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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “CEPAL: para reconstruir América Latina e Caribe pós-pandemia, é necessário igualdade e estabilidade” e 19 outros.

CEPAL: para reconstruir América Latina e Caribe pós-pandemia, é necessário igualdade e estabilidade

Posted: 10 Jun 2020 01:56 PM PDT

Foto: UNESCO

A secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, lembrou na terça-feira (9) que para reconstruir melhor a região pós-pandemia, é necessário igualdade e sustentabilidade ambiental, de forma a assegurar que ninguém seja deixado para trás.

As declarações foram feitas durante um evento internacional na sede das Nações Unidas em Genebra.

No evento intitulado “Desigualdades e Economia Informal: da crise para a resiliência a longo prazo”, Bárcena reuniu-se com Tatiana Valovaya, diretora-geral da ONU em Genebra, e Guy Ryder, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em sua apresentação, Bárcena afirmou que América Latina e Caribe têm a desigualdade de renda mais alta do mundo e se caracteriza por desigualdades em dimensões múltiplas relacionadas a gênero, idade, território, raça e status migratório, entre outras.

Além disso, indicou que 54% da população vive na informalidade, ou seja, trabalha sem nenhum tipo de proteção social. Neste cenário, as mulheres são o grupo mais afetado, já que têm a maior probabilidade de cair no desemprego, afirmou.

“A igualdade é uma afirmação política. Temos que fugir da cultura do privilégio, que naturaliza as desigualdades e faz as pessoas acreditarem que elas não são iguais. Precisamos de um novo pacto social, um novo Estado de Bem-Estar Social que consagre a proteção social universal, com acesso a sistemas de saúde de qualidade e a reconstrução com igualdade e sustentabilidade”, afirmou Bárcena.

A secretária-executiva da CEPAL também enfatizou que a pandemia está afetando fortemente os grupos mais vulneráveis, especialmente os mais pobres da região.

Segundo os cálculos da CEPAL, em 2020 a pobreza na América Latina e no Caribe aumentará pelo menos 4,4 pontos percentuais (28,7 milhões de pessoas) em comparação com o ano anterior, o que levará o número total de pessoas que vivem na pobreza para 214,7 milhões (34,7% da população regional). Além disso, devido à contração estimada da economia de 5,3%, espera-se um aumento de quase 12 milhões de desempregados.

Além disso, a América Latina e o Caribe é considerada uma região de renda média, mas não possui uma classe média forte. Grandes setores vivem em insegurança financeira crônica e são muito vulneráveis ​​à perda de renda do trabalho, enfatizou.

“A região não deve retornar ao seu modelo de desenvolvimento anterior. É necessário adotar um novo grupo de políticas articuladas que incluam um grande impulso ambiental em três dimensões: social (com igualdade), econômica (com aprendizado tecnológico e transformação produtiva) e ambiental (com proteção do meio ambiente para as gerações atuais e futuras)”, disse Bárcena.

Durante sua participação, a alta funcionária das Nações Unidas também citou ações globais para obter uma vacina contra o coronavírus e como ela poderia ser financiada.

A esse respeito, explicou que os esforços coordenados em todo o mundo para atingir esse objetivo são essenciais e lembrou que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, indicou que uma vacina deve ser tratada como um bem público global disponível a todos. “Todos, sem exceção, em todo lugar, devem ter acesso a uma eventual imunização contra a COVID-19”, disse Bárcena.

No evento, Bárcena também destacou as oportunidades oferecidas pela pandemia aos governos para construir um futuro mais sustentável, com empregos.

Nesse sentido, destacou as possibilidades de criação de empregos oferecidas pelo setor de energias renováveis, bem como o setor de economia do cuidado – que cresceu substancialmente devido à atual crise da saúde – e a construção de infraestrutura para promover novas formas de mobilidade, entre outros exemplos.

“Existe uma grande oportunidade após a COVID-19, pois ela nos mostrou as lacunas estruturais em nossa região. É por isso que é tão importante reconstruir melhor e garantir que exista um Estado social, não autoritário. Deve haver um futuro com empregos, com trabalho com direitos. É isso que estamos buscando”, afirmou.

 

Banco Mundial prevê queda de 8% para economia brasileira em 2020

Posted: 10 Jun 2020 01:06 PM PDT

Centros comerciais da Barra da Tijuca funcionam com restrições após decreto governo estadual que flexibiliza medidas de isolamento social pela pandemia do novo coronavírus. Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão

Centros comerciais da Barra da Tijuca funcionam com restrições após decreto governo estadual que flexibiliza medidas de isolamento social pela pandemia do novo coronavírus. Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão

A pandemia da COVID-19 encolherá a economia global em 5,2% este ano, representando a recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial e provocando um aumento dramático da pobreza extrema, afirmou o Banco Mundial na segunda-feira (8), em seu último relatório Global Economic Prospects.

Nos países ricos, a atividade econômica deverá diminuir 7%, uma vez que o surto do novo coronavírus interrompeu severamente a demanda doméstica e as atividades de suprimento, comércio e finanças, afirmou o documento.

Renda em queda, aumento da extrema pobreza

Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento devem ter recuo de 2,5% – sua primeira contração consolidada em pelo menos 60 anos. Enquanto isso, a renda per capita deverá cair 3,6% – levando milhões à extrema pobreza.

Os países mais atingidos são aqueles em que a pandemia foi mais grave e onde há uma forte dependência do comércio global, turismo, exportações de commodities e financiamento externo, segundo o relatório.

“Essa é uma perspectiva profundamente preocupante, com a crise provavelmente deixando cicatrizes duradouras e colocando grandes desafios globais”, disse Ceyla Pazarbasioglu, vice-presidente de crescimento equitativo, finanças e instituições do Grupo Banco Mundial.

União para uma recuperação robusta

“Nossa primeira ordem de negócios é tratar da emergência global de saúde e economia”, disse ela. “Além disso, a comunidade global deve se unir para encontrar maneiras de reconstruir uma recuperação tão robusta quanto possível, para impedir que mais pessoas caiam na pobreza e no desemprego.”

Em seu Relatório Econômico Global semestral anterior, publicado em janeiro, antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o surto de COVID-19 uma pandemia em 11 de março, o Banco Mundial havia previsto um crescimento de 2,5% para a economia global este ano, graças a uma recuperação gradual no comércio e no investimento.

Na semana passada, o Banco Mundial divulgou capítulos analíticos do último relatório global de perspectivas econômicas, segundo o qual os países em desenvolvimento e a comunidade internacional podem tomar agora medidas para acelerar a recuperação, a fim de enfraquecer os efeitos adversos de longo prazo.

“As estimativas atuais mostram que 60 milhões de pessoas podem ser empurradas para a pobreza extrema em 2020 (e) essas estimativas provavelmente aumentarão ainda mais, com a reabertura das economias avançadas como o principal determinante”, disse o presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass.

“As escolhas políticas feitas hoje – incluindo maior transparência da dívida para chamar novos investimentos, avanços mais rápidos na conectividade digital e uma grande expansão de redes de segurança de caixa para os mais pobres – ajudarão a limitar os danos e a construir uma recuperação mais forte”, afirmou.

Segundo o relatório Global Economic Prospects, a economia dos Estados Unidos deverá contrair 6,1% este ano, enquanto a produção da zona do euro deverá diminuir em torno de 9,1%. Prevê-se que a economia do Japão recue 6,1%. Para o Brasil, a projeção é de queda de 8%.

O crescimento deverá cair 7,2% na América Latina e no Caribe, 4,7% na Europa e Ásia Central, 4,2% no Oriente Médio e Norte da África, 2,8% na África Subsaariana (a queda mais profunda já registrada), 2,7% no sul da Ásia e 0,5% no leste da Ásia e no Pacífico.

“A recessão provocada pela COVID-19 é singular em muitos aspectos e provavelmente será a mais profunda nas economias avançadas desde a Segunda Guerra Mundial, e a primeira contração do produto nas economias emergentes e em desenvolvimento, pelo menos nas últimas seis décadas”, afirmou o diretor do Grupo de Perspectivas de Desenvolvimento do Grupo Banco Mundial, Ayhan Kose.

“O episódio atual já viu, de longe, as reduções mais rápidas e íngremes das previsões de crescimento global já registradas”, disse ele.

“Se o passado é um guia, pode haver mais reduções no crescimento, o que implica que os formuladores de políticas talvez precisem estar prontos para empregar medidas adicionais para apoiar a atividade” econômica, salientou.

Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).

 

Webinar aborda direito dos estudantes à alimentação em tempos de pandemia

Posted: 10 Jun 2020 11:57 AM PDT

Foto: Flickr/Prefeitura de Bertioga/Dirceu Mathias.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil e a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável promovem, no dia 18 de junho das 16h às 18h, um webinar com o tema “O direito dos estudantes à alimentação em tempos de pandemia”, voltado para gestores públicos brasileiros, técnicos responsáveis por alimentação escolar nos estados e municípios, comunidade escolar, ativistas e demais envolvidos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nas esferas federal, estadual e municipal.

O objetivo é promover o compartilhamento de experiências de execução do PNAE durante a suspensão das atividades escolares devido à pandemia da COVID-19, para garantir o acesso de todos os estudantes da rede pública a alimentos adequados e saudáveis.

Durante a transmissão do webinar, o público poderá enviar perguntas por meio do canal do Youtube da ONU Brasil.

Iniciativas brasileiras de entrega de alimentos

Durante a pandemia, a garantia da entrega de alimentos adequados e saudáveis aos estudantes torna-se um grande desafio e sua operacionalização apresenta variações entre estados e municípios.

No seminário virtual, será apresentada a experiência da Prefeitura de Curitiba, capital do Paraná, que está entregando kits de alimentos com produtos da agricultura familiar para todos os estudantes matriculados em sua rede de ensino, excetuando aqueles cujos responsáveis não manifestaram interesse, alcançando mais de 110 mil estudantes. Os pais ou responsáveis dos estudantes vão até o centro escolar onde a(s) criança(s) esteja(m) matriculada(s) para retirar o kit, em datas pré-determinadas para evitar aglomerações.

Já o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio das Secretarias de Educação e de Agricultura, entrega um kit com produtos da agricultura familiar local para as famílias de mais de 215 mil estudantes de 600 escolas da rede pública estadual.

As principais mudanças na gestão nacional do PNAE, realizadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também serão discutidas durante o webinar. Executado há mais de seis décadas, o PNAE assiste diariamente cerca de 42 milhões de estudantes. Com a pandemia da COVID-19 e a suspensão das atividades escolares, foi promulgada a Lei Federal 13.987/2020, que autoriza a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do programa diretamente às famílias ou responsáveis pelos estudantes durante o período de emergência. Os kits devem seguir as determinações do PNAE, como respeitar hábitos alimentares, a cultura local e a qualidade nutricional e sanitária.

O webinar contará ainda com uma apresentação sobre a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, uma iniciativa criada há mais de 20 anos por organizações da sociedade civil para atuar pela efetivação e ampliação das políticas educacionais que garantam a todos uma educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade no país.

O seminário virtual é parte da campanha iniciada em maio de 2020 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), FAO no Brasil e Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável para promover e destacar o PNAE como um programa estratégico para alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e como garantia do direito humano à alimentação adequada do público escolar.

O material de comunicação da campanha e outras informações estão disponíveis na página web da Aliança: https://alimentacaosaudavel.org.br/alimentacao-escolar-e-covid19/.

Serviço:
Webinar: “O direito dos estudantes à alimentação em tempos de pandemia”
Data e horário: 18 de junho das 16h às 18h

Canais de transmissão:
Youtube da ONU Brasil
Twitter FAO Brasil: @BrasilFAO
Facebook da Aliança: https://www.facebook.com/aliancapelaalimentacao/

Foto: Flickr/Prefeitura de Bertioga/Dirceu Mathias.

 

 

FIDA investirá R$217 milhões para mitigar impactos da pandemia no meio rural brasileiro

Posted: 10 Jun 2020 11:42 AM PDT

Foto: Carla Francescutti/FIDA

Foto: Carla Francescutti/FIDA

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas irá investir em torno de 217 milhões de reais em ações no Brasil para mitigar os efeitos da pandemia no meio rural.

Segundo o FIDA, parte desse valor será realocado de projetos em andamento e outros 18 milhões de reais serão novos recursos.

“Esse fomento vai propiciar maior renda para os agricultores neste momento, além da compra e distribuição de cestas básicas para 10 mil famílias vulneráveis na região do semiárido”, diz Claus Reiner, diretor do FIDA para o Brasil, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

As iniciativas incluem compra e distribuição de sementes para a próxima safra e a aquisição de máscaras respiratórias confeccionadas por comunidades locais, principalmente quilombolas.

Atualmente, há seis projetos apoiados pelo FIDA nos nove estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo. No Piauí, quatro em cada dez municípios têm projeto do FIDA em áreas que aprimoram a criação de caprinos e ovinos, aves, peixes, capacitam para o uso de irrigação e treinam os moradores também em atividades não-agrícolas, como artesanato.

Saiba mais sobre as ações do FIDA no Brasil:

Fundo agrícola da ONU avalia de forma remota impactos de projeto no Semiárido do Piauí

Artesãs apoiadas pelo FIDA produzem equipamentos de proteção para combater o coronavírus no Piauí

Projeto apoia agricultores familiares durante pandemia da COVID-19 em Sergipe

 

Queda nos custos da energia limpa pode impulsionar ação climática na recuperação pós-COVID-19

Posted: 10 Jun 2020 11:30 AM PDT

Energia eólica, limpa e renovável. Foto: Alexander Droeger/CC.

Energia eólica, limpa e renovável. Foto: Alexander Droeger/CC.

À medida que a COVID-19 atinge a indústria de combustíveis fósseis, um novo relatório de Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e parceiros mostrou que a energia renovável está mais econômica do que nunca – o que apresenta uma oportunidade para os países priorizarem a energia limpa em pacotes de recuperação econômica, aproximando o mundo do cumprimento das metas do Acordo de Paris para o clima.

O relatório “Tendências Globais no Investimento em Energia Renovável 2020”, de PNUMA, Centro de Colaboração da Escola de Frankfurt-PNUMA e BloombergNEF (BNEF), analisa as tendências de investimento de 2019 e os compromissos assumidos pelos países e empresas com a energia limpa na próxima década.

O estudo identificou compromissos que resultam em 826 GW de energia renovável não hidrelétrica, a um custo provável de cerca de 1 trilhão de dólares, até 2030. Para limitar o aumento da temperatura global em até 2 graus Celsius – o principal objetivo do Acordo de Paris – seria necessário atingir 3.000 GW até 2030. A quantidade exata, entretanto, depende da combinação de tecnologias escolhidas.

Os investimentos previstos até 2030 também ficaram muito abaixo dos 2,7 trilhões de dólares comprometidos com energias renováveis ​​na última década.

O relatório mostra que o custo da instalação de energia renovável está menor, o que significa que investimentos futuros resultarão em resultados melhores. Em 2019, a capacidade de energias renováveis, excluindo grandes barragens hidrelétricas de mais de 50 MW, aumentou 184 GW, 12% a mais que em 2018. Apesar disso, o valor em dólar do investimento em 2019 foi apenas 1% maior que no ano anterior, de 282,2 bilhões de dólares.

Graças a melhorias tecnológicas, economias de larga escala e concorrência acirrada em licitações, o custo total ou nivelado da eletricidade continua caindo para energia de fontes eólica e solar. No segundo semestre de 2019, as novas usinas solares fotovoltaicas reduziram custos em 83%, em comparação à década anterior.

“Cada vez mais vozes estão pedindo aos governos que os pacotes de recuperação pós-pandemia sejam usados para criar economias sustentáveis. Essa pesquisa mostra que a energia renovável é um dos investimentos mais inteligentes e econômicos que podemos fazer”, afirma a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen.

“Se os governos aproveitarem a queda no valor das energias renováveis ​​para colocá-las no centro da recuperação econômica pós-COVID-19, daremos um grande passo rumo a um mundo natural saudável, que é uma das nossas melhores chances contra futuras pandemias”, explica Andersen.

Na última década, as energias renováveis têm ocupado uma parte crescente do mercado de geração de energia elétrica baseado em combustíveis fósseis. Quase 78% dos novos GWs gerados em 2019 correspondem a energia eólica, solar, de biomassa, resíduos, geotérmica e pequenas hidrelétricas. Esse incremento, que exclui as grandes hidrelétricas, foi três vezes maior que o das novas usinas de combustíveis fósseis.

“As energias renováveis, como a eólica e a solar, já representam quase 80% da capacidade recém-instalada para a geração de eletricidade. O mercado e os investidores já estão convencidos de sua confiabilidade e competitividade”, diz a Ministra do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, Svenja Schulze.

“A promoção de energias renováveis ​​pode ser um mecanismo poderoso para a recuperação da economia após a pandemia, criando empregos novos e seguros”, acrescenta.

“Ao mesmo tempo, elas ​​melhoram a qualidade do ar, o que também protege a saúde pública. Ao promovê-las ​​no âmbito dos pacotes de estímulo econômico pós-coronavírus, temos a oportunidade de investir na prosperidade, na saúde e na proteção do clima”.

O relatório também destaca outros recordes em 2019:

As maiores adições de energia solar em um ano, de 118 GW.
O maior investimento em energia eólica offshore em um ano, com US$ 29,9 bilhões – um aumento de 19% em relação ao ano anterior.
O maior financiamento para um projeto de energia solar, com US$ 4,3 bilhões, para o Al Maktoum IV nos Emirados Árabes Unidos.
O maior volume de contratos corporativos de compra de energia renovável, de 19,5 GW em todo o mundo.
A maior capacidade em licitações de energia renovável, de 78,5 GW em todo o mundo.
O maior investimento em energias renováveis em economias em desenvolvimento, sem considerar a China e a Índia, totalizando US$ 59,5 bilhões.
Investimentos cada vez maiores: um recorde de 21 países e territórios investindo mais de US$ 2 bilhões em energias renováveis.

“Vemos que a transição energética está em pleno andamento, com a maior capacidade de energias renováveis ​​já financiada. Enquanto isso, o setor de combustíveis fósseis foi duramente atingido pela crise do COVID-19, com muitos países enfrentando a queda nos preços do petróleo e na demanda por eletricidade movida a carvão e gás”, afirma o presidente da Escola de Finanças e Administração de Frankfurt, Nils Stieglitz.

“A crise climática e a crise do COVID-19, apesar de suas naturezas distintas, são rupturas que chamam a atenção tanto de formuladores de políticas públicas quando de gestores. Ambas demonstram a necessidade de maior ambição climática e de mudança das matrizes energéticas rumo às renováveis”.

Em 2019, a participação de fontes renováveis na geração global de energia, sem considerar as grandes hidrelétricas, subiu para 13,4%, ante 12,4% em 2018 e 5,9% em 2009. Isso significa que as fontes de energias renováveis ​​impediram a emissão de aproximadamente 2,1 gigatoneladas de dióxido de carbono em 2019. Isso representa uma economia substancial, dadas as emissões globais de aproximadamente 13,5 gigatoneladas em 2019.

“A energia limpa se encontra em uma encruzilhada em 2020”, explica o diretor-executivo da BloombergNEF, Jon Moore.

“Tivemos um enorme progresso na última década, mas as metas oficiais para 2030 estão muito aquém do necessário para lidar com as mudanças climáticas. Quando a atual crise diminuir, os governos precisarão olhar não apenas para a energia renovável, mas também para a descarbonização dos meios de transportes, da construção civil e das indústrias”, conclui.

 

Projeto ajuda adolescentes a elaborar soluções para ampliar seu acesso à cidade

Posted: 10 Jun 2020 10:40 AM PDT

Em São Paulo e Rio de Janeiro, adolescentes e jovens das periferias discutem desafios, impactos e discriminações em relação aos seus direitos à cidade, especialmente em tempos de pandemia. Foto: pixabay/Alexandra Koch

Em São Paulo e Rio de Janeiro, adolescentes e jovens das periferias discutem desafios, impactos e discriminações em relação aos seus direitos à cidade, especialmente em tempos de pandemia. Foto: pixabay/Alexandra Koch

Dividir anseios, preocupações, desafios, inspirações e motivações dos jovens são alguns dos objetivos do projeto Geração que Move, que tem início em São Paulo (SP), nos bairros de Grajaú e Jardim Ângela, e no Rio de Janeiro (RJ), na zona norte da cidade.

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a informação e a busca de soluções ganharam outro patamar de importância. Afinal, queremos conhecer quem é a geração que está se movendo para o enfrentamento da COVID-19.

Por isso, dez jovens de São Paulo e 20 do Rio de Janeiro serão produtores de conteúdo para suas comunidades, a fim de retratar como seus direitos à cidade estão sendo garantidos e, se não estão, por quê.

Eles passarão por percursos formativos online, começando por oficinas de produção de conteúdo audiovisual, discutindo linguagens e formatos para mídias digitais.

O Geração que Move visa discutir temáticas que circundam a pandemia, como fake news, prevenção, discriminação, desigualdade social, bem como acesso a serviços de saúde, educação, proteção, cultura, esporte e lazer.

Após o fim do isolamento social, o projeto passará para a fase presencial, na qual os jovens terão oficinas temáticas de direitos humanos, adolescência e juventude, mobilidade segura e igualitária, desigualdades de gênero, raça e classe, empreendedorismo social, design thinking e temas correlatos, além de participar de jornadas de campo para conhecer os equipamentos públicos.

O objetivo é que eles próprios que vivenciam esses desafios sejam estimulados a criar soluções para garantir a mobilidade mais segura e igualitária de crianças e adolescentes nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, que serão apresentadas a gestores públicos para o aperfeiçoamento de políticas públicas.

“Promover a discussão sobre o direito à cidade e os diversos equipamentos públicos entre os jovens e ter soluções indicadas por eles é de extrema importância para enfrentarmos as desigualdades existentes dentro das cidades, especialmente com o impacto crítico da pandemia na vida deles”, afirma Luciana Phebo, coordenadora da Região Sudeste no Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF Brasil).

Sobre o Geração que Move

O Geração que Move, uma parceria do UNICEF com Arteris e Fundação Abertis, e implementação pela Viração (SP) e Agência Redes para Juventude (RJ), visa promover a mobilidade segura e igualitária de crianças e adolescentes de áreas vulneráveis em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ).

Alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, o projeto visa fomentar o acesso seguro a serviços de educação, saúde, proteção, cultura, esporte, lazer, por meio de estratégias sustentáveis, projetadas e lideradas por adolescentes.

Aliança global
Presente em mais de 190 países, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) atua no Brasil há 70 anos. Por sua vez, a Abertis é uma empresa multinacional de operação viária, presente em 15 países da Europa, da Ásia e das Américas. Desde 2017, UNICEF e Abertis têm uma aliança estratégica com objetivo de fortalecer e ampliar a atuação do UNICEF e de seus parceiros para proteger crianças e adolescentes pelas rodovias do mundo e garantir um acesso mais

Sobre a Agência de Redes para Juventude
A Agência Redes para Juventude é uma metodologia em ação desde 2011 pela organização da sociedade civil Avenida Brasil. Promove a possibilidade de criação de um novo espaço-tempo para os jovens que vivem em comunidades populares do Rio de Janeiro, estimulando-os para a invenção de um novo lugar na cidade, onde esses jovens sejam potentes e sujeitos criadores.

Sobre a Viração
A Viração é uma organização da sociedade civil que atua com comunicação, educação e mobilização social entre adolescentes, jovens e educadores, compreendidos como sujeitos de direitos, considerando suas potencialidades e vulnerabilidades específicas, levando em conta suas diversidades culturais, sociais e étnico e raciais.

 

OPAS: resposta à pandemia nas Américas será afetada por inverno e temporada de furacões

Posted: 10 Jun 2020 09:53 AM PDT

Devastação no Haiti causada pelo furacão ‘Matthew’ em 2016. Foto: Logan Abassi/ ONU-MINUSTAH

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, afirmou ontem (9) durante uma coletiva de imprensa, que a preparação para o inverno e furacões é fundamental para que países da região possam mitigar a disseminação da COVID-19 nas Américas.

Com mais de 3,3 milhões de casos da COVID-19 na região e muitas áreas notificando aumentos exponenciais em casos e mortes, a diretora da OPAS demonstrou preocupação com os dados que mostram o vírus surgindo em novos locais que já haviam apresentado um número limitado de casos.

“Na América do Sul, nossa resposta à pandemia será afetada pela chegada do inverno, e a temporada de furacões complicará nossos esforços na América do Norte e Central, especialmente no Caribe”.

Preparando-se para infecções respiratórias durante o inverno

A diretora da OPAS explicou que o inverno, que começa agora na América do Sul, “alimenta infecções respiratórias – como influenza sazonal e pneumonia – que podem se espalhar rapidamente em climas mais frios e à medida em que mais pessoas se reúnem em ambientes fechados para se aquecer”.

“Este é um problema para os pacientes, pois as doenças respiratórias os deixam com maior risco de infecção grave pela COVID-19. Também é um desafio para os sistemas de saúde que terão de lidar com a carga dupla de uma pandemia de coronavírus e de um aumento em outras doenças respiratórias. Os sintomas semelhantes tornam o diagnóstico da COVID-19 ainda mais difícil”, afirmou.

A diretora da OPAS explicou que a vacinação contra a gripe para prevenir casos graves da doença é mais importante do que nunca – principalmente para grupos de alto risco, como profissionais de saúde, pessoas idosas e pessoas com condições crônicas. “Esses mesmos grupos também têm alto risco de infecção por coronavírus”.

“A vacinação contra a gripe sazonal está em andamento em 14 países e mais de 90 milhões de pessoas estão sendo alcançadas. A OPAS está ajudando os países a comprarem vacinas por meio do Fundo Rotatório. O Fundo ajudou a garantir 24 milhões de doses da vacina contra a gripe, apesar dos obstáculos logísticos adicionais que todos nós enfrentamos no transporte de suprimentos essenciais durante a pandemia”.

Preparando-se para a temporada de furacões

Com o início da temporada de furacões, a diretora da OPAS sugeriu que as autoridades do Caribe, da América Central e da costa leste dos EUA “revisem os planos nacionais de resposta a furacões e realizem exercícios de simulação para garantir que suas respostas ao desastre e à COVID-19 estejam alinhadas. Também devemos planejar possíveis interrupções no atendimento de pacientes críticos e refinar os planos de evacuação”.

A diretora contou que a OPAS está trabalhando para fornecer suprimentos de resposta a emergências em toda a região para garantir instalações essenciais como laboratórios e centros de quarentena e isolamento para que o diagnóstico e tratamento da COVID-19 possam continuar mesmo em circunstâncias difíceis.

“Precisamos agir hoje para proteger nosso progresso e mitigar a propagação do vírus durante esse período. Isso significa redobrar nossos esforços para controlar a propagação da COVID-19 e reduzir a dupla carga que as próximas temporadas de inverno e furacões podem provocar”, acrescentou.

O fortalecimento da infraestrutura de saúde com a contratação de equipes de emergência e a expansão das reservas de suprimentos essenciais e equipamentos de proteção também são importantes e “ajudarão a garantir que o trabalho realizado para se preparar para a COVID-19 seja reforçado para enfrentar essas ameaças sazonais”, afirmou.

“A pandemia da COVID-19 levou nossa região ao limite. Nossas comunidades e sistemas de saúde estão sob pressão e nossos esforços coletivos estão focados na contenção do virus”, concluiu a diretora da OPAS.

 

UNICEF e BNDES firmam parceria para prevenção da COVID-19 em oito capitais

Posted: 10 Jun 2020 07:52 AM PDT

Foto: UNICEF

Parceria entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e empresas do setor privado destina recursos financeiros para medidas de prevenção da COVID-19 entre as famílias mais vulneráveis, em diversas capitais brasileiras. Os primeiros repasses totalizam R$ 6 milhões, unindo esforços das empresas Arteris, CGN, EDF Renewables, Essencis e Termoverde (Grupo Solví), Gemini Energy e Omega Energia. Os recursos estão sendo destinados ao UNICEF por meio da linha de Investimentos Sociais de Empresas (ISE) do BNDES.

O objetivo da parceria é a compra e a distribuição de kits com suprimentos fundamentais de higiene – sabonete, detergente líquido, álcool em gel e água sanitária – e cestas básicas para as famílias que mais precisam. Como parte da conscientização sobre os cuidados necessários neste momento de pandemia, o UNICEF também distribui, juntamente com os kits, folhetos com informações sobre como se proteger da COVID-19 e cuidar da saúde e do bem-estar das famílias, em especial aquelas com crianças e adolescentes. As doações atendem, aproximadamente, 121 mil pessoas nas cidades de Belém, Fortaleza, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.

No Brasil, o UNICEF tem articulado uma intensa força-tarefa com diversos atores do setor privado, movimentos sociais, governos, organizações e celebridades para ampliar seu trabalho e fazer chegar a ajuda a milhares de pessoas, priorizando as áreas da saúde, água, saneamento, proteção e educação.

“Embora crianças e adolescentes não sejam os mais afetados pelo coronavírus diretamente, como em toda crise humanitária, eles sofrem muito de maneira indireta. Estamos felizes em ter BNDES, Arteris, CGN, EDF Renewables, Essencis e Termoverde, Gemini Energy e Omega Energia conosco nessa mobilização pelos direitos de crianças, adolescentes e famílias”, afirmou a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.

De acordo com o superintendente da Área de Gestão Pública e Socioambiental do BNDES, Júlio Leite, a linha ISE, que viabilizou os investimentos, busca ampliar a responsabilidade social das empresas, estimulando-as, por meio de condições financeiras atraentes, a ir além das meras obrigações ambientais e sociais previstas em legislação.

“Diante do avanço da COVID-19, incentivamos as empresas a realizarem ações relacionadas à mitigação dos impactos da pandemia. Algumas delas demonstraram interesse em apoiar o projeto emergencial do UNICEF, utilizando recursos já contratados no banco para aumentar de forma relevante a quantidade de famílias atendidas e, portanto, a eficácia e o impacto da iniciativa”, explicou o executivo.

Em cada cidade, o UNICEF é responsável pela compra dos itens de higiene, saúde e cestas básicas, priorizando comércios locais e favorecendo a economia e o desenvolvimento da região. Fica a cargo do UNICEF, também, a distribuição dos kits para as famílias nas comunidades, realizada por parceiros e organizações locais em cada município.

Sobre o BNDES
O BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para financiamento de longo prazo aos diversos segmentos da economia brasileira. Também estrutura projetos de desestatização (PPPs, concessões e privatizações) para atrair investimentos que melhorem a infraestrutura do País. Seus apoios são condicionados à geração de externalidades, isto é, impactos socioambiental e econômico para o Brasil.

Sobre a Arteris
A Arteris S.A. é uma das principais companhias do setor de concessões de rodovias do Brasil, com cerca de 3.200 km em operação. Por meio de suas sete concessionárias, a Arteris administra rodovias localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, importante eixo econômico e industrial do País. A companhia é responsável pela operação de cinco concessionárias federais: Fernão Dias, Régis Bittencourt, Litoral Sul, Planalto Sul e Fluminense. Também detém as concessionárias estaduais Intervias e ViaPaulista, que atuam no interior de São Paulo. A Arteris é controlada pela espanhola Abertis e pela canadense Brookfield e mantém programas permanentes de conscientização. A empresa recebeu o Prêmio Denatram de Educação no Trânsito, com o Projeto Escola Arteris, programa com foco na humanização do trânsito por meio da cidadania, ética e convívio social. Saiba mais: http://www.arteris.com.br.

Sobre CGN
A CGN Brasil é uma empresa multinacional do setor de energia limpa, afiliada à China General Nuclear Energy International Holdings Limited. A empresa entrou no mercado brasileiro em 2019 e estabeleceu uma filial brasileira, com capacidade instalada total em operação de 1,182 milhão de quilowatts. Em 18 de outubro de 2019, a CGNBE venceu com sucesso um projeto greenfield no Brasil. Em termos de capacidade instalada de energia eólica e solar, já alcançaram o segundo lugar no Brasil.

Sobre EDF Renewables do Brasil
A EDF Renewables é uma empresa internacional líder em energias renováveis, com capacidade instalada bruta de 13 GW em todo o mundo. Seu desenvolvimento é focado em energia eólica e solar fotovoltaica. A EDF Renewables opera principalmente na Europa e na América do Norte, mas continua crescendo ao se mudar para regiões emergentes promissoras, como Brasil, China, Índia, África do Sul e Oriente Médio. A empresa tem posições fortes em energia eólica offshore, mas também em outras áreas da indústria de energias renováveis, como energia distribuída e armazenamento de energia. A EDF Renewables desenvolve, constrói, opera e mantém projetos de energias renováveis, tanto para si como para terceiros. A maioria de suas subsidiárias internacionais tem a marca EDF Renewables. A EDF Renewables é a subsidiária do Grupo EDF especializada no desenvolvimento de energia solar e eólica. No Brasil desde 2015, a EDF Renewables encontra-se entre as líderes do país no setor de energia renovável, totalizando mais de 1GW em projetos instalados ou em construção de energia solar e eólica em Minas Gerais e na Bahia.

Sobre Essencis e Termoverde
A Essencis Soluções Ambientais, oferece ao mercado brasileiro multissoluções ambientais para o setor privado e público, com disposição final de resíduos classe I (perigosos) e II (não perigosos), estação para tratamento de chorume gerado da decomposição dos resíduos, estação de tratamento de efluente, incineração, blendagem e valorização energética de resíduos para coprocessamento, descaracterização de produtos, assessoria fiscal e proteção à marca; manufatura de sucata eletrônica e de catalizador automotivo, dessorção térmica para descontaminação de solo com hidrocarboneto, e biogás – creditado para geração de crédito de carbono, além da gestão de áreas impactadas. Em 2019 a UVS Essencis Caieiras inaugurou seu Centro de Educação Ambiental, possibilitando o desenvolvimento de novos projetos socioambientais no município.

A Termoverde Caieiras é a maior termelétrica movida a biogás de aterro sanitário do Brasil e uma das maiores do mundo, situada na Central de Tratamento e Valorização Ambiental da Essencis localizada no município de Caieiras-SP, no km 33 da Rodovia Bandeirantes. A usina é um investimento de mais de R$ 100 milhões do Grupo Solví, que atua nos segmentos de gestão de resíduos, saneamento e energia renovável, presente em 16 estados brasileiros também está no Peru, na Argentina e na Bolívia. A Termoverde Caieiras tem potência instalada de 29,5 MW e gera energia limpa a partir do resíduo depositado no aterro sanitário da Essencis.

A usina utiliza como combustível para a geração de energia o gás metano do biogás decorrente da decomposição dos resíduos orgânicos depositados no aterro. A geração de energia a partir do metano é uma forma sustentável de valorização dos gases do aterro, além de gerar créditos de carbono. Sua produção é de 230 mil MWh ao ano, energia equivalente para atender uma cidade de cerca de 300 mil habitantes com energia elétrica sustentável.

Sobre Gemini Energy
A Gemini Energy é uma companhia gestora de sistemas de transmissão, e tem como principal missão manter em pleno funcionamento suas de linhas de transmissão de energia interligadas ao sistema elétrico brasileiro transportando a energia de acordo com os parâmetros de qualidade e serviço determinados pela Aneel, assim como atua com os maiores níveis de governança corporativa e compliance. As principais linhas da Gemini Energy cobrem aproximadamente 1500 km em diversos Estados no Brasil.

Sobre a Omega Energia
A Omega Energia é uma plataforma brasileira que investe em energia 100% limpa e renovável, por meio de desenvolvimento, geração e comercialização de energia. Com a premissa de criar valor tangível para todos os seus stakeholders, desde sua fundação em 2008, a Omega trabalha continuamente pelo propósito de fornecer energia sustentável e contribuir com a prosperidade do País. Presente em seis Estados brasileiros, seu portfólio operacional soma 1,2 GW de capacidade instalada, a partir de ativos 100% renováveis.

 

 

Novo guia da OMS sobre máscaras cirúrgicas e de tecido tem versão em português

Posted: 10 Jun 2020 07:14 AM PDT

Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) tornou obrigatório o uso de máscaras nas ruas por conta da pandemia. Foto: EBC/Tomaz Silva

Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) tornou obrigatório o uso de máscaras nas ruas por conta da pandemia. Foto: EBC/Tomaz Silva

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) disponibilizou na terça-feira (9) a versão em português do novo guia da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre máscaras cirúrgicas e de tecido. O documento foi atualizado para incorporar as descobertas mais recentes de pesquisas científicas e fornecer conselhos práticos.

As principais mudanças estão relacionadas ao uso de máscaras por profissionais de saúde e detalhes específicos sobre a utilização de máscaras de tecido para o público em geral em áreas de transmissão comunitária – ou seja, onde a COVID-19 está muito difundida.

Segundo o guia, os governos devem incentivar o público em geral a usar uma máscara de tecido nas áreas em que há muitas pessoas infectadas com COVID-19 na comunidade; onde a capacidade de conter surtos é limitada; e quando não é possível alcançar um distanciamento físico de pelo menos 1 metro (esse pode ser o caso de ônibus, trens, lojas, locais de trabalho e outros ambientes confinados ou fechados).

Acesse aqui a íntegra da “Orientação sobre o uso de máscaras no contexto da COVID-19. Orientação provisória, 5 de junho de 2020”

Visão da OMS sobre máscaras

As máscaras devem ser usadas como parte de uma estratégia abrangente de medidas para suprimir a transmissão do coronavírus e salvar vidas. O uso delas, sem outras ações, é insuficiente para fornecer um nível adequado de proteção contra a COVID-19. Também é importante manter uma distância física mínima de pelo menos 1 metro de outras pessoas, limpar frequentemente as mãos e evitar tocar no rosto e na máscara.

As máscaras cirúrgicas (ou médicas) podem proteger as pessoas que a usam de serem infectadas e impedir que aqueles que apresentam sintomas espalhem o vírus. A OMS recomenda que os seguintes grupos usem máscaras médicas:

• Trabalhadores de saúde
• Qualquer pessoa com sintomas sugestivos de COVID-19, incluindo pessoas com sintomas leves
• Pessoas que cuidam de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 fora das unidades de saúde

Máscaras cirúrgicas também são recomendadas para os seguintes grupos de risco, quando estão em áreas de transmissão generalizada e não podem garantir uma distância de pelo menos 1 metro de outras pessoas:

• Pessoas com 60 anos ou mais
• Pessoas de qualquer idade com comorbidades de base, como doença cardiovascular ou diabetes, doença pulmonar crônica, câncer, doença cerebrovascular e imunossupressão

Já as máscaras de tecido não cirúrgicas estão sendo usadas por muitas pessoas em áreas públicas, mas as evidências sobre sua eficácia são limitadas e a OMS não recomenda seu amplo uso entre o público para o controle da COVID-19.

No entanto, para áreas de transmissão generalizada, com capacidade limitada para implementar medidas de controle e especialmente em locais onde o distanciamento físico de pelo menos 1 metro não é possível – como transporte público, lojas ou outros ambientes confinados ou lotados – a OMS aconselha os governos a incentivarem a população em geral a usar máscaras não cirúrgicas de tecido.

A combinação ideal de materiais para máscaras de tecido não cirúrgicas deve incluir três camadas: 1) uma camada mais interna feita de material hidrofílico (por ex., algodão ou misturas de algodão); 2) uma camada mais externa feita de material hidrofóbico (por ex., polipropileno, poliéster ou misturas desses materiais), para limitar a contaminação externa por penetração até o nariz e a boca do usuário; 3) uma camada intermediária hidrofóbica feita de material sintético não tecido, como polipropileno, ou uma camada de algodão, para melhorar a filtração ou reter gotículas.

Certifique-se de construir ou comprar uma máscara que permita respirar enquanto fala e caminha rapidamente.

Como usar e cuidar de uma máscara de tecido

Uso correto:
-Limpe as mãos antes de colocar a máscara.
-Inspecione a máscara para verificar a existência de rasgos ou buracos, não use uma máscara que esteja danificada.
-Ajuste a máscara para cobrir sua boca, nariz e queixo, sem deixar lacunas nas laterais.
-Evite tocar na máscara enquanto a estiver usando.
-Troque sua máscara se estiver suja ou molhada.
-Limpe as mãos antes de tirar a máscara.
-Retire a máscara removendo-a por trás das orelhas, sem tocar na parte frontal da máscara.
-Limpe as mãos após remover a máscara.

Cuidados corretos:
-Se a sua máscara de tecido não estiver suja ou úmida e você planeja reutilizá-la, coloque-a em um saco plástico descartável limpo e hermeticamente fechado. Se você precisar usá-la novamente, segure a máscara nas alças elásticas ao removê-la do saco.
-Lave as máscaras de tecido com sabão ou detergente e de preferência com água quente (pelo menos 60 graus) pelo menos uma vez por dia.
-Se não houver água quente, lave a máscara com sabão/detergente e água à temperatura ambiente, seguida de fervura da máscara por 1 minuto. Outra opção é embeber a máscara em cloro a 0,1% por 1 minuto e enxaguá-la completamente com água em temperatura ambiente (não deve haver nenhum resíduo tóxico de cloro na máscara).
-Garanta que você possui sua própria máscara e não a compartilhe com outras pessoas.

Como usar uma máscara cirúrgica

Como colocar corretamente:
-Antes de tocar na máscara, limpe as mãos com um sabonete à base de álcool ou água e sabão
-Inspecione a máscara quanto a rasgos ou buracos; não use uma máscara que foi usada anteriormente ou está danificada.
-Verifique qual lado é o topo – geralmente é onde a tira de metal está
-Em seguida, identifique o interior da máscara, que geralmente é o lado branco.
-Coloque a máscara no rosto, cobrindo o nariz, a boca e o queixo, certificando-se de que não haja espaços entre o rosto e a máscara.
-Aperte a tira de metal para que ela se molde ao formato do seu nariz.
-Lembre-se, não toque na frente da máscara enquanto a estiver usando para evitar contaminação; se você tocar acidentalmente, limpe as mãos.

Como remover corretamente:
-Antes de tocar na máscara, limpe as mãos com um sabonete à base de álcool ou água e sabão
-Remova as tiras por trás da cabeça ou orelhas, sem tocar na frente da máscara.
-Ao remover a máscara, incline-se para frente e afaste-a do rosto.
-As máscaras cirúrgicas são para uso único apenas; descarte a máscara imediatamente, de preferência em uma lixeira fechada.
-Limpe as mãos depois de tocar na máscara.
-Esteja ciente da condição da máscara e a substitua se ficar suja ou úmida.

 

UNESCO, Lupa e Serrapilheira unem-se contra desinformação sobre COVID-19 no Brasil

Posted: 09 Jun 2020 01:00 PM PDT

Segundo levantamento feito pelas empresas MindMiners e Avaaaz, 70% dos brasileiros buscam informações sobre coronavírus uma ou mais vezes por dia. Foto: PEXELS

Segundo levantamento feito pelas empresas MindMiners e Avaaaz, 70% dos brasileiros buscam informações sobre o novo coronavírus uma ou mais vezes por dia. Foto: PEXELS

A Agência Lupa, a maior agência de checagem de fatos do Brasil, numa parceria com o Instituto Serrapilheira, dedicado ao fomento à ciência e divulgação científica, UNESCO e os veículos de mídia Folha de S.Paulo e UOL lançam nessa terça-feira (9) um desdobramento do projeto CoronaVerificado.

Trata-se de uma iniciativa de três meses para combater a desinformação a respeito do novo coronavírus e da COVID-19, com produção de conteúdo analítico baseado na plataforma de informações verificadas lançada em maio pela Lupa em parceria com Google News Initiative e LatamChequea.

Segundo levantamento feito pelas empresas MindMiners e Avaaaz, 70% dos brasileiros buscam informações sobre o novo coronavírus uma ou mais vezes por dia. Ao menos 80% querem saber se foram expostos a notícias falsas sobre a pandemia e 60% acompanham TV e sites de notícias diariamente, seguidos de redes sociais. Por fim, 40% consideram redes sociais pouco ou nada confiáveis e 14% pensam o mesmo de sites de notícias.

Para dissipar essa confusão e tornar o CoronaVerificado uma referência em informações checadas sobre o novo coronavírus no Brasil, o projeto terá a parceria do UOL e da Folha de S.Paulo, que publicarão colunas semanais com análises sobre ondas de desinformação em torno do novo coronavírus. Os dois veículos terão colunas exclusivas, sempre às terças e às quartas-feiras, respectivamente, a partir desta semana.

“Vivemos em um período no qual o jornalismo tem papel fundamental. A parceria com o Instituto Serrapilheira e a Agência Lupa é de grande importância no contexto de disseminação de desinformação quanto à Covid-19″, diz a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

“Contribuir para informar a sociedade verificando os fatos, por meio de um jornalismo responsável e qualificado, é o que nos prepara para lidarmos com a pandemia e suas consequências, a partir da troca de experiências, avaliação de alternativas para prevenção e análise de resultados para tomada de decisões.”

“Apoiamos esta iniciativa, que seguramente vai permitir não só um ambiente mais seguro para a atuação dos profissionais do jornalismo, mas também uma maior conscientização de todos sobre a importância da checagem de dados e fatos, principalmente no campo do jornalismo científico.”

Influenciadores digitais também irão colaborar com ações de conscientização sobre o risco dos conteúdo falsos e como se prevenir deles. Além disso, em sua nova fase, o CoronaVerificado terá um amplo trabalho de estratégia digital, com planejamento detalhado de ações em redes sociais.

A plataforma também será aprimorada, com melhoria na interação e nas funcionalidades disponíveis aos usuários. Hoje, já é possível consultar as principais peças de desinformação que circularam na América Latina, em Portugal e na Espanha no site, fazendo buscas por tema, país de origem e plataforma que verificou o conteúdo.

“Neste momento crítico, sabemos que o nosso trabalho precisa alcançar a maior quantidade de pessoas possível. Contar com a parceria da UNESCO e do Serrapilheira coloca o CoronaVerificado em outro patamar em termos de relevância. E ter espaço na Folha e no UOL para levar ao leitor análises qualificadas sobre a desinformação agora é contribuir também para a qualificação do debate público”, afirma Natália Leal, diretora de conteúdo da Lupa.

Este conjunto de iniciativas vai mobilizar quatro profissionais dedicados, além de profissionais da Agência Lupa que já trabalham no combate à desinformação sobre o novo coronavírus. Cerca de 106 mil reais serão investidos pelo Instituto Serrapilheira e pela UNESCO neste esforço.

“O Serrapilheira tem, como parte central de sua missão, fortalecer a cultura científica no Brasil. Consideramos o trabalho de jornalistas e checadores de informação de extrema relevância para essa construção, já que combater a desinformação por meio da checagem rigorosa de informações e a disseminação do conteúdo produzido a partir disso é contribuir para um debate público cientificamente informado”, diz a diretora de Divulgação Científica do Instituto Serrapilheira, Natasha Felizi.

Instituições envolvidas

UNESCO: A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi criada em 16 de novembro de 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de garantir a paz por meio da cooperação intelectual entre as nações, acompanhando o desenvolvimento mundial e auxiliando os Estados-Membros – hoje são 193 países – na busca de soluções para os problemas que desafiam nossas sociedades.

Agência Lupa: é a primeira agência de notícias do Brasil a se especializar na técnica jornalística mundialmente conhecida como fact-checking. Desde novembro de 2015, quando abriu sua redação, no Rio de Janeiro, sua equipe acompanha o noticiário de política, economia, cidade, cultura, educação, saúde e relações internacionais, buscando corrigir informações imprecisas e divulgar dados corretos. As checagens são vendidas a outros veículos de comunicação e também publicado no site da agência.

Instituto Serrapilheira: primeira instituição privada, sem fins lucrativos, de fomento à ciência no Brasil, foi criado para valorizar o conhecimento científico e aumentar sua visibilidade. No intuito de fomentar uma cultura de ciência no país, atuamos em duas frentes: Ciência e Divulgação Científica.

Folha de S.Paulo: fundada em 1921, a Folha é, desde a década de 80, o jornal mais vendido do país entre os diários nacionais de interesse geral. O crescimento foi calcado nos princípios editoriais do Projeto Folha: pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência. Organizado em cadernos temáticos diários e suplementos, tem circulação nacional. Foi o primeiro veículo de comunicação do Brasil a adotar a figura do ombudsman e a oferecer conteúdo on-line a seus leitores.

UOL: Pioneiro na Internet brasileira, a UOL (Universo Online) surgiu em 1996 como o primeiro portal de conteúdo no país. A empresa é uma das cinco companhias que fazem parte do conglomerado de mídia Grupo Folha. Segundo dados divulgados pelo IBOPE, o UOL é o maior portal do Brasil, cobrindo mais de 70% da audiência da internet por meio de diversos seus portais e sites de notícias, com mais de 89 milhões de visitantes únicos mensais.

 

VÍDEO: O que a OMS está fazendo para ajudar a conter a COVID-19?

Posted: 09 Jun 2020 12:57 PM PDT

Rede global de governos e organizações pede apoio a profissionais de educação durante pandemia

Posted: 09 Jun 2020 12:37 PM PDT

Foto: UNESCO

A Força-Tarefa Internacional para Professores pela Educação 2030 fez um chamado à ação para garantir que estes profissionais sejam protegidos, apoiados e reconhecidos durante a pandemia de COVID-19.

A iniciativa é uma rede mundial composta por mais de 90 governos e cerca de 50 organizações internacionais e regionais, incluindo agências da ONU, organizações da sociedade civil, de ensino e fundações, que trabalham para promover questões relativas aos professores e ao ensino. Seu secretariado está abrigado na sede da UNESCO, em Paris.

O documento pede “liderança e recursos financeiros, bem como materiais para os professores, a fim de garantir que o ensino e a aprendizagem de qualidade possam continuar sendo oferecidos à distância durante esta crise e também para que a recuperação seja rápida”.

Em 165 países de todo o mundo, cerca de 63 milhões de professores primários e secundários estão sendo afetados pelo fechamento de escolas devido à pandemia da COVID-19. Eles estão na linha de frente da resposta para garantir que a aprendizagem continue para quase 1,5 bilhão de estudantes, número que está previsto aumentar.

Em todos os lugares, junto com dirigentes das escolas, os docentes têm se mobilizado e inovado rapidamente para facilitar o ensino à distância de qualidade para os estudantes em confinamento, com ou sem o uso de tecnologias digitais. Eles estão desempenhando um papel fundamental também na comunicação de medidas para impedir a propagação do vírus, garantindo assim que as crianças estejam seguras e sejam apoiadas.

Esta situação sem precedentes está causando estresse em professores, estudantes e familiares.

Em alguns casos, os docentes que podem já ter sido expostos ao vírus estão tentando controlar a ansiedade de serem chamados para trabalhar em lugares onde o risco da COVID-19 está aumentando. Outros estão lidando com o estresse de oferecer uma aprendizagem de qualidade com ferramentas para as quais receberam pouco ou nenhum treinamento ou apoio. Em muitos países, professores contratados, substitutos e pessoal de apoio à educação correm o risco de perder seus contratos e não ter mais seus meios de subsistência.

A Força-tarefa convoca governos, fornecedores e financiadores de educação – públicos e privados – e todos os principais parceiros a:

1 – Preservar o emprego e os salários: esta crise não pode ser um pretexto para baixar o nível de padrões e normas ou desconsiderar os direitos trabalhistas. Os salários e os benefícios de toda a equipe de apoio ao ensino e à educação devem ser preservados.

2 – Priorizar a saúde, a segurança e o bem-estar de professores e estudantes: os professores precisam de apoio socioemocional para enfrentar a pressão extra exercida sobre eles para proporcionar aprendizagem em um momento de crise, bem como para fornecer apoio a seus estudantes em situações de ansiedade.

3 – Incluir professores no desenvolvimento de respostas educacionais à COVID-19: os professores terão um papel essencial na fase de recuperação quando as escolas reabrirem. Eles devem ser incluídos em todas as etapas da elaboração e do planejamento das políticas educacionais.

4 – Fornecer suporte e treinamento profissional adequados: tem sido dada pouca atenção ao fornecimento de treinamento adequado aos professores sobre como garantir a continuidade da aprendizagem. Devemos agir rapidamente para assegurar que os professores recebam o apoio profissional necessário.

5 – Colocar a equidade no centro das respostas da educação à crise: será necessário haver maior apoio e flexibilidade para os professores que trabalham em áreas remotas ou com comunidades de baixa renda ou minorias, a fim de garantir que as crianças desfavorecidas não sejam deixadas para trás.

6 – Incluir os professores nas respostas de ajuda: a Força-tarefa para Professores pede às instituições de financiamento que ajudem os governos a apoiar os sistemas educacionais, particularmente o desenvolvimento profissional da força de trabalho docente. Esse apoio é especialmente urgente em alguns dos países mais pobres do mundo, que já estão lutando para atender às necessidades de educação devido à escassez crítica de professores qualificados.

Para mais informações, faça o download do Chamado em inglêsfrancêsespanhol e árabe.

 

OIM lança estudo que discute políticas de médio prazo para indígenas venezuelanos no Brasil

Posted: 09 Jun 2020 11:51 AM PDT

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