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terça-feira, 29 de maio de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Brasil: apenas 3,6% dos alunos da rede pública concluem o fundamental com habilidades avançadas de leitura” e 3 outros

Boletim diário da ONU Brasil: “Brasil: apenas 3,6% dos alunos da rede pública concluem o fundamental com habilidades avançadas de leitura” e 3 outros.

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Posted: 25 May 2018 02:58 PM PDT
O programa Escola sem Partido viola frontalmente a Constituição e os tratados internacionais ratificados pelo Estado brasileiro, segundo especialistas do governo federal e da ONU. Foto: EBC
Foto: EBC
Em 2013, apenas 3,6% dos alunos do ensino público brasileiro chegaram ao final do fundamental com habilidades avançadas de leitura. Quando avaliado o desempenho em matemática, esse índice caía para 1,3%. Para discutir soluções para as fragilidades da educação oferecida pelo Estado, cerca de 150 professores e especialistas de secretarias estaduais se reuniram em Brasília nesta semana (23), em seminário da UNESCO.
Participantes debateram o relatório Desigualdade de aprendizado entre alunos das escolas públicas brasileiras: evidências da prova Brasil (2007 a 2013), publicado pela agência da ONU.
A análise investiga o fenômeno da exclusão intraescolar, quando o aluno, mesmo matriculado, não aprende os conteúdos de maneira compatível com a etapa de ensino cursada. Essa questão pode refletir um problema social, sobretudo quando está associado a determinados grupos de estudantes que apresentam certas características sociodemográficas, relacionadas a região onde moram, origem socioeconômica, gênero e cor da pele, por exemplo.
A pesquisa mostra que, em 2013, o percentual de alunos do 9º ano abaixo do nível básico de competências em leitura e matemática era, respectivamente, 23,3% e 35,7%. Nas duas disciplinas, os índices mostram uma piora na comparação com 2011 – 21,3% em leitura e 33,9% em matemática.

Disparidades de gênero e raça

Estudantes negros e pardos estão sobre-representados entre os alunos que concluem o fundamental com habilidades de leitura abaixo do básico – 29,1% e 23%, respectivamente. Entre os brancos, o índice cai para 18,5%, abaixo da média geral (21,3%).
Já entre os que tinham desempenho avançado, os afrodescendentes estavam sub-representados – apenas 2,2% dos negros e 3,1% dos pardos chegavam a esse nível de aprendizado em 2013. Com os brancos, a taxa alcançava os 5,4%.
Em matemática, 42,1% dos alunos negros e 36,3% dos alunos pardos estavam entre os jovens do 9º ano com competências inferiores ao nível básico. A taxa para os brancos era de 28,6%.
Quando comparados os índices de homens e mulheres, a UNESCO identificou que as meninas têm um melhor rendimento em leitura do que os meninos no 9º ano.
Do total de alunas avaliadas pela Prova Brasil de 2013, 17,4% tinham habilidades inferiores ao básico, enquanto que, entre os meninos, o percentual chegava a 29,3%. Quase 30% delas tinham desempenho acima do básico. Já entre os rapazes, o índice era 19,5%.
Mas quando avaliado o desempenho em matemática, as meninas ficaram atrás dos meninos – 36,9% delas tinham competências abaixo do básico. Com os meninos, o índice baixava para 34,4%.

Nova pesquisa em setembro

O encontro em Brasília também discutiu os dados preliminares do estudo Qualidade da infraestrutura escolar das escolas públicas da educação básica – ensino fundamental, produzido por meio de uma cooperação entre a UNESCO e a Universidade Federal de Minas Geral (UFMG). Ainda em fase de construção, a pesquisa tem previsão de lançamento para setembro deste ano.
 
Posted: 25 May 2018 02:49 PM PDT

Saiba mais sobre a iniciativa clicando aqui. Acompanhe o trabalho da ONU Meio Ambiente no Brasil clicando aqui.
 
Posted: 25 May 2018 02:47 PM PDT
Da esquerda para a direita: Paulo Parente; Marcela Trigo; Tatiana Campello; Denise Nascimento; José Graça Aranha; Felipe Augusto Melo de Oliveira e José Carlos Pinto. Foto: Parque Tecnológico da UFRJ
Da esquerda para a direita: Paulo Parente; Marcela Trigo; Tatiana Campello; Denise Nascimento; José Graça Aranha; Felipe Augusto Melo de Oliveira e José Carlos Pinto. Foto: Parque Tecnológico da UFRJ
O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o escritório da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) no Brasil organizaram no fim de abril (24) a segunda edição do evento “Propriedade intelectual no parque”, que celebrou o Dia Mundial da Propriedade Intelectual.
A pesquisadora de biomedicina e professora da UFRJ Bartira Bergmann foi homenageada por seu desempenho inovador na pesquisa e patenteamento de um tratamento farmacêutico para leishmaniose. A empresa Technip FMC e a SME Biotecam também foram homenageadas como residentes do parque com o maior número de patentes depositadas.
O Parque Tecnológico da UFRJ é um espaço de 350 mil metros quadrados dedicado à inovação e às parcerias público-privadas, e abriga centros de pesquisa para empreendimentos inovadores, incubadoras de negócios e espaços para o desenvolvimento de empreendedorismo.
Durante os debates, a vice-reitora da UFRJ, Denise Nascimento, lembrou que a universidade notou um aumento do número de professoras mulheres liderando projetos de pesquisa.
José Graça Aranha, diretor regional da OMPI no Brasil, citou números indicando uma disparidade entre nomes femininos e masculinos listados nos arquivos de patentes da produção acadêmica, apesar do crescimento recente da participação das mulheres.
Já Tatiana Campello, diretora da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI) lembrou que há ampla presença feminina na atividade acadêmica no nível de mestrado, enquanto os homens dominam o doutorado, e que há necessidade de criar políticas que facilitem o acesso de minorias a áreas de pesquisa onde atualmente não têm presença significativa.
Felipe de Oliveira, coordenador-geral para a promoção e inovação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), apresentou uma seleção de iniciativas que têm como objetivo melhorar os processos no instituto e a modernização de seu sistema de tecnologias da informação.
José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico, disse que o local viu forte aumento do número de patentes e registro de marcas ingressados por residentes.
Paulo Mendes, presidente da Comissão de Propriedade Intelectual e Combate à Pirataria da Seção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), cumprimentou os presentes e enunciou os próximos eventos sobre propriedade intelectual organizados pela OAB.
Marcela Trigo, presidente da Sociedade Executiva de Licenciamento (LES, da sigla em inglês) no Brasil, lembrou que a organização focará agora em startups e audiências jovens.
Durante a segunda parte do evento, houve mesa redonda sobre o papel da propriedade intelectual na promoção de parcerias público-privadas. A mesa redonda foi coordenada por Evelyn Montellano, consultora da Di Blasi, Parente & Associados.
A mesa redonda também contou com a participação de Shirley Coutinho, coordenadora da agência de inovação da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) e vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia; Bianca Leyen, gerente setorial de propriedade intelectual da Petrobras; Marcio Spínola, gerente de geociências e representante das empresas hospedadas pelo Parque Tecnológico; Ricardo Remer, sócio da Biotecam; e Vagner Latsch, coordenador de patentes do INPI.
 
Posted: 25 May 2018 02:00 PM PDT
Mudanças climáticas vão agravar secas e prejudicar produção de alimentos no Caribe, segundo a FAO. Foto: FAO
Mudanças climáticas vão agravar secas e prejudicar produção de alimentos no Caribe, segundo a FAO. Foto: FAO
De 2013 a 2016, os recursos financeiros mobilizados na América Latina e Caribe para combater as mudanças climáticas chegaram a 19 bilhões de dólares. O investimento foi tema de painel na comissão econômica da ONU para a região, a CEPAL. Seminário sobre finanças verdes reuniu na quinta-feira (24), em Santiago, representantes de bancos, do mercado e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Nos países latino-americanos e caribenhos, a CEPAL vê um protagonismo crescente dos bancos multilaterais no financiamento de medidas para conter as transformações do clima.
Em 2013, esses organismos concentravam 30% desses investimentos, enquanto os bancos nacionais de desenvolvimento se afirmavam como principais patrocinadores (60%). Em 2016, o cenário mudou, com 44% do total de recursos injetados nas iniciativas climáticas vindo de instituições multilaterais. Apenas 28% eram de bancos nacionais de desenvolvimento.
A comissão das Nações Unidas associa a inversão principalmente à crise econômica do Brasil.
Durante o encontro na capital do Chile, o diretor da Divisão de Desenvolvimento Sustentável e Assentamentos Humanos da CEPAL, Joseluis Samaniego, ressaltou que é importante medir o financiamento e quantificar seu impacto no enfrentamento ao aquecimento global.
“Estamos convencidos de que é necessário alinhar os motores econômicos da região com um grande impulso ambiental, isto é, aproveitar as revoluções energética, de mobilidade, biológica e tecnológica do mundo atual para fazê-las convergir num maior desenvolvimento econômico, com inclusão e uma menor pegada no meio ambiente”, afirmou o especialista.
Samaniego chamou atenção ainda para o surgimento dos bônus verdes no financiamento climático regional – eles representaram 22% dos recursos de 2016. Em 2013, os ativos ainda não haviam sido emitidos. “Isso mostra a importante participação do setor privado, que foi entrando paulatinamente neste negócio.”
O presidente da Fundação Dinheiro e Consciência e líder mundial da Banca Ética, Joan Melé, ressaltou a necessidade de uma mudança radical no sistema econômico financeiro. Para o dirigente, o ser humano deve estar no centro da economia, não o dinheiro, o crescimento ou as utilidades econômicas.
“Uma entidade financeira é a melhor empreitada para tentar mudar o mundo. Gerimos o dinheiro, mas o dinheiro não é nosso, o dinheiro dá poder e esse (poder) pode ser gerido de maneira positiva para mudar o mundo”, disse.
O encontro em Santiago foi promovido pela CEPAL, a Iniciativa Financeira da ONU Meio Ambiente, a Banca Ética/Doble Impacto, ALAS 20 e GovernArt.
 

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