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terça-feira, 16 de junho de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “Especialistas e apaixonados pelos mares se reúnem em lives para celebrar Dia Mundial dos Oceanos” e 10 outros.

Especialistas e apaixonados pelos mares se reúnem em lives para celebrar Dia Mundial dos Oceanos

Posted: 08 Jun 2020 12:37 PM PDT

Os oceanos estão sendo degradados pelas atividades humanas que afetam a vida selvagem e as comunidades costeiras, além de impactar negativamente a saúde humana e a do planeta. Foto: ONU/Martine Perret

Os oceanos estão sendo degradados pelas atividades humanas que afetam a vida selvagem e as comunidades costeiras, além de impactar negativamente a saúde humana e a do planeta. Foto: ONU/Martine Perret

Dia Mundial dos Oceanos é lembrado nesta segunda-feira (8). Esse ecossistema amplo, berço de tanta vida, é frequentemente associado a férias, lugares paradisíacos ou fonte de bem-viver. Mas os mares e regiões costeiras representam muito mais do que isso.

Vivemos em um planeta azul, com oceanos cobrindo mais de 70% da superfície terrestre. As águas salgadas abrigam uma biodiversidade gigantesca da qual dependem mais de 3 bilhões de pessoas no mundo todo.

Mares e oceanos são fonte de alimento. Garantem a regulação climática em todo o planeta. As gramas marinhas asseguram a maior parte do oxigênio que respiramos. E o transporte internacional ocorre principalmente pelas vias marítimas.

Mesmo assim, os oceanos estão sendo degradados pelas atividades humanas que afetam a vida selvagem e as comunidades costeiras, além de impactar negativamente a saúde humana e a do planeta.

A sobrepesca, as mudanças do clima, o despejo de águas residuais e a poluição plástica – que já atingiu até os pontos mais profundos do oceano – ameaçam ecossistemas-chave e o próprio ser humano.

Diante desse cenário, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) traz a pauta dos oceanos para ser debatida virtualmente, enquanto enfrentamos a pandemia de COVID-19.

Será realizada uma live na quarta-feira (10) para estimular reflexões sobre como impactamos os oceanos e o que é possível fazer para popularizar a Agenda Azul e torná-la uma prioridade nas políticas públicas, práticas do setor privado e hábitos dos indivíduos.

“Queremos que a pauta dos oceanos extrapole as áreas acadêmicas e de ativismo onde está mais consolidada e que esse diálogo se torne uma conversa pública, para que possamos pensar coletivamente e internalizar no nosso dia a dia a importância de cuidarmos dos oceanos”, explica Vitor Pinheiro, responsável de campanhas do PNUMA, que mediará os debates.

Na quarta-feira (10), JP Amaral, mobilizador do Programa Criança e Consumo do Instituto Alana, e as defensoras da campanha Mares Limpos, Fê Cortez e Heloísa Schurmann, discutirão as formas de consumo e como estas se relacionam com a poluição dos mares na live “Para onde vai o que consumimos e descartamos?”, às 16 horas. A transmissão ocorre via canal do PNUMA no YouTube (youtube.com/PNUMABrasil).

Parcerias no Dia Mundial dos Oceanos

Em parceria com o Grupo Cataratas, o PNUMA irá promover nesta segunda-feira (8), às 19h, o “Papo entre Surfistas”, com Carlos Burle (surfista de ondas grandes), Rodrigo Thomé (criador da produtora Peixe Voador) e Matheus Navarro (surfista profissional). O evento será transmitido pelo youtube.com/grupocataratas.

No final do dia, o PNUMA participará da Ecosurf Talks, às 20h, um papo especial onde serão abordadas as pautas ambientais da ONU no Brasil e alguns resultados da campanha Mares Limpos. Além disso, a conversa tratá discussões sobre como o engajamento, a comunicação e a mobilização social ajudam na conscientização sobre a importância de manter os oceanos limpos. A transmissão será pelo Instagram das duas organizações (@unep_pt e @ecosurfoficial).

Lançamento de relatório

A importância das gramas marinhas é destacada em um novo relatório, “Out of the Blue: O valor das gramas marinhas para o meio ambiente e as pessoas”, lançado pelo PNUMA, juntamente com o GRID-Arendal e o Centro de Monitoramento para a Conservação Mundial (UNEP-WCMC).

Sobre a Mares Limpos

A campanha #MaresLimpos do PNUMA chegou no Brasil em setembro de 2017 com objetivo de reduzir os impactos dos plásticos descartados nos oceanos. A campanha atua mobilizando governos, empresas e sociedade civil para mudar as formas de produzir, consumir e descartar o plástico e evitar que chegue aos oceanos.

Entre suas diversas iniciativas, a Mares Limpos busca sensibilizar governos a criarem políticas para redução do plástico, dialogar com indústrias para incentivar a redução de embalagens plásticas e convocar consumidores a mudarem seus hábitos de consumo e descarte.

Sobre o PNUMA

O PNUMA é a principal voz global em temas ambientais. Ele promove liderança e encoraja parcerias para cuidar do meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e pessoas a melhorarem a sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.

 

ACNUR distribui quase 1 tonelada de roupas de frio para refugiados no Brasil

Posted: 08 Jun 2020 12:23 PM PDT

A solicitante de refúgio Charlote, da República Democrática do Congo, retira sua roupa de inverno doada ao ACNUR pela empresa japonesa UNIQLO e distribuída no CIC do Imigrante, em São Paulo. Foto: Miguel Pachioni/ACNUR

Para ajudar pessoas refugiadas e migrantes em situação de vulnerabilidade a enfrentar as baixas temperaturas já registradas em várias partes do Brasil, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) iniciou a distribuição de roupas de frio para esta população. As roupas distribuídas foram doadas ao ACNUR pela empresa japonesa UNIQLO.

Quase uma tonelada de roupas será distribuída por meio dos parceiros do ACNUR em diferentes partes do país, onde o inverno se inicia oficialmente no próximo dia 21 de junho. A iniciativa beneficiará refugiados e migrantes em São Paulo, Roraima, Paraná e Rio Grande do Sul. No total, cerca de 900 quilos de roupas serão distribuídos nos próximos dias.

Às vésperas do inverno os termômetros na cidade de São Paulo já registraram uma baixa da temperatura média para esta época, que chegou a 11ºC  no final de maio. Já na região sul do país, a mínima temperatura registrada foi de -4ºC, afetando especialmente populações que enfrentam os desafios adicionais dos impactos sociais e econômicos gerados pela pandemia de coronavírus.

A primeira ação foi realizada no dia 3 de junho no Centro de Integração da Cidadania (CIC) do Imigrante, localizado no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Pouco mais de 150 peças foram repassadas às pessoas atendidas pela instituição e outras centenas foram entregues às organizações parceiras do ACNUR, que cobrem as regiões Sudeste e Sul do país: Cáritas Arquidiocesana de São Paulo (SP), Cáritas Paraná (PR), ASAV (RS) e Aldeias Infantis (várias localidades), com previsão de repasse às pessoas em situação de refúgio na próxima semana.

Em Boa Vista, a distribuição será feita aos refugiados e migrantes venezuelanos inscritos na estratégia de interiorização, que leva pessoas de Roraima para outros estados do país em busca de melhores condições de integração social e econômica.

Para Charlote, congolesa que vive no Brasil há cinco anos, o frio é uma preocupação adicional para quem precisa manter sua autossuficiência e avançar no processo de integração local. Em seu caso, ela suspendeu o curso profissionalizante que realizava e ficou desempregada devido ao fechamento dos negócios causado pela pandemia.

A situação de Charlote reflete a realidade das demais pessoas atendidas no CIC do Migrante, em São Paulo: 93% das 153 pessoas atendidas estão desempregadas, 76% não recebem o Bolsa Família e 59% não conseguiram ainda ter acesso ao auxílio emergencial pago pelo Governo Federal.

“As roupas chegaram no momento em que mais precisamos. Já parece que estamos no inverno de São Paulo pelo frio que está fazendo. E as dificuldades que temos enfrentado deixam nossas vidas ainda mais inseguras”, disse a enfermeira de 42 anos. Ela recebeu um novo casaco, com gola reforçada e capuz para se proteger do frio.

A situação de insegurança alimentar e de poucos recursos também é a realidade de Saidu, de 30 anos, que chegou ao Brasil no ano passado, vindo da Burkina Faso. Ele está sem trabalho e não está inscrito em qualquer serviço social por dificuldade de reconhecimento da sua documentação, o protocolo de solicitação de refúgio.

“A situação está muito difícil neste momento. Eu trabalhava como cozinheiro, estava pagando minhas contas, conseguindo juntar um pouco de dinheiro para ter meu próprio negócio. Mas o restaurante fechou. O dono disse que assim que reabrir vai me contratar novamente, mas não há uma previsão. E as despesas vão se acumulando”, contou o cozinheiro.

As medidas de confinamento decorrentes da COVID-19 fazem com que muitas das pessoas que chegaram ao Brasil em busca de proteção internacional estejam em uma situação de pobreza, caindo muitas vezes num ciclo de vulnerabilidade social que envolve a uma alimentação insuficiente e falta de recursos para cobrir necessidades básicas, como saúde, moradia, vestuário e alimentação. Isso aumenta os riscos de proteção desta população.

“A distribuição de roupas atende a uma das mais urgentes necessidades humanitárias de pessoas refugiadas e migrantes em situação de vulnerabilidade, especialmente nesta época do ano. Estamos felizes de fazer isso com o apoio de nossos doadores do setor privado e em colaboração com parceiros governamentais e da sociedade civil”, afirmou o Representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas.

A Agência da ONU para Refugiados segue comprometida em garantir os direitos fundamentais das pessoas refugiadas no Brasil, reforçando sua atuação em diversas localidades para superar os desafios existentes.

 

COVID-19 deve agravar situação de saúde, pobreza e capacidade de recuperação da população negra no Brasil

Posted: 08 Jun 2020 12:09 PM PDT

Passageiros usam máscaras na estação Pinheiros, em São Paulo (SP). Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

Passageiros usam máscaras na estação Pinheiros, em São Paulo (SP). Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

Pesquisadores, representantes da sociedade civil e gestores públicos discutiram na semana passada (4) os impactos da pandemia de COVID-19 sobre a população negra no Brasil, durante webinário realizado por Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Na abertura do evento online, a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, lembrou que a pandemia, unida ao racismo e à dificuldade da população negra de exercer seus direitos, tem resultado no agravamento de doenças, na maior letalidade frente à COVID-19 e em mais desemprego e pobreza.

Os pesquisadores presentes citaram também os obstáculos que as iniquidades, o racismo e a discriminação impõem à população negra brasileira, a tornando mais vulnerável nesse contexto de pandemia.

O subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Juvenal Araújo Júnior, traçou um panorama da história das políticas de igualdade racial brasileiras.

“Graças a ícones e movimentos negros brasileiros, a política de promoção da igualdade racial no Brasil foi implementada. Mas ainda existem desafios que ainda não foram possíveis vencer. Não há outra forma de conseguirmos equidade e igualdade racial no Brasil sem ser por meio de políticas públicas. Estas devem ser efetivas e permanentes.”

O subsecretário também citou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. “Temos esse programa porque a população negra é mais suscetível a determinadas doenças, a mais famosa é a anemia falciforme, assim como o negro também é mais propenso a ter diabetes Mellitus, glaucoma e hipertensão arterial.”

“Nesse momento de pandemia, a população negra não está incluída no grupo de risco, mas hoje estamos com o maior número de morbidade de pessoas negras”.

Para ampliar o debate sobre a taxa de letalidade do novo coronavírus, o professor adjunto do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Alexandre da Silva, lembrou que existem vários grupos sociais, como pessoas idosas, negras e pobres, que estão expostos aos mais diversos tipos de vulnerabilidade.

“Mas é perceptível que a COVID-19 possui um acometimento desigual, pois em qualquer faixa etária, se observa que o óbito é maior para pessoas pretas e pardas no Brasil.”

Taxa de letalidade da COVID-19 por raça/cor. Fonte: PUC-RJ

Taxa de letalidade da COVID-19 por raça/cor. Fonte: PUC-RJ

A coordenadora da ONG Criola, Lúcia Xavier, alertou lembrou os desafios que a população negra enfrenta no cenário atual. “Como não há uma data para a pandemia acabar, certamente vamos passar algum tempo tentando buscar novas formas de prevenção e controle.”

Ela ressaltou que a pandemia acirrou e vai continuar acirrando a crise sanitária, econômica, política e social. “As questões sociais relacionadas à população negra não serão as mesmas depois da pandemia, porque os sistemas econômicos, políticos e sociais também se transformaram nesse período e, consequentemente, a lógica capitalista e excludente também muda.”

Do ponto de vista internacional, a coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres (com base em Moçambique desde 2014), Graça Samo, afirmou que a pandemia se dá em um contexto capitalista, colonialista e racista.

“A forma como a resposta é dada, é similar à do colonialismo, pois temos que nos submeter a medidas de prevenção e proteção que caíram de cima para baixo, não tivemos tempo para analisar até que ponto essas medidas são as que melhor se adequam à nossa realidade e até que ponto vão contribuir para que vidas sejam salvas”, disse.

Assista ao debate na íntegra

A cada semana, a série “População e Desenvolvimento em Debate” promovida por UNFPA e ABEP realiza discussões entre academia, governo e sociedade civil sobre temas emergentes na Agenda de População e Desenvolvimento aliadas ao contexto atual.

Na próxima edição, a série de webinários vai abordar saúde coletiva e engajamento social no contexto da COVID-19.

 

Grupo Cataratas renova parceria com agência da ONU para conservação de parques naturais

Posted: 08 Jun 2020 11:46 AM PDT

A parceria coincide com as ações da Semana Mundial do Meio Ambiente. Foto: PNUMA

A parceria coincide com as ações da Semana Mundial do Meio Ambiente. Foto: PNUMA

Em meados do ano passado, a comunidade científica internacional alertou para a crise na biodiversidade no planeta. Liderado pela ONU, um estudo apontou o risco de desaparecimento de 1 milhão de espécies de animais e vegetais, ameaçadas pela atuação do homem.

Poucos meses antes, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) havia declarado a Década da Restauração, período de 2021 a 2030, que congrega diversas frentes de trabalho e iniciativas para a restauração dos ecossistemas globais.

É nesse contexto que a concessionária de parques Grupo Cataratas anunciou a renovação do Memorando de Entendimentos com o PNUMA.

A iniciativa coincide com as ações da Semana Mundial do Meio Ambiente, que visa propor que as pessoas repensem sua relação com a natureza, colocando o meio ambiente no centro das decisões.

Intitulada “Hora do Natureza” a campanha mundial do PNUMA para 2020 traz discussões importantes sobre o colapso ambiental e faz um chamado para que todos trabalhem para reverter essa situação.

“Por ano, recebemos mais de 5 milhões de visitantes em nossos parques e não mediremos esforços para impactar o máximo de pessoas com a mensagem da conservação. Algumas ações já vêm apresentando resultados expressivos, como a redução de consumo de plástico em nossas operações, boas práticas na cadeia produtiva de fornecedores e parceiros”, explica Pablo Morbis, presidente do Grupo Cataratas.

“São essas boas ideias que precisamos levar a mais e mais pessoas, fazendo com que elas se sintam parte da mudança de que o planeta precisa.”

Para Denise Hamú, representante do PNUMA no Brasil, “o manejo efetivo das áreas protegidas é fundamental para a conservação da biodiversidade”.

“E o Grupo Cataratas tem feito um excelente trabalho neste sentido, destacando, ao mesmo tempo, atrativos icônicos da natureza do Brasil. Uma das respostas do PNUMA à COVID-19 é trabalhar com o meio ambiente para proteger as pessoas. E a valorização das áreas naturais está no centro desta reestruturação, assim como a restauração de ecossistemas degradados e formas de produção e consumo mais sustentáveis.”

O Memorando de Entendimentos prevê, ainda, um estudo que irá levantar alternativas inovadoras para os desafios estruturais que afetam ambientalmente o arquipélago de Noronha e colocam em risco um dos ecossistemas mais ricos do planeta.

Atualmente, cerca de 90% da energia da ilha provêm da combustão de óleo diesel, gerando um consumo de 15 mil litros por dia. O abastecimento de água, que se dá por meio do processo de dessalinização, é caro e pouco efetivo, e a falta do saneamento básico afeta cerca de 40% da ilha. A gestão de resíduos sólidos também será um tema abordado nesse estudo.

 

UNODC apoia autoridades brasileiras no combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas

Posted: 08 Jun 2020 10:49 AM PDT

Desaceleração econômica mundial, que se traduz em um aumento acentuado do desemprego, pode aumentar o tráfico transfronteiriço de pessoas provenientes de países que registram quedas duradouras das taxas de emprego. Foto: ONU

Desaceleração econômica mundial, que se traduz em um aumento acentuado do desemprego, pode aumentar o tráfico transfronteiriço de pessoas provenientes de países que registram quedas duradouras das taxas de emprego. Foto: ONU

A iniciativa TRACK4TIP no Brasil facilitou o acesso aos cursos online de e-Learning do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime  (UNODC) ao Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) de combate ao trabalho escravo da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).

A plataforma online do UNODC oferece treinamentos sobre ameaças à segurança internacional, como crime organizado transnacional, terrorismo, drogas ilícitas, tráfico de pessoas e contrabando de migrantes, crimes florestais e vida selvagem, crimes cibernéticos, além de fornecer treinamento sobre controle de fronteiras, análise de inteligência, questões de gênero, anticorrupção, HIV/AIDS e direitos humanos.

Esses cursos, desenvolvidos por especialistas internacionais, permitem que agentes responsáveis pela aplicação da lei e outros profissionais ampliem seus conhecimentos e se mantenham atualizados no que se refere à luta da comunidade internacional contra o crime organizado, em conformidade com os padrões e normas das Nações Unidas e outros instrumentos internacionais relevantes.

Desde março, as operações do GEFM de combate ao trabalho escravo foram suspensas em nível nacional, devido às restrições impostas pela COVID-19. O adiamento das operações deve afetar o número de trabalhadores resgatados do tráfico de pessoas e do trabalho escravo, neste ano, e o número de casos apresentados à Justiça.

Com a suspensão das operações, o GEFM tem se concentrado na capacitação para se manter atualizado e ampliar seus conhecimentos, o que pode beneficiar ações e operações futuras. Novos desafios, como o combate ao tráfico de pessoas para trabalho forçado entre fluxos migratórios, criaram a necessidade de melhorar as respostas políticas que possam proteger melhor as vítimas e potenciais vítimas.

Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização para a Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE), Maurício Krepsky Fagundes, as operações do Grupo Móvel foram suspensas, neste período de pandemia, para cumprir as determinações das autoridades. “O treinamento oferecido pelo UNODC contribuirá para uma atuação ainda mais qualificada do Grupo Móvel em seu retorno.”

No Brasil, grupos de direitos humanos estimam que milhares de pessoas trabalham em condições análogas às da escravidão em fazendas, plantações de cana de açúcar e fazendas de gado nas localidades remotas do Brasil, além de fábricas urbanas e canteiros de obras.

Nas áreas urbanas, muitas das vítimas de trabalho forçado são migrantes irregulares que trabalham em fábricas. Além disso, migrantes irregulares geralmente desconfiam ou até resistem à intervenção protetora de agentes públicos. Não é raro que esses trabalhadores declarem sua intenção de permanecer na mesma situação. Muitos desconhecem a legislação brasileira e, combinados com a vulnerabilidade social e econômica em que se encontram, ficam expostos à revitimização.

Nesse contexto, o GEFM estabelece parceria com as autoridades locais e federais que os acompanham nas operações e entra com ações judiciais, quase sempre contra os empregadores. Essas parcerias incluem a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Federal (PF), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública Federal (DPU).

TRACK4TIP é uma iniciativa de três anos (2019-2022) implementada pelo UNODC, com o apoio do Escritório de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas/JTIP do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

O projeto beneficia oito países da América do Sul e do Caribe com ações nacionais e regionais em Equador, Peru, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Curaçao e Aruba.

O objetivo geral é melhorar a resposta da justiça criminal regional ao tráfico de pessoas nos fluxos migratórios dos países beneficiários, por meio de uma abordagem multidisciplinar e centrada na vítima, com ações em nível regional e nacional para identificar, prevenir e processar casos.

 

UNICEF retoma campanha de prevenção ao racismo com foco em crianças e adolescentes

Posted: 08 Jun 2020 10:43 AM PDT

Foto: UNICEF

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reativou a campanha “Por uma infância sem racismo” nos seus canais de mídias sociais. Baseada na ideia de ação em rede, a iniciativa reúne 10 ações ou comportamentos que cada pessoa pode adotar para assegurar o respeito e a igualdade étnico e racial desde os primeiros anos de vida.

Confira as 10 maneiras de contribuir para uma infância sem racismo:

  1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
  2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!
  3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
  4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
  5. Denuncie! Em todos os casos de discriminação, busque defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
  6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
  7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnica e racial.
  8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
  9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
  10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Confira o post do UNICEF em instagram.com/unicefbrasil.

Conheça a campanha “Por uma infância sem racismo”.

 

Webinar debate prevenção da COVID-19 no meio rural

Posted: 08 Jun 2020 10:22 AM PDT

Atividades rurais e extrativistas são essenciais e, por isso, não pararam durante a pandemia. Foto: PNUD/Abed Zagout

Atividades rurais e extrativistas são essenciais e, por isso, não pararam durante a pandemia. Foto: PNUD/Abed Zagout

Atividades rurais e extrativistas são essenciais e, por isso, não pararam durante a pandemia. Para fornecer informações sobre cuidados de prevenção necessários durante plantio, colheita e comercialização, a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e o Projeto Bem Diverso promovem na quarta-feira (10) o webinar “COVID-19: Medidas de Prevenção no Meio Rural”.

O evento online começa às 10h, com transmissão no YouTube da Embrapa, e conta com a participação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; da representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Katyna Argueta; do presidente da Anater, Ademar Silva Júnior; do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti; e da chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Cléria Inglis.

A proposta é transmitir informações para agricultores familiares, pequenos produtores, extrativistas, cooperativas e agroindústrias de várias regiões do país que integram a cadeia que planta, colhe, processa e comercializa produtos da sociobiodiversidade.

O webinar também terá apresentações técnicas do coordenador do Bem Diverso e pesquisador da Embrapa, Anderson Sevilha; do engenheiro agrônomo da Anater Sergio Burgardt; do engenheiro agrônomo da Embrapa André Dutra; e do secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke.

Boas práticas

No contexto da pandemia, o projeto Bem Diverso tem intensificado o fornecimento de informações seguras sobre boas práticas no campo e nas agroindústrias, direcionadas a agricultores familiares, extrativistas e trabalhadores de cooperativas e associações comunitárias.

Os protocolos foram adaptados para incluir salvaguardas de saúde para enfrentar a realidade pandêmica e um conjunto de diretrizes para a saúde alimentar e de trabalhadores.

Durante o webinar, além dos materiais produzidos pela Anater, também serão apresentados os cuidados em relação às boas práticas de fabricação nas agroindústrias, e as ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sempre com a finalidade de dar segurança às atividades desenvolvidas pelo trabalhador no campo.

Bem Diverso

O projeto Bem Diverso é uma iniciativa da Embrapa em parceria com o PNUD, e conta com recursos Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês).

Com atuação em três biomas, Amazônia, Caatinga e Cerrado, tem como objetivos principais a conservação da sociobiodiversidade e o desenvolvimento econômico local nos territórios onde atua, gerando renda e trabalho para as comunidades.

Serviço

Webinar “COVID-19: Medidas de Prevenção no Meio Rural”

Data: 10/06/2020 (quarta-feira)

Horário: 10h (hora de Brasília)

Realização: Projeto Bem Diverso (Embrapa/PNUD/GEF) e Anater

Link de acesso: www.youtube.com/embrapa

 

ONU-Habitat lança documento sobre prevenção de despejos e remoções na crise de COVID-19

Posted: 08 Jun 2020 07:38 AM PDT

Foto: Projeto Miséria que Habita/Henrique de Campos

Foto: Projeto Miséria que Habita/Henrique de Campos

À medida que a COVID-19 se espalha pelo mundo, bilhões de pessoas têm sido aconselhadas a ficar em casa, praticar distanciamento físico, lavar as mãos regularmente e usar máscaras de proteção.

Entretanto, essas simples medidas preventivas de saúde pública são impossíveis de serem seguidas por pessoas em situação de rua ou que vivem em condições inseguras ou de alto adensamento, na maioria das vezes sem acesso à água potável e saneamento.

Além disso, o contexto de instabilidade econômica – paralisação dos serviços e consequentes demissões e reduções da jornada de trabalho e dos salários, também agravado pela pandemia, pode diminuir parcial ou totalmente a renda de muitas famílias, contribuindo para aumentar as condições de precariedade e insegurança habitacional, principalmente dos mais pobres e vulnerabilizados.

Diante desse contexto, o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) lançou a “Declaração de política do ONU-Habitat sobre a prevenção de despejos e remoções durante a COVID-19”.

O documento reconhece esforços dos inúmeros governos nacionais e locais que proibiram os despejos e remoções, ou suspenderam pagamentos de financiamentos e aluguéis durante a pandemia.

No entanto, aponta também que os despejos e remoções continuam acontecendo em diversos locais, afetando em especial os moradores dos bairros precários, assentamentos informais e favelas.

Durante a pandemia, o ONU-Habitat encoraja que governos adotem medidas emergenciais para atender as necessidades básicas de comunidades ou bairros vulneráveis, como alimentos, água, saneamento, higiene e cuidados primários de saúde; além de medidas específicas para garantir o direito à moradia adequada, como a proibição dos despejos devido a atrasos de aluguel, o adiamento de pagamentos de financiamentos, a suspensão de despejos forçados e de custos e sobretaxas de serviços públicos, a criação de fundos de emergência para reduzir a exposição a categorias de risco, entre outras.

A Declaração orienta que, nos casos excepcionais em que despejos e remoções são inevitáveis, eles devem prever as máximas proteções possíveis para garantir a saúde e a segurança das pessoas afetadas e serem conduzidos de acordo com as leis nacionais pertinentes e as orientações internacionais de direitos humanos, como os princípios básicos e diretrizes sobre despejos e remoções das Nações Unidas.

Medidas de proteção à segurança da posse

A relatora especial da ONU sobre o direito à moradia adequada, Leilani Farha, também deu uma série de orientações sobre moradia adequada e COVID-19. Para Farha, a moradia tornou-se a linha da frente da defesa frente ao novo coronavírus. “Antes, a moradia não se apresentava como uma situação de vida ou morte como neste momento”, disse.

A manutenção da vida cotidiana sem despejos e remoções forçadas é uma questão de saúde global, uma vez que permite o isolamento físico e a redução da exposição à COVID-19 e seus ciclos de contágios.

Garantir que sistemas habitacionais sustentáveis e resilientes sejam implementados e que o direito à moradia segura e acessível não seja violado é fundamental para mitigar os impactos durante e após a pandemia, de acordo com o ONU-Habitat.

 

Cartilha bilíngue sobre autocuidado e higiene para crianças migrantes é lançada com apoio da OIM

Posted: 08 Jun 2020 07:13 AM PDT

Cartilha ajudará a conscientizar crianças migrantes sobre a transmissão de doenças, como a COVID-19. Foto: Cáritas Brasileira

Cuidar de si, é cuidar do mundo; dentes saudáveis, sorriso mais feliz; hora do banho; a natureza somos nós e está em suas mãos: são os temas abordados nas atividades da cartilha “Manitas Brillantes”, que em português significa “mãos brilhantes” – um material desenvolvido para o público infantil, que busca incentivar boas práticas de higiene e cuidado com o meio ambiente através de atividades lúdicas. O material tem como foco o autocuidado e reforça a importância da lavagem das mãos, ato de extrema importância em meio ao atual cenário de pandemia.

A cartilha foi produzida pelo ‘Projeto Orinoco: Águas que atravessam Fronteiras’, da Cáritas Brasileira , apoiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID/OFDA) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Segundo o coordenador local do Projeto Orinoco, Raphael Macieira, a cartilha se baseia em narrativas reais das crianças migrantes e apresenta um pouco da cultura do país receptor .“Queremos também apresentar um pouco da cultura brasileira, além disso, a cartilha traz um poema em forma de cordel que conduz as atividades e conta a trajetória de uma criança venezuelana recém chegada ao Brasil e sua rotina de hábitos de higiene de uma maneira divertida”, explicou.

O material tem um papel fundamental na conscientização sobre doenças, como a COVID-19, por exemplo. A cartilha foi baseada na Teoria dos 21 dias, onde entende-se que é o tempo necessário para a mudança de determinado hábito, nesse caso, incentiva-se a mudança de hábitos relacionados à higiene. Dessa forma, as educadoras do Projeto Orinoco desenvolveram 21 atividades com enfoque na promoção de higiene, que podem ser trabalhadas diariamente com o apoio de outras ferramentas pedagógicas como músicas, vídeos e danças.

A educadora venezuelana do Orinoco, Éukaris Couttiller, enfatiza que além do papel de promoção de higiene, a cartilha foi pensada também como um método para diminuir os processos xenófobos vividos por crianças migrantes e incentivar a integração, já que a cartilha é bilíngue (português e espanhol). “Pensando em um cenário pandêmico e, principalmente, pós-pandêmico, essa cartilha com certeza terá belos frutos nas redes de ensino, como uma forma de combater a xenofobia e discriminação durante o processo educacional e também nas mudanças de hábitos higiênicos das crianças”, afirmou.

Distribuição

Seguindo o Plano de Contingência da Cáritas Brasileira para enfrentar a pandemia do coronavírus, a equipe formada pelas educadoras do Projeto Orinoco está organizando a entrega dos exemplares da cartilha “Manitas Brillantes” para organizações e agências humanitárias que realizam atividades junto a crianças migrantes, além da Prefeitura de Boa Vista e Pacaraima. Antes da distribuição, houve uma apresentação on-line para que as organizações pudessem entender os objetivos e receber algumas indicações de como a cartilha pode ser trabalhada com as crianças.

Ao todo, serão 1.500 exemplares distribuídos, impressos com o apoio da OIM, que recebeu 200 unidades do material para trabalhar com crianças migrantes na Área de Proteção e Cuidado (APC), localizada na Rodoviária Internacional de Boa Vista, e com crianças indígenas da etnia Warao que residem na ocupação espontânea Ka-Ubanoco.

O projeto Direitos Humanos: Crianças em Movimento, dos Maristas; Fundação Fé e Alegria, Instituto Pirilampos, Visão Mundial, Serviço Jesuítas para Migrantes e Refugiados (SJMR), Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Boa Vista e Pacaraima, também serão contemplados com exemplares da cartilha.

Para garantir o uso efetivo, foram organizados pequenos kits para serem entregues com a cartilha, compostos por lápis, borracha, caixa lápis de cor e apontador, assim, as crianças poderão usufruir totalmente das brincadeiras e atividades que a cartilha oferece.

As organizações que se interessarem pelo material, poderão acessá-lo gratuitamente na biblioteca do site da Cáritas Brasileira: clique aqui.

 

OPAS lança pesquisa sobre consumo de álcool durante o distanciamento social

Posted: 08 Jun 2020 06:11 AM PDT

OPAS lança pesquisa sobre uso de álcool e COVID-19.

O consumo de álcool é principalmente uma atividade social, geralmente realizada em público, em locais públicos, festivais e eventos. A disponibilidade de álcool nesses locais diminuiu com a implementação do isolamento social e outras medidas para conter a propagação da COVID-19. É importante saber o que mudou nos hábitos da população, para que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) possa responder de maneira adequada através de informação, educação, serviços de assistência e outras estratégias, conforme necessário e de maneira oportuna.

Por esse motivo, a OPAS preparou uma pesquisa anônima e confidencial para ser respondida por pessoas maiores de 18 anos que moram em um país da América Latina ou do Caribe. Neste questionário, não será necessário nome ou endereço, nem será possível rastrear endereço IP ou número de telefone. Solicita-se apenas informações demográficas gerais para serem usadas para preparar estatísticas populacionais de cada país.

A OPAS não oferece benefícios para as pessoas que responderem ao questionário, mas a participação nesta pesquisa ajudará os especialistas em saúde pública a entender a situação de cada país e região e planejar soluções, que ajudarão na prevenção e gerenciamento das consequências da COVID-19 e das medidas relacionadas para conter sua propagação. Esta pesquisa leva cerca de 15 minutos para ser concluída.

A pesquisa é financiada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e foi aprovada pelo Comitê de Ética da OPAS.

Requisitos para participar da pesquisa:
– Ter mais de 18 anos de idade;
– Morar em qualquer um dos países da América Latina ou do Caribe desde 15 de março de 2020.

Prazo:
– As respostas serão aceitas até 30 de junho de 2020.

Clique aqui para acessar o questionário e responder à pesquisa.

Você pode enviar o link da pesquisa a qualquer um dos seus contatos maiores de 18 anos para que eles também possam respondê-la.

Mais Informações (em inglês):
Coronavirus Disease (COVID-19)
Alcohol

 

ONU: oceanos são pulmões do planeta e maior meio de absorção de carbono

Posted: 08 Jun 2020 04:22 AM PDT

A pandemia da COVID-19 é um forte aviso de como estamos todos interligados – uns com os outros e com a natureza.

Em mensagem especial em vídeo para o Dia Mundial dos Oceanos, marcado nessa segunda-feira (8), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lembrou que, enquanto o mundo trabalha para acabar com a pandemia e sair melhor do que estávamos, temos uma “oportunidade única e a responsabilidade de corrigir a nossa relação com o meio ambiente, incluindo os mares e os oceanos do mundo”.

“Contamos com os oceanos para alimentação, meios de subsistência, transporte e comércio. E, enquanto pulmões do nosso planeta e o seu maior meio de absorção de carbono, os oceanos desempenham um papel vital na regulação do clima global”, explicou Guterres.

Atualmente, o nível do mar está subindo devido às mudanças climáticas, ameaçando vidas e meios de subsistência em nações, cidades e comunidades costeiras e baixas de todo o mundo. Os oceanos estão se tornando mais ácidos, colocando em risco a biodiversidade marinha e as cadeias alimentares essenciais. E pior: a poluição do plástico está por todo o lado.

O tema deste Dia Mundial dos Oceanos é a inovação para um oceano sustentável. “Uma melhor compreensão dos oceanos é essencial para conservar as reservas de peixes e descobrir novos produtos e medicamentos. A próxima Década das Nações Unidas da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento Sustentável dará impulso e uma estrutura comum à ação”, lembrou o secretário-geral.

“Apelo a todos os governos e a todas as partes interessadas para que se comprometam com a conservação e a sustentabilidade dos oceanos através da inovação e da ciência.”

Acompanhe o tema clicando aqui.

UNESCO reforça a importância da preservação do maior ecossistema do planeta

Em nota, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lembrou que os oceanos cobrem dois terços da superfície da Terra e geram quase todo o oxigênio que respiramos. Regulam o clima no planeta, fornecem alimentos e vários outros serviços essenciais. Mais de 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha para sua subsistência.

Ações humanas têm colocado em risco os habitats marinhos. A presença de plásticos no oceano, por exemplo, aumentou em dez vezes desde 1980, levando à morte de mais de 1 milhão de aves marinhas e 100 mil mamíferos marinhos a cada ano.

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável de 2021 a 2030, que está sob a coordenação da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO. Ela visa a incentivar a colaboração científica internacional, bem como o gerenciamento sustentável dos oceanos com base na integração entre a ciência e a política.

Comitê Nacional para a Década dos Oceanos

UNESCO e parceiros lançam nesta segunda-feira (8), oficialmente, o Comitê Nacional para a Década dos Oceanos, que reúne outras organizações internacionais, representantes do governo, sociedade civil e academia.

O objetivo é desenvolver um plano com diretrizes claras sobre onde queremos chegar nos próximos dez anos em relação à proteção dos oceanos. Em paralelo, será lançado o website “O Brasil na Década”, que vai destacar todas as agendas do Comitê. No segundo semestre, serão sete oficinas em todo o país, em um processo construtivo e participativo, com o objetivo de arrecadar fundos e gerar apoio institucional para a implementação do plano.

“Com o lema ‘A ciência que precisamos, para o futuro que queremos’, a Década criará oportunidades para mobilizar a comunidade científica, a classe política e toda a sociedade para a conservação e o uso sustentável do oceano, e potencializar o alcance do ODS 14, relacionado ao oceano e vida marinha”, destacou a Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Noleto.

Além disso, a UNESCO, a COI e a Universidade Federal de São Paulo vão lançar o “Cultura Oceânica”. É um kit pedagógico, que estará disponível online e com acesso gratuito, apresentando de forma didática para públicos de todas as idades os processos complexos que acontecem nos oceanos, as funções marinhas, e a importância da preservação.

 

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