Powered By Blogger

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “Pandemia pode provocar aumento do tráfico de pessoas no mundo, alerta relatório do UNODC” e 12 outros.

Pandemia pode provocar aumento do tráfico de pessoas no mundo, alerta relatório do UNODC

Posted: 25 May 2020 01:00 PM PDT

Desaceleração econômica mundial, que se traduz em um aumento acentuado do desemprego, pode aumentar o tráfico transfronteiriço de pessoas provenientes de países que registram quedas duradouras das taxas de emprego. Foto: ONU

Desaceleração econômica mundial, que se traduz em um aumento acentuado do desemprego, pode aumentar o tráfico transfronteiriço de pessoas provenientes de países que registram quedas duradouras das taxas de emprego. Foto: ONU

As restrições de viagens devido à COVID-19 não estão impedindo o movimento de pessoas que fogem de conflitos, violações de direitos humanos, violência e condições de vida perigosas, mas as consequências econômicas da pandemia provavelmente levarão a um aumento do contrabando de migrantes e do tráfico de pessoas, de acordo com um relatório lançado em maio (14) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

O último Relatório de Pesquisa do UNODC analisa possíveis cenários de como o contrabando de migrantes e o tráfico de pessoas para a América do Norte e Europa podem ser afetados pela crise da COVID-19.

Refugiados e migrantes de África Subsaariana, Norte da África, Oriente Médio e Ásia precisam fugir de conflitos e pobreza, enfrentando águas perigosas em mar aberto, onde há reduzidas operações de busca e salvamento, além do risco de transmissão da COVID-19 na ausência de condições básicas de saúde e higiene ao longo do caminho.

As condições de vida de refugiados e migrantes no percurso e nos campos de refugiados foram motivo de grande preocupação por décadas antes da crise de COVID-19. A difusão da pandemia e suas consequências provavelmente colocará ainda mais em risco a vida dessas pessoas.

Apesar das medidas de lockdown nos países europeus e das rígidas restrições de mobilidade, o contrabando de migrantes ao longo das rotas do Mediterrâneo Ocidental e Central continua, devido à continuidade dos conflitos na região. O fluxo ao longo do Mediterrâneo Oriental diminuiu, provavelmente afetado por medidas de contenção ao longo da rota.

O fechamento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, no entanto, pode resultar em um aumento do contrabando de migrantes. Isso porque as pessoas passam a ter necessidade ainda maior dos serviços de contrabandistas para atravessar fronteiras. Os fechamentos e restrições também frequentemente resultam no uso de rotas e condições mais arriscadas e a preços mais altos, expondo refugiados e migrantes a abusos, exploração e tráfico de pessoas.

Além disso, é provável que a desaceleração econômica global, que traz um aumento acentuado nas taxas de desemprego, amplie o tráfico transfronteiriço de pessoas de países que sofrem deterioração mais duradoura do mercado de trabalho.

A mesma tendência pôde ser observada durante a crise financeira global de 2007-2010, quando vítimas de tráfico de países particularmente afetados por altas taxas de desemprego foram cada vez mais detectadas em países com uma recuperação mais rápida.

As consequências econômicas das medidas adotadas para reduzir a difusão do vírus provavelmente resultarão na perda de empregos e no aumento da pobreza em um grande segmento da população em muitos países. Como aconteceu no passado, isso aumentará as chances de essas pessoas serem alvo de traficantes, de acordo com o UNODC.

Segundo a agência da ONU, o que emerge de uma análise do passado sobre o impacto econômico no tráfico de seres humanos é que uma recuperação assimétrica da próxima crise econômica global aumentará os riscos para pessoas com necessidades econômicas que buscam uma vida melhor no exterior. Isso pode ser ainda mais dramático se a crise econômica for combinada com uma regulação mais rigorosa da mobilidade.

O impacto potencial das restrições relacionadas à COVID-19 e a desaceleração econômica no contrabando de migrantes e no tráfico de pessoas podem ser graves, segundo o UNODC. Esses impactos negativos podem ser mitigados por investimentos em recuperação econômica nos países desenvolvidos e em desenvolvimento e fornecendo caminhos para viagens de migração regulares e seguras para refugiados e migrantes e status regular de imigração nos países de destino.

Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).

 

CEPAL e OIT enfatizam importância de priorizar políticas de saúde e segurança no trabalho

Posted: 25 May 2020 11:53 AM PDT

A juventude não é invencível, alerta chefe da Organização Mundial da Saúde. Foto: ONU

Uma avaliação preliminar da OIT sobre o efeito da pandemia no mundo global do trabalho, publicada em 18 de março, mostra que a crise pode aumentar o desemprego global em quase 25 milhões pessoas e levar milhões de pessoas ao subemprego e à pobreza no trabalho. Foto: ONU

É necessário priorizar as políticas de saúde e segurança no trabalho para que a reativação produtiva e do emprego após a crise da COVID-19 seja segura e saudável.

A avaliação é de novo relatório publicado na sexta-feira (22) por Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O documento ressalta que esse processo exigirá a participação de empregadores e trabalhadores para a fundação de políticas de retorno.

A edição nº 22 do relatório em espanhol “Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe: o trabalho em tempos de pandemia – desafios diante da doença do novo coronavírus (COVID-19)” foi apresentada em Santiago e em Lima, durante coletiva virtual liderada pela secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, e pelo diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Vinícius Pinheiro.

Além de fornecer estimativas sobre a dinâmica do mercado de trabalho nos últimos meses, o relatório conjunto explora algumas das políticas implementadas pelos países para proteger o emprego formal, preservar a renda dos trabalhadores e das trabalhadoras na economia formal e informal, e proteger o setor produtivo.

Segundo o documento, a implementação de políticas de reativação exigirá um forte componente de formação e educação em segurança e saúde para os atores do mundo do trabalho.

Isso requer recursos institucionais e orçamentários reforçados que garantam sua conformidade e devem incluir boas práticas, como a implementação de um protocolo de saúde e segurança no trabalho que inclua a preparação de equipes, a adoção de horários de entrada e saída diferenciados para evitar aglomerações, rotinas de desinfecção e sistema de lavagem das mãos, uso obrigatório de máscaras e um protocolo para o caso de algum trabalhador apresentar sintomas.

Além disso, o documento acrescenta que, caso a crise se prolongue por mais tempo, uma nova rodada de medidas será necessária, visando proteger o emprego e a renda dos trabalhadores e limitar o impacto nas empresas, com foco especial nos grupos vulneráveis, como migrantes em situação não regulamentada, trabalhadoras domésticas e cuidadores de idosos, trabalhadores informais assalariados e autônomos em setores críticos e trabalhadores da saúde na primeira linha de resposta à COVID-19.

Olhando para o futuro, os oficiais das Nações Unidas afirmaram que a crise está começando a forjar mudanças no mundo do trabalho, que serão permanentes com o objetivo de avançar em direção a um “normal melhor”. “As políticas de recuperação devem visar não apenas um ‘novo normal’ semelhante ao anterior, mas um ‘melhor normal’ com maior formalidade, equidade e diálogo social”, disseram Bárcena e Pinheiro.

Quanto à conjuntura, a CEPAL e a OIT indicam que a pandemia tem gerado fortes efeitos negativos sobre o mercado de trabalho, com consequências nos setores formal (redução de horas, queda de salários e demissões) e informal (queda de emprego devido ao distanciamento e à proibição de circulação, menor acesso à compensação de renda).

Da mesma forma, eles alertam que as mulheres trabalhadoras são as mais vulneráveis e que setores intensivos em mão de obra como os de turismo, comércio, manufatura, imobiliário e entretenimento, foram fortemente afetados. Além disso, as micro e pequenas empresas concentram 46,6% do emprego total na região e enfrentam um risco alto de falências.

Antes da pandemia, a região da América Latina e do Caribe apresentava um crescimento baixo e, em 2020, espera-se a pior contração econômica desde 1930, com uma queda estimada no Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3%, o que terá efeitos negativos sobre o mercado de trabalho.

Prevê-se um aumento da taxa de desocupação de pelo menos 3,4 pontos percentuais, atingindo 11,5%, o que equivale a mais de 11,5 milhões de novos desempregados. Se a contração econômica se aprofundar, a taxa de desocupação será maior.

Juntamente ao aumento do desemprego, espera-se uma deterioração acentuada na qualidade do emprego, indicou o relatório. O trabalho informal é a fonte de renda para muitos lares na América Latina e no Caribe, onde a taxa média de informalidade é de aproximadamente 54%, segundo estimativas da OIT, uma situação que afeta os grupos mais vulneráveis.

Além disso, de acordo com os cálculos da OIT, a crise de saúde causada pela COVID-19 e as medidas de confinamento causam uma perda de cerca de 10,3% das horas de trabalho no segundo trimestre deste ano, equivalente a 31 milhões de empregos em tempo integral (considerando-se uma jornada de 40 horas semanais).

Essa situação afetará negativamente a dinâmica da pobreza e da desigualdade e a consecução dos compromissos da Agenda 2030, acrescentam as agências da ONU.

A CEPAL estima que em 2020 a taxa de pobreza deve aumentar até 4,4 pontos percentuais e a pobreza extrema 2,6 pontos percentuais em relação a 2019. Isso significa que a pobreza deve atingir 34,7% da população latino-americana (214,7 milhões de pessoas) e a extrema pobreza, 13% (83,4 milhões de pessoas). A desigualdade também deve crescer em todos os países da região, com aumentos no índice de Gini entre 0,5% e 6,0%.

Além da pobreza, grandes grupos populacionais vivem em condições crônicas de insegurança econômica e são vulneráveis à perda de renda do trabalho. Portanto, a CEPAL propôs uma renda básica de emergência (IBE) com um valor igual a uma linha de pobreza por seis meses para atender às necessidades básicas e sustentar o consumo das famílias. Isso significaria uma despesa adicional de 2,1% do PIB para cobrir todas as pessoas que se encontram em situação de pobreza em 2020.

Nesse âmbito, o objetivo estratégico de longo prazo é a implementação gradual de uma renda básica universal, apoiada por mecanismos de financiamento sustentáveis e inovadores, acrescenta a Comissão.

O relatório reitera que é necessário repensar o modelo de desenvolvimento e consolidar as dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável, sem deixar ninguém para trás, como destaca a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Da mesma forma, paralelamente às políticas trabalhistas, é necessário um sistema de proteção social baseado em um enfoque de direitos, sensível às diferenças, com políticas universais, redistributivas e solidárias.

 

Fundo de População da ONU traz recomendações para o enfrentamento da COVID-19 em podcast

Posted: 25 May 2020 11:21 AM PDT

Foto: UNFPA

Com o avanço da pandemia da COVID-19 ao redor do mundo e também no Brasil, o Fundo de População da ONU (UNFPA) preparou um episódio especial com recomendações para o enfrentamento da crise e também explicou as ações e estratégias da organização, em curso neste momento.

Entre as recomendações, estão garantir acesso a serviços de saúde materna e neonatal, como parto seguro, além de serviços de saúde sexual e reprodutiva. O UNFPA também destaca a possibilidade de escassez de contraceptivos, que pode levar a gravidezes não intencionais, caso não estejam disponíveis. Outras recomendações do episódio dizem respeito à violência de gênero, que pode crescer durante o período de isolamento social, e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual para trabalhadores de saúde.

O episódio também mostra o avanço da pandemia que, até o final da segunda quinzena de maio, ultrapassou a marca de 4 milhões de infectados no mundo e mais de 233 mil no Brasil.

Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil, explicou que esse é o momento de intensificar o trabalho e fortalecer as redes de apoio e garantir dignidade e proteção as pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

O “Fala, UNFPA” busca informar e discutir temas como saúde sexual e reprodutiva, equidade de gênero, raça e etnia, população e desenvolvimento, juventude, cooperação entre países do hemisfério sul e assistência humanitária, e, claro, tudo isso em uma perspectiva de direitos humanos.

A produção deste episódio é de Nathalia Cassia, Fabiane Guimarães e Diego Soares.

Apresentação e roteiro de Rachel Quintiliano, reportagem de Fabiane Guimarães. A edição é de Diego Soares, Fábio ACM e Raquel Melo.

Escute no seu distribuidor de podcast preferido:

Spotify
Apple
Deezer
Google Podcasts
Breaker
Pocket Casts
RadioPublic
Anchor

 

Petrobras e PNUD oferecem curso online sobre territorialização da Agenda 2030

Posted: 25 May 2020 11:13 AM PDT

Vista aérea de Manaus (AM). Foto: Marcos Amend

Vista aérea de Manaus (AM). Foto: Marcos Amend

Aprofundar o conhecimento sobre as metas da Agenda 2030 para fortalecer o desenvolvimento sustentável local. Com essa perspectiva, a Petrobras e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estão abrindo vagas para formar a segunda turma do Programa Virtual de Capacitação do Projeto Territorialização e Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

As inscrições para o curso online “Integrando a Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” foram abertas nesta segunda-feira (25), e a chamada é nacional, para o público em geral de todos os municípios.

As inscrições ficarão abertas até 10 de junho e poderão ser realizadas por meio de um formulário online. A participação é gratuita.

O curso se divide em quatro módulos, que poderão ser realizados ao longo de dois meses. Durante esse período, o PNUD realizará “lives” com especialistas das temáticas abordadas e poderá receber questões do público participante. A duração total das atividades será de 12 horas.

No Módulo 1, os alunos serão apresentados aos principais conceitos sobre desenvolvimento sustentável, o processo internacional que levou à adoção da Agenda 2030 e quais os principais desafios para o cumprimento dos 17 ODS.

O Módulo 2 apresenta conteúdos sobre o alinhamento dos ODS ao planejamento local, com a participação de representantes de instituições parceiras que trabalham com o tema.

No Módulo 3, os mecanismos e práticas internacionais, nacionais e locais serão abordados como forma de promover o conhecimento sobre o monitoramento da Agenda, com foco em dados e indicadores.

No último módulo, os alunos terão informações sobre o processo de formação de parcerias para o alcance do desenvolvimento sustentável nos próximos anos.

Todo o conteúdo do curso será apresentado por meio de vídeos interativos, animações, gráficos, entrevistas. Também são disponibilizados conteúdos de apoio para os alunos: documentos oficiais, vídeos sobre a Agenda 2030 e indicação de leituras. Os alunos que completarem o curso receberão certificado de participação, emitido automaticamente pela plataforma.

Apresentado por colaboradores do PNUD que trabalham com a implementação da Agenda 2030 e a territorialização dos ODS, o curso também tem a participação de representantes de diferentes segmentos: setor privado, sociedade civil organizada e governos.

Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC); do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA); da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP); da Confederação Nacional dos Municípios (CNM); da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP); da Associação Brasileira de Municípios (ABM); do Movimento Nacional ODS; da Rede Brasil do Pacto Global e da Rede ODS Brasil, além de colaboradores do PNUD e da Petrobras, deram depoimentos sobre iniciativas e ações para a implementação da Agenda 2030 no país.

Projeto

O curso faz parte do projeto “Territorialização e Aceleração dos ODS”, que atua em 116 municípios do país, localizados em 14 estados.

Em 2019, o PNUD realizou amplo trabalho de consolidação de indicadores dos 116 municípios participantes da iniciativa para gerar os “Diagnósticos Situacionais ODS”, documentos que mostrarão aos governos municipais e à sociedade civil o grau de alinhamento dos indicadores locais às 169 metas da Agenda 2030.

Paralelamente, também foram elaboradas Avaliações Integradas Rápidas dos 116 Planos Plurianuais em relação aos 17 ODS. Esses documentos analíticos serão entregues e discutidos com todos os municípios.

Gestores públicos e representantes do setor privado e da sociedade civil dos municípios atendidos pelo projeto já participaram da primeira rodada do curso online. Ao todo, cerca de 800 alunos foram apresentados aos principais conceitos sobre a Agenda 2030 e a territorialização dos ODS e receberam certificado do PNUD.

Para se inscrever no curso online, clique aqui. Alguns dias após a inscrição, os interessados receberão por e-mail os dados de acesso à plataforma do curso.

 

OIM doa 1,5 tonelada de alimentos para migrantes que aguardam abertura das fronteiras no Acre

Posted: 25 May 2020 10:33 AM PDT

OIM doa alimentos para migrantes que aguardam abertura das fronteiras no Acre. Foto: OIM

Com o objetivo de apoiar as ações realizadas pela Prefeitura de Assis Brasil, no Acre, e de entidades da sociedade civil, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) doou este mês 1,5 tonelada de alimentos para mais de 250 imigrantes que aguardam a reabertura das fronteiras com Peru e Bolívia no município acreano.

Estas pessoas vindas da Venezuela, Haiti, Colômbia, Togo e Benin estavam próximas de cruzar a tríplice fronteira quando foram paradas pela restrição de mobilidade devido à pandemia do novo coronavírus e não puderam seguir viagem como planejado.

Enquanto aguardam, elas foram acolhidas pela Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e pela Prefeitura de Assis Brasil com abrigamento e comida. A doação da OIM, feita em articulação com o Instituto Migrações e Direito Humanos (IMDH), e com a Igreja de acolhida, deve garantir a segurança alimentar do grupo pelas próximas semanas.

“Esperamos com essa ação apoiar as entidades que estão trabalhando para garantir a acolhida desses cidadãos em trânsito nesse período de espera que não sabemos quanto ainda vai durar. Essa é uma crise de saúde, mas que também tem fortes impactos na mobilidade das pessoas”, informou o coordenador de projeto da OIM, Guilherme Otero.

O atendimento aos imigrantes incluiu ainda ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública para verificar qualquer pendência de regularização migratória, assim como ações de saúde. Eles estão sendo monitorados para sintomas da COVID-19 enquanto aguardam a abertura das fronteiras para chegarem a seus destinos.

“Agradecemos a doação da OIM para os migrantes que estão no nosso município durante a pandemia. Apesar dos obstáculos, seguimos nosso trabalho de acolhimento, e a parceria com instituições como a OIM é muito importante nessas ações”, afirmou o prefeito de Assis Brasil, Antônio Barbosa de Souza.

A OIM continua acompanhando a situação junto às autoridades e à sociedade civil. A recomendação é que os migrantes presentes no Brasil evitem viajar ao Acre ou a outros estados fronteiriços para sair do país enquanto as medidas em vigor não os permitirem.

Esta ação foi realizada com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

 

OPAS diz que Brasil precisa intensificar isolamento social para conter pandemia

Posted: 25 May 2020 10:29 AM PDT

São Paulo já soma mais de 1,7 mil mortos por COVID-19. Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

São Paulo é o epicentro das mortes por COVID-19 no Brasil. Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

Em entrevista por videoconferência à ONU News, o especialista em epidemiologia e vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, disse que o aumento no número de casos de COVID-19 no Brasil pode ser contido com mais isolamento social.

Barbosa alertou sobre o risco de o número de casos superar a capacidade do sistema de saúde brasileiro.

Segundo ele, a forte disseminação da doença deve seguir até a primeira semana de junho, com base nos modelos e cálculos da OPAS.

“Nessa situação, a única medida capaz de frear e reduzir a velocidade de transmissão é o distanciamento social. Seguramente, que em cada estado do Brasil, essa realidade pode ser um pouco diferente.”

“Por isso, é importante uma análise criteriosa do número de casos novos, que estão acontecendo todos os dias, e monitorar também a ocupação dos leitos de UTI, uso de respiradores mecânicos.”

O vice-diretor da OPAS disse ainda que, além do Brasil, outros países latino-americanos estão enfrentando um aumento “muito rápido” no número de casos de COVID-19, como Equador, Chile, Peru e México.

Barbosa, que tem mais de 40 anos de experiência em medicina e políticas de saúde pública, afirmou que a situação é diferente em cada um dos estados brasileiros, mas que a prioridade agora deve ser conter o avanço da doença com as medidas acertadas.

“Particularmente, nós da Organização Pan-Americana da Saúde, estamos prestando apoio técnico ao Ministério da Saúde do Brasil exatamente para que essas medidas sejam mais efetivas, que a gente consiga reduzir a velocidade de transmissão e sair o mais rápido possível desse momento intenso de transmissão que alguns estados do Brasil passam.”

O especialista da OPAS disse que qualquer cálculo e projeção do avanço da doença depende do sucesso do distanciamento social, e que deve haver um monitoramento para avaliar como a população está aderindo às medidas.

Na quinta-feira (21), o número de casos de novo coronavírus, no mundo, ultrapassou a marca de 5 milhões. Estados Unidos, Brasil e Índia estão entre as nações com o maior número de notificações da COVID-19.

Leia a íntegra de um trecho da entrevista:

Que medidas específicas que o Brasil deve tomar para reduzir o número de casos?

O Brasil, assim como vários outros países na América Latina nesse momento, como Peru, Equador, Chile, México, está experimentando um crescimento muito rápido no número de casos. Nessa situação, a única medida capaz de frear e reduzir a velocidade de transmissão é o distanciamento social.

Seguramente, que em cada estado do Brasil, essa realidade pode ser um pouco diferente. Por isso é importante uma análise criteriosa do número de casos novos, que estão acontecendo todos os dias, monitorar também a ocupação dos leitos da UTI, uso de respiradores mecânicos, porque se se deixa a transmissão ocorrer de maneira natural, sem nenhum tipo de redução da velocidade, o número de casos que é produzido vai superar a capacidade dos leitos de UTI, de respiradores, e pessoas vão morrer. Isso é muito importante, este monitoramento.

(É preciso) Tomar as medidas adequadas. Se o distanciamento social não está funcionando, verificar como se pode aumentar a adesão da população para que se consiga diminuir esta velocidade o mais rápido possível.

Tendo em conta a evolução da pandemia no Brasil, quando acredita que a curva deve começar a baixar?

Nós trabalhamos com modelos matemáticos, mas esses modelos têm a finalidade apenas de servir para o planejamento do número de leitos necessários, da quantidade dos profissionais de saúde e o número de respiradores mecânicos.

Com base nesses modelos, se estima que essa transmissão mais forte vai continuar até a primeira semana de junho. Mas isso depende, claro, do sucesso das medidas de distanciamento social.

Particularmente, nós da Organização Pan-Americana da Saúde, estamos prestando apoio técnico ao Ministério da Saúde do Brasil exatamente para que essas medidas sejam mais efetivas, que a gente consiga reduzir a velocidade de transmissão e sair o mais rápido possível desse momento intenso de transmissão que alguns estados do Brasil passam.

 

Brasileira e indiana ganham prêmio de Defensoras Militares da Igualdade de Gênero da ONU 2019

Posted: 25 May 2020 10:29 AM PDT

Clique para exibir o slide.

Uma brasileira servindo nas Forças de Paz da República Centro-Africana e uma indiana que recentemente completou sua missão no Sudão do Sul foram selecionadas para receber o Prêmio de Defensoras Militares da Igualdade de Gênero da ONU 2019.

A comandante Carla Monteiro de Castro Araújo, oficial da Marinha brasileira trabalhando na Missão de Estabilização Multidimensional Integrada das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA), e a major Suman Gawani, do exército indiano, uma observadora militar que serviu na Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS), receberão o prêmio durante uma cerimônia online presidida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, marcando o Dia Internacional das Forças de Paz da ONU na sexta-feira, 29 de maio, às 10 horas (11 horas no Brasil).

Criado em 2016, o Prêmio de Defensoras Militares da Igualdade de Gênero da ONU reconhece a dedicacão e o esforço de um militar das Forças de Paz em promover os princípios da Resolução 1325 da ONU sobre mulheres, paz e segurança, dentro do contexto de operação de paz, como nomeado pelos chefes e comandantes das operações de paz. Pela primeira vez, duas militares receberão o prêmio conjuntamente pela contribuição a esta importante causa.

“Este prêmio é um reconhecimento pelo trabalho de equipe envolvendo a força da MINUSCA e o componente civil”, afirmou a comandante Carla Monteiro de Castro Araújo ao receber a notícia da premiação. “É muito gratificante para mim e para a Missão ver nossas iniciativas dando frutos”, acrescentou. A major Suman Gawani também expressou gratidão por ver seu trabalho como observadora militar da ONU ser reconhecido. “Qualquer que seja a função, posição ou nível, é nosso dever como integrantes das Forças de Paz incorporar todas as perspectivas de gênero no nosso trabalho diariamente e nos apropriar delas em nossas interações com os colegas e também com as comunidades”, afirmou a indiana.

A comandante Carla Monteiro de Castro Araújo tem servido como conselheira de proteção e gênero na sede da MINUSCA desde abril de 2019. Ela estabeleceu e conduziu um amplo treinamento em aspectos relacionados a gênero e proteção. Graças aos seus esforços, a Missão aumentou significativamente o número de pontos focais de proteção de gênero e de crianças em suas respectivas localidades. Ela foi fundamental para aumentar o envolvimento das patrulhas de resposta de gênero com as comunidades locais de 574 para aproximadamente 3 mil por mês.

Clique para exibir o slide.

Desde sua designação para a UNMISS em dezembro de 2018, a major Suman Gawani orientou mais de 230 Observadores Militares da ONU em violência sexual relacionada a conflito e garantiu a presença de mulheres observadoras militares em cada uma das equipes locais da Missão. Ao proporcionar apoio, orientação, conselho e liderança, ela ajudou a criar um ambiente adequado para os integrantes da Força de Paz da ONU. Ela também treinou forças governamentais do Sudão do Sul e ajudou no lançamento do plano do governo de violência sexual relacionada a conflito.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, cumprimentou as militares pelo prêmio. “Estas integrantes das Forças de Paz são poderosos modelos. Através do seu trabalho, elas trouxeram novas perspectivas e têm ajudado a construir confiança e segurança entre as comunidades onde elas servem”, afirmou. “Através do seu comprometimento e métodos inovadores, elas alcançaram um nível de excelência que é uma inspiração para todos os capacetes azuis em todo o mundo. Ao confrontarmos os desafios atuais, o trabalho delas nunca foi tão importante e relevante”, complementou.

Este é o segundo ano seguido que uma brasileira recebe este prestigiado prêmio e a primeira vez que é destinada a uma integrante das Forças de Paz da Índia. No ano passado, a capitão de corveta brasileira Marcia Andrade Braga, então membro da MINUSCA, recebeu o prêmio.

Sobre as premiadas: A comandante Carla Monteiro de Castro Araújo entrou para o serviço de saúde da marinha brasileira em 1997. Ela trabalhou por mais de dez anos como dentista na Marinha. Por mais de cinco anos ela trabalhou na Unidade Médica expedicionária da Marinha, com experiência em gerenciamento de risco e controle e apoio a saúde. Ela se formou na Escola de Oficiais em 2012. A major Suman Gawani entrou para o exército indiano em 2011, quando se formou na Academia de Treinamento de Oficiais, e se juntou às tropas de sinal do Exército. Ela é graduada em Engenharia de Telecomunicações no Colégio Militar de Telecomunicação e em Educação pelo Colégio de Pós Graduação do Governo em Dehradun, na Índia.

Sobre o prêmio: O Prêmio de Defensoras Militares da Igualdade de Gênero da ONU é fundamentado pelos princípios contidos na Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas 1325 e segue resoluções sobre mulheres, paz e segurança. Estas resoluções chamam os atores a adotar uma perspectiva de gênero em todos os aspectos da manutenção e construção da paz e a garantir a participação das mulheres nos processos políticos e de paz. Elas também pedem a proteção e a prevenção de violência sexual relacionada a conflitos e a expandir o papel e a contribuição das mulheres nas operações de paz, incluindo mulheres não uniformizadas nas Forças de Paz.

Do total atual de 85 mil servidores uniformizados das Forças de Faz, 6,4% são mulheres e este número tem crescido continuamente. As Nacões Unidas têm trabalhado com os estados-membros para aumentar o número e o percentual de servidoras mulheres nas áreas militares, policiais, de justiça e correção que contribuem com as Forças de Paz da ONU, incluindo através da iniciativa Ação para Manutenção da Paz. Neste contexto, promover a participação de mulheres, tanto nas Forças de Paz quanto nas sociedades que elas servem, é a parte central dos esforços, em parceria ativa com os estados-membros.

Informações para a imprensa:

Para entrevistas com a militar brasileira: Porta-voz da MINUSCA – Vladimir Monteiro – Tel.: + 236 75980772 – E-mail: monteiro6@un.org

Departamento de Operações de Paz – Sophie Boudre – Tel.: +1 (917) 691-5359 – E-mail: boudre@un.org
Departamento de Comunicação Global da ONU – Douglas Coffman – Tel.: +1 (917) 361-9923 – coffmand@un.org

 

UNICEF e Turma da Mônica orientam comunidades sobre o coronavírus através de materiais informativos

Posted: 25 May 2020 09:56 AM PDT

Foto: Maurício de Sousa Produções

A Mauricio de Sousa Produções (MSP), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), desenvolveu um folheto e um cartaz informativo para crianças, adolescentes e famílias de comunidades vulneráveis, que vivem abrigos, bem como para a população em situação de rua para reforçar a importância de lavar bem as mãos, usar álcool em gel 70%, utilizar máscaras e higienizar quaisquer objetos que possam ter tido contato com o vírus.

Num primeiro momento, 430 mil folhetos e 1.150 cartazes serão distribuídas em Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, acompanhados de produtos de higiene e limpeza, que o UNICEF está oferecendo em parceria com a sociedade civil e o governo. Essa ação faz parte da resposta humanitária do UNICEF à pandemia da COVID-19 no Brasil.

O material foi ainda traduzido para o espanhol e será usado no trabalho com migrantes e refugiados venezuelanos que vivem nos Estados de Roraima, do Amazonas e do Pará. As atividades de prevenção da transmissão do novo coronavírus dirigidas a essa população são realizadas pela Plataforma R4V – Resposta a Venezuelanos e Venezuelanas, uma coordenação do sistema das Nações Unidas e da sociedade civil para apoiar o Governo do Brasil na resposta ao fluxo de venezuelanos no País.

Para Mônica Sousa, diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções, o compartilhamento de informações confiáveis é uma das estratégias mais poderosas no combate ao coronavírus. “É por meio de materiais como esses que reforçamos nosso compromisso com a sociedade brasileira, não apenas como produtora de conteúdo de entretenimento, mas como uma aliada no combate à COVID-19”.

“Estamos num grande esforço conjunto com vários setores da sociedade para chegar o mais rápido possível às famílias mais vulneráveis. Além de produtos essenciais de higiene e limpeza, precisamos distribuir informação confiável que ajude os moradores das comunidades mais vulneráveis a cuidar da sua saúde e proteger crianças, adolescentes e toda a família. A parceria com Mauricio de Sousa tem sido crucial nisso”, destacou a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.

Desde o início da pandemia, UNICEF e Mauricio de Sousa Produções vêm trabalhando juntos para levar informações a toda a população, desenvolvendo diversos materiais com orientações contra o coronavírus por meio dos canais digitais. O UNICEF também apoia as postagens do Movimento Brincadeira, que estimulam as crianças a seguir brincando mesmo no contexto da quarentena, e do vídeo “Sem Abraço, sem Beijinho, sem Aperto de Mão”, com orientações sobre a importância da etiqueta respiratória e distanciamento social, que ganhou versões em japonês e inglês.

Sobre a Mauricio de Sousa Produções

A Mauricio de Sousa Produções é uma das maiores empresas de entretenimento do Brasil, responsável por uma das marcas mais admiradas do País, a Turma da Mônica. A MSP investe em inovação e produz conteúdos em todas as plataformas com a mais alta tecnologia, alinhando educação, cultura e entretenimento.

A empresa é signatária dos princípios de empoderamento das mulheres, plataforma da ONU Mulheres, e do Pacto Global.

No licenciamento, trabalha com 150 empresas que utilizam seus personagens em mais de 4 mil itens. A presença da marca na plataforma YoutTube já passou de 13 bilhões de views, sendo a maior audiência para Mônica Toy, conteúdo desenvolvido exclusivamente para essa plataforma; além do engajamento e interações orgânicos com os fãs em mídias sociais.

Na área editorial, possui um dos maiores estúdios do setor no mundo, com 400 títulos de livros e mais de um bilhão de revistas vendidas, ambos responsáveis pela alfabetização informal de milhões de brasileiros.

Mais informações:
Máquina Cohn & Wolfe | Mauricio de Sousa Produções
Gabriel Furlan – gabriel.furlan@maquinacohnwolfe.com – (11) 3147 7253
Marcella Pinheiro – marcella.pinheiro@maquinacw.com – (11) 3147 7466

JAL Comunicação – Mauricio de Sousa
José Alberto Lovetro – jal.comunicacao@gmail.com – (11) 3851 5221 | (11) 99614 1623

 

OPAS compartilha com Brasil estudo espanhol sobre manifestações do novo coronavírus na pele

Posted: 25 May 2020 09:44 AM PDT

Teste de COVID-19. Foto: fernandozhiminaicela/pixabay (CC)

Teste de COVID-19. Foto: fernandozhiminaicela/pixabay (CC)

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem buscado entender melhor os sinais e sintomas da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, compartilhando esse conhecimento com os países. Para apoiar o Brasil, o organismo internacional tem realizado uma série de seminários virtuais com especialistas da Espanha.

O último deles, ocorrido na sexta-feira (22), tratou de recém-identificadas manifestações do novo coronavírus na pele. Na ocasião, foi apresentado um estudo de um grupo de pesquisadores da Espanha, que descreve cinco padrões de lesões da pele que podem estar associadas à infecção por COVID‐19 – em pacientes com variadas características demográficas, em distintos períodos e diferentes severidades.

As mais frequentes foram as erupções maculopapulares (encontradas em 47% dos casos), que são como manchas ou “bolinhas” vermelhas espalhadas pelo corpo. Também foram identificadas vesículas ou pústulas (pseudo-frieira – erupções na pele semelhantes a frieiras em pés e mãos), que foram encontradas em 19% dos casos. Urticárias também foram descritas em 19% dos casos.

Além disso, o grupo de pesquisadores identificou outras erupções vesiculares (caracterizadas por “bolinhas” vermelhas na pele) em 9% dos casos e livedo (espécie de “linhas” na pele) ou necrose em 6% deles.

Os resultados foram apresentados no dia 15 de maio por Ignacio García Doval, um dos autores do estudo e diretor de pesquisa da Academia Española de Dermatologia y Venereología. O seminário contou ainda com uma discussão e troca de experiências com especialistas do Ministério da Saúde do Brasil, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria. Assista abaixo:

Para a OPAS, o compartilhamento desses conhecimentos é fundamental para que profissionais de saúde de todo o mundo possam identificar os sinais e sintomas da COVID-19. Isso é importante tanto para a oferta de tratamento em tempo oportuno, quanto para notificação, vigilância e diagnóstico de casos.

 

CEPAL e Pacto Global realizam webinar sobre investimentos no desenvolvimento sustentável

Posted: 25 May 2020 07:53 AM PDT

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi estabelecida pelos países-membros da ONU no fim de 2015. Foto: ONU

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi adotada pelos países-membros da ONU no fim de 2015. Foto: ONU

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Rede Brasil do Pacto Global convidam para webinar Big Push para a Sustentabilidade, que será realizado na terça-feira (26) das 16h às 18h (horário de Brasília).

A CEPAL vem desenvolvendo o Big Push para a Sustentabilidade, que é uma abordagem renovada para apoiar os países da região na construção de estilos de desenvolvimento mais sustentáveis, baseada na coordenação de políticas para promover investimentos transformadores.

Em 2019, foi realizada a Chamada Aberta de Estudos de Casos de Investimentos para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil, pela CEPAL em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com o apoio da Fundação Friedrich Ebert (FES) e da Cooperação Técnica Alemã (GIZ).

O webinar tem o duplo objetivo de:

(i) Lançar o repositório online com mais de 60 estudos de caso do Big Push para a Sustentabilidade no Brasil

(ii) Anunciar os casos de investimentos selecionados como mais transformadores rumo à sustentabilidade do desenvolvimento, que compõem uma publicação que também será lançada no evento.

Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL, fará um keynote speech sobre o Big Push para a Sustentabilidade na América Latina e Caribe.

Participarão do evento especialistas, autoridades e pessoas que estão liderando agendas de investimentos transformadores no Brasil (acesse o programa).

Participe e conheça casos de investimentos com resultados positivos já observados nas dimensões social, econômica e ambiental no Brasil.

É necessário inscrever-se para ter acesso ao evento, por meio do seguinte link: https://bit.ly/BigPushSustentabilidade

Mais informações podem ser encontradas no link do evento que se encontra na página do Escritório da CEPAL no Brasil: https://www.cepal.org/pt-br/node/51415

 

 

ONU e Instituto Semeia lançam publicação sobre parques urbanos com perspectiva de gênero

Posted: 25 May 2020 07:24 AM PDT

Parque da Orla do Guaíba, em Porto Alegre (RS), é um dos casos mencionados na publicação. Foto: PMPA/Luciano Lanes

Parque da Orla do Guaíba, em Porto Alegre (RS), é um dos casos mencionados na publicação. Foto: PMPA/Luciano Lanes

A publicação “Parques para Todas e Todos” é uma ferramenta para inspirar a construção de espaços mais diversos a partir da inserção da perspectiva de gênero em parques urbanos em sua implantação ou gestão.

Nela podem ser encontradas diretrizes, sugestões e ideias para começar a pensar em parques que considerem as necessidades de todas e todos.

O material estará disponível gratuitamente no site do Instituto Semeia (https://bit.ly/3g7Tl2W). A apresentação de lançamento também pode ser assistida pelo canal do Semeia no YouTube (http://bit.ly/2WQGGtK).

“No UNOPS, partimos do pressuposto de que, para criar uma infraestrutura, é preciso olhar para as necessidades de cada tipo de pessoa que vai utilizá-la. Assim, essa publicação vem para facilitar o trabalho de governos locais ao olhar para os públicos de parques de maneira inclusiva”, explica a representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela.

Fernando Pieroni, diretor-presidente do Instituto Semeia, ressalta que “ao aportar maior flexibilidade gerencial, as parcerias com a iniciativa privada podem ser importantes instrumentos para apoiar os governos na implementação de políticas públicas voltadas à inclusão e diversidade, como, por exemplo, melhoria da segurança ou campanhas de conscientização”.

“Temos orgulho de fazer parte deste esforço liderado pelo UNOPS com outros parceiros para inclusão da perspectiva de gênero em parques urbanos. O UNAIDS defende que todas as pessoas devem ter direito a uma vida com dignidade e com zero discriminação, e isso com certeza passa também pela utilização dos espaços públicos”, explica o diretor interino do UNAIDS Brasil, Cleiton Euzebio de Lima.

Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, “o espaço urbano, como parques, determina como a vida das pessoas e das comunidades é organizada”.

“Como tal, reflete e reproduz a raça, gênero, deficiência e muitos outras identidades com as quais crescemos e coexistimos”, assim como as desigualdades, salienta. Divinskaya lembra que as mulheres se deparam com problemas de acesso aos parques.

“Falta de iluminação, falta de banheiros públicos para mulheres e população LGBTI+, calçadas em más condições – difíceis de manobrar com um carrinho de bebê ou cadeira de rodas, por exemplo”, explica.

A representante da ONU Mulheres Brasil assinala que “em todo o mundo, as mulheres ocupam apenas 10% dos empregos nas principais empresas de arquitetura e escritórios de planejamento urbano. Além disso, mulheres de diversos grupos populacionais raramente são convidadas a participar dos processos de planejamento e planejamento da comunidade”.

Divinskaya reitera a importância da publicação no contexto da gestão e implantação de parques, uma vez que esses espaços são importantes aliados na promoção da igualdade. “O projeto de parques inclusivos, como parte do planejamento urbano, é importante para diminuir as diferenças de gênero, pois molda o ambiente ao nosso redor como vivemos, trabalhamos, brincamos, nos movemos e descansamos”, conclui.

Sobre o UNOPS

O UNOPS é um organismo das Nações Unidas. Em todo o mundo, o escritório apoia o Sistema ONU, seus parceiros e governos a fornecer soluções nas áreas de assistência humanitária, desenvolvimento, paz e segurança.

Sua missão é ajudar as pessoas a melhorarem suas condições de vida e os países a alcançarem a paz e o desenvolvimento sustentável, alinhado com os objetivos da Agenda 2030.

Os serviços prestados pelo UNOPS abrangem as áreas de infraestrutura, gerenciamento de projetos, compras, gestão financeira e recursos humanos. Os parceiros solicitam os serviços para complementar suas próprias capacidades, aumentar a velocidade, reduzir riscos, promover a relação custo-benefício e melhorar a qualidade de seus projetos em diferentes áreas.

Sobre o Instituto Semeia

Criado em 2011, o Instituto Semeia é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Com sede em São Paulo (SP), trabalha para transformar áreas protegidas em motivo de orgulho para os brasileiros.

Atua nacionalmente no desenvolvimento de modelos de gestão e projetos que unam governos, sociedade civil e iniciativa privada na conservação ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos e na sua transformação em espaços produtivos, geradores de emprego, renda, e oportunidades para as comunidades do entorno, sem perder de vista sua função de provedores de lazer, bem-estar e qualidade de vida.

São pilares de sua atuação: a geração e sistematização de conhecimento sobre a gestão de unidades de conservação; o compartilhamento de informações por meio de publicações e eventos; a implementação e o acompanhamento de projetos com governos de todos os níveis, como forma de testar e consolidar modelos eficientes e que possam ser replicados no país.

Link para baixar a publicação: https://bit.ly/3g7Tl2W
Link para acessar conteúdo do lançamento: http://bit.ly/2WQGGtK

 

Resposta à pandemia deve considerar condições de saúde da população negra, diz sanitarista

Posted: 25 May 2020 07:03 AM PDT

Karine Santana é docente de Saúde Coletiva, doutoranda em Medicina e Saúde na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia e pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça e Saúde (NEGRAS). Foto: Acervo Pessoal

A Organização Mundial de Saúde classificou o novo coronavírus COVID-19 como pandemia, em 11 de março, instaurando alerta internacional em favor da saúde coletiva para responder à possibilidade de colapso dos serviços de saúde por conta do contágio e à alta de letalidade decorrente da doença. Nove dias depois, em 20 de março, o Congresso brasileiro decretou estado de calamidade pública decorrente da pandemia.

No início de abril, os primeiros dados passaram a revelar o impacto da pandemia entre a população negra. O Ministério da Saúde revelou, em 10 de abril, que brancos e brancas eram 73,9% entre as pessoas hospitalizadas com a COVID-19, mas 64,5% entre as mortas. Negras e negros representavam quase 1 em cada 4 (23,1%) das pessoas hospitalizadas com a COVID-19, mas chegavam a 1 em cada 3 entre as pessoas mortas infectadas pelo novo coronavírus (32,8%). No início de maio, levantamento da Agência Pública apontou que a quantidade de pessoas negras que morrem pela COVID-19 no Brasil quintuplicou.

Em entrevista à ONU Mulheres, a sanitarista Karine Santana avalia a situação da pandemia da COVID-19 no Brasil, o racismo na saúde e as comorbidades da população negra. Para ela, “as medidas precisam ser pautadas na equidade. Qualquer medida distante disso está acirrando a existência do racismo estrutural”. Docente de Saúde Coletiva, ela é doutoranda em Medicina e Saúde na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia e pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça e Saúde (NEGRAS).

ONU Mulheres – Como você avalia a pandemia e a capacidade de resposta do Brasil à população, composta, em sua maior parte, por negras e negros e por mulheres?

Estamos diante de uma grave crise sanitária. A pandemia da COVID-19 convoca a sociedade e as autoridades para um nível de reflexão bem ampliado. Com esta situação, há a oportunidade de se retomar o debate acerca do nexo entre o conceito e a prática das ações no que tange à efetivação da chamada saúde global. Os acordos internacionais apontam para uma atenção especial à barreira das doenças infecciosas na chegada ao mundo ocidental. Existe uma agenda que negligencia a sua atuação conforme o território e população atingida, haja vista a prevalência de doenças como tuberculose, dengue, doenças de chagas, anemia falciforme, todas com um perfil populacional bem definido e, portanto, descartável. Urge uma mudança de conduta nestes acordos visto que as medidas de cuidado que envolve as ações de promoção e prevenção à COVID- 19 até o momento não são nenhuma novidade no que tange às doenças respiratórias, mas a sua efetividade está agora se deparando com as consequências do padrão de desenvolvimento neoliberal, discriminatório e excludente adotado pelos países.

No Brasil, acredito que o padrão de desigualdade instituído será o maior desafio. Exigir o isolamento social, limitando o trânsito das pessoas, a lavagem das mãos e uso de álcool gel são medidas difíceis de ser garantidas quando constatamos, por exemplo, que, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS, 2018), 35,7% dos brasileiros não têm esgotamento sanitário, destacando que 63% destes estão concentrados nas regiões norte e nordeste. Outro dado é o fato de termos 3,3 milhões de brasileiros desempregados há mais de dois anos (IPEA, 2018), muitos atuando na informalidade precisando prover as suas famílias.

Quando a avaliação das desigualdades é realizada pela perspectiva interseccional, sem a qual não é possível ter noção verídica do cenário, a população negra é quem historicamente detém os piores índices, sobretudo as mulheres negras. A população negra está majoritariamente nas periferias vivendo em imóveis insalubres, amontoados, com elevado número de pessoas por cômodos, sem saneamento, sem acesso a água, com seus chefes de família trabalhando na informalidade e sem poder prover as suas necessidades. Um cenário que reflete um descaso consciente com 54,9% da população.

O racismo estrutural evidencia o arcabouço de vulnerabilidade a qual a população negra está submetida, reafirmando que a determinação social do processo de saúde, adoecimento e morte está diretamente associado com a adoção do projeto de desenvolvimento pautado na necropolítica. Neste sentido, acredito que a contenção e resposta à pandemia está condicionada às respostas de ordem assistencialista e científica, porque no que depende do âmbito social estão ameaçadas.

ONU Mulheres – Como as doenças com prevalência na população negra a deixa mais vulnerável ao contágio?

As doenças crônicas debilitam o organismo, sobretudo o organismo idoso. A população negra apresenta elevada prevalência para estas doenças como hipertensão, diabete e doença falciforme, por exemplo. No caso do paciente diabético é importante considerar o comprometimento do seu sistema imunológico, a sua capacidade de defesa já está comprometida. O vírus atua diretamente sobre o sistema cardiorespiratório, que no caso dos pacientes hipertensos já existe um comprometimento da sua capacidade fisiológica de resposta, isso agrava a dificuldade respiratória. A anemia falciforme, por exemplo, já produz a síndrome torácica aguda, que pode ser confundida com sintomas da COVID-19 e levar pacientes para as emergências do SUS, exigindo, portanto, que os profissionais de saúde estejam atentos a seu diagnóstico diferencial. A Síndrome torácica por sua vez já deixa o indivíduo fragilizado em sua capacidade respiratória, a infecção pelo vírus iria potencializar esse quadro. Assim, cuidar da COVID-19 é cuidar da população negra, e, para isso, é preciso considerar suas condições de saúde. Isso remete a pensar as políticas públicas de intervenção e cuidado para esta população. Porque a ocorrência dos casos tem uma origem que não se inicia ou se justifica necessariamente pela condição de saúde, mas pelas condições às quais esta população está submetida como desemprego, má remuneração, má alimentação, baixa escolaridade e moradia comprometida, violência, uma lista de fatores suficiente para descompensar a pressão arterial de qualquer pessoa negra que nesse país viva.

ONU Mulheres – Como o racismo, já reconhecido no âmbito da saúde, pode ser acirrado na pandemia?

A adoção de medidas de prevenção precisa ser pensada na condição de vida da população negra, que é maioria da população brasileira. Outra coisa, 80% da população negra é usuária do Sistema Único de Saúde, logo, as medidas precisam ser pautadas na equidade. Qualquer medida distante disso está acirrando a existência do racismo estrutural. Toda e qualquer ação deve ser pautada pela perspectiva interseccional, caso contrário, estará sendo reafirmada a política de morte, onde sabemos que os corpos negros são os que mais sofrem com as consequências de qualquer desordem seja social, econômica e política.

ONU Mulheres – Como o racismo deve ser enfrentado no contexto da pandemia e nas respostas do governo federal, estados e municípios?

A partir do momento do reconhecimento do racismo por parte dos três níveis de governo, as ações de enfrentamento devem considerar a sua condição de vida e saúde. A partir daí elencar as prioridades. Algumas ações podem ser realizadas como pensar suporte financeiro sobretudo para mulheres negras, as quais são em sua maioria chefe de família e que historicamente ganham menos que os homens, assumir a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, considerando seus objetivos e sua marca, e assim exigir o preenchimento do quesito raça/cor nas fichas de notificação para uma avaliação histórica e viabilização de ações a curto e médio prazo, sensibilização dos profissionais de saúde para atentarem para o fortalecimento de uma prática com foco na equidade, considerando a análise de situação de saúde da população negra, fortalecer a atenção básica e assim rediscutir o subfinanciamento do SUS, estreitar a parceria com instituições de pesquisa e com os movimentos sociais, produzir um material de orientação para a população em específico para os idosos negros que possuem comorbidades.

ONU Mulheres – Nos EUA, os dados relacionados à mortalidade evidenciam mais óbitos de negras e negros. Este quadro pode se repetir no Brasil?

Sim, acredito que este é o cenário que está posto. A população negra detém os piores índices de condição de vida e isso associado ao acesso deficiente e à qualidade inadequada no atendimento dos serviços de saúde é o que delineia a determinação social do processo de saúde, doença e cuidado. A população negra está submetida a um processo de vulnerabilidade em cadeia, é uma sucessão de negligências. Reforço aqui a importância de valorização e defesa do Sistema Único de Saúde, um sistema projetado para atender a todos em sua integralidade e especificidades, o qual está ameaçado, sofrendo sanções das políticas de austeridade que irão certamente culminar com um quadro nefasto de morbimortalidade caso intervenções urgentes não sejam realizadas. Acredito que esta seja uma realidade da saúde da população negra na diáspora.

Leia também as outras entrevistas com mulheres brasileiras na série “Vozes das Mulheres sobre COVID-19”:

22.04.2020 – Deputadas federais unem esforços e defendem direitos das mulheres na resposta do Brasil à pandemia COVID-19

08.04.2020 – Mulheres indígenas avaliam situação de aldeias na prevenção à COVID-19 e acesso à saúde na pandemia

03.04.2020 – Enfermeira indígena destaca falta de água e de alimentos como desafios à prevenção do coronavírus na maior reserva indígena do Brasil

03.04.2020 – Trabalhadoras domésticas fazem campanha por direitos durante a pandemia COVID-19 e articulam apoio da cooperação internacional

 

Violência de gênero e COVID-19: “Quando nos calamos, permitimos que esses crimes se multipliquem”

Posted: 25 May 2020 05:53 AM PDT

Foto: UNAIDS

A ONU Mulheres estima que, nos últimos 12 meses, 243 milhões de mulheres e adolescentes de 15 a 49 anos foram submetidas a violência sexual e/ou física por algum parceiro íntimo. Como resultado do isolamento imposto para impedir a disseminação da COVID-19, dados mostram que esse tipo de violência se intensificou. Na França, por exemplo, os relatos de violência doméstica aumentaram 30% desde o início do isolamento no dia 17 de março. Na Argentina, as ligações de emergência com relatos de violência doméstica aumentaram 25% desde o início do confinamento, no dia 20 de março. Outros países também relataram aumentos nos números.

Recentemente, a rede social russa Odnoklassniki, também conhecida como OK, organizou uma transmissão on-line para que especialistas e interessados no tema pudessem discutir como sobreviver ao isolamento e evitar conflitos familiares e violência de gênero. A transmissão foi vista por 1,7 milhão de usuários da rede OK no leste da Europa e na Ásia central.

A transmissão foi parte de uma iniciativa conjunta do escritório regional do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) para a Europa Oriental e Ásia Central, o Instituto de Tecnologias de Informação para a Educação da UNESCO e a rede social OK, em parceria com a ONU Mulheres.

A representante da ONU Mulheres na Ásia Central, Ulzisuren Jamstran, que mora no Quirguistão, afirmou que, segundo o governo, o nível de violência doméstica aumentou em 65%. “Vemos um aumento na agressão contra mulheres e crianças no Quirguistão e um aumento no número de suicídios entre criança, até mesmo em crianças pequenas”.

A psicóloga russa, Lyudmila Petranovskaya, explicou como o isolamento fez com que os bons relacionamentos se tornassem ainda melhores e os relacionamentos problemáticos se tornassem mais problemáticos. Ela enfatizou que as pessoas precisam estar cientes das opções caso sejam mantidas em isolamento com um agressor. “As pessoas precisam procurar contatos, uma linha direta, ligar para amigos, tentar encontrar outro lugar para sobreviver ao isolamento. Ficar com o agressor é perigoso. Essa ameaça é mais grave que o coronavírus”.

Segundo a chefe adjunta do conselho da Rede Eurasiana de Mulheres sobre AIDS, Julia Godunova, alguns estudos no leste Europeu e na Ásia central mostram que mais de 70% das mulheres que sobrevivem à violência não procuram ajuda por causa da vergonha.

Já a fundadora da organização não governamental #DontBeSilent (#NãoFiqueCalada, em tradução livre ao português), Dina Smailova, incentiva que as mulheres não se calem. “Quando nos calamos, permitimos que esses crimes se multipliquem. Nosso


Nenhum comentário:

Postar um comentário