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quinta-feira, 28 de maio de 2020

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Witzel é o alvo da Operação Placebo, confirmam fontes da PF

Posted: 26 May 2020 05:51 AM PDT


O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), é o alvo da Operação Placebo. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal à analista de política Basília Rodrigues, da CNN, na manhã desta terça-feira (26).
De acordo com as informações apuradas pela analista da CNN, a ação desta manhã é um desdobramento da Operação Favorito, que é atrelada à Lava Jato do Rio de Janeiro e investigou empresários em um esquema de superfaturamento de contratos.
A partir dessas investigações, a PF encontrou suspeitas de que esse grupo estaria envolvido em negociações ilegais na construção de hospitais de campanha feitos para o combate à Covid-19. 

Polícia Federal está no Palácio Laranjeiras, residência oficial de Wilson Witzel

Posted: 26 May 2020 04:21 AM PDT


Operação Placebo, autorizada pelo STJ, busca provas em 12 endereços. O G1 entrou em contato com o governo do estado, mas, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia resposta.

Polícia Federal está no Palácio Laranjeiras, residência oficial de Wilson Witzel
A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta terça-feira (26) a Operação Placebo, sobre suspeitas de desvios na Saúde do RJ para ações na pandemia de coronavírus. São 12 mandados de busca e apreensão -- um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC).

A PF afirmou que Witzel e a esposa, Helena, são investigados. A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por ordenar ações contra governadores.
Há 15 dias, o Ministério Público do RJ comunicou a Procuradoria Geral da República sobre citação ao Witzel nas investigações.
Equipes também foram mobilizadas para a casa onde Witzel morava antes de ser eleito, no Grajaú, e no escritório de advocacia do governador, que é ex-juiz federal.
G1 entrou em contato com o governo do estado, mas, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia resposta.

Polícia Federal no Palácio Laranjeiras — Foto: Reprodução/TV Globo
1 de 2 Polícia Federal no Palácio Laranjeiras — Foto: Reprodução/TV Globo


Polícia Federal no Palácio Laranjeiras — Foto: Reprodução/TV Globo

Gabriell Neves e Iabas também são alvo

Outros alvos da ação desta terça são Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde de Witzel preso na Operação Favorito, e o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), organização social contratada pelo governo do RJ para a construção de sete hospitais de campanha no estado.
Equipes foram para a casa de Gabriell, no Leblon, e nos escritórios da Iabas no Centro do Rio e em São Paulo.

G1 também tentou contato com a defesa do Iabas e de Gabriell.

Rua Professor Valadares, onde Witzel morava antes de ser eleito — Foto: Reprodução/TV Globo
2 de 2 Rua Professor Valadares, onde Witzel morava antes de ser eleito — Foto: Reprodução/TV Globo

Rua Professor Valadares, onde Witzel morava antes de ser eleito — Foto: Reprodução/TV Globo
Do R$ 1 bilhão que o governo do RJ destinou para o combate à Covid-19, R$ 836 milhões foram destinados para o Iabas.
As obras de seis das sete unidades do governo do RJ estão quase um mês atrasadas — somente o do Maracanã está operando, e uma ala foi “inaugurada” nesta sexta.
Nesta quinta (21), em entrevista ao RJ2, o secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, afirmou que alguns desses hospitais podem não ser entregues. O governo Witzel já pagou um terço do valor acertado com o Iabas.
“A gente está vendo que, gradativamente, está diminuindo o número de casos. Isso faz parte da epidemia. Se a gente perceber que isso vai continuar, a gente vai deixar de construir as unidades, e o valor será devolvido para o Erário”, disse Ferry.

Desse montante — e antes de ter recebido o primeiro leito dos sete hospitais contratados —, o estado já tinha adiantado R$ 256 milhões, em três levas:
Uma de R$ 60 milhões, paga em duas vezes, nos dias 13 e 15 de abril, sem especificação de onde seria o usado o dinheiro;
Uma de R$ 68 milhões, para pagar respiradores e finalização da montagem dos hospitais;
E outra parcela, no valor de R$ 128,5 milhões.
Fonte: G1 


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