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terça-feira, 16 de junho de 2020

O ESSENCIAL: STF quebra sigilo de deputados bolsonaristas

RIO, 16 DE JUNHO DE 2020
O DIA EM RESUMO
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Olá, boa noite.

Confira as principais notícias do dia. 

Boa leitura!
 
Dez deputados e um senador aliados do presidente Jair Bolsonaro tiveram seus sigilos bancários quebrados por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A decisão está ligada ao inquérito que investiga a organização de atos contra a democracia.

Em conjunto, Moraes expediu 21 mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas, que resultaram na Operação Lume, realizada pela Polícia Federal em seis estados. Entre os alvos, estão o publicitário do Aliança pelo Brasil, o partido que Bolsonaro pretende criar, empresários, blogueiros e youtubers. Parte dos investigados já havia sido alvo da PF em maio, no âmbito de outro inquérito, o que apura a rede de fake news.

O único alvo de buscas com foro privilegiado foi o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), conhecido por quebrar placa com nome de Marielle Franco em na campanha eleitoral de 2018. Ele ficou em silêncio durante depoimento à PF em Brasília.

Moraes determinou, ainda, que redes sociais forneçam relatórios sobre pagamentos efetuados a páginas bolsonaristas que fazem apologia a atos antidemocráticos.
 
Estado com o cenário mais grave da pandemia do coronavírus no Brasil, São Paulo registrou novo recorde de mortes em 24 horas. Foram 365 novos óbitos, o que elevou o total a 11.132. O estado contabiliza 190.285 testes positivos para a Covid-19, cerca de 20% dos casos do país.

O Brasil chegou hoje a 45.456 mortes e 928.834 contágios confirmados — 1.338 óbitos e 37.278 infecções foram registrados desde ontem.

As mortes registradas no país representam 21% dos casos fatais no continente americano. A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) alertou que a evolução do coronavírus no Brasil pode tornar a pandemia no país mais longa do que na Europa.

Outro olhar: um em cada dez brasileiros apresentou ao menos um sintoma da Covid-19, o que representa mais de 22 milhões de pessoas, segundo o IBGE. A pesquisa incluiu 12 sintomas. Mais da metade do contingente comprou ou tomou remédio por conta própria, e 3,6 milhões buscaram atendimento médico.
 
Um estudo conduzido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, identificou eficácia no uso da dexametasona, um remédio barato e disponível no mercado, para reduzir mortes de pacientes graves com a Covid-19. A pesquisa não atestou benefício em pessoas com sintomas leves da doença.

O resultado é preliminar. A dexametasona reduziu em um terço as mortes de pacientes internados com ventiladores mecânicos, e em 20% as de doentes com uso de oxigênio. Pesquisadores estimaram que o medicamento poderia ter salvado até 5 mil vidas no Reino Unido.

Médicos brasileiros consideraram o estudo promissor, mas pregaram cautela até a divulgação completa das informações científicas.

Em paralelo: o corticoide é pesquisado no Brasil desde abril, por uma coalizão de hospitais. O estudo envolverá 350 pacientes e deve ser concluído em agosto.
 
O Senado aprovou por unanimidade a medida provisória 936, que autoriza a suspensão do contrato de trabalho e a redução de salário e de jornada durante a pandemia. Trechos que alteravam dispositivos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foram excluídos. O texto será enviado para sanção presidencial.

A aprovação no Congresso permitirá que o governo amplie o programa. Um decreto deve prorrogar por 30 dias os acordos para redução salarial e por 60 dias a suspensão dos contratos.

Outro olhar: o impacto da pandemia no mercado de trabalho resultou em um contingente de 28,5 milhões de pessoas desempregadas ou subutilizadas, ou seja, sem conseguir procurar uma vaga, na última semana de maio, segundo o IBGE. Naquele momento, o país tinha 8,8 milhões de pessoas trabalhando de forma remota, em “home office”, e 14 milhões afastados do emprego por conta da Covid-19.

Em outra frente de pesquisa, o IBGE identificou queda de 16,8% nas vendas do varejo em abril, comparado ao mês de março. O resultado reflete os efeitos do isolamento social.
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Caso ‘rachadinha’: o policial investigado por pagar boleto de R$ 16,5 mil para Flávio Bolsonaro movimentou quantias “incompatíveis” com sua renda, segundo o MPF. O PM disse que foi ressarcido “em dinheiro”.
Facada: a Justiça Federal arquivou o inquérito sobre o ataque a faca a Jair Bolsonaro na campanha eleitoral em 2018.
Acesso vetado: o governador do Distrito Federal fechou a Esplanada dos Ministérios por dois dias após ameaças de grupo extremista a bispo.
Indenização: a Justiça determinou que o Estado do Rio pague R$ 1 milhão à família da menina Maria Eduarda, morta na escola em 2017.
Educação: previsto para ser aberto hoje, o Sisu foi adiado para 7 de julho. Weintraub informou o atraso no Twitter, sem explicar motivo.
Bola ao centro: a prefeitura do Rio autorizou a volta do Campeonato Carioca. Federação e clubes ainda divergem sobre a data do reinício.
Tensão na Ásia: após ameaças, a Coreia do Norte explodiu o edifício onde funcionava o escritório de ligação com a Coreia Sul.
Tensão na Ásia II: militares da China e da Índia entraram em confronto no Himalaia, região de disputa fronteiriça. Vinte indianos morreram.
Violência policial: Trump promulgou pequena reforma da polícia nos EUA, mas seguiu recebendo críticas, por estar aquém do discutido no Congresso.
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