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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “FAO apresenta campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos em evento online” e 9 outros.

FAO apresenta campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos em evento online

Posted: 27 May 2020 12:41 PM PDT

Mulheres que trabalham no plantio de hortaliças orgânicas no Assentamento Vista Alegre em Quixeramobim, no Ceará. Foto: FAO

Mulheres que trabalham no plantio de hortaliças orgânicas no Assentamento Vista Alegre em Quixeramobim, no Ceará. Foto: FAO

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) participa amanhã da Feira Agrotecnológica de Tocantins (Agrotins) 2020 e apresenta a campanha “Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos”. Este ano, em que a feira completa 20 anos, o evento será 100% digital, e terá como tema Cerrado Sustentável.

O objetivo da campanha “Mulheres Rurais, Mulheres com Direito 2020-2021” é dar visibilidade ao papel importante das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes, especialmente diante de um complexo contexto de desigualdades estruturais e de desafios sociais, econômicos e ambientais. Diante do impacto da pandemia da COVID-19 na região, os desafios tornaram-se ainda maiores.

A 5ª edição da campanha “Mulheres Rurais, Mulheres com Direito 2020-2021” é uma iniciativa conjunta e colaborativa internacional e intersetorial promovida pela FAO na América Latina e no Caribe. No Brasil, o comitê que executa as ações da campanha de maneira conjunta é formado pela FAO, pela ONU Mulheres e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O Representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, apresentará as ações que serão promovidas pela organização no país no âmbito da campanha e a oficial de gênero da FAO para a América Latina e o Caribe, Claudia Brito, apresentará a estratégia em nível regional.

Além disso, estão previstas a participação da Ministra do MAPA, Tereza Cristina; e do Secretário Técnico da Reunião Especializada da Agricultura Familiar (REAF Mercosul), Lautaro Viscay, que também apresentarão as ações da campanha que serão executadas no Brasil e na região.

Mulheres rurais: guardiãs do desenvolvimento sustentável

Faltam apenas 10 anos para que sejam cumpridos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que contêm mais de 30 metas relacionadas à igualdade de gênero.

A campanha deste ano buscar visibilizar o papel crucial que as mulheres rurais desempenham em suas comunidades, como guardiãs de sementes, alimentos tradicionais, água, terra, recursos naturais, sabedoria ancestral, cultura, direitos humanos, entre outros, tornando-as verdadeiras guardiãs do desenvolvimento sustentável.

 

Como a COVID-19 pode mudar o futuro do trabalho?

Posted: 27 May 2020 12:17 PM PDT

Trabalhar no escritório pode se tornar algo do passado no mundo pós-COVID-19. Foto: ONU/Marvin Bolotsky

Trabalhar no escritório pode se tornar algo do passado no mundo pós-COVID-19. Foto: ONU/Marvin Bolotsky

Milhões de pessoas em todo o mundo estão trabalhando remotamente devido à pandemia de COVID-19, e agora especialistas estão questionando se este pode ser o futuro do trabalho, pelo menos para aquelas pessoas cujo emprego não exige presença física em um local específico.

O UN News conversou com Susan Hayter, consultora técnica sênior sobre o futuro do trabalho na Organização Internacional do Trabalho (OIT), com sede em Genebra, sobre como a COVID-19 pode mudar nossa vida profissional.

Quais serão os efeitos de longo prazo da pandemia no mercado de trabalho dos países desenvolvidos após o término da crise imediata?

Antes da pandemia, já havia muita discussão sobre as implicações da tecnologia para o futuro do trabalho. A mensagem era clara: o futuro do trabalho não é pré-determinado, cabe a nós moldá-lo.

No entanto, esse futuro chegou mais cedo do que o previsto, pois muitos países, empresas e trabalhadores passaram a trabalhar remotamente para conter a transmissão da COVID-19, mudando dramaticamente a maneira como trabalhamos. As reuniões virtuais remotas agora são comuns e a atividade econômica aumentou em várias plataformas digitais.

À medida que as restrições forem suspensas, uma pergunta que está na cabeça de todos é se isso se tornará o “novo normal”. Algumas grandes empresas das economias desenvolvidas já disseram que o que tem sido um piloto não planejado – o teletrabalho remoto – se tornará a maneira padrão de organizar o trabalho. Os trabalhadores não precisarão se deslocar novamente, a menos que optem por fazê-lo.

Isso é algo positivo?

Isso pode ser motivo de comemoração para as pessoas e o planeta. Mas a ideia do fim do escritório é certamente exagerada. A OIT estima que, em países de alta renda, 27% dos trabalhadores possam trabalhar de casa. Mas isso não significa que eles vão continuar trabalhando remotamente.

A questão é como podemos adaptar as práticas de trabalho e colher os benefícios dessa experiência com o trabalho remoto – para empregadores e trabalhadores – sem perder o valor social e econômico do trabalho presencial.

Ao celebrar as inovações na organização do trabalho que apoiaram a continuidade dos negócios durante a crise de saúde, não podemos esquecer que muitos perderam o emprego ou fecharam os negócios, pois a pandemia paralisou algumas indústrias. Para aqueles que estão retornando ao seu local de trabalho, a qualidade será uma questão fundamental, em especial a garantia de que os locais sejam seguros e saudáveis.

O que precisa acontecer em seguida?

O grau de confiança dos trabalhadores nas medidas adotadas pelos empregadores para tornar os locais de trabalho seguros sem dúvida terá um impacto no retorno. O envolvimento com representantes sindicais, onde estes existem, é essencial.

Tudo, desde protocolos para distanciamento social, monitoramento e testes, bem como a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI), precisam ser discutidos para que isso funcione.

Para os trabalhadores da “economia dos bicos”, como entregadores de alimentos e motoristas de aplicativos, o trabalho não é um lugar, mas uma atividade realizada para obter uma renda. A pandemia revelou a falsa escolha entre flexibilidade e segurança de renda. Esses trabalhadores podem não ter ou ter acesso inadequado a licenças médicas e benefícios de seguro-desemprego. Precisamos garantir que seu trabalho seja realizado em condições seguras.

Quão diferente será o local de trabalho nos países em desenvolvimento?

A OIT estima um declínio de 60% nos ganhos dos quase 1,6 bilhão de trabalhadores da economia informal no primeiro mês da crise. Esses trabalhadores simplesmente não conseguem trabalhar remotamente e enfrentam a escolha impossível de arriscar a vida ou o sustento.

Alguns países adotaram medidas para aumentar essa renda essencial e, ao mesmo tempo, garantir higiene e EPI adequados para funcionários e clientes, empresas e trabalhadores informais.

À medida que as empresas começam a avaliar a eficácia da mudança para o trabalho remoto e sua capacidade de lidar com questões de segurança de dados, novas oportunidades podem se abrir em serviços nos países em desenvolvimento com a infraestrutura necessária.

No entanto, essas oportunidades em atividades como desenvolvimento de software e engenharia de serviços financeiros podem ser acompanhadas pela remodelação de outros empregos, à medida que as empresas buscam melhorar o gerenciamento de inventário e a previsibilidade das cadeias de suprimentos.

Isso terá efeitos de longo prazo sobre o emprego nas economias emergentes e em desenvolvimento. O desafio é que, embora leve tempo para novos setores de serviços amadurecerem, o impacto negativo do aumento do desemprego será sentido imediatamente. Desigualdades na prontidão digital podem inibir ainda mais os países de aproveitar essas oportunidades.

Quais são os benefícios e as desvantagens do trabalho remoto?

A mudança para o trabalho remoto permitiu que muitas empresas continuassem operando e garantissem a saúde e a segurança de seus funcionários.

Aqueles que puderam fazer a transição para o trabalho remoto durante a crise de saúde tiveram a oportunidade de compartilhar refeições com suas famílias. O trabalho tornou-se centrado no ser humano para acomodar a educação em casa e os cuidados com crianças e idosos.

No entanto, as linhas entre o tempo de trabalho e o tempo privado ficaram embaçadas para esses indivíduos, causando um aumento no estresse e na exposição a riscos para a saúde mental.

Em meio a uma dramática desaceleração econômica causada pela pandemia e aumento das taxas de desemprego, existe a possibilidade de se promover mudanças na organização do trabalho, incluindo novos esquemas de compartilhamento que permitam flexibilidade e salvem empregos.

Isso pode significar semanas de trabalho mais curtas ou acordos de compartilhamento de trabalho para evitar folgas em períodos com menos funcionários, ao mesmo tempo em que é reformulado o regime de expedientes para obter melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal no longo prazo.

A transformação digital e a possibilidade de se envolver em trabalho remoto também foram acompanhadas de outros benefícios. Apresentou a possibilidade de trabalhadores mais velhos e mais experientes prolongarem sua vida profissional de acordo com suas necessidades e proporcionou oportunidades de trabalho para aqueles em comunidades rurais.

No entanto, para muitos outros, significou isolamento e uma perda de identidade e propósito. O valor social do trabalho e a dignidade e pertencimento derivada dele não podem ser substituídos por salas virtuais, por mais casuais que sejam.

Até que ponto a pandemia irá consolidar mais desigualdade?

Embora a pandemia possa representar um ponto de inflexão para a transformação digital do local de trabalho, ela também revelou profundas falhas. Os que estão entre os escalões de renda mais altas têm maior probabilidade de optar por trabalhar remotamente, enquanto aqueles nos mais baixos não têm escolha; terão que se deslocar e perderão mais tempo com esse deslocamento.

Olhando para o futuro, à medida que o trabalho digital e online se tornar o novo normal, é provável que a demanda por trabalhadores qualificados suba junto com seus salários.

As contribuições de profissionais de saúde e outros trabalhadores (por exemplo, professores e funcionários de supermercados) serão mais valorizadas do que antes.

No entanto, muitos trabalhadores mal remunerados, cujos salários estagnaram diante do declínio do poder sindical e de uma mudança nas relações de emprego, provavelmente verão sua renda ser corroída ainda mais à medida que as fileiras dos desempregados aumentam.

Historicamente, choques econômicos, pandemias e guerras exacerbaram a desigualdade. A questão é se essa será uma mudança tectônica com crescente instabilidade política e social, ou um choque que nos levará a reforçar os fundamentos de sociedades justas e os princípios de solidariedade e tomada de decisão democrática que movem sociedades, mercados de trabalho e locais de trabalho na direção da igualdade.

 

OIT: um em cada seis jovens do mundo está sem trabalho devido à COVID-19

Posted: 27 May 2020 10:25 AM PDT

Análise revela o efeito devastador e desproporcional da pandemia sobre os jovens. Foto: Unsplash/Aalok Atreya

Análise revela o efeito devastador e desproporcional da pandemia sobre os jovens. Foto: Unsplash/Aalok Atreya

Mais de um em cada seis jovens deixou de trabalhar desde o início da pandemia da COVID-19 no mundo, enquanto os que mantiveram o emprego tiveram uma redução de 23% nas horas de trabalho, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Segundo a quarta edição do relatório “Monitor OIT: COVID-19 e o mundo do trabalho” (ILO Monitor: COVID-19 and the world of work: 4th edition), os(as) jovens estão sendo desproporcionalmente afetados(as) pela pandemia e o aumento significativo e rápido do desemprego juvenil observado desde fevereiro está afetando mais as mulheres do que os homens.

A pandemia causa um triplo choque na população jovem. Não só destrói o seu emprego, mas também a sua educação e seu treinamento, e coloca grandes obstáculos no caminho de quem procura entrar no mercado de trabalho ou mudar de emprego.

Em 2019, a taxa de desemprego juvenil de 13,6% já era maior do que a de qualquer outro grupo. Havia cerca de 267 milhões de jovens que não trabalhavam, não estudavam nem estavam em treinamento em todo o mundo.

As pessoas entre 15 e 24 anos que estavam empregadas também tinham maior probabilidade de estar em formas de trabalho que as deixavam vulneráveis, como ocupações mal remuneradas, trabalho no setor informal ou como trabalhadores(as) migrantes.

“A crise econômica da COVID-19 está afetando os jovens – especialmente as mulheres – com mais força e rapidez do que qualquer outro grupo. Se não tomarmos medidas imediatas e significativas para melhorar a sua situação, o legado do vírus poderá nos acompanhar durante décadas”, disse Guy Ryder, diretor-geral da OIT.

“Se seu talento e energia são marginalizados devido à falta de oportunidades ou à falta de habilidades, isso prejudicará o futuro de todos nós e tornará muito é mais difícil reconstruir uma economia melhor pós-COVID.”

A quarta edição do ILO Monitor pede a adoção de respostas políticas urgentes, em grande escala e direcionadas a apoiar a população jovem, incluindo programas abrangentes de garantia de emprego/formação nos países desenvolvidos, programas intensivos de emprego e garantias nas economias de baixa e média rendas.

Testes e rastreamento compensam

Esta nova edição analisa ainda medidas voltadas para a criação de um ambiente seguro para o regresso ao trabalho. O relatório sustenta que testes e rastreamento rigorosos (TR) das infecções pela COVID-19 “estão fortemente relacionados com uma menor interrupção do mercado de trabalho (…) e com perturbações sociais consideravelmente menores do que as resultantes das medidas de confinamento e de lockdown”.

Em países com uma forte capacidade de realização de testes e rastreamento, a queda média na horas de trabalho é reduzida em até 50%. Há três razões para isso: testes e rastreamento reduzem a necessidade de aplicar medidas estritas de confinamento; fomentam a confiança da sociedade, incentivando assim o consumo e apoiam o emprego; e ajudam a minimizar interrupções operacionais no local de trabalho.

Além disso, os testes e o rastreamento podem, por si só, criar empregos, ainda que temporários, que podem ser direcionados para os(as) jovens e outros grupos prioritários.

A nova edição do relatório destaca a importância de gerir as preocupações com a confidencialidade de dados. O custo é igualmente um fator a ser considerado, mas a relação custo-benefício dos TR é “altamente favorável”.

“Criar uma forte recuperação do emprego que promova igualmente a equidade e a sustentabilidade significa fazer com que as pessoas e as empresas voltem a trabalhar o mais rapidamente possível, em condições seguras”, afirmou Ryder. “Testes e rastreamento podem ser uma parte importante do pacote de políticas, se quisermos combater o medo, reduzir os riscos e fazer com que as nossas economias e sociedades voltem a funcionar rapidamente”.

Perda de horas de trabalho

A quarta edição do ILO Monitor também atualiza as estimativas com relação à perda de horas de trabalho no primeiro e segundo trimestres de 2020, em comparação com o quarto trimestre de 2019.

Estima-se que foram perdidas 4,8% das horas de trabalho durante o primeiro trimestre de 2020 (o equivalente a cerca de 135 milhões de empregos em horário integral, tendo como referência uma semana de trabalho de 48 horas).

Isto representa uma ligeira revisão ascendente de cerca de 7 milhões de postos de trabalho desde a terceira edição do ILO Monitor. O número estimado de postos de trabalho perdidos no segundo trimestre mantém-se inalterado em 305 milhões.

Do ponto de vista regional, as Américas (13,1%) e a Europa e Ásia Central (12,9%) apresentam as maiores perdas em horas trabalhadas no segundo trimestre.

O Monitor da OIT reitera seu apelo pela adoção de medidas imediatas e urgentes para apoiar trabalhadores, trabalhadoras e as empresas alinhadas com os quatro pilares da estratégia da OIT: estimular a economia e o emprego; apoiar empresas, o emprego e a renda; proteger trabalhadores e trabalhadoras no local de trabalho; recorrer ao diálogo social para a busca de soluções.

 

UNESCO celebra o poder da arte e da educação em todo o mundo

Posted: 27 May 2020 10:23 AM PDT

Foto: UNESCO

A Semana Internacional da Educação Artística de 2020, que ocorre anualmente na quarta semana do mês de maio, ganha um novo significado este ano, pois 90% da população estudantil de todo o mundo, ou 1,6 bilhão de estudantes[1], estão sendo afetados pelo fechamento das escolas; além disso, os sítios do Patrimônio Mundial e as instituições culturais – como museus, teatros e cinemas – estão fechados, e os artistas estão lutando para manter seus meios de subsistência.

Mais do que nunca, a educação artística está sendo reconhecida como uma parte essencial de uma educação abrangente, porque ajuda no avanço dos resultados da aprendizagem e no desenvolvimento de novas habilidades dos estudantes. Em tempos de crise, a educação artística é particularmente valiosa, pois, mesmo em um contexto de confinamento, ela inspira a criatividade, fornece apoio psicológico e constrói conexões entre as pessoas e as comunidades.

“A criatividade cria a resiliência de que precisamos em tempos de crise. Ela deve ser alimentada desde a mais tenra idade para liberar a imaginação, despertar a curiosidade e desenvolver o apreço pela riqueza do talento e da diversidade humana. A educação é onde isso começa”, afirmou a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, por ocasião da Semana Internacional da Educação Artística.

A educação artística também traz benefícios profundos e de longo prazo para os estudantes. Ajuda a alcançar as diversas necessidades de aprendizagem das crianças, abre caminho para a aprendizagem ao longo da vida e promove a diversidade cultural, que inclui resultados avançados da aprendizagem e a aquisição de novas habilidades, o que beneficia estudantes de todas as idades. Música, teatro, dança, artes visuais e educação em outras disciplinas artísticas criam resiliência, autoconfiança e bem-estar, além de estimularem a curiosidade, a inspiração, a criatividade e o respeito pela diversidade. Também podem apoiar o desenvolvimento infantil por meio de uma educação à distância de qualidade, com o uso de plataformas digitais.

Em sua nota técnica,  e em sua página dedicada à educação artística, a UNESCO seleciona uma gama de boas práticas, metodologias, ferramentas e atividades pedagógicas que são desenvolvidas em todo o mundo no campo da educação artística, para ajudar todos os interessados em suas reflexões e ações sobre esse importante tema. Também participam da iniciativa a Rede de Escolas Associadas da UNESCO, que conecta mais de 11,5 mil instituições em 182 países, e a Aliança Mundial para Educação Artística (World Alliance for Arts Education),
que possui 3 milhões de membros em todo o mundo.

A UNESCO apoia duas formas de educação artística: aprender as artes (ensino e aprendizagem das artes visuais e cênicas) e aprender por meio das artes (integração das artes na educação para melhorar e elevar o nível da aprendizagem). A educação artística também intensifica, de maneira transversal, o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 4, sobre educação de qualidade; o ODS 5, sobre igualdade de gênero; o ODS 8, sobre melhorar as oportunidades de trabalho e emprego decente por meio da cultura e da criatividade; tudo isso no espírito do ODS 16, sobre a mitigação de conflitos e a construção da paz.

[1]How COVID-19 is changing the world: a statistical perspective

Sobre a Semana Internacional de Educação Artística

Conforme decisão da 36a sessão da Conferência Geral da UNESCO, realizada em 2011 (Resolução 36/C55), a quarta semana do mês de maio foi proclamada como a Semana Internacional da Educação Artística.

A arte, em toda a sua diversidade, é um componente essencial de uma educação abrangente para o pleno desenvolvimento do indivíduo. Atualmente, as habilidades, os valores e os comportamentos promovidos pela educação artística são mais importantes do que nunca. Essas competências – criatividade, colaboração e resolução imaginativa de problemas – desenvolvem a resiliência, incentivam a apreciação pela diversidade cultural e pela liberdade de expressão, e cultivam a inovação e as habilidades do pensamento crítico. Como um vetor de diálogo no sentido mais elevado, a arte acelera a inclusão social e a tolerância em nossas sociedades multiculturais e conectadas.

A consciência sobre a arte pode ser adquirida desde a tenra idade e mantida ao longo da vida. É com esta convicção de que a criatividade, as artes e a aprendizagem sobre elas contribuem para a construção de sociedades prósperas e pacíficas, que a UNESCO incentiva seus Estados-membros a apoiarem a educação artística, na escola e fora dela. A educação artística é a chave para formar gerações capazes de reinventar o mundo que herdaram, além de formar cidadãos tolerantes e dinâmicos. Ela apoia a vitalidade das identidades culturais e enfatiza seus vínculos com outras culturas, contribuindo assim para a construção de um patrimônio compartilhado.

Saiba mais:
International Arts Education Week

 

CEPAL apresenta casos de investimentos transformadores para uma economia sustentável

Posted: 27 May 2020 10:06 AM PDT

Usina de energia eólica. Foto: Flickr (CC)/Alex Abian

Usina de energia eólica. Foto: Flickr (CC)/Alex Abian

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas vem desenvolvendo o Big Push para a Sustentabilidade, uma abordagem renovada para apoiar os países da região na construção de estilos de desenvolvimento mais sustentáveis, baseada na coordenação de políticas para promover investimentos transformadores.

Em 2019, foi realizada a Chamada Aberta de Estudos de Casos de Investimentos para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil pela CEPAL, em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com o apoio da Fundação Friedrich Ebert (FES) e da Cooperação Técnica Alemã (GIZ).

A chamada ocorreu no âmbito do projeto Estudos de Casos do Big Push para a Sustentabilidade no Brasil, que tem como objetivo dar visibilidade às experiências e iniciativas que geraram resultados concretos em direção à sustentabilidade do desenvolvimento. A partir delas, ficarão mais claros as oportunidades e os desafios para um Big Push para a Sustentabilidade no país.

A partir da chamada, foram recebidos 131 estudos de casos de investimentos para o desenvolvimento sustentável. Houve uma grande diversidade de setores, pluralidade de atores, heterogeneidade de regiões e variedade de iniciativas entre os estudos enviados.

Quanto aos setores, a maior parte dos casos é relacionada à Infraestrutura (30% do total de estudos), seguida por Agropecuária e Uso do Solo (28%), Indústria (13%), Reciclagem e Resíduos (11%), entre outros.

Sobre os tipos de iniciativas analisadas, nota-se que as principais foram relacionadas a políticas públicas (26% do total de estudos) e políticas corporativas (19%), seguidas por políticas de cooperação internacional (5%), medidas implementadas pelo Sistema S (2%) e combinações.

Em termos de cobertura geográfica, a maior parte dos casos concentrou-se no nível nacional (28%), sendo que também houve estudos focados em áreas das regiões Sudeste (20%), Nordeste (17%), Sul (13%), Norte (12%), Centro-Oeste (8%) e combinações dessas.

O webinar “Big Push para a Sustentabilidade” foi realizado na terça-feira (26), em parceria entre a CEPAL e a Rede Brasil do Pacto Global. Teve o objetivo de lançar o repositório online com mais de 60 estudos de caso sobre investimentos para a sustentabilidade no Brasil.

Foram incluídos no repositório os 66 estudos considerados elegíveis como casos do Big Push para a Sustentabilidade, segundo análise realizada pelo Comitê de Avaliação, formado por especialistas em desenvolvimento sustentável de IPEA, do governo federal e CEPAL.

Os critérios de elegibilidade estão descritos nas Regras da Chamada, sendo o principal deles é conseguir reportar pelo menos um indicador de cada dimensão do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental).

Outro objetivo do webinar foi anunciar os casos de investimentos selecionados como mais transformadores rumo à sustentabilidade do desenvolvimento, que compõem uma publicação que também será lançada no evento.

Entre os 66 casos elegíveis, o Comitê de Avaliação selecionou 15 estudos de casos mais transformadores rumo ao Big Push para a Sustentabilidade no Brasil, que compõem a publicação “Investimentos transformadores para um estilo de desenvolvimento sustentável: estudos de casos de grande impulso (Big Push) para a sustentabilidade no Brasil”.

Os critérios para a seleção dos casos mais transformadores foram a quantidade dos indicadores reportados nas três dimensões (social, econômica e ambiental) e a análise dos vínculos com o Big Push para a Sustentabilidade e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Também buscou-se representar a heterogeneidade e a pluralidade de desafios e soluções no Brasil. Os casos selecionados podem ser conhecidos na lista abaixo.

Para a secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, as mudanças que estamos enfrentando no momento reforçam a necessidade de ação. “Os investimentos maciços necessários para a transição para um modelo econômico saudável, resiliente, de baixo carbono, inclusivo e sustentável são uma oportunidade para gerar um grande impulso à sustentabilidade na América Latina e no Caribe.”

“O grande impulso para a sustentabilidade pode ser o eixo norteador de uma estratégia de saída sustentável da crise atual, contribuindo para a construção de um estilo de desenvolvimento e se tornando o motor de um ciclo virtuoso de desenvolvimento.”

Para Niky Fabiancic, coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil, não existe um modelo, uma receita única de desenvolvimento. “Cada vez mais brasileiros e latino-americanos aspiram a um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, que traga mais igualdade para todos e todas, empodere as mulheres e seja amigável com o meio ambiente. Nossa sugestão é colocar a sustentabilidade como um fator essencial dos planos de desenvolvimento para poder assim, converter o sonho em realidade.”

Ele lembrou que vários estudos apontam que será necessário reconstruir as economias depois da pandemia de COVID-19. “Segundo projeções da CEPAL, o PIB do Brasil em 2020 terá uma queda de 5,2%; a extrema pobreza aumentará, alcançando quase 8% da população brasileira; e se estima que que a pobreza saltará de 19% para 25% da população. Estes dados demandam de todos nós esforços integrados para revertê-los na maior brevidade possível”.

“Os estudos de caso nos oferecem uma visão do ‘novo normal’ a ser construído. A partir deste Big Push, espero que a ONU Brasil possa contribuir para a recuperação e o desenvolvimento brasileiro e, efetivamente, não deixar ninguém para trás.”

Na opinião de Gustavo Fontenele e Silva, coordenador de sustentabilidade e competitividade da Secretaria Especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia e membro do Comitê de Avaliação, a iniciativa da CEPAL demonstrou a liderança do Brasil na agenda do desenvolvimento socioeconômico e ambiental responsável, e apresenta modelos de sucesso para a retomada do crescimento econômico a partir da economia verde.

Para Julio Cesar Roma, pesquisador do IPEA e membro do Comitê de Avaliação, os mais de 60 estudos de caso selecionados evidenciam que o desenvolvimento sustentável do Brasil não é um sonho inatingível, mas uma realidade possível. “Que esta amostra inspire muitos outros investimentos sustentáveis em nosso país.”

Exemplos de casos

Sobre as iniciativas selecionadas, Lucimar Souza, diretora adjunta de desenvolvimento territorial do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), declarou que o Projeto Assentamentos Sustentáveis na Amazônia atingiu seu objetivo ao gerar referências sobre como contribuir para a sustentabilidade em assentamentos e outros territórios da Amazônia. Para ela, o projeto demonstrou “que é possível melhorar a renda e qualidade de vida das populações locais e ainda reduzir desmatamento e promover de serviços ambientais”.

Para Cairo Bastos, indigenista da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e co-autor do caso “Big Push para a Sustentabilidade no Brasil: a contribuição dos Tûkûna do Médio Rio Juruá (AM)”, “os povos tradicionais Tukûna, do sudoeste Amazônico, demonstram que projetos de desenvolvimento podem gerar renda, sendo sustentáveis e inclusivos”. “A cultura indígena é um mapa das potencialidades e riquezas da América Latina e configura contribuição para qualquer abordagem sobre desenvolvimento.”

Segundo Leonardo Bichara Rocha, oficial de programas para o Brasil do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas e co-autor do caso “Aumentando a resiliência climática e combate à pobreza rural por meio de ações emergenciais de combate à seca: o caso dos sistemas agroflorestais no Procase – FIDA”, o projeto levou obras para melhorar o acesso à água de mais de 22 mil famílias nas regiões mais secas da Paraíba.

Além de poços, barragens e irrigação com energia sustentável, os dessalinizadores, por exemplo, foram construídos a custo 20% menor dos praticados no Brasil até agora, com um mecanismo de gestão social inovador, pelas próprias comunidades rurais. Os resultados foram um aumento de produção e vendas de ovinos em 60% das famílias da região e melhoria nas práticas de forragem, além de diminuição nos índices de desnutrição e implantação inovadora de sistemas agroflorestais na Caatinga.”

Para Fernanda Westin, pesquisadora no Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente da COPPE/UFRJ e co-autora do caso “Política de conteúdo local e incentivos financeiros no mercado de energia eólica no Brasil”, o desenvolvimento da cadeia de suprimentos e da geração eólica no Brasil gerou um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Isso foi propiciado pelas políticas públicas de conteúdo local junto ao financiamento atraente pelo BNDES, incentivos fiscais e os leilões de energia, que proporcionou a criação de 300 novas empresas, 158 mil empregos (de 2009 a 2017), redução da tarifa de energia eólica e redução de emissões de gases do efeito estufa, com destaque para a distribuição de renda no Nordeste, que abriga 80% dos parque eólicos do país.

Veja a lista dos casos selecionados:

Unidade de Cogeração Lages: um exemplo do potencial transformador da economia circular
José Lourival Magri e Mario Wilson Cusatis, da ENGIE Brasil Energia

Da subsistência ao desenvolvimento: o processo de construção da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Lavras – MG
Eliane Oliveira Moreira (Mestre em Desenvolvimento Sustentável e Extensão pela Universidade Federal de Lavras) e Jucilaine Neves Sousa Wivaldo (Secretaria Municipal de Assistência Social do município de Perdões, Minas Gerais).

Big Push para a Sustentabilidade no Brasil: a contribuição dos Tûkûna do Médio Rio Juruá (AM)
Cairo Guilherme Milhomem Bastos, Fernando Esteban do Valle e Tatiana Ribeiro Souza Brito, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

Assentamentos Sustentáveis na Amazônia: o desafio da produção familiar em uma economia de baixo carbono
Erika de Paula P. Pinto, Maria Lucimar de L. Souza, Alcilene M. Cardoso, Edivan S. de Carvalho, Denise R. do Nascimento, Paulo R. de Sousa Moutinho, Camila B. Marques e Valderli J. Piontekowski, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

Desenvolvimento sustentável e geração de impacto positivo: caso Natura e Amazônia
Natura

O modelo de ação do Polo de Inovação Campos dos Goytacazes
Rogerio Atem de Carvalho, Polo de Inovação Campos dos Goytacazes (PICG), Instituto Federal Fluminense (IFFluminense).

Tecnologias sociais como impulso para o acesso à água e o desenvolvimento sustentável no meio rural brasileiro: a experiência do Programa Cisternas
Vitor Leal Santana e Lilian dos Santos Rahal, do Ministério da Cidadania.

Aumentando a resiliência climática e combate à pobreza rural por meio de ações emergenciais de combate à seca: o caso dos sistemas agroflorestais no Procase – FIDA
Leonardo Bichara Rocha (Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura – FIDA), Thiago César Farias da Silva (Procase, Paraíba) e Donivaldo Martins (FIDA)

Tecnologia de tratamento de esgoto: uma alternativa de saneamento básico rural e produção de água para reúso agrícola no Semiárido Brasileiro
Mateus Cunha Mayer (Instituto Nacional do Semiárido – INSA), Rodrigo de Andrade Barbosa (INSA), George Rodrigues Lambais (INSA), Salomão de Sousa Medeiros (INSA), Adrianus Cornelius Van Haandel (Universidade Federal de Campina Grande) e Silvânia Lucas dos Santos (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

Projeto Tipitamba: transformando paisagens e compartilhando conhecimento na Amazônia
Osvaldo Ryohei Kato, Anna Christina M. Roffé Borges, Célia Maria B. Calandrini de Azevedo, Debora Veiga Aragão, Grimoaldo Bandeira de Matos, Lucilda Maria Sousa de Matos, Maurício Kadooka Shimizu, Steel Silva Vasconcelos e Tatiana Deane de Abreu Sá, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Sistema Agroflorestal Cambona 4: um exemplo de impulso à sustentabilidade na Região Sul do Brasil
Airton José Morganti Júnior (Consórcio Machadinho), José Lourival Magri (ENGIE Brasil Energia) e Selia Regina Felizari (Associação de Produtores de Erva-Mate de Machadinho – Apromate).

Programa de Restauração Ambiental da Suzano: lições aprendidas para investimentos em recuperação de pastagens degradadas no Brasil
Sarita Severien, Tathiane Sarcinelli e Yugo Matsuda, da Suzano.

Polímeros Verdes: tecnologia para promoção do desenvolvimento sustentável
Adriana Mello, Jorge Soto e José Augusto Viveiro, da Braskem.

Companhia Siderúrgica do Pecém: o Big Push industrial do Estado do Ceará
Alex Maia do Nascimento, Claudio Renato Chaves Bastos, Cristiane Peres, Emanuela Sousa de França, Italo Barreira Ribeiro, Leonardo Roger Silva Veloso, Livia Bizarria Prata, Marcelo Monteiro Baltazar, Ramyro Batista Araujo, Ricardo Santana Parente Soares, Rodrigo Santos Almeida e Vanilson da Silva Benica, da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

Política de conteúdo local e incentivos financeiros no mercado de energia eólica no Brasil
Britta Rennkamp (African Climate and Development Initiative, University of Cape Town), Fernanda Fortes Westin (Programa de Planejamento Energético, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – PPE/COPPE/UFRJ) e Carolina Grottera (PPE/COPPE/UFRJ).

Clique aqui para acessar o Repositório de casos sobre o Big Push para a Sustentabilidade no Brasil

Acesse a publicação “Investimentos transformadores para um estilo de desenvolvimento sustentável: estudos de casos de grande impulso (Big Push) para a sustentabilidade no Brasil”

 

Confira o boletim da ONU Brasil #283

Posted: 27 May 2020 08:41 AM PDT

Visualize o boletim também em http://www.nacoesunidas.org/boletim283

Boletim quinzenal da ONU

 

ONU e a COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus

Confira abaixo as últimas notícias sobre o novo coronavírus e a COVID-19, bem como os dados mais atualizados na página da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS): paho.org/bra/covid19.

Acesse a página internacional da OMS em who.int/coronavirus, e das Nações Unidas em un.org/coronavirus. Acesse os dados globais mais atualizados em covid19.who.int e os dados do Ministério da Saúde do Brasil clicando aqui. Acesse também: COVID-19 e a dimensão de direitos humanos.

 

São Paulo já soma mais de 1,7 mil mortos por COVID-19. Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

OPAS diz que Brasil precisa intensificar isolamento social para conter pandemia

Em entrevista por videoconferência à ONU News, o especialista em epidemiologia e vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, disse que o aumento no número de casos de COVID-19 no Brasil pode ser contido com mais isolamento social.

Barbosa alertou sobre o risco de a demanda superar a capacidade do sistema de saúde brasileiro.

 

Pessoas com diabetes têm duas vezes mais chances de ter doença grave ou de morrer devido à COVID-19. Foto: EBC

OPAS afirma que luta contra pandemia deve incluir tratamento de doenças crônicas

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, disse na terça-feira (26) que a resposta à pandemia de COVID-19 na região das Américas deve incluir atenção às doenças não transmissíveis, uma vez que uma em cada quatro pessoas correm maior risco de desenvolver a forma grave da COVID-19 por ter problemas crônicos de saúde.

Ressaltando que os mais de 2,4 milhões de casos e mais de 143 mil mortes transformaram as Américas no epicentro da pandemia de COVID-19, Etienne disse em coletiva de imprensa que, “à medida que os casos continuam a aumentar em nossa região, os esforços para proteger pessoas com condições de saúde pré-existentes devem se intensificar”.

 

ONU quer saber como jovens da América Latina e Caribe sobre estão enfrentando a pandemia

As Nações Unidas convidam adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos dos países da América Latina e do Caribe a participar de uma pesquisa para saber como estão enfrentando a pandemia de COVID-19, bem como suas preocupações atuais e futuras. A pesquisa estará aberta até 2 de junho.

Os resultados guiarão a resposta das Nações Unidas na América Latina e no Caribe para interromper a propagação da doença e mitigar as repercussões da pandemia. É essencial que a ONU reconheça os múltiplos e diversos impactos que a pandemia da COVID-19 já tem e terá na população jovem e em seus direitos humanos.

 

João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, foi morto na segunda-feira (18), na comunidade do Complexo do Salgueiro. Foto: Arquivo Pessoal

Sistema ONU lamenta a morte do menino João Pedro e faz apelo pela vida da juventude negra

As agências do Sistema ONU se solidarizam com os familiares, amigas e amigos do estudante João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, morto na última segunda-feira (18), na comunidade do Complexo do Salgueiro, na cidade de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro.

“Cada vida conta e a violência letal contra adolescentes e jovens não deve ser naturalizada, transformando-se em lamentável estatística.” Leia o comunicado completo.

 

OIT publica orientações para um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da COVID-19

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda que as políticas de retorno ao trabalho sejam orientadas por uma abordagem com foco nas pessoas, que coloque os direitos e as Normais Internacionais do Trabalho no centro das estratégias econômicas, sociais e ambientais.

Em documento publicado recentemente, a OIT propõe que, antes do retorno ao trabalho, cada local seja avaliado e que medidas preventivas sejam implementadas. Será necessária uma combinação de medidas de controle técnico e organizacional para evitar o contágio das pessoas que retornarem ao ambiente de trabalho. As medidas a serem aplicadas podem consistir na instalação de barreiras físicas, melhoria da ventilação ou adoção de horários flexíveis de trabalho, além de práticas de limpeza e higiene e uso de equipamento de proteção individual.

 

Mãe e filha usam máscaras para se proteger contra o coronavírus em um centro de saúde em Abidjan, Costa do Marfim. Foto: UNICEF/Frank Dejongh

Mulheres e meninas devem estar no centro dos esforços de resposta à COVID-19

Mulheres são desproporcionalmente afetadas pelas consequências da pandemia de COVID-19, tanto por conta do aumento da violência doméstica devido ao isolamento social como pelo fato de serem maioria entre trabalhadores informais e de saúde.

Nesse cenário, uma mesa-redonda virtual reuniu lideranças femininas do mundo todo, incluindo chefes de Estado e de governo, para discutir a importância de mulheres e meninas estarem no centro da resposta à pandemia. O evento foi presidido por Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora-executiva da ONU Mulheres.

 

A cantora brasileira Iza. Foto: Divulgação

Refugiados participam de clipe da cantora Iza com apoio do ACNUR

Na ocasião do Dia Mundial para a Diversidade Cultural e para o Diálogo e o Desenvolvimento, a artista brasileira Iza e o rapper norte-americano Maejor lançaram a música “Let me be the one”.

A música integra a campanha Be The One, cujo objetivo é apoiar as causas humanitárias, com destaque ao tema dos refugiados e migrantes, e inspirar um movimento global em torno de justiça, segurança e dignidade humana.

 

Especialistas discutem desafios da assistência social no contexto da COVID-19

Nesta quinta edição da série de webinários População e Desenvolvimento em Debate, especialistas discutirão sobre os desafios da assistência social no contexto da COVID-19.

A série de webinários busca promover a discussão entre academia, governo e sociedade civil sobre temas emergentes na Agenda de População e Desenvolvimento no contexto atual.

Assista a transmissão no canal do UNFPA Brasil no Youtube às 15h desta quarta-feira (27).

 

Vista aérea de Manaus (AM). Foto: Marcos Amend

Petrobras e PNUD oferecem curso online sobre territorialização da Agenda 2030

Aprofundar o conhecimento sobre as metas da Agenda 2030 para fortalecer o desenvolvimento sustentável local. Com essa perspectiva, a Petrobras e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estão abrindo vagas para formar a segunda turma do Programa Virtual de Capacitação do Projeto Territorialização e Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

As inscrições ficarão abertas até 10 de junho e poderão ser realizadas por meio de um formulário online. A participação é gratuita.

 

Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o Diretório apresenta dados de pesquisa, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais. Foto: Spark

IBICT e UNESCO lançam portal com informações científicas sobre COVID-19 em acesso aberto

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), em parceria com a UNESCO no Brasil, lançou na quarta-feira (20) o portal Ciência Aberta é Vida, que reúne fontes de informação científica nacional e internacional, em acesso aberto, com conteúdo sobre a COVID-19.

Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o diretório apresenta dados de pesquisas, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais referentes à produção dos pesquisadores do mundo todo.

 

Os itens foram doados ao município pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Foto: IPP

Programa Territórios Sociais distribui 250 mil sabonetes para famílias de favelas do Rio

O Programa Territórios Sociais vai distribuir 250 mil sabonetes para cerca de 25 mil famílias dos dez maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro (RJ). Os itens foram doados ao município pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O programa é uma iniciativa da Prefeitura do Rio, em parceira com o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).

 

A juventude não é invencível, alerta chefe da Organização Mundial da Saúde. Foto: ONU

CEPAL e OIT enfatizam importância de priorizar políticas de saúde e segurança no trabalho

Além de fornecer estimativas sobre a dinâmica do mercado de trabalho nos últimos meses, o relatório conjunto de Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e Organização Internacional do Trabalho (OIT) explora algumas das políticas implementadas pelos países para proteger o setor produtivo, o emprego formal, preservar a renda dos trabalhadores e das trabalhadoras na economia formal e informal, em meio à pandemia.

 

Arte: Pixabay

ONU lança iniciativa global para combater a desinformação

As Nações Unidas lançam nesta quinta-feira (21) a Verificado, uma iniciativa para combater o crescente flagelo de desinformação sobre a COVID-19 ao aumentar o volume e alcance de informação precisa e confiável.

“Não podemos ceder nossos espaços virtuais a aqueles que publicam mentiras, medo e ódio”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que anunciou a iniciativa. Voluntários poderão se cadastrar para receber conteúdo confiável.

 

ACNUR e OIM agradecem doações para refugiados e migrantes da Venezuela

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) comemoram hoje os compromissos assumidos pelos doadores no valor de 2,79 bilhões de dólares, incluindo 653 milhões em doações, durante a Conferência Internacional de Doadores em Solidariedade a Refugiados e Migrantes Venezuelanos na América Latina e Caribe.

A Conferência, convocada pela União Europeia (UE) e Espanha, com o apoio do Canadá, Noruega, ACNUR e OIM, teve como objetivo mobilizar o apoio a uma das maiores crises de deslocamento do mundo, que agora é exacerbada pela pandemia da COVID-19.

 

Família Warao da Venezuela fotografada em abrigo em Manaus (AM), para onde foi realocada durante a pandemia de COVID-19. Foto: ACNUR/Felipe Irnaldo

Casos de COVID-19 na América do Sul representam 87% do total da América Latina; OIM pede recursos

A COVID-19 chegou à América do Sul mais tarde do que a outras regiões, mas, em 21 de maio, dos 563.550 dos casos da doença relatados na América Latina pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 491.499 estão nos países sul-americanos (87% do total).

O Brasil se tornou o país com o maior número de infecções pelo novo coronavírus na América Latina. Em todo o mundo, apenas os Estados Unidos e a Rússia registraram mais casos.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançou na semana passada (22) um apelo urgente, buscando 21,2 milhões de dólares para aliviar o impacto da pandemia de COVID-19 sobre os refugiados e migrantes mais vulneráveis ​​e suas comunidades anfitriãs em dez países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

 

Parque da Orla do Guaíba, em Porto Alegre (RS), é um dos casos mencionados na publicação. Foto: PMPA/Luciano Lanes

ONU e Instituto Semeia lançam publicação sobre parques urbanos com perspectiva de gênero

A publicação “Parques para Todas e Todos – Sugestões para a implantação de parques urbanos com perspectiva de gênero” foi lançada na quinta-feira (21) pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e pelo Instituto Semeia. O material teve o apoio da ONU Mulheres e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

 

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