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terça-feira, 12 de maio de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “UNESCO abre inscrições para prêmio sobre educação de mulheres e meninas” e 12 outros.

UNESCO abre inscrições para prêmio sobre educação de mulheres e meninas

Posted: 11 May 2020 12:24 PM PDT

Foto: UNESCO

O Prêmio da UNESCO para a Educação de Mulheres e Meninas, em sua quinta edição, homenageia contribuições excelentes e inovadoras feitas por indivíduos, instituições e organizações para promover a educação de meninas e mulheres. É o primeiro prêmio da UNESCO dessa natureza e é único na promoção de projetos bem-sucedidos que melhoram e promovem as perspectivas educacionais de meninas e mulheres e, por sua vez, a qualidade de suas vidas.

As inscrições vão até 26 de maio.

A igualdade de gênero na educação é um direito básico e um pré-requisito para a construção de sociedades inclusivas. Embora tenha ocorrido um significativo progresso nos últimos 20 anos, segundo dados do Instituto de Estatística da UNESCO, cerca de 16 milhões de meninas nunca entrarão em uma sala de aula.

Financiado pelo Governo da República Popular da China, o Prêmio é conferido anualmente a dois laureados e consiste em uma premiação de US$ 50 mil para cada um com o objetivo de ajudar a promover trabalhos na área de educação de meninas e mulheres.

Estabelecido pelo Conselho Executivo da UNESCO, o Prêmio contribui diretamente para a consecução da agenda de Desenvolvimento Sustentável para 2030, particularmente os ODS 4 em educação e 5 em igualdade de gênero. Também apoia as prioridades globais da UNESCO incluídas na Estratégia de Médio Prazo 2014-2021 e no Plano de Ação para a Igualdade de Gênero 2014-2021 (GEAP II), bem como a Estratégia da UNESCO para a Igualdade de
Gênero na e por meio da Educação para 2019-2025.

Mais informações:

Processo de Inscrição (em inglês)
Conheça os laureados de 2019 (em inglês)
Site do Prêmio (em inglês)
gweprize@unesco.org

 

UNODC abre chamada para Modelo Nações Unidas online em português

Posted: 11 May 2020 11:59 AM PDT

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, durante reunião no Conselho de Segurança. Foto: ONU

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, durante reunião no Conselho de Segurança. Foto: ONU

Diante da pandemia global da COVID-19 e do consequente distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e autoridades locais, a iniciativa Educação para a Justiça (E4J), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), abre processo de candidatura para o I UNODC e-MUN– primeiro Modelo das Nações Unidas virtual e de alcance internacional.

O evento é organizado pelo Escritório do UNODC no Brasil em parceria com os Modelos das Nações Unidas MUNdi (Manaus), SiNUS (Brasília), SOI (Natal), SPMUN (São Paulo) e UFSCMUN (Santa Catarina) – além da Associação Brasileira de Modelos das Nações Unidas, ABRAMUN.

São oferecidas 120 vagas gratuitas, igualmente distribuídas entre estudantes de Ensino Médio e Superior no Brasil e demais países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

As delegações selecionadas terão a oportunidade de simular a Comissão sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal das Nações Unidas (CPCJC), debatendo o tópico “Medidas efetivas para prevenir e combater o tráfico de migrantes, devidamente protegendo os direitos das pessoas traficadas”.

Além de realizada virtualmente, a simulação seguirá trâmites de negociação e aprovação de documentos, conforme realizado no dia a dia das Nações Unidas, como a prática do consenso.

As sessões de simulação ocorrerão nos seguintes dias e horários:

28 e 29 de maio (das 9h30 às 17h, horário de Brasília): circuito para ensino superior

1 e 2 de junho (das 9h30 às 17h, horário de Brasília): circuito para ensino médio

As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de maio de 2020 por meio do link abaixo:

Chamada de candidaturas: aqui

Inscrição online: aqui

Sobre a iniciativa Educação para a Justiça

A iniciativa E4J faz parte do Programa Global do UNODC para a Implementação da Declaração de Doha e tem o objetivo de prevenir a criminalidade e fortalecer uma cultura de respeito ao Estado de Direito, por meio de atividades educacionais desenvolvidas para os níveis fundamental, médio e superior de educação.

Promover atividades e recursos para que Modelos das Nações Unidas (MUNs) possam abordar as áreas temáticas do UNODC é uma atividade central para o E4J. Entre os materiais produzidos, destaca-se o Guia de Recursos para MUNs, com materiais de apoio para que conferências possam abordar questões relacionadas à prevenção ao crime, à justiça criminal e outros aspectos relacionados ao Estado de Direito.

A iniciativa E4J tem cooperado diretamente com MUNs em todo o mundo para fortalecer a capacidade de organizadores (as) e participantes para debater e compreender temas como tráfico de pessoas e contrabando de migrantes, corrupção, tráfico de armas, ética e integridade, crimes cibernéticos, tráfico de animais silvestres, entre outros.

Recentemente, o Escritório do UNODC no Brasil promoveu sessões regionais de treinamento em Brasília, São Paulo (em parceria com SPMUN), Natal (em parceria com SOI), Manaus (em parceria com MUNdi) e Porto Alegre (em parceria com UFRGSMUN) para capacitar professores(as) e organizadores(as) na inclusão dessas e outras áreas temáticas em suas conferências.

 

Novo relatório da CEPAL abordará desafios sociais da pandemia de COVID-19 na América Latina e Caribe

Posted: 11 May 2020 11:35 AM PDT

Relatório da CEPAL abordará efeitos econômicos e sociais do novo coronavírus na região da América Latina e Caribe. Foto: pixabay/OrnaW

Relatório da CEPAL abordará efeitos econômicos e sociais do novo coronavírus na região da América Latina e Caribe. Foto: pixabay/OrnaW

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apresenta na terça-feira (12) o relatório especial COVID-19 N⁰ 3 sobre o seguimento dos efeitos econômicos e sociais do coronavírus na região, intitulado: O desafio social em tempos da COVID-19.

O novo documento, o terceiro de uma série que examina a evolução da pandemia e seus efeitos na região, apresentará desta vez uma estimativa do impacto social e dos desafios relacionados da atual crise para os países da América Latina e do Caribe, tanto em 2020 como no médio e longo prazo.

A apresentação do relatório será feita por meio de uma coletiva de imprensa virtual por Alicia Bárcena, Secretária- Executiva da CEPAL, de Santiago, Chile, às 12h30 de Brasília.

Será transmitida online pelo site da CEPAL e suas redes sociais como, Twitter (@cepal_onu) e Facebook (https://www.facebook.com/cepal.onu).

Os jornalistas poderão enviar suas perguntas com antecedência para o e-mail: conferenciaprensa@cepal.org, que serão respondidas ao vivo pela Secretária-Executiva da CEPAL, ao final da apresentação do documento.  As perguntas serão recebidas até às 13h de Brasília.

Segundo estimativas recentes da CEPAL, a COVID-19 afeta as economias da América Latina e do Caribe por meio de fatores externos e internos, cujo efeito conjunto levará à pior contração que a região sofreu desde 1914 e 1930.

Para 2020, prevê-se uma contração média da economia regional de 5,3%. Da mesma forma, espera-se um forte aumento do desemprego, com efeitos negativos sobre a extrema pobreza e a desigualdade.

A magnitude aproximada desses desafios sociais, bem como os detalhes de uma proposta de uma renda emergencial para a população em situação de pobreza, farão parte do novo relatório apresentado pela secretária-executiva da comissão regional da ONU.

Os meios de comunicação estão convidados a participar da coletiva de imprensa virtual. Os jornalistas deverão se conectar a partir das 12h30 de Brasília pelo site da la CEPAL. As perguntas sobre os temas da coletiva deverão ser enviadas com antecedência para o e-mail: conferenciaprensa@cepal.org.  Elas serão recebidas até às 13h de Brasília, de terça-feira, 12 de maio.

A edição eletrônica completa do novo relatório da CEPAL, juntamente com um comunicado de imprensa e a apresentação da secretária-executiva, Alicia Bárcena, estarão disponíveis no site da CEPAL e na página do Observatorio COVID-19 da América Latina e do Caribe na terça-feira, 12 de maio, ao final da coletiva de imprensa.

O quê: Lançamento do Relatório especial COVID-19 N⁰ 3 da CEPAL: O desafio social em tempos de Coronavírus.

Quem:

  • Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL.

Quando: Terça-feira, 12 de maio de 2020, 12h30 de Brasília.

Onde: Conexão virtual pelo site da CEPAL.

Mais informações:

 

Projeto fotográfico apoiado pelo ONU-HABITAT retrata favelas brasileiras

Posted: 11 May 2020 10:55 AM PDT

Foto: Henrique de Campos Foto: Henrique de Campos O fotógrafo Henrique de Campos. Foto: ONU-HABITAT Foto: Henrique de Campos

O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) apoia o projeto fotográfico “Miséria que Habita”, que documenta em livro as formas de habitação precárias no Brasil.

As imagens foram capturadas pelo fotógrafo Henrique de Campos, que percorreu diversos estados brasileiros.

No mundo, cerca de 1 bilhão de pessoas vivem em assentamentos informais. No Brasil, esse número ultrapassava 11 milhões de pessoas, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010.

Sem serviços públicos essenciais, como coleta de lixo, rede de esgoto, rede de água, energia elétrica e iluminação pública, os moradores dos assentamentos precários enfrentam uma série de vulnerabilidades sociais e sanitárias.

As fotografias do projeto criado em 2017 retratam moradores de favelas como Cantão, em Porto Alegre (RS), Jardim Peri, em São Paulo (SP), Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ), e do lixão da cidade de Codó (MA).

Segundo o fotógrafo, a ideia de registrar essas realidades surgiu de sua “inquietude diante dos problemas sociais ligados à pobreza, e por paixão pela arte visual”.

Campos, que em paralelo ao projeto fotográfico já arrecadou mais de 1 mil cestas básicas e kits de higiene, transformou a mobilização social de suas redes em ajuda para cerca de 600 famílias em diversos estados do país.

“Diante da pandemia e das deficiências sanitárias que fotografei, notei que ajuda e medidas emergenciais poderiam, pelo menos, garantir o básico para essas pessoa em situação extrema carência provocada pelo novo coronavírus”, disse.

Rayne Ferretti Moraes, oficial nacional do ONU-HABITAT, afirmou que a organização apoia institucionalmente os registros fotográficos do projeto, uma vez que estes ilustram de forma alarmante as disparidades sociais com as quais os brasileiros convivem nas cidades.

“O mandato de nossa agência, na busca por cidades mais justas, resilientes, seguras e inclusivas, planeja e apoia ações dos poderes públicos nos mais diversos níveis para que esses registros de total escassez e precariedade façam parte do passado das cidades brasileiras”, disse Rayne.

Sobre o projeto “Miséria que Habita”

O projeto reúne imagens produzidas pelo fotógrafo Henrique de Campos, com a curadoria do também fotógrafo Eder Chiodetto.

As principais fotografias serão reunidas em um livro. A ideia é dar rosto e voz às famílias e comunidades mais vulneráveis, retratar os efeitos da crise econômica dos últimos anos e a crescente onda de desemprego que atinge, em sua maioria, os mais pobres.

Por meio da narrativa do dia a dia dos personagens, o objetivo é mostrar a luta contra o aumento da pobreza (material e imaterial) e a degradação das condições de vida.

Todo dinheiro arrecadado será revertido para os personagens registrados e para os projetos parceiros na forma de assessoria educacional, jurídica, serviços de saúde, beneficiamento de residência, cursos de capacitação profissional ou aquisição de maquinário para trabalho.

Saiba sobre a iniciativa no site miseriaquehabita.com.br e nas redes sociais Instagram @miseriaquehabita e Facebook.com/miseriaquehabita

 

Perda maciça de renda afeta 90% dos trabalhadores informais na América Latina e no Caribe

Posted: 11 May 2020 09:53 AM PDT

OIT informa que 90% das trabalhadoras e dos trabalhadores informais estão sendo severamente afetados pelos efeitos adversos da pandemia sobre o emprego. Foto: OIT

OIT informa que 90% das trabalhadoras e dos trabalhadores informais estão sendo severamente afetados pelos efeitos adversos da pandemia sobre o emprego. Foto: OIT

As estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o impacto da pandemia de COVID-19 revelam que na América Latina e no Caribe há uma perda maciça de renda do trabalho entre as pessoas com emprego informal, o que poderá causar um aumento acentuado nas taxas de pobreza relativa, afetando quase metade da força de trabalho.

De um total de 292 milhões de pessoas empregadas na América Latina e no Caribe, 158 milhões trabalham em condições de informalidade, o equivalente a uma taxa média regional de 54%, destaca a nota informativa global sobre “A crise da COVID-19 e o emprego informal ” (em inglês), publicada esta semana pela OIT.

Assim, 90% das trabalhadoras e dos trabalhadores informais estão sendo severamente afetados pelos efeitos adversos sobre o emprego causados pela pandemia de COVID-19 e pelas medidas destinadas a enfrentar a emergência de saúde, destacou o relatório da OIT. Isso equivale a 140 milhões de pessoas, ou seja, 48% do emprego total.

“A crise de COVID-19 expôs dramaticamente os problemas associados à informalidade na região”, disse o diretor da OIT para a América Latina e o Caribe, Vinícius Pinheiro. “A emergência de saúde, o confinamento e a crise econômica têm um impacto social sem precedentes.”

Estima-se que a crise tenha resultado em uma perda de 60% na renda de trabalhadoras e trabalhadores informais em todo o mundo. Na América Latina e no Caribe, essa perda foi maior, chegando a 80%.

Na região, isso resultará em um aumento na taxa de pobreza relativa, o que, de acordo com as novas estimativas da OIT, poderia aumentar o percentual de trabalhadoras e trabalhadores informais de 36%, antes da crise da COVID-19, para 90%. Trata-se de um aumento de 54 pontos percentuais.

“Uma das faces mais terríveis dessa pandemia é a desigualdade, porque afeta desproporcionalmente as pessoas mais pobres, aquelas que não conseguem adotar o teletrabalho, que dependem de empregos precários nos setores mais afetados e que geralmente têm mais limitações para cumprir com as medidas de confinamento”, destacou Pinheiro. Em muitos casos, as trabalhadoras e os trabalhadores informais moram em casas superlotadas sem condições sanitárias adequadas.

Grande parte do emprego informal é caracterizada por instabilidade, baixa renda, inexistência de proteção social frente a emergências de saúde ou situações como desemprego e ausência de direitos trabalhistas. Na América Latina e no Caribe, 59% das pessoas com emprego informal trabalham por conta própria, enquanto 31% estão empregadas em micro e pequenas empresas com entre dois e nove funcionários.

O relatório da OIT inclui uma série de recomendações de políticas públicas para abordar a situação das trabalhadoras e dos trabalhadores informais, incluindo medidas destinadas a reduzir a exposição ao vírus, garantir o acesso a cuidados de saúde, apoiar as famílias com renda ou alimentos e evitar mais danos ao tecido econômico dos países.

“Após essa crise, será necessário reconstruir o mercado de trabalho e é importante que isso inclua medidas para enfrentar o problema do emprego informal em toda a sua complexidade”, afirmou Pinheiro. “A construção de um novo normal no mundo do trabalho deve ser apoiada por políticas de universalização da proteção social e de formalização do emprego”.

 

ONU busca ligação animal a infecções humanas pela COVID-19

Posted: 11 May 2020 09:23 AM PDT

Centro de isolamento em Bangladesh foi contruído para oferecer cuidados de saúde para refugiados com COVID-19. Foto: ONU

Desde que a doença respiratória surgiu no centro da China, no final de dezembro, as autoridades de saúde correram para localizar onde e como o vírus foi transmitido pela primeira vez do seu hospedeiro animal aos seres humanos.

Segundo o especialista em segurança alimentar e zoonoses da Organização Mundial da Saúde (OMS), Peter Embarek, acredita-se que um mercado atacadista da cidade de Wuhan, agora fechado, “tenha desempenhado um papel” no surto, mas não está confirmado se a origem do vírus ocorreu lá.

“Todos esses estudos preliminares, entrevistas e coleta de dados ajudarão a identificar, em tempo e em termos geográficos, a origem do novo coronavírus. Nesse caso, poderia ser no mercado de Wuhan, mas também poderia estar fora ou mais longe, e, portanto, não faz sentido começar a testar animais em todo o lugar, antes de fazer esse trabalho de base”, disse.

Em uma videoconferência com jornalistas, Embarek destacou o fato de que muitas pessoas apresentaram poucos ou nenhum sintoma de infecção pela COVID-19, provavelmente contribuindo para a rápida disseminação do surto.

“Aprendemos muito sobre a doença e sabemos que a grande maioria dos casos apresenta sintomas leves ou inexistentes; portanto, não seria surpreendente que, naquele momento, houvesse muitos casos leves que não foram detectados, porque nós nem sabíamos que eram casos leves. E isso poderia explicar como algumas das pessoas que não tinham vínculo com o mercado poderiam ter sido infectadas”, explicou.

Em surtos anteriores de coronavírus, como o episódio da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) em 2012, encontrar o elo animal-humano estava longe de ser simples, mesmo que “todo mundo estivesse procurando a origem”, explicou Embarek.

No final, foram necessários meses de pesquisa epidemiológica e um pouco de “sorte” antes que a transmissão relacionada a camelos fosse identificada. No decorrer, autoridades de saúde do Qatar relataram dois casos suspeitos vinculados a uma fazenda, confirmando, posteriormente, serem relacionados a dromedários.

“Como eu disse para o vírus MERS, que demorou cerca de um ano para encontrarmos a origem do vírus, nunca é tarde, mas é importante tentarmos encontrar a origem para entender o que aconteceu no início do evento para evitar uma repetição e novas pandemias nos próximos anos com outros vírus diferentes”, explicou.

Para os cientistas, colocar o vírus original “antes de se adaptar aos seres humanos” sob um microscópio poderia ajudar a desvendar segredos genéticos que também poderiam ajudar a proteger as gerações futuras. “Assim, poderíamos entender melhor como ele se adaptou aos seres humanos, como evoluiu e quais são as mudanças na composição do vírus que provavelmente fizeram essa adaptação”, disse Embarek.

“Às vezes podemos ver mutações, mas realmente não entendemos qual mutação é crítica e qual é menos crítica, porque eles estão sofrendo mutações o tempo todo e, em 99% dos casos, essa mutação não significa nada”, explicou.

Para o especialista, é complexo exigir controles de saúde mais fortes nos mercados úmidos, já que é uma característica comum da vida cotidiana em toda a Ásia. Para ele, “é uma questão de separar o público dos animais vivos e as pessoas que vendem e abatem esses animais. Portanto, é mais sobre gerenciamento do que regulamentos e inspeções e limpeza e desinfecção”, afirmou.

Gatos e furões suscetíveis, cães menos
No que diz respeito à transmissibilidade da infecção por animais que regularmente entram em contato com seres humanos, o funcionário da OMS observou que os gatos eram suscetíveis ao vírus e também podem transmitir a doença a outros gatos. Os furões também foram infectados juntamente com os cães “até certo ponto”, enquanto porcos e aves parecem ter maior resistência à doença.

Sem transmissão de mosquitos ou parasitas
Dr. Embarek também afirmou que o novo coronavírus não poderia ser transmitido por mosquitos e parasitas. “Houve discussões sobre mosquitos e se outros animais poderiam transmitir o vírus, e esse não é o caso. Esses vírus têm afinidades muito específicas com determinadas espécies animais e com habilidade limitadata de se ligar e infectar células específicas de diferentes espécies. Eles não podem invadir e infectar espécies animais específicas, de modo que não é possível que eles invadam tudo o que tocam ou se movem”, explicou.

Trabalhando com a China
Questionado sobre o nível de colaboração da OMS com as autoridades de saúde chinesas para combater a COVID-19, ele respondeu que “a China tem provavelmente todo o conhecimento necessário para realizar as investigações, uma vez que possuem muitos pesquisadores muito qualificados para fazer isso”.

Ao mesmo tempo, ele observou que “poderia ser útil ter discussões e colaborações com grupos e pesquisadores de todo o mundo que tiveram – ou passaram por – eventos similares, estudos semelhantes para compartilhar experiências, já que isso sempre enriqueceu e melhorou a velocidade, a qualidade e a probabilidade de sucesso desses estudos muito complexos”, concluiu.

 

“Sem esse dinheiro eu estaria na rua”, diz venezuelana apoiada pelo ACNUR

Posted: 11 May 2020 08:31 AM PDT

Clique para exibir o slide.

As manicures venezuelanas Sliany, 32, e Francis, 21, chegaram ao Brasil há um mês compartilhando o mesmo receio: como conseguir sustento com a pandemia do novo coronavírus, dada a redução de oportunidades de emprego e geração de renda causada pelas medidas de isolamento social.

Com a atividade comercial no país bastante paralisada e a redução drástica de contratações por parte das empresas, elas não imaginavam que a perspectiva de reconstruir suas vidas no Brasil enfrentaria essas dificuldades adicionais.

Ambas não desistiram, e com a resiliência característica das pessoas refugiadas, distribuíram currículos, procuraram possíveis empregadores mas nada conseguiram. Sem perspectivas, Sliany e sua família (marido e três filhos) foram viver com a mãe, nos arredores de Brasília. Francis, que estava temporariamente na casa de amigos, alugou um quarto, também no Distrito Federal, e se mudou para lá com o companheiro e um filho.

Na casa da mãe de Silany a situação também estava complicada. Outras cinco pessoas já moravam no local e ela, que chegou ao Brasil em agosto de 2019 e vinha realizando trabalhos domésticos informais, teve esta fonte de renda suspensa pelas normas de isolamento social. Com três meses de aluguel atrasado, as ameaças de despejo batiam à porta.

Mesmo com estes frágeis arranjos iniciais, as duas venezuelanas seguem com preocupações comuns a várias pessoas refugiadas (e também brasileiros) que perderam suas fontes de renda com a redução da atividade econômica causada pela pandemia da COVID-19: a vida segue, as contas chegam e é preciso ter dinheiro para manter a família com dignidade e segurança.

Para responder aos desafios adicionais gerados pelo novo coronavírus e apoiar a população refugiada em situação de maior vulnerabilidade durante o período da pandemia, o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) está fortalecendo seu programa emergencial de apoio financeiro – conhecido como CBI (da sigla em inglês para Cash Based Intervention).

Sliany e Francis estão entre as mais recentes beneficiárias deste programa. Ambas receberam no mês passado o cartão eletrônico “Apoio ACNUR”, por meio do qual poderão realizar saques ou fazer pagamentos para cobrir despesas urgentes e prioritárias, como moradia, alimentação e saúde.

“Isso nos dará muito mais tranquilidade. Poderemos assegurar o pagamento do aluguel e luz, além de fraldas e alimentos”, conta a mãe de Sliany, que acompanhou a filha quando ela recebeu o cartão do programa CBI na sede do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), entidade parceira do ACNUR no atendimento a pessoas refugiadas no Distrito Federal.

“É um apoio muito importante. Sem esse dinheiro eu estaria na rua com meu companheiro e meu filho”, reconhece Francis, também beneficiada pelo programa por meio da parceria entre ACNUR e o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), entidade que atende pessoas refugiadas no Distrito Federal. “Poderei também comprar os medicamentos do meu marido e fraldas para meu filho mais novo”, completa Sliany.

Cobertura nacional – Nos primeiros quatro meses do ano, o ACNUR desembolsou pouco mais de um milhão de reais em transferências de CBI. Quase 700 famílias foram atendidas até agora, sendo 563 delas chefiadas por mulheres. No total, mais de duas mil pessoas já foram beneficiadas pelo programa neste ano.

De acordo com os dados do ACNUR, a maioria dos beneficiários neste ano é de nacionalidade venezuelana, o que reflete o grande fluxo de refugiados e migrantes deste país no Brasil. Mas o programa também atendeu famílias refugiadas da República Democrática do Congo, da Colômbia, de Cuba, da Síria e do Marrocos, entre outros. Os apoios financeiros são feitos pelos parceiros do ACNUR e acontecem em várias partes do país.

Na capital paulista, o atendimento do programa de CBI é feito pela Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, também parceira do ACNUR. A venezuelana Vanessa, de 30 anos, esteve recentemente na sede da organização para receber o cartão do programa.

Ela mora há um ano no Brasil e a reviravolta econômica gerada pela pandemia agravou suas preocupações e dificuldades de conseguir um emprego. “Tenho dormido e acordado com a preocupação de como será o dia de amanhã”, revela a atendente, atualmente desempregada.

“Estou com dificuldades financeiras para manter minha vida, que é simples, mas também aguerrida”, afirma Vanessa. “Neste momento não consigo trabalho e estava contando com a ajuda de vizinhos para me manter com meus quatro filhos. Este cartão do ACNUR ajudará muito nossas vidas nesse momento”, conta.

Critérios – A seleção dos beneficiários é feita a partir de critérios acordados entre a Agência da ONU para Refugiados e equipes de assistência social das instituições parceiras. As pessoas precisam estar com documentos brasileiros, como o protocolo de solicitante de refúgio, o protocolo de residência e o CPF. São considerados critérios de vulnerabilidade a incapacidade de atender necessidades básicas, crianças desacompanhadas, pessoas com condições médicas sérias ou com necessidades especiais, pessoas idosas em risco, pais e mães solteiros e pessoas sobreviventes de violência.

O benefício também tem sido fundamental no apoio à estratégia de interiorização, implementada pelo governo federal no âmbito da Operação Acolhida e que transfere voluntariamente refugiados e migrantes venezuelanos vivendo em Roraima e Amazonas para outras regiões do país com melhores perspectivas de integração econômica e social.

Quem é interiorizado para outras cidades com uma vaga de trabalho e fica fora de abrigos apoiados pelo ACNUR recebe o benefício para comprar itens básicos e pagar o aluguel até o recebimento do primeiro salário. Quem está abrigado, recebe os recursos para cobrir despesas da família e se estabilizar financeiramente, criando condições para deixar o abrigo e se tornar autossuficiente na cidade de acolhida.

Com a pandemia da COVID-19, vários solicitantes de refúgio e refugiados necessitam um apoio complementar para garantir sua proteção – especialmente em questões de saúde. Normalmente, estas pessoas acessam o sistema público de saúde, que atualmente está sobrecarregado com a resposta à pandemia. Assim, necessitam de um apoio adicional para cobrir custos com medicamentos e outras intervenções difíceis de conseguir neste momento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O apoio financeiro às pessoas refugiadas permite que elas atendam suas necessidades de maneira digna e contribuam para a economia local de forma assertiva. O programa de CBI do ACNUR fornece proteção, assistência e serviços a quem está numa situação de maior vulnerabilidade, de acordo com suas reais necessidades”, afirma Cecilia Alvarado, responsável pelo programa do ACNUR no Brasil.

A distribuição do apoio acontece de acordo com os critérios de vulnerabilidade. “Os valores variam de acordo com o perfil e as necessidades dos grupos familiares”, explica Paula Coury, Gerente de Integração do IMDH. “São muitas pessoas, então as ajudas são necessárias para que as famílias possam se organizar, estabilizar e passar a gerar sua própria renda”, explica.

“Temos notado uma crescente demanda de solicitações de ajuda por parte das pessoas refugiadas, principalmente para cobrir duas despesas essenciais: aluguel e compra de alimentos. Estamos ampliando os canais de comunicação para atender às demandas, mas estamos recebemos em média 50 pedidos por dia”, destaca Cleyton Abreu, coordenador da Caritas São Paulo.

Tanto o IMDH quanto a Cáritas SP (assim como outras organizações parceiras do ACNUR) estão ajustando seus procedimentos para continuar realizando as transferências do programa CBI às pessoas refugiadas mais vulneráveis. As avaliações de vulnerabilidade têm sido feitas remotamente – por telefone ou videoconferência -, e documentos que antes eram apresentados fisicamente podem agora ser enviados eletronicamente, por email ou aplicativo de celular.

As informações enviadas são checadas no ProGress, sistema eletrônico de registro do ACNUR adotado em todo país.
Os beneficiários que recebem o cartão pela primeira vez são atendidos presencialmente. Os que já possuem os cartões têm os valores recarregados eletronicamente. Em média, os desembolsos duram três meses, podendo ser renovados a partir de uma nova análise de vulnerabilidade.

Apoio de doadores – O ACNUR financia o programa de CBI no Brasil graças ao apoio de doadores. Estes recursos podem ser usados em diversas atividades e se somam a doações específicas do governo de Luxemburgo e do Fundo Central das Nações Unidas de Resposta à Emergência (CERF) para esta atividade.

Além das ações de CBI, os fundos também financiam a distribuição de itens não-alimentares de primeira necessidade (como kits de higiene pessoal e limpeza) e atividades de prevenção e enfrentamento à violência de gênero e por exemplo.

As doações do governo de Luxemburgo ainda apoiam o projeto LEAP (Liderança, Empoderamento, Acesso e Proteção), voltado a mulheres refugiadas, solicitantes de refúgio e migrantes. Este projeto é implementado pelo ACNUR com a ONU Mulheres e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para promover iniciativas de empoderamento e integração de venezuelanas no Brasil.

Para 2020, o objetivo do ACNUR é atender cerca de 15 mil pessoas por meio do programa emergencial de apoio financeiro, sendo necessário um orçamento de aproximadamente 2 milhões de dólares. Ainda é necessário arrecadar 1,2 milhão de dólares para alcançar este objetivo, sendo que a pandemia da COVID-19 tem aumentado o número de refugiados vulneráveis e potenciais beneficiários do programa.

Para doar, acesse aqui.

 

Mais de 1,1 mil indígenas são beneficiados em ação de prevenção à COVID-19 em Pacaraima (RR)

Posted: 11 May 2020 07:47 AM PDT

Indígenas são beneficiados em ação de prevenção à COVID-19 em Pacaraima (RR). Foto: OIM

Desde que a pandemia da COVID-19 chegou ao Brasil, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) tem reforçado suas atividades em campo e desenvolvido atividades de prevenção e informação para refugiados, migrantes e comunidade de acolhida. As ações incluem as comunidades indígenas transfronteiriças, que são visitadas pela OIM de modo a dialogar com a população local e da Venezuela sobre saúde e medidas de prevenção ao novo coronavírus.

Em ação realizada no último mês no município de Pacaraima, Roraima, mais de 1.100 indígenas da etnia Pemón-Taurepang moradores do Bananal, Sorokaima I e Sakao-Motá, foram beneficiados com kits de higiene e sessões informativas sobre prevenção à COVID-19. Os kits, que contêm mosquiteiro, sabão e toalha, também serão úteis para o combate a outras doenças transmitidas por mosquitos comuns na região, como a malária e a dengue.

Os indígenas Taurepang se auto-designam Pemon e são vinculados à família linguística Caribe que ocupa toda a área desde a Guiana Francesa até a Colômbia, numa faixa ao norte do rio Amazonas conhecida como Gran Sabana. Desde tempos remotos esses indígenas mantem relações de trocas comerciais e de visitas que acabaram por se intensificar com o fluxo de indígenas da Venezuela na atualidade.

Durante as rodas de conversas organizadas, os moradores foram informados sobre a situação atual da pandemia da COVID-19, sobre como identificar os sintomas da doença e que medidas de prevenção, como o distanciamento social e a higienização regular das mãos, são úteis para evitá-la. Os indígenas também falaram sobre suas práticas de saúde tradicionais e necessidades de suprimentos e atendimento médico.

“As comunidades indígenas visitadas foram identificadas como aquelas que receberam o maior fluxo de migrantes desde 2019 e a pandemia do novo coronavírus trouxe um fator a mais de fragilização para essas pessoas que já enfrentavam diversos desafios. Com as ações realizadas, esperamos apoiá-las nessa emergência em saúde”, informou a assiste de projeto da OIM à frente da ação, Clara Seguro.

Em parceria com a Operação Acolhida, resposta humanitária do governo federal, a OIM dá apoio constante aos indígenas migrantes e às comunidades de acolhida.

Estas ações em promoção da saúde são realizadas com o apoio financeiro do Governo do Japão. O intuito é garantir assistência humanitária nas áreas de atenção primária à saúde por meio do suporte assistencial em saúde a venezuelanos e a população do estado. As atividades são alinhadas e executadas em consonância com o Sistema Único de Saúde e diferentes esferas de governo.

 

Confira o boletim da ONU Brasil #282

Posted: 11 May 2020 07:29 AM PDT

Visualize o boletim também em http://www.nacoesunidas.org/boletim282

Boletim quinzenal da ONU

 

ONU e a COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus

Confira abaixo as últimas notícias sobre o novo coronavírus COVID-19, bem como os dados mais atualizados na página da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS): paho.org/bra/covid19.

Acesse a página internacional da OMS em who.int/coronavirus, e das Nações Unidas em un.org/coronavirus. Acesse os dados globais mais atualizados em covid19.who.int e os dados do Ministério da Saúde do Brasil clicando aqui. Acesse também: COVID-19 e a dimensão de direitos humanos.

 

Foto: Prefeitura de Manaus

OPAS colabora com Manaus, Amazonas e Ministério da Saúde na resposta à COVID-19

Nesta semana, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Socorro Gross, acompanhou a visita do ministro da Saúde do país, Nelson Teich, a hospitais de Manaus (AM) e participou das reuniões com autoridades locais sobre as ações desenvolvidas no enfrentamento à COVID-19.

Esse encontro fez parte das ações do Ministério para fortalecer a capacidade de resposta do estado do Amazonas, incluindo o envio de 1,5 milhão de Equipamentos de Proteção Individual, de 40 mil testes de diagnóstico RT-PCR, 90 respiradores, técnicos e profissionais de saúde, entre outras ações.

 

São Paulo já soma mais de 1,7 mil mortos por COVID-19. Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

OPAS pede que países das Américas analisem tendências da pandemia antes de flexibilizar distanciamento social

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu aos países das Américas que identifiquem tendências específicas da pandemia de COVID-19 de acordo com seus contextos específicos e alertou que a flexibilização precoce nas medidas de distanciamento social “poderia acelerar a propagação do vírus e abrir a porta para um aumento dramático de casos ou sua propagação a áreas próximas”.

Etienne destacou que em muitas áreas da região, o número de casos está dobrando em poucos dias, como ocorre agora em Estados Unidos, Canadá, Brasil, Equador, Peru, Chile e México.

 

Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus (2019-nCoV), realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus Respiratórios para o Ministério da Saúde. Foto: IOC/Fiocruz/Josué Damacena

Plataforma mapeia soluções inovadoras de resposta à COVID-19 no Brasil

Diante da pandemia da COVID-19, a iniciativa Dia Mundial da Criatividade e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) uniram esforços para lançar uma plataforma que mapeia soluções inovadoras que apoiam a resposta do Brasil à pandemia. As inscrições podem ser feitas até 21 de maio.

O mapeamento será aberto e disponível gratuitamente com a intenção de acelerar a conexão e a viabilização de potenciais aquisições, compras e distribuição de produtos e serviços que ajudem no combate aos problemas causados pelo novo coronavírus.

 

Com o apoio do PNUD, os funcionários comunitários de Bangladesh estão trabalhando no terreno distribuindo pacotes de higiene e promovendo a conscientização sobre a prevenção do coronavírus. Foto: PNUD/Fahad Kaizer

COVID-19: Líderes mundiais prometem €7,4 bilhões para pesquisa de medicamentos e vacinas

Os líderes mundiais prometeram na segunda-feira (4) 7,4 bilhões de euros para apoiar a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e vacinas para a COVID-19, um compromisso considerado pelo principal oficial de saúde da ONU “uma demonstração poderosa e inspiradora da solidariedade global”.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizou que a “verdadeira medida de sucesso” dependerá da distribuição equitativa dos novos medicamentos, não da rapidez com que eles possam ser desenvolvidos.

 

António Guterres disse que o mundo precisa agir imediatamente para “fortalecer a imunidade das nossas sociedades contra o vírus do ódio”. Foto: Dimitri Karastelev via Unsplash

ONU: ‘Devemos agir para fortalecer a imunidade das sociedades contra o vírus do ódio’

“Para a COVID-19 não interessa quem somos, onde vivemos, em que acreditamos ou qualquer outra diferença.”

Foi assim que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, iniciou sua mensagem em vídeo em que pede solidariedade para lidar com o que classificou de “tsunami de ódio e de xenofobia, de bodes expiatórios e de disseminação do medo” em meio à pandemia.

No vídeo, divulgado nesta sexta-feira (8), Guterres alertou que o sentimento de xenofobia – a aversão a pessoas de outras nacionalidades, culturas, etnias ou credos – aumentou na internet e nas ruas nos últimos meses.

Guterres disse que o mundo precisa agir imediatamente para “fortalecer a imunidade das nossas sociedades contra o vírus do ódio”. Acesse aqui a mensagem.

 

Foto: Flickr (CC) / Dams999

ARTIGO: Pagamento por serviços ambientais

Em artigo publicado no jornal Correio Braziliense, a representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Katyna Argueta, elogia projeto assinado pelo governo brasileiro que prevê remunerar quem preservar a floresta Amazônica por meio de compensação por serviços ambientais.

“Os ‘serviços’ podem incluir a proteção de bacias hidrográficas, a conservação da biodiversidade, a promoção do estoque de dióxido de carbono por meio, por exemplo, do replantio de árvores, da manutenção da floresta em pé ou do uso de diferentes técnicas agrícolas.” Leia o artigo completo.

 

Moradora de Muona, sul do Malawi, lava as mãos com água e sabão para prevenir infecção por COVID-19. Foto: WFP

ARTIGO: Ciência, cooperação e uma nova noção de humanidade

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, a diretora e representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, afirma que o conhecimento cientifico é o caminho para superarmos a pandemia de COVID-19, mas ele não será suficiente para evitarmos as consequências danosas de outros problemas globais.

“Será preciso uma nova leitura de como enxergamos a humanidade, um outro patamar de empatia, que deve vir de governos, agentes econômicos e sociedade civil.” Leia o artigo completo.

 

Favelas em Porto Príncipe, Haiti. Foto: ONU-Habitat/Julius Mwelu

ONU-HABITAT lança plano de resposta à pandemia com foco em comunidades vulneráveis

Para enfrentar a crise de COVID-19, o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) lançou um Plano de Resposta de caráter emergencial para 64 países, com foco em ações imediatas em áreas pobres e densamente povoadas.

Mais de 70% do apoio será usado para ajudar os assentamentos informais a melhorar o acesso à água e ao saneamento, aumentar a conscientização sobre a COVID-19 e apoiar iniciativas para prevenir que as pessoas sejam despejadas, fornecendo abrigo temporário ou atividades alternativas de geração de renda.

Em 16 países da América Latina e do Caribe, o ONU-HABITAT fortalecerá a capacidade das autoridades locais, ajudará a mitigar o impacto econômico da pandemia entre os mais pobres nas cidades e unirá esforços regionais para trazer investimentos para áreas vulneráveis.

 

Menina no campo de deslocados internos Khair Al-Sham, na Síria. Foto: OCHA

COVID-19: ONU e parceiros lançam apelo de US$6,7 bi para ajudar países mais vulneráveis

O Plano Global de Resposta Humanitária de 6,7 bilhões de dólares exige ações rápidas e determinadas para evitar os efeitos mais debilitantes da pandemia em 63 países de baixa e média renda.

Embora a maioria desses países tenha um baixo número de casos de COVID-19 até agora, sua vigilância, exames laboratoriais e sistemas de saúde são fracos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Médicos da OIM trabalham em consultórios móveis em Roraima durante pandemia da COVID-19

Duas ambulâncias transformadas em consultórios médicos estão atendendo brasileiros, migrantes e refugiados em pontos estratégicos de Boa Vista, capital de Roraima, durante a pandemia da COVID-19. Conheça a história dos médicos da equipe de saúde da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

 

ONU-HABITAT participa de discussões sobre plano de desenvolvimento sustentável do Rio

O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), por meio do projeto Sistemas de Responsabilidade Pública para Medir, Monitorar e Informar sobre Políticas Urbanas Sustentáveis na América Latina, acompanha a construção do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ).

A s


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