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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “OMS recomenda que máscaras caseiras tenham três camadas de diferentes materiais” e 15 outros.

OMS recomenda que máscaras caseiras tenham três camadas de diferentes materiais

Posted: 05 Jun 2020 01:41 PM PDT

Vendedoras usam máscaras em um mercado de alimentos no Japão. Foto: Unsplash/Jérémy Stenuit

Vendedoras usam máscaras em um mercado de alimentos no Japão. Foto: Unsplash/Jérémy Stenuit

Os governos em áreas com ampla transmissão de COVID-19 devem incentivar o uso de máscaras não médicas no transporte público, em lojas e em outros locais onde o distanciamento físico é difícil, recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), em orientações atualizadas nesta sexta-feira (5).

Além disso, pessoas com mais de 60 anos ou que tenham condições de saúde pré-existentes devem usar máscaras médicas nesses ambientes, enquanto todos os trabalhadores nas áreas clínicas dos estabelecimentos de saúde também devem usá-las – não apenas aqueles que lidam com pacientes com COVID-19.

No entanto, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu contra confiar demais nas máscaras, enfatizando que elas são apenas parte de uma estratégia mais abrangente para derrotar a doença.

“Não posso dizer isso mais claramente: máscaras por si só não o protegerão da COVID-19”, disse ele a jornalistas.

“As máscaras não substituem o distanciamento físico, a higiene das mãos e outras medidas de saúde pública.”

Três camadas de proteção

A OMS emitiu as orientações atualizadas após uma análise das evidências disponíveis e ampla consulta com especialistas internacionais e grupos da sociedade civil.

Ele contém novas informações sobre a composição de máscaras de tecido e outros revestimentos faciais, com base em pesquisas encomendadas pela agência da ONU.

As máscaras podem ser compradas ou caseiras e devem ter três camadas: idealmente um forro de algodão, uma camada externa de poliéster e um “filtro” médio feito de polipropileno ou algum outro material não tecido.

“Com essas três camadas, e nessa combinação, esse tecido pode realmente fornecer uma barreira mecanicista de que, se alguém foi infectado com COVID-19, poderia impedir que essas gotículas passassem e infectassem outra pessoa”, disse Maria van Kerkhove, epidemiologista da OMS.

Fique em casa

A OMS continua recomendando que qualquer pessoa com sintomas de COVID-19 fique em casa e procure ajuda médica.

As pessoas que cuidam delas devem usar uma máscara médica quando estiverem no mesmo cômodo.

“Se for absolutamente necessário que uma pessoa doente ou um contato saia de casa, devem usar uma máscara médica”, disse Tedros.

Enquanto isso, os pacientes confirmados com COVID-19 ainda devem ser isolados e tratados em um ambiente de saúde, enquanto todos os seus contatos devem ficar em quarentena.

Clique aqui para acessar as orientações atualizadas da OMS (em inglês).

 

Países devem agir para garantir segurança dos alimentos em toda a cadeia produtiva

Posted: 05 Jun 2020 01:05 PM PDT

Foto: OPAS

O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA-OPAS/OMS) pede aos países das Américas que adotem as medidas necessárias para garantir a segurança dos alimentos em toda a cadeia produtiva e garantir produtos seguros para os consumidores. A chamada acontece às vésperas do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, celebrado em 7 de junho.

Este ano, a ênfase é colocada na importância da segurança dos alimentos nos mercados tradicionais, que são a principal fonte de alimentos frescos e acessíveis para muitos grupos de baixa renda e, por sua vez, uma importante fonte de subsistência para milhões de habitantes urbanos e rurais em toda a região.

No entanto, os mercados tradicionais, particularmente aqueles que vendem animais vivos, podem representar um risco de transmissão de doenças de animais para humanos (doenças zoonóticas). Por isso, é importante que a produção e a venda de animais vivos sejam reguladas para evitar a propagação de doenças emergentes.

“Além da segurança, queremos destacar que, do ponto de vista da saúde pública, os mercados de alimentos podem ser um foco potencial de surtos de doenças zoonóticas e transmissão de doenças. Por esses motivos, é importante alertar as autoridades dos países da região sobre a necessidade de regulamentos e inspeções para evitar riscos em centros de transporte, centros de retenção e mercados”, afirmou o diretor da PANAFTOSA, Ottorino Cosivi.

A gerente do programa de segurança alimentar da PANAFTOSA, Margarita Corrales, explicou que os alimentos que contêm bactérias, vírus, parasitas ou produtos químicos nocivos, causam mais de 200 doenças – desde diarreia até câncer. “As doenças transmitidas por alimentos são um problema global de saúde pública e é por isso que cooperamos com os países das Américas para fortalecer seus sistemas de segurança alimentar”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, globalmente, uma em cada 10 pessoas adoece após consumir alimentos contaminados e que 420 mil morrem a cada ano por este motivo. Crianças menores de 5 anos são as mais afetadas, com 125 mil mortes anuais.

Na América Latina e no Caribe, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) está trabalhando com os países para fortalecer seus sistemas de segurança de alimentos por meio de seu Plano de Ação Regional para Cooperação Técnica em Segurança de Alimentos, coordenado pelo PANAFTOSA.

Garantindo a segurança dos alimentos

Para garantir a segurança dos alimentos, o PANAFTOSA especifica as seguintes ações que devem ser seguidas por todos os atores da cadeia produtiva, do campo à mesa, para a produção segura de alimentos:

– Garantir a segurança: os governos devem garantir alimentos seguros e nutritivos para todos, por meio de políticas que possam promover a agricultura e sistemas alimentares sustentáveis, e colaboração multissetorial entre saúde pública, saúde animal, agricultura e outros setores.

– Cultivar alimentos seguros: os produtores agrícolas devem garantir o fornecimento de alimentos seguros aos consumidores.

– Manter os alimentos seguros: os operadores comerciais devem garantir que os alimentos sejam transportados, armazenados e processados com segurança, não apenas para manter os alimentos seguros, mas para preservar seu valor nutricional.

– Consumir alimentos com segurança: os consumidores precisam ter acesso a informações oportunas, claras e confiáveis sobre o risco nutricional e de doença associado às suas escolhas alimentares.

– Agir em conjunto pela segurança: governos, agências econômicas regionais, organizações das Nações Unidas, agências de desenvolvimento, organizações comerciais, grupos de consumidores e produtores, instituições acadêmicas e de pesquisa, bem como entidades do setor privado, devem trabalhar em conjunto em questões de segurança dos alimentos.

Sobre o PANAFTOSA

O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA) faz parte do Departamento de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde da OPAS/OMS.

O PANAFTOSA é responsável por coordenar o Programa de Saúde Pública Veterinária e trabalha para prevenção, vigilância e controle de zoonoses, promovendo iniciativas para melhorar os sistemas de segurança alimentar e a erradicação da febre aftosa, com o objetivo de promover a saúde pública e o desenvolvimento socioeconômico da região.

Veja aqui a campanha internacional para o Dia Mundial da Segurança Alimentar 2020.

 

 

UNICEF lança podcast diário para crianças, com foco em histórias e saberes da Amazônia

Posted: 05 Jun 2020 12:25 PM PDT

Mulher com um fantoche de mão está ao lado de uma criança também com um fantoche de mão. Foto: Ratão Diniz/UNICEF

Marcando o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta sexta-feira, 5 de junho, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lança um conjunto de programas de rádio diários para crianças e famílias de todo o País, com foco na cultura amazônica – incluindo histórias indígenas, ribeirinhas, quilombolas e os saberes da região. O conteúdo faz parte do Deixa que Eu Conto, iniciativa do UNICEF para levar histórias, brincadeiras e atividades a crianças e famílias, via rádio e internet, em tempos de coronavírus.

“Deixa que Eu Conto” é voltado para crianças que estão em idade de frequentar a pré-escola e em processo de alfabetização (anos iniciais do ensino fundamental). Os 24 episódios da Amazônia são apresentados pelo educador paraense Leandro Medina e pela pesquisadora de culturas tradicionais Andrea Soares. Cada episódio traz lendas, histórias, brincadeiras e outros conteúdos inspirados nas diferentes culturas que formam a Amazônia Legal brasileira. O programa busca, ainda, apresentar reflexões sobre as dificuldades enfrentadas pela infância na região.

Cada programa possui 30 minutos de duração e está dividido em quatro eixos temáticos, representando diferentes locais e costumes: Amazônia Indígena, Viveres Ribeirinhos, Quilombos da Amazônia e Amazônia Encantada.

Segundo o chefe de Educação do UNICEF no Brasil, Ítalo Dutra , com as escolas fechadas, há o risco de o isolamento social agravar as desigualdades nas aprendizagens, impactando especialmente meninas e meninos em situação de maior vulnerabilidade – entre eles, moradores de comunidades e periferias, indígenas e quilombolas, e crianças com deficiência. “Deixa que Eu Conto foi pensado para alcançar todas as famílias, levando em consideração as diferentes realidades brasileiras”, explicou.

Para chegar a cada menina e menino, os programas estão disponíveis em diferentes plataformas. O conteúdo pode ser acessado pelo Spotify e no YouTube de forma gratuita, com episódios lançados diariamente.

Para as rádios, o UNICEF disponibiliza todos os conteúdos para download gratuito neste site. Cada programa está dividido em quadros, podendo ser editados pela emissora de acordo com o que melhor se encaixar no tempo disponível e na programação.

O UNICEF está, ainda, disponibilizando os podcasts em áudio, via WhatsApp, para que sejam compartilhados em grupos de gestores municipais, educadores, grupos de mães, etc. O conteúdo está também disponível na plataforma aprendendosempre.org, parceria de diversas organizações, entre elas o UNICEF, para contribuir com o direito de aprender de cada criança e cada adolescente, sem exceção.

Live de contação de histórias
Junto com o lançamento do “Deixa que Eu Conto Amazônia”, o UNICEF promoveu também uma live de contação de histórias em sua página oficial do Facebook, nesta sexta-feira (5/6), às 11h. Andrea Soares, Carol Levy, Kiara Terra e Leandro Medina, contadores de história do “Deixa que Eu Conto”, se reúnem para promover um espaço lúdico de brincadeiras, músicas e com interpretação ao vivo do episódio “Bicho folharal”, um dos conteúdos do projeto.

live contará ainda com a participação da oficial de Educação do UNICEF no Brasil, Júlia Ribeiro, apresentando o projeto e a importância da promoção e do acesso à continuidade do aprendizado em meio ao período de isolamento social.

 

Fundo ambiental financia projeto para gestão de recursos hídricos de Brasil e Uruguai

Posted: 05 Jun 2020 10:43 AM PDT

Foto: UFRGS

O Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF na sigla em inglês) aprovou hoje US$ 4,8 milhões para um projeto binacional entre Brasil e Uruguai, que contará com a implementação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O recurso foi anunciado junto a outros US$ 22,2 milhões que serão implementados por governos de três países da regão América Latina e Caribe: Peru, México e Nicarágua.

O GEF financia ações ambientais para garantir a sustentabilidade dos mesmos, e o projeto binacional aprovado no Brasil e Uruguai irá apoiar o fortalecimento dos setores públicos e privados na região da bacia da Lagoa Mirim, localizada na fronteira entre o estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, com o Uruguai, para a ampliação das capacidades de gestão conjunta dos recursos hídricos.

O Representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, disse que a organização recebeu com muito entusiasmo o anúncio do recurso GEF para o país, pois o projeto irá apoiar o desenvolvimento econômico da região, considerando todos os aspectos de preservação do ecossistema e dos recursos hídricos. “Melhorar a eficiência de gestão da água e de aproveitamento sustentável da bacia, requer um grande exercício de governança, isto é, a tomada de decisões inclusiva e geradora de compromissos por parte de cada um dos atores envolvidos, pois isso depende a durabilidade e a sustentabilidade do sistema de produção e conservação”.

A região da Lagoa Mirim possui um grande potencial de aquicultura e de pesca, além de ser um importante polo de produção de arroz e canal de transporte fluvial para ambos os países. Com a aplicação do recurso, as ações irão assegurar benefícios de forma equitativa na região e a promoção do desenvolvimento sustentável na região compartilhada por Brasil e Uruguai, dois parceiros históricos.

“Além da governança, o aprimoramento dos componentes de pesquisa, inovação tecnológica, cooperativismo e implementação, são essenciais para aumentar a produção de alimentos diante da atual crise de mudança climática que estamos vivendo”, completou Representante da FAO no Brasil.

Conheça os outros projetos que também serão implementados na América Latina e Caribe com fundos GEF:

1) Manejo sustentável e restauração da floresta seca da costa norte do Peru

A FAO e a União Internacional para Conservação da Natureza implementarão um projeto de restauração e gerenciamento sustentável as florestas secas da costa norte do Peru, facilitando a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, aumentando a resiliência das comunidades e seus meios de subsistência e reduzindo a degradação da Terra.

2) México: do anzol ao prato

O projeto mexicano é uma estratégia para fortalecer a pesca sustentável para salvaguardar a biodiversidade marinha e a segurança alimentar. O projeto aplicará práticas de gerenciamento aprimoradas em 399.114 hectares de áreas de conservação da terra, 1.597.751 hectares de áreas de conservação marinha e 925.031 hectares de paisagens marinhas produtivas.

3) Intensificar a produção de alimentos de forma sustentável na Nicarágua

A Nicarágua transformará os sistemas alimentares em áreas protegidas de dois corredores biológicos ao longo da costa do Caribe e do rio San Juan. O projeto trabalhará com cadeias de valor de gado de corte e elite, promovendo abordagens que sustentem que é possível adiar a expansão da fronteira agrícola e a destruição de ecossistemas de importância global.

 

Manifestantes precisam se proteger da COVID-19, diz agência de saúde da ONU

Posted: 05 Jun 2020 10:29 AM PDT

Protestos contra a brutalidade policial vêm ocorrendo em diversas cidades dos Estados Unidos, inclusive Nova Iorque. Foto: ONU/Shirin Yaseen

Protestos contra a brutalidade policial vêm ocorrendo em diversas cidades dos Estados Unidos, inclusive Nova Iorque. Foto: ONU/Shirin Yaseen

Os manifestantes que desejam ir às ruas para fazer suas vozes serem ouvidas precisam tomar todas as precauções para não pegar ou transmitir o novo coronavírus, já que a pandemia está longe de terminar, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (5).

A mensagem da agência da ONU foi publicada em meio a protestos em andamento nos Estados Unidos após o assassinato de um homem negro, George Floyd, cujo pescoço foi prensado por um policial branco, e preocupações de uma “segunda onda” de infecções em países onde o lockdown foi aliviado.

“Só acabará quando não houver vírus em todos os lugares do mundo”, disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris. “Então, todas as coisas que temos dito (ainda) se aplicam. A melhor precaução é ficar a um metro de distância um do outro, lavar as mãos, garantir que você não toque na boca, nariz e olhos.”

“Certamente vimos muita paixão nesta semana, vimos pessoas que sentiram a necessidade de manifestar seus sentimentos, mas pedimos que lembrem: protejam a si e aos outros, o coronavírus está por toda parte, protejam a si mesmos e aos outros enquanto se manifestam.”

Alto número de infecções nas Américas

Em coletiva de imprensa virtual em Genebra, Harris também descreveu as taxas de infecção galopantes nas Américas – o principal ponto de infecção do vírus no mundo – como “profundamente perturbadoras”.

Segundo os dados mais recentes da OMS, os EUA registraram mais de 106 mil mortes pela doença e mais de 1,8 milhão de infecções foram confirmadas.

Já o Brasil, maior país da América Latina, teve mais de 580 mil casos de infecção e cerca de 32,5 mil mortes.

Os governos precisam urgentemente “testar, rastrear, encontrar todos os que potencialmente pegaram o vírus” como a melhor maneira disponível de erradicar a doença, disse Harris, acrescentando que essa foi a única forma com a qual muitos países com tradições e culturas diferentes conseguiram achatar as curvas de infecção.

Ela observou que, globalmente, os testes mostraram que apenas cerca de 10% da população foi infectada com a doença, para a qual não há vacina nem tratamento eficaz e aprovado.

“Se você tem uma enorme transmissão comunitária, o que faz você pensar que é difícil testar todos, foque e descubra onde há áreas mais intensas, áreas onde a transmissão ocorre rapidamente”, insistiu a funcionária da OMS, acrescentando que as autoridades de saúde devem continuar a comunicar informações úteis sobre como evitar a infecção.

“Encontre maneiras de ajudar as pessoas a fazer o que elas precisam para se proteger: a lavagem das mãos, o distanciamento social, se possível, que é difícil quando elas vivem juntas”, disse. “Mas encontre outras maneiras e ajude-as e faça parceria com essas comunidades, ajude-as a entender como se ajudar.”

 

‘Cuidando do meio ambiente cuidamos de nós mesmos’, diz voluntário venezuelano em Roraima

Posted: 05 Jun 2020 09:25 AM PDT

Clique para exibir o slide.

Plantar, cultivar e conscientizar são algumas das atividades que permitem à venezuelana Zuleidi Lezama, de 33 anos, contribuir com o meio ambiente por meio do trabalho comunitário no abrigo temporário Rondon 2 em Boa Vista, Roraima.

“Aprendi com minha mãe a amar e cuidar das plantas. Apesar de não estar na minha casa, a Venezuela, preservo a cultura e conexão com o meio ambiente no meu dia a dia no Brasil”, conta Zuleidi, que vive no Brasil com seu marido Jordan há oito meses.

Desde o início de fevereiro deste ano, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em colaboração com a Operação Acolhida e seus parceiros da sociedade civil, como a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI), o Projeto Crescer e a Land Life Company, promove um projeto-piloto de introdução de áreas verdes no abrigo Rondon 2.

A iniciativa, que demonstra bons resultados, promove ações educativas e de conscientização ambiental por meio do cultivo de hortas, jardins medicinais e árvores no abrigo, que é moradia para 615 refugiados e migrantes venezuelanos.

O projeto tem alcançado seus objetivos, entre eles o de promover o cultivo de plantas em cada uma das unidades habitacionais do abrigo e engajar a comunidade de venezuelanos. Aos poucos, a iniciativa traz mais verde para o local que é, mesmo que temporariamente, o lar de muitas pessoas.

Com o desenvolvimento do projeto, as ações geraram uma série de benefícios diretos e indiretos no cotidiano do abrigo e para a vida dos membros do Comitê de Jardinagem, composto por quatro pessoas.

“Aqui estamos começando uma nova etapa de nossa vida. O que temos aqui agora é um aprendizado e estamos fazendo nossa parte com responsabilidade. Além disso, é uma relação que construímos com as plantas ao vê-las crescendo a cada dia conforme cuidamos delas”, diz Zuleidi. “O trabalho do Comitê de Jardinagem me faz bem como atividade e como ser humano, é um momento que estou sozinha e me coloco a pensar e relaxar. Me sinto bem”, completa.

De acordo com Fabiano Sartori, Consultor Ambiental do ACNUR, a iniciativa contribui diretamente para a estratégia de coexistência pacífica entre a população venezuelana e a comunidade local da organização por meio das parcerias locais como o Projeto Crescer. Além de gerar oportunidades para os beneficiários com as capacitações em técnicas agrícolas e educação ambiental.

“O abrigo, como um todo, também se beneficia por meio da melhoria da infraestrutura verde e do sistema de drenagem, pois há maior infiltração no solo. No futuro, criaremos áreas sombreadas e de convívio” explica Fabiano. “Na ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, estas ações lideradas pelos venezuelanos merecem destaque por seu engajamento e paixão pela natureza.”

O ACNUR investe na incorporação do meio ambiente como tema transversal em sua operação, de forma criativa, com foco também na comunidade acolhida. “Cuidar do meio ambiente é também uma estratégia que proporciona cuidar do local que acolhe refugiados e migrantes”, explica Fabiano.

O projeto é uma das iniciativas do ACNUR como resultado da parceria que assumiu com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para intensificar sua abordagem ambiental com foco na incorporação do meio ambiente como tema transversal na resposta humanitária. Por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, ambas organizações celebram os resultados da cooperação e dos esforços para tonar as ações humanitárias mais sustentáveis.

As atividades promovidas pelo Comitê de Jardinagem terão continuidade pelos próximos meses, juntamente com outros eventos promovidos e organizados por outros comitês, como o de alimentação, saúde e educação – que, mesmo com os impactos relacionados à pandemia, têm se adaptado para continuar o trabalho comunitário nos abrigos.

E apesar do futuro no Brasil ainda ser incerto, os membros do comitê seguem engajados com uma causa maior do que as dificuldades enfrentadas por eles em decorrência do deslocamento forçado. Irving Figueira, venezuelano de 33 anos e membro do Comitê, se preocupa com o engajamento das gerações futuras com os temas ambientais.

“Temos que cuidar do meio ambiente pois recebemos muito da natureza. Cuidando do meio ambiente cuidamos de nós mesmos”, explica Irving, que está em Boa Vista há cinco meses com seus dois filhos. “Para mim a natureza é algo maravilhoso. Me sinto bem de ver as plantas crescerem e me encanto em conhecer a natureza do Brasil”.

 

ARTIGO: Dia do Meio Ambiente é oportunidade de reiniciarmos relação com natureza

Posted: 05 Jun 2020 09:06 AM PDT

As alterações climáticas têm implicações graves para a agricultura e a segurança alimentar. Foto: FAO/L. Dematteis

A perda de biodiversidade pode interferir no exercício de uma ampla gama de direitos humanos. Foto: FAO/L. Dematteis

Por Rafael Zavala e Denise Hamú*

O Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, acontece em um momento ímpar para o nosso planeta e para os que aqui vivem. Cada vez mais percebemos o quanto somos dependentes dele — e de toda a sua biodiversidade.

Diante da pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, é necessário olhar com atenção para a mensagem que a natureza está nos mandando. O ar que respiramos, a água que bebemos e o alimento que ingerimos nos são oferecidos pela natureza e, para que estes recursos naturais continuem a existir, precisamos unir esforços para resgatar um delicado equilíbrio.

Esta é uma oportunidade única de conscientização de toda a comunidade global sobre a importância de garantir a saúde do planeta para acabar com a fome, reduzir a pobreza e impulsionar o desenvolvimento econômico. É fundamental garantir que os planos de recuperação estejam alinhados à sustentabilidade, com o objetivo de mudar muitos dos atuais padrões insustentáveis de consumo e produção. Esta não é uma missão impossível.

Agricultores comprometidos com a produção sustentável, pescadores e silvicultores, pastores e povos indígenas, atuam como guardiões do meio ambiente. Em todo o mundo, a população rural precisa estar no centro da mudança – para garantir segurança alimentar e que a biodiversidade seja mantida e os recursos hídricos e da terra sejam preservados.

No Brasil, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) atua como uma das agências implementadoras do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (Global Environment Facility, GEF na sigla em inglês), que auxilia os países em desenvolvimento na busca por soluções em relação à proteção dos ecossistemas e à biodiversidade, para garantir a redução dos impactos causados por ações humanas, e evitar o colapso dos sistemas de alimentação e saúde.

Um importante exemplo é o Projeto Ecossistema na Baía de Ilha Grande (RJ), que empoderou a comunidade local, descentralizou o processo de tomada de decisão e impulsionou o uso de tecnologias para garantir a promoção de conhecimento e a proteção da água. Como resultado, a região garantiu o equilíbrio do crescimento industrial e econômico, preservando os recursos naturais e o ecossistema.

Em 2020, com recursos GEF de 5 milhões de dólares, a FAO ainda irá apoiar o processo de elaboração de um projeto binacional entre Uruguai e Brasil, na bacia da Lagoa de Mirim (RGS), para trabalhar o uso sustentável e eficiente da água, a preservação de ecossistemas e seus serviços, e ampliar o desenvolvimento econômico e potencial de pesca e aquicultura da região.

Nos processos da Bahia de Ilha Grande e Lagoa de Mirim—e em muitos outros recursos naturais compartilhados entre diferentes atores—uma governança adequada se faz essencial, com tomadas de decisões inclusivas, gerando compromissos para cada um dos atores envolvidos. É disso que depende a durabilidade e sustentabilidade de um sistema de uso e conservação.

Da mesma forma, a boa governança é essencial para gerar sistemas resilientes nas comunidades. Esta resiliência é a capacidade de responder e se recuperar de choques como desastres naturais e pragas ou epidemias. Uma grande lição que a COVID-19 nos deixa é a necessidade de fortalecer a resiliência (comida, resposta rápida, sistema de alerta precoce etc.) em nossas comunidades, tanto rurais quanto urbanas.

Boas decisões e políticas públicas assertivas sempre foram fundamentadas em informação de qualidade. Por isso, um dos objetivos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é apoiar atores e países para que as tomadas de decisão sejam baseadas em evidências e dados científicos.

No Brasil, com recursos GEF, o Programa atuou na criação do Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Brasileira. O resultado é um portal online de acesso gratuito, que reúne 15,7 milhões de registros de ocorrência de espécies da fauna e flora nacionais, os quais até então estavam fragmentados em 124 centros de pesquisa de todo o mundo. Para pesquisadores, o sistema é um ativo inestimável, mas vai além ao subsidiar governos, empresas e cidadãos com dados confiáveis sobre seu próprio país.

Esta rica diversidade biológica é a base para ecossistemas equilibrados, que garantem a polinização, o acesso a fontes de água doce e um clima adequado, ou seja, serviços realizados pela natureza que são fundamentais para a agricultura brasileira – mas que muitas vezes não são reconhecidos ou contabilizados.

Por isso, recentemente o PNUMA também começou a trabalhar para compreender o real valor destes serviços para os sistemas alimentares. Além de apoiar o levantamento destas informações, o projeto ainda irá desenvolver ferramentas que permitam incorporar tais valores nas tomadas de decisão.

Em todo o mundo, o PNUMA usa seu expertise para fortalecer padrões e práticas ambientais nos níveis nacional, regional e global. Um exemplo bem sucedido no Brasil é o trabalho com a Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), com quem o PNUMA já percorreu os 17 estados que abrigam a Mata Atlântica para sensibilizar e fortalecer a capacidade das cidades visando a elaboração de planos de proteção desse bioma tão importante, que beneficia a vida de mais de 70% da população brasileira com serviços ecossistêmicos inestimáveis e fundamentais à saúde pública e à economia.

Experiências como estas mencionadas acima, demonstram que é possível pensar e agir para mudar o nosso relacionamento com a natureza. Esta é uma oportunidade única de trabalhar para a construção de um mundo pós-pandemia, garantindo cada vez mais que haja um equilíbrio entre saúde humana e a saúde do planeta.

*Rafael Zavala é representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil e Denise Hamú é representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no Brasil

 

Como se informar de maneira responsável em tempos de pandemia

Posted: 05 Jun 2020 09:05 AM PDT

Foto: PNUD

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) uniram forças e lançaram uma campanha de conscientização para incentivar cidadãs e cidadãos a informarem-se com responsabilidade durante a pandemia da COVID-19.

No contexto atual, há uma peculiaridade que a distingue de qualquer outra crise de saúde do passado: o papel das redes sociais e o impacto delas nas pessoas. As plataformas digitais são capazes de viralizar informações valiosas rapidamente e em todas as partes do mundo, mas fazem o mesmo com conteúdos não verificados que podem colocar a população em risco.

Por isso, a solidariedade e o cuidado com os outros não significam apenas cumprir as normas sanitárias sugeridas pelas autoridades de cada país. A responsabilidade cívica e a garantia de acesso à informação significam, para o PNUD e a UNESCO, promover hábitos que protejam o tráfego prudente de conteúdos no mundo digital.

Mantenha-se bem informado

Dessa forma, sugere-se prestar atenção ao conteúdo que cada pessoa recebe e replica em seus celulares, especialmente na forma de áudios, correntes de texto e supostas notícias jornalísticas.

Além disso, é importante manter a cautela diante do bombardeio de informações e, portanto, amplificar os conteúdos verificados por fontes confiáveis ​​de informação. Acima de tudo, deve-se conscientizar sobre o entendimento de que um cidadão mais bem informado toma melhores decisões.

É nesse sentido que PNUD e UNESCO convidam mídia, jornalistas, agências governamentais, sociedade civil organizada, academia e influenciadores digitais a compartilharem com seus públicos práticas que promovam a gestão verificada do conteúdo que circula nas redes sociais

 

Indígenas amazônicos estão em grave risco diante da COVID-19, alertam ONU Direitos Humanos e CIDH

Posted: 05 Jun 2020 08:39 AM PDT

COVID-19 é uma das maiores ameaças aos modos de vida dos povos indígenas da Amazônia. Foto: ACNUDH

COVID-19 é uma das maiores ameaças aos modos de vida dos povos indígenas da Amazônia. Foto: ACNUDH

A COVID-19 é uma das maiores ameaças aos modos de vida dos povos indígenas da Amazônia, alertaram na quinta-feira (4) os Escritórios de Direitos Humanos da ONU para a América do Sul, Colômbia e a Missão na Bolívia, juntamente com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Em comunicado divulgado às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, as entidades instaram os Estados da região a proteger a sobrevivência e os direitos dos povos indígenas na bacia amazônica, particularmente aqueles em isolamento voluntário ou contato inicial.

Em relação à pandemia, os Escritórios de Direitos Humanos da ONU e a CIDH expressaram alarme pelas infecções e mortes que afetaram os povos indígenas da Amazônia, bem como a falta de acesso a informações confiáveis sobre saúde, a falta de infraestrutura hospitalar e de acesso a serviços de saúde adaptados às suas necessidades durante a crise.

Também expressaram preocupações específicas sobre a situação das mulheres indígenas e a continuidade do desenvolvimento, atividades econômicas e extrativistas que dificultam as medidas de distanciamento ou isolamento adotadas pelas comunidades.

Além disso, os Escritórios de Direitos Humanos da ONU e a CIDH instaram a implementar apoios socioeconômicos culturalmente adequados para esses povos indígenas da América do Sul, bem como apoiar suas medidas de autocuidado, fortalecer a participação de suas autoridades nas decisões já tomadas e monitorar a eficácia das medidas destinadas a proteger seus direitos.

A declaração é assinada pelo representante das Nações Unidas para os direitos humanos na América do Sul, Jan Jarab; seu parceiro de direitos humanos da ONU na Colômbia, Alberto Brunori; o coordenador da Missão de Direitos Humanos da ONU na Bolívia, Alán García Campos; e o secretário-executivo da CIDH, Paulo Abrão.

Leia a declaração completa:

Na véspera do Dia Internacional do Meio Ambiente, desde a ONU para os Direitos Humanos e da CIDH, alertamos que o COVID-19 colocou seriamente em risco a sobrevivência e os direitos dos povos indígenas da bacia amazônica, portadores de um conhecimento profundo de um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade e culturas do planeta.

Habitada por mais de 420 povos indígenas – pelo menos 60 deles em isolamento voluntário -, a Amazônia é uma das regiões mais naturais e culturalmente diversas do mundo. Lá, a disseminação do COVID-19 cresceu exponencialmente, afetando povos que vivem na região amazônica.

Nesse contexto, os estados da região amazônica devem aumentar as medidas para proteger os povos indígenas contra o COVID-19, tanto no nível de contágio quanto nos impactos sobre seus direitos associados à pandemia.

Enquanto os sistemas nacionais de saúde enfrentam sérias dificuldades em dar uma resposta efetiva, o coronavírus tornou mais evidente a ausência histórica ou presença limitada do estado em muitos territórios e sua capacidade insuficiente para atender às necessidades desses povos, levando também em consideração seus conhecimentos ancestrais, práticas de cura e medicamentos tradicionais, a partir de uma abordagem intercultural.

A pandemia também destacou a importância de garantir que os povos indígenas possam exercer seu autogoverno e autodeterminação. Portanto, é essencial que os Estados garantam a participação dos povos indígenas por meio de suas entidades representativas, líderes e autoridades tradicionais na formulação e implementação de políticas públicas para enfrentar o alto risco de extinção física e cultural dos povos indígenas amazônicos.

Nesse sentido, exortamos os Estados a respeitarem as medidas de auto-isolamento adotadas pelos povos indígenas – sejam elas tradicionais ou resultantes da pandemia, como os cordões sanitários -, bem como a fornecer-lhes material de proteção individual de maneira segura. Também é de extrema importância compartilhar com os povos indígenas informações culturalmente apropriadas e em seus próprios idiomas ou dialetos, que sejam verdadeiras e oportunas em relação à contingência.

Dos Direitos Humanos da ONU e da CIDH, congratulamos as iniciativas dos Estados que incluem apoio socioeconômico, fortalecendo a autonomia alimentar e medidas de autocuidado para os povos indígenas diante da pandemia, considerando que sua subsistência geralmente depende de atividades ou atividades informais como ecoturismo, as quais foram alteradas pela imposição de quarentenas ou outras medidas de distanciamento físico.

Compartilhamos a preocupação com a natureza insuficiente ou inadequada de algumas dessas medidas: às vezes os apoios são inacessíveis, não chegam aos territórios em tempo hábil ou as comunidades recebem alimentos inadequados para seus modos de vida, visão de mundo ou cultura. E os modos de distribuição nem sempre observam os regulamentos sanitários, causando multidões que podem contribuir para a disseminação do COVID-19.

Também pedimos às autoridades que promovam os direitos das mulheres indígenas, que correm um risco desproporcional durante a pandemia, devido ao seu papel de liderança na economia informal e como prestadoras de cuidados em casa. É preciso garantir que as mulheres indígenas se beneficiem igualmente de medidas de proteção social; prevenir e responder à violência que tem aumentado como resultado de medidas de confinamento doméstico; e garantir que a situação de sobrecarga dos sistemas de saúde não leve a um aumento alarmante nas taxas de mortalidade materna entre mulheres e adolescentes indígenas ou a dificuldades adicionais no acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva.

Durante a crise, recebemos informações alarmantes de que algumas empresas (extrativistas, florestais e outras), sem respeito pelo direito dos povos a consultas livres, prévias e informadas, não cessaram suas atividades, mesmo em áreas onde há restrições quanto a circulação e outras medidas extraordinárias, expondo-os a um alto risco de contágio. Além disso, essas cidades estão expostas às operações de atores armados ligados ao crime organizado e ao tráfico de drogas. Por todas essas razões, exortamos os Estados a abster-se, no âmbito da pandemia de COVID-19, de promover iniciativas legislativas e / ou autorizar projetos extrativistas para exploração ou desenvolvimento em ou ao redor de territórios indígenas, devido à impossibilidade de realizar os processos de consulta prévia, livre e informada, de acordo com as normas internacionais aplicáveis.

Numa etapa seguinte, as medidas de mitigação e recuperação de danos devem valorizar em seu projeto, implementação e avaliação as prioridades de desenvolvimento dos povos indígenas, com ênfase nos idosos com deficiência, mulheres, crianças, adolescentes, pessoas com orientação sexual e identidade de gênero diversas, pessoas com diferentes problemas de saúde e defensores indígenas dos direitos humanos. É especialmente importante que os Estados garantam processos de consulta prévia, livre e informada, culturalmente apropriados e de boa fé para os povos e comunidades indígenas sobre qualquer nova política de recuperação que possa afetar seus direitos e interesses legítimos, especialmente quando se trata de abertura de territórios indígenas a megaprojetos de indústrias extrativas ou iniciativas similares.

Por fim, dos direitos humanos da ONU e da CIDH, incentivamos os estados da região amazônica a redobrar seus esforços na cooperação sul-sul, a fim de tomar medidas extremas para proteger os povos indígenas em uma situação de isolamento voluntário e contato inicial dentro da estrutura pandemia, com vistas a proteger seus modos de vida, subsistência e direitos humanos.

Declaração conjunta de Jan Jarab Representante ONU Direitos Humanos – América do Sul; Alberto Brunori, Representante ONU Direitos Humanos – Colômbia; Alán García Campos, Coordenador da Missão ONU Direitos Humanos na Bolívia, e Paulo Abrão, Secretário-Executivo da CIDH.

 

VÍDEO: ONU apoia proteção da biodiversidade em países lusófonos

Posted: 05 Jun 2020 08:04 AM PDT

Museu Nacional celebra 202 anos e apresenta ações de reconstrução e restauração em curso

Posted: 05 Jun 2020 07:47 AM PDT

Museu Nacional do Rio de Janeiro. Foto: Agência Brasil/Tomaz Silva

Importante instituição cultural, acadêmica e científica brasileira, o Museu Nacional/UFRJ celebra 202 anos amanhã (6) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) é parceira nas comemorações.

Hoje (5) acontece o webinário “Museu Nacional 202 anos: [re]construindo horizontes”, que vai apresentar os principais projetos e atividades que estão sendo realizadas para a reconstrução do Museu, atingido por um grande incêndio em setembro de 2018.

A primeira parte do evento virtual contou com a participação da Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Noleto, e foram compartilhados os avanços da iniciativa “Museu Nacional Vive”, estabelecida por meio de uma cooperação técnica entre a UNESCO, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fundação Vale. A iniciativa aporta recursos, esforços e habilidades técnicas para garantir a reconstrução e a restauração do Paço de São Cristóvão e seu anexo; a preparação do Palácio para receber a nova museografia; a reforma da Biblioteca e do Horto Botânico; e a implantação de um novo campus acadêmico, anexo à Quinta da Boa Vista.

A segunda parte do encontro terá início às 16h e vai apresentar as ações em andamento para a recuperação de acervos e também os planos para as novas exposições do Museu.

Toda a programação será transmitida pelo canal do Museu Nacional no YouTube e o público poderá interagir com os convidados enviando perguntas, via chat, ao longo do evento.

Webinário “Museu Nacional 202 anos: [re]construindo horizontes”

Sexta-feira, 5 de junho
11h – Apresentação do projeto Museu Nacional Vive
Marlova Noleto – Diretora e Representante da UNESCO no Brasil
Denise Pires de Carvalho – Reitora da UFRJ
Hugo Barreto – Presidente da Fundação Vale
Alexander Kellner – Diretor do Museu Nacional/UFRJ

16h – Acervos e exposições: perspectivas para um novo museu
Thaís Mayumi – Museóloga do Museu Nacional/UFRJ
Marcelo Araújo – Representante da Sociedade Civil no Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive
Alexander Kellner – Diretor do Museu Nacional/UFRJ

 

No Brasil, Dia Mundial do Meio Ambiente terá bate-papo com Lenine e curador do Museu do Amanhã

Posted: 05 Jun 2020 07:32 AM PDT

O cantor e ativista ambiental Lenine. Foto: Wikimedia Commons/Andréa Farias Farias

O cantor e ativista ambiental Lenine. Foto: Wikimedia Commons/Andréa Farias Farias

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente, data que simboliza a oportunidade de repensarmos a nossa relação com a natureza. Com este objetivo, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) se uniu ao Museu do Amanhã para promover encontros virtuais repletos de ideias, trocas e inspirações.

Às 17h, o cantor e ativista ambiental Lenine tocará os clássicos de sua carreira no canal do Youtube do Museu do Amanhã e do PNUMA. Ele irá intercalar músicas e conversas com o curador do Museu do Amanhã, Luiz Alberto Oliveira, abordando questões como a importância da arte e da ciência em tempos de pandemia, e a possível relação, para ele, da criação musical com a criação de orquídeas.

Botânico autodidata, colecionador de orquídeas (ou “orquidoido”, como prefere) e apoiador engajado de grupos socioambientais, Lenine conta que transformou a música em uma ferramenta de conscientização para causas que defende.

“O meu fazer música sempre esteve atrelado ao desejo de ser repórter do meu tempo. As questões que me comovem e que me incomodam sempre foram a matéria do que componho e canto. O meio ambiente sempre esteve presente nas minhas atenções.”

Para aquecer as reflexões do Dia Mundial do Meio Ambiente, PNUMA e Museu do Amanhã reuniram na quinta-feira (4) Rosiska Darcy, Sebastião Salgado e Fábio Scarano em uma conversa sobre meio ambiente, ser humano e os futuros possíveis que desejamos construir.

Durante o bate-papo “Hora da Natureza: reflexões sobre o amanhã”, o fotógrafo iniciou com uma fala contundente sobre a relação da humanidade com a natureza e pediu um “retorno espiritual ao planeta”.

“A história da humanidade é uma história de predação. Urbanizamos quase todas as cidades, mas chegamos no ponto máximo, um ponto de quase não retorno. Nos transformamos em ‘aliens’ em nosso planeta, e hoje um vírus, um micro-organismo, se transformou numa potência colossal. Precisamos agora fazer um esforço muito grande para retornar ao planeta, porque ele não é mais capaz de aguentar nosso alto nível de consumo”, conclamou Salgado.

Rosiska Darcy lembrou que a noção de sustentabilidade e de que os recursos da natureza não são renováveis “jamais entraram no espírito das pessoas” e no nosso estilo de vida. Ela apontou como um dos sintomas dessa afirmação a relação que criamos com o nosso tempo.

“O tempo é recurso não renovável e que nem homem mais rico do mundo não compra, porque a morte não vende. Tratamos o tempo como se fosse possível viver em múltiplas vidas, que não cabem nas 24 horas do dia, que extrapolam o amanhã e que são, por essa impossibilidade, fonte terrível de estresse e depressão. Ora, insistimos em viver vidas insustentáveis. Com a pandemia, a máquina do mundo parou, o vírus pôs a humanidade em carne viva e a flecha do tempo se inverteu.”

Os dois apontaram que a alternativa para a humanidade é agir para preservar a natureza, restabelecendo o diálogo entre as pessoas, o cuidado com as espécies e com as comunidades.

Professor de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fábio Scarano ressaltou a importância da combinação entre a regeneração da natureza com a própria regeneração da humanidade, o que a crise do coronavírus vem para corroborar.

“A crise da biodiversidade provocada pelas mudanças climáticas veio ao encontro de uma crise humanitária e sanitária que impõe para todos o surgimento de um novo normal, no qual precisamos nos reconectar com a natureza.”

Em um contexto de pandemia global, que reafirmou a interdependência entre saúde humana e saúde do planeta, e tendo quase 1 milhão de espécies ameaçadas de extinção, é hora de refletir sobre o que nos trouxe até aqui e de agir pela natureza, defende a representante do PNUMA, Denise Hamú.

“Estamos vivendo uma crise sem precedentes, em todas as dimensões. Temos que fazer diferente como indivíduos e realizar muito mais como sociedades. Fenômenos recentes têm nos alertado para a profunda interdependência de todos os seres na teia da vida.”

“Nós, humanos, sofremos cada vez mais diretamente as consequências da destruição de habitats, que ultrapassam fronteiras físicas e políticas, por exemplo. A natureza está nos mandando uma mensagem. Por isso, neste Dia Mundial do Meio Ambiente, o PNUMA convida cada pessoa a reiniciar sua relação com a natureza e refletir sobre como podemos, como indivíduos e como sociedade, reconstruir um mundo diferente no pós-pandemia.”

Para Ricardo Piquet, diretor-presidente do IDG, instituto que faz a gestão do Museu do Amanhã, a maneira como a humanidade tem avançado sobre os recursos naturais é uma das causas para a emergência dessa nova pandemia.

“Essa crise nos trouxe muitos desafios e um deles é reforçar a importância de agirmos para evitar as consequências das mudanças climáticas no planeta. Portanto, devemos refletir sobre como estamos lidamos com o meio ambiente e aproveitar a oportunidade para transformarmos a nossa forma de viver, de consumir e passar a respeitar os limites da natureza”, defende Piquet.

O Dia Mundial do Meio Ambiente é a principal data das Nações Unidas para impulsionar a sensibilização e encorajar ações em todo o planeta em prol da proteção ambiental, incentivando governos, empresas, organizações e indivíduos a concentrarem seus esforços em uma questão ambiental premente.

Em 2020, o tema é biodiversidade e a Colômbia, em parceria com a Alemanha, é o país anfitrião. Devido à pandemia de COVID-19, toda a programação será realizada virtualmente. Para saber mais, acesso o site do Dia Mundial do Meio Ambiente 2020 aqui.

Serviço

O quê: Papo Musical Lenine
Onde: Canal do Youtube do Museu do Amanhã e do PNUMA
Quando: 5 de junho
Hora: 17h (horário de Brasília)

 

Pregnant Venezuelans receive aid from UNFPA Brazil

Posted: 05 Jun 2020 06:42 AM PDT

A venezuelana Horihanny Del Valle recebe kit do UNFPA em Pacaraima - Foto: UNFPA

Venezuelan Horihanny Del Valle receives kit from UNFPA in Pacaraima – Photo: UNFPA

Horihanny Del Valle is a young 16 year-old pregnant Venezuelan who left her country about a year ago and lives now in Pacaraima, a border town between Brazil and Venezuela. She only heard about the COVID-19 pandemic through some friends. “I saw people talking about and it scared me”, she recalls. In May, she and other women received more information from UNFPA Brazil on how to prevent the disease.  UNFPA Brazil also delivered Dignity Kits, containing essential items of personal hygiene such as hand sanitizer, soap, and intimate pads.

The United Nations Population Fund in Brazil is delivering a thousand Dignity Kits to migrants and refugees in Roraima, through the program of humanitarian assistance. Young and pregnant women, like Horihanny, are among the priorities of the UN agency. “At this moment, with the pandemic, many essential services to pregnant women may suffer disruptions. That’s why it’s so important that they have access to accurate information and supplies to prevent the COVID-19. These people, who are already in a situation of vulnerability, may be exposed to increased risk”, explained the representative of UNFPA Brazil, Astrid Bant.

Nayelis Totesaut, a 23-year-old,  left Venezuela nine months ago. “The situation in Venezuela was critical, nobody could buy food and  we had to leave the country to avoid starvation. Here, at least, we have the opportunity to work”, she says. A mother of two and expecting the third child, she lives with the kids in an improvised plastic tent. “Here we wash our hands with soap and that’s how we prevent anything. This kit will be very useful”.

 

Venezuelanas grávidas recebem kit de higiene em Pacaraima

Posted: 05 Jun 2020 06:41 AM PDT

A venezuelana Horihanny Del Valle recebe kit do UNFPA em Pacaraima - Foto: UNFPA

A venezuelana Horihanny Del Valle recebe kit do UNFPA em Pacaraima – Foto: UNFPA

Horihanny Del Valle é uma jovem venezuelana de 16 anos que deixou seu país há um ano e agora vive em Pacaraima, Roraima, cidade que faz fronteira com a Venezuela. Grávida, ficou sabendo da pandemia da COVID-19 por meio de conhecidos. “Eu vi as pessoas comentando e me deu medo”, conta. No início de maio,  ela e outras mulheres receberam do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) mais informações sobre como se prevenir da doença. O UNFPA também entregou Kits Dignidade contendo artigos de higiene pessoal fundamentais nesse momento, como álcool em gel, sabonete, pasta de dente e absorventes íntimos.

O Fundo de População das Nações Unidas entregou uma primeira leva de mil Kits Dignidade a pessoas migrantes e refugiadas em Roraima, por meio de seu programa de assistência humanitária. Jovens mulheres e gestantes, como Horihanny, estão entre as prioridades da agência. “Nesse momento de pandemia, muitos serviços essenciais a mulheres grávidas podem ser prejudicados. Por isso, é fundamental que elas tenham acesso à prevenção e informações. Essas pessoas, que já estão em condição de vulnerabilidade, podem estar expostas a um risco aumentado”, explicou a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant.

Nayelis Totesaut, de 23 anos,  deixou a Venezuela há nove meses. “A situação era crítica, não se conseguia comprar comida. Para não morrer de fome tivemos que sair do país. Pelo menos aqui podemos trabalhar”, relatou. Mãe de duas crianças e grávida novamente, ela contou que mora com os filhos pequenos em um barraco de plástico. “Aqui lavamos as mãos com sabão e nos prevenimos de qualquer coisa assim. O kit será muito útil”, afirmou.

Ação em Pacaraima – Em Pacaraima, o UNFPA entregou Kits Dignidade para a Associação Internacional Canarinhos da Amazônia, projeto cultural que assiste a gestantes e mães como Horihanny e Nayelis; para a Pastoral do Migrante, que atende crianças e adolescentes indígenas Warao; para o projeto da Pastoral do Migrante, que atende famílias indígenas, e para a Secretaria Municipal de Saúde de Pacaraima. O Fundo de População da ONU pretende entregar os itens também em Manaus, Bahia e Distrito Federal.

 

Chegou a #HoraDaNatureza e a biodiversidade está em foco neste Dia Mundial do Meio Ambiente

Posted: 05 Jun 2020 06:27 AM PDT

Os alimentos que comemos, o ar que respiramos, a água que bebemos e o clima que torna nosso planeta habitável vêm da natureza. Foto: Casey Horner/Unsplash

Os alimentos que comemos, o ar que respiramos, a água que bebemos e o clima que torna nosso planeta habitável vêm da natureza. Foto: Casey Horner/Unsplash

Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, é a principal data das Nações Unidas para promover ações ambientais e sensibilizar a comunidade global sobre a necessidade de proteger o planeta. Criada em 1974, a data cresceu e se tornou uma plataforma global para a divulgação de ações públicas pelo meio ambiente em mais de 100 países.

Neste ano, a Colômbia sediará o Dia Mundial do Meio Ambiente com eventos online e ao vivo transmitidos de Bogotá. Além disso, serão realizados outros eventos e celebrações online pelo mundo.

Biodiversidade

O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2020 é biodiversidade. A campanha #HoraDaNatureza é um apelo à ação global para combater a crescente perda de espécies e a degradação ambiental, além de chamar a atenção para a relação entre a saúde humana e a saúde do planeta.

Com demandas crescentes, os seres humanos estão sobrecarregando a natureza. Nos últimos 50 anos, a população mundial dobrou, a economia global quase quadruplicou e o comércio cresceu quase dez vezes.

A crise da COVID-19 evidenciou que, ao destruir a biodiversidade, se destrói o próprio sistema que sustenta a vida humana. Ao perturbar o delicado equilíbrio da natureza, são criadas as condições ideais para a propagação de patógenos – incluindo os diferentes tipos de coronavírus.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é solidário com as bilhões de pessoas em todo o mundo que estão sofrendo com o impacto da pandemia global da COVID-19. Agora, a prioridade é limitar sua propagação e proteger as pessoas.

À medida que os países reabrirem as fronteiras e os governos aprovarem pacotes de estímulo para a criação de empregos, a redução da pobreza, o desenvolvimento e o crescimento econômico, será necessária uma melhor reconstrução.

Para isso, é preciso aproveitar oportunidades de investimentos sustentáveis, como energia renovável, construções inteligentes, contratos públicos ecológicos e transporte público – guiados pelos princípios e padrões de produção e consumo sustentáveis.

Políticas públicas mal coordenadas podem piorar a situação de desigualdade e insustentabilidade em que vivemos e reverter as conquistas alcançadas no desenvolvimento e na redução da pobreza.

Ao mudar radicalmente o relacionamento com a natureza, é possível evitar futuras pandemias e buscar um planeta mais saudável e sustentável que funcione para todas e todos.

Fique atento aos eventos transmitidos no site e nas redes sociais do PNUMA (https://www.worldenvironmentday.global/pt-br/ultimas-noticias/blog):

No Brasil, a Representante do PNUMA, Denise Hamú, participará da mesa “Qual será o mundo pós COVID-19”, às 12 horas, juntamente com Ailton Krenak e Christiane Torloni, sob a moderação de Sergio Besserman.

A conversa é parte da Mega Live do Green Nation, que terá seis horas de duração. No final da tarde, às 17h, o cantor e ativista ambiental Lenine tocará os clássicos de sua carreira, intercalando músicas e conversas com o curador do Museu do Amanhã, Luiz Alberto Oliveira. Na pauta: reflexões, histórias e inspiração. A transmissão será pelo You Tube do PNUMA e do Museu do Amanhã.

Veja outras atividades do PNUMA e parceiros ao longo do dia:

10h: Mega Live Green Nation – facebook.com/greennationbrasil ; <a href="http://


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