oletim diário da ONU Brasil: “Refugiado deixa a guerra na Síria e brilha no tapete vermelho de Cannes” e 10 outros.
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Posted: 01 Oct 2018 01:10 PM PDT
O ator mirim Zain Al Raffeaa, de 13 anos, posa para um retrato em Beirute, no Líbano. Foto: ACNUR/Sam Tarling
Sorrindo timidamente em uma câmera de televisão, antes de subir ao palco e encarar a platéia lotada do Festival de Cinema de Cannes, Zain Al Rafeaa nunca imaginara receber os aplausos de estrelas do cinema, diretores e outros astros da indústria cinematográfica. “Fiquei paralisado, totalmente paralisado”, conta o refugiado sírio, de apenas 13 anos. O menino interpreta o papel principal do filme Capharnaum, que recebeu o prêmio do júri em Cannes.
“Eu nunca tinha visto alguém ser ovacionado de pé. Essa foi a melhor parte”, lembra Zain sobre a noite surreal que viveu em maio último.
A festa da sétima arte, porém, é uma realidade distante de sua vida como um refugiado na capital do Líbano, Beirute. Na cidade, o adolescente carismático e espirituoso foi visto nas ruas antes de ser escalado como protagonista pela diretora de Capharnaum, Nadine Labaki.
Zain tinha apenas sete anos quando, em 2012, fugiu de Daraa, no sul da Síria, com sua família. Os parentes partiram em busca de um porto seguro no Líbano. O menino havia acabado de completar o primeiro ano quando a violência aumentou em sua cidade natal.
“Nossas vidas estavam em perigo. A mãe dele e eu tivemos que sacrificar o que achamos que seria apenas um ano de escolaridade pelo bem de sua segurança”, diz seu pai, Ali Mohammed Al Rafeaa.
O personagem principal do filme, que também se chama Zain, é um menino sem documentos que mora em um dos bairros mais pobres de Beirute. Em vez de ir à escola, precisa trabalhar para sustentar sua família. Sem treinamento formal em atuação, o ator mirim usou sua própria experiência de vida para interpretar o papel.
“Tem sido difícil”, afirma o jovem sobre sua infância no exílio. Nos últimos seis anos, Zain dividiu colchões surrados com seus pais e três irmãos, no chão de seu apartamento apertado e cheio de correntes de ar. “Eu adoraria ir à escola. Lembro-me do primeiro dia em que viemos para cá e desci para brincar. Eu briguei com uma criança.”
“Quando vi Zain, ficou muito óbvio para mim que ele seria nosso herói”, explica a diretora Labaki. “Há algo em seus olhos que é muito triste. Ele também sabe do que estamos falando [no filme], e isso aparece em seus olhos.”
Clique para exibir o slide.A libanesa sabia que estava se arriscando ao selecionar um elenco composto apenas por não-atores, mas conta que foi isso deu força ao filme. “Não há atores no meu filme. Todos eles estão desempenhando seu próprio papel, suas próprias vidas. Todos eles descrevem suas vidas de uma forma ou de outra, suas lutas, sua situação.”
“Zain mal consegue escrever seu próprio nome, mas conseguiu carregar o pesado fardo de uma longa filmagem de seis meses em seus pequenos ombros. Ele até adicionou suas próprias expressões, palavras e ações – tudo isso foi tão natural para ele, tornando as cenas ainda mais fortes”, acrescenta Labaki.
Capharnaum, que estreou este mês em Beirute, aborda problemas sociais compartilhados por libaneses e refugiados — trabalho infantil, casamento precoce, apatridia e pobreza. Atualmente, o Líbano é o lar de cerca de 976 mil refugiados sírios registrados. Mais da metade deles são crianças. O país é a nação com o maior número de refugiados em relação à sua população.
A obra de Labaki foi selecionada pelo governo libanês para tentar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Zain tem no futuro a perspectiva de uma turnê mundial para divulgar o filme ao final deste ano. Vai ser difícil esquecer a vida de estrela.
Reassentamento para a Noruega
Com a ajuda da Agência da ONU para Refugiados ( ACNUR), Zain e sua família foram selecionados para o programa de reassentamento e transferidos para a Noruega. Embora cheia de promessas, a mudança não foi fácil. Na véspera da partida, familiares, amigos e vizinhos lotaram o pequeno apartamento dos Rafeaas para se despedir.
A irmã mais nova de Zain, Iman, estava recitando algumas das palavras norueguesas que aprendeu nas palestras de orientação cultural em Beirute, junto com seus irmãos e pais. Mas Zain tinha sentimentos mistos. “Estou feliz e triste. Vou sentir falta dos meus primos aqui, mas lá poderei ir à escola e aprender a ler e escrever.”
Zain e sua família estão se acostumando com a nova vida em terras europeias. O menino tem uma cama para dormir e começou a frequentar um colégio, como outras crianças da sua idade. “Podemos ver o mar da nossa janela. Eu gosto de sentar à beira mar, mas não consigo nadar, a água está congelando!”, conta Zain.
O sírio diz que existe a possibilidade de um dia se dedicar integralmente à carreira de ator. Mas por enquanto, ele está feliz por finalmente estar cumprindo seu sonho de ir à escola.
Zain e os parentes estão entre os menos de 1% de famílias refugiadas em todo o mundo que têm a chance de começar uma nova vida em um terceiro país. Para colaborar com o ACNUR e ajudar refugiados a reconstruir seus sonhos, clique aqui.
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Posted: 01 Oct 2018 12:50 PM PDT
Um dos objetivos do seminário foi capacitar os técnicos para a preparação a eventuais emergências de febre aftosa. Foto: OPAS
O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) realizou no fim de setembro (24 a 28) no Rio de Janeiro (RJ) um seminário de capacitação para uma resposta rápida e eficaz diante de uma eventual emergência de febre aftosa.
A iniciativa faz parte do projeto de cooperação técnica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP), denominado “Programa de apoio para a capacitação dos serviços veterinários dos países do Cone Sul”, cujo objetivo é enfrentar a última etapa do Plano Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA).
O seminário teve a participação de dois técnicos dos serviços veterinários de cada um dos países beneficiários — Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai —, do coordenador técnico do projeto, José Hugo Fernández de Liger, e de dois profissionais da PANAFTOSA-OPS/OMS, Dres Alejandro Rivera e Rodrigo García, como capacitadores.
A atividade marca o início do Módulo 2 do Componente IV do Programa BID-CVP, dedicado à capacitação para a consolidação dos sistemas de contenção e atenção de emergências sanitárias.
Nesse sentido, o componente é iniciado com um curso no PANAFTOSA-OPS/OMS, seguido de seminários nacionais em cada um dos países-membros do CVP sobre Contenção e Atenção de Emergências Sanitárias, os quais serão complementados com outros seis seminários de conscientização e articulação com autoridades de governo e atores locais interessados em eventuais ações de controle frente a uma incursão viral.
O componente é encerrado com a execução de duas simulações conjuntas, previstas para 2019, onde estratégias, organização e procedimentos serão testados para o controle de uma eventual emergência sanitária.
O seminário teve como objetivo capacitar os técnicos para a preparação para emergências de febre aftosa em zonas livres; conhecer o enfoque dos organismos internacionais frente a emergências sanitárias; apresentar o modelo de preparação para emergências do PANAFTOSA; apresentar o Sistema de Emergências para Febre Aftosa dos países do Cone Sul; revisar os recursos disponíveis para preparação de emergências; e preparar um guia de trabalho para a revisão dos planos de contingência e preparação de emergências dos países do Cone Sul.
Como produto final das atividades previstas neste componente, o Projeto BID-CVP espera que os agentes dos serviços veterinários adquiram habilidades para a contenção e atenção de emergências sanitárias, aprofundando o conhecimento da epidemiologia da doença e dos procedimentos para a intervenção sanitária diante de um foco da doença.
A expectativa também é conscientizar e capacitar integrantes de outras instituições de governo dos níveis nacional, estadual e municipal e/ou vinculadas ao controle de trânsito veicular, fronteiras e barreiras sanitárias, além de associações de produtores e veterinários privados, em relação à importância da febre aftosa e do papel desses atores diante de uma emergência.
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Posted: 01 Oct 2018 12:19 PM PDT
Crianças fazem fila para receber refeição em escola em São Tomé e Príncipe. Foto: PMA/Isabel Pike
Em missão a São Tomé e Príncipe, especialistas do Centro de Excelência contra a Fome da ONU avaliaram os retornos financeiros de investimentos feitos na alimentação escolar do país. A análise de custo-benefício, realizada na última semana de setembro, foi uma das etapas da transferência do programa nacional que oferece refeições em centros de ensino. Atualmente sob a gestão do Programa Mundial de Alimentos (PMA), também da ONU, a estratégia será repassada ao governo.
A viagem permitiu à equipe do centro analisar questões envolvendo o mercado alimentício local, a redução de perdas pós-colheita e os custos das refeições. Ao longo da visita, o assistente de programas da instituição da ONU, Vinicius Limongi, reuniu-se com os ministérios da Educação, Saúde e Agricultura e com o Instituto Nacional de Estatística.
O analista coletou dados para analisar o marco regulatório vigente sobre alimentação escolar. Limongi também conversou com a equipe responsável pela administração da estratégia. O especialista visitou escolas e também o escritório local do PMA.
São Tomé e Príncipe estabeleceu as diretrizes de seu programa nacional de alimentação e saúde escolar a partir de uma lei de 2012. A legislação inclui a promoção de hábitos alimentares saudáveis e o respeito às tradições alimentares e à cultura da população. O governo está comprometido com a administração do programa, como parte do acordo de transição estabelecido com o PMA.
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Posted: 01 Oct 2018 11:48 AM PDT
Vinte estudantes de Medicina de todas as regiões do país participaram do workshop do UNFPA em Brasília. Foto: UNFPA Brasil/Paola Bello
Em Brasília, o Fundo de População das Nações Unidas ( UNFPA) promoveu no final de semana um treinamento sobre saúde sexual e reprodutiva para 20 estudantes de Medicina, vindos de todas as regiões do país. Iniciativa teve por objetivo formar lideranças com conhecimentos em direitos, capazes de respeitar a individuatividade dos pacientes e de suas demandas. Workshop foi promovido em parceria com a Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil).
“O UNFPA tem incentivado o aumento dos canais de informação e comunicação, de formação e mobilização da sociedade e de lideranças políticas para aumentar a defesa dos direitos das populações em situação de maior vulnerabilidade”, afirmou o representante da agência da ONU no Brasil, Jaime Nadal.
O I Workshop de Formação de Líderes em Saúde Sexual e Reprodutiva teve a participação de pesquisadores e especialistas da Universidade de Brasília (UnB), de representantes do Ministério da Saúde (MS), da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), entre outras instituições.
Nadal enfatizou a necessidade de conscientizar as pessoas sobre contracepção e proteção.
“Temos que criar condições para que as novas gerações adquiram conhecimento que lhes permitam fazer escolhas voluntárias e que potencializem o desenvolvimento saudável e o cuidado consigo e com as pessoas com quem se relacionam. Para que possam buscar outros projetos de vida que não passe por uma gravidez precoce e não planejada ou qualquer condição que envolva a não garantia dos seus direitos sexuais e reprodutivos.”
A presidente da IFMSA Brazil, Maitê Gadelha, explicou que “cada estudante (participante do workshop) tem um plano de ação para desenvolver em suas comunidades, por isso, estão aqui para serem capacitados por organizações e profissionais líderes no tema da saúde sexual e reprodutiva”.
Com mais de 5 mil estudantes de mais de 130 escolas e universidades de Medicina no Brasil, a IFMSA Brazil busca ajudar alunos a desenvolver seu potencial para a inclusão social.
Pessoas em situação de vulnerabilidade
Durante o workshop, Gil Casimiro, coordenador de Prevenção e Articulação Social do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, alertou que “temos populações com muita dificuldade de acesso às políticas públicas, em especial de saúde”.
“Temos hoje, por exemplo, um grande desafio frente aos números de infeção por HIV no Brasil, que aumenta entre jovens de 15 a 24 anos. E quando temos o recorte das populações mais vulneráveis, esse número é ainda maior. Eu vejo a esperança em vocês, futuros profissionais de medicina, para que tenham esse olhar diferenciado, atendendo às pessoas segundo suas especificidades”, acrescentou o especialista, que trabalha para o Ministério da Saúde.
Segundo Casimiro, as pessoas “sem saúde, acabam sem outras questões básicas para garantia de uma cidadania plena”.
A diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), também da pasta federal, Thereza de Lamare, ressaltou que “a saúde sexual e reprodutiva tem questões relacionadas com o modo de vida em sociedade, nossas concepções e como o Estado e os governos precisam cuidar da integridade dos direitos humanos, dos direitos básicos do ser humano”.
Marcia Sakai, diretora da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), lembrou que “o Brasil é um país extremamente extenso geograficamente, com uma distribuição heterogênea” — o que traz complicações para a saúde pública.
“Sempre que falamos de ações de saúde e de educação, temos que lidar com isso em escala maior. Esse é o desafio que temos para impactar a saúde da população brasileira. E a nossa meta é oferecer a saúde para todas as pessoas. Por isso, a importância dessa parceria.”
Na avaliação de Daphne Ratter, professora de Epidemiologia da UnB, a capacitação foi importante para fomentar novos saberes entre os futuros médicos.
“Os estudantes estão em fase de aprendizagem e têm grande abertura pra novos conhecimentos, novas perspectivas e novas abordagens. Se nós conseguirmos lhes trazer novos conhecimentos, que gerem atitudes propositivas, construtivas e respeitosas aos direitos sexuais e reprodutivos, certamente vamos influenciar as futuras práticas profissionais”, afirmou a docente.
Ao longo dos dois dias, os estudantes participaram de palestras e debates sobre dinâmicas populacionais, planejamento familiar, violência obstétrica, direitos sexuais e reprodutivos e métodos anticoncepcionais disponíveis no SUS. Também foram discutidas as dificuldades de implementação da saúde sexual e reprodutiva na educação médica no Brasil. Outras pautas incluíram as estratégias de saúde pública na prevenção do HIV/Aids, zero discriminação no atendimento e particularidades dos migrantes, pessoas jovens e população transexual.
Todos os alunos foram selecionados em ampla concorrência, em edital publicado pela IFMSA Brasil. Um dos requisitos para a seleção foi a apresentação de um plano de ação, que deverá ser realizado pela pessoa ao retornar à universidade, como forma de disseminação do conhecimento adquirido.
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Posted: 01 Oct 2018 11:47 AM PDT
Com um estilo de reality show, a série da emissora pública TV Escola apresenta 13 episódios com testes de habilidades para encontrar a melhor receita brasileira de alimentação escolar. Foto: PMA
As dez merendeiras classificadas em primeiro e segundo lugar no Concurso de Melhores Receitas de Alimentação Escolar, promovido pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) em parceria com o Centro de Excelência contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, agora têm seu próprio programa de televisão.
Com um estilo de reality show, a série da emissora pública TV Escola apresenta 13 episódios com testes de habilidades para encontrar a melhor receita brasileira de alimentação escolar.
O programa “Super Merendeiras” é voltado para estudantes, professores, gerentes, pais, profissionais de nutrição e formadores de opinião. É uma iniciativa da TV Escola, em parceria com o FNDE e o Ministério da Educação.
Além de dar visibilidade às ações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o objetivo do programa é capacitar cozinheiros das escolas, implementar as atividades do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, incentivar ações estratégicas para combater doenças, prevenção e controle da obesidade e, acima de tudo, enfatizar a importância de uma dieta saudável e acessível.
Sobre o concurso
Realizado com o apoio do Centro de Excelência contra a Fome, o concurso de melhores receitas teve duas edições. A cada ano, a iniciativa seleciona 15 melhores receitas servidas em escolas públicas de todo o país — três para cada região — com o objetivo de reforçar o papel dos cozinheiros da escola na promoção de uma alimentação saudável e adequada no ambiente escolar.
No total, as duas edições do concurso totalizaram mais de 5 mil participantes e resultaram em duas publicações com as melhores receitas de comida servidas nas escolas brasileiras.
Clique aqui para assistir aos episódios da série.
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Posted: 01 Oct 2018 11:23 AM PDT
O curso foi realizado em parceria com o GDF e teve o objetivo de apoiar a renegociação do contrato do Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF). Foto: UNOPS
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) promoveu no fim de setembro em Brasília (DF) curso de capacitação na área de Parcerias Público-Privadas (PPPs), que reuniu cerca de 30 profissionais do Governo do Distrito Federal (GDF).
O curso foi realizado em parceria com o GDF e teve o objetivo de apoiar a renegociação do contrato do Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF).
A capacitação reuniu profissionais cujo trabalho está relacionado à área de PPPs, em quaisquer etapas do processo como concepção, avaliação, construção, exploração, financiamento e operação de projetos.
A iniciativa teve a intenção de proporcionar uma visão abrangente sobre as possíveis fontes de financiamento, avaliação e estruturação de projetos, gestão de riscos e quadros regulatórios pertinentes, de acordo com o gerente de projetos do UNOPS e professor da capacitação, Marcelo Pérez.
Participante do curso, Daniel Carvalho, chefe da unidade de PPP da Secretaria de Planejamento do Distrito Federal (SEPLAG), considerou a capacitação relevante para seu trabalho e de seus colegas. De acordo com ele, o curso permitiu “a consolidação dos conceitos de PPP e a observação de maneira organizada e metodológica das etapas do processo de análise econômico-financeira desse tipo de contrato”.
Carvalho ressaltou ainda que a cooperação com o UNOPS tem contribuído para que a equipe da SEPLAG tenha uma visão mais organizada dos contratos, permitindo verificar a existência de possíveis gargalos e necessidade de adequações. Nesse sentido, Claudia Valenzuela, representante do UNOPS no Brasil, explicou que o trabalho do UNOPS busca ampliar as capacidades dos governos com os quais trabalha por meio da transferência de conhecimento.
UNOPS
O UNOPS é um organismo operacional das Nações Unidas. Em todo o mundo, o escritório apoia o Sistema ONU, seus parceiros e governos ao fornecer soluções nas áreas de assistência humanitária, desenvolvimento, paz e segurança. Sua missão é ajudar as pessoas a melhorar suas condições de vida e os países a alcançarem a paz e o desenvolvimento sustentável, de forma alinhada à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O UNOPS foca seu trabalho na implementação de projetos e está comprometido com os valores das Nações Unidas e com a eficiência do setor privado. É a único organismo da ONU que não recebe financiamento básico do Sistema das Nações Unidas.
Os serviços prestados pelo UNOPS abrangem as áreas de infraestrutura, gerenciamento de projetos, compras, gestão financeira e recursos humanos. Os parceiros solicitam os serviços para complementar suas próprias capacidades, aumentar a velocidade, reduzir riscos, promover a relação custo-benefício e melhorar a qualidade de seus projetos em diferentes áreas.
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Posted: 01 Oct 2018 11:08 AM PDT
Foto: ONU
Frequentemente ameaçados, atacados e mortos, jornalistas também estão sendo presos em número recorde em todo o mundo, destacou um evento paralelo da Assembleia Geral da ONU na sexta-feira (28). Essas práticas prejudicam não apenas os direitos humanos fundamentais dos próprios repórteres, mas também o direito do público de receber e transmitir informações, alertaram os especialistas em direitos humanos.
O evento paralelo foi organizado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), organização não governamental com sede nos Estados Unidos que promove a liberdade de imprensa e defende os direitos dos jornalistas em todo o mundo.
De acordo com a organização sem fins lucrativos, no final de 2017, 262 jornalistas foram presos, incluindo mais de 70 na Turquia, 40 na China e 20 no Egito. Cerca de 52% dos presos estavam atrás das grades por causa de reportagens sobre violações de direitos humanos, disse o CPJ.
Um relatório de maio de 2018 da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) — cujo mandato prevê a defesa da liberdade de imprensa e da segurança dos jornalistas — afirmou que a prisão arbitrária de jornalistas, que impulsiona a autocensura e viola o direito do público à informação, continuou a aumentar, embora muitos governos tenham afirmado que jornalistas foram presos por motivos não relacionados ao seu trabalho jornalístico.
“Governos em todo o mundo usam rotineiramente leis de emergência para censurar meios de comunicação e publicações”, declarou Joel Simon, diretor-executivo do CPJ. “Cada vez mais eles também trazem acusações de ‘notícias falsas’ contra jornalistas que contradizem as declarações oficiais. Eles levam jornalistas a tribunais militares, os detêm em prisão preventiva indefinidamente”.
“Essas são todas ações que contradizem a lei internacional de direitos humanos e os padrões estabelecidos pela ONU”, ressaltou.
O Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a “liberdade de ter opiniões sem interferência, e de buscar, receber e transmitir informações e ideias por meio de qualquer mídia e independentemente de fronteiras”.
A universalidade desse direito foi reforçada pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, de 1966. Em 2013, a Assembleia Geral da ONU declarou 2 de novembro como o Dia Internacional para Acabar com a Impunidade por Crimes contra Jornalistas, que é cada vez mais observado em todo o mundo.
O evento na sede da ONU na sexta-feira destacou cinco casos de jornalistas presos, incluindo Alaa Abdelfattah, do Egito, e Azimjon Askarov, do Quirguistão, ambos presos enquanto cobriam supostos abusos de direitos humanos pelas forças de segurança; Shahidul Alam, de Bangladesh, preso enquanto cobria protestos estudantis; e o caso de dois jornalistas da Reuters em Mianmar, Kyaw Soe Oo (também conhecido como Moe Aung) e Wa Lone (também conhecido como Thet Oo Maung), condenados a sete anos de prisão sob a acusação de violar a lei de segredos oficiais do país enquanto cobriam o massacre da minoria rohingya pelos militares birmaneses em setembro de 2017.
“A condenação e a sentença draconiana de sete anos são uma farsa disfarçada de justiça e cabe ao governo libertá-los”, disse a advogada de defesa dos jornalistas, especialista em direitos humanos, Amal Clooney, à reunião na sede da ONU.
No início deste mês, a alta-comissária da ONU para direitos humanos, Michelle Bachelet, disse em comunicado que o massacre coberto pelos dois jornalistas — pelo qual os militares posteriormente admitiram a responsabilidade — “era claramente de interesse público, pois de outra forma nunca teria vindo à tona”. Ela pediu que as suas condenações “sejam anuladas e que eles libertados, juntamente com todos os outros jornalistas atualmente detidos por exercitar seu legítimo direito à liberdade de expressão”.
A ONU adverte que a “prisão de jornalistas por seu trabalho legítimo não apenas fomenta uma cultura de autocensura, mas também viola os direitos mais amplos da sociedade para obter informações”.
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Posted: 01 Oct 2018 09:09 AM PDT
UNESCO defende participação dos alunos na elaboração dos currículos escolares. Foto: Agência Brasil
Um bom currículo pode fazer a diferença na educação? Sim, de acordo com os especialistas que participaram na semana passada (25) do painel Currículo de Qualidade: Educação para o desenvolvimento equitativo e sustentável, organizado pela UNESCO no Brasil dentro do Educação 360, um evento dos jornais O Globo e Extra. Agência das Nações Unidas defendeu participação de alunos na elaboração dos currículos.
De acordo com Fontani, participante do debate e diretor da instituição da ONU em Bruxelas, o currículo é um guia para se alcançar metas comuns. “A UNESCO define currículo como um roteiro para alcançar objetivos socialmente acordados de educação e de desenvolvimento”, explicou o dirigente durante o encontro, realizado no Museu do Amanhã do Rio de Janeiro.
O especialista acrescenta que “a visão da UNESCO sobre a revisão do currículo envolve a participação das partes interessadas em todas as áreas”.
Fontani ressaltou que os currículos atuais precisam de adaptação para atender às novas exigências do mundo globalizado. “Precisam se adaptar aos novos objetivos da educação, preparar os jovens para as demandas do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que devem atender às necessidades individuais e ensinar princípios como moral, normas e valores”, disse o analista.
Para o representante da UNESCO, as diretrizes dos projetos pedagógicos também devem reservar “um espaço para a ousadia e a adaptabilidade de cada comunidade escolar”.
Alejandra Arratia, da Fundación Educación 2030 do Chile, relatou como aconteceu o processo de discussão de um currículo comum em seu país. “Convocamos uma mesa transversal de desenvolvimento curricular, com pessoas de todos os espaços políticos do Chile, inclusive pessoas que eram contra um currículo nacional”, lembrou. O grupo trabalhou por oito meses.
Segundo Arratia, o objetivo era elaborar um documento “que recordasse uma base cultural comum, para um país altamente equitativo e pluralista”. Outra preocupação era com a inclusão dos conceitos de cidadania para o desenvolvimento sustentável e para o bem comum.
Hugo Labate, especialista do Instituto de Educação da UNESCO, apresentou os resultados de um estudo comparativo sobre o tema feito entre cinco países — Brasil, Quênia, Camboja, Peru e Finlândia.
“O IBE se ocupa em construir e manter atualizada uma base de dados sobre currículos em vários países do mundo. Tudo organizado e disponível online. Assim pode-se conhecer como os sistemas educativos estão organizados em todo o mundo em relação a seus aspectos curriculares.”
Para o especialista, é importante ter em mente a quem o currículo se destina e para que época. “Queremos focar no passado, no presente ou no futuro? Se ele é para o futuro, então precisa considerar as questões que estão emergindo, não pode ser um currículo que contenha toda a fragilidade que o sistema educacional tem hoje. Ele tem que já pensar que o sistema vai progredir e crescer, e mirar o futuro com equidade, inclusão, ao longo da vida, contemplando todas as tecnologias (de) que o mundo moderno usufrui”, ressalta Labate.
Realidade brasileira
Para o secretário de Educação do município de São Paulo, Alexandre Schneider, “o currículo tem que dar oportunidade para as pessoas serem incluídas no sistema educacional”. “Logo, tem que buscar dar oportunidades e, para isso, contemplar todos os direitos humanos”, defendeu o gestor.
São Paulo é a primeira cidade a adotar um currículo que inclui, em seu texto, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, os ODS.
“E o processo continua, não basta criar o currículo, ouvindo todos os setores. É preciso seguir num processo de aperfeiçoamento contínuo ao longo dos anos”, completa o secretário. “É importante respeitar o que veio antes e entender que o currículo é uma construção coletiva.”
Para Eduardo Deschamps, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), o currículo tem muitas funções: “ele orienta a formação de professores, a avaliação, o material didático a ser usado e até o contrato do docente”.
Na avaliação do dirigente, o currículo deve ser tratado como uma política de Estado e não de governo, sendo que em um país grande e diverso como o Brasil, “não teremos um único currículo para todo o país, teremos um currículo base, pois temos uma enorme diversidade e isso deve estar refletido no currículo”.
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Posted: 01 Oct 2018 08:49 AM PDT
Manifestante diante da Guarda Nacional da Venezuela, em protesto em maio de 2017. Foto: Wikimedia Commons/Efecto Eco
O sistema de saúde da Venezuela está em crise, disseram nesta segunda-feira (1) especialistas em direitos humanos das Nações Unidas, lembrando a morte de ao menos 16 crianças em um hospital devido a condições precárias de higiene e outras mortes provocadas por problemas de saúde, como a desnutrição.
Os especialistas da ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediram que o governo venezuelano atue de forma urgente para mobilizar os recursos necessários e disponíveis, inclusive mediante a cooperação internacional, para restaurar o sistema de saúde no país.
“Chegamos a um momento de crise no sistema sanitário da Venezuela”, disseram os especialistas. “O acesso à saúde, uma responsabilidade fundamental do Estado, está em uma situação de séria deterioração. Estamos chocados com o fato de os próprios hospitais terem se convertido em um lugar onde a vida das pessoas é colocada em risco”.
Ao menos 16 crianças com menos de 5 anos morreram este ano no Hospital Universitário de Pediatria Dr. Zubillaga, no estado de Lara, devido a infecções provocadas por falta de higiene. Também há informações de morte de crianças nos hospitais devido a desnutrição, infecções respiratórias agudas, doenças diarreicas agudas e outras condições.
“Nos preocupa de maneira profunda que meninos e meninas estejam morrendo devido a causas evitáveis relacionadas ao estado de deterioração das instalações de saúde, à escassez tanto de insumos de saúde como de medicamentos, assim como a falta de medidas sanitárias e de higiene eficazes”, disseram os especialistas.
“Também estamos chocados com informações que indicam que pessoal sanitário, jornalistas e familiares das vítimas, que denunciaram ou apresentaram queixas, estejam sendo ameaçados e intimidados.”
Os especialistas também citaram a situação das pessoas idosas, que enfrentam uma situação de extrema vulnerabilidade diante do fechamento de instalações de atendimento e da escassez de medicamentos e alimentos.
“Estamos extremamente preocupados com os resultados de um estudo que mostra que as pessoas idosas perderam 16 quilos por ano, em média, devido à escassez de alimentos nos centros de atendimento no estado de Miranda”, declararam.
Os dados mostram uma escassez de mais de 80% de medicamentos para pressão arterial e para níveis altos de açúcar, duas das doenças mais comuns entre os idosos.
Os especialistas elogiaram a declaração conjunta da relatora especial sobre os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e do relator especial das Nações Unidas sobre o direito à saúde, e pediram que o Estado assegure uma atenção adequada aos idosos.
Durante os últimos quatro anos, os especialistas da ONU realizaram um diálogo com o governo para manifestar sua preocupação com a persistente deterioração do sistema de saúde no país, e informam que o governo respondeu alguns dos comunicados emitidos.
Os especialistas que assinaram o comunicado são Dainius Pūras, relator especial sobre el direito à saúde física e mental; Michel Forst, relator especial sobre a situação dos defensores dos direitos humanos; Philip Alston, relator especial para a pobreza extrema e os direitos humanos; Rosa Kornfeld-Matte, especialista independente sobre a garantia dos direitos humanos dos idosos; Soledad García Muñosz, relatora especial sobre direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais da CIDH.
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Posted: 01 Oct 2018 08:29 AM PDT
Da esquerda para direita: Michelle Bachelet, alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos; Amina Mohammed, vice-secretária-geral da ONU; Lise Kingo, diretora-executiva do Pacto Global da ONU. Foto: Pacto Global
Cerca de 400 lideranças do setor privado foram a Nova Iorque durante o debate da Assembleia Geral da ONU para discutir como as empresas podem promover o desenvolvimento sustentável. Em evento paralelo à reunião de chefes de Estado, diretores-executivos de companhias de diferentes portes e setores receberam na semana passada (24) um desafio da alta-comissária da ONU, Michelle Bachelet — defender os direitos humanos.
“Precisamos de campeões. Precisamos de empresas com visão e coragem para colocar, em prática, etapas baseadas em direitos humanos. Do menor empreendimento rural à maior corporação global, toda empresa tem a responsabilidade de respeitar os direitos humanos”, afirmou a ex-presidenta do Chile durante a Cúpula de Líderes do Pacto Global da ONU.
Atualmente na chefia do Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, Bachelet lembrou que o mundo corporativo tem um papel fundamental no cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a agenda da ONU para 2030.
“Temos de contar com a comunidade empresarial para oferecer uma visão inovadora da Agenda 2030. O apelo à ação compartilhada entre os Estados, a comunidade internacional, organizações não governamentais, indivíduos, comunidades e empresas é tão radical quanto as próprias metas”, acrescentou a dirigente em mesa-redonda com a participação de 31 dos mais de 120 CEOs presentes na cúpula.
Chefe da ONU elogia aliança de empresas
Durante o encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou o papel crítico que as empresas têm a desempenhar na construção e manutenção da paz em contextos difíceis. O chefe da Organização lembrou os Dez Princípios do Pacto Global — um conjunto de orientações internacionalmente reconhecidas que abordam questões trabalhistas, ambientais, de direitos humanos e também o combate à corrupção.
Secretário-geral da ONU, António Guterres, durante cúpula de lideranças empresariais. Foto: Pacto Global da ONU/Joel Sheakoski
“O que importa no Pacto Global é o compromisso com valores, e esses valores fazem com que suas empresas sejam lucrativas e eficazes para a economia, mas também agentes importantes na prevenção de conflitos e manutenção da paz, principais preocupações nas Nações Unidas”, disse o dirigente máximo das Nações Unidas.
Dos CEOs que participaram da cúpula, 60 apoiaram oito iniciativas ligadas à promoção da paz em conjunto com outros atores.
Vencedores da premiação SDG Pioneers de 2018. A brasileira Danielle Pieroni é a segunda da esquerda para a direta, na primeira fila. Foto: Pacto Global da ONU
No evento, a diretora-executiva do Pacto Global, Lise Kingo, apresentou os SDG Pionners da ONU (Pioneiros dos ODS, em tradução livre) — líderes empresariais que foram reconhecidos por projetos excepcionais para alavancar os ODS. Cada premiado falou sobre suas iniciativas. Uma delas foi a brasileira Danielle Pieroni, da Foxtime, que implementa um projeto para inserir mulheres refugiadas no mercado de trabalho do Brasil.
“O fio condutor de tudo isso é, naturalmente, a liderança pessoal”, disse Lise Kingo. “É por isso que anunciamos a nova turma de SDG Pioneers. Eles incorporam o tipo de liderança que é necessária para os Objetivos Globais.”
Dirigentes decidem rumos do Pacto Global
Também na semana passada, o conselho diretor do Pacto Global da ONU se encontrou para definir os rumos da iniciativa em 2019. Foi a primeira vez em que a instância decisória se reuniu presencialmente. O organismo é composto pelo secretário-geral Antonio Guterres, por Bola Adesola, CEO do Standard Chartered Bank Nigeria, e por Paul Polman, CEO da Unilever.
A Rede Brasil do Pacto Global possui um protagonismo dentro do conselho, pois seu secretário-executivo, Carlo Pereira, representa as quase 80 redes locais na junta de dirigentes.
“As redes locais são as responsáveis por implementar em mais de cem países os programas de sustentabilidade do Pacto Global em conjunto com o setor privado”, explicou Pereira.
Na reunião, Guterres ressaltou a importância das alianças em nível nacional para que o setor privado contribua concretamente com os ODS.
Um dos temas discutidos pelo conselho foram propostas de sustentabilidade financeira — que visam estimular o crescimento econômico sem que, para isso, haja violações ambientais ou de direitos humanos.
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Posted: 01 Oct 2018 07:14 AM PDT
Wanessa Camargo (ao centro) com a equipe do UNAIDS Brasil. Foto: UNAIDS
A cantora Wanessa Camargo esteve em Brasília (25/9) para se reunir com a equipe do UNAIDS Brasil — o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS — e traçar o planejamento para seu apoio e participação em ações e campanhas previstas para este ano e para o início de 2019.
No próximo dia 1º de dezembro — Dia Mundial contra a AIDS —, Wanessa completará três anos como Embaixadora de Boa Vontade do UNAIDS, celebrando um período marcado por diversas ações de apoio à iniciativa #ZeroDiscriminação do UNAIDS e às ações de resposta à epidemia de HIV promovidas pelo organismo da ONU.
Durante a visita a Brasília, Wanessa se encontrou com a diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, e teve a oportunidade de se reunir com toda a equipe para um momento de perguntas e respostas sobre os temas mais importantes do momento, em especial, a epidemia de HIV entre jovens e populações-chave e o impacto negativo do estigma e da discriminação sobre pessoas vivendo com HIV e sobre as populações mais vulneráveis à epidemia.
“Quero aproveitar o momento, aqui com toda a equipe do UNAIDS reunida, para agradecer mais uma vez por todo seu esforço e toda sua dedicação à resposta à AIDS”, disse a diretora do UNAIDS. “Seu engajamento com a visão de Zero Discriminação, que já era forte antes de sua nomeação como Embaixadora, tem nos ajudado bastante a levar essas mensagens para muito além do que conseguiríamos sozinhos.”
Um reencontro especial marcou esta visita de Wanessa ao UNAIDS. Três anos atrás, momentos antes de sua nomeação como Embaixadora do UNAIDS, a cantora se reuniu com cerca de dez jovens lideranças de populações-chave para a resposta ao HIV e à AIDS, na sede do UNAIDS, em Brasília. Entre esses jovens, estava a paraibana Ayune Bezerra, mulher trans e ativista, que acabara de participar do curso de formação de novas lideranças feito em parceria entre o UNAIDS e o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde.
Wanessa Camargo com a paraibana Ayune Bezerra, mulher trans e ativista. Foto: UNAIDS
Trabalhando atualmente como consultora do UNAIDS, Ayune falou sobre como a trajetória profissional de pessoas trans ainda é repleta de obstáculos. “Infelizmente, muitas e muitos de nós ainda sofrem com a violência, dentro e fora de casa. Ainda é muito difícil persistir nos estudos e alcançar a faculdade”, destacou Ayune. “A pessoa trans precisa, antes de tudo, aprender a sobreviver, para só então aprender a viver.”
“Desde o início da minha carreira, eu ouço e recebo muitas histórias dos meus fãs que relatam a dificuldade que ainda enfrentam simplesmente por serem quem são: trans, gays, lésbicas, bissexuais, dessa ou daquela religião”, contou Wanessa. “Eu vejo que avançamos em muitas frentes e fico feliz de ver que muito mais pessoas têm a coragem, como você, de dizer abertamente o que sentem ou como querem viver suas vidas. Mas nestes momentos de incerteza e de aumento da violência, nós temos que nos unir. A comunidade LGBTI precisar estar mais unida do que nunca, para celebrar as conquistas e para garantir que não tenhamos retrocesso: nenhum direito a menos! Nós temos que fazer essa pauta avançar ainda mais.”
Equipe do UNAIDS recebe a cantora e Embaixadora de Boa Vontade do Programa, Wanessa Camargo. Foto: UNAIDS
Durante a visita, o UNAIDS apresentou a Wanessa o conteúdo de algumas campanhas e projetos previstos até o Dia Mundial contra a AIDS deste ano e até o Dia Mundial de Zero Discriminação (1º de março), além de peças e vídeos do projeto Luz, Câmera, Zero Discriminação, feito em São Paulo, em parceria com o MAC AIDS Fund e o município de São Paulo, uma das cidades signatárias da Declaração de Paris e do compromisso de acelerar a resposta ao HIV até 2020.
Os vídeos produzidos por participantes do curso de formação em audiovisual serão lançados em outubro, com apoio de Wanessa e dos também Embaixadores de Boa Vontade do UNAIDS, Mateus Solano e Glória Maria.
“Eu já fui parceira da MAC Cosmetics para a promoção do batom Viva Glam e fico feliz de saber que uma parte da renda obtida com a venda deste produto, que vai para esse fundo de AIDS da MAC, foi utilizada para uma ação como esta aqui no Brasil”, disse Wanessa. “Essa inclusão de pessoas trans e pessoas LGBT no mercado de trabalho é fundamental para garantirmos que todas as pessoas tenham oportunidades iguais de crescimento pessoal e profissional. Tenho certeza de que esses vídeos vão inspirar muitas outras pessoas e muitos empresários para que abram suas portas para esses profissionais.”
Para 2018, além de apoiar o lançamento destes vídeos, Wanessa irá apoiar o UNAIDS na mobilização de seus fãs e seguidores para mensagens sobre a importância da testagem para HIV — tema central adotado mundialmente pelo UNAIDS para celebrar o 30º aniversário do Dia Mundial contra a AIDS, celebrado todo 1º de dezembro.
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