão pessoal do valor dos pactos, tratados e convenções da ONU, compartilhando sua história pessoal de sofrimento por um assalto 20 anos atrás que lhe custou a mobilidade das pernas. “Vejo o mundo da altura do peito”, disse, lembrando sua estatura na cadeira de rodas.
“Esta não é apenas minha estória, mas a de 1 bilhão de pessoas no mundo”, acrescentou, lembrando que a Convenção da ONU para o Direito das Pessoas com Deficiência, e seu protocolo opcional, “é a melhor garantia de que, juntos, nós podemos desenvolver um compromisso”.
Mas foi o presidente do Malauí, Arthur Peter Mutharika, que talvez tenha capturado a essência da ONU. “Cada nação é importante e nós todos temos algo a oferecer”, declarou. “Não há minorias aqui. Não há pequenas aqui. Só há nações nas Nações Unidas”.
|
Posted: 26 Sep 2018 08:33 AM PDT
OPAS defende sistemas de saúde baseados numa atenção primária forte. Foto: Flickr/Portal PBH
A Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS) firmou na terça-feira (25) um acordo com a Prefeitura de Florianópolis para melhorar o setor de atenção primária à saúde do município. Parceria visa aperfeiçoar a gestão da área para ampliar o acesso da população a esses serviços e também ao atendimento de média complexidade.
A atenção primária em saúde — conhecida entre os especialistas pela sigla APS — cuida das pessoas, em vez de simplesmente tratar doenças ou problemas específicos. Esse setor é geralmente o primeiro ponto de contato das pessoas com um sistema de saúde. A área pode atender de 80 a 90% das necessidades de um indivíduo ao longo de sua vida. Isso inclui um espectro de serviços que vão desde a promoção da saúde — por exemplo, melhor alimentação — e prevenção — como vacinação e planejamento familiar — até o controle de doenças crônicas e cuidados paliativos.
A cooperação entre a agência da ONU e o município almeja ainda melhorar a rede de atenção à saúde, que organiza as ações e serviços oferecidos à população, e os órgãos de regulação, que conectam as diferentes pontas do sistema de saúde. A OPAS também espera qualificar a administração local, promovendo o desenvolvimento de um painel de indicadores estratégicos para embasar decisões.
A capital de Santa Catarina tem uma população estimada de mais de 485 mil habitantes — 100% dos moradores de Florianópolis estão cobertos pela Estratégia de Saúde da Família.
A parceria da OPAS com as autoridades nacionais, estaduais e municipais facilita a disseminação de informações e a garantia de transparência na gestão, assim como a racionalização do uso e da distribuição dos recursos na execução das atividades.
De acordo com a OPAS, um sistema de saúde baseado em uma atenção primária forte oferece melhores resultados, eficiência e maior qualidade de atendimento em comparação com outros modelos.
|
Posted: 26 Sep 2018 07:33 AM PDT
Hospital Docente de Calderón, em Quito, no Equador. Foto: OPAS
Autoridades das Américas anunciaram na terça-feira (25) um plano para acabar com o déficit de profissionais na área da saúde. Atualmente, o continente carece de 800 mil trabalhadores no setor para atender à população. Nova estratégia enfatiza necessidade de investimentos públicos, além de defender incentivos e melhorias trabalhistas para carreiras na área.
“O plano aprovado hoje oferece um mapa (não só) para combater a escassez de pessoal, mas também para alcançar a sua distribuição igualitária e melhorar a qualidade profissional”, afirmou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS), Carissa Etienne. O marco foi aprovado em Washington durante reunião do Conselho Diretivo da OPAS.
O documento oferece orientações para que países aprimorem suas políticas de recursos humanos para a saúde. Uma das recomendações é fortalecer a governança e os investimentos públicos do setor, além de melhorar a oferta e as condições de trabalho, sobretudo no primeiro nível de atenção em saúde, nas áreas rurais e sub-atendidas. Outra medida sugerida é a implementação de incentivos e políticas de retenção, para evitar a evasão de profissionais. O problema afeta especialmente os países do Caribe.
O marco também orienta os Ministérios a melhorar suas capacidades de prever demandas por profissionais em saúde. Objetivo é promover a formulação de estratégias a longo prazo. Com isso, a OPAS e as autoridades de seus Estados-membros esperam alcançar a meta da ONU de saúde universal até 2030.
O texto ressalta ainda a importância da educação permanente dos médicos, clínicos, enfermeiros e outros trabalhadores. Segundo o documento, muitas vezes, as equipes não têm o perfil ou a formação adequada para atuar com uma perspectiva intercultural e de gênero, em consonância com as necessidades da população.
O plano propõe que sejam estabelecidas parcerias com o setor de educação, a fim de formar profissionais de acordo com as lacunas dos sistemas de saúde. A estratégia também pede o reconhecimento de qualificações sociais dos clínicos e não apenas das suas competências técnico-científicas. De acordo com o texto, países devem elaborar planos de capacitação para especialidades prioritárias, com vistas a aumentar a oferta de atendimento em saúde familiar e comunitária.
|
Posted: 26 Sep 2018 06:59 AM PDT
Imagem: ONU Mulheres/Movimento ElesPorElas
Masculinidades pela Igualdade de Gênero é o tema do Diálogos #ElesPorElas, que acontece nesta quinta-feira (27), das 14h às 17h30, em São Paulo. O evento marca o quarto aniversário do movimento #ElesPorElas (#HeForShe, no original em inglês), criado pela ONU Mulheres para engajar homens e meninos na defesa dos direitos das mulheres e meninas. Inscrições são gratuitas. Também será possível acompanhar o encontro ao vivo pela internet.
Apoiado pelo secretário-geral das Nações Unidas, o movimento ElesPorElas tem como uma de suas principais mobilizadoras a atriz britânica e embaixadora global da ONU Mulheres, Emma Watson. A iniciativa é voltada para todas e todos e promove uma visão compartilhada de que a igualdade de gênero é uma questão de justiça e benefício para todos os seres humanos.
No Brasil, nos últimos quatro anos, o movimento ElesPorElas tem engajado diferentes públicos, tanto nas universidades, como nos meios de comunicação. Artistas, esportistas, empresas e instituições públicas e privadas têm apoiado ações pela igualdade de gênero.
Debates plurais – A abertura do Diálogos #ElesPorElas terá a participação de Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil, e de Manzar Feres, vice-presidente de Vendas e Marketing da Serasa Experian.
Em seguida, evento promoverá duas rodadas de discussões. A primeira “Masculinidades e Igualdade de Gênero” terá a presença de Nadine Gasman; Prislaine Krodi dos Santos, do escritório USP Mulheres; e Daniel Teixeira, do CEERT – Centro de Estudos das Relações Raciais e de Trabalho, entidade vinculada à Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras. Na pauta do debate, estarão os temas: os quatro anos do Movimento ElesPorElas, a pesquisa Interações Sociais na USP sobre relações de gênero, raça e outra; e os desafios para as masculinidades negras.
A segunda rodada “Novas Práticas de Masculinidades” abordará iniciativas que têm trazido os homens para o debate sobre as relações de gênero, masculinidades e eliminação da violência contra as mulheres. Os temas serão articulados por Guilherme Valadares, do Papo de Homem; Patrícia Molino, sócia responsável pelo Departamento de Assessoria em Gestão de Recursos Humanos na KPMG no Brasil; e Marcelo Pimenta, diretor de Data Lab da Serasa.
O evento é aberto ao público e terá transmissão ao vivo pela internet. Assista pelo link: bit.ly/ElesPorElas_aovivo.
As inscrições podem ser feitas em: bit.ly/ElesPorElas_Dialogos (vagas limitadas a 100 pessoas).
A atividade é organizada pelo Comitê Nacional Impulsor ElesPorElas – HeForShe Brasil e pela ONU Mulheres Brasil, com apoio institucional da Serasa Experian.
Movimento #ElesPorElas – HeForShe – O mundo está num momento de mudanças. Em todos os lugares, as pessoas entendem e apoiam a ideia da igualdade de gênero. Elas sabem que não é apenas uma questão das mulheres e sim, um assunto de direitos humanos. Quando essas vozes poderosas forem ouvidas, elas irão mudar o mundo. A hora da mudança é agora.
O Movimento ElesPorElas está convidando pessoas do mundo inteiro para juntas criarem uma força visível e corajosa pela igualdade de gênero.
Uma das principais formas de adesão é pela plataforma heforshe.org/pt, que tem mais de 1,7 milhão de adesões e 1,3 bilhão de conversas públicas. No Brasil, quase 63 mil pessoas já demostraram apoio ao movimento por meio da adesão online.
4º aniversário do Movimento ElesPorElas Diálogos #ElesPorElas – Masculinidades pela Igualdade de GêneroData: 27 de setembro de 2018 Horário: das 14h às 17h30 Local: Auditório da Serasa Experian (Alameda dos Quinimuras, 187) – São Paulo/SP RSVP: bit.ly/ElesPorElas_dialogos
PROGRAMAÇÃO
14h – Abertura
14h05 – Boas-vindas – Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil
14h10 – Boas-vindas – Manzar Feres, vice-presidente de Vendas e Marketing da Serasa Experian
Rodada: Masculinidades e Igualdade de GêneroDas 14h25 às 15h30
4 anos do Movimento #ElesPorElasNadine Gasman – ONU Mulheres
Interações na USP e o Impacto 10x10x10 do ElesPorElasPrislaine Krodi dos Santos – USP Mulheres/Comitê ElesPorElas
Masculinidades e Enfrentamento do RacismoDaniel Teixeira – CEERT-AMNB/Comitê ElesPorElas
15h30 – Debate
16h – Coffee break
Rodada: Novas Práticas de Masculinidades Das 16h15 às 17h30
Masculinidades nas EmpresasPatrícia Molino – KPMG/Comitê ElesPorElas
Desconstrução de Gênero e Novas MasculinidadesMarcelo Pimenta – Serasa Experian
Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gêneroGuilherme Valadares – Papo de Homen/Comitê ElesPorElas
17h – Debate
17h30 – Encerramento
Informações para a imprensaAssessoria de Comunicação da ONU Mulheres BrasilIsabel Clavelin – 61 3038 9140 / 98175 6315 isabel.clavelin@unwomen.org
Assessoria de Imprensa da Serasa ExperianViviane Evangelista – 11 2847 8456 / 99651 8530 viviane.evangelista@br.experian.com
|
Posted: 25 Sep 2018 03:20 PM PDT
|
Posted: 25 Sep 2018 02:27 PM PDT
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reiterou nesta semana, durante uma reunião nas Nações Unidas que existe uma relação e dependência entre a segurança alimentar e a paz.
O brasileiro José Graziano da Silva falou à ONU News, em Nova Iorque, durante a Cúpula de Paz Nelson Mandela, evento paralelo ao debate geral da Assembleia Geral, que começou nesta terça-feira (25).
Indicador de conflito
“Os conflitos estão aumentando e o número de pessoas que passam fome também, porque há uma estreia relação entre paz e segurança alimentar. Toda a vez que nós vemos aumentar a insegurança alimentar devido às guerras, principalmente, e ao impacto das mudanças climáticas, à seca sobretudo, o número de pessoas também aumenta”, disse Graziano.
“Foi por conta disso que a FAO trouxe à atenção do Conselho de Segurança essa ideia de que um indicador de conflito tem que ser o nível de segurança alimentar no país. Estamos monitorando isso”, acrescentou.
A FAO participou do evento que homenageou o centenário do nascimento de Mandela ao lado de vários líderes globais, que renovarem seus compromissos com a paz.
Graça Machel
Cerca de 821 milhões de pessoas estão afetadas pela fome e pela desnutrição no mundo. A FAO atribui o aumento de vítimas nos últimos anos principalmente aos conflitos e aos eventos climáticos extremos.
“Infelizmente os números são ruins nos últimos anos. Vinham caindo, mas nos últimos três anos aumentaram. A razão fundamental disso são os conflitos. A FAO está empurrando várias ações para enfrentar isso. Uma delas, e importante, que fizemos ontem foi incorporar a senhora Graça Machel aos laureados pelo prêmio Nobel da Paz que trabalham pela segurança alimentar no mundo.
Essa distinção feita pela FAO à viúva do líder sul-africano Nelson Mandela chama a atenção de todas as pessoas para a importância da segurança alimentar para se alcançar uma paz sustentável.
Segundo Graziano da Silva, o reconhecimento se deve à luta incansável de Nelson Mandela pela liberdade e pela paz. Machel é uma defensora internacional dos direitos das mulheres, das crianças e cofundadora do grupo de líderes globais ‘The Elders’.
|
Posted: 25 Sep 2018 01:57 PM PDT
Clique para exibir o slide.O cirurgião sul-sudanês Evan Atar Adaha foi o vencedor deste ano do Prêmio Nansen, concedido pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Conhecido como Dr. Atar, ele está sendo homenageado por seu compromisso de 20 anos no atendimento médico a pessoas forçadas a fugir de conflitos e perseguições no Sudão e no Sudão do Sul, bem como nas comunidades que as acolhem.
Atar mora em Bunj, nordeste do Sudão do Sul, onde administra o único hospital em funcionamento da cidade. Ele e sua equipe atendem mais de 200 mil pessoas, sendo 144 mil refugiados do estado do Nilo Azul do Sudão e cerca de 53 mil moradores do Condado de Maban, no Sudão do Sul.
Em Maban, sua equipe realiza, em média, 58 operações por semana em condições difíceis, com suprimentos e equipamentos limitados. Não há abastecimento de anestesia geral, o que significa que os médicos trabalham com injeções de cetamina e epidurais na coluna vertebral.
A única máquina de raio-x está quebrada, a única sala cirúrgica é iluminada por apenas uma lâmpada e a eletricidade é fornecida por geradores que frequentemente param de funcionar. Como esse é o único hospital no norte do estado do Nilo, muitas vezes este fica lotado e as filas de pacientes se estendem ao ar livre.
O Sudão do Sul, país mais jovem do mundo, conquistou a independência do Sudão em 2011, após um referendo pacífico.
Uma guerra civil, já em seu quinto ano, criou a pior emergência de refugiados no Sudão do Sul em termos de números e a terceira maior crise de refugiados do mundo. É a situação de refugiados que mais cresce na África. Quase 1,9 milhão de pessoas são deslocadas internas e outras 2,5 milhões buscaram refúgio em países vizinhos.
“A crise no Sudão do Sul teve um impacto devastador para milhões de pessoas que foram arrancadas de suas casas e cujas vidas foram dilaceradas por conflitos, violência e insegurança alimentar”, disse Filippo Grandi, alto-comissário da ONU para refugiados. “No entanto, mesmo em meio à tragédia, surgiram atos de heroísmo e de serviço aos outros”.
“O trabalho de Atar durante décadas de guerra civil e conflito é um exemplo brilhante de profunda humanidade e altruísmo. Através de seus esforços incansáveis, milhares de vidas foram salvas e incontáveis homens, mulheres e crianças ganharam uma nova chance de reconstruir seus futuros.”
“Muitas vezes arriscando sua própria segurança, sua dedicação em servir vítimas de guerra e conflito tem sido extraordinária e merece atenção e reconhecimento global.”
Originalmente de Torit, uma cidade no sul do Sudão do Sul, Dr. Atar ganhou uma bolsa para estudar medicina em Cartum, no Sudão, e depois trabalhou no Egito. Em 1997, quando a guerra devastou o estado do Nilo Azul no Sudão, Atar se ofereceu para trabalhar lá, estabelecendo seu primeiro hospital em Kurmuk, no coração de um conflito de larga escala, muitas vezes sob bombardeio aéreo.
Em 2011, o aumento da violência o forçou a fazer as malas em seu hospital no estado do Nilo Azul, fugindo com sua equipe e todos os equipamentos que pudessem transportar, em uma jornada que durou cerca de 30 dias.
Chegando em Bunj, ele montou sua primeira sala cirúrgica em um centro de saúde local abandonado, empilhando mesas para criar uma mesa cirúrgica elevada. Desde a sua criação, Atar trabalhou incansavelmente para garantir o financiamento do hospital e treinar outros jovens para se tornarem enfermeiros e parteiras.
Em 2017, os refugiados respondiam por 71% dos pacientes cirúrgicos, mas o compromisso em tratar todos aqueles com necessidades médicas, independentemente de sua origem, conferiu a ele o respeito dos refugiados e das comunidades locais.
“Tratamos todos aqui, independentemente de quem sejam — refugiados, deslocados internos, comunidade de acolhimento”, diz Atar. “Fico muito feliz quando percebo que o trabalho que fiz ajudou alguém ou salvou sua vida”.
Atar trabalha, às vezes, 48 horas sem parar e está sempre de plantão. O sacrif
|
|
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário