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domingo, 23 de junho de 2019

Boletim diário da ONU Brasil: “Oficina em Roraima capacita mulheres sobre leis e políticas de combate à violência de gênero” e 9 outros.


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Boletim diário da ONU Brasil: “Oficina em Roraima capacita mulheres sobre leis e políticas de combate à violência de gênero” e 9 outros.

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Posted: 12 Jun 2019 01:24 PM PDT
Oficinas ocorrerão até agosto. Foto: UNFPA/Débora Rodrigues
Oficinas ocorrerão até agosto. Foto: UNFPA/Débora Rodrigues
A primeira oficina do projeto Promotoras Legais Populares ocorreu no Espaço Insikiran, em Boa Vista (RR), no sábado (8), e contou com a participação de 39 mulheres: 17 brasileiras, líderes ou membros de organizações da sociedade civil, e 22 venezuelanas refugiadas e migrantes que ocupam posição de liderança nos abrigos da Operação Acolhida.
A iniciativa, que capacitará essas mulheres até setembro com conceitos, leis e políticas públicas relacionadas à violência de gênero, é uma iniciativa de Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Núcleo de Mulheres de Roraima (NUMUR) e Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC).
A ideia geral do curso é informar sobre os aspectos legais, mas também promover o empoderamento, a resiliência comunitária e facilitar a interação e os laços de sororidade entre as participantes, sejam migrantes ou não migrantes.
Durante o primeiro dia de oficinas, foram abordados temas como as raízes da violência de gênero, a cultura e estrutura de poder que levam a ela e os tipos de violência (física, sexual, psicológica e patrimonial).
A próxima atividade, marcada para 15 de junho, se concentrará nos estudos do a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. A leitura de uma cartilha produzida pelo UNFPA, “Entenda a Lei Maria da Penha”, foi recomendada às participantes.
“A oficina responde a dois dos objetivos principais do UNFPA no âmbito da assistência humanitária em Roraima: promover a integração entre mulheres locais e migrantes que ocupam posições de liderança, e uni-las em torno de um mesmo propósito, que é o de aprender e lutar contra a violência baseada em gênero, atuando como promotoras de conhecimento nas suas respectivas comunidades”, disse a especialista em mobilização de campo do UNFPA em Roraima, Débora Rodrigues.
“Juntas, as participantes identificaram as causas e consequências da violência contra as mulheres e chegaram à conclusão de que as raízes e frutos da violência no Brasil e na Venezuela são muito semelhantes”, completou.
A responsável do NUMUR pelas oficinas, Andrea Vasconcelos, disse que o objetivo é ajudar as mulheres a espalharem as mensagem aprendidas na oficina — motivo pelo qual foram escolhidas para participar aquelas com posição de liderança na comunidade.
“Consideramos esse espaço fundamental para criar e fortalecer laços de confiança, empatia e sororidade entre as mulheres, que partilham histórias comuns de violência e, como multiplicadoras, precisam ‘ressignificar’ esses sofrimentos e, assim, ajudar outras mulheres a enfrentarem e saírem de uma situação de violência”, explicou.

Conscientização e ativismo

Uma das participantes foi a venezuelana Doryt Starlin Cumedes, de 31 anos, que é mãe de um menino autista de 10 anos e, em seu país, era ativista pelos direitos das pessoas com autismo.
Ela é criadora da Associação Mundo TEA (Transtorno do Espectro Autista), que atua principalmente nas redes sociais, de forma a orientar outras famílias com crianças autistas, e também lutou pela aprovação de uma lei de atenção e proteção especial.
Doryt agora aguarda uma vaga no programa de interiorização, promovido no âmbito da Operação Acolhida pelo governo federal e as Forças Armadas, de forma a conseguir uma oportunidade em outro estado do Brasil.
Ela disse acreditar que o curso de capacitação fortalecerá sua posição de ativismo e de liderança dentro da comunidade. “Se não podemos sensibilizar os outros, não podemos conscientizá-los. E eu quero fazer outras coisas, quero fazer mais”, disse.
 
Posted: 12 Jun 2019 01:05 PM PDT

Migrantes olham para o mar em Lesbos, na Grécia (arquivo). Foto: OIM/Amanda Nero
Uma operação de resgate no mar Mediterrâneo foi concluída na terça-feira (11) com a confirmação de que sete pessoas se afogaram e 57 foram resgatadas, após um naufrágio na costa da ilha grega de Lesbos, afirmou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A OIM Grécia relatou que as mortes elevam para 41 o total de mortos este ano na rota que liga a África e o Oriente Médio à Europa, uma das mais movimentadas para migrantes.
Segundo a agência da ONU, mais da metade dos passageiros da embarcação era de três países da África Subsaariana: República Democrática do Congo, Camarões e Angola.
Acredita-se que o barco de borracha de sete metros em que viajavam deixou a região costeira turca de Ayvalık na madrugada de terça-feira (11). De acordo com Christine Nikalaidou, do escritório da OIM no país, havia 64 pessoas na embarcação.
A operação de resgate foi realizada pela Guarda Costeira da Grécia, pela agência fronteiriça e de guarda costeira da União Europeia, Frontex, e pela Força Aérea da Grécia.
Entre os mortos, estavam quatro mulheres, um homem e duas jovens. De acordo com autoridades gregas, as vítimas foram retiradas da água inconscientes e levadas a um hospital local, onde as mortes foram confirmadas, segundo comunicado.
A rota do Mediterrâneo Oriental é a travessia marítima mais movimentada neste ano para migrantes irregulares que tentam chegar à Europa, com 9.660 chegadas à Grécia ou ao Chipre até 9 de junho. O número representa um leve aumento em relação às 9.352 chegadas relatadas até 9 de junho do ano passado.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), uma estimativa de 15.459 pessoas arriscaram suas vidas para chegar à Europa pelo mar neste ano. Estima-se que 427 tenham se afogado.
 
Posted: 12 Jun 2019 11:22 AM PDT
Presidente da França, Emmanuel Macron. Foto: ONU/Mark Garten
Presidente da França, Emmanuel Macron. Foto: ONU/Mark Garten
Mudanças fundamentais no mundo do trabalho, incluindo um mesmo salário mínimo para toda a União Europeia, são necessárias para responder à crescente lacuna entre ricos e pobres, afirmou na terça-feira (11) o presidente da França, Emmanuel Macron.
Em discurso de 45 minutos na conferência de centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, Macron insistiu que o acúmulo de riqueza nas mãos de poucos com a globalização criou uma “lei da selva”, que abriu as portas para o nacionalismo perigoso, a xenofobia e a desilusão com a democracia.
“Esta economia de mercado na qual estamos vivendo é muito menos social do que gostaríamos no final da Segunda Guerra Mundial. Isto está levando a muito mais acúmulo de renda e corporativismo”, afirmou.
“Esta é uma crise que pode parecer menos grave porque as vítimas não têm tanta voz – elas estão espalhadas, não unidas – e ainda não vimos uma guerra saindo disto, mas a crise está lá.”
Insistindo que o mundo enfrenta “uma crise profunda” em pé de igualdade com a incerteza pós-conflito de 1919 e 1944, o presidente francês alertou que em tais situações o autoritarismo parece oferecer soluções fáceis, como a construção de muros para proteger pessoas do capitalismo crescente e o fim de cooperação entre países.
Em defesa da solidariedade internacional e da luta contra desigualdades, Macron pediu um mesmo salário mínimo para toda a União Europeia. Segundo ele, não fazê-lo gerará risco de que mais trabalhadores de Estados da UE deixem seus países para trabalhar em outros membros do bloco, onde há um salário mínimo garantido, como na França e na Alemanha.
“Não criamos a Europa para isso”, disse Macron, destacando que o acordo econômico funcionou bem para a França, mas não para os países de onde trabalhadores vieram.
Antes do discurso do presidente francês, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, elogiou o princípio da OIT segundo o qual a função de uma economia é “servir o povo, e não o contrário”.
Elogiando a OIT por seus esforços para transformar o mundo do trabalho em um lugar mais justo desde sua fundação, após a Primeira Guerra Mundial, Merkel enfatizou que esse mandato é mais necessário do que nunca.
A questão do trabalho infantil é um caso de destaque, afirmou, lembrando que das 152 milhões de crianças forçadas a trabalhar globalmente, em torno de 73 milhões estão envolvidas em atividades perigosas.
“Isso é certamente inaceitável e temos que responder juntos”, disse a delegados, pedindo apoio à iniciativa da OIT para acabar com trabalho infantil globalmente até 2025.
“Neste mundo intimamente integrado e interconectado, precisamos fazer mais de esforços para transformar crescimento econômico em progresso social, no qual todos – e também crianças – participam”.
A globalização também criou injustiças, que fizeram com que 232 milhões de migrantes fossem explorados em setores como construção e serviços domésticos, afirmou a chanceler alemã. Junto a isso, há 700 milhões de pessoas que vivem na pobreza apesar de estarem trabalhando.
“Trabalho não é uma commodity”, disse Merkel, lendo uma declaração da OIT escrita em 1944. “A pobreza em algum lugar constitui um perigo à prosperidade em todos os lugares”.
Ecoando a importância de continuar cooperação entre Estados, o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, relembrou o “fim sombrio” da Liga das Nações por conta da Segunda Guerra Mundial, antes de insistir que a arquitetura internacional é “muito frágil”.
É necessário um entendimento comum sobre os desafios no ambiente de trabalho contemporâneo, sugeriu Medvedev, destacando a tecnologia de carros autônomos atualmente em desenvolvimento, que gera o risco de deixar milhões de motoristas sem empregos.
Relembrando a própria experiência russa com revolução há mais de 100 anos, Medvedev destacou que responder às necessidades de trabalhadores e às demandas da sociedade é crucial e que ignorá-las “leva a ramificações lamentáveis”.
O mesmo serve para Estados, acrescentou, assim como para a economia global e o sistema global de relações em geral.
 
Posted: 12 Jun 2019 10:40 AM PDT
Clique para exibir o slide.Uma equipe de técnicos, especialistas e gestores do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde, da Organização Pan-americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) estiveram na segunda-feira (10), em Porto Alegre (RS), e na terça-feira (11), em Brasília (DF), para visitar serviços de saúde públicos, além de participar de encontros com gestores e técnicos locais.
A visita faz parte da reunião técnica para analisar o campo e práticas de prevenção do HIV no Brasil, convocada pelo DCCI, que acontece entre os dias 10 e 14 de junho no país. Ao longo desta semana, especialistas de organismos internacionais, organizações da sociedade civil, além de técnicos e gestores públicos, irão discutir a implementação de prevenção do HIV no Brasil, visando o cumprimento das metas regionais de prevenção de 2020 e de eliminação da AIDS como problema de saúde pública até 2030.
“O Brasil é um dos 25 países membros da Coalizão Global de Prevenção, uma iniciativa formada em 2017 para acelerar os esforços globais para a prevenção do HIV. Em maio deste ano, o Ministério da Saúde participou de uma reunião da Coalização em Nairóbi com o objetivo de compartilhar experiências e boas práticas entre os países. A realização desta reunião técnica nacional reafirma o compromisso do país em seguir trabalhando para aprimorar suas estratégias de prevenção”, explicou Cleiton Euzébio de Lima, diretor interino do UNAIDS no Brasil.
“Ao longo desta semana, os participantes da reunião poderão avaliar e discutir conjuntamente os avanços da resposta à epidemia no campo da prevenção, e também as lacunas e desafios para que o país consiga cumprir seus compromissos em relação às metas de prevenção para 2020 e 2030.”
O grupo iniciou os trabalhos da semana com uma visita à organização não governamental Casa Fonte Colombo, que presta serviços de acolhimento, testagem e aconselhamento a pessoas vivendo com HIV ou em situação de vulnerabilidade ao vírus na capital gaúcha.
“No início da epidemia, nosso objetivo era dar uma morte digna à pessoa. Com a evolução da resposta à epidemia de AIDS, transformamos a Casa Fonte em um centro de convivência para estas pessoas, facilitando o acesso e o vínculo ao tratamento antirretroviral”, disse o frei Luiz Carlos Lunardi, fundador da Pastoral da AIDS e um dos cofundadores da organização, mantida majoritariamente pelos freis capuccinos. “Agora nossa meta é garantir que nenhuma pessoa a mais se infecte e que nenhuma pessoa mais morra em decorrência da AIDS.”
Natural de Ibirá (RS), Marlowa Truss, travesti de 44 anos, vive com HIV desde 2009. Ela contou ter descoberto sua sorologia por acaso. “Eu era trabalhadora do sexo e rodava todo o estado. Um dia, uma amiga travesti me convidou para vir aqui e eu vim só de curiosidade. Acabei descobrindo tempos depois que vivia com HIV. Hoje sou frequentadora da casa”, disse. “Aliás, me chama para fazer um comercial ou campanha sobre HIV que eu falo tudo, viu? Temos que ter mais campanhas de prevenção, alcançar mais pessoas.”
Além de três freis e três funcionários contratados, a Casa Fonte Colombo conta hoje com 47 voluntários, dos quais pelo menos 25% são sempre pessoas vivendo com HIV. O acolhimento é para todas as pessoas, independentemente de origem étnico-racial, religião, orientação sexual, identidade de gênero e classe social.
“Acolhemos pessoas de todos os tipos, de ricos a pobres. Inclusive fazemos visitas mensais às casas daqueles que não conseguem se locomover, levando roupa, comida e insumos”, disse frei Lunardi. “Temos também um grupo que faz um trabalho de base, alcançando cerca de 500 famílias de Porto Alegre com orientações sobre prevenção do HIV. A Casa Fonte tem estrutura para receber cerca de 36 pessoas por dia, mas chega a colher 80 pessoas em dias mais cheios da semana.
A equipe técnica também visitou o Hospital Sanatório Partenon, que funciona como Centro de Testagem e Aconselhamento coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul. O Serviço de Atendimento e Terapêutica (SAT) conta com cerca de 10 mil cadastros e quase 5 mil pacientes vivendo com HIV vinculados. Foi o primeiro centro de saúde a dispensar a PrEP (Profilaxia Pré-exposição) pelo serviço gratuito ofertado pelo SUS, em janeiro de 2018.
“Porto Alegre e esta região metropolitana formam a localidade de maior incidência de HIV das Américas”, explicou Letícia Ikeda, médica, servidora da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul e coordenadora do departamento de AIDS da prefeitura de Viamão, na grande Porto Alegre. “Queremos nos posicionar de forma a poder oferecer expertise para prevenção, testar novas tecnologias e novas formas de monitoramento.”
De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul é o estado com a terceira maior taxa de detecção de casos de AIDS no Brasil, com 29,4 casos a cada 100 mil habitantes. A taxa gaúcha é 38% maior do que a taxa nacional (18,3), apesar de ter caído 36% na última década.
Porto Alegre é a capital brasileira com a maior taxa de detecção de casos de AIDS, com 60,8 casos a cada 100 mil habitantes, mas esse número também diminuiu significativamente (47%) nos últimos dez anos. Entre as 20 cidades brasileiras com 100 mil habitantes ou mais enfrentando as maiores cargas da epidemia de AIDS, oito ficam no Rio Grande do Sul.
A capital gaúcha também é a cidade com a maior taxa de detecção de gestantes com HIV, com 21,1 casos a cada 1 mil nascidos vivos (a média nacional é de 2,8 casos). O estado e a capital ainda apresentam altas taxas de casos de AIDS em menores de 5 anos. O Rio Grande do Sul fica em segundo (com seis casos a cada 100 mil habitantes) entre os estados brasileiros, e Porto Alegre fica em primeiro (com 12,9 casos) entre as capitais.
Os números de mortes relacionadas à AIDS também são altos. O Rio Grande do Sul é o estado com o maior coeficiente de mortalidade por AIDS, com 9 mortes por 100 mil habitantes. A média nacional é de 4,8 mortes.
O governo do Rio Grande do Sul e outras 14 cidades gaúchas são signatárias da Declaração de Paris desde 2015. Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Caxias do Sul, Esteio, Guaíba, Gravataí, Rio Grande, São Leopoldo, Santana do Livramento, Sapucaia do Sul, Uruguaiana e Viamão formam a força-tarefa interfederativa para o HIV/AIDS no estado e são consideradas prioritárias para a resposta à epidemia no Brasil.
A Declaração de Paris foi lançada pelo UNAIDS em 2014 e estabelece, entre outros pontos, o compromisso com as metas de tratamento 90-90-90—que, até 2020: 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; que destas, 90% estejam em tratamento; e que 90% destas pessoas tenham carga viral indetectável. Atualmente, o Rio Grande do Sul já testou 60% das pessoas estimadas com HIV em seu território, 70% destas estão em tratamento e 90% das pessoas em tratamento estão com carga viral indetectável.
Ao final do dia, a equipe visitou o Centro de Saúde Santa Marta, um dos principais de Porto Alegre. Lá, o grupo se reuniu com representantes da Coordenação Municipal de IST/AIDS, Vigilância epidemiológica, Consultório na Rua e do Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Foram apresentadas as ações municipais, incluindo as ações do Consultório na Rua e o trabalho desenvolvido com as profissionais do sexo.
“Nosso objetivo com esta missão é pensarmos juntos em estratégias articuladas com os territórios”, explicou Gil Casimiro, coordenador de Prevenção e Articulação Social do DCCI. “Porto Alegre tem uma epidemia de HIV considerada generalizada, mas temos que focar nossa atenção no princípio da equidade, com uma atenção especial às populações excluídas e mais vulneráveis.”

Visitas a Brasília

Na terça-feira (11), o grupo de especialistas e técnicos visitou também dois serviços de saúde do Distrito Federal. A primeira parada foi no Hospital Dia e Ambulatório Trans do DF, situado na Asa Sul do plano piloto. O serviço conta com um cadastro ativo de cerca de 7 mil pessoas vivendo com HIV, mas nem todas são necessariamente fidelizadas. Duas vezes por semana, o Hospital Dia faz também a dispensação de PrEP para cerca de 350 pessoas já cadastradas. O Ambulatório Trans, que funciona no mesmo prédio, tem um cadastro ativo de cerca de 300 pessoas, a maioria homens trans — dos quais 60% têm menos de 24 anos.
Ainda no mesmo dia, o grupo conheceu também o Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA-Rodoviária), localizado na Rodoviária do Plano Piloto, região central de Brasília. Profissionais de saúde que prestam serviços no local informaram que registram cerca de 300 casos positivos de HIV por ano neste serviço, a maioria é de jovens estudantes universitários de classe média e média alta, de 15 a 25 anos. Ainda segundo eles, 70% das pessoas atendidas são homens e, destes, apenas cerca de 10% são heterossexuais, sendo a maioria formada por gays e outros homens que fazem sexo com homens.
 
Posted: 12 Jun 2019 09:26 AM PDT
Crise humanitária no Iêmen é considerada a "pior do mundo" pela ONU. Foto: OCHA/Giles Clarke
Crise humanitária no Iêmen é considerada a “pior do mundo” pela ONU. Foto: OCHA/Giles Clarke
Uma em cada cinco pessoas que vive em áreas afetadas por conflitos tem depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno bipolar ou esquizofrenia, de acordo com análise feita a partir de 129 estudos publicada na revista científica The Lancet.
Além disso, cerca de 9% dessas populações sofrem com condições de saúde mental moderadas a graves. Os números são substancialmente mais altos do que a estimativa global para essas condições de saúde mental na população em geral, que é de uma em cada 14 pessoas.
A depressão e a ansiedade parecem aumentar com a idade em contextos de conflito, e a depressão é mais comum entre mulheres do que homens.
As conclusões sugerem que estudos anteriores subestimaram a carga das condições de saúde mental em áreas afetadas por conflitos – com taxas mais altas de condições graves (5% no novo estudo, comparado a 3%-4% em um período de 12 meses, segundo estimativas de 2005) e também de condições leves a moderadas (17% nas novas estimativas, em comparação com 15%-20% em um período de 12 meses em informações anteriores).
Em geral, a prevalência média foi maior para condições de saúde mental leves (13%). Para condições moderadas, a prevalência foi de 4%; e para condições graves, de 5%.
As estimativas revisadas utilizam pesquisas de 129 estudos e dados de 39 países publicados entre 1980 e agosto de 2017, incluindo 45 novos estudos publicados entre 2013 e agosto de 2017.
Foram incluídos cenários que vivenciaram conflitos nos últimos dez anos. Havia dados limitados para transtorno bipolar e esquizofrenia, portanto, as estimativas para essas condições foram baseadas em números globais e não levam em consideração nenhum risco aumentado dessas condições em contextos de conflito.
Os casos foram categorizados como leves, moderados ou graves. Desastres naturais e emergências de saúde pública, como o ebola, não foram incluídos.
“Estou confiante de que nosso estudo fornece as estimativas mais precisas disponíveis atualmente sobre a prevalência de condições de saúde mental em áreas de conflito”, disse a principal autora do estudo, Fiona Charlson, da Universidade de Queensland, Austrália, e do Institute for Health Metrics and Evaluation, dos Estados Unidos.
“As estimativas de estudos anteriores eram inconsistentes, com algumas taxas inconcebivelmente baixas ou altas. Neste estudo, usamos critérios de inclusão e exclusão mais rigorosos para a pesquisa bibliográfica, estratégias avançadas de busca e métodos estatísticos.”
Estão em curso grandes crises humanitárias induzidas por conflitos em vários países, incluindo Afeganistão, Iraque, Nigéria, Somália, Sudão do Sul, Síria e Iêmen. Em 2016, o número de conflitos armados atingiu a maior alta de todos os tempos, com 53 conflitos em andamento em 37 países e 12% da população mundial vivendo em zona de conflito ativa. Quase 69 milhões de pessoas em todo o mundo foram deslocadas forçadamente pela violência e pelo conflito, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.
“As novas estimativas, juntamente com ferramentas práticas já disponíveis para ajudar as pessoas com condições de saúde mental em emergências, adicionam ainda mais peso ao argumento de investimento imediato e sustentado para que o apoio emocional e psicossocial seja disponibilizado a todas as pessoas que vivem o conflito e suas consequências”, disse o autor do estudo, Mark van Ommeren, do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ommeren afirmou que, “em situações de conflito e outras emergências humanitárias, a OMS fornece apoio de várias maneiras: em primeiro lugar, auxiliando na coordenação e avaliando as necessidades de saúde mental das populações afetadas; em segundo lugar, determinando o apoio existente disponível no terreno e o que mais for necessário; e, em terceiro lugar, ajudando a fornecer a capacidade de suporte quando isso não for suficiente, seja por meio de treinamento ou por meio de recursos adicionais”.
“Apesar de suas trágicas consequências, quando a vontade política existe, as emergências podem ser catalisadoras para a construção de serviços de saúde mental sustentáveis e de qualidade, que continuam a ajudar as pessoas a longo prazo”, acrescentou.
 
Posted: 12 Jun 2019 09:16 AM PDT
Estão abertas, até 21 de junho, as inscrições para o seminário internacional “Cooperação Brasil-Austrália na prevenção à violência contra a mulher”. A atividade, parceria do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) com a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e a Embaixada da Austrália no Brasil, será realizada na sede do MPDFT, em Brasília (DF), com apoio da ONU Mulheres.
O seminário será realizado em 27 de junho e terá como objetivo identificar, desenvolver e compartilhar boas práticas e abordagens inovativas relacionadas à prevenção da violência contra as mulheres. São oferecidas 300 vagas, sem custo.
Serão cinco painéis com a participação de especialistas de Brasil e Austrália, com tradução simultânea. Entre outros assuntos, serão abordados os custos econômicos e sociais da violência doméstica e familiar; os programas para autores de violência; o papel das delegacias especializadas de atendimento à mulher no combate e na prevenção da violência de gênero; e políticas de prevenção à violência doméstica para mulheres com deficiência.
“Esta é uma oportunidade singular para a troca de experiências e a construção de canais de cooperação acadêmica e profissional. A Austrália tem se destacado em nível internacional quanto às políticas públicas de prevenção à violência contra a mulher. Por outro lado, o Brasil também possui boas experiências, como a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e as delegacias, promotorias e juizados especializados no enfrentamento à violência contra a mulher”, disse o orientador pedagógico do curso e promotor de Justiça Thiago Pierobom.
Seminário internacional “Cooperação Brasil-Austrália na prevenção à violência contra a mulher”
Data: 27 de junho
Horário: das 8h30 às 17h30
Local: Auditório do MPDFT
Inscrições até 21 de junho. Clique aqui para se inscrever.
 
Posted: 12 Jun 2019 09:10 AM PDT
Tenda do UNFPA na rodoviária atua como espaço seguro para receber refugiados e migrantes venezuelanos em situação de rua. Foto: UNFPA
Tenda do UNFPA na rodoviária atua como espaço seguro para receber refugiados e migrantes venezuelanos em situação de rua. Foto: UNFPA
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) abriu na sexta-feira (7) o primeiro Espaço Seguro na Rodoviária de Boa Vista (RR). No local, a equipe da ONU promoverá o atendimento de pessoas venezuelanas refugiadas e migrantes que estão em situação de rua, realizando escutas de proteção e fornecendo insumos em saúde sexual e reprodutiva.
A tenda do UNFPA foi instalada em parceria com as Forças Armadas, no âmbito da Operação Acolhida, ação do governo federal que lidera a resposta de recepção brasileira às pessoas venezuelanas que chegam ao país.
Em Roraima, são 13 abrigos dedicados a acolher o fluxo migratório. Nem todas as pessoas, entretanto, conseguem vaga nesses espaços, motivo pelo qual passam a se abrigar na rodoviária, enquanto esperam uma vaga em alojamento ou na interiorização (etapa em que, com os documentos em dia, têm a chance de viajar a outros estados do país).
O UNFPA já atuava oferecendo atendimento às pessoas no local, com ações pontuais, mas com a inauguração do Espaço Seguro isso será possível de forma mais individualizada e confortável.
“É importante ressaltar que são pessoas em situação de rua, o que potencializa as vulnerabilidades e as violências sofridas. A presença do UNFPA dá subsídios para qualificar a proteção a essas pessoas, no âmbito da Operação Acolhida, e promove a resiliência comunitária”, explicou a oficial de programa para Assistência Humanitária do UNFPA, Irina Bacci.
Na última semana, a tenda já recebeu a primeira atividade programada pelo UNFPA na cidade: um atendimento coletivo feito pela especialista em Saúde Sexual e Reprodutiva, Leila Rocha, que reuniu mulheres para uma roda de conversa sobre o uso de métodos contraceptivos, como preservativos masculinos e femininos. Também foi abordada a importância da realização do pré-natal e as formas de acessar a rede pública de saúde local.
O UNFPA trabalha em Roraima desde 2017, por meio de seu programa de Assistência Humanitária, atuando nos eixos de violência baseada em gênero e saúde sexual e reprodutiva. Com salas para atendimento existentes nos postos de triagem de Boa Vista e Pacaraima, o Espaço Seguro na rodoviária amplia a presença e atuação da organização na região.
 
Posted: 12 Jun 2019 08:21 AM PDT
Em entrevista à ONU News, Bela Gil comentou sua participação no Simpósio Internacional sobre o Futuro dos Alimentos. Foto: Reprodução/Daryan Dornelles
Em entrevista à ONU News, Bela Gil comentou sua participação no Simpósio Internacional sobre o Futuro dos Alimentos. Foto: Reprodução/Daryan Dornelles
Os chefs de cozinha do mundo todo têm papel relevante na defesa da biodiversidade, no combate ao desperdício de alimentos e no ativismo alimentar. A opinião é da culinarista brasileira Bela Gil, que participou na terça-feira (11) de evento em Roma na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Em entrevista à ONU News, Bela Gil comentou sua participação no Simpósio Internacional sobre o Futuro dos Alimentos, onde defendeu a atuação dos chefs de cozinha na transformação dos sistemas alimentares. Na ocasião, ela destacou três itens fundamentais dessa atuação: a defesa da biodiversidade, o combate ao desperdício de alimentos e o ativismo alimentar.
“(A biodiversidade) é fundamental para nossa sobrevivência como espécie, como ser humano. Então, não adianta só falar de biodiversidade, mas cozinhar e comer pensando nela, e no papel dos chefs nisso”, disse.
Para a especialista, outro tema importante é o desperdício de alimentos. Bela Gil defende que os chefs ajudem a conscientizar a população sobre o tema e, em seu trabalho, utilizem alimentos de forma integral. “O chef, por ser uma influência muito grande nos dias de hoje, pode mudar o olhar das pessoas”, declarou.
Bela Gil participa de Simpósio Internacional sobre o Futuro dos Alimentos, na sede da FAO, em Roma. Foto: FAO/Pier Paolo Cito
Bela Gil participa de Simpósio Internacional sobre o Futuro dos Alimentos, na sede da FAO, em Roma. Foto: FAO/Pier Paolo Cito
O evento da FAO teve o objetivo de ampliar as discussões sobre uma mudança de foco na produção de alimentos em grande escala para uma produção de alimentos mais saudáveis.
No Brasil, Bela Gil apresenta dois programas de TV sobre culinária. Na Itália, faz mestrado em “Comida, Cultura e Mobilidade”, na Universidade de Ciências Gastronômicas. A ativista destacou a importância da alimentação saudável e consciente.
“(Analisar) os impactos da comida na nossa saúde é fundamental para você ser um bom chef nos dias de hoje. Então, tento mostrar isso nos programas de culinária que eu faço, no ‘Bela Cozinha’, no ‘Vida Mais Bela'”, disse.
“Tento mostrar, por exemplo, de onde vêm os alimentos. É um dos poucos programas em que você consegue ir até o agricultor, entender como cresce aquela cenoura, quem está colhendo, quem está levando para o nosso prato, como funciona tudo isso.”
“Meu último livro é sobre o desperdício de alimentos, então, faço receitas incríveis com partes de plantas que normalmente as pessoas jogam foram, como a casca da melancia, a casca do melão, a semente do mamão, a semente da abóbora, folhas da beterraba, do rabanete.”

Futuro dos Alimentos

O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, defendeu na abertura do simpósio a transformação dos sistemas alimentares para melhorar as dietas das pessoas e proteger o meio ambiente.
A conferência reuniu acadêmicos, pesquisadores, políticos, representantes da sociedade civil e do setor privado, parlamentares e órgãos governamentais.
O evento de dois dias abordou questões como pesquisa, lacunas de conhecimento e necessidades de sistemas alimentares sustentáveis e dietas saudáveis.
Assista ao vídeo da entrevista concedida à ONU News:

 
Posted: 12 Jun 2019 07:52 AM PDT
O trabalho infantil na América Latina e no Caribe caiu pela metade desde 2000, mas ainda há desafios. Foto: EBC
O trabalho infantil na América Latina e no Caribe caiu pela metade desde 2000, mas ainda há desafios. Foto: EBC
No Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, lembrado nesta quarta-feira (12), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) enfatiza o progresso alcançado ao longo dos 100 anos de existência da entidade e seu apoio aos países-membros no combate a essa violação de direitos humanos.
Já em sua fundação, em 1919, a proteção das crianças fez parte da Constituição da OIT (Preâmbulo). Uma das primeiras convenções adotadas abordou a Idade Mínima de Admissão nos Trabalhos Industriais (No. 5, 1919), sendo ratificada pelo Brasil em 1934.
O ano de 2019 também marca os 20 anos desde a adoção da Convenção 182 da OIT sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil. A convenção de 1999 foi ratificada no Brasil pelo Decreto nº 3.597/2000.
Contudo, o problema ainda existe no país. O Brasil tem 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando. Eles trabalham na agricultura, na pecuária, no comércio, nos domicílios, nas ruas, na construção civil, entre outras situações.
“Neste Dia Mundial, lembramos o compromisso estabelecido por todos os países-membros das Nações Unidas de alcançar a Meta 8.7 do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, que visa o fim do trabalho infantil em todas as suas formas até 2025”, disse a OIT em comunicado.
“É importante que uma ação imediata seja tomada por todos para abordar os desafios remanescentes para que a comunidade mundial possa avançar firmemente no sentido de eliminar o trabalho infantil.”
O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil é amplamente apoiado por governos, organizações de empregadores e trabalhadores, agências da ONU e muitos outros que estão preocupados em combater o trabalho infantil e chamar a atenção de todos para os perigos e consequências para essas crianças e adolescentes.
A OIT lembra que o trabalho infantil deixa marcas, algumas irreversíveis que perduram a vida inteira, como lesões e deformidades na coluna, alergias, irritabilidade. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes se acidentam seis vezes mais do que adultos em atividades laborais porque têm menor percepção dos perigos.
No Brasil, em 2007, o 12 de junho também foi instituído como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil pela Lei Nº 11.542/2007. Este ano, a mobilização marca também a celebração dos 25 anos do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) que, juntamente com a OIT, Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras instituições nacionais, coordenam a campanha no país.
Este ano, as iniciativas têm como tema “Criança não deve trabalhar, infância é para sonhar”, cujo objetivo é sensibilizar e motivar uma reflexão da sociedade sobre as consequências do trabalho infantil e a importância de garantir às crianças e aos adolescentes o direito de brincar, estudar e sonhar.
Junte-se à OIT e adicione sua voz ao movimento mundial contra o trabalho infantil. Para mais informações sobre a campanha, acesse www.fnpeti.org.br/12dejunho.
 
Posted: 12 Jun 2019 07:21 AM PDT
Bombeiros brasileiros em operação de busca e salvamento em Pemba, Moçambique. Foto: Bombeiros do Brasil
Bombeiros brasileiros em operação de busca e salvamento em Pemba, Moçambique. Foto: Bombeiros do Brasil
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) realiza em 18 de junho na capital fluminense o evento “Bombeiros brasileiros em Moçambique: desafios e solidariedade”.
O encontro reunirá a equipe de bombeiros militares que atuou em Moçambique em abril após os ciclones Idai e Kenneth e também em Brumadinho (MG), depois do rompimento da barragem da mineradora Vale, em janeiro.
O evento ocorrerá às 14h no Salão de Leitura do Palácio Itamaraty (Av. Marechal Floriano 196 Centro, Rio de Janeiro/RJ).
Além dos bombeiros, que compartilharão suas experiências através de relatos envolvendo resgate e ajuda humanitária e vídeos, o diretor da Força Nacional e Coronel da Polícia Militar do Ceará, Antônio Aginaldo de Oliveira, fará uma apresentação de abertura sobre o trabalho desenvolvido pela Força.
A professora Beatriz Bissio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também fará parte do painel, contribuindo com as suas considerações sobre a Cooperação Sul-Sul que envolve Brasil e Moçambique.
Os interessados podem fazer a inscrição em bit.ly/bombeirosopafrica.
Cada participante deve apresentar, no dia do evento, o documento de identificação cadastrado no formulário.
 
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