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Boletim diário da ONU Brasil: “Vídeo mostra como infecção por HIV acontece por via sexual” e 10 outros.
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sex, 1 de jun 18:29 (Há 13 dias)
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Posted: 01 Jun 2018 12:48 PM PDT
Uma equipe de pesquisadores franceses conseguiu filmar o momento em que uma célula saudável foi infectada pelo HIV. Foto: Reprodução
Uma equipe de pesquisadores franceses conseguiu filmar o momento exato em que uma célula saudável é infectada pelo HIV. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) conversou com Morgane Bomsel, diretora da equipe de pesquisa do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), sobre o trabalho.
UNAIDS: O que te motivou a filmar a transmissão do HIV?
Morgane Bomsel: A transmissão do HIV não tem sido muito estudada e nós não tínhamos uma ideia precisa da sequência exata de eventos que levam à infecção dos fluidos genitais durante a relação sexual. Também não sabíamos como as células imunológicas eram infectadas e quais eram as consequências. A grande maioria das novas infecções por HIV acontece por meio das mucosas genital e retal; no entanto, a camada externa desses tecidos, o epitélio, varia e afeta a forma como o HIV entra no corpo.
UNAIDS: Quais foram os desafios?
MB: Os desafios envolveram a construção de um modelo experimental que imitasse a mucosa genital infectada por fluidos genitais e que fosse adequado para imagens ao vivo. Reconstruímos a mucosa da uretra humana masculina in vitro com base em células humanas, cuja superfície foi projetada para ser vermelha, e um glóbulo branco infectado (um linfócito T, principal elemento infeccioso em fluidos sexuais), que foi projetado para ser verde fluorescente e que, por sua vez, produziria partículas infecciosas de HIV também verdes fluorescentes.
Tivemos que tornar o sistema fluorescente para poder visualizá-lo e rastrear a entrada do HIV na mucosa por meio de uma varredura fluorescente ao vivo. Finalmente, tivemos que criar um sistema para permitir que a lente do microscópio visualizasse o contato entre as células. Tudo isso, evidentemente, foi feito em um ambiente extremamente seguro, e todos nós estávamos usando dois pares de luvas e chapéu, jaleco, óculos e máscara.
UNAIDS: Quando você soube que havia feito uma grande descoberta?
MB: Nosso momento de “eureka” foi quando capturamos em filme o derramamento de uma série de vírus, como uma arma lançando balas. Isso dura por algumas horas e, então, como se a célula infectada tivesse perdido o interesse, ela se solta e segue em frente.
UNAIDS: Por favor, explique-nos o que acontece no vídeo
MB: As células infectadas pelo HIV são marcadas em verde e produzem vírus fluorescentes que aparecem como pontos verdes.
O que vemos é a célula infectada pelo HIV aderindo-se à camada externa (epitélio) de células saudáveis reconstruídas de um revestimento mucoso do trato genital.
Em seguida, vemos os glóbulos brancos do sistema imunológico (macrófagos), que normalmente absorvem substâncias estranhas, detritos ou células cancerígenas, absorvendo as partículas vermelhas que se movem levemente ao lado do núcleo dos macrófagos azuis.
A célula infectada pelo HIV se aproxima da superfície da mucosa e se posiciona ali suavemente. Induzida por contato, a célula infectada recruta os vírus pré-formados em direção ao contato celular (as manchas intensas verdes e amarelas) e então passa a cuspi-los como vírus infecciosos completos, que aparecem como pontos verdes.
Esses vírus verdes penetram a camada externa do tecido por um processo chamado transcitose — um tipo de transporte transcelular. Os vírus entram na célula e saem, ainda infecciosos, no outro lado da barreira epitelial. Como resultado, o HIV penetra nos tipos de glóbulos brancos que são responsáveis por detectar, absorver e destruir substâncias estranhas, e os infecta. Uma vez dentro do núcleo, o vírus se insere no material genético (DNA) e as células do sangue que protegem o corpo começam a produzir vírus.
Curiosamente, o vídeo mostrou que a produção de vírus não dura muito tempo. Após três semanas, os glóbulos brancos infectados se tornam latentes e um reservatório de glóbulos brancos é formado.
UNAIDS: O que torna o HIV particularmente difícil de curar?
MB: As tentativas de curar o HIV têm sido muito difíceis devido aos glóbulos brancos infectados que permanecem latentes. O sistema imunológico tem dificuldade em encontrar e matar essas células — e os cientistas tem dificuldade em estudá-las. Os medicamentos antirretrovirais evitam que o vírus se espalhe por todo o corpo e que o sistema imunológico atinja células que estão transcrevendo ativamente DNA viral. Mas, por conta do reservatório, essas células se tornam um problema caso o paciente pare o tratamento antirretroviral. As células podem despertar lentamente, permitindo que o vírus se replique livremente.
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Posted: 01 Jun 2018 12:34 PM PDT
Joanna Ibrahim, idealizadora da start-up Bab Sharki e do projeto Open Taste, servindo os clientes do restaurante compartilhado. Foto: ACNUR/Dalia McGill
Forçada a fugir da violência que tomou conta da Síria, Joanna Ibrahim chegou no Brasil em 2015. “Quando a guerra começou a aumentar, não existia mais segurança. Passei por algumas situações muito perigosas”, conta. “Lá, não tem como viver, nem esperança tem.”
Joanna escolheu vir para o Brasil por considerá-lo um país receptivo. Ela pensava em ter um futuro aqui. E teve.
Com um pai cabeleireiro, um irmão chefe de cozinha e um tio gerente de restaurante, o empreendedorismo não era algo novo para Joanna. Quando chegou a São Paulo, após viver em outras cidades brasileiras, ela decidiu criar o seu próprio negócio, a start-up Bab Sharki – uma referência em árabe ao Portão do Sol, um dos setes portões da cidade antiga de Damasco, na Síria.
Bab Sharki tornou-se uma plataforma de negócios compartilhados com outras pessoas refugiadas vivendo na capital paulista. A iniciativa busca viabilizar a venda de produtos e serviços, além de dar visibilidade para seus empreendimentos.
“Entendo que os refugiados têm talento e muita experiência boa. Mas nem sempre conseguem fazer tudo sozinhos”, explica Joanna. “A gente tem que dar o braço de um lado para eles darem o braço do outro.”
A mais nova iniciativa da Bab Sharki é o projeto Open Taste. Toda semana, um refugiado é convidado para preparar e vender comidas típicas de seu país em um restaurante no bairro de Pinheiros. Por meio da gastronomia, os estrangeiros podem divulgar seus empreendimentos, comercializar seus produtos e compartilhar sua cultura.
Paulistas provam prato típico da República Democrática do Congo. Foto: ACNUR/Dalia McGill
“O cliente quer saber de onde veio a comida, de onde veio a pessoa e qual é a história dela. Queremos ajudar a contar essa história”, diz Joanna. A empreendedora ajuda os outros refugiados servindo os clientes do restaurante. Ela também já preparou comida síria uma vez e compartilhou as iguarias com o público brasileiro.
Financiada por uma aceleradora de start-ups de impacto social, a Bab Sharki aluga o espaço do restaurante toda semana e ajuda os empreendedores refugiados com os custos das refeições.
Evodie, refugiada da República Democrática do Congo, é uma das empreendedoras participantes do Open Taste. “O projeto é muito bom porque está ajudando refugiados e migrantes a abrir seus próprios negócios. As pessoas podem conhecer nossa comida, e muitas pessoas estão gostando.”
Morando no Brasil há dois anos, Evodie conta que cozinhava quando vivia em seu país de origem. “Minha mãe me ensinou a cozinhar, e eu cozinhava para minha família toda. Mas se você cozinha mal, todo mundo fala mal de você”, ela conta, brincando.
Evodie, empreendedora congolesa, e Geraldo, parceiro do projeto Open Taste, na cozinha. Foto: ACNUR/Dalia McGill
A refugiada nunca pensou que ganharia seu sustento cozinhando, mas a curiosidade das pessoas está transformando essa possibilidade em um projeto real.
“Uma coisa que eu gosto muito aqui no Brasil, em São Paulo, onde moro, é que as pessoas gostam de descobrir a cultura dos outros. É por isso que o negócio da comida está dando certo, porque as pessoas gostam de comer comida de diversas culturas.”
Recém-iniciado, o Open Taste já tem vários fãs entre os paulistanos. Para Dayara, uma cliente habitual do restaurante, a iniciativa é “sensacional”, “porque dá a oportunidade de conhecer pratos tradicionais de diversos países num lugar só”.
Joanna está muito contente de saber que o projeto tem o apoio do público. “As pessoas estão amando o conceito, estão amando ajudar a gente, tem muita gente chegando e perguntando como podem ajudar mais.”
De acordo com Joanna, as iniciativas da Bab Sharki beneficiaram 105 pessoas em 2018, contando os refugiados e seus familiares.
“Todo mundo quer ter um futuro bom, quer sonhar e estruturar sua vida de uma forma digna, viável e boa”, diz a fundadora da start-up.
“Quando pessoas estão trabalhando, eles estão pagando impostos, eles estão gerando recursos. E quando compram material, estão comprando de quem? Do brasileiro. Então eles estão gerando uma economia, eles estão desenvolvendo a economia do Brasil mesmo, não só a deles”, conclui a refugiada.
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Posted: 01 Jun 2018 11:50 AM PDT
Refugiados rohingya encontram abrigo e segurança em Bangladesh. Foto: ACNUR/Roger Arnold
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o governo de Mianmar assinarão na próxima semana um acordo que permitirá a repatriação voluntária e segura de cidadãos da etnia rohingya. Documento também autoriza os organismos a visitar o estado de Rakhine, incluindo locais de origem dos refugiados e áreas de potencial retorno onde a entrada de profissionais internacionais não havia sido liberada desde agosto de 2017.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o ACNUR informa que as circunstâncias em Mianmar ainda não são propícias à volta dos rohingyas que fugiram da onda de violência étnica no país asiático. Contudo, o termo de cooperação será “o primeiro passo” para apoiar os esforços do governo de Mianmar em mudar essa situação.
O memorando ainda não tem uma data confirmada para sua assinatura, embora a formalização já esteja marcada para a semana que vem.
O acesso ao território de Rakhine permitirá à agência da ONU avaliar as condições das comunidades. O ACNUR realizará atividades de proteção na região, fornecendo informações aos refugiados sobre seus locais de origem e ajudando-os a tomar decisões sobre o regresso com segurança e dignidade.
O acordo também possibilitará que o PNUD e o ACNUR fortaleçam as capacidades das autoridades locais para realizar os processos de repatriação voluntária.
A parceria entre os organismos das Nações Unidas e o governo de Mianmar vão ao encontro das recomendações da Comissão Consultiva do Estado de Rakhine. A entidade prescreve o estabelecimento de um caminho claro e voluntário para a cidadania, bem como a garantia da liberdade de circulação para todas as pessoas na região, independentemente de religião, etnia ou status de cidadania.
Outra orientação é de que os programas de desenvolvimento de meios de subsistência devem beneficiar todos os grupos em Rakhine.
O acordo do PNUD e do ACNUR faz parte de uma estratégia abrangente das agências para auxiliar o Estado de Mianmar na transição rumo a um futuro pacífico, justo e próspero para todas as pessoas.
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Posted: 01 Jun 2018 11:49 AM PDT
Museu Afro Brasil, em São Paulo. Foto: Agência Brasil
A Rede Brasil do Pacto Global foi uma das realizadoras do seminário “Abolição 130 anos depois: A Lei e o exercício da lei” que ocorreu no início de maio (10) no Museu Afro Brasil, em São Paulo.
Às vésperas dos 130 anos da lei que aboliu a escravidão no Brasil, o Museu Afro Brasil, o Memorial da Resistência do Estado de São Paulo e a Assessoria Especial para Assuntos Internacionais (AEAI) do Governo do Estado de São Paulo promoveram um bate-papo com estudantes da rede pública e demais inscritos sobre negritude, políticas afirmativas, racismo e violência contra a população negra.
O evento fez parte da agenda “O Mundo que Queremos”, em comemoração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Cento e trinta anos após a Lei Áurea, uma série de desafios ainda estão postos diante da cultura segregacionista no Brasil, último país a abolir a escravidão no mundo, lembrou a Rede Brasil do Pacto Global.
Apesar de o país ter uma das maiores populações negras fora do continente africano, estudos apontam que os negros recebem 28% abaixo da média salarial praticada no país, enquanto o nível de sua qualidade de vida está uma década atrasada em relação ao dos brancos. Os dados são de estudos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Menos de 5% dos executivos são afrodescendentes e, destes, apenas 0,4% são mulheres, segundo dados do Instituto Ethos. Negras e negros afirmam que a discriminação é intensa no mercado de trabalho, ferindo o princípio 6 do Pacto Global da ONU.
Para falar sobre o tema, foram convidados Lívia San’Ana Vaz, promotora do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) desde 2004, o músico Rincon Sapiência, principal nome do rap brasileiro da atualidade, e Ana Claudia Pereira, oficial de projeto em gênero, raça e etnia do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA).
Logo após o seminário, o Museu Afro Brasil realizou a pré-estreia da exposição “Isso é coisa de Preto”, com curadoria de Emanoel Araújo, diretor do museu.
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Posted: 01 Jun 2018 10:58 AM PDT
Imagem: MinC
O Ministério da Cultura (MinC) e o Instituto Itaú Cultural promovem na próxima semana, em São Paulo, o seminário Proteção e circulação de bens culturais: combate ao tráfico ilícito. Evento nos dias 4 e 5 de junho reunirá especialistas e representantes de órgãos federais do Brasil, Chile e Peru. Iniciativa conta com a cooperação da UNESCO.
O tráfico ilícito de bens culturais é um problema global, que atravessa fronteiras e ameaça a memória e a cultura da humanidade. Ao serem roubados e comercializados ilegalmente, obras de arte, artigos religiosos, artefatos arqueológicos, acervos bibliográficos e documentos históricos, entre outros objetos, podem também ser usados em outros crimes, como lavagem de dinheiro e até mesmo financiamento do terrorismo.
Para o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o Brasil precisa avançar na definição de uma política de proteção dos bens culturais e isso passa pela união de esforços entre os agentes públicos e a iniciativa privada.
“O seminário será a oportunidade para avançarmos no desenho de uma estratégia conjunta, aproveitando para conhecer experiências internacionais bem-sucedidas”, disse o chefe da pasta.
Representantes do mercado das artes e especialistas da UNESCO também participarão dos dois dias de debates na capital paulista. Encontro terá a presença ainda de profissionais da Polícia Federal, da Receita Federal, do Ministério Público, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), da Agência Nacional de Mineração e do Instituto Itaú Cultural, além de integrantes de órgãos vinculados ao MinC, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e a Biblioteca Nacional.
“O seminário permitirá que governo e sociedade conheçam e se apropriem das melhores práticas existentes no Brasil e no exterior e avancem na constituição de um marco legal mais sólido e de metodologias mais eficazes para a boa circulação de bens culturais no país”, afirmou o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron.
Segundo os organizadores, os diálogos vão embasar os processos de elaboração de uma política nacional de combate ao tráfico de bens culturais. Atualmente, o MinC mantém um acordo de cooperação com a UNESCO para desenvolver um estudo especializado sobre o tema, também destinado a orientar a formulação de novas estratégias.
“Qualquer estratégia precisa envolver três grupos de atores institucionais: a Receita Federal e as receitas estaduais, isto é, quem faz controle aduaneiro e fiscaliza o fluxo de coisas e pessoas; as polícias; e os órgãos que têm como trabalho cuidar do patrimônio e da memória, como IPHAN, IBRAM, Biblioteca Nacional e Arquivo Nacional, incluindo a Agência Nacional de Mineração, que é responsável por fósseis. Tudo depende da sinergia entre esses três grandes grupos”, avalia Fábio Rolim, coordenador-geral de Autorização e Fiscalização do IPHAN.
Desde 1973, o Brasil é parte do primeiro instrumento internacional para o combate ao tráfico ilícito de bens culturais: a Convenção Relativa às Medidas a Serem Adotadas para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e Transferência de Propriedades Ilícitas dos Bens Culturais, de 1970, da UNESCO.
O documento foi incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro por meio do decreto 72.312, de 31 de maio de 1973. Em 1999, o Brasil internalizou no ordenamento jurídico nacional a Convenção de 1995 do Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado (UNIDROIT) sobre Bens Culturais Furtados ou Ilicitamente Exportados, complementando o regime legal da Convenção de 1970 da UNESCO.
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Posted: 01 Jun 2018 10:37 AM PDT
Exposição sobre o Mais Médicos na Faculdade de Ciências da Saúde da UnB. Foto: Unb
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou na quinta-feira (31) um panorama sobre o Programa Mais Médicos, durante o 13º Congresso Internacional da Rede Unida, em Manaus (AM).
O organismo internacional tem acordos com os governos do Brasil e de Cuba para o Mais Médicos, articulando essa cooperação internacional entre os dois países – o que permite a mobilização de médicos cubanos para atuar no setor de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro.
Segundo Gabriel Vivas, coordenador do Mais Médicos na OPAS, a operacionalização do trabalho é um grande desafio.
“Desde 2013, 20 mil médicos passaram pelo programa, emitimos 40 mil passagens, viabilizamos 250 voos charter, capacitamos 25 mil médicos, analisamos 20 mil documentos, organizamos 40 mil movimentações de médicos e fizemos 300 reuniões técnicas para ajustes e melhorias”, enumerou.
O coordenador também apresentou uma série de publicações sobre o programa. Uma delas destaca o panorama da publicação científica a respeito da iniciativa.
Outra publicação analisa a implementação do Mais Médicos no contexto do sistema de saúde brasileiro, a partir de seis estudos de caso, destacando as especificidades que caracterizam a experiência brasileira no cenário internacional.
Uma terceira publicação avaliou a qualidade dos serviços de Atenção Primária à Saúde no país e em que medida o programa contribui para isso. A última abordou a Cooperação Sul-Sul entre Brasil e Cuba, com triangulação da OPAS, na área de saúde, produção e transferência de conhecimentos e práticas inovadoras.
Além disso, há vários estudos em andamento sobre a colaboração do Mais Médicos para a saúde mental, saúde indígena, a troca de conhecimentos entre países, o empoderamento feminino, entre outros temas.
Sobre o programa
O Mais Médicos foi criado em 2013 pelo governo federal brasileiro, tendo como um dos objetivos suprir a carência desses profissionais nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) coopera tecnicamente com a iniciativa, triangulando acordos entre Brasil e Cuba para a vinda de médicos de Cuba para atuar em Unidades Básicas de Saúde, no setor de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde brasileiro.
Três eixos compõem o Mais Médicos: o primeiro prevê a melhoria da infraestrutura nos serviços de saúde. O segundo se refere ao provimento emergencial de médicos, tanto brasileiros (formados dentro ou fora do país) quanto estrangeiros (intercambistas individuais ou mobilizados por meio dos acordos com a OPAS).
O terceiro eixo é direcionado à ampliação de vagas nos cursos de medicina e nas residências médicas, com mudança nos currículos de formação para melhorar a qualidade da atenção à saúde.
Formação interprofissional
Mais cedo, a coordenadora da Unidade Técnica de Capacidades Humanas para a Saúde da OPAS, Monica Padilla, refletiu sobre a formação interprofissional em saúde voltada para as necessidades do SUS e também para lidar com problemas complexos que a cada dia impõem novos desafios para os serviços de saúde.
“Precisamos priorizar a formação interprofissional visando, especialmente, a qualificação das equipes da Atenção Primária à Saúde”, defendeu Monica.
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Posted: 01 Jun 2018 10:20 AM PDT
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e parceiros promovem no início de agosto (1 a 6) em Lima, no Peru, o evento “Juventude Já: acampamento de liderança juvenil”.
A intenção é reunir jovens latino-americanos e caribenhos de 15 a 25 anos para compartilhar experiências, aprender e criar alianças.
O espaço é uma oportunidade para a sociedade discutir assuntos como população e desenvolvimento, Conferência de Montevidéu e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Durante quatro dias, por meio de metodologias participativas e experienciais, jovens selecionados terão a oportunidade de fortalecer suas capacidades de advocacy e incidência, participação e incorporação nos espaços da sociedade civil.
O evento é realizado pelo UNFPA e por parceiros como Plan International, a Aliança Latino-Americana e Caribenha de Juventudes, Federação Internacional de Planejamento Familiar e o Fundo de Juventude do México & América Central.
Os participantes se comprometem a organizar espaços de devolução das experiências para a sociedade em conjunto com o UNFPA do seu país. O evento busca um equilíbrio geográfico para garantir a participação de um representante de cada país.
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Posted: 01 Jun 2018 10:02 AM PDT
O debate teve a participação da oficial de programa para a juventude do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, Anna Cunha. Foto: Reprodução
Com foco na autonomia da mulher sobre seu próprio corpo, o programa “Panorama”, da TV Cultura, discutiu na semana passada (29) a importância da informação para a garantia da saúde e do bem-estar.
O debate teve a participação da oficial de programa para a juventude do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, Anna Cunha.
A discussão “O protagonismo da mulher em relação ao seu corpo” também contou com a participação da ginecologista e presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), Rossana Pulcineli, e da Youtuber Julia Tolezano, a Jout Jout.
Confira a íntegra do programa a seguir:
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Posted: 01 Jun 2018 09:52 AM PDT
Existem 1,1 bilhão de adultos fumantes no mundo, número que se manteve praticamente inalterado desde 2000. Foto: PEXELS
Em 2016, 20% da população mundial fumou tabaco. No mesmo ano, existiam 1,1 bilhão de fumantes adultos em todo o planeta, número que se manteve praticamente inalterado desde 2000. É o que revela um novo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado para o Dia Mundial sem Tabaco, lembrado nesta semana (31). O consumo da substância mata 7 milhões de pessoas por ano.
Em 2018, a agência da ONU se uniu à Federação Mundial do Coração para alertar sobre os riscos que o cigarro traz ao funcionamento do sistema cardiovascular. Por ano, as doenças cardiovasculares provocam 17,9 milhões de óbitos – 44% de todas as mortes por patologias crônicas não transmissíveis.
Além dos mais de 1 bilhão de fumantes adultos, a OMS estima que, em 2016, pelo menos 367 milhões de indivíduos eram usuários de produtos derivados do tabaco que “não produzem fumaça”. Na comparação com o ano 2000, a quantidade absoluta de fumantes não mudou – embora a proporção dessa parcela em relação à população mundial tenha diminuído, de 27 para 20%.
Entre homens com 15 anos ou mais, 43% fumaram tabaco em 2000, em comparação aos 34% de 2015. Já em relação às mulheres, 11% fumaram em 2000 e 6%, em 2015.
Segundo a OMS, os valores indicam uma redução contínua, mas em ritmo lento – o que torna inviável a meta de reduzir em 30% o consumo de tabaco até 2025. Se a tendência vigente permanecer estável, apenas um em cada oito Estados-membros do organismo internacional alcançará esse objetivo. Na média, o mundo atingirá um decréscimo de 22% até 2025.
Em todo o mundo, mais de 24 milhões de crianças entre 13 e 15 anos fumam cigarros – 17 milhões de meninos e 7 milhões de meninas. Isso equivale a 7% de todos os jovens nessa faixa etária. Outros 13 milhões consomem produtos de tabaco “sem fumaça”.
Mais de 80% dos fumantes vivem em países de baixa e média renda. A prevalência do tabagismo está diminuindo mais lentamente nos países pobres do que nos países ricos. Atualmente, uma em cada quatro nações possui dados insuficientes para monitorar essa epidemia.
O consumo do tabaco e a exposição à sua fumaça – o chamado fumo passivo – são as principais causas dos problemas cardiovasculares, contribuindo para cerca de 3 milhões de mortes por ano. Contudo, pesquisas científicas revelam uma grave falta de entendimento do público sobre os múltiplos perigos de saúde associados ao cigarro.
“A maioria das pessoas sabe que o consumo de tabaco causa câncer e doenças pulmonares, mas muitas delas não sabem que o tabaco também causa doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais – os principais assassinos do mundo”, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Na China, por exemplo, mais de 60% da população não sabe que fumar pode causar ataques cardíacos, de acordo com a pesquisa Global Adult Tobacco Survey (Pesquisa Global sobre Tabaco entre Adultos, em tradução livre para o português). Na Índia e na Indonésia, mais da metade dos adultos não sabem que fumar pode causar acidentes vasculares cerebrais.
“Neste Dia Mundial sem Tabaco, a OMS chama a atenção para o fato de que o tabaco não causa apenas câncer, ele literalmente destrói corações.”
Para o especialista Douglas Bettcher, autoridade máxima da OMS em prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, os governos “têm em suas mãos” o poder e o conhecimento para proteger os pulmões – e os corações – dos cidadãos.
“Entre as medidas que reduzem os riscos para a saúde do coração representados pelo tabaco, estão: tornar todos os espaços públicos e locais fechados totalmente livres do fumo e promover o uso de advertências sobre embalagens de tabaco que demonstrem os riscos que ele traz à saúde”, explicou.
Segundo Svetlana Axelrod, diretora-geral adjunta para patologias não transmissíveis e saúde mental da agência da ONU, “devemos superar os obstáculos à implementação de medidas como tributação, proibições de comercialização e implementação de embalagens simples”.
“Nossa melhor chance de sucesso é por meio da união global e forte ação multissetorial contra a indústria do tabaco”, completou.
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Posted: 01 Jun 2018 09:40 AM PDT
Está aberta chamada pública voltada para equipes de profissionais e ações de saúde no Distrito Federal (DF). A chamada tem como objetivo certificar a qualidade e reconhecer os esforços da rede pública para o acesso e o atendimento de saúde adequado a adolescentes.
A iniciativa, denominada “Chega Mais – Selo de Qualidade de Serviços para Adolescentes”, é resultado de uma parceria firmada em novembro do ano passado entre o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e a Secretaria de Estado de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do Distrito Federal (SECriança-DF), com colaboração da Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde, da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (EAPSUS/FEPECS).
A certificação será concedida pelo UNFPA aos serviços públicos de saúde, de acordo com critérios de análise que envolvem desde acesso livre de discriminação até a integração em diferentes frentes de atendimento, a educação permanente de profissionais e a participação social. O selo é também uma oportunidade para que outros serviços possam vir a se qualificar na busca e garantia de direitos a milhares de adolescentes no Distrito Federal.
As inscrições serão abertas a todos os serviços públicos de saúde do Distrito Federal. O prazo acaba em 4 de julho.
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Posted: 01 Jun 2018 08:28 AM PDT
No início de maio (3), líderes comunitários e representantes de associações dos morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira reuniram-se com funcionários das Nações Unidas. Foto: UNIC Rio
No início de maio (3), líderes comunitários e representantes de associações dos morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira — situados no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro — organizaram um encontro para promover o desenvolvimento sustentável nas próprias comunidades no marco da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) Maurizio Giuliano, e Lorenzo Casagrande, do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro Rio+), participaram do encontro, que também teve a presença do cônsul-geral da Bélgica, Jean-Paul Charlier.
Os participantes apresentaram diversas iniciativas em curso nas comunidades para avançar o desenvolvimento sustentável.
Uma delas foi o “Favela Orgânica”, projeto criado por Regina Tchelly que engloba conceitos como consumo consciente, gastronomia alternativa, compostagem caseira e hortas em pequenos espaços. O projeto já levou oficinas e palestras para diversos estados do Brasil, bem como países como França, Itália e Uruguai.
Após lembrar que os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 pertencem às pessoas e não às organizações internacionais, Casagrande afirmou que “não há maior especialista em ODS que a Sra. Regina”. Para Giuliano, “os ODS serão alcançados por pessoas como vocês, e não nas grandes conferências” internacionais.
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