Boletim diário da ONU Brasil: “Especialista da OIT diz que Brasil precisa garantir políticas de educação para eliminar trabalho infantil” e 14 outros.
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qui, 13 de jun 18:34 (há 7 dias)
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Posted: 13 Jun 2019 12:34 PM PDT
Clique para exibir o slide.O Brasil precisa garantir políticas de educação, emprego decente e proteção social para eliminar o trabalho infantil, segundo a coordenadora do Programa de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Maria Cláudia Falcão. No país, 2,4 milhões de crianças e adolescentes são vítimas de exploração laboral.
Em evento no Rio de Janeiro (RJ) para lembrar o 12 de junho, Dia Mundial e Nacional contra o Trabalho Infantil, a especialista da OIT ressaltou na quarta-feira que o Estado brasileiro assumiu o compromisso de erradicar essa violação de direitos até 2025. A meta faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).
O encontro da capital fluminense reuniu no Museu do Amanhã representantes do poder público, sociedade civil, academia e setor privado para debates sobre o trabalho infantil no Brasil. Atividades marcaram o lançamento da campanha Criança não deve trabalhar. Infância é para sonhar, uma iniciativa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho.
A lei brasileira proíbe jovens com menos de 16 anos de exercerem qualquer atividade profissional. A exceção são os programas de aprendizagem — um modelo de inserção no mercado de trabalho que é permitido para adolescentes a partir dos 14 anos e que combina emprego e capacitação, sem tirar os meninos e meninas da escola.
Para todos os menores de idade, o Estado interdita a realização de qualquer trabalho no turno da noite e de quaisquer atividades perigosas, insalubres ou que comprometam o seu pleno desenvolvimento.
Em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), Maria Cláudia explicou que mais de 80% dos jovens brasileiros em situação de trabalho infantil têm mais de 14 anos de idade, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2016, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O cenário, de acordo com a especialista, aponta para a necessidade de outras políticas de inserção laboral desse grupo etário, para evitar que esses adolescentes entrem no mundo do trabalho de forma precária e abandonem os estudos.
Na avaliação da coordenadora da OIT, a educação “é a única forma pela qual você vai conseguir romper o ciclo da pobreza” e assim superar uma das principais causas por trás das situações de trabalho infantil.
Ainda segundo Maria Cláudia, o Estado brasileiro precisa garantir políticas de proteção social e de emprego para os pais de menores de idade, além de fortalecer a fiscalização contra abusos de crianças.
“A gente tem que continuar promovendo essas políticas. Porque, sem elas, existe, sim, uma grande chance de se ter um retrocesso e um maior número de meninos e meninas que voltem ou passem a ser trabalhadores infantis”, alertou a especialista.
Avanços mais lentos ameaçam meta de erradicação
No início dos anos 90, estimava-se que o Brasil tinha em torno de 8 milhões de crianças e adolescentes em exploração laboral. De 1992 a 2015, segundo o IBGE, o Brasil conseguiu retirar 5 milhões de menores de idade de situações de trabalho infantil — uma redução estimada em 65%.
“Contudo, restam formas de trabalho infantil, que são trabalho com a própria família, na informalidade, no tráfico de drogas, trabalho infantil doméstico”, frisou a secretária-executiva do FNPETI, Isa Oliveira, que também participou do evento no Rio.
A maior parte dos 2,4 milhões de jovens ilegalmente ocupados no Brasil estão no Nordeste — onde reside 33% dessa mão de obra infantil — e Sudeste — com 28,8% das crianças e adolescentes trabalhadores.
Isa Oliveira enfatizou ainda que a diminuição do trabalho infantil tem acontecido em ritmo insuficiente. Em 2015, existiam 2,7 milhões de brasileiros de cinco a 17 anos de idade trabalhando no Brasil — o contingente representava um decréscimo de quase 20%, ou 660 mil, na comparação com 2014. De 2015 para 2016, a retração ficou em torno dos 300 mil.
“Essa tendência de queda, (se for) mantida, não vai permitir o alcance da meta em 2025”, ressaltou a secretária-executiva.
O ano de 2019 é um marco na consolidação das instituições em prol do trabalho decente e dos direitos da criança e do adolescente. A Organização Internacional do Trabalho completa cem anos, e o FNPETI comemora os 25 anos de sua criação, que teve o apoio da agência da ONU, incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
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Posted: 13 Jun 2019 12:10 PM PDT
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Posted: 13 Jun 2019 11:57 AM PDT
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte. Foto: Presidential Communications Operations Office/Wikimedia Commons
Especialistas em direitos humanos das Nações Unidas pediram na sexta-feira (7) para o Conselho de Direitos Humanos da ONU realizar uma investigação independente sobre violações nas Filipinas, citando uma deterioração acentuada na situação de direitos humanos no país, incluindo ataques contínuos contra pessoas e instituições.
Segundo os especialistas, poucas investigações independentes e eficazes aconteceram, a mídia e jornalistas independentes são ameaçados e a lei foi transformada em arma para minar a liberdade de imprensa.
“Registramos um número desconcertante de mortes ilegais e assassinatos cometidos por policiais no contexto da chamada ‘guerra às drogas’, assim como de assassinatos de defensores dos direitos humanos”, disseram.
Ao longo dos últimos três anos, o grupo de especialistas chamou atenção do governo para casos de supostas violações, como execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, incluindo de crianças, pessoas com deficiência, povos nativos e ativistas.
Os casos também incluem acusações de detenções arbitrárias, torturas ou tratamentos degradantes, violência com base em gênero contra mulheres defensoras dos direitos humanos e ataques contra a liberdade de expressão e ao direito de reunião pacífica.
“É hora de o Conselho de Direitos Humanos tomar ações contra estes ataques contínuos contra defensores dos direitos humanos e instituições independentes de monitoramento”, disseram os especialistas, em referência ao órgão composto por 47 Estados-membros da ONU eleitos pela Assembleia Geral.
Eles destacaram que em muitos incidentes os supostos autores de assassinatos são membros das forças armadas, de grupos paramilitares ou são indivíduos ligados a eles.
“Em vez de enviar uma forte mensagem de que estes assassinatos e assédios são inaceitáveis, há uma crescente retórica contra vozes independentes no país e intimidações e ataques em andamento contra vozes que são críticas ao governo”, disseram.
O próprio presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, intimidou publicamente defensores dos direitos humanos, relatores especiais das Nações Unidas e até mesmo juízes da Suprema Corte. Ele degradou publicamente a imagem mulheres por meio de afirmações sexistas e incitou violência contra supostos traficantes de drogas e outras pessoas. Também ameaçou bombardear as escolas dos povos nativos Lumad na ilha de Mindanao.
“O governo não mostrou indícios de que irá cumprir sua obrigação de realizar investigações rápidas e completas sobre estes casos e responsabilizar autores para fornecer justiça às vítimas e prevenir a recorrência das violações”, disseram.
Os especialistas também expressaram sérias preocupações com a decisão das Filipinas de abandonar o Tribunal Penal Internacional.
“Esta é a mais recente de muitas ações que demonstram que o governo está buscando evadir escrutínios e rejeitar responsabilização”, disseram, destacando repetidos ataques pessoais contra atores internacionais independentes.
No total, especialistas independentes em direitos humanos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos levantaram preocupações sobre o governo das Filipinas 33 vezes ao longo dos últimos três anos.
Os especialistas independentes são: Agnès Callamard, relatora especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias; Meskerem Geset Techane, presidente do Grupo de Trabalho sobre a questão da discriminação contra mulheres na lei e na prática; Hilal Elver, relatora especial sobre o direito à comida; Michel Forst, relator especial sobre a situação de defensores dos direitos humanos; David Kaye, relator especial sobre a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão; Clément Nyaletsossi Voulé, relator especial sobre os direitos à liberdade de assembleia e associação pacíficas; José Antonio Guevara Bermúdez, chefe-relator do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária; Dainius Puras, relator especial sobre o direito à saúde; Victoria Lucia Tauli-Corpuz, relatora especial sobre os direitos de povos indígenas; Dubravka Simonovic, relatora especial sobre violência contra mulheres; Diego García-Sayán, relator especial sobre a independência de juízes e advogados.
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Posted: 13 Jun 2019 11:50 AM PDT
Martin Griffiths, enviado especial do secretário-geral da ONU para o Iêmen, durante entrevista coletiva na Suécia. Foto: Governo da Suécia/Ninni Andersson
Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiram na segunda-feira (10) um comunicado expressando “total apoio” ao enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, após relatos de críticas feitas pelo governo iemenita contra ele.
Um frágil cessar-fogo tem sido amplamente mantido dentro e nos arredores da cidade portuária de Hodeida desde a assinatura do histórico Acordo de Estocolmo em dezembro do ano passado. O acordo foi o primeiro passo crucial para mediar uma paz duradoura entre rebeldes houthis e a coalizão liderada pela Arábia Saudita que apoia o governo.
Mais cedo na segunda-feira, a chefe de Assuntos Políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, se encontrou com o presidente iemenita, Abdrabuh Mansour Hadi, na capital saudita, Riad. Durante o encontro, eles discutiram o trabalho do enviado e “o caminho à frente” para avançar o Acordo de Estocolmo “e retornar aos diálogos rumo a uma solução política para o conflito mais amplo”.
As discussões foram descritas como “produtivas” em comunicado à imprensa, e DiCarlo agradeceu o presidente Hadi “pelo compromisso de seu governo” à implementação total.
No comunicado do Conselho de Segurança à imprensa, membros expressaram apoio inabalável a Griffiths “e instaram as partes a se engajar construtivamente e continuamente com o enviado especial”.
Segundo o comunicado, os membros elogiaram os “esforços do enviado especial para apoiar as partes a implementar o Acordo de Estocolmo e promover uma solução política no Iêmen”.
Mais de quatro anos de luta por controle no Iêmen entre a coalizão e forças houthis intensificaram uma crise política e humanitária. Mais de 20 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar e há um sério ressurgimento do cólera este ano no país, que levou a mais de 364 mil novos casos.
“Os membros do Conselho de Segurança destacaram positivamente o progresso inicial alcançado pelas partes em direção à fase um, da remobilização de forças” em Hodeida em meados do mês passado, de acordo com o comunicado.
“Eles instaram as partes a adotar os próximos passos necessários, em linha com o conceito acordado de operações, para a implementação total do Acordo de Hodeida”.
Eles também pediram “total aderência do cessar-fogo” na região de Hodeida, “assim como a finalização de arranjos para o Acordo de Troca de Prisioneiros e do comunicado de entendimento sobre Taiz”.
Missão da ONU deve ser enviada o mais rápido possível
Os membros do Conselho destacaram a necessidade de a Missão da ONU de apoio ao Acordo de Hodeida “ser enviada totalmente o mais rápido possível e reiteraram pedido para as partes garantirem o movimento desimpedido de membros e equipamentos para e dentro do Iêmen”.
Eles também condenaram os ataques contra instalações de bombeamento de petróleo nas cidades sauditas de Al Dawadmi e Afif, na província de Riad, em 14 de maio, “pelos quais os houthis reivindicaram responsabilidade”.
Os membros destacaram que tais ataques representam “uma séria ameaça à segurança nacional” da Arábia Saudita, assim como uma ameaça mais ampla à segurança regional e ao processo político liderado pela ONU.
No comunicado, os membros do Conselho de Segurança reafirmaram compromisso com “a união, a soberania, a independência e a integridade territorial do Iêmen”.
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Posted: 13 Jun 2019 11:39 AM PDT
Trabalhadores da saúde tratam menino de 15 anos com suspeita de ebola na República Democrática do Congo. Foto: Banco Mundial/Vincent Tremeau
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde de Uganda confirmaram na terça-feira (11) o primeiro caso do vírus mortal ebola no país, na esteira do surto atual na vizinha República Democrática do Congo. Apesar de diversos alertas anteriores em Uganda, esta é a primeira vez que o vírus é identificado fora da RD Congo durante o que se transformou no pior surto em sua história.
Um menino congolês de 5 anos passou pela fronteira de Uganda no domingo (9) pelo posto de controle fronteiriço em Bwera. Enquanto ele recebia atendimento médico no hospital de Kagando, agentes de saúde identificaram o ebola como possível causa de doença.
A criança foi transferida para a Unidade de Tratamento do Ebola em Bwera, onde o Instituto Viral de Uganda confirmou o caso na terça-feira. O menino está atualmente recebendo tratamento e seus contatos estão sendo monitorados.
A OMS e o Ministério da Saúde de Uganda enviaram uma equipe de resposta à cidade de Kasese, próxima à fronteira com a RD Congo, para identificar outras pessoas que possam estar em risco. A equipe também tem o objetivo de monitorar possíveis casos e fornecer assistência às pessoas que estiverem infectadas.
Unidades de Tratamento do Ebola em vigor
Em preparação para a possibilidade de um caso da doença, Uganda vacinou quase 4,7 mil agentes de saúde em 165 centros de saúde, intensificou monitoramento de doenças e treinou agentes para que eles reconheçam os sintomas do vírus.
Em resposta ao caso, o Ministério está intensificando ações educativas em comunidades, apoio psicossocial e vacinas para agentes de saúde e pessoas que podem ter sido expostas ao jovem paciente.
Sintomas do ebola podem ser repentinos e incluir: febre, fadiga, dores musculares, dor de cabeça, dores na garganta. A contração do vírus gera uma grave doença que é espalhada através do contato com fluidos corporais – como vômito, fezes ou sangue – de uma pessoa infectada.
Vacinas são oferecidas para pessoas que estiveram em contato com alguém infectado. Além disso, estas pessoas também precisam monitorar a saúde por 21 dias.
A vacina usada na RD Congo e por membros da linha de frente no combate à doença em Uganda tem sido, até agora, eficaz em proteger pessoas da doença. A vacina também aumenta chances de sobrevivência de pessoas que desenvolveram o vírus.
Embora ainda não existam outros casos confirmados da doença em outras partes do país, o Ministério da Saúde está montando unidades no distrito afetado e em hospitais de referência para lidar com possíveis pacientes.
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Posted: 13 Jun 2019 11:24 AM PDT
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Posted: 13 Jun 2019 11:10 AM PDT
O centro temporário de aprendizado Sunflower, em Kutupalong no sudeste de Bangladesh. Foto: ACNUR/Roger Arnold
Quando Abu Sayed, pai de seis crianças, pensa sobre o futuro de seus filhos, ele colapsa e começa a chorar.
“Minha vida está quase acabada. Se eles não puderem estudar, eles serão ignorantes”, diz, sentado na casa de bambu de sua família no maior assentamento de refugiados do mundo, Kutupalong.
“Posso ver com meus próprios olhos que a vida deles está se tornando sem sentido porque eles não têm educação suficiente ou habilidades para terem uma boa carreira. Me preocupo com o futuro deles”, afirma. “Se eu morrer amanhã, vou morrer com isso em meu coração, com esse arrependimento”.
Abu Sayed está entre aproximadamente 745 mil refugiados rohingya que fugiram de uma ofensiva militar no estado de Rakhine, no norte de Mianmar, desde agosto de 2017, para buscar segurança em Bangladesh. Mais da metade dessa população (55%) é formada por crianças.
Seus três filhos mais novos receberam educação primária no centro temporário de aprendizado Sunflower, que fica próximo do abrigo da família. Pintado de vermelho e amarelo, o centro é apoiado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e administrado pelo parceiro da agência nem Bangladesh, BRAC.
Os estudantes do assentamento recebem apenas algumas horas de educação por dia, aprendendo inglês, birmanês, habilidades para a vida e matemática, com centros de aprendizagem operando em três turnos por dia. No entanto, os centros não têm um currículo fixo. No futuro, não há educação secundária disponível para os alunos.
“Os jovens exigem e desejam ter acesso a uma educação significativa, que ofereça caminhos claros para a progressão e que seja oficialmente reconhecida pelos países”, diz James Onyango, oficial de educação do ACNUR em Cox’s Bazar.
“Pessoas vão precisar de habilidades e qualificações reconhecidas para ajudá-las a desenvolver suas comunidades. Estamos muito conscientes dos perigos de uma geração perdida de jovens”, acrescenta ele.
Os resultados de uma avaliação recente da aprendizagem indicaram que a maioria dos alunos em Kutupalong só têm chances de participar dos três primeiros anos do ensino básico. Como resultado, as organizações que trabalham no campo da educação estão agrupando os alunos de acordo com os níveis avaliados, em vez de grupos etários, para facilitar um aprendizado mais estruturado.
No entanto, o programa educacional não atende às necessidades de alunos mais velhos que nunca frequentaram a escola, ou aqueles cuja educação foi interrompida nos graus superiores quando foram forçados a fugir de Mianmar. Não há currículo padrão ou credenciado, nenhum caminho definido para qualificações reconhecidas e poucas oportunidades de estudar além dos 14 anos.
Enquanto algum progresso está sendo alcançado em direção ao acesso ao ensino primário de qualidade, as crianças mais velhas estão prejudicadas. Enquanto ele está feliz em ver seus filhos mais jovens sendo capazes de estudar no centro de dois andares, o primeiro de seu tipo no assentamento, Abu Sayed se preocupa com seu filho mais velho, Mohammed Ayaz, e sua filha, Anu Ara, que estão entre milhares de crianças em idade escolar secundária sem acesso à educação.
“Meu filho mais velho estudou até o sexto ano em Mianmar, mas os mais velhos não puderam continuar estudando quando viemos para cá”, disse ele. “Estamos preocupados. Eu gostaria que nossos filhos pudessem ter a oportunidade de receber educação”.
Aluno entusiasmado em Mianmar, Mohammad Ayaz, de 15 anos, sonhava em se tornar médico, até que a violência o obrigou a deixar a escola e fugir para salvar sua vida. Hoje, ele diz que passa o tempo no enorme assentamento de refugiados tentando se manter ocupado, mas que muitas vezes ele simplesmente sai com seus amigos.
“Vagamos sem rumo no campo”, suspira. “Pessoas da minha idade não têm bons empregos aqui. Eu ajudo em uma pequena barraca de supermercado e alguns dos meus amigos são voluntários com organizações. Eu gostaria de continuar estudando, para poder continuar a aprender coisas novas todos os dias”.
Melhorar a educação é uma prioridade para o ACNUR, afirmou Onyango, observando que a agência da ONU abriu a primeira instalação de treinamento de professores do assentamento em outubro passado.
“Em colaboração com outras agências humanitárias, também estamos procurando fortalecer a capacidade dos professores e melhorar a qualidade geral dos serviços educacionais”, explica. “Também temos ensaiado algumas sessões de aprendizado de alfabetização para meninos e meninas adolescentes, mas continuamos profundamente conscientes de que isso é inadequado”.
A melhoria dos serviços é apoiada por professores dedicados no assentamento. No centro temporário de aprendizado Sunflower, o professor rohingya Umme Habiba está trabalhando em uma classe de cerca de 40 crianças, ao lado de uma professora local de Bangladesh.
Com apenas 18 anos, ela estudou até o oitavo ano em Mianmar e costumava ser uma professora particular. Ela fica feliz com qualquer chance de expandir suas habilidades. “Para se tornar uma boa professora, é importante ter uma boa educação”.
“Alguns dos meus amigos estavam ansiosos para estudar em Mianmar, mas não havia oportunidades. Sem educação, não há futuro”, diz ela. “Nosso futuro e nosso presente estão em risco”.
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Posted: 13 Jun 2019 10:58 AM PDT
A ONU designou duas de suas agências, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para liderar os esforços de promoção da segurança dos alimentos no mundo. Foto: PEXELS (CC)
Sem acesso universal a alimentos seguros, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável não poderá ser cumprida. Estima-se que 600 milhões de pessoas adoeçam anualmente ao comer alimentos contaminados por bactérias, vírus, toxinas ou produtos químicos — dessas, 420 mil morrem.
No Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, celebrado em 7 de junho, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destacou o papel crucial da segurança alimentar na promoção da saúde e na erradicação da fome.
O objetivo foi chamar a atenção e inspirar ações para ajudar a prevenir, detectar e gerenciar alimentos de risco, contribuindo assim para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura, o acesso a mercados, o turismo e o desenvolvimento sustentável.
A FAO listou cinco maneiras de garantir a inocuidade alimentar:
1. Garantir que a comida é segura
Os governos nacionais são essenciais para garantir que a comida seja segura e nutritiva para todos. E eles têm boas razões para isso – segundo o Banco Mundial, os alimentos inseguros custam às economias de baixa e média renda cerca de 95 bilhões de dólares em produtividade perdida anualmente.
Para ajudar a diminuir esse número, os formuladores de políticas podem promover sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis, fomentando a colaboração entre saúde pública, saúde animal, agricultura e outros setores. Os países também podem cumprir os padrões internacionais estabelecidos pela Comissão do Codex Alimentarius.
2. Cultive a comida com segurança
Para garantir um suprimento suficiente de alimentos seguros em nível global e, ao mesmo tempo, minimizar seu impacto ambiental e adaptá-los às mudanças climáticas, os produtores de alimentos precisam adotar boas práticas.
À medida que os sistemas de produção de alimentos se transformam e se adaptam às mudanças de condições, os agricultores devem considerar, cuidadosamente, as formas ideais de abordar os riscos potenciais e garantir que os alimentos sejam seguros.
Integrar a saúde de plantas e animais, por exemplo, pode ajudar a desestimular a resistência antimicrobiana e reduzir o número de 700 mil pessoas em todo o mundo que morrem de infecções resistentes a antimicrobianos a cada ano.
3. Mantenha a comida segura
Para os operadores de negócios, os controles preventivos podem resolver a maioria dos problemas de inocuidade alimentar. Todos os envolvidos em operações de alimentos – do processamento ao varejo – devem garantir a conformidade com programas como o HACCP, um sistema que identifica, avalia e controla riscos significativos para a segurança dos alimentos.
Além de reduzir a possibilidade de doenças, boas práticas de processamento, armazenamento e preservação também podem reduzir as perdas pós-colheita e ajudar os alimentos a reter seu valor nutricional – além de ajudar as empresas a maximizar sua participação no comércio global de alimentos de 1,6 trilhão de dólares.
4. Verifique se a comida é segura
Os consumidores têm o poder de exigir alimentos seguros e saudáveis. Dada a complexidade da inocuidade alimentar, os consumidores precisam ter acesso a informações oportunas, claras e confiáveis sobre os riscos nutricionais e de doenças associados às suas escolhas alimentares.
Os investimentos em educar os consumidores sobre segurança alimentar têm o potencial de reduzir doenças transmitidas por alimentos e gerar economias de até 10 vezes cada 1 dólar investido. Os consumidores precisam ter autonomia para fazer escolhas alimentares saudáveis e apoiar sistemas alimentares sustentáveis para o planeta.
5. Equipe para segurança
A segurança alimentar é uma responsabilidade compartilhada. Governos, órgãos econômicos regionais, organizações das Nações Unidas, agências de desenvolvimento, organizações comerciais, grupos de consumidores e produtores, instituições acadêmicas e de pesquisa e entidades do setor privado devem trabalhar juntos em questões que nos afetam.
A colaboração é necessária globalmente, regionalmente e localmente – em todos os setores dentro de um governo – para combater epidemias de doenças transmitidas por alimentos.
Em última análise, alimentos seguros são essenciais não apenas para melhorar a saúde e a inocuidade alimentar, mas também para a subsistência, o desenvolvimento econômico, o comércio e a reputação internacional de todos os países.
As doenças transmitidas por alimentos impedem o desenvolvimento socioeconômico, sobrecarregando os sistemas de saúde e prejudicando as economias nacionais, o turismo e o comércio.
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Posted: 13 Jun 2019 10:49 AM PDT
O livro “A Memória do Mar”, obra publicada pela Globo Livros e escrita por Khaled Hoseini, autor dos best sellers “O Caçador de Pipas”, “A Cidade do Sol e “O Silêncio das Montanhas”, será o tema da roda de conversa que a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) promove em São Paulo, no dia 17 de junho, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, em parceria com a Globo Livros.
Na mesma data, será inaugurada a exposição fotográfica “Faces do Refúgio”. Composta por 52 imagens feitas por fotógrafos do ACNUR em diferentes partes do mundo, a mostra será instalada dentro da livraria e ficará em cartaz até 28 de junho. O evento faz parte da programação para comemorar o Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho.
O debate contará com a participação de Rama Al Omari, professora síria que há pouco mais de dois anos está refugiada no Brasil. Rama foi forçada a deixar a Síria com suas filhas, na época com 3 e 5 anos, depois que sua cidade sofreu um bombardeio.
O representante do ACNUR Brasil, José Egas, também participará da roda de conversa, que terá mediação do jornalista e apresentador de televisão Pedro Bial. Além de ser o tradutor do livro, Bial tem uma afinidade com O tema. O jornalista é filho um casal de refugiados alemães que se conheceram no Brasil depois de deixarem a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial em 1940.
“Essa é uma oportunidade muito especial. Depoimentos como o da Ramas são importantes para lembrar que a guerra na Síria continua colocando milhões de pessoas na condição de refugiadas e que elas têm o direito de buscar abrigo e proteção em outros países”, diz Jose Egas, representante do ACNUR no Brasil.
O livro “A Memória do Mar” será o fio condutor do debate. A obra é inspirada na história de Alan Kurdi, o menino sírio encontrado morto numa praia da Turquia depois que o barco em que estava com a família e outras centenas de refugiados, naufragou.
O autor do livro, Khaled Hoseini é um dos romancistas mais lidos de todo o mundo e foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da Agência da ONU para Refugiados em 2006. O evento tem entrada franca, e o público poderá fazer perguntas ao final das apresentações.
Sobre o Dia Mundial do Refugiado
Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado do dia 20 de junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a data é uma oportunidade para celebrar a coragem, a resistência e a força de todos os homens, mulheres e crianças forçados a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos, perseguições e graves violações dos direitos humanos. Em busca de proteção, estas pessoas deixam tudo para trás – exceto a esperança e o sonho de um futuro mais seguro.
No mês de junho, o ACNUR organiza eventos para celebrar a data em diversas cidades do Brasil e lançará em São Paulo e Boa Vista (Roraima), no próximo dia 19, seu relatório “Tendências Globais” – com os últimos dados sobre o deslocamento forçado no mundo.
Conversa sobre Refúgio
Local: Livraria Cultura do Shopping Bourbon (R. Palestra Italia, 500, Piso 3 – loja 211) Data: 17/6 (segunda-feira) Horário: 19h30
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Posted: 13 Jun 2019 10:38 AM PDT
O UNAIDS tem trabalhado com grupos LGBT, organizações da sociedade civil e outros parceiros para promover um ambiente legal apropriado em Botsuana. Foto: UNAIDS
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) cumprimentou a decisão histórica da Suprema Corte de Botsuana de declarar como inconstitucionais disposições-chave dos Artigos 164 e 167 do Código Penal do país. Essas disposições criminalizavam atos sexuais privados e levavam à discriminação e violência contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans (LGBT).
“Esta é uma decisão histórica para pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans (LGBT) em Botsuana”, disse Gunilla Carlsson, diretora-executiva interina do UNAIDS. “Ela restaura a privacidade, o respeito e a dignidade das pessoas LGBT no país e este é um dia para celebrar o orgulho, a compaixão e o amor. Eu cumprimento os ativistas, organizações da sociedade civil e grupos comunitários que se empenharam tão intensamente para este momento.”
O UNAIDS tem trabalhado com grupos LGBT, organizações da sociedade civil e outros parceiros para promover um ambiente legal apropriado no país. Nos últimos anos, os tribunais de Botsuana assumiram a liderança na proteção e promoção dos direitos humanos de grupos marginalizados.
A criminalização de relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo é uma violação dos direitos humanos e legitima o estigma, a discriminação e a violência contra pessoas LGBT. A criminalização impede que as pessoas tenham acesso aos serviços de prevenção, teste e tratamento do HIV e aumenta o risco de infecção pelo vírus.
Globalmente, o risco de infecção pelo HIV é 28 vezes maior entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens do que entre a população geral e 13 vezes maior entre mulheres trans. Ambientes legais e políticos proibitivos e a falta de serviços específicos para populações-chave aumentam a vulnerabilidade ao HIV.
O UNAIDS encoraja os países a garantir o respeito integral dos direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de orientação sexual, por meio da revogação de leis que proíbem relações sexuais consensuais entre adultos em ambientes privados, da aplicação de leis para proteger as pessoas da violência e discriminação, abordando a homofobia e a transfobia e garantindo que serviços essenciais de saúde estejam disponíveis.
“Espero que esta decisão reflita em um movimento rumo a uma abordagem mais humana, solidária e baseada em direitos para as relações entre pessoas do mesmo sexo em todo o mundo. Esta decisão deve encorajar outros países a revogar leis injustas que criminalizam relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e prejudicam o acesso a serviços essenciais, inclusive à saúde”, disse Carlsson.
Relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo permanecem criminalizadas em pelo menos 67 países e territórios em todo o mundo.
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Posted: 13 Jun 2019 10:27 AM PDT
Mutirão de atendimento a refugiados sírios que vivem em São Paulo. Foto: SECOM/Fabio Arantes
Para marcar o Dia Mundial do Refugiado (celebrado em 20 de junho), a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e parceiros realizam a partir do próximo fim de semana eventos voltados para a população refugiada no Brasil e o público em geral, promovendo a integração entre brasileiros e quem teve que deixar seu país por causa de guerras, conflitos armados e perseguições.
Entre os destaques, estão atividades culturais, gastronômicas e esportivas com famílias venezuelanas, rodas de conversa, exposições artísticas, lançamento de livros e a divulgação do relatório “Tendências Globais – Deslocamento Forçado em 2018”.
As atividades se iniciam neste sábado (15), em São Paulo, com o evento “Portas Abertas”, uma programação cultural e informativa promovida pela Caritas Arquidiocesana com a participação de refugiados atendidos pela entidade e aberta à população.
Na segunda-feira (17), também em São Paulo, uma roda de conversa em torno do livro “A Memória do Mar”, do escritor e Embaixador da Boa Vontade do ACNUR, Khaled Hoseini, reunirá o jornalista e tradutor do livro, Pedro Bial, o representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas, e a refugiada síria Rama Al Omari.
Na terça-feira (18) começam os eventos envolvendo a comunidade venezuelana abrigada em Boa Vista, Pacaraima e Manaus, no norte do país. Serão atividades artísticas (como exposição fotográfica, dança, música, feira de artesanato, show de calouros) e esportivas (caminhadas e jogos de vôlei, futebol e kickball) – muitas delas abertas à população local – realizadas pelas organizações não governamentais envolvidas na gestão dos abrigos para refugiados e migrantes venezuelanos.
Neste mesmo dia, em São Paulo, será inaugurada a exposição “Em Casa, no Brasil”, realizada em parceria com a ONG “Estou Refugiado” e com o SESC-SP para sensibilizar os visitantes sobre as vidas de refugiados que consideram o Brasil como seu novo lar.
O relatório internacional Tendências Globais, produzido pelo ACNUR e divulgado em todo o mundo, será lançado simultaneamente em São Paulo e Boa Vista na próxima quarta-feira (19). O documento é a principal análise estatística feita pelo ACNUR sobre a situação do deslocamento forçado em todo o mundo, apresentando dados e análises sobre as mais expressivas populações em situação de refúgio e apátridas, assim como recortes específicos de outros temas relacionados ao mandato da agência.
No próprio Dia Mundial do Refugiado (20), a agenda chega ao Rio de Janeiro com o evento “Rio Refugia”, promovido pela Caritas Arquidiocesana e o SESC-Rio, com feira gastronômica, shows e diferentes oficinas com refugiados. Em São Paulo, será exibido no Centro Cultural São Paulo o documentário “Zaatari, Memórias do Labirinto”. A programação se encerra no Rio de Janeiro, no dia 26, com a inauguração da exposição “Em Casa, no Brasil”, em parceria com o Centro Cultural Correios.
Sobre o Dia Mundial do Refugiado
Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado em 20 de junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a data é uma oportunidade para homenagear a coragem, a resiliência e a força de todas as mulheres, homens e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos armados e perseguições. Estas pessoas deixam tudo para trás – exceto a esperança e o sonho de um futuro mais seguro.
São parceiros do ACNUR no Dia Mundial do Refugiado 2019: Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI), Caritas Arquidiocesanas de Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo, Caritas Brasileira Regional Paraná, Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC), Comitê Nacional para os Refugiados do Ministério da Justiça (CONARE), Conselho Norueguês para Refugiados, Centro Cultural dos Correios, Centro de Cultura Casarão de Ideias, Centro de Integração Empresa-Escola, Centro Universitário Curitiba, Editora Globo, Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, Livraria Cultura do Shopping Bourbon, Instituto Migrações e Direitos Humanos, Operação Acolhida, Prefeitura e Estado de São Paulo, Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social de Roraima, Sesc SP, Sesc Rio, Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados, Télécoms Sans Frontières (TSF) e Universidade Federal do Amazonas.
Para mais informações sobre as atividades do Dia Mundial do Refugiado, entre em contato com a Unidade de Informação Pública do ACNUR no Brasil:
Brasília Alan Azevedo: (61) 3044-5744 / (11) 99650-1475 azevedo@unhcr.org
São Paulo e Rio de Janeiro Miguel Pachioni: (11) 94985-1734 pachioni@unhcr.org
Manaus Victoria Hugueney: (61) 98416-3044 hugueney@unhcr.orghugueney@ unhcr.org
Boa Vista e Pacaraima Allana Ferreira: (95) 98401-8596 ferreirl@unhcr.orgAline Maccari: (61) 98147-4764 maccari@unhcr.org
Email geral: brabrpi@unhcr.org
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Posted: 13 Jun 2019 10:18 AM PDT
Há um crescente reconhecimento de que o setor de mineração não apenas gera impacto diferente sobre homens e mulheres, mas que as políticas públicas para a governança do setor também afetam as mulheres e os homens de maneira diferente. Foto: Brasil.gov.br
O próximo seminário online do programa conjunto sobre governança ambiental do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da agência de proteção ambiental sueca (Environmental Governance Programme, EGP) abordará os impactos das atividades de mineração sobre mulheres e meninas, discutindo experiências recentes da Colômbia.
O seminário discutirá como as mulheres e meninas são afetadas diferentemente pelo setor de mineração; quais ferramentas de política pública os governos podem usar para lidar melhor com essas lacunas de gênero; como a Colômbia melhorou suas políticas públicas e arcabouço regulatório relacionado à mineração a partir de uma perspectiva de gênero.
Como participar
O seminário, aberto ao público, acontecerá na próxima terça-feira (18) por meio da plataforma GoToWebinar. O evento, em inglês, começará às 12h (horário de Brasília). A sessão em espanhol começará às 15h. Ambos terão duração de 90 minutos.
O registro para o seminário em inglês deve ser feito com antecedência neste link.O registro para o seminário em espanhol deverá ser feito neste link.
Palestrantes
Os palestrantes são Anders Arco, consultor sobre questões de gênero no setor de mineração nas entidades da sociedade civil Alianza para la Minería Responsable (Colômbia) e Solidaridad Internacional (Espanha); Javier Blanco, oficial de campo no escritório da ONU Mulheres no departamento de Chocó, Colômbia.
Outros participantes incluem Luisa Fernanda Bacca, chefe do Departamento de Assuntos Sociais e Ambientais do Ministério de Minas e Energia da Colômbia; Sohinee Mazumdar, ativista de direitos humanos e proteção ambiental.
O seminário em espanhol terá moderação de Christian Felipe Lesmes e Viviana Martínez-Pulido, do PNUD Colômbia. O seminário em inglês será moderado por Sarah Daitch, do programa conjunto de governança ambiental.
Sobre o tema do seminário
Há um crescente reconhecimento de que o setor de mineração não apenas gera impacto diferente sobre homens e mulheres, mas que as políticas públicas para a governança do setor também afetam as mulheres e os homens de maneira diferente.
Estatisticamente, mulheres e meninas têm mais probabilidade de sofrer os impactos negativos relacionados à mineração, tais como a poluição da água e da terra ou a falta de acesso a água e terra, e ameaças à segurança e saúde, relacionadas ao influxo de trabalhadores temporários e pessoas à procura de emprego, tais como doenças sexualmente transmissíveis e agressões sexuais.
Este próximo seminário online do programa de governança ambiental analisará como os países podem incorporar questões de gênero em suas respostas à mineração, tirando lições de experiências colombianas aplicadas na mineração de ouro e carvão mineral.
O EGP é um programa conjunto do PNUD e da Agência de Proteção Ambiental da Suécia (Naturvårdsverket) sobre gestão sustentável dos recursos naturais.
Lançado em 2014, o programa apoia governos a integrar a proteção ambiental e dos direitos humanos na gestão e governança do setor de mineração. O programa atua em colaboração com os governos da Colômbia, Quênia, Mongólia e Moçambique. Acesse o site.
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Posted: 13 Jun 2019 10:10 AM PDT
Doações voluntárias de sangue são o único caminho para assegurar oferta adequada às demandas de saúde pública. Foto: Agência Brasil/Arquivo
Na América Latina e no Caribe, a doação voluntária responde por menos da metade de todos os suprimentos de sangue. No marco do Dia Mundial do Doador de Sangue, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) insta os países a fortalecerem seus sistemas de doação voluntária, ressaltando que essa é a melhor maneira de garantir o acesso universal a um suprimento suficiente de sangue seguro para transfusões.
Embora a América Latina e o Caribe tenham feito avanços significativos para melhorar a segurança e a disponibilidade de sangue para transfusões — com doações chegando a 10,5 milhões de unidades em 2017, um aumento de 13% desde 2015 —, o percentual de doações voluntárias permanece praticamente inalterado.
O lema do Dia Mundial do Doador de Sangue deste ano, celebrado em 14 de junho, é “Sangue seguro para todos”, para o qual a doação voluntária é um elemento fundamental. O tema chama a atenção para a importância de suprimentos oportunos de sangue e hemocomponentes seguros e de qualidade garantida como parte integrante da saúde universal e essencial para sistemas de saúde eficazes.
“A região das Américas tem feito grandes esforços para aumentar as doações voluntárias de sangue nos últimos anos, mas ainda há disparidades significativas de país para país”, disse Analía Porrás, chefe de Unidade de Medicamentos e Tecnologias de Saúde da OPAS. “A doação de sangue regular e não remunerada é vital para garantir a segurança e a disponibilidade dos hemocomponentes. Por isso, é importante que todos os países adotem medidas para avançar nesse modelo”, acrescentou.
Doação voluntária nas Américas
Até 2017, a doação voluntária de sangue somou 5 milhões de unidades, 46,5% do sangue para transfusões na América Latina e no Caribe. Este é um aumento de menos de 1% em relação a 2015 e está muito abaixo da meta de 100% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir um suprimento de sangue suficiente e seguro para transfusões. Atualmente, a maior parte das doações é proveniente da chamada “doação de reposição”, seguida de doação autóloga e doação remunerada.
A porcentagem de doações voluntárias também varia significativamente de um país para outro na região, respondendo por 90% das doações em dez países, entre eles Aruba, Bermudas, Colômbia, Ilhas Cayman, Cuba, Curaçao, Guiana, Nicarágua, Ilhas Turcas e Caicos e Suriname. Em cinco países, representa entre 50% e 90% das doações; em 22 países, menos de 50%.
“O acesso ao sangue e aos hemocomponentes seguros e de qualidade é um elemento vital da saúde universal, particularmente nas áreas de medicina de emergência, saúde materna e perinatal, além de cirurgia”, afirmou Mauricio Beltran Duran, assessor regional de Serviços de Sangue e Transplantes da OPAS.
“Sabemos que a disponibilidade desses componentes é indispensável para melhorar os resultados de saúde e salvar vidas, por isso é fundamental alcançar a meta de 100% da OMS para garantir que ninguém seja deixado para trás”.
A OPAS/OMS recomenda que os países destinem os recursos e infraestrutura necessários para criar e manter serviços nacionais integrados para doação de sangue; garantam a qualidade e a segurança do sangue e de seus componentes em seus sistemas; fortaleçam as redes de distribuição para que o sangue e os hemocomponentes estejam disponíveis quando e onde forem necessários; proporcionem atendimento de qualidade aos doadores e doadoras, entre outras medidas.
Dia Mundial do Doador de Sangue
O Dia Mundial do Doador de Sangue é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a necessidade de sangue e hemocomponentes seguros e para agradecer aos doadores e doadoras de sangue pelo presente, que salva vidas.
Um serviço de sangue que oferece aos pacientes acesso oportuno ao sangue e seus componentes suficientes e seguros é um pilar essencial da saúde universal. Para alcançar esse objetivo, os países devem garantir a implementação de um serviço nacional de transfusão de sangue coordenado, com base em doações de sangue voluntárias e não remuneradas.
O sangue e seus componentes são vitais tanto para os tratamentos planejados quanto para intervenções urgentes, salvando milhões de vidas todos os anos. São particularmente indispensáveis na atenção de mulheres com hemorragias associadas à gravidez e ao parto; crianças que sofrem de anemia grave devido à malária; pacientes com doenças do sangue; vítimas de traumas e emergências; bem como pacientes submetidos a procedimentos médicos e cirúrgicos.
Costa Rica sediará Dia Mundial do Doador de Sangue nas Américas
A Costa Rica, que sedia o evento regional do Dia Mundial do Doador de Sangue deste ano, é um dos países da região que está trabalhando intensamente para melhorar a doação voluntária e a disponibilidade de sangue seguro para atender às necessidades de sua população.
A doação voluntária de sangue no país aumentou de 59% em 2015 para 61% em 2017 e a disponibilidade de sangue por cada 1.000 habitantes aumentou de 14 para 16 unidades no mesmo período. A Costa Rica analisa 100% das doações de sangue para garantir sua qualidade e segurança. Como resultado, o país está no caminho para garantir a disponibilidade e o acesso oportuno ao sangue seguro para todas as pessoas que dele precisem.
Doação de sangue em números na região
Cerca de 1,8 mil centros de doação de sangue de 37 países da região coletaram mais de 10,5 milhões de unidades de sangue em 2017. Entre 2015 e 2017, houve um aumento de 1 milhão de unidades de sangue doadas.
A disponibilidade de sangue região é de 17 unidades de sangue por cada 1.000 habitantes; no entanto, são nove unidades em países de baixa renda, 17 unidades em países de média renda e 19 unidades em países de alta renda.
A doação voluntária de sangue é responsável por cerca de 5 milhões de unidades de sangue doado na região. Ela varia de país para país, respondendo por 90% das doações em 10 países; 50% a 90% em 5 países; e 50% das doações em 22 países.
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Posted: 13 Jun 2019 08:12 AM PDT
Qual é a educação que protege contra a violência? As alternativas a essa questão serão discutidas na próxima segunda-feira (17), durante o seminário “Educação é Proteção contra a Violência”, promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Cidade Escola Aprendiz no Rio de Janeiro (RJ).
O seminário reúne especialistas, autoridades, sociedade civil e lideranças adolescentes para discutir o impacto da violência na vida de crianças e adolescentes e como a educação pode ser uma estratégia crucial de proteção.
O evento será realizado no Museu do Amanhã e começa às 9h, com uma jovem carioca lendo um manifesto pelo fim da violência nas escolas e em seu entorno. Lays dos Santos fez parte de um grupo de 100 jovens de diferentes países, que se reuniram em Joanesburgo para elaborar o manifesto.
Às 10h, após a mesa de abertura, especialistas nacionais e internacionais vão apresentar um cenário sobre o tema, incluindo dados, análises e recomendações de como o Brasil pode avançar na garantia do direito à educação como estratégia de proteção à vida e de prevenção de mais violências.
Esse panorama faz parte de uma publicação que será lançada pelo UNICEF durante o evento. Além de reunir dados e trazer recomendações, o texto traz marcos legais, conceitos e um apanhado de iniciativas brasileiras que ligam a educação ao enfrentamento das violências.
No decorrer do dia, Grupos de Trabalho produzirão um conjunto de reflexões e propostas a fim de fortalecer a educação como parte de um sistema de garantia de direitos dos meninos e meninas.
O segundo dia do seminário terá como tema central o enfrentamento da exclusão escolar no estado do Rio de Janeiro, por meio da estratégia Busca Ativa Escolar.
O seminário será transmitido ao vivo pelo canal do UNICEF Brasil no YouTube: https://www.youtube.com/UNICEFBrasil/
Confira a programação completa aqui.
Serviço
O quê: Seminário Nacional “Educação é Proteção contra Violência” – Abertura Onde: Auditório do Museu do Amanhã – Rio de Janeiro Quando: Segunda-feira 17 de junho de 2019
9h – Leitura do Manifesto Jovem #ENDViolence e Mesa de abertura 10h às 12h30 – Mesa temática: Cenário da Educação como Proteção das Violências Ítalo Dutra e Rosana Vega, UNICEF Brasil Miriam Krenzinger, Cidade Escola Aprendiz/UFRJ Rocio Aznar Daban, Escritório Regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe Cynthia Brizuela Speratti, UNICEF Nova Iorque Thiago de Holanda, Comitê Cearense para Prevenção de Homicídios na Adolescência Gabriel de Souza, jovem liderança do Rap da Saúde e Plataforma dos Centros Urbanos Gelson Henrique, jovem liderança do CiJoga
Contatos para a imprensa
Immaculada Prieto UNICEF Brasil Telefone: (21) 98237 0856 E-mail: iprieto@unicef.org
Mélanie Layet Oficial de Comunicação UNICEF Brasil Telefone: (11) 3728 5706 Telefone: (11) 98375 5610 E-mail: mlayet@unicef.org
Sobre o UNICEF
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.
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Posted: 12 Jun 2019 01:41 PM PDT
Redução do nível de oxigênio dos oceanos afeta a vida marinha. Foto: ONU
Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado na semana passada (5), foram inauguradas atividades da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade dos Oceanos, com a realização do evento “O Futuro dos Oceanos”, no auditório do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.
A nova integrante da rede internacional é lançada em momento oportuno para preparar ações para a Década Internacional das Ciências Oceânicas para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030).
No evento, o coordenador interino de Ciências Naturais da UNESCO, Fábio Eon, o professor do Instituto Oceanográfico (IO) da USP e coordenador da Cátedra, Alexander Turra, e o vice-diretor do IEA, Ary Plonski, explicaram o que é o Programa de Cátedras da UNESCO, a missão da nova cátedra e como ela é composta.
O Programa de Cátedras e Redes UNITWIN tem como objetivo a troca de conhecimentos e o espírito de solidariedade entre centros de excelência que trabalham temas prioritários para a UNESCO.
Participam da rede centenas de universidades, instituições, organizações governamentais e não governamentais ligadas à educação superior. O programa envolve treinamentos, pesquisas e outras atividades de produção de conhecimento.
O IEA e o IO são os responsáveis pelas atividades e pela gestão da Cátedra. Há também quatro instituições parceiras: Coordenação de Ciências Oceânicas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação; o Brazilian Future Ocean Panel (Painel Mar); Brazilian Coastal Benthic Habitats Monitoring (ReBentos); e SOS Mata Atlântica.
O objetivo é promover um sistema integrado de pesquisa, treinamento, informação e documentação sobre os oceanos. A expectativa é de que seja facilitada a colaboração entre pesquisadores de reconhecimento internacional e da USP, bem como entre instituições brasileiras e de outros países da América Latina e do Caribe.
A USP é responsável por fazer os arranjos necessários para a participação nos programas e nas atividades da UNESCO, de forma a estreitar a cooperação acadêmica internacional.
Onde for possível, a universidade deverá propiciar o engajamento no intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes de outras universidades no âmbito da estrutura do Programa de Cátedras UNITWIN-UNESCO.
A duração inicial dos trabalhos será de quatro anos, período que poderá ser renovado se houver a concordância da USP e da UNESCO.
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