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Em discurso, Bolsonaro diz que evangélicos foram decisivos para mudança do país
Reprodução Youtube
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) participou da Marcha para Jesus durante a tarde desta quinta-feira (20) e afirmou que o voto evangélico foi fundamental para mudar o destino do país. "Vocês foram decisivos para mudar o destino dessa pátria chamada Brasil", afirmou ele a milhares de fiés participantes do evento.
Em seu discurso, que teve início às 15h45, o presidente agradeceu por estar vivo. "Foi dele esse dom de me dar a vida pela segunda vez e agradeço a vocês pelas orações", disse em referência à facada que o atingiu durante a campanha eleitoral, no dia 6 de setembro do ano passado.
Bolsonaro disse também que o Brasil tem "problemas seríssimos de ética, moral e economia". "Entendemos que podemos mudar isso e fazermos com que o Brasil seja colocado no local de destaque que ele merece", afirmou.
Bolsonaro discursou ao lado do embaixador de Israel, Yossi Shelley, e do adido de Defesa do país, Raid Kador. "Pela primeira vez o governo está cumprindo o que prometeu durante a campanha. A verdade será o norte do nosso trabalho."
Executivo teria pago R$ 740 mil para criminosos "autorizarem" obra viária, diz MP
Ao menos 37 criminosos teriam recebido cerca de R$ 20 mil cada um
Um beneficiado estava preso e outro era foragido da Justiça, aponta investigação
Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, estatal paulista de construção de rodovias, ordenou o pagamento de pelo menos R$ 740 mil em dinheiro da empresa a integrantes de grupo ligado à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em 2009. É o que aponta investigação iniciada no MP-SP (Ministério Público de São Paulo) em 2016 e nunca inteiramente concluída (leia mais abaixo).
Paulo Preto, como é conhecido o ex-diretor, é apontado como operador de propinas do PSDBdurante o governo José Serra (PSDB-SP) em São Paulo (2007-2010). O advogado de Paulo Vieira de Souza, Alessandro Silvério, não quis comentar o assunto com a reportagem.
De acordo com os autos do processo que correu no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) a que o UOL teve acesso, pelo menos 37 pessoas ligadas à criminalidade na região do Jardim São Francisco e do Jardim Oratório, na zona Sul de São Paulo, e da Vila Iracema, em Barueri, na região metropolitana da capital, foram indenizadas indevidamente. As irregularidades teriam ocorrido em meio a desapropriações para as obras do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas e prolongamento da avenida Jacu-Pêssego. A obra foi entregue em 2010.
Destes 37, 13 possuem passagem pela cadeia por crimes como homicídio, tráfico de drogas e roubo, entre outros. Ao menos um preso entrou na lista das indenizações enquanto estava na cadeia, e outro foi indenizado mesmo sendo foragido da Justiça. Nenhum deles teria direito aos cerca de R$ 20 mil que receberam cada, em um total de R$ 740 mil, em valores atualizados, de acordo com investigações feitas na época pelo promotor Cássio Roberto Conserino.
Propina para liberar obras
A quadrilha na região seria liderada pelos traficantes Gilson, conhecido como Boca, e Rubão, conhecido como Pernambuco. A investigação do MP-SP não aprofundou a apuração para chegar ao nome real dos dois, mas identificou os outros 35.
O dinheiro teria sido cobrado pelos integrantes da quadrilha para deixar os engenheiros e operários da obra trabalhar nos bairros citados, dominados pelo crime organizado e por onde passa o traçado do Rodoanel, assim como para permitir a demolição de imóveis desapropriados para a obra nas comunidades dominadas pelo tráfico de drogas.
Em depoimento a Conserino em 2016, José Geraldo Casas Vilela, funcionário de Paulo Preto na Dersa, também denunciado no caso, relata que eles chegaram a receber na sede da Dersa uma carta com ameaças, assinada por traficantes supostamente do PCC.
Homens armados e dinheiro vivo
A investigação começou quando, em 2014, um funcionário da Dersa denunciou possíveis irregularidades ao MP-SP no cadastramento de pessoas para desapropriações na empresa pública.
Pressionada pela denúncia do Ministério Público, Mércia Ferreira Gomes, chefe do denunciante e ex-funcionária de Paulo Preto, firmou uma colaboração premiada com o MP-SP em maio de 2016 e contou para o promotor Conserino sobre as irregularidades de que tinha conhecimento nas obras do Rodoanel. As informações foram ratificadas também em depoimentos posteriores dela.
Além das indenizações irregulares para os integrantes da facção criminosa, Mércia contou que havia sido ameaçada de morte por Paulo Preto caso colaborasse com as investigações. Ela disse que foi abordada duas vezes na rua por estranhos, supostamente ligados ao PCC, com ameaças à sua vida.
Contou também que pelo menos 1.700 pessoas que não tinham direito à indenização das desapropriações foram pagas mesmo assim, sob o pretexto de não atrasar as obras - incluindo funcionários pessoais de Paulo Preto, que ganharam apartamentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) indevidamente.
De acordo com a delatora, criminosos armados ou seus representantes compareciam à sede da Dersa, no Itaim, em São Paulo, para receber as indenizações. O dinheiro vivo era acondicionado em caixas e mochilas. A maioria dos beneficiados não assinava os recibos comprovando o pagamento do dinheiro, segundo a delatora. Em uma das ameaças que recebeu, afirmou que um desconhecido ligou e disse que ela não perdia por esperar, pois iria conhecer as mulheres do PCC na cadeia.
Segundo ela, Hamilton Clemente Alves, que seria então assessor do hoje ex-deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), intermediava o contato entre a quadrilha e Paulo Preto. Procurado pelo UOL, Adriano Diogo diz que conhece Alves, mas que à época dos fatos não era seu assessor e não tem como responder por ele. "Essa acusação é tão absurda que eu nunca fui chamado para depor sobre isso, nunca fui acusado de nada", afirma Diogo. "Fui várias vezes na Dersa me reunir com Paulo Preto, sempre em reuniões coletivas, e defendia os interesses do pessoal naquela região, mas nunca fiz nada de espúrio."
Ele [Paulo Preto] derrubou mais de 4.000 casas em poucos meses, tudo sem processo judicial de desapropriação. Era aquela bagunça, tudo invasão, aí ele combinava no gogó uma indenização e as pessoas iam lá receber. Não duvido que eles tenham usado estes elementos para ajudá-los a fazer e organizar estas desapropriações." Adriano Diogo, ex-deputado estadual pelo PT-SP
Alves trabalha hoje no gabinete do vereador paulistano Alessandro Guedes (PT-SP). Procurado pela reportagem, Alves nega qualquer envolvimento com pagamentos a criminosos. Segundo ele, esteve com Souza apenas em audiências públicas e participava desses encontros sobre desapropriações do Rodoanel Sul como assessor do PT, para prestar assistência às comunidades afetadas, base eleitoral de políticos do partido. .
Ele afirma ainda que nunca foi chamado para depor sobre isso e nunca foi investigado ou processado no caso.
Justiça Federal assumiu o caso
O MP-SP chegou a apresentar uma denúncia na 20ª Vara Criminal de São Paulo, mas em março de 2017 a juíza Carla de Oliveira Pinto Ferrari declinou a condução do caso e repassou a apuração para o MPF (Ministério Público Federal) e à Justiça Federal em São Paulo.
A mudança de foro aconteceu porque alguns dos fatos investigados no caso das desapropriações do Rodoanel foram alvos de delações de executivos de empreiteiras na operação Lava Jato, e parte do dinheiro das obras veio do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do governo federal.
Na Justiça Federal, o caso foi conduzido pela força-tarefa da operação Lava Jato em São Paulo. A linha de investigação que pormenorizava os pagamentos para os integrantes de facção criminosa, porém, não foi aprofundada -- a força-tarefa concentrou-se na desapropriação de maneira geral e no fato de funcionários da família de Paulo Preto terem ganhado apartamentos em conjuntos habitacionais como se fossem desapropriados do Rodoanel.
As condenações de Paulo Preto
No início deste ano, Souza foi condenado a 145 anos de prisão neste processo pela Justiça Federal em São Paulo, na primeira instância. José Geraldo Casas Vilela também foi condenado a 145 anos de prisão por conta das cerca de 1.700 desapropriações irregulares. A filha de Paulo Preto, Tatiana Arana, pegou 24 anos de prisão e a delatora Mércia, 12 revertidos em multa e prisão domiciliar.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Vilela e procurou o advogado de Tatiana Arana, mas ele não retornou o contato até o fechamento desta reportagem. De acordo com Regiane Cristina Ferreira Braga, que defendeu Mércia no processo, ela não tem interesse em dar entrevistas sobre o caso. "Ela ainda tem muito medo, vive mudando de endereço", diz a advogada.
Nenhum suposto integrante do PCC ou outras pessoas que receberam as indenizações indevidas nas desapropriações do Rodoanel foram punidas até hoje, e o dinheiro não foi devolvido aos cofres públicos.
O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo não investiga a relação entre Paulo Preto e PCC. A Lava Jato de Curitiba tampouco possui aberta uma investigação sobre esta relação.
"A nova gestão da Dersa apoia toda e qualquer investigação e vai colaborar de forma integral com a Justiça para a elucidação de dúvidas em busca do interesse público", afirma nota da estatal sobre o escândalo do Rodoanel. A empresa criou um canal para o envio de denúncias de práticas de corrupção, fraudes e atos ilícitos.
* (Colaboraram Flávio Costa, do UOL em São Paulo, e Vinícius Konchinski, colaboração para o UOL em Curitiba)
Após a publicação da reportagem, a assessoria de imprensa do MPF em São Paulo enviou a seguinte nota:
Na ação penal proposta pelo MPF-SP referente a irregularidades no trecho sul do Rodoanel, Paulo Vieira de Souza foi condenado a mais de 145 anos de prisão por peculato (desvio de recursos públicos), entre outros crimes. O fato de as pessoas que receberam o dinheiro terem ou não alguma ligação com o PCC nada alteraria os pedidos do MPF nem a consequente condenação do ex-diretor da Dersa, uma vez que as penas de peculato são definidas com base na conduta do agente público. Ou seja, eventuais investigações sobre vínculos entre os destinatários das quantias e a facção criminosa seriam de pouca utilidade para a finalidade desta ação. De qualquer maneira, como já destacado em mensagens anteriores, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo não tomaram conhecimento de nenhuma prova, até o momento, que demonstre a relação entre as ilicitudes apuradas e o PCC.
Errata: o texto foi atualizado
Diferentemente do informado no texto, DNIT é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e não Departamento Nacional de Infraestrutura de Rodagem. O texto foi corrigido.
Presidente já havia falado em tentar um segundo mandato mais cedo, durante visita à família em Eldorado
Guilherme Caetano e Gustavo Schmitt
20/06/2019 - 22h15
SÃO PAULO - Ao participar da Marcha para Jesus, em São Paulo, nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que vai tentar a reeleição em 2022 se o governo não conseguir aprovar uma boa reforma política e "se o povo quiser". Durante os discursos, alguns líderes religiosos indicaram que endossam a proposta. O apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, que organiza a marcha, disse que é "hiper favorável" à reeleição. Já Cesar Augusto, presidente da Igreja Apostólica Fonte da Vida, disse que pretende ver Bolsonaro no evento "por mais oito anos".
— Se tiver uma boa reforma política eu posso até jogar fora a possibilidade de reeleição. Agora, se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos — afirmou o presidente, em uma rápida coletiva de imprensa.
Ao GLOBO, Estevam Hernandes disse que seria "hiper favorável" à reeleição, se a agenda reformista do governo for bem sucedida.
— Ainda temos muitas coisas para acontecerem. Mas o nosso desejo é que o Brasil dê certo, que o governo dele (Bolsonaro) dê certo. Como ele falou, se as reformas acontecessem, seria muito importante uma reeleição. Eu seria hiper favorável se isso acontecesse — disse o apóstolo da Resnacer em Cristo, que conta com cerca de 500 igrejas espalhadas por Brasil, Europa e Estados Unidos.
Bolsonaro já havia falado sobre reeleição mais cedo. Durante evento em Eldorado, cidade do interior de São Paulo onde passou parte da infância, declarou que "lá na frente", todos votarão nele. Na campanha presidencial, no entanto, ele chegou a defender o fim da disputa do segundo mandato.
O presidente foi apresentado no palco principal da Marcha sob gritos de "Mito" e aplausos. Mas o apoio dos evangélicos ao seu nome não é uma unanimidade. Pode-se ouvir vaias quando ele apareceu nos telões espalhados pela Praça Heróis da FEB, na Zona Norte de São Paulo.
No palco, ele recebeu uma bênção do apóstolo Cesar Augusto, presidente da Igreja Apostólica Fonte da Vida:
— As mudanças já começaram. Eu tenho certeza que o senhor vai fazer a marcha por mais oito anos. O senhor é um homem de Deus. Com coragem de declarar Deus acima de todos.
Ao discursar para o público, vestindo uma camiseta branca da marcha, Bolsonaro disse que o país enfrenta problemas de "ética, moral e de economia", agradeceu as "orações" que recebeu enquanto se recuperava das facadas e declarou que a "verdade" sempre foi a primeira vítima da política.
— Todos sabem que nosso país tem problemas seríssimos de ética, moral e de economia. Mas entedemos que podemos reverter isso, podemos ser o ponto de inflexão e fazer com que o Brasil realmente um dia seja colocado no lugar de destaque que ele merece — afirmou Bolsonaro.
— Quem achava que sucumbiríamos logo no início, perdeu. Nós temos a verdade e o povo maravilhoso ao nosso lado, que são vocês. Não mais amigos agora, irmãos.
Líderes religiosos avaliam que a proximidade com Bolsonaro é importante para a defesa de suas pautas de costumes, temas também defendidos pelo presidente, como críticas contra o aborto e contra a descriminalização das drogas.
Os evangélicos, cerca de 30% da população brasileira, tiveram papel importante na eleição de Bolsonaro. No início de governo, no entanto, lideranças reclamavam de falta de espaço e interlocução com o governo. Nos últimos três meses, Bolsonaro tem tentado reverter essa percepção. A Marcha para Jesus foi o quinto evento religioso de que o presidente participou nos últimos três meses.
— O fato de ele se declarar cristão é um incentivo. Ele se considera irmão de todos. Então isso cria uma afinidade muito grande. É a expectativa que todos temos é de uma pessoa cristã conduzindo os destinos da nação — disse Hernandes.
Religião e política
Os fieis que acompanhavam a marcha demosntravam apoio ao presidente:
— Eu votei no Bolsonaro, mas não estou vindo por causa dele, não. É mais pela minha fé — disse o programador Antônio Marcos Paris, de 49 anos, que vem há 26 anos à Marcha Para Jesus.
A mesma opinião é compartilhada por Sabrina Souza, dona de casa de 40 anos, que faz parte do público do evento desde 1999.
— É um cara que vai tentar fazer um Brasil melhor — diz ela sobre o presidente. — De qualquer forma, eu viria de qualquer jeito, com ou sem ele.
A administradora Priscila Linhares, de 34 anos, veio do Rio de Janeiro só para o evento. Ela diz gostar do clima encontrado entre os fiéis por "não haver bagunça, confusão e brigas".
— A Marcha tem um clima muito positivo. A religião é primordial na vida das pessoas. Ela me traz esse equilíbrio no meio do desespero — diz ela, ao lado da filha de 17 anos.
O "clima bom" também é destacado por Talita Gomes, economista de 40 anos. Ela veio à Marcha com Levi Vanderley, seu marido, e os dois filhos.
— Está todo mundo no mesmo espírito. Eu saí de casa para celebrar Cristo. É um dia que você pode sair às ruas e agradecer. A religião é um dos pilares que fazem você se manter equilibrado, é isso que eu sinto — diz a economista.
Organizada pela igreja Renascer em Cristo, comandada pelo apóstolo Estevam Hernandes, a marcha tem o apoio das maiores igrejas pentecostais, como Assembleia de Deus e Universal do Reino de Deus. A estimativa de público dos organizadores é de 3 milhões de pessoas.
Presidente foi recebido sob aplausos da multidão de fiéis
O presidente Jair Bolsonaro foi recebido sob aplausos na 27ª Marcha Para Jesus. Logo no início, o apóstolo Estevam Hernandes lembrou da promessa que o presidente fez de que iria à Marcha neste ano.
– Hoje nós estamos realizando esse evento com transmissão para vários países do mundo inteiro e é um marco na nossa história. Acabamos de realizar a maior de todas as marchas porque profetizamos que o Brasil seria o maior país evangélico em toda terra e você (Jair Bolsonaro) faz parte da revolução – declarou o apóstolo.
O pastor e deputado federal Marco Feliciano também deu declaração direcionada ao presidente.
– Chegará um tempo em que nosso povo terá orgulho de ouvir a voz do Brasil e o presidente vai começar dizendo “Eu cumprimento os compatriotas com a paz do Senhor”.
A pedido dos fiéis, Bolsonaro fez um discurso e agradeceu a Deus pela sua vida.
– Apóstolo Estevam Hernandes, bispa Sônia Hernandes, é muito bom estar entre amigos. Melhor ainda quando esses amigos têm Deus no coração, porque assim agora nós somos irmãos. Muito obrigado pelo convite. No ano passado, eu lhes disse: se Deus quiser estaremos nessa Marcha como presidente da República do Brasil. Um presidente que diz o Estado é laico, mas ele é cristão. Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. Brasil, país feliz. Vocês foram decisivos para mudar o destino dessa pátria maravilhosa chamada Brasil. Todos nós juntos compartilhamos essa responsabilidade, onde primeiro está Deus e depois a família, respeitada e tradicional acima de tudo. Eu agradeço a Deus também por ter me dado uma segunda chance de vida.
Ao lado do embaixador de Israel, o mandatário ainda deu o país do Oriente Médio como um exemplo a ser seguido e destacou que “pela primeira vez um governo está cumprindo o que prometeu”. Bolsonaro encerrou seu discurso com o famoso lema, Brasil acima de tudo, Deus acima de todos, que foi acompanhado pela multidão de cristãos.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que ele e seus ministros não serão atingidos se decidirem se manter ao lado da verdade e buscando a orientação de Deus para conduzir o país.
Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que ele e sua equipe ministerial se tornaram “alvo compensador para inimigos”, numa referência à invasão criminosa de hackers nos celulares de integrantes da Operação Lava-Jato, incluindo o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.
“Nós passamos a ser alvos compensadores para inimigos. Então atirar em vossa excelência, para os inimigos, é motivo de satisfação. Mas quando se tem a verdade e Deus ao seu lado, ninguém nos atinge”, disse Bolsonaro, dirigindo-se a Moro.
Bolsonaro fez questão de sentar-se ao lado de Moro e fez uma série de elogios ao ministro: “Eu acho que o Sergio Moro não é muito de jogar futebol não, né?”, questionou, em tom de brincadeira. Após um sinal negativo do ministro com a cabeça, o presidente acrescentou: “O Sergio Moro está fazendo hoje mais um gol de bicicleta do meio do campo”.
A plateia que acompanhava a cerimônia aplaudiu Sérgio Moro, e o presidente convidou a esposa do ministro, a advogada Rosângela Moro, para sentar-se no palco. O próprio Bolsonaro pegou uma cadeira na plateia para que ela se acomodasse ao lado das autoridades, e os demais presentes aplaudiram ambos.
De acordo com informações da Rádio Gaúcha, Bolsonaro teceu um segundo elogio ao ministro da Justiça: “O homem que é o símbolo que quer mudar o seu país. Que em cima daquilo que ele aprendeu, daquilo que ele se propôs, a servir a pátria como juiz, estava fazendo muito bem e nos orgulhava a todos”, afirmou o presidente.
Quando teve a palavra, Moro limitou-se a dizer que fará o que estiver ao seu alcance para que a Medida Provisória que desburocratiza a venda de bens de traficantes seja aprovada: “Claro que estamos à disposição para o debate com o Congresso para que ela [a medida provisória] seja eventualmente aprimorada e reformulada, mas, enfim, são medidas pontuais, relevantes e urgentes e contaram, evidentemente, com o apoio do nosso presidente Jair Bolsonaro”.
Modelo deixou com as autoridades um smartphone com poucas semanas de uso e pobre histórico de troca de mensagens
Neymar e Najila Trindade Mendes de Souza (Lucas Landau/Reuters/Reprodução)
Após um mandado de busca e apreensão ter exigido a entrega de seu telefone celular, a modelo Najila Trindade apareceu de surpresa na segunda 17, na 6ª Delegacia da Mulher de São Paulo. Ocorre que, na verdade, ela não entregou o aparelho que levou a Paris e que usava para se comunicar com Neymar. Ela deixou com as autoridades um smartphone com poucas semanas de uso, pobre histórico de troca de mensagens e arquivos armazenados.
Marcha para Jesus: com shows durante todo o dia, a organização espera a presenta de 2 milhões de pessoas (Marcha para Jesus/Divulgação)
São Paulo — A 27ª edição brasileira da Marcha para Jesus acontece nesta quinta-feira (20) em São Paulo, a partir das 10h, com a previsão da participação do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Essa é a primeira vez que um presidente vai ao evento, que é realizado no país desde 1993. De acordo com a agenda oficial de Bolsonaro, ele deve chegar na passeata às 15h.
Neste ano, a marcha sai da estação da Luz do Metrô e faz seu percurso pela Avenida Tiradentes, passando pela ponte da Avenida do Estado, e termina na Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, onde acontecem as atrações, a partir das 11h.
Segundo a organização do encontro, a expectativa é reunir cerca de 2 milhões de pessoas. Até agora, estão confirmadas ao menos 17 apresentações, entre elas as cantoras Damares e Aline Barro, além do grupo de rap gospel Ao Cubo e o Coral Kemuel.
Haverá transmissão ao vivo de toda a marcha pelas emissoras de TV TBN, Rede Gospel de Televisão, Rádio Gospel FM, além das redes sociais e no site oficial do evento.
Durante todo o ano, outros estados brasileiros realizam a Marcha para Jesus, mas a que acontece na capital paulista é considerada a maior do país.
Desde 2015, São Paulo tem uma lei que determina o feriado de Corpus Christi como data oficial da passeata. O projeto foi assinado pelo então governador do estado Geraldo Alckmin.
Esquema de transporte
Durante toda esta quinta-feira, a SPTrans, o Metrô e a CET terão um esquema especial para o transporte público na cidade de São Paulo.
Trens reservas do Metrô estarão disponíveis nas linhas 1 (azul), 2 (verde) e 3 (vermelha) para atender à demanda de circulação de passageiros.
No caso dos ônibus, haverá alteração em dezesseis linhas, que passam pela Luz, avenida Tiradentes e avenida Santos Dumont.
Hoje, durante sessão da CCJ no senado que interrogava Moro sobre o episódio dos supostos vazamentos de mensagens, o senador Marcos do Val (PPS-ES), fez um adendo interessante: Há senadores investigados pela Operação Lava Jato que querem, a qualquer custo, arranhar a imagem e desmoralizar o ministro da justiça e segurança pública de Bolsonaro, Sérgio Moro.
Tal ocorrido gerou uma discussão e tumulto no Congresso Nacional. “O seu passado te avaliza. Fique tranquilo quanto a isso. A gente sabe que aqui no Congresso tem muitos políticos que estão sendo acusados pela Lava Jato. Infelizmente, você vai sofrer muitos ataques de dentro da Casa por pessoas que estão sendo denunciadas e querem te descredenciar” afirmou o senador
Marcos do Val, ainda foi além:
“Querem destruir a sua imagem para você perder toda a sua credibilidade do seu trabalho no passado”
A senadora Kátia Abreu não deve pensar que seus eleitores são lá grande coisa. Fazer esse discurso inflamado, cheio de chavões e esbravejando virtudes, não pega bem. Principalmente se você pratica o exato oposto do que prega.
A senhora é melhor que seus eleitores, senadora Kátia Abreu? É mais capaz? Mais cuidadosa? Sua vida e a de seus familiares tem mais valor que a nossa?
Então porque se acha no direito de nos negar algo que a senhora mesma usufrui? Porque tem um discuso no Senado e outro em casa?
Desçam dos pedestais, senadores. Não brinquem com a vida do povo só para poderem satisfazer sua birra pessoal contra o presidente.
Veja o vídeo em que Kátia Abreu diz ter uma arma em casa para defender sua família e sua vida:
A esquerda como ela é ou o progresso dos espíritos de porco
20/06/2019 às 07:15
As últimas semanas revelaram tudo que faltava para mapear o comportamento recente da esquerda brasileira.
Ser de esquerda não é mais pertencer a um partido político, é quase um estado de espírito permanente, uma inteligência artificial programada, uma nova espécie de vodu conceitual misturado com novela das oito e arrogância acadêmica.
Vejamos...
1) A esquerda conseguiu derrubar o decreto das armas. Segundo eles, isso foi apenas para nos salvar de nós mesmos. Afinal, uma vez que qualquer cidadão comum pegue uma arma legalizada e registrada, ele automaticamente matará toda sua família, vai atirar nos vizinhos, nos amigos da sinuca e, com sorte, ao fim da matança desenfreada, dará um tiro na própria cabeça. Para um esquerdista convicto, um fuzil na mão de um vagabundo não traz problema algum, pois trata-se da ferramenta de sobrevivência de uma vítima social. O problema é o 38 legalizado na cintura de um pagador de impostos.
2) A esquerda e seus amigos do centrão, auxiliados pelo imperador Nhonho I, querem destruir a Laja Jato, libertar Nine Fingers e tirar Moro do Ministério da Justiça. Por quê? Para acabar com a malvadeza da elite privilegiada, claro!!! Para proteger os pobres do genocídio capitalista yankee! A esquerda sabe que o Brasil nunca existiu e nunca existirá sem o comando divino da alma mais pura e honesta desse país. Portanto, eles usarão todo o dinheiro que roubaram, todos os sistemas que aparelharam e sua influência na velha política para tentar retomar o poder. Vale tudo na tentativa de salvar a “democracia” dos companheiros, até mesmo recrutar hackers internacionais, MAVs de aluguel, imprensa e uma gama de criminosos amigos.
3) Para um esquerdão convicto o importante é ser do contra, sempre, mesmo que seja contra medidas favoráveis à população. Por exemplo, os caras viajam para Europa e Estados Unidos para comprar produtos eletrônicos mais baratos. Vivem reclamando dos preços de celulares, tablets e games no Brasil. Eis que pela primeira vez surge um presidente disposto a cortar as taxas desses produtos, para que mais gente tenha acesso a eles. O que o esquerdista revolucionário faz? Reclama nas redes sociais, grita que o governo fascista quer acabar com a indústria nacional. Resumindo: O esquerdista quer que os preços dos celulares e demais itens tecnológicos continuem como estão: caríssimos, longe da população mais humilde. E dane-se você, ‘bolsominion’.
4) Doze anos após a Lei do Saneamento Básico entrar em vigor no Brasil, apenas 45% do esgoto gerado no país passa por tratamento. Ou seja, os outros 55% são despejados na natureza, de acordo com estudo do Instituto Trata Brasil divulgado em 2018. Talvez isso não seja um problema para a extrema esquerda, que votou contra a MP do Saneamento Básico, que permitia à iniciativa privada atuar no setor e melhorar a situação de quem vive na merda, literalmente. Dá para acreditar?
O que a esquerda quer, então?
Simples... Desarmamento da população, regulamentação da imprensa e das mídias sociais, fim da prisão em segunda instância, demissão de Sérgio Moro, golpe parlamentar, liberação do aborto, taxas sindicais obrigatórias, descriminalização de todas as drogas (incluindo o crack), desencarceramento em massa das “vítimas” da sociedade, ideologia de gênero nas escolas, criação de mais empresas estatais, intervenção do Estado em todas as áreas da sociedade, pagamento de dívida histórica, cotas, Lula livre, fim do conceito biológico humano.
E o que a esquerda não quer?
Reforma da Previdência, Reforma Tributária, acordos comerciais e tecnológicos com Estados Unidos e Israel, crucifixo, bíblia, endurecimento das leis, posse de armas, baixar tarifas e impostos, cristãos ocupando cargos no governo, privatizações, livre mercado, liberdade intelectual, família... não quer NADA que venha da direita, seja ela conservadora, liberal ou da ala mais positivista. A esquerda é como o personagem Dick Vigarista em sua corrida maluca. Ela segue sua agenda e quer apenas o poder, não importa o resto. E, nesse caso, nós somos o resto.
Ser de esquerda é odiar sem pestanejar tudo que não seja alinhado à esquerda, é sentir-se superior à lógica humana, é usar qualquer meio possível para derrotar seus adversários, ainda que o adversário maior seja o povo, a ordem, e o senso comum.
Será necessário usar a inteligência como nunca antes para destruir de vez a hidra vermelha. O povo está fazendo sua parte, mas apenas manifestações populares não bastam. Inteligência, senhores... Ou o Brasil será sequestrado outra vez.
Seguindo na mesma linha de alguns Parlamentares e magistrados, de que a arma não seria um equipamento seguro para a proteção dos cidadãos, propomos a proibição des armas nas casas legislativas transformando-as em zonas livres de armas. Dando assim o exemplo para que a população veja os beneficios.
De acordo com alguns deputados senadores e magistrados a população estaria em risco com armas por perto,seguindo essa linha propomos transformar as casas legislativas em zona livre de armas, proibindo a entrada e o uso de armas em suas dependências. A segurança seria feita pela polícia local via 190 e os seguranças atuariam com equipamentos não-letais, ''Dar o exemplo é essencial.
Mateus Ferreira da Silva ficou internado por duas semanas, com lesões na testa. Secretaria afirma que promoção cabe ao governo e destaca não haver, até o momento, condenação contra o novo major
Fonte: O Globo
20/06/2019 - 05:50
RIO — Um decreto assinado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, promoveu a major "por merecimento" o capitão da Polícia Militar do estado Augusto Sampaio de Oliveira Neto, que responde na Justiça por ter agredido o estudante Mateus Ferreira da Silva durante protesto em Goiânia, em 2017. Na ocasião, o policial quebrou o cassetete na cabeça do manifestante, que ficou internado durante 14 dias e passou por duas cirurgias.
Silva participava de manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciárias propostas pelo governo federal, em frente a Assembleia Legislativa de Goiás, no Setor Oeste, quando foi agredido pelo policial portando o cassetete. O vídeo que mostra o momento da agressão foi compartilhado em redes sociais e gerou críticas à atuação do capitão.
O estudante chegou a passar por cirurgia de reparação dos ossos da face e hemodiálise, antes de sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou por dez dias.
— Foi um milagre — disse a mãe Suzethe Barbosa, na ocasião, sobre a recuparação do estudante.
Com a repercussão do caso, a Polícia Militar de Goiás afastou das ruas o então capitão, que era subcomandante da 37ª Companhia Independente da PM. Segundo a corporação disse à época, as imagens do episódio "não deixavam dúvida de que foi uma agressão". Ele passou a atuar no serviço administrativo durante uma investigação aberta pela corregedoria da PM. Oliveira Neto foi denunciado por lesão corporal gravíssima e por abuso de autoridade.
O Ministério Público avaliou que a ação de Oliveira Neto foi "excepcionalmente desnecessária e violenta". A defesa alegou ao G1 que a denúncia era "absurda" e que o cliente deveria ser processado na Justiça Militar. O GLOBO tenta contato com o policial e com o governo de Goiás.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a promoção das forças policiais é um ato da esfera administrativa, que compete ao governo de Goiás. A secretaria destacou que, até o momento, não há condenação contra o capitão Oliveira Neto.
O policial "continua exercendo suas funções", segundo a SSP. Caso haja alguma sentença judicial contra ele no futuro, o órgão afirma que acatará a decisão e tomará as providências que julgar necessárias.
Além de Oliveira Neto, o decreto de Caiado promoveu outros 377 policiais a diferentes postos da PM. As insígnias passam a valer em 28 de julho, mas só terão efeito financeiro a partir de janeiro de 2020. A promoção foi revelada pelo jornal O Popular e confirmada pelo GLOBO.
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