Boletim diário da ONU Brasil: “Organizações de Paradas LGBT reúnem-se em SP para estabelecer estratégias comuns de atuação” e 16 outros.
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Posted: 05 Jun 2018 02:44 PM PDT
Com o apoio do UNAIDS Brasil, APOGLBT realizou Encontro Brasileiro de Organizações de Paradas LGBT. Foto: UNAIDS
A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT) realizou no fim de maio (de 25 a 27) o Encontro Brasileiro de Organizações de Paradas LGBT com o objetivo de unir forças, reforçar laços e ampliar a conscientização da importância das Paradas LGBT. O encontro reuniu cerca de 40 pessoas em São Paulo, com a presença de presidentes de organizações de paradas das capitais e das principais cidades do interior do Brasil.
De acordo com os organizadores, entre os objetivos do encontro, estava pensar estratégias para visibilizar ações de prevenção às ISTs/HIV nas paradas do orgulho LGBT; criar uma agenda comum de atuação e cooperação entre as organizações de paradas; unificar as ações de enfrentamento das dificuldades de cada Organização; trocar experiências positivas de organização política, e pensar em estratégias que fortaleçam e que garantam direitos da população LGBT.
Durante a abertura do encontro, a diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, destacou a importância do evento. “Hoje vocês estão reforçando a democracia, porque todos somos cidadãos, e não apenas alguns. Eu acredito muito na criatividade e na força de vocês. Essa união e esse impacto são muito grandes. Aproveitem muito esta oportunidade de estarem todos juntos aqui”, afirmou. “Coloco todo o apoio das 11 agências copatrocinadoras do UNAIDS. Estamos todos juntos e queremos ajudar o máximo possível”.
Em novembro de 2017, o UNAIDS apoiou a Associação da Parada LGBT de SP no I Encontro de Saúde/Prevenção IST/AIDS entre Jovens LGBTs, o primeiro encontro realizado pela APOGLBT com organizações ligadas à área de prevenção ao HIV e outras IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
A presidente da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Claudia Regina, também destacou a importância da união das Organizações de Paradas LGBT durante a mesa de abertura do encontro. “Precisamos tentar afinar uma bandeira única e o mesmo discurso. A Parada LGBT é muito mais do que as 4 milhões de pessoas que participam em São Paulo, mas sim essas milhões de pessoas que vocês ajudam a colocar nas ruas em todo o Brasil”, afirmou Claudia.
Com o tema “União pela cidadania, participação política e resposta à epidemia de HIV/AIDS”, o encontro uniu os esforços das organizações de Parada do Orgulho LGBT do Brasil para tratar de temas voltados às políticas públicas de saúde, prevenção, direitos humanos e cidadania. Foram realizadas mesas de debates, trocas de experiências exitosas sobre prevenção e saúde e planos de ação para o enfrentamento de problemas comuns a todos as organizações.
As taxas de detecção de casos de AIDS no Brasil cresceram substancialmente entre homens jovens na última década — especialmente entre gays e homens jovens que fazem sexo com homens. Números recentes do estado de São Paulo mostram uma prevalência de HIV de 15% entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens.
Além disso, pesquisas têm mostrado que o estigma e a discriminação prejudicam os esforços no enfrentamento a epidemia do HIV, ao fazer com que as pessoas tenham medo de procurar por informações, serviços e métodos que reduzam o risco de infecção e de adotar comportamentos mais seguros com receio de que sejam levantadas suspeitas em relação ao seu estado sorológico.
Ivone de Paula, gerente da área de prevenção do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, da Secretaria de Estado da Saúde, falou sobre a importância de debater sobre prevenção do HIV durante a mesa de abertura.
“As Paradas LGBT são um espaço importantíssimo para falarmos sobre HIV. Se conseguirmos falar para os nossos jovens de prevenção, isto vai se tornando algo natural na vida deles. Vivemos um momento de muitas políticas públicas importantes. Antes só conseguíamos falar sobre preservativo, mas hoje temos uma mandala que mostra vários métodos, sem hierarquia, em uma possibilidade de implementar a prevenção.”
O assessor da Coordenação de Prevenção do Programa Municipal de DST/AIDS, Marcos Blumenfeld, falou sobre a importância das parcerias com os Programas de AIDS dos municípios, estados e federal. “A população LGBT, por suas perdas de direitos, bullying e todos os preconceitos, tem uma vulnerabilidade maior ao HIV. Espero que todos aproveitem muito este evento para ter ideias e perceber como as parcerias são possívels”, disse Marcos.
Cássio Rodrigo, coordenador de políticas LGBT do estado de SP, destacou a importância das políticas públicas e da representatividade da população LGBT.
“Quando penso em 1997, quando comecei minha militância, nunca imaginei estar aqui como coordenador. Até porque era uma época em que não tínhamos tantos antirretrovirais e víamos nossos amigos falecendo. Nós achávamos que nossa data de validade era menor. Hoje estamos aqui porque fomos lutar por políticas e antirretrovirais. Temos o dever de continuar lutando por espaços dentro do executivo, das estruturas governamentais e também do poder legislativo”, afirmou Cássio.
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Posted: 05 Jun 2018 02:23 PM PDT
Embarcação da organização Sea Watch resgata migrantes e refugiados no Mar Mediterrâneo. Imagem de 2016. Foto: ACNUR//Hereward Holland
Pelo menos 52 pessoas morreram depois que um barco com cerca de 180 refugiados e migrantes afundou na costa da Tunísia no sábado (2). A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) afirmou que está “profundamente entristecida” com o que descreveu como uma “tragédia”. Organismo expressou preocupação com o crescente número de vítimas na rota do Mediterrâneo Central — já são mais de 700 mortos desde o início do ano.
De acordo com oficiais tunisianos, o barco partiu de Melita, nas Ilhas Kerkennah, na noite de sábado, em direção ao litoral da Itália. Duas horas depois, a embarcação superlotada quebrou e começou a afundar. Segundo fontes do governo, o barco estava a quase 30 quilômetros da costa de Sfax, no sul da Tunísia, quando enviou um sinal de socorro. Pescadores locais iniciaram o resgate e alertaram a Marinha e a guarda costeira.
A guarda costeira salvou 68 pessoas e encontrou 52 mortos, mas teve que suspender sua operação de busca e resgate no sábado à tarde devido ao mau tempo. Cerca de 60 pessoas estão desaparecidas no mar e são consideradas mortas. Segundo relatos, dois contrabandistas foram presos por estarem conectados ao transporte precário dos refugiados e migrantes.
O ACNUR está verificando os perfis dos sobreviventes e fornecendo orientações, além de avaliar suas necessidades de proteção internacional. Segundo a agência da ONU, o episódio se insere numa tendência migratória mais ampla — refugiados e migrantes têm se arriscado pelo Mediterrâneo a partir da zona costeira que fica ao redor de Sfax, a 270 quilômetros da capital, Túnis.
Há 851 refugiados e 109 solicitantes de refúgio registrados no ACNUR na Tunísia. O organismo se esforça para encontrar caminhos legais alternativos e soluções duradouras para essa população.
Em 2017, o ACNUR apoiou o repatriamento voluntário de cinco refugiados, o reassentamento de sete famílias, somando 21 pessoas, e a naturalização em sete outros casos. Além disso, cinco indivíduos foram colocados sob um esquema de patrocínio privado, quando iniciativas da sociedade civil mobilizam recursos para acolher e manter refugiados.
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Posted: 05 Jun 2018 01:59 PM PDT
Foto: TV Brasil.
A fabricante de eletrônicos Samsung e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) prorrogaram até 16 de junho o prazo de inscrição para a “Maratona UNICEF Samsung”, uma iniciativa de programação de aplicativos educacionais que possam melhorar a qualidade da educação brasileira e, com isso, reduzir o atraso escolar.
O projeto é desenvolvido em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), por meio do programa Brasil Mais TI.
A maratona busca reunir programadores, designers, desenvolvedores, estudantes do ensino médio e licenciaturas, professores e inventores para que desenvolvam protótipos de aplicativos para as áreas de Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa), Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas (História e Geografia).
A proposta é que os apps sejam úteis nas salas de aula do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e promovam a inovação e a aprendizagem, além de contribuir com a melhoria da qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras e reduzir o número de crianças e adolescentes em atraso escolar, garantindo o direito de aprender.
A Samsung atuará como mentora do projeto, oferecendo apoio e conhecimento para que as ideias selecionadas sejam desenvolvidas. Já o UNICEF e seus parceiros – Ministério da Educação e Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) – ficarão responsáveis pelo apoio pedagógico às equipes.
“A Maratona UNICEF Samsung é uma oportunidade para inspirar a criação de mais projetos inovadores que podem impactar a sociedade. Queremos mostrar que a tecnologia é um pilar importante na transformação social e que, aplicada à educação, pode resultar na melhoria significativa do ambiente escolar”, afirma Isabel Costa, gerente de Cidadania Corporativa da Samsung Brasil.
“Nossa proposta, com a Maratona UNICEF Samsung, é envolver estudantes e professores na busca por soluções para os desafios da educação brasileira. E usar a tecnologia como instrumento de mudança. Ao prorrogar as inscrições para a maratona, estamos dando espaço para que mais gente possa se unir a esse esforço e contar com o apoio do UNICEF e da Samsung para desenvolver projetos que poderão, um dia, se tornar tecnologias sociais utilizadas em escolas públicas de todo o país”, explica Ítalo Dutra, chefe de Educação do UNICEF no Brasil.
Para Ana Beatriz Pires, gestora de projeto da Softex, outro aspecto importante do evento é estimular o interesse dos estudantes pela programação por meio do uso da tecnologia na sala de aula. “Uma das propostas do Brasil Mais TI é despertar a vocação e fomentar a entrada de novos profissionais em um setor em franco processo de crescimento e considerado estratégico para o país”.
Novo calendário
Com a nova data para inscrições, o regulamento foi atualizado e segue disponível no site: maratona.brasilmaisti.com.br. Nesse endereço, os interessados devem inscrever suas equipes de cinco integrantes que, obrigatoriamente, deverão ser compostas por três estudantes de escolas pública, técnica, instituto federal ou universidade pública ou privada; um estudante de ensino médio e um professor, ambos da rede pública de ensino.
Finalizadas as inscrições, o calendário da maratona será dividido em três fases. A primeira, de 18 a 22 de junho, será a avaliação das propostas inscritas pela comissão julgadora. O resultado dessa etapa e das 32 equipes selecionadas será divulgado no dia 25 de junho.
Na segunda fase, de 25 de junho a 10 de agosto, os selecionados começarão a desenvolver os aplicativos propostos. Durante esse período, os participantes terão sessões de mentoria online para esclarecimentos técnicos e pedagógicos. Ainda nessa etapa, entre os dias 13 de agosto e 14 de setembro, as equipes iniciarão os testes dos protótipos desenvolvidos.
Os participantes deverão entregar e apresentar os aplicativos criados na terceira e última etapa da “Maratona UNICEF Samsung”, que ocorrerá na semana de 1º a 5 de outubro. A maratona ainda realizará uma cerimônia de certificação e entrega da bolsa de benefício para cada participante das equipes selecionadas no valor de 1 mil reais, em dia e local a ser definido.
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Posted: 05 Jun 2018 01:58 PM PDT
A Busca Ativa Escolar é uma plataforma gratuita para auxiliar os munícipios no enfrentamento da exclusão escolar. Foto: Agência de Notícias do Acre (CC)
No Brasil, 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015. Para entender os fatores que afastam os jovens da educação, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) desenvolveu a plataforma Busca Ativa Escolar. Neste mês (1º), a iniciativa completa um ano e já conta com 1.143 municípios e quatro estados participantes.
O portal conecta gestores públicos de diferentes áreas (Educação, Saúde, Assistência Social, Planejamento, entre outras) e apoia municípios e estados na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que não frequentam centros de ensino. Em muitos casos, as famílias sequer conseguem procurar um local para matricular as crianças.
O problema da exclusão escolar é mais grave entre crianças de quatro e cinco anos e jovens de 15 a 17 anos, que deveriam estar na pré-escola e no ensino médio, respectivamente. Muitos dos adolescentes na faixa etária crítica sequer concluíram o ensino fundamental quando deixaram a escola.
A Busca Ativa Escolar, lançada em 1º de junho de 2017, comemora seu primeiro ano com a adesão de 1.143 municípios e quatro estados – Bahia, Rio Grande do Norte, Goiás e Amapá. A estratégia também conta com um novo parceiro estratégico, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS). Para formalizar a cooperação, um ato solene será realizado no XXXIV Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Belém (PA), no dia 25 de julho de 2018.
Causas por trás da exclusão
Até o momento, no sistema de dados da Busca Ativa Escolar, as principais causas apontadas para que crianças e adolescentes estejam fora da escola são a “evasão porque sente a escola desinteressante” — 55% dos casos — e a “falta de documentação da criança ou do adolescente” — 12%. Com a adesão de novos agentes à estratégia, os governos poderão se aproximar cada vez mais de diagnósticos reais do problema.
De acordo com o UNICEF, a exclusão escolar afeta principalmente meninos e meninas das camadas mais vulneráveis da população, já privados de outros direitos constitucionais.
“A Busca Ativa Escolar quer atentar-se para as crianças e os adolescentes menos beneficiados pelas políticas públicas locais. Existem ainda aqueles que estão em situação de vulnerabilidade e que podem deixar de frequentar a escola pela falta de transporte escolar, gravidez na adolescência, trabalho infantil e outros. A ideia é mapear problemas estruturais e conjunturais que impedem o acesso de meninos e meninas a um direito fundamental, a educação, e também tomar ações concretas, de forma intersetorial, para resolver esses problemas”, observa Ítalo Dutra, chefe de Educação do UNICEF no Brasil.
A estratégia também permite que agentes comunitários, escolhidos pelos municípios tanto entre servidores públicos como na sociedade civil, enviem informações pela internet sobre crianças e adolescentes fora da escola, utilizando um aplicativo ou SMS, de forma gratuita. É nesse momento em que as equipes locais entram em ação para, além de identificar o jovem, tomar as providências necessárias para sua matrícula e permanência nas instituições.
A plataforma do UNICEF foi implementada pela agência da ONU em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS) e o Instituto TIM.
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Posted: 05 Jun 2018 01:46 PM PDT
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Posted: 05 Jun 2018 01:31 PM PDT
Empreendimento do “Minha Casa, Minha Vida”, no bairro de Pau da Lima, Salvador. Foto: SECOM Governo do Estado da Bahia/Elói Corrêa
Projeto que visa elevar os padrões de sustentabilidade de empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida foi premiado pelo British Expertise International Awards, em Londres. A iniciativa, uma parceria de Caixa Econômica Federal, Ministério das Cidades, Building Research Establishment (BRE) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foi reconhecido como Melhor Projeto Colaborativo Internacional.
“Com quase 4 milhões de habitações construídas no Brasil nos últimos anos, tem havido uma grande preocupação com a qualidade, sustentabilidade e coesão social”, disse a diretora do grupo BRE Gilli Hobbs, líder da iniciativa.
“Embora recentemente se verifiquem melhorias na regulamentação do setor da construção, a infraestrutura para aplicar os requisitos mínimos ainda é insuficiente. Trabalhando com os nossos parceiros brasileiros, buscamos uma solução que atenda a todas essas preocupações, tendo em consideração a adaptação às mudanças climáticas”, salientou.
Vice-presidente interino de Habitação da Caixa, Paulo Antunes, disse que “o programa Minha Casa Minha Vida fez o Brasil avançar em termos de política habitacional, produzindo uma relevante quantidade de moradias e possibilitando o acesso para as famílias de baixa renda”.
“A partir da implementação do ‘Avançando a Sustentabilidade dos Projetos de Habitação Social no Brasil’, a Caixa poderá avançar ainda mais no fomento à produção de comunidades mais humanas e sustentáveis.”
Gerente nacional de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental da Caixa, Rauelison Muniz, reforçou que “as ferramentas desenvolvidas pela Caixa com a consultoria do BRE vão auxiliar no planejamento e construção de empreendimentos habitacionais mais integrados à dinâmica das cidades, com espaços urbanos humanos e de qualidade”.
“Busca-se, com isso, alinhar a atuação da Caixa às diretrizes da Agenda 2030, em especial, ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 – Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.”
Representante-residente assistente no PNUD, Maristela Baioni, declarou que a agência da ONU apoia as iniciativas da Caixa relacionadas a cidades sustentáveis, inclusivas e resilientes, em resposta à rápida urbanização e suas consequências para o desenvolvimento sustentável.
A próxima etapa do processo será a realização de projetos-piloto conduzidos por um grupo de promotores interessados em testar essas novas metodologias e melhorar seu conhecimento em questões como eficiência energética, estresse hídrico, gestão de resíduos, adaptação à mudança global do clima, compras responsáveis, sistemas integrados de transporte e melhorias em segurança e proteção.
O prêmio foi entregue em um jantar de comemoração em 12 de abril, depois da avaliação de um painel independente de jurados. A iniciativa reconhece e celebra as concretizações internacionais de empresas do setor de serviços do Reino Unido.
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Posted: 05 Jun 2018 01:17 PM PDT
Aula de capoeira. Foto: Flickr/ Amanda Oliveira/GOVBA (CC)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta semana (4) um novo plano para aumentar a prática de atividades físicas até 2030. Em todo o mundo, 20% dos adultos e 80% dos adolescentes não praticam exercícios com frequência e intensidade adequadas para sua faixa etária. Sedentarismo pode agravar riscos de doenças crônicas não transmissíveis.
Atualmente, a agência da ONU recomenda que crianças e adolescentes de cinco a 17 anos pratiquem pelo menos 60 minutos diários de atividade física — moderada a intensa. Pelo menos três vezes na semana, os exercícios devem incluir atividades que fortaleçam os músculos e os ossos. Quatro em cada cinco jovens de 11 a 17 anos são considerados insuficientemente ativos pela OMS.
Entre os adultos, a prática de atividade física moderada deve chegar a pelo menos 150 minutos ao longo da semana. Caso a pessoa prefira atividades intensas, a duração cai para pelo menos 75 minutos semanais. Também é possível combinar exercícios que exigem mais ou menos do corpo. Atividades para o fortalecimento da musculatura devem ser feitas em dois ou mais dias da semana e contemplar os grandes grupos musculares.
“Ser ativo é fundamental para a saúde. Mas no mundo moderno, isso está se tornando cada vez mais um desafio, em grande parte porque nossas cidades e comunidades não são projetadas da maneira correta”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. “Precisamos de líderes em todos os níveis para ajudar as pessoas a terem uma vida mais saudável. Isso funciona melhor em nível de cidade, onde a maior responsabilidade é criar espaços mais saudáveis.”
O organismo internacional alertou que alguns grupos populacionais têm menos oportunidades de terem uma vida mais ativa — meninas, mulheres, pessoas idosas, com menos recursos financeiros, com deficiências e doenças crônicas, populações marginalizadas e povos indígenas.
O sedentarismo é mais do que um desafio para a saúde: seus custos financeiros também são enormes. Globalmente, a inatividade física custa 54 bilhões de dólares em assistência médica direta. Do montante, 57% ficam a cargo do setor público. Outros 14 bilhões de dólares em perdas econômicas são atribuídos a quedas de produtividade.
A atividade física regular é fundamental para prevenir e tratar doenças crônicas não transmissíveis, como as cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e câncer de mama e de colo do útero. Essas enfermidades são responsáveis por 71% de todas as mortes no mundo, incluindo as mortes de 15 milhões de pessoas por ano com idade entre 30 e 70 anos.
“Você não precisa ser um atleta profissional para ser ativo. Usar as escadas em vez do elevador faz a diferença. Ou andar e usar a bicicleta em vez de dirigir até a padaria do bairro. São as escolhas que fazemos todos os dias que podem nos manter saudáveis. Os líderes devem ajudar a tornar essas escolhas mais fáceis”, acrescentou Tedros.
Plano global
O plano da OMS visa aumentar a prática das atividades físicas em 15% no período 2018-2030. A estratégia aborda 20 áreas políticas para tornar espaços públicos mais propícios à prática de exercícios para pessoas de todas as idades e habilidades. Objetivo é incentivar mais caminhadas, ciclismo, esportes, recreação ativa, dança e jogos.
A OMS também está lançando uma campanha de conscientização: Sejamos ativos: todos, em todos os lugares, todos os dias (tradução livre para o português de Let’s Be Active: Everyone, Everywhere, Everyday). Iniciativa encoraja os governos e as autoridades municipais a estimular a prática de atividades físicas entre a população. O projeto realizou a primeira caminhada da OMS em 20 de maio, em Genebra, às vésperas da Assembleia Mundial da Saúde. Corrida atraiu mais de 4 mil pessoas.
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Posted: 05 Jun 2018 01:15 PM PDT
María Fernanda Espinosa Garcés, do Equador, é a nova presidenta da Assembleia Geral das Nações Unidas. Foto: ONU/Loey Felipe
A Assembleia Geral da ONU elegeu, nesta terça-feira (5), a quarta mulher a presidir o órgão desde a criação da organização.
A vencedora é a ministra das Relações Exteriores do Equador, María Fernanda Espinosa Garcés.
Ela recebeu 128 dos 190 votos válidos da casa; a outra candidata, a embaixadora de Honduras, ficou em segundo lugar. Mary Elizabeth Flores Flake obteve 62 votos. Dois países se abstiveram da votação.
O anúncio foi feito pelo presidente atual da Assembleia Geral, Miroslav Lajcak.
Em seu discurso, ele ressaltou que a ministra era a quarta mulher a assumir o posto desde a criação da ONU. A última presidenta da Assembleia serviu em 2006. Para Lajcak, a vitória de uma mulher, depois de tantos anos, não era motivo de orgulho, embora fosse um sinal de que a ONU estava no caminho certo com relação à promoção da paridade de gênero.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também parabenizou a presidenta eleita e elogiou a campanha da embaixadora de Honduras, que ficou em segundo lugar.
Ao assumir a palavra, María Fernanda Espinosa Garcés dedicou sua vitória a todas as mulheres e disse que irá trabalhar com afinco. Ela se descreveu como política e como poeta e disse que está pronta para tratar dos temas relevantes para as Nações Unidas. A próxima presidenta da Assembleia Geral assumirá o posto em setembro.
María Fernanda Espinosa Garcés tem mais de 20 anos de experiência no cenário internacional. Segundo o perfil dela no site do governo equatoriano, esta já é a segunda vez que ela assume a chefia da diplomacia do país.
Operações de paz
María Fernanda foi também a primeira mulher a comandar a Missão do Equador junto à ONU, o que aconteceu em 2008 quando participou ativamente da Agenda de Desenvolvimento.
Antes de ocupar a pasta das Relações Exteriores, ela foi ministra da Defesa do Equador e promoveu o apoio do Equador às operações de paz da ONU.
Durante sua carreira, a presidenta eleita da Assembleia Geral participou em vários temas de direitos humanos, sobre igualdade de gênero, meio ambiente, comércio e outros assuntos.
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Posted: 05 Jun 2018 12:49 PM PDT
Produtores rurais, aterros sanitários e indústrias relacionadas à agropecuária podem produzir biogás. Foto: CIBiogás
A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e parceiros apresentam na quarta-feira (6) durante o Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, que ocorre em Foz do Iguaçu (PR), projeto que incentiva e fortalece o uso de biogás no Brasil, com foco na região Sul do país.
A iniciativa “Aplicações de biogás na agroindústria brasileira” conta com recursos do Fundo Global do Meio Ambiente (GEF, sigla original em inglês).
O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis por meio da promoção da energia de biogás e de soluções de mobilidade baseadas em tecnologias de biogás e biometano.
Entre as metas do projeto, estão uma redução de 535 mil toneladas equivalentes de CO2; mobilizar investimentos no setor de biogás na ordem de 32,2 milhões de dólares; gerar em média 110 mil MWh ao longo de dez anos nas usinas-piloto de biogás; e ampliar os incentivos à baixa emissão de gases de efeito estufa, por meio da regulamentação e planejamento.
Os principais beneficiários são produtores de matéria-prima da agroindústria, fornecedores de equipamentos e serviços, associações de produtores rurais e agroindustriais, empresas agroindústrias, governo federais e estadual, consumidores dos arranjos tecnológicos e projetos demonstrativos.
Participam da apresentação do projeto durante o fórum Alessandro Amadio, representante da UNIDO no Brasil e na Venezuela; Eduardo Azevedo Rodrigues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME); Eduardo Soriano Lousada, coordenador Geral de Tecnologias Setoriais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC).
Também participam da apresentação José Mauro Ferreira Coelho, diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Newton Kaminski, diretor de Coordenação da Itaipu Binacional; Paulo Schmidt, superintende de Energias Renováveis da Itaipu Binacional; Rodrigo Regis de Almeida Galvão, diretor-presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis Biogás (CIBiogás).
O projeto foi dividido em quatro grandes componentes, que terão 15 produtos a serem entregues nos 60 meses de duração da iniciativa.
O responsável pela gestão será a UNIDO, em parceria com Ministério de Ciência e Tecnologia, Itaipu Binacional/CI Biogás, e outras entidades.
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Posted: 05 Jun 2018 12:25 PM PDT
Reserva de vida silvestre no condado de Kent, em Maryland, nos Estados Unidos. Na imagem, vê-se o rio Chester, um dos cursos d’água que desemboca na Baía de Chesapeake. Foto: Programa da Baía de Chesapeake/Will Parson
Em pronunciamento para o Dia Mundial do Meio Ambiente, observado hoje (5), o relator das Nações Unidas, John Knox, e o chefe ambiental da ONU, Erik Solheim, cobraram que o organismo internacional reconheça o direito humano a um meio ambiente saudável e sustentável. Formalização do direito em nível global poderia vir por meio de resolução da Assembleia Geral.
“Infelizmente, os vínculos entre direitos humanos e o meio ambiente são frequentemente mais evidentes quando a degradação ambiental causa doenças, destruição e morte. Mais de 1 milhão de crianças morrem a cada ano como resultado, apenas, da poluição do ar e da água, e as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade global ameaçam tanto as gerações presentes, como as futuras”, afirmou o comunicado.
Knox e Solheim ressaltaram que um meio ambiente saudável é necessário para a realização plena dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, água e desenvolvimento.
“Ao mesmo tempo, o exercício dos direitos humanos como (o direito à) informação, participação, reparação e liberdade de expressão e associação é crítico para a proteção de um meio ambiente saudável”, enfatizaram os especialistas.
Por semana, em alguma parte do mundo, em média quatro ativistas morrem por defender o planeta.
Reconhecimento global
Os autores do posicionamento explicaram que mais de cem países já incluíram em suas constituições nacionais o direito a um meio ambiente saudável e sustentável. Outros adotaram o direito em legislações ou acordos regionais.
Uma medida para validar o direito em nível global “não solucionaria todos os problemas ambientais”, disseram Knox e Solheim, mas “deixaria claro que um meio ambiente saudável ocupa o mesmo nível de importância que outros direitos humanos e que, como outros direitos, tem de ser cumprido para que todas as pessoas tenham vidas de dignidade, igualdade e liberdade”.
“O reconhecimento do direito poderia assumir várias formas, incluindo a adoção de uma resolução pela Assembleia Geral”, acrescentou o comunicado. De acordo com os especialistas, a aprovação eventual de tal medida pelo organismo decisório da ONU seguiria padrão semelhante ao que ocorreu com os direitos à água e ao saneamento, reconhecidos pela Assembleia Geral em 2010.
“Nosso conhecimento de novas ameaças está crescendo — por exemplo, a maré crescente de poluição plástica exige mais atenção e uma resposta efetiva”, enfatizaram os especialistas. “Chegou a hora de as Nações Unidas darem um passo adiante, que tantos de seus membros já deram individualmente.”
Erik Solheim lidera o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ocupando o cargo de diretor-executivo da agência.
John Knox é relator especial sobre as obrigações de direitos humanos relacionadas ao usufruto de um meio ambiente seguro, limpo, saudável e sustentável.
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Posted: 05 Jun 2018 11:56 AM PDT
Guillermo Fernández Maldonado, em evento na Colômbia quando ainda atuava como representante adjunto do ACNUDH no país. Foto: Governo da Colômbia
Em entrevista ao programa “Caminhos da Reportagem”, que foi ao ar na TV Brasil na semana passada (31), o então representante do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) para a América do Sul, Guillermo Fernández Maldonado, disse que o trabalho dos defensores de direitos humanos é essencial para garantir a eliminação de todas as violações a esses direitos globalmente.
“Para as Nações Unidas, é absolutamente fundamental o trabalho dos defensores e defensoras dos direitos humanos. São os indivíduos, os grupos e as instituições que contribuem para a eliminação definitiva de todas as violações de direitos humanos e liberdades fundamentais dos povos e dos indivíduos”, declarou.
“A vigência dos direitos humanos como direitos não depende de vontade, de que alguém esteja sensibilizado, é o que manda lei, é o que manda a constituição. E, curiosamente, quem exige o cumprimento da lei e quem pede a sanção, a investigação de quem a infringe, é criminalizado”, disse.
A reportagem especial da TV Brasil alertou sobre os assassinatos de defensores de direitos humanos no Brasil, entre eles, o da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março, que causou comoção nacional e internacional.
No ano passado, 67 defensores dos direitos humanos foram assassinados no Brasil, de acordo com a organização internacional Front Line Defenders. O número coloca o país no segundo lugar entre os mais mortais para defensores dos direitos humanos, atrás apenas da Colômbia (com 92 mortes em 2017).
Tal violência atinge principalmente quem luta por preservação ambiental, demarcação de terras indígenas e regularização fundiária, seja no campo ou na cidade, de acordo com a reportagem.
“O Brasil não se apresenta como um país seguro para a defesa dos direitos humanos”, disse à TV Brasil Maria Laura Canineu, diretora do Escritório Brasil da Human Rights Watch.
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Posted: 05 Jun 2018 09:19 AM PDT
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Posted: 05 Jun 2018 09:05 AM PDT
Seleção do Senegal venceu etapa Porto Alegre da Copa dos Refugiados. Foto: ACNUR/Miguel Pachioni
A seleção do Senegal foi a grande campeã da etapa Porto Alegre da Copa dos Refugiados, torneio realizado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e instituições parceiras. Representantes do país africano derrotaram o Líbano na final, em partida disputada no último domingo (3), no estádio Beira-Rio. Jogo acirrado terminou sem gols e foi decidido nos pênaltis. Senegal sagrou-se campeão ao acertar três cobranças contra uma da equipe libanesa.
Com a participação de mais de cem refugiados e migrantes, a competição na capital do Rio Grande do Sul reuniu oito seleções, representando Angola, Colômbia, Guiné Bissau, Haiti, Líbano, Peru, Senegal e Venezuela. As quartas de finais aconteceram no sábado, no estádio Passo D’Areia, do Esporte Clube São José. No dia seguinte, as semifinais e o jogo de encerramento ocuparam os gramados do Beira-Rio.
Para assistir aos jogos nas duas arenas do futebol gaúcho, foi cobrado um ingresso único no valor de dez reais, que será destinado ao projeto Tunipiquês – ação social que vai promover cursos gratuitos de português e cultura brasileira, visando facilitar a inserção dos refugiados na sociedade e no mercado de trabalho.
A Copa dos Refugiados também realizou uma atividade de empregabilidade, com o cadastramento dos currículos dos refugiados, que serão encaminhados para empresas da indústria, comércio e serviços do Rio Grande do Sul.
Também será produzido um álbum de figurinhas do campeonato, com fotos e minicurrículos dos jogadores. O regulamento da competição e o sistema de sorteio da tabela de jogos foram elaborados com apoio da Federação Gaúcha de Futebol, que cedeu a arbitragem para os jogos.
Confira os resultados de todas as partidas em Porto Alegre:
02/06 – Estádio do Passo D’Areia
Quartas de final
Senegal 2 x 0 Colômbia
Peru 2 x 0 Haiti
Angola 4 x 1 Venezuela
Líbano 1 x 1 Guiné Bissau – nos pênaltis, 5×4 para o Líbano.
03/06 – Estádio Beira-Rio
Semifinais
Senegal 1 x 0 Angola
Peru 0 x 5 Líbano
Final
Senegal 0 x 0 Líbano – nos pênaltis, 3 x 1 para o Senegal
Campeonato nacional
A etapa Porto Alegre faz parte de um torneio nacional: a Copa do Brasil dos Refugiados. Os jogos do último final de semana marcaram a segunda edição do torneio na capital gaúcha. Em julho, acontece a quinta ediç
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