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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “ONU encoraja líderes coreanos a agir rapidamente sobre acordos em cúpula ‘histórica’” e 12 outros.

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30 de abr (Há 3 dias)
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Boletim diário da ONU Brasil: “ONU encoraja líderes coreanos a agir rapidamente sobre acordos em cúpula ‘histórica’” e 12 outros.

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Posted: 30 Apr 2018 02:34 PM PDT
O presidente Moon Jae-in (à direita), da Coreia do Sul, caminha ao lado do presidente Kim Jong-Un, da Coreia do Norte, em Panmunjeom. Foto: Cúpula Intercoreana
O presidente Moon Jae-in (à direita), da Coreia do Sul, caminha ao lado do presidente Kim Jong-Un, da Coreia do Norte, em Panmunjeom. Foto: Cúpula Intercoreana
Na sequência da cúpula da última sexta-feira (27) entre os líderes da Coreia do Norte e Coreia do Sul, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e outros funcionários da organização expressaram a esperança de que os dois países implementem rapidamente todas as ações acordadas, incluindo o fim das armas nucleares na península coreana.
“O secretário-geral aplaude a cúpula verdadeiramente histórica de hoje”, disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em um comunicado. “Muitos pelo mundo foram tocados pelas imagens poderosas dos dois líderes se unindo para promover a harmonia e a paz na península coreana.”
De acordo com a declaração assinada por ambos os líderes e divulgada após a cúpula, as duas nações concordaram em várias medidas, incluindo a realização do objetivo comum de “completa desnuclearização da Península Coreana” e a redução gradual de armas militares e conversas para declarar o fim oficial da Guerra da Coreia, que devastou a Península de 1950 a 1953.
Um armistício provocou um cessar-fogo à Guerra da Coreia em 1953, mas o conflito nunca terminou oficialmente porque as partes nunca concordaram formalmente com um tratado de paz.
“O secretário-geral saúda a coragem e a liderança que resultaram nos importantes compromissos e ações acordados delineados na Declaração de Panmunjom para a Paz, Prosperidade e Unificação da Península Coreana”, observou o porta-voz.
O chefe da ONU “conta com as partes para construir sua primeira reunião e implementar rapidamente todas as ações acordadas para promover a construção e reconciliação intercoreana da confiança; diálogo sincero; e o progresso rumo à paz sustentável e à desnuclearização verificável na península coreana”, disse Dujarric, acrescentando: “O secretário-geral espera que estes ganhos sejam consolidados e progridam” na cúpula entre os EUA e a Coreia do Norte, que deverá ocorrer em breve.
Miroslav Lajcák, presidente da Assembleia Geral da ONU, saudou a cúpula histórica e relembrou o espírito de colaboração que viu nas Olimpíadas de Pyeongchang, como demonstrado pela equipe coreana unificada. A cúpula de sexta-feira é a continuação de uma tendência positiva, ressaltou.
O presidente da Assembleia encorajou os dois líderes a implementar as medidas acordadas para avançar nas relações entre as Coreias e aliviar as tensões militares. “É do interesse de todos os Estados-membros trabalhar para alcançar a paz e a estabilidade na península coreana”, disse ele.
Lassina Zerbo, a secretária-executiva da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), parceira da ONU, aplaudiu o compromisso de “desnuclearização completa”, conforme prometido na Declaração de Panmunjom.
Ele observou especialmente o acordo dos dois países para buscar ativamente o apoio e a cooperação da comunidade internacional na desnuclearização da Península Coreana. Com esse espírito, Zerbo expressou a prontidão da CTBTO em fornecer “toda a assistência possível”.
 
Posted: 30 Apr 2018 02:07 PM PDT
Yara Al Adib serve um convidado na inauguração da primeira cozinha de sua empresa de refeições em Antuérpia, na Bélgica. Foto: ACNUR/Colin Delfosse
Yara Al Adib serve um convidado na inauguração da primeira cozinha de sua empresa de refeições em Antuérpia, na Bélgica. Foto: ACNUR/Colin Delfosse
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançaram neste mês (24) um plano de ação para ampliar as oportunidades de emprego para vítimas de deslocamento forçado. Estratégia visa aprimorar processos de seleção e capacitação de funcionários estrangeiros que merecem proteção internacional.
“Aproveitar todo o potencial dos refugiados nas economias e sociedades que os acolhem requer uma abordagem governamental em estreita parceria com a sociedade civil. Os empregadores podem e devem desempenhar um papel central neste processo, mas precisam ser apoiados por políticas e ações sólidas de outras partes interessadas, incluindo a nível local”, defendeu o diretor de Emprego e Assuntos Sociais da OCDE, Stefano Scarpetta.
Entre as medidas propostas pelas duas instituições, está a adoção de metodologias para avaliar as habilidades dos refugiados e garantir a correspondência de sua formação com as vagas de trabalho para as quais são encaminhados.
A pesquisa Força de Trabalho Europeia, de 2014, mostrou que, na comparação com os europeus, refugiados com diploma universitário ou técnico tinham cerca de três vezes mais chances de serem empregados em postos incondizentes com sua qualificação. Esse era o caso de 60% dos estrangeiros diplomados que viviam em condição de refúgio no continente.
O plano de ação também defende a igualdade de oportunidades no mercado e garantias de segurança jurídica quanto ao tempo de permanência dos trabalhadores refugiados nos países de acolhimento. O ACNUR e a OCDE também pedem apoio dos governos aos empregadores, que precisam se familiarizar com a estrutura administrativa relacionada aos direitos trabalhistas dos refugiados.
O documento traz uma lista de dez questões sobre a empregabilidade de refugiados, com recomendações para o poder público e serviços de contratação, organizações da sociedade civil, empregadores e refugiados.
Para o alto-comissário adjunto de Proteção do ACNUR, Volker Türk, a estratégia apresenta “uma nova abordagem, em que os refugiados seriam incluídos nas comunidades desde o início, teriam acesso ao mercado de trabalho e se tornariam autossuficientes, contribuindo com as economias locais e com o desenvolvimento das comunidades anfitriãs”.
“Após lançar o nosso próprio programa de inclusão de refugiados na IKEA Suíça há dois anos e meio, participamos de vários diálogos da OCDE e do ACNUR sobre o tema ‘Empregando Refugiados’. É ótimo ver que os esforços conjuntos dessas duas organizações, com muitas outras partes interessadas, resultaram neste amplo, mas concreto plano de ação”, disse Lorenz Isler, gerente de sustentabilidade da IKEA Suíça.
Acesse o plano de ação na íntegra clicando aqui.
 
Posted: 30 Apr 2018 01:55 PM PDT
Enquanto a maioria dos contêineres transportam mercadorias legais, uma pequena porcentagem carrega cargas ilícitas como drogas. Foto: Banco Mundial/Dominic Sansoni
As Unidades de Controle Portuário da alfândega e da polícia trabalham em alguns dos portos mais movimentados do mundo e são treinadas para combater o tráfico de drogas, produtos químicos, mercadorias e vida selvagem. Foto: Banco Mundial/Dominic Sansoni
Unidades policiais treinadas pela ONU interceptaram grandes carregamentos de drogas ilegais sendo traficadas na América Latina e do Caribe este ano, incluindo 2,8 toneladas de cocaína em Santos (SP), em março, na maior apreensão da história do porto.
As Unidades de Controle Portuário da alfândega e da polícia trabalham em alguns dos portos mais movimentados do mundo e são treinadas para combater o tráfico de drogas, produtos químicos, mercadorias e vida selvagem.
Recentemente, a unidade no Equador apreendeu dois contêineres com mais de uma tonelada de cocaína. Da mesma forma, a Unidade do Porto de Callao, no Peru, apreendeu um contêiner com 1,5 tonelada da droga.
Essas unidades estão no centro de um programa conjunto lançado em 2003 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e pela Organização Mundial das Alfândegas (OMA).
O objetivo é capacitar autoridades alfandegárias e policiais na América Latina e no Caribe, e em outros lugares, para detectar e interromper o fluxo de tráfico de mercadorias ilícitas, facilitando o comércio legítimo e aumentando a arrecadação dos Estados.
A cada ano, mais de 720 milhões de contêineres se deslocam pelos oceanos, transportando 90% da carga mundial. A maior parte carrega bens lícitos, mas alguns contêineres são utilizados para transportar drogas, armas e outras mercadorias ilegais.
“O Programa de Controle de Contêineres se tornou um dos mais efetivos e orientados para resultados do mundo”, disse Tofik Murshudlu, chefe da seção de implementação e apoio do UNODC.
O programa também ajuda Estados-membros a construir capacidades e conhecimentos para identificar e apreender contêineres suspeitos, acrescentou. De acordo com o UNODC, 18 operações apreenderam mais de 8,9 toneladas de drogas este ano. Além disso, 18 contêineres foram apreendidos devido a violações de direitos de propriedade intelectual.
Até agora, o programa está operando em 14 países latino-americanos e caribenhos, fornecendo visitas, avaliações técnicas, treinamentos e outros apoios para criar estruturas de longo prazo para aplicação da lei em portos selecionados. Também está operacional em Burkina Faso, Cabo Verde, Gana, Paquistão, Senegal, Togo e Turcomenistão.
 
Posted: 30 Apr 2018 01:01 PM PDT
Foto: EBC
Foto: EBC
Para marcar seu vigésimo aniversário, o Escritório para a América Latina do Instituto Internacional de Planejamento Educacional da UNESCO (IIPE-UNESCO Buenos Aires) oferecerá este ano quatro programas de treinamento destinados a funcionários e técnicos de educação latino-americanos.
A capacitação é uma contribuição da UNESCO para ajudar os países da região a cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 4, que visa assegurar educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos.
No âmbito dessa contribuição, os Estados-membros da UNESCO da América Latina receberão uma bolsa de estudos para cada um dos quatro programas. As propostas de formação que o IIPE-UNESCO oferece em 2018 são as seguintes:
Programa Regional de Formação em Planejamento e Gestão de Políticas Educacionais
Objetivos de aprendizagem: Fornecer ferramentas e conhecimentos necessários aos participantes para que possam contribuir para melhorar as políticas educacionais e garantir a conformidade com o ODS 4: sistemas de educação equitativos, inclusivos e de qualidade para todas as pessoas.
Público: Dirigido a funcionários de educação de alto nível (eles devem ter posições equivalentes ou superiores a uma Diretoria Nacional).
Modalidade: mista.
Duração: 20 semanas de estágio virtual com intervalos intermediários (de 07/05 a 12/10/2018) e 10 dias consecutivos em Buenos Aires de estágio presencial (de 19 a 28/10/2018).
Custo do curso por pessoa (inclui hospedagem, alimentação e transporte local durante o estágio presencial): US$ 3.500.
Prazo de inscrição: encerradas em 27/04/2018.
Programa de Formação Virtual em Políticas Digitais em Educação
Objetivos de aprendizagem: Treinar em processos de concepção, implementação e avaliação de políticas viáveis de educação digital com foco no potencial das TICs para garantir uma educação inclusiva e equitativa.
Público: Dirigido a funcionários que trabalham em políticas, programas e projetos digitais e/ou integração de tecnologias de informação e comunicação na educação.
Modalidade: Virtual.
Duração: 20 semanas com intervalos intermediários (de 08/05 a 16/10/2018).
Custo de inscrição por pessoa: US$ 1.300.
Prazo de inscrição: 30/04/2018 (https://www.buenosaires.iiep.unesco.org/inscripcion).
Programa de Formação Virtual em Políticas de Avaliação em Educação
Objetivos de aprendizagem: Treinar em processos de concepção e implementação de avaliações de planos, projetos e políticas educacionais de uma perspectiva integral, com foco nas principais potencialidades e limitações dos diferentes tipos de avaliação e na relação entre avaliação e tomada de decisão.
Público: Dirigido a funcionários que trabalham em políticas, programas e projetos de avaliação educacional.
Modalidade: Virtual.
Duração: 20 semanas com intervalos intermediários (de 08/05 a 16/10/2018).
Custo de inscrição por pessoa: US$ 1.300.
Prazo de inscrição: 30/04/2018 (https://www.buenosaires.iiep.unesco.org/inscripcion)
Programa de Formação Virtual em Políticas de Professores
Objetivos de aprendizagem: Treinar em processos de design, implementação e avaliação de políticas educacionais em educação.
Público: Dirigido a funcionários que trabalham em políticas, programas e projetos de educação.
Modalidade: Virtual.
Duração: 20 semanas com intervalos intermediários (de 23/07 a 12/11/2018).
Custo de inscrição por pessoa: US$ 1.300.
Prazo de inscrição: de 08/05 a 15/07/2018 (https://www.buenosaires.iiep.unesco.org/inscripcion)
 
Posted: 30 Apr 2018 12:40 PM PDT
Criminosos usam internet para comércio ilícito de drogas e armas de fogo, exploração de menores e outras práticas ilegais. Foto: Wikimedia Commons/Colin
Criminosos usam internet para comércio ilícito de drogas e armas de fogo, exploração de menores e outras práticas ilegais. Foto: Wikimedia Commons/Colin
Por Yury Fedotov, diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)
Ciber. É o prefixo inevitável que atualmente define nosso mundo. Desde a privacidade das pessoas até as relações entre Estados, o termo “ciber” domina as manchetes e as discussões – tanto é assim que nos arriscamos a sermos paralisados pela magnitude dos problemas que enfrentamos.
Apesar das muitas perguntas pendentes sobre o futuro da cibersegurança e da governança, devemos tomar em conta que a cooperação internacional é o elemento essencial para fazer frente às ameaças cada vez maiores do cibercrime.
A exploração on-line e o abuso de meninas e meninos; os mercados negros cibernéticos para a compra e venda de drogas ilícitas e armas de fogo; os ataques ransomware e os traficantes de pessoas fazendo uso das redes sociais para atrair vítimas. O alcance sem precedentes do cibercrime – cruzando fronteiras, em nossos lares, escolas, negócios, hospitais e outros provedores de serviços vitais – somente amplifica as ameaças.
Um estudo recente estimou o custo global dos cibercrimes em 600 bilhões de dólares. O dano infligido ao desenvolvimento sustentável, à segurança, à igualdade de gênero e à proteção – as mulheres e meninas são prejudicadas desproporcionalmente pelo abuso sexual on-line – é imenso.
Manter as pessoas on-line mais seguras é uma tarefa enorme e nenhuma entidade ou governo tem a solução perfeita. Não obstante, há muito que podemos fazer para intensificar a prevenção e melhorar a reposta aos cibercrimes, por exemplo:
• Construir capacidades, principalmente de aplicação da lei para cobrir possíveis brechas jurídicas, particularmente em países em desenvolvimento;
• E fortalecer a cooperação internacional e o diálogo – entre governos e Nações Unidas, assim como com outras organizações internacionais e regionais, a INTERPOL, as empresas e a sociedade civil.
Os crimes relacionados ao crime cibernético, como a propagação de malwareransomware e hacking, o uso de outros programas para o roubo de dados financeiros, a exploração sexual infantil on-line e o abuso, todos têm algo em comum além do termo “ciber”: todos são crimes.
A polícia, os fiscais e os juízes necessitam compreender esses crimes e devem contar com as ferramentas adequadas, que lhes permitam investigá-los e perseguir os criminosos, assim como proteger as vítimas. Devem ser capazes também de processar e judicializar os casos.
No Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), estamos trabalhando em mais de 50 países, por meio da prestação da capacitação necessária para aprimorar as habilidades de investigação, o rastreamento de criptomoedas como parte das investigações financeiras, assim como o uso de software para detectar o abuso on-line e perseguir os agressores.
Como resultado direto do fortalecimento de capacidades nos países, um pedófilo de alto risco com mais de 80 vítimas foi preso, julgado e condenado. Ministramos sessões de capacitação em colaboração com o Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (ICMEC) e o Facebook. Esse é só um exemplo de como o fortalecimento de capacidades, em coordenação com as organizações da sociedade civil e o setor privado, pode garantir que os criminosos estejam atrás das grades e que as crianças em situação de vulnerabilidade fiquem protegidas.
Em trabalho realizado com a Fundação de Vigilância da Internet (IWF), foram lançados portais para denunciar casos de abuso sexual infantil – mais recentemente em Belize – para que os cidadãos possam tomar iniciativa e reportar imagens de abuso, protegendo as meninas e os meninos da exploração on-line.
Com parceiros como Thorn e Pantallas Amigas, estamos fortalecendo a proteção on-line e educando pais, responsáveis e crianças sobre os riscos cibernéticos, por meio da aproximação com as escolas e as comunidades locais. A prevenção é a chave da questão.
A capacitação do UNODC – focada principalmente na América Central, no Oriente Médio, no Norte e no Leste da África e no Sudeste Asiático – está ajudando também a identificar evidência digital sobre o tráfico ilícito de drogas, a confrontar o uso da darknet com fins criminosos e de terrorismo e a melhorar a coleta de dados para abordar melhor as ameaças.
Uma base fundamental para todos nossos esforços é a cooperação internacional. Nosso trabalho – que é inteiramente financiado pelos governos doadores – tem demonstrado que, apesar das diferenças políticas, os países podem se unir para se opor às ameaças dos cibercrimes.
Do mesmo modo, estamos reforçando a cooperação internacional por meio do Grupo Intergovernamental de Especialistas, que se reúne na sede do UNODC, em Viena.
O Grupo de Especialistas, criado por meio de resolução da Assembleia Geral, reúne diplomatas, responsáveis de políticas e especialistas do mundo todo para discutir os desafios mais urgentes do cibercrime. Essas reuniões demonstram o desejo e a vontade dos governos para buscar uma cooperação pragmática, com vistas a melhorar os mecanismos de prevenção e fomentar a confiança.
Como passo seguinte, necessitamos aumentar tais esforços, proporcionando mais recursos para apoiar os países em desenvolvimento que, frequentemente, possuem usuários de Internet mais recentes e defesas mais fracas contra o cibercrime.
As empresas tecnológicas são um aliado indispensável na luta contra o cibercrime. Precisamos fortalecer a relação do setor público com o setor privado de forma a abordar preocupações comuns, melhorando também a educação e detendo a disponibilidade de material de abuso online.
Neutralizar o cibercrime pode salvar muitas vidas, aumentar a prosperidade e construir a paz. Ao reforçar as capacidades de aplicação da lei e criar alianças com empresas de modo que possam ser parte da solução, podemos avançar para assegurar que a Internet seja uma força para o bem.
 
Posted: 30 Apr 2018 12:06 PM PDT
Representantes do setor privado e de organizações filantrópicas, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e apoio da Embaixada dos Países Baixos, anunciaram na quinta-feira (26), no auditório do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (SP), a criação da Aliança pela Saúde e Pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil.
A aliança tem como objetivo promover a saúde e a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos no país. Sua primeira grande ação é a campanha “Ela decide seu presente e seu futuro”, que visa promover o empoderamento e os direitos das mulheres para que alcancem seu pleno potencial e possam fazer valer suas decisões sobre sua sexualidade e reprodução. Em outras palavras, para que as mulheres no Brasil possam decidir livremente sobre sua sexualidade e, também, sobre quando e quantos filhos desejam ter ou não ter.
Além do UNFPA, fazem parte da aliança as empresas Bayer, MSD, Semina e a organização da sociedade civil Instituto Ethos. Também apoiam a iniciativa Reckitt Benckiser, Laboratório Sabin, Magazine Luiza, SESC São Paulo e o Movimento Mulher 360.
“Essa iniciativa visa otimizar o potencial da sociedade para construir um mundo mais justo. O exercício da cidadania começa com decisões autônomas”, explicou Jaime Nadal, representante do UNFPA no Brasil.
A campanha “Ela decide seu presente e seu futuro” promoverá vídeos nas redes sociais com informações e dicas sobre saúde sexual e reprodutiva. Tudo com linguagem acessível para fácil entendimento de todas as mulheres e meninas.
Igualdade de gênero, direito à saúde e aos direitos sexuais são centrais para o desenvolvimento da sociedade, lembra o UNFPA. Para isso, uma série de medidas são necessárias, tais como envolver toda a sociedade civil, cobrar a eficácia das políticas públicas, enfrentar desigualdades e lutar por ambientes propícios ao crescimento pessoal e profissional. Durante o lançamento da aliança, uma roda de conversa deu a dimensão das propostas da campanha.
@Julianaalvesiam já vestiu a camisa para apoiar a saúde feminina e os direitos sexuais e reprodutivos no Brasil. A campanha @ela_decide criou um espaço onde você tem acesso a informação de qualidade para cuidar do corpo e da vida sexual. https://t.co/W1gfSVQXGW pic.twitter.com/hS4VV4CEcb
— Fundo de População das Nações Unidas (@unfpabrasil) 30 de abril de 2018

A jornalista Luciana Barreto mediou a conversa com Beatriz Galli, da organização não governamental IPAS; Ilka Teodoro, da ONG Artemis; Gabi Oliveira, youtuber do canal De Pretas; Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza; Rachel Maia, ex-presidente da Pandora Joias; e Rossana Pulcineli, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SPGESP). Luciana frisou a importância do protagonismo da mulher negra, que é a mais vulnerável às violações de diretos humanos.
Gabi Oliveira, que dialoga em seu canal do Youtube com um público na faixa dos 18 aos 30 anos, disse que não é só a falta de informação que gera o não planejamento de uma gravidez. “A perspectiva do empoderamento, sobretudo para as jovens, é essencial”, declarou.
Também presente no evento, a atriz Bella Piero lembrou que a campanha pode ser transformadora para a juventude. “Sendo porta-voz da Laura (novela “O Outro Lado do Paraíso”, da Rede Globo), é triste constatar o abuso dentro de casa. São adultos que tiram o direito das escolhas dos jovens. Isso mexeu comigo, mas é uma personagem que inspirou as vítimas a denunciar. É fundamental se engajar”.
A saúde da mulher, como reflexo de sua autonomia, foi bastante lembrada em pontos que envolvem também a maternidade. Ilka Teodoro fez uma reflexão sobre violência obstétrica, um dos pontos da campanha. “Temos que reconhecer esse problema, que atinge especialmente mulheres negras e indígenas, para avançarmos como sociedade”.
O empoderamento feminino reflete-se ainda no avanço da economia, como atestou a empresária Luiza Trajano. Ela defendeu que é preciso superar as desigualdades de raça e de gênero por meio de informação e mobilização. “Lido com a violência contra a mulher e participo de tudo no comitê de igualdade da minha empresa, e é preciso fazer acontecer. Os maridos violentos têm medo dos ambientes que acolhem e protegem as mulheres”, declarou.
Clique aqui para saber mais sobre a campanha: eladecide.org.
Clique para exibir o slide.
 
Posted: 30 Apr 2018 11:50 AM PDT
Louis Armstrong, trompetista, músico, compositor e uma das mais proeminentes figuras do jazz norte-americano. Foto: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos
Louis Armstrong, trompetista, músico, compositor e uma das mais proeminentes figuras do jazz norte-americano. Foto: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos
Em mensagem para o Dia Internacional do Jazz, lembrado neste 30 de abril, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, afirmou que “a mensagem pela liberdade está enraizada no coração desse gênero”. A chefe da agência da ONU disse ainda que a trajetória original do estilo musical visava “expressar a dignidade e os direitos humanos” e, por isso, o jazz tocou e continua a tocar pessoas de todas as origens linguísticas, políticas e econômicas.
“O jazz tem suas raízes na luta por liberdade e na resistência contra a opressão. Esse gênero musical, com seus vários estilos, foi abraçado e integrado a inúmeras culturas, transformando-se em novas formas de expressão, ressoando infinitamente com a diversidade de canções e sons ao redor do mundo”, acrescentou Audrey.
Lembrando que o gênero é definido pela improvisação, a dirigente do organismo internacional ressaltou que “a habilidade de os músicos se reunirem e escutarem, tocarem e promoverem o intercâmbio artístico por meio dessa expressão de livre fluxo reflete o espírito dos movimentos de libertação em todo o mundo”.
Em 2018, a data será comemorada com shows e performances em mais de 190 países, incluindo no Brasil. Confira a programação no país clicando aqui.
Neste ano, São Petersburgo, na Rússia, foi escolhida a Cidade Sede Mundial do dia internacional. Para a data, será realizado um concerto com a participação de lendas do jazz, entre elas o embaixador da Boa Vontade da UNESCO, Herbie Hancock, e o russo Igor Butman.
“Este é um dia para homenagear o jazz e seu legado duradouro, assim como para reconhecer o poder que esse gênero musical tem para unir as pessoas”, completou a chefe da UNESCO.
 
Posted: 30 Apr 2018 11:45 AM PDT
Uma vista aérea de Cabul, Afeganistão. Foto: UNAMA / Ari Gaitanis
Uma vista aérea de Cabul, Afeganistão. Foto: UNAMA / Ari Gaitanis
Condenando fortemente dois ataques terroristas na capital afegã, Cabul, a missão das Nações Unidas no país ressaltou a necessidade de levar os criminosos à justiça.
Segundo relatos, pelo menos 14 civis foram mortos e mais de 30 ficaram feridos nos dois ataques que ocorreram na manhã desta segunda-feira 30 (hora local) em um bairro densamente povoado no centro de Cabul.
O segundo ataque foi programado 30 minutos depois para atingir jornalistas que chegavam ao local e equipes de serviços de emergência que procuravam ajudar as vítimas do primeiro ataque.
“Estou indignado com o ataque que parece ter deliberadamente visado jornalistas; este ataque, pouco antes do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, é um ataque direto à liberdade de expressão”, disse Tadamichi Yamamoto, representante especial do secretário-geral da ONU para o Afeganistão e chefe da Missão de Assistência das Nações Unidas no país (UNAMA).
“Não há justificativa para tais ataques […] aqueles que organizaram e possibilitaram esses ataques devem ser levados à justiça e responsabilizados.”
No comunicado, Yamamoto também reiterou as proteções concedidas a civis sob o direito internacional humanitário e convocou todas as partes a manter suas obrigações, em todos os momentos.
“Esses ataques causaram um sofrimento humano incalculável às famílias afegãs”, disse ele, estendendo suas condolências às famílias das vítimas e desejando uma rápida recuperação dos feridos.
 
Posted: 30 Apr 2018 11:12 AM PDT
Edifícios nos arredores de Wall Street. Foto: Michael Aston/Flickr (CC)
Edifícios nos arredores de Wall Street. Foto: Michael Aston/Flickr (CC)
Dezesseis bancos dos quatro continentes, entre eles os brasileiros Itaú Unibanco e Bradesco, uniram-se à Iniciativa Financeira da ONU Meio Ambiente na elaboração de uma metodologia desenvolvida para aumentar o entendimento das instituições financeiras sobre o impacto das mudanças climáticas e da ação pelo clima em seus negócios.
Esse entendimento é fundamental para permitir que os bancos sejam mais transparentes sobre sua exposição aos riscos e oportunidades relacionados ao clima, em linha com a Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês).
Também ajudará nas estratégias dos bancos para se beneficiar da transição para uma economia de baixo carbono e em seu engajamento com clientes nesse sentido. Segundo a ONU Meio Ambiente, esse ponto é essencial uma vez que os riscos e oportunidades relacionados ao clima surgem no setor financeiro principalmente nos serviços para clientes.
A metodologia e os materiais de apoio são o primeiro produto de um processo de colaboração promovido nos últimos dez meses. A iniciativa reuniu diversas áreas das instituições financeiras, incluindo risco de crédito, testes de estresse, sustentabilidade e desenvolvimento de negócios, com cientistas e especialistas em risco e gestão de investimentos.
Além de Itaú Unibanco e Bradesco, os bancos que estão liderando o trabalho e adotando a metodologia são ANZ, Barclays, BBVA, BNP Paribas, Citi, DNB, National Australia Bank, Rabobank, Royal Bank of Canada, Santander, Société Générale, Standard Chartered, TD Bank Group e UBS.
Eles são orientados pelas consultorias Oliver Wyman, Mercer e Acclimatise, e apoiados por cientistas do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (IIASA) e do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático (PIK).
“Muitos desafios ambientais que o mundo enfrenta hoje, especialmente as mudanças climáticas, podem ser atribuídos a uma causa fundamental: o pensamento de curto prazo. Os mercados financeiros podem se tornar um catalisador da ação para a sustentabilidade, mas, para isso, precisam se orientar mais para o longo prazo”, disse Erik Solheim, chefe da ONU Meio Ambiente.
“A beleza das diretrizes é encorajar organizações a considerar e divulgar os impactos de longo prazo. Precisamos dessa mudança de perspectiva para atingir o desenvolvimento sustentável. É por isso que, como ONU Meio Ambiente, estamos contentes de estar trabalhando com líderes tão comprometidos da indústria financeira.”
A metodologia fornece a primeira orientação publicamente disponível projetada especificamente para os bancos realizarem avaliações prospectivas de riscos e oportunidades relacionadas ao clima, conforme previsto pela TCFD. Mais especificamente, a metodologia ajuda os bancos a aplicarem os mais avançados cenários globais de mudanças climáticas disponíveis hoje — como aqueles desenvolvidos por PIK, IIASA e Agência Internacional de Energia (AIE) — para avaliar riscos e oportunidades que a transição econômica de baixo carbono pode apresentar às suas carteiras de empréstimos.
“Quando publicamos as nossas recomendações menos de um ano atrás, fomos deliberados em ver os bancos e outras instituições financeiras não apenas como consumidores de informações relacionadas ao clima, mas como preparadores e emissores de tais informações”, declarou Christian Thimann, copresidente da Iniciativa Financeira da ONU Meio Ambiente, vice-presidente da TCFD e executivo-sênior da seguradora AXA.
“Fizemos isso para enfatizar o papel fundamental que as instituições financeiras terão que desempenhar tanto na salvaguarda da estabilidade financeira quanto no financiamento da descarbonização econômica”, completou.
“Isso é fácil de entender. A parte difícil é encontrar formas eficazes, mas práticas, de as instituições financeiras tomarem tais medidas, realizarem as avaliações necessárias e as divulgarem de forma significativa. Sou grato pela contribuição que este grupo está fazendo hoje para esse fim.”
A metodologia foi elaborada a partir dos conhecimentos, procedimentos e modelos de avaliação de risco já utilizados pelos bancos; e tem como objetivo permitir
avaliações informadas de como as exposições ao risco — e a novas oportunidades potenciais — podem se desenvolver no futuro, sob vários cenários de mitigação climática.
A iniciativa também permite às instituições examinar os riscos e oportunidades em uma série de lugares e setores, e fornece visões de longo prazo que vão além do horizonte de testes de estresse de dois ou três anos.
Segundo a ONU Meio Ambiente, o progresso feito por meio da publicação dessas diretrizes é fundamental. “Através deste esforço altamente colaborativo de cientistas, profissionais de risco e especialistas em sustentabilidade, estabelecemos uma metodologia inovadora que servirá para sustentar a tomada de decisões e a alocação de recursos mais conscientes dos riscos climáticos”, disse John Colas, sócio e vice-presidente da consultoria Oliver Wyman.
“Esperamos que esta metodologia seja ainda mais fortalecida, à medida que as práticas evoluírem e surgirem dados novos e mais granulares de profissionais da indústria, corporações, formuladores de políticas e cientistas do clima.”
Trabalho adicional ainda é necessário entre os setores e áreas de especialização para desenvolver melhores práticas. A maioria dos cenários publicamente disponíveis não se destina à avaliação de riscos financeiros. Juntas, a comunidade científica e as instituições financeiras poderiam melhorar a granularidade dos modelos e avançar nas variáveis ​​de risco financeiro geradas.
Também é importante o engajamento dos bancos e dos mutuários, de modo que as informações aprimoradas no nível do mutuário se tornem disponíveis. Assim como o desenvolvimento de testes de estresse macroeconômico em instituições financeiras, as avaliações e projeções do clima continuarão melhorando ao longo do tempo.
A metodologia estará disponível no site www.unepfi.org/tcfd-for-banks.
Seminários online serão realizados às 5h e 11h (horário de Brasília) em 15 de maio para os interessados em saber mais sobre a nova metodologia.
Entre os palestrantes, estão especialistas em gestão de risco e investimentos da consultoria Oliver Wyman, cientistas especializados em mudanças climáticas do PIK e do IIASA, que forneceram os cenários-base para as metodologias, e representantes dos bancos participantes.
Para se registrar no webminar, é necessário enviar e-mail para Peter Cripps no endereço events@environmental-finance.com.
 
Posted: 30 Apr 2018 11:02 AM PDT
Mapa mostra invasão dos Holandeses a Pernambuco em 1630. Imagem: Biblioteca Nacional
Mapa mostra invasão dos Holandeses a Pernambuco em 1630. Imagem: Biblioteca Nacional
No Rio de Janeiro, a UNESCO participou na semana passada de um seminário para avaliar o andamento do projeto Resgate Barão do Rio Branco, iniciativa que visa identificar e preservar documentos históricos sobre o Brasil Colonial. Fruto de uma parceria entre a Biblioteca Nacional e a agência da ONU, o programa já foi atrás de manuscritos em mais de 500 instituições de nove países.
Nos dias 25 e 26 de abril, a sede da Biblioteca Nacional recebeu especialistas para o evento Rumos do Resgate: signos globais da memória cultural brasileira. O encontro tinha por objetivo debater os resultados e os rumos do programa. A coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Isabel de Paula, estava entre os participantes, que discutiram possíveis revisões conceituais e metodológicas do projeto.
Para localizar o patrimônio documental sobre os tempos coloniais, a iniciativa já percorreu mais de 200 cidades de Portugal, Espanha, Holanda, França, Bélgica, Inglaterra, Estados Unidos, Itália e Áustria. Foram recuperados 4 milhões de manuscritos e códices relativos ao Brasil Colônia. Os materiais foram microfilmados e muitos, já digitalizados, estão disponíveis no site da Biblioteca Nacional.
 
Posted: 30 Apr 2018 08:49 AM PDT
A Usina Hidrelétrica de Itaipu é uma usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Foto: Brasil.gov.br
A Usina Hidrelétrica de Itaipu é uma usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Foto: Brasil.gov.br
A Itaipu Binacional e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) firmaram na sexta-feira (27) uma parceria para promover ações de saúde pública em 54 municípios do oeste do Paraná. Cooperação também beneficiará cidades da província argentina de Misiones, na região de fronteira com o Brasil. Projeto terá atividades voltadas para a educação sexual dos jovens.
“Traremos boas práticas e experiências bem-sucedidas na resolução de um problema que faz com que o capital humano de muitos países não seja devidamente aproveitado, que é a gravidez na adolescência”, explicou o representante do UNFPA, Jaime Nadal, durante cerimônia de formalização da parceria, na sede da Itaipu, em Curitiba.
Segundo o dirigente, trabalhar com essa temática nas áreas da Tríplice Fronteira traz desafios particulares, uma vez que envolve lidar também com a migração transfronteiriça e outras questões que colocam jovens e adolescentes em situação de risco.
A aliança entre a agência da ONU e a empresa fortalecerá os programas já desenvolvidos na região pela Itaipu, por meio do seu grupo de trabalho em Saúde. “Queremos melhorar o acesso de adolescentes à discussão sobre sexualidade, violência sexual e gestação não planejada”, completou o consultor do organismo, Luiz Fernando Ribas.
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm, “esta é uma parceria alinhada com a promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que compõem a Agenda 2030 das Nações Unidas”.
O UNFPA e a hidrelétrica vão detalhar um plano de trabalho para os próximos dois anos, com atividades, prazos e orçamento. Uma das ideias em pauta é criar um selo de qualidade para municípios e estabelecimentos de saúde que adotem uma série de parâmetros no atendimento a jovens e adolescentes.
O Fundo de População das Nações Unidas foi criado pela Assembleia Geral da ONU em 1969 e tem a missão de garantir que cada gravidez seja desejada, cada parto seja seguro e cada jovem alcance seu pleno potencial.
 
Posted: 30 Apr 2018 08:44 AM PDT
O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Miroslav Lajcák (ao centro), preside a reunião de alto-nível sobre a construção e a manutenção da paz. Ao seu lado esquerdo está o secretário-geral da organização, António Guterres, e a subsecretária-geral para assuntos da Assembleia Geral e Gestão de Conferência, Catherine Pollard. Foto: ONU/Evan Schneider
O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Miroslav Lajcák (ao centro), preside a reunião de alto-nível sobre a construção e a manutenção da paz. Ao seu lado esquerdo está o secretário-geral da organização, António Guterres, e a subsecretária-geral para assuntos da Assembleia Geral e Gestão de Conferência, Catherine Pollard. Foto: ONU/Evan Schneider
Pedindo mais diplomacia, diálogo e mediação para impedir conflitos antes que eles se manifestem, autoridades das Nações Unidas pediram na terça-feira (24) uma reunião de líderes mundiais para ajudar a fortalecer uma nova abordagem para manter a paz, com o objetivo de colocar a prevenção no centro do trabalho da ONU.
“A primeira linha da Carta das Nações Unidas nos compromete a salvar gerações sucessivas do flagelo da guerra”, disse o presidente da Assembleia Geral da ONU, Miroslav Lajcák, em seu discurso de abertura da Reunião de Alto Nível sobre Construção e Manutenção da Paz, na sede da organização em Nova Iorque.
“De certa forma, nós cumprimos esse compromisso. Não houve, desde então, outra guerra mundial. Mas, de muitas outras maneiras, nós não o fizemos”, disse ele, observando que uma nova abordagem é necessária para salvar pessoas em locais de conflito interminável, incluindo Síria, Sudão do Sul, Iêmen, Líbia, Somália e Afeganistão.
Lajcák disse que, em 2016, a ONU decidiu adotar uma nova abordagem: a Assembleia Geral, junto ao Conselho de Segurança, adotou o que hoje é conhecido como “resoluções de paz sustentável”, que renovam o compromisso do organismo mundial com a prevenção de conflitos incorporado na Carta da ONU.
Dois anos depois, há desafios em tornar essa abordagem uma realidade, disse ele, pedindo maior atenção internacional para a necessidade de esforços ampliados para prevenir conflitos, alcançar a coerência dentro do Sistema ONU e expandir parcerias, financiamento e inclusão.
Jayathma Wickramanayake, a enviada do secretário-geral para a Juventude, pediu aos Estados-membros que aumentem o financiamento para o trabalho de construção da paz liderado pelos jovens e vejam os jovens como parceiros na agenda da paz sustentável.
O secretário-geral da organização, António Guterres, destacou a necessidade de fortalecer parcerias em torno de todos os esforços, e em todas as fases, desde a prevenção e resolução de conflitos até a manutenção da paz, consolidação da paz e desenvolvimento em longo prazo.
Os principais parceiros incluem os governos, a própria ONU, outras organizações internacionais, regionais e sub-regionais, instituições financeiras internacionais, o setor privado e a sociedade civil, incluindo grupos de mulheres e jovens, acrescentou.
“Manter a paz só será realizado por meio de uma apropriação nacional comprometida e inclusiva que considere as necessidades dos mais marginalizados, incluindo mulheres, jovens, minorias e pessoas com deficiência”, disse ele.
O chefe da ONU disse que mais países estão passando por conflitos violentos do que em qualquer momento em quase três décadas, e que um número recorde de pessoas estão em movimento, deslocadas pela violência, guerra e perseguição.
“As desigualdades estão aumentando; regiões inteiras, países e comunidades podem encontrar-se isolados do progresso e deixados para trás pelo crescimento. Tudo isso indica que precisamos de maior unidade e coragem – para aliviar os medos das pessoas a quem servimos; para colocar o mundo no caminho certo para um futuro melhor; e estabelecer as bases de uma paz e desenvolvimento sustentáveis”, enfatizou Guterres.
Participaram também do debate Michelle Yeoh, atriz e embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e Ishmael Beah, defensor das crianças afetadas pela guerra do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
 
Posted: 30 Apr 2018 08:06 AM PDT
Mais Médicos aumentou número de pessoas atendidas e qualidade dos serviços de saúde. Imagem: OPAS
Mais Médicos aumentou número de pessoas atendidas e qualidade dos serviços de saúde. Foto: OPAS
Em Havana, representantes dos governos cubano e brasileiro e especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentaram na semana passada (26) um panorama do Mais Médicos. Em 2015, mais de 70% dos municípios do Brasil já haviam aderido ao programa, implementado desde 2013. Iniciativa permitiu expandir a cobertura da atenção básica e reduzir internações evitáveis.
“A desigualdade diminuiu de uma maneira notável entre os municípios mais ricos e mais pobres do país. O Mais Médicos hoje segue e se fortalece, contribuindo para a equidade em saúde de uma maneira importante”, afirmou o diretor da OPAS no Brasil, Joaquín Molina, durante a Convenção Internacional Cuba Saúde 2018.
Também presente no evento, Yiliam Jiménez, diretora-geral da Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, do Ministério da Saúde Pública de Cuba, lembrou as diferenças entre o país caribenho e a nação brasileira no que diz respeito ao acesso à saúde. O Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes. Cuba tem 7,7.
“Mas cremos que tanto o governo brasileiro quanto o cubano seguiram desde o início o princípio de Alma-Ata, de saúde para todos, de equidade em saúde, de cobertura universal. E ambos os países tiveram a oportunidade de contar com a OPAS, o que permitiu uma cooperação trilateral para beneficiar a população brasileira e cubana, dando um exemplo do resultado que dois países do hemisfério Sul podem alcançar.”
Denilson Campello, diretor do Departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde, do Ministério da Saúde brasileiro, explicou as modalidades de cooperação dentro do Mais Médicos.
“Dentro do trabalho e da governança do Mais Médicos, existem duas situações muito parecidas de discussões tripartite. Temos a cooperação, que é o trabalho feito com Cuba e OPAS para fazermos ajustes e buscarmos novas ideias, a fim de melhorar o serviço do programa para o usuário final. E temos a tripartite no Brasil, com CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), onde sentamos, discutimos e aprovamos todas as ideias e ajustes necessários ao programa.”

Conquistas do Mais Médicos

Estudos coletados pela OPAS na Plataforma de Conhecimentos Programa Mais Médicos revelam avanços no acesso à saúde. No primeiro ano do programa, a cobertura de atenção básica aumentou de 10,8% para 24,6% no Brasil. O programa também contribuiu para a ampliação da Estratégia de Saúde da Família, que viu seu alcance entre a população crescer de 62,7% para 70,4%, também em 2013.
Em dois anos — de janeiro de 2013 a janeiro de 2015 —, o número de consultas realizadas como parte da Estratégia de Saúde da Família aumentou 33% nos municípios do Mais Médicos. Já nas cidades que não estavam incluídas no programa, o crescimento foi de 15%.
Antes da implementação da iniciativa, as taxas de internação por problemas que podem ser prevenidos e tratados na atenção primária já́ vinham diminuindo no Brasil. De 2009 a 2012, houve uma queda de 7,9% nessas hospitalizações. No entanto, a redução foi maior após o Mais Médicos — 9,1% entre 2012 e 2015. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a diminuição foi ainda mais expressiva, chegando a 21% e 19%, respectivamente. A média nacional também foi superada nas cidades que possuem entre 100 e 200 mil habitantes (18,2%) e entre 30 a 100 mil habitantes (15,8%).
Segundo dados da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde do Brasil (SESAI), ao longo de dois anos de Mais Médicos, 339 profissionais foram incorporados aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Na comparação com agosto de 2013, esse contingente representa um aumento de 79% no total de clínicos trabalhando nesses territórios.
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), apresentou avaliações positivas da população sobre o desempenho dos profissionais brasileiros e estrangeiros que integram a iniciativa. Dos 14 mil entrevistados, 95% afirmaram estar satisfeitos com o programa. De 0 a 10, deram nota 8,4. Entre os indígenas, a média foi de 8,7.
O estudo More doctors for deprived populations in Brazil, publicado num boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que em mais de mil municípios que aderiram ao Mais Médicos, houve um aumento na cobertura de atenção básica de 77,9% para 86,3%, entre 2012 e 2015. Nas mesmas cidades, foi registrada uma queda nas internações evitáveis de 44,9% para 41,2%.
 
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