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terça-feira, 16 de junho de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “OPAS divulga orientações para reduzir a transmissão da COVID-19 entre populações indígenas e afrodescendentes” e 8 outros.

OPAS divulga orientações para reduzir a transmissão da COVID-19 entre populações indígenas e afrodescendentes

Posted: 11 Jun 2020 12:37 PM PDT

Colheita de pequi na Aldeia Ngôjwêrê dos Kisêdjê, na Terra Indígena Wawi. Foto: Associação Indígena Kisêdjê

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) publicou um guia com recomendações sobre medidas para reduzir a transmissão da COVID-19 entre populações indígenas, afrodescendentes e outros grupos étnicos (em inglês). As orientações se concentram na promoção da higiene, no distanciamento social e na melhoria do acesso a serviços básicos de saúde em suas comunidades.

No guia, a OPAS observa que esses grupos populacionais enfrentam desafios singulares, como níveis mais altos de pobreza, falta de acesso a alguns serviços básicos, como água e saneamento, e barreiras culturais, incluindo barreiras linguísticas. Outros fatores que podem aumentar sua vulnerabilidade são as barreiras ao acesso aos serviços de saúde, maior prevalência de doenças crônicas, menor acesso a redes de segurança social, desconfiança causada por um histórico de racismo e altos níveis de trabalho informal entre membros dessas comunidades.

O impacto da pandemia da COVID-19 entre povos indígenas e afrodescendentes, que geralmente moram longe dos serviços de saúde, “pode ser mitigado se esses grupos participarem desde o início de qualquer decisão que afete sua saúde e, com o apoio do setor de saúde, adotar medidas de prevenção e conectar-se à rede de serviços de saúde se a COVID-19 afetar seus territórios, aponta o documento da OPAS.

Na bacia amazônica, por exemplo, existem populações indígenas em mais de 2,4 mil territórios e 800 comunidades, cerca de 200 das quais vivem em isolamento voluntário. “Os desafios de saúde documentados nessas populações incluem tuberculose, malária e doenças evitáveis por vacina, como sarampo e febre amarela. Isso é agravado pela insegurança alimentar, que afeta 85% da população, e falta de serviços de água e saneamento”, ressalta o guia.

Entre os motivos pelos quais os grupos étnicos podem enfrentar mais riscos de contrair a COVID-19 estão as barreiras à adoção de certas práticas básicas de higiene, como lavar as mãos quando não há água e sabão e dificuldade em praticar o distanciamento social, o que pode não ser culturalmente aceitável ou prático”, revelou o documento.

“Esses problemas devem ser resolvidos por meio de medidas promovidas na perspectiva de povos indígenas ou afrodescendentes, com apoio do setor de saúde e/ou de outros setores envolvidos no atendimento de necessidades prioritárias, como sabão para lavar as mãos”, pontuou a OPAS na publicação.

Outro desafio para essas comunidades é a falta de acesso a serviços básicos culturalmente adequados e de boa qualidade, capazes de gerenciar casos potenciais da COVID-19 nessas populações. A OPAS recomenda que o atendimento à doença seja inclusivo e que os profissionais de saúde das comunidades indígenas e afrodescendentes coordenem ações com os líderes comunitários para transmitir todas as informações necessárias às comunidades.

O documento da OPAS inclui recomendações para grupos indígenas, afrodescendentes e outros grupos étnicos, líderes comunitários, governos e pessoal de saúde. Nesse sentido, sugere que os governos promovam oportunidades de participação e diálogo não apenas para lidar com os efeitos imediatos da COVID-19, mas também para lidar com a fase pós-emergência, que incluirá recuperação econômica e social.

O guia sugere também que é importante “garantir que todos os membros da família saibam o que fazer se alguém tiver a COVID-19 e o apoio específico que eles devem fornecer. Deve-se ter em mente que, em algumas comunidades, o conceito ocidental de ‘família’ geralmente não é aplicável, com ‘famílias’ consistindo na família extensa, que representa a comunidade como um todo”, afirmou a OPAS.

A comunicação também é fundamental para alcançar grupos étnicos, por isso, as autoridades de saúde devem fornecer informações em idiomas indígenas, com mensagens culturalmente apropriadas usando símbolos e imagens sempre que possível, validados pela comunidade.

Cada medida adotada pelos governos deve levar em conta a realidade cultural desses grupos e são necessárias medidas para proteger esses territórios, como ações para fornecer água potável, sabão e desinfetantes, além de alimentos e outras necessidades básicas.

Em relação ao manejo adequado de cadáveres no contexto da COVID-19, o documento observa que é importante seguir protocolos e diretrizes nacionais com respostas específicas que sejam seguras, dignas, culturalmente aceitáveis e adaptadas às tradições e costumes dos povos indígenas, povos afrodescendentes e outros grupos étnicos, levando em consideração as recomendações da OPAS e da OMS sobre o manejo de cadáveres.

Acesse o Guia com recomendações sobre medidas para reduzir a transmissão da COVID-19 entre populações indígenas, afrodescendentes e outros grupos étnicos (em inglês).

 

Ferramenta ajuda governos e sociedade civil a comparar preços internacionais de medicamentos

Posted: 11 Jun 2020 11:58 AM PDT

“Buscamos não apenas a disponibilidade, mas também o acesso, a qualidade dos medicamentos e a informação e educação de profissionais e pacientes”, Tomás Pipo, coordenador de Medicamentos e Tecnologias em Saúde do escritório da OPAS e da OMS no Brasil. Foto: Freestocks/CC.

Foto: Freestocks/CC.

O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) convida para o lançamento na segunda-feira (15) do Observatório Regional sobre Preços de Medicamentos, em evento com transmissão pelo YouTube.

Trata-se de uma ferramenta que permitirá a governos e sociedade civil pesquisar preços no mercado de produtos médicos essenciais para a saúde pública.

A comparação entre os preços de medicamentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento dos efeitos da COVID-19 será disponibilizada para governos e sociedade civil da América Latina.

Data: segunda-feira, 15 de junho
Horário: das 12h30 às 13h30 (horário de Brasília)
Transmissão pelo YouTube: https://youtu.be/nkODzu19PDk
Perguntas pelo site www.slido.com, evento # 19180. Gentileza indicar meio de comunicação e país ao fazer a pergunta.

Participantes:
■ Alicia Bárcena, Diretora-Executiva da CEPAL
■ Zoé Robledo, diretora geral do Instituto Mexicano de Seguridade Social (IMSS)
■ Carlos Contreras, Presidente do Instituto de Segurança Social da Guatemala (IGSS)
■ Victor Zamora, Ministro da Saúde do Peru
■ Fabrizio Feliciani, diretor regional do UNOPS para a América Latina e o Caribe

Com esta iniciativa, o UNOPS espera contribuir para melhorar a eficiência dos gastos públicos e fortalecer os sistemas de saúde.

Para qualquer dúvida ou informação, entre em contato com rosaherlindag@unops.org e fredys@unops.org

 

ONU abre consulta pública para nova estratégia global de resposta à AIDS

Posted: 11 Jun 2020 10:56 AM PDT

Foto: UNAIDS

Foto: UNAIDS

Faltando menos de dez anos para alcançar o objetivo de acabar com a AIDS, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) foi encarregado de desenvolver a próxima estratégia global de resposta à doença.

A estratégia será construída sobre a base dos ganhos significativos já obtidos e buscará acelerar ainda mais o ritmo de ação: será ambiciosa, visionária e informada por evidências.

A Nova Estratégia Global de AIDS servirá de roteiro para o mundo acabar com a AIDS até 2030, enquanto uma ameaça à saúde pública.

Ela irá orientar as principais partes interessadas a superar os desafios e garantir respostas eficazes à AIDS, que sejam lideradas pelos países.

A nova estratégia, com novas metas globais para 2025 e estimativas de necessidades de recursos, também guiará a próxima Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o fim da AIDS e sua Declaração Política.

O desenvolvimento desta próxima estratégia será orientado por dados e por um processo consultivo envolvendo UNAIDS, seus 11 copatrocinadores do Sistema ONU, sociedade civil, pessoas que vivem e são afetadas pelo HIV, jovens, instituições religiosas, ministérios da Saúde, Economia e Gênero, além de parlamentares, cientistas, doadores e setor privado.

A fase de consultas abertas ao público acontecerá até 5 de julho. O preenchimento da pesquisa leva de 15 a 20 minutos e representará uma contribuição crucial para a próxima Estratégia Global para o Fim da AIDS.

Clique aqui e dê sua contribuição!

As respostas são anônimas e confidenciais.

O UNAIDS lidera e inspira o mundo para alcançar sua visão compartilhada de zero nova infecção por HIV, zero discriminação e zero morte relacionada à AIDS.

Une os esforços de 11 organizações da ONU* e trabalha em estreita colaboração com parceiros globais e nacionais para acabar com a epidemia de AIDS até 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

No final da pesquisa, você terá a opção de compartilhar conosco seus detalhes de contato, se desejar receber mais informações sobre o trabalho do UNAIDS e a próxima estratégia para a qual você está contribuindo.

De maneira alguma o seu nome será associado a qualquer comentário seu ao longo da pesquisa, e nenhuma resposta individual será identificada na análise dos resultados.

As respostas serão analisadas pela equipe de estratégia do UNAIDS. Os resultados agregados e analisados da pesquisa serão compartilhados com a Junta de Coordenação de Programa do UNAIDS e outras importantes partes interessadas que estão desenvolvendo estratégias e abordagens para acabar com a epidemia de AIDS até 2030.

Lembre-se de que sua voz é muito importante e incentivamos que dedique o seu tempo para responder. Suas contribuições são extremamente importantes.

Agora, vamos começar!

Clique aqui e dê sua contribuição!

*Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Programa Mundial de Alimentos (WFP), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Banco Mundial. 

 

Estudo revela aumento de vulnerabilidade das trabalhadoras domésticas durante a pandemia

Posted: 11 Jun 2020 10:42 AM PDT

Falta de fiscalização e condições precárias expõem as trabalhadoras domésticas ao risco de contágio da COVID-19. Foto: EBC

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a ONU Mulheres apresenta diagnóstico sobre a situação de vulnerabilidade e risco de contágio da COVID-19 enfrentada pelas trabalhadoras domésticas no país. De acordo com a pesquisa, 70% das profissionais não possuem Carteira de Trabalho assinada.

A precariedade dos vínculos trabalhistas e o tipo de trabalho desempenhado pelas profissionais, em contato direto com outras pessoas e seus objetos, representam os principais fatores que expõem as profissionais no atual contexto da pandemia.

O estudo analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2020. De acordo com as estatísticas, menos de 28% das domésticas possuem vínculo empregatício e direitos trabalhistas assegurados. A situação de informalidade e desempenho das atividades de trabalho nas residências dificulta a fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as orientações em relação à COVID-19. O trabalho doméstico é classificado, desde o início da pandemia, como atividade não essencial, apesar de alguns estados e municípios emitirem normatizações em sentido contrário.

As trabalhadoras domésticas representam atualmente cerca de 6 milhões de mulheres no Brasil, o que corresponde a quase 15% das trabalhadoras ocupadas (10% das brancas e 18,6% das negras).

Na avaliação da advogada e pesquisadora do Ipea e uma das autoras do estudo, Carolina Tokarski, a situação de risco atinge uma grande parcela das trabalhadoras no Brasil. “A orientação geral do Ministério Público do Trabalho é que as trabalhadoras domésticas sejam dispensadas do trabalho com a garantia da manutenção da remuneração, como as demais categorias consideradas não essenciais. Para os casos apontados como essenciais e excepcionais, faz-se necessário o fornecimento de equipamentos de proteção por parte dos empregadores e a observância dos demais pontos elencados para a proteção das trabalhadoras”, explicou a pesquisadora.

Entre as medidas sugeridas no estudo, está a ampliação do número de parcelas do auxílio emergencial – atualmente de R$ 600 – previsto para os trabalhadores. O Governo Federal anunciou a liberação de três parcelas. Porém, a pesquisa aponta a necessidade de 12 parcelas, ou para o tempo em que durar a pandemia, para oferecer proteção social às domésticas.

Outra recomendação proposta é priorização na testagem para a COVID-19 aos trabalhadores na área de cuidados, em especial para as trabalhadoras domésticas, uma vez que estas mulheres estão na linha de frente do enfrentamento da pandemia, lidando com diferentes pessoas, em diferentes lares, sem acesso a EPIs e sem possibilidade de distanciamento social das pessoas que cuidam.

 

Comércio mundial despenca e ONU prevê queda de 20% em 2020

Posted: 11 Jun 2020 09:30 AM PDT

Comércio exterior teve forte declínio com a COVID-19. Foto Tom Fisk/Pexels

Comércio exterior teve forte declínio com a COVID-19. Foto Tom Fisk/Pexels

O comércio internacional continuará a despencar nos próximos meses, enquanto as economias lutam para se recuperar das medidas de “lockdown” usadas para diminuir o surto da COVID-19. Novos dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) divulgados nesta quinta-feira (11) mostram que o comércio exterior caiu 5% no primeiro trimestre do ano e apontam uma queda de 27% no segundo trimestre e um declínio anual de 20% em 2020.

“Ainda há muitas incertezas sobre a possibilidade de qualquer recuperação econômica na segunda metade do ano”, afirma Pamela Coke-Hamilton, diretora de comércio internacional da UNCTAD. Ela informou que o comércio internacional deve ficar abaixo dos níveis de 2019 mas o quanto dependerá da evolução da pandemia e o tipo e tamanho de políticas que os governos adotarão para recomeçar suas economias.

Os últimos dados da UNCTAD estão na primeira edição da Atualização Global de Comércio, o novo relatório trimestral da organização que dá um panorama amplo do comércio internacional e das principais razões afetando o fluxo de comércio.

Cenário preocupante para países em desenvolvimento – Embora a redução do comércio provocada pelo novo coronavírus não tenha poupado ninguém, as projeções mostram uma rápida deterioração para países em desenvolvimento. Enquanto o comércio Sul-Sul viu uma queda de apenas 2% no primeiro trimestre do ano, dados da UNCTAD mostram uma queda dramática de 14% em abril.

Mapa mostra queda do comércio exterior em todo o mundo. Fonte: UNCTAD

Mapa mostra queda do comércio exterior em todo o mundo. Fonte: UNCTAD

“Para países em desenvolvimento, enquanto as quedas nas exportações são provocadas pela redução na demanda dos mercados de destino, o declínio nas importações pode indicar não apenas redução da demanda mas também uma troca nos movimentos, com preocupações sobre débito e menor circulação de moeda estrangeira”, aponta o relatório.

Setores automotivo e de energia em colapso – O relatório mostra que a ruptura econômica provocada pela COVID-19 tem afetado alguns setores mais do que outros. No primeiro trimestre de 2020, têxteis e vestuário caíram quase 12% enquanto setores automotivo e de maquinário caíram cerca de 8%. Por outro lado, o valor do comércio internacional no setor de agropecuária e alimentar, que tem sido o menos volátil, cresceu cerca de 25%.

Dados preliminares de abril indicam quedas na maior parte dos setores, com forte contração na comercialização de energia (-40%) e produtos automotivos (-50%). Houve também significativa queda de 10% em químicos, maquinários e instrumentos de precisão. Por outro lado, equipamentos de escritório parece ter se recuperado em abril, muito por conta da performance positiva de exportações da China. Segundo o relatório, a variação entre os setores tem ocorrido pela diminuição da demanda e rupturas na capacidade de surpimento e cadeias globais de valor em função da COVID-19.

Suprimentos médicos em alta – Um efeito notável da pandemia de COVID-19 tem sido o aumento da demanda por equipamentos e suprimentos médicos, como ventiladores, monitores, termômetros, higienizadores, máscaras de proteção e aventais. Enquanto o comércio internacional destes bens diminuiu no início da pandemia, ele se recuperou em fevereiro e março e quase dobrou em abril, na medida em que países lutavam para conseguir equipamentos médicos e de proteção.

O relatório aponta que o fluxo de importação e exportação seguiu o avanço do vírus. Por exemplo, nos dois primeiros meses de 2020 houve aumento da demanda doméstica na China, resultando num salto na importação de produtos médicos, primariamente da Europa e dos Estados Unidos, que ainda não tinham sido significantemente impactados pela pandemia. Enquanto isso, as exportações destes equipamentos caíram 15% enquanto a produção nacional foi desviada para atender a demanda interna.

Dados de março mostram que na medida em que a pandemia avançou para a Europa, as importações de equipamentos médicos saltaram para 21% na região, enquanto continuaram a aumentar na China (41%). Em Abril, enquanto a COVID-19 desacelerava na China e continuava a se espalhar pelo mundo, as exportações chinesas de equipamento médicos tiveram um pico impressionante de 338%, provocadas pelas exportações de equipamento de proteção. Os dados do mês para os Estados Unidos refletem o avanço da COVID-19 no país, com aumento da importação de produtos médicos em quase 60%, enquanto as exportações caíram quase 20%.

O relatório completo (em inglês) está disponível aqui.

 

Novo curso online da OIM irá auxiliar municípios na construção de políticas migratórias

Posted: 11 Jun 2020 08:32 AM PDT

Foto: OIM

Organização Internacional para as Migrações (OIM), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), lançou este mês o curso “MigraCidades: Aprimorando a Governança Migratória Local”. A formação de 30 horas é gratuita, inteiramente online e já está disponível na plataforma da Escola Virtual de Governo (EVG).

O objetivo é apoiar gestores e servidores dos governos locais na articulação e preparação dos serviços públicos para melhor receber e integrar migrantes internacionais, destravando o potencial das migrações para todos, migrantes e comunidades de acolhida.

Conheça o curso e faça a inscrição online

Segundo o chefe da missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux, a OIM possui uma longa experiência no diálogo migratório e na construção de indicadores. “No Brasil, realizamos os Indicadores de Governança Migratória nacional em 2018 e na cidade de São Paulo em 2019. Agora, com o curso, nosso objetivo é levar os aprendizados da participação de autoridades brasileiras nessas atividades para os municípios de todo o país”.

O curso nasceu de uma demanda do governo federal para a produção de conteúdo que servisse de apoio aos governos locais que estão recebendo migrantes de maneira espontânea ou como parte da estratégia de interiorização de venezuelanos de Roraima para outros estados.

Além de servidores, técnicos e colaboradores dos governos locais, o curso também deve interessar as organizações da sociedade civil, academia e serviços que prestam assistência a migrantes. As inscrições podem ser feitas a qualquer momento por todos que queiram se aperfeiçoar no tema.

Adaptando as possibilidades de políticas aos diversos contextos locais brasileiros, o curso possui 10 módulos. Cinco abordam questões transversais de governança, e cinco dimensões de acesso a direitos. O conteúdo também traz como destaque uma série de boas práticas que já são implementadas por municípios e estados brasileiros em diversas áreas relacionadas à temática migratória.

A formação faz parte da plataforma MigraCidades, mantida com o apoio financeiro do Fundo da OIM para o Desenvolvimento (IDF). Além de participar do treinamento, os municípios podem se inscrever no processo de certificação de suas políticas locais. O processo de certificação é implementado em parceria entre a OIM e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e está com inscrições abertas até o dia 03 de julho.

Saiba mais sobre o MigraCidades em: www.ufrgs.br/migracidades.

 

OMS: assintomáticos podem transmitir COVID-19; mais estudos são necessários para definir grau de transmissão

Posted: 11 Jun 2020 07:49 AM PDT

OMS refoça que pessoas assintomáticas podem transmitir a COVID-19. Foto: Gema Cortes/Ocha

Pessoas assintomáticas podem transmitir COVID-19, mas é preciso esperar a conclusão de vários estudos para se perceber a extensão da transmissão nestes casos. A informação é do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Segundo ele, com o novo coronavírus todos estão aprendendo o tempo inteiro.

“Não é fácil comunicar ciência complexa em tempo real sobre um novo vírus, mas isso faz parte do dever da OMS”, disse Tedros.

Na segunda-feira (8), a agência havia informado que as transmissões da COVID-19 por pessoas assintomáticas eram “bem raras”. Menos de 24 horas depois, a OMS esclareceu os comentários rechaçados por vários cientistas que pesquisam o vírus.

O chefe da agência disse que acolhe “um debate construtivo” sobre o tema, e que “é assim que a ciência avança”. Por essa razão, os conselhos da OMS continuarão evoluindo à medida em que novas informações estiverem disponíveis.

Tedros afirmou que os especialistas da OMS continuarão trabalhando para aprender mais sobre como a doença é transmitida, além do desenvolvimento de novos tratamentos e vacinas.

Segundo ele, a agência será transparente “sobre o que se sabe e onde existem lacunas e como isso está moldando” suas diretivas.

A agência afirma que, por enquanto, “descobrir, isolar e testar pessoas com sintomas, rastreando e colocando em quarentena seus contatos, é a maneira mais eficaz de se interromper a transmissão da COVID-19”.

Até esta quarta-feira (11), tinham sido confirmados mais de 7,1 milhão de casos da COVID-19 em todo o mundo. Mais de 408 mil pessoas tinham perdido a vida.

 

Secretário-geral da ONU pede que comunidade internacional amplie cooperação digital

Posted: 11 Jun 2020 07:34 AM PDT

Estudantes de Tonga acessam a internet. Foto: Banco Mundial/Tom Perry

Estudantes de Tonga acessam a Internet. Foto: Banco Mundial/Tom Perry

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apresentou nesta quinta-feira (11) um conjunto de recomendações para a comunidade internacional garantir que todas as pessoas estejam conectadas, sejam respeitadas e protegidas na era digital.

O Roteiro do Secretário-Geral para a Cooperação Digital é resultado de um esforço global plurianual, com várias partes interessadas, para abordar uma série de questões relacionadas à Internet, inteligência artificial e outras tecnologias digitais.

O documento chega em um momento de inflexão crítico para questões digitais, com a pandemia de COVID-19 acelerando a digitalização e ampliando as oportunidades e desafios da tecnologia digital.

Os benefícios da tecnologia digital destacados pela pandemia – como a pesquisa colaborativa em busca de uma vacina, trabalho e aprendizado remotos e comércio eletrônico – também refletem uma crescente divisão entre pessoas que estão conectadas e aquelas que não estão.

Quase metade da população global, 46,4%, de acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), não pode se conectar à Internet e permanece incapaz de participar plenamente da era digital. As mulheres são desproporcionalmente afetadas, com apenas 48% conectadas globalmente.

Paralelamente, enquanto esforços para conectar mais pessoas continuam, novas vulnerabilidades surgiram. Ciberataques e desinformação ameaçam os direitos humanos, a privacidade e a segurança.

A rápida velocidade de adoção da tecnologia digital ultrapassou políticas e a governança nos
níveis nacional, regional e global. O recém-anunciado roteiro do secretário-geral busca enfrentar esses desafios recomendando ações concretas para aproveitar o melhor dessas tecnologias e mitigar seus riscos.

“Para colher plenamente seus benefícios e conter possíveis danos, precisamos garantir que a era digital seja definida pelo aumento da cooperação internacional”, afirmou Guterres.

“Não há fronteiras no ciberespaço. Hoje eu chamo todos os Estados-membros da ONU e nossos parceiros da indústria e da sociedade civil a expandir a cooperação em questões de tecnologia digital. Apenas trabalhando juntos poderemos conectar todas as pessoas até 2030, respeitar os direitos humanos online e proteger os mais vulneráveis ​​dos potenciais perigos da era digital.”

Para atender ao chamado de conectar, respeitar e proteger no mundo online, o roteiro apresenta as recomendações do secretário-geral para ações concretas de diversas partes interessadas que melhorariam a cooperação digital global nas seguintes áreas:

1. Atingir a conectividade universal até 2030 – todos devem ter acesso seguro à Internet.
2. Promoção de bens públicos digitais para impulsionar um mundo mais justo – o código aberto e as origens públicas devem ser adotados e apoiados.
3. Garantir a inclusão digital de todos, incluindo os mais vulneráveis ​​- grupos marginalizados precisam de acesso igual a ferramentas digitais para acelerar o desenvolvimento.
4. Fortalecimento da capacitação digital – desenvolvimento e treinamento de habilidades são
necessários em todo o mundo.
5. Garantir a proteção dos direitos humanos na era digital – os direitos humanos se aplicam
online e offline.
6. Apoiar a cooperação global em inteligência artificial confiável, baseada em direitos humanos, segura e sustentável e que promova a paz.
7. Promoção da confiança e segurança digitais – apelando a um diálogo global para promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
8. Construir uma arquitetura mais eficaz para a cooperação digital – tornar a governança digital uma prioridade e focar na abordagem das Nações Unidas.

O Roteiro do Secretário-Geral baseia-se nas recomendações feitas pelo Painel de Alto Nível
de Cooperação Digital e nas contribuições de Estados-membros, setor privado, sociedade civil,
comunidade técnica e outros grupos interessados.

O Painel de Alto Nível sobre Cooperação Digital, co-presidido por Melinda Gates e Jack Ma, representou uma mistura sem precedentes de disciplinas e setores, com diversidade geográfica, de gênero e idade.

O relatório do painel, apresentado em junho de 2019, foi seguido de extensa divulgação com várias partes interessadas e consultas para fornecer informações e ajudar a moldar o Roteiro.

Clique aqui para acessar o documento completo (em inglês).

 

Webinário abordará trabalho infantil e racismo no contexto da pandemia de COVID-19

Posted: 11 Jun 2020 07:34 AM PDT

Evento online vai debater as relações entre o trabalho infantil e o racismo estrutural no Brasil. Foto: EBC

Evento online vai debater as relações entre o trabalho infantil e o racismo estrutural no Brasil. Foto: EBC

Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) realizam na sexta-feira (12), Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, o webinário “COVID-19: Agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil”.

A transmissão ocorre a partir das 17h, no canal oficial do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no Youtube.

O evento online, que conta com a parceria do Canal Futura, integra a campanha nacional contra o trabalho infantil e vai debater as relações entre o trabalho infantil e o racismo estrutural no Brasil, além de aspectos históricos, os mitos e os impactos da pandemia da COVID-19 nos casos de exploração infantil.

A mestra em filosofia política e escritora Djamila Ribeiro é uma das convidadas do evento. Considerada uma das vozes mais atuantes quando o assunto é combate ao preconceito racial e ativismo negro no Brasil, Djamila vai integrar o primeiro painel do evento sobre “Racismo no Brasil, aspectos históricos e mitos do trabalho infantil”. O tema também será abordado pela secretária-executiva do FNPETI, Isa Oliveira.

O segundo painel do evento abordará o “Trabalho Infantil no contexto da pandemia da COVID-19” e conta com a participação da coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo a Aprendizagem da Justiça do Trabalho, ministra Kátia Arruda, e da ex-diretora do escritório da OIT no Brasil e ex-diretora da Divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) Laís Abramo.

O enfrentamento dos desafios pós-pandemia serão abordados no terceiro painel pela procuradora do Trabalho, Ana Maria Villa Real, pelo auditor-fiscal do trabalho Antônio Mendonça e pela líder de projetos do Laboratório de Educação da Fundação Roberto Marinho, Maria Corrêa e Castro.

A mediação será realizada pela jornalista Flávia Oliveira, que atualmente integra a equipe da GloboNews, além de ser colunista no jornal O Globo e na rádio CBN.

O público poderá enviar perguntas aos participantes, a serem respondidas ao final de cada painel.

Serviço:

Webinário “COVID-19: Agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil”
Dia: 12 de junho, sexta-feira
Horário: 17h
Onde assistir: canal do TST no Youtube (youtube.com/tst)

 

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