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Prática de respeitar a decisão da universidade federal de indicar o primeiro colocado vem desde governo Lula, mas novo gestor da UFTM será o segundo da lista
Paula Ferreira
18/06/2019 - 12:43 / Atualizado em 21/06/2019
RIO- O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta terça-feira o professor Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo, segundo colocado na lista tríplice, como reitor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Com a nomeação, Bolsonaro rompe uma tradição que vinha desde o governo Lula de nomear os primeiros colocados na lista encaminhada pelas instituições de ensino.
Em decisão do colégio eleitoral da UFTM, em julho, Resende ficou em segundo lugar, atrás de Fábio Cesar da Fonseca, que além de vencer no colegiado por 31 votos (Anjo teve 24 votos), também foi o escolhido pela comunidade acadêmica em consulta feita previamente. Fonseca foi filiado ao PT dos anos 1990 até 2005 e ao PSOL de 2007 a julho de 2018, quando, após a eleição na universidade, se desfiliou.
De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Federais de Ensino Superior (Andifes), três instituições ainda aguardam a nomeação de seus reitores: a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o Cefet-RJ, e a Universidade Federal do Ceará (UFC).
Atualmente, a universidade é dirigida por Ana Lúcia de Assis Simões, que apoiou o candidato que ficou em segundo lugar e foi nomeado por Bolsonaro. Santos Anjo, em entrevista ao G1, disse acreditar que sua experiência foi um fator para a escolha do presidente.
"Eu não tinha certeza, mas eu estava confiante até pelo apoio de várias entidades de classe de Uberaba, até a própria fala do presidente do sentido de experiência e eu já era o vice-reitor", afirmou o novo reitor ao site.
Após a decisão de Bolsonaro, publicada nesta terça-feira, no Diário Oficial da União, o reitor eleito pela comunidade acadêmica divulgou nota na qual define um ato como uma "afronta à autonomia universitária, à democraca e à história das universidades federais brasileiras".
"Trata-se de uma nomeação ilegítima, desrespeitosa e provocadora de instabilidades institucionais. Uma nomeação geradora e intensificadora de problemas na UFTM, pois nasce fragilizada, traz, em sua essência, a marca indelével da ilegitimidade e o caráter antidemocrático e antiético", diz a nota divulgada por Fonseca.
Para Rodrigo Lopes, doutor em Educação e autor do livro "Universidades na Nova República: democracia dentro do campus", que será lançado no próximo mês, a decisão do governo Bolsonaro marca uma ruptura numa prática que fortalecia a autonomia universitária.
- Desde a ditadura tivemos presidentes que não nomearam o candidato mais votado pela comunidade, mas já estavámos há duas décadas em um processo mais democrático e importante para a universidade. Escolher o segundo lugar fere essa prática e abre um questionamento sobre até onde vai a autonomia universitária em um governo Bolsonaro - declara Lopes.
Em janeiro, uma minuta produzida pela consultoria jurídica do MEC indicava a escolha do segundo da lista para o posto de reitor, contrariando um documento que havia sido elaborado pela mesma consultoria durante a gestão de Michel Temer, em novembro de 2018, que indicava a nomeação do primeiro colocado.
Reitor da UniRio é confirmado
Na mesma edição do Diário Oficial, Bolsonaro também confirmou Ricardo Silva Cardoso como reitor da Unirio. Cardoso era vice-reitor da instituição até então e não se submeteu à consulta à comunidade acadêmica, oferecendo sua candidatura diretamente no colégio eleitoral, onde foi eleito com 65 votos, gerando uma crise na universidade.
Na consulta à comunidade, o vencedor com 72% dos votos válidos foi o pedagogo Leonardo Villela de Castro, que ficou em segundo lugar na disputa do colégio eleitoral, com 52 votos. Castro disse que existe um certo sentimento de "resistência interna" da comunidade acadêmica em relação à nova gestão. Ele também revelou que há uma grande divisão dentro da Unirio:
— A universidade está rachada. É difícil construir uma política educacional forte quando a instituição está dividida — lamenta Castro, que diz não ter havido qualquer tentativa de aproximação entre o candidato vencedor e as chapas derrotadas. — Não tenho visto nenhum trabalho neste sentido. Vamos ver se depois da posse alguma coisa se altera.
Uma nota divulgada pela Associação dos Docentes da Unirio (Adunirio) explicita esta divisão. O texto afirma que a nomeação de Cardoso "confirma o golpe de 11 de abril e a intervenção na universidade": "O governo Bolsonaro fere a autonomia de duas instituições: a Unirio e a UFTM". A organização também convocou uma assembleia comunitária no dia 25 de junho para discutir o assunto.
Essa foi a primeira vez desde a redemocratização, em 1985, que um candidato foi escolhido pelo colégio eleitoral da Unirio sem passar pela consulta à comunidade acadêmica. No último pleito, quando concorreu como vice-reitor, Cardoso se submeteu à eleição mais ampla, na chapa do atual reitor Luiz Pedro San Gil Jutuca. Este, ao declarar o voto em Cardoso, no colégio eleitoral foi repreendido com gritos de "golpista".
Em nota, o MEC confirmou a nomeação dos reitores Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), e de Ricardo Silva Cardoso, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), para mandatos de quatro anos.
Ainda em comunicado, lembrou a lei nº 9.192/95, que regulamenta a escolha dos dirigentes universitários, estabelecendo que é de atribuição do presidente a escolha dos nomes apresentados da lista tríplice.
Ninguém mais se preocupa em compreender Rachel Sheherazade, apenas combatê-la. Afinal, o que teria levado aquela que sempre foi vista como uma “direitista” a “virar casaca”, disparando ataques grosseiros contra conservadores, Bolsonaro e milhões de seus eleitores? Mistério. Mas o fato é que finalmente Silvio Santos decidiu romper o contrato com a moça.
Silvio Santos passou a tesoura em seu departamento de jornalismo, que vinha sofrendo milhares de reclamações por parte de telespectadores, em razão de um certo tendenciosismo político em alguns horários da grade.
Esta semana foram cortados também, jornalistas e âncoras com décadas de casa, como Analice Nicolau e Karyn Bravo, além de cerca de cinco produtores, que foram desligados segunda e terça-feira.
O fato é que Silvio Santos já havia dado uma repreensão pública a Sheherazade, quando em plena cerimônia do Troféu Imprensa disse que ela não deveria opinar, mas “ler notícias”. Sinal que, lá atrás, a questão já causava constrangimentos com anunciantes.
Ao que tudo indica, a “recém-esquerdista” jornalista só não havia sido desligada antes por questões contratuais (multa milionária). Porém com a decisão de não renovar o contrato, as semanas da moça estão contadas no SBT.
Qual será o futuro da jornalista, é uma incógnita, pois a esquerda não se esquecerá de que, até ontem, ela era tida como “fascista”, por seus ataques contra a criminalidade. E a Direita jamais esquecerá, tampouco, a surpreendente “virada de casaca” com ataques ferozes e insultos a Bolsonaro e seus milhões de seguidores, nos perfis perfis sociais da jornalista.
Coisa desnecessária, que gerou uma multidão de reclamações, e queixas de anunciantes, tendo-se em vista a repercussão de seu comportamento, chegando a chamar aos seguidores de Bolsonaro de “lambedores de botas”, como se pode observar abaixo:
Como se diz, quem lacra não lucra. Que aprenda a lição.
Moro foi ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado na última quarta-feira (19) sobre a troca de mensagens atribuída a ele e a procuradores da Operação Lava Jato
Agência Brasil
O ministro do Gabinete de Segurança Intitucional, general Augusto Heleno
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, afirmou nesta sexta-feira (21), em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que fica “muito triste” ao ver o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ser interrogado por “camaradas que são recordistas de processos”. Moro foi ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado na última quarta-feira (19) sobre a troca de mensagens atribuída a ele e a procuradores da Operação Lava Jato.
“Isso deixa a gente muito triste e passa uma mensagem para os jovens que olham e pensam: o Sergio Moro é o réu e esse camarada são os exemplos que temos que seguir”, disse o ministro. “Nós temos que roubar, nos cercar de bons advogados para mostrar que não somos tão bandidos quanto pensam”, continuou. “Eu fico revoltado com essa coisa, eu acho que é uma algo muito triste.”
Na opinião do general Augusto Heleno, chega a ser “ridículo” Moro ser acusado de ter manipulado depoimentos e de ter orientado procuradores. “A gente vê jantares de procuradores com membros do Supremo Tribunal Federal. Essa é uma atividade absolutamente normal, de gente civilizada que trabalha no mesmo ramo de atividade”, disse.
O ministro avaliou que o depoimento de Moro no Congresso mostrou que as mensagens não influenciaram “em nada na Operação Lava Jato”. “Pelo contrário, isso serviu para alinhar e evitar qualquer tipo de manipulação dos fatos que pudesse acontecer”.
Para o ministro Augusto Heleno, Moro é um “verdadeiro herói nacional”. “Tivemos cerca de 20 anos de um governo que, além de ter um projeto de poder, tinha muitos que queriam enriquecer a qualquer custo. Aí aparece um verdadeiro nacional, Sergio Moro, que além de ser um juiz de conduta exemplar, abdicou de 22 anos de magistratura para servir pelo bem do Brasil”, afirmou ele.
O ministro foi questionado a respeito do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que alega suspeição do então juiz federal Sergio Moro na condução do processo. Segundo o general, se houver uma reversão da condenação do líder petista, será um “baque muito forte na moralização dos costumes, na guerra contra a corrupção, na busca por um país mais honesto, produtivo, melhor economicamente”.
“Se continuarmos a aceitar esse tipo de crime como natural e tivermos prorrogações protelações e embargos, nós vamos continuar a ser um país desprezado pelo resto do mundo, que nossos valores estão completamente contaminados.”
Demissão de Santos Cruz
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, comentou a demissão de Santos Cruz da Secretaria Geral da Presidência da República (Segov). Ele deixou o cargo no último dia 13.
“Começam a especular que os generais estão sendo demitidos. Não é bem assim. Os generais que estão participando do governo têm as mesmas condições que os demais participantes”, explicou. “Não é porque o ministro é general, tem origem militar, que ele não pode ser demitido e que ele não pode se demitir”, continuou.
Sobre o cargo que ocupa, Augusto Heleno disse ter certeza de que sua vocação é ser militar. “Ser ministro é algo passageiro”, afirmou.
Ele disse, ainda, que os militares têm uma responsabilidade muito grande, “especialmente por causa do passado recente” do país. “Eu sempre digo ao presidente que temos obrigação de ter transparência, honestidade e de ter visibilidade. Temos que mostrar que estamos mudando o Brasil.”
Guerra cibernética
O ministro afirmou que não é exagero falar em guerra cibernética. Segundo ele, o país tem uma média de 20 mil ataque por mês.
No entanto, segundo ele, o Brasil tem tido um êxito “até que bastante considerável” em frear esses ataques. Prova disso, de acordo com o general, é o sistema bancário.
“Mas vão acontecer incidentes. É uma guerra entre inteligências, uma para o bem e outra para o mal”. De acordo com ele, foi distribuída um novo conjunto de recomendações para os integrantes do governo com medidas de proteção. “O tempo vai fazendo com que as pessoas relaxem na sua proteção”, disse.
Reforma da Previdência
O ministro afirmou que continua a acreditar no país e que grande parte dos congressistas vão apoiar a reforma da Previdência. “Previdência é a medida mais próxima e mais razoável para retomarmos o crescimento”, disse.
“Eu sempre tenho dito que uma nuvem de patriotismo cubra essas casas [Câmara e Senado] para que eles sintam que podem mudar a situação do país. Não existe reforma perfeita, mas tem que entender que agora estamos na UTI.”
Segundo o general Augusto Heleno, é preciso parar de discutir as mudanças e aprová-las. Fonte: Jovem Pan
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou nesta sexta-feira (21) uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual pede pelo indeferimento do pedido de anulação de ação penal que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O novo pedido da defesa do ex-presidente foi baseado em supostas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil no dia 9 de junho que alegam que o então juiz federal e atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, teria se comunicado com o Procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, por mensagens de texto.
Para a Procuradoria Geral da República (PGR), não existe embasamento que justifique o pedido de suspeição (ausência de imparcialidade) de Moro uma vez que a alegação da defesa tem base em fatos sobre os quais há dúvidas jurídicas. “É que o material publicado pelo site The Intercept Brasil, a que se refere a petição feita pela defesa do paciente, ainda não foi apresentado às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida. Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada”, destacou a procuradoria em documento.
A manifestação também menciona o fato de não ter sido averiguada se as mensagens foram “corrompidas, adulteradas ou se procedem em sua inteireza, de comunicações entre os interlocutores”. Nesse caso, segundo a PGR, as mensagens possuem um “elevado grau de incerteza”, o que impede que sejam usadas como evidência da suspeição.
No documento, a procuradora-geral também se mostrou preocupada de que as supostas mensagens tenham sido obtidas de maneira criminosa. Nesse caso, elas poderiam ferir a garantia à privacidade das comunicações de autoridades como procuradores da República, juízes e membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). “Trata-se de grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições que está sob a devida apuração pelos órgãos competentes”, diz a manifestação.
MalMoro : O Destruidor de Quadrilha foi o tema usado na foto do Ministro Sérgio Moro no estilo xerife faroeste de chapéu com cigarro na boca.
A montagem foi feita na imagem da antiga marca de cigarros Marlboro.
Hang disse ainda que Moro é o maior pesadelo na vida da esquerda brasileira. Sem ele iriam se perpetuar no poder até fazer do Brasil uma Venezuela tamanho família. A república comunista brasileira. Agora é um por todos e todos por um. Nosso herói precisa de sua ajuda. #Dia30NasRuas
Luciano Hang ainda usou a hashtag #Dia30NasRuas que está sendo divulgada sobre as Manifestações que ocorrerão no dia 30 de Junho em defesa do Ministro da Justiça Sérgio Moro, Operação Lava Jato e as pautas de segurança publica de Jair Bolsonaro como Porte de armas de fogo para o cidadão de bem na qual a maioria dos senadores votaram contra na CCJ.
Veja foto abaixo postada pelo empresário no Facebook:
Presidente Bolsonaro jogando chapéu do apóstolo Valdemiro Santiago na Marcha Para Jesus em SP/Foto:Edição da internet JPC Notícias
Se existe um acessório que de fato caracterizam o polêmico personagem do Pastor Valdomiro Santiago é o seu enigmático chapéu.O acessório e algumas roupas específicas dá ao líder da Igreja Mundial do Poder de Deus,um ar de fazendeiro e o caracteriza como tal.
Pois foi exatamente o chapéu de Valdomiro que deu o que falar e colocou o religioso no centro de uma polêmica bem grande e um certo constrangimento em meio a Marcha pra Jesus.O evento aconteceu no feriado desta quinta (20 de junho) e contou com a participação do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro.Na ocasião em que o Presidente falou ao lado dos líderes religiosos que estavam no evento,Bolsonaro fez o inusitado e brincou com Valdomiro Santiago e lhe arrancou o famoso chapéu da cabeça.Bolsonaro colocou o chapéu de Santiago em sua própria cabeça,levando o publico ao delírio.
Muito a vontade com o público ,o presidente acabou se excedendo na brincadeira e jogou para o meio do público sem a permissão do Líder da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Waldomiro não disfarçou o seu desconforto com a situação mas manteve toda educação,afinal de contas,quem jogou seu chapéu ao relento,foi ninguém menos que o presidente da República.Waldomiro ganhou um boné e colocou na cabeça e o evento seguiu em frente normalmente.
Contudo,depois de toda situação ,alguns internautas mais antenados sobre o mundo dos chapéus revelou que o acessório de Waldomiro Santiago não custava menos do que cinco mil reais e que o Presidente dispensou ao público uma pequena fortuna.
A expressão de Waldomiro não mentiu e certamente o líder foi pra casa menos rico pela falta do chapéu.A situação provocou muitas risadas na internet e alguns bolsonarianos afirmaram que de fato ele é um mito,pois Bolsonaro fez uma proeza.Segundo os seguidores do presidente,Bolsonaro foi a primeira pessoa a tirar do líder evangélico e dar para o povo.O que é muito conhecido por acontecer exatamente ao contrário. Confira abaixo as imagens épicas do momento abaixo:
Paulo Maluf: Avenida Água Espraiada, hoje chamada de Jornalista Roberto Marinho, custou três vezes mais (Adriano Machado/Reuters)
São Paulo – Três filhos do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, foram condenados por lavagem de dinheiro. A ação tramitava há 12 anos na Justiça e a decisão foi dada pela juíza Silva Maria Rocha, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo. As informações são do G1.
Flavio Maluf e suas duas irmãs Ligia Maluf Curi e Lina Maluf Alves da Silva eram acusados pelo Ministério Público Federal, desde 2006, de realizar movimentações financeiras no exterior, entre 1997 e 2003, na tentativa de lavar dinheiro desviado de obras na Avenida Água Espraiada (que hoje se chama Avenida Jornalista Roberto Marinho) durante a gestão de Paulo Maluf, entre 1993 e 1996.
O custo da obra feita pelas construtoras Mendes Júnior e OAS foi de 796 milhões, três vezes mais segundo estimativas de testemunhas do processo, segundo informou o G1.
A pena destinada a Flavio foi maior: oito anos em regime fechado. As irmãs pegaram quatro anos em regime semiaberto. Os três condenados podem recorrer em liberdade.
A PF segue no encalço dos criminosos que violaram as conversas mantidas entre o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da Lava Jato. Pistas estão sendo seguidas no Brasil e no exterior, e os policiais acreditam estarem próximos de alcançar os cabeças do grupo
Germano Oliveira
Desde que o site The Intercept Brasil revelou as trocas de mensagens privadas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e os procuradores da Lava Jato em Curitiba, o Brasil acompanha apreensivo à divulgação, em doses homeopáticas, do teor das interceptações – fruto da violação de celulares de autoridades brasileiras. O constrangimento ao qual foram expostos os integrantes da Lava Jato e o ex-juiz que se tornou símbolo do combate à corrupção no País pode mudar de lado. A Polícia Federal planeja-se para, nas próximas semanas, tentar emitir uma contundente resposta ao que classifica de ação orquestrada perpetrada por criminosos de alto calibre. Sob a coordenação do diretor-geral Maurício Valeixo, a PF acredita ter se aproximado dos hackers que invadiram a privacidade dos procuradores e expuseram as vísceras da Lava Jato. Em investigações preliminares, os agentes da Polícia Federal já identificaram conexões no Brasil, em especial em Santa Catarina, e no exterior, com o suposto envolvimento de agentes na Rússia e até em Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo agentes ouvidos por ISTOÉ, a PF pode estar perto de alcançar os responsáveis pelo hackeamento ilegal, o que, se confirmado, constituiria uma bomba capaz de provocar uma reviravolta no caso.
“Há um movimento claro para anular condenações e impedir investigações”
“Um grupo organizado se valeu de métodos criminais para a quebra do sigilo de autoridades” Sergio Moro, ministro da Justiça
As pistas da principal linha de investigação levam à Rússia. É onde reside o americano Edward Snowden, notório aliado do jornalista Glenn Greenwald, dono do site The Intercept Brasil. Em 2013, Snowden se aproximou dos irmãos bilionários Nikolai e Pavel Durov, que criaram o Telegram, um sistema de comunicação por mensagens similar ao Whatsapp. A PF suspeita que Snowden possa estar por trás do esquema de bisbilhotagem e divulgação das mensagens de membros do Ministério Público Federal. Recentemente, Snowden elogiou o Telegram por sua resiliência na Rússia, depois que o governo proibiu o aplicativo e pressionou para que liberasse o acesso às mensagens privadas dos usuários. Na PF, há quem acredite que o americano refugiado na Rússia possa ter se valido de recentes contatos com os Durov para ter acesso aos diálogos envolvendo as autoridades brasileiras.
Condinome: “lucky12345”
A partir da investigação sobre os passos de Snowden, informantes do Brasil na Rússia puxaram um outro fio do novelo: o que leva a Evgeniy Mikhailovich Bogachev, de 33 anos. Criador do vírus Cryptolocker e do ardiloso código Zeus, ele é procurado pelo FBI americano por crimes cibernéticos. Um rastreamento identificou que Slavic ou “lucky12345”, como é conhecido, teria recebido US$ 308 mil em bitcoins (a moeda virtual). Resta saber se o depósito foi realmente a contrapartida financeira por ele ter participado do processo de quebra do sigilo telefônico dos procuradores. O dinheiro teria circulado pelo Panamá antes de chegar a Anapa, na Rússia, onde foi transformado em rublos. Na última semana, o nome do agente russo veio à tona pela primeira vez através de um perfil anônimo no twitter. Embora parecesse inverossímil num primeiro momento, por conter erros de grafia e tradução, ISTOÉ confirmou que a PF segue sim o rastro da pista, considerada importante pelos agentes hoje à frente do caso. Em especial, pelos indícios de que Slavic, uma espécie de laranja no esquema, possa estar ligado a Snowden. Um relatório de segurança da Ucrânia aponta que “lucky12345” atua sob a supervisão de uma unidade da espionagem russa.
Mas por que os bilionários irmãos Nikolai e Pavel Durov, do Telegram, se aliariam a Snowden e Slavic na tentativa de desqualificar a principal operação de combate à corrupção da história recente do Brasil? Agentes da PF colheram informações que os levam a crer que os Durov, atualmente abrigados em Dubai, podem ter agido com motivações puramente ideológicas. Adeptos do islã, eles teriam ficado enfurecidos com a proverbial predileção do presidente Jair Bolsonaro por Israel em detrimento aos árabes. Em abril, depois de recebido com honras pelo premiê Benjamin Netanyahu, o presidente anunciou a criação de um escritório de negócios em Jerusalém “para a promoção de comércio, investimentos e intercâmbio” bilaterais. Netanyahu saudou a abertura de um gabinete brasileiro na cidade e pediu que aquele fosse o primeiro passo para a abertura da embaixada brasileira em Jerusalém – o que provocou a ira dos islâmicos e, consequentemente, dos Durov. Bolsonaro, ao alcançar o poder, foi o principal beneficiário da Lava Jato, conduzida por Moro. Desmoralizar o juiz e a Lava Jato significaria enfraquecer o bolsonarismo e trazer a esquerda lulista de volta ao jogo. Confirmada a tese, Greenwald teria sido a ponta final da operação comandada pelo trio Snowden, Slavic e Durov.
Não custa lembrar que Greenwald e Snowden foram parceiros num trabalho desenvolvido em 2013 e que expôs dados secretos da Agência de Segurança Nacional (NSA), do governo dos EUA. O material interceptado por Snowden, também de forma ilegal, foi divulgado por Greenwald no jornal inglês The Guardian e em outros jornais pelo mundo afora, como O Globo, no Brasil. Graças aos documentos vazados, o jornalista ganhou os prêmios Pulitzer e Esso. Pressionado a divulgar detalhes de sua operação, Snowden acabou se asilando na Rússia, onde passou a ser protegido pelo presidente Vladimir Putin. Enquanto que Greenwald se refugiou no Brasil, casando-se com o brasileiro David Miranda, atual deputado federal pelo PSOL e acabou fixando residência no Rio de Janeiro, de onde opera o The Intercept Brasil. Atualmente, Snowden é presidente da Freedom of the Press Foundation. Um dos co-fundadores é Greenwald. Na última semana, a PF considerou realizar uma operação de busca e apreensão dos computadores do dono do The Intercept e conduzi-lo para prestar depoimento, mas fontes ligadas ao ministro entenderam que esse fato poderia transformar o jornalista em mártir e o governo ainda corria o risco de ser acusado de cercear a liberdade de imprensa.
Trabalho de profissional
Algo é certo: a PF já sabe que o acesso ilegal ao aplicativo Telegram dos procuradores não foi realizado por amadores. “Não foi uma ação de um adolescente por trás de um computador. Tratou-se de um trabalho feito por uma organização criminosa altamente especializada”, endossou Moro em depoimento que prestou no Senado na quarta-feira 19. De fato, segundo fontes da PF, o trabalho de hackers na quebra de sigilo de celulares e computadores foi coisa de profissional. Além de envolver equipamentos caríssimos que alcançam a casa dos milhões de dólares, fogem completamente do padrão de hackers de menor poder destrutivo, conhecidos como “defacements”, que se notabilizaram por fazer as chamadas “pichações políticas” em sites e organizar malfadados ataques a transações bancárias. No dia 4, o suposto hacker tentou se passar pelo ministro da Justiça enviando uma mensagem a um funcionário do gabinete de Moro, depois de ativar uma conta no Telegram.
Sem descartar as pistas que surgem pelo caminho, na última semana, a PF adicionou uma organização criminosa que operava em Santa Catarina ao rol dos suspeitos. Na terça-feira 18, a PF desencadeou a operação “Chabu” (vulgo “deu errado”) em Florianópolis, com o cumprimento de sete mandados de prisão e 23 de busca e apreensão. O objetivo foi a desarticulação de uma quadrilha que vinha quebrando sigilos de autoridades no estado para o vazamento de operações policiais e ações de órgãos públicos. Para a PF, a quadrilha pode estar envolvida na operação de hackeamento dos celulares dos procuradores do Paraná.
Para a PF, Nikolai e Pavel Durov, do Telegram, teriam se aliado a Snowden, Slavic e Greenwald por razões ideológicas
Entre os presos, está o delegado da PF Fernando Amaro de Moraes Caieron e o policial rodoviário federal Marcelo Roberto Paiva Winter, ambos especializados em crimes cibernéticos e tráfico de drogas. Foram presos ainda o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido), e o ex-chefe da Casa Civil Luciano Veloso Lima. Todos eles utilizavam a estrutura da empresa Nexxera, de tecnologia, para cometer as ilegalidades. Segundo fontes ligadas ao diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, a análise dos documentos apreendidos será decisiva para apontar a existência do elo do grupo com os hackers da Lava Jato. Assim como a conexão Brasil-Rússia-Dubai, o elucidamento do caso parece estar próximo. Quem acompanha as investigações assegura: se os indícios encontrados até agora se confirmarem, a PF estará bem perto mudar o rumo do rumoroso episódio que monopolizou as atenções dos brasileiros nas últimas semanas.
Fonte: Isto É Independente
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