Boletim diário da ONU Brasil: “Às vésperas da Assembleia Geral, chefe da ONU busca compromisso renovado com regras e valores globais” e 54 outros.
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qui, 20 de set 18:42 (Há 20 horas)
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- Às vésperas da Assembleia Geral, chefe da ONU busca compromisso renovado com regras e valores globais
- Seis coisas que você precisa saber sobre a Assembleia Geral da ONU
- Rede Brasil do Pacto Global apresenta em NY projetos de sustentabilidade do setor privado
- Pacto Global da ONU lança plataforma de conhecimento sobre desenvolvimento sustentável
- Especialistas debatem governança e financiamento para gestão de água e saneamento no Brasil
- Rússia promete levar tratamento para 75% da população com HIV em 2019
- Em visita ao Brasil, chefe da OMC alerta para impactos das tensões comerciais na economia dos países
- Banco Mundial: pobreza extrema está diminuindo no mundo, mas a ritmo lento
- Ativistas explicam o que é ser intersexo
- É hora de ações concretas, diz chefe da ONU ao elogiar acordo na Península Coreana
- Em Boa Vista, Exército e ONU levam 510 venezuelanos das ruas para abrigos
- ONU Meio Ambiente mobiliza escoteiros em campanha Mares Limpos
- UNICEF: um terço dos jovens está fora da escola em contextos de guerra e desastre
- ONU e associação de empresas estimulam uso do transporte público no Dia Mundial Sem Carro
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- UNESCO diz que há chance de recuperar parte do acervo do Museu Nacional
- Organismos da ONU promovem curso sobre controle da leishmaniose em países latino-americanos
- Nações Unidas alertam para violência contra povos indígenas mundialmente
- Economia e padrão de vida na Palestina são profundamente afetados por bloqueios israelenses, diz ONU
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- Fundo de População da ONU participa de conferência na Indonésia sobre Cooperação Sul-Sul
- Agências da ONU nomeiam representante especial para refugiados e migrantes venezuelanos
- ONU Brasil lança publicação para articular programas de governo à Agenda 2030
- Nas Américas, 77 milhões de pessoas adoecem anualmente por causa de alimentos contaminados
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- Programa da ONU cumpre metas de igualdade de gênero no ambiente de trabalho
Posted: 20 Sep 2018 02:34 PM PDT
O secretário-geral da ONU, António Guterres (direita), fala à imprensa na abertura da 73ª sessão da Assembleia Geral. Foto: ONU/Manuel Elias
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta quinta-feira (20) um “compromisso renovado com uma ordem global baseada em regras” e com as Nações Unidas, destacando os principais temas a serem discutidos durante as reuniões de alto nível da Assembleia Geral, a partir de segunda-feira (24), em Nova Iorque.
Em coletiva de imprensa para jornalistas da sede da ONU, Guterres disse que, com 84 chefes de Estado e 44 chefes de governo participando dos debates gerais na semana que vem, a ONU mostra que ainda é “o fórum indispensável para a cooperação internacional”.
Um ano após o lançamento de uma estratégia de paridade de gênero em todo o Sistema ONU, Guterres disse aos jornalistas que, atualmente, existe paridade de homens e mulheres entre líderes de equipes de campo das Nações Unidas, e que nunca houve tantas mulheres em cargos de chefia em operações de paz.
“Nosso objetivo é mudar os antigos desequilíbrios de poder que detiveram as Nações Unidas e extrair as melhores contribuições de todos os funcionários para levar a Organização adiante. E essa mudança também ajudará a lidar com o assédio sexual”, disse.
Ele disse que o foco da ONU era “na prevenção, respondendo rapidamente às acusações, apoiando as vítimas durante o trauma e garantindo a punição dos perpetradores”.
Guterres declarou que os casos de assédio sexual serão acelerados e investigados por uma nova equipe especializada dentro do Escritório de Serviços de Supervisão Interna (cinco dos seis membros da equipe são mulheres) e que, desde fevereiro, uma linha direta tem recebido e respondido ligações telefônicas com relatos de assédio sexual e abusos de poder ocorridos dentro do Sistema ONU.
Até agora, mais de 16 mil funcionários realizaram um novo curso de treinamento obrigatório sobre assédio sexual e, em outubro, a ONU lançará uma pesquisa sobre o tema, a fim de obter a melhor compreensão possível do que ocorre dentro da Organização.
Na segunda-feira (24), o chefe da ONU lançará uma nova estratégia chamada “Youth2030”, bem como uma ação denominada “Generation Unlimited”, ambas destinadas a ajudar os jovens a garantir educação de qualidade e empregos decentes, e contribuir para evitar a radicalização.
Também na segunda-feira, Guterres lançará sua estratégia de financiamento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Segundo ele, é necessário um aumento no investimento para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como uma mudança sistêmica na forma como o mundo faz negócios, e o combate aos fluxos ilícitos de capital, como lavagem de dinheiro e evasão fiscal.
Finalmente, o secretário-geral da ONU anunciou sua participação na reunião de terça-feira (25) entre líderes dos Estados-membros e organizações regionais para fortalecer as operações de paz, como parte da iniciativa Ação pela Manutenção da Paz (A4P).
A reunião acontece em um momento de crescentes ameaças contra as forças de paz, com as mortes de capacetes-azuis em seu nível mais alto em uma geração.
Guterres concluiu a coletiva lembrando que o multilateralismo está sob ataque de várias frentes, exatamente em um momento em que é mais necessário.
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Posted: 20 Sep 2018 02:13 PM PDT
Assembleia Geral da ONU – Foto: Kim Haughton/UN Photo
Todos os anos, em setembro, líderes globais e inovadores se reúnem na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, durante duas semanas, para discutir assuntos imperiosos do nosso tempo e estabelecer uma agenda global para o ano seguinte. A 73ª sessão da Assembleia Geral da ONU começou nesta semana e o segmento de alto nível anual – formalmente conhecido como “debate geral” – começa na terça-feira, dia 25 de setembro, quando líderes de todos os países discursam para o mundo.
A movimentada agenda cobre o total espectro de assuntos internacionais, incluindo desenvolvimento sustentável, mudança climática, paz e segurança, direitos humanos, saúde pública e igualdade de gênero.
Conheça seis coisas que talvez você não saiba sobre a Assembleia Geral e os tópicos do encontro da próxima semana:
1 – Assembleia Geral da ONU: um país, um voto
Atualmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) é composta por 193 Estados-Membros (eram apenas 51 quando ela foi criada, em 1945) e 40% deles são países de renda baixa ou média-baixa. Cada Estado-Membro tem voz igual e um único voto. Para enumerar apenas algumas de suas funções importantes, a Assembleia Geral discute e vota (se necessário, quando não há consenso) uma grande variedade de assuntos de política internacional; decide sobre o orçamento da ONU; e elege membros não-permanentes do Conselho de Segurança, além de formalmente escolher quem ocupará o cargo de secretário-geral.
2 – Esta é a apenas a 4ª vez que a Assembleia Geral é presidida por uma mulher
Antes de cada sessão da Assembleia Geral, um novo presidente é eleito. A presidente da 73ª Assembleia Geral é María Fernanda Espinosa, ex-ministra de Relações Exteriores do Equador. Dentre os outros 73 presidentes, ela é apenas a quarta mulher e a primeira mulher latino-americana a ocupar o cargo.
Saiba mais sobre mulheres que presidiram a Assembleia Geral nesta galeria de fotos.
3 – O debate geral deste ano focará na liderança global e responsabilidade compartilhada
Todo ano, o presidente eleito, em consulta com os estados-membros e o secretário-geral, escolhe um tema para a semana de debate geral, onde chefes de estado e de governo fazem seus pronunciamentos. O tema oficial para 2018 é Fazendo a ONU relevante para todas as pessoas: liderança global e responsabilidade compartilhada para sociedades pacíficas, iguais e sustentáveis.
Na carta em que explica a escolha deste ano, a presidente da Assembleia Geral María Fernanda Espinosa convida líderes do mundo todo a comentar sobre a “relevância continuada” para a ONU e a “importância de uma visão compartilhada”. O debate começará no dia 25 de setembro e dura seis dias.
4 – Durante o debate geral, Brasil fala primeiro, EUA falam em seguida e depois…
O debate geral não é, na verdade, um debate. Os Estados-membros se alternam em discursos e têm direito a resposta, quando solicitado. Desde 1947, o primeiro país a falar tem sido o Brasil porque, de acordo com os Serviços de Protocolo e Articulação, nos primeiros anos da Organização ninguém queria ser o primeiro a falar e o Brasil sempre acabava se voluntariando a ir primeiro. Agora isto se tornou uma tradição.
O segundo lugar fica com o país anfitrião – os Estados Unidos – e depois a ordem dos oradores segue um complicado algoritmo que reflete nível de representação, balanço geográfico, a ordem em que o pedido para fala foi gravado, entre outras considerações.
Embora os palestrantes sejam gentilmente solicitados a falar até 15 minutos, os líderes mundiais normalmente vão além deste limite. Até hoje, o discurso mais longo proferido durante a Assembleia Geral foi feito pelo cubano Fidel Castro, que falou por quatro horas e meia em 1960 (embora não tenha sido durante o debate geral).
Outro ícone do presidente da Assembleia Geral é o martelo. Saiba mais sobre o Martelo de Thor aqui.
5 – Declaração Política para a paz deve ser adotada em homenagem a Nelson Mandela
Em dezembro de 2017, a Assembleia Geral votou pela realização de uma reunião plenária de alto nível pela paz global, em homenagem ao centenário de nascimento do primeiro presidente democraticamente eleito da África da Sul e ícone mundial, Nelson Mandela. Em 24 de setembro, a Cúpula da Paz Nelson Mandela será realizada e os estados-membros devem adotar uma Declaração Política que foi proposta ao longo do último ano.
O texto declara 2019-2018 a Década da Paz Nelson Mandela e apela para que líderes de todo o mundo “façam o impossível possível” e “redobrem os esforços para alcançar a paz e a segurança internacional, desenvolvimento e direitos humanos”.
Leia a versão final da Declaração aqui.
6 – A Assembleia Geral tratará ainda de dezenas de outros assuntos globais críticos e os trará para a frente da cena geopolítica global
Além do debate geral e outras sessões plenárias, as semanas da Assembleia Geral incluem uma longa lista de encontros e eventos paralelos.
A 73ª sessão incluirá um encontro de alto nível sobre o Financiamento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, em 24 de setembro; um evento para renovar o compromisso internacional e ação para as Forças de Paz no dia 25; um evento paralelo de alto nível sobre Violência contra Indivíduos LGBTI, também no dia 25; um encontro de alto nível para erradicar a tuberculose no dia 26; uma série de eventos humanitários, incluindo respostas para o Iêmen e Sudão do Sul, e muitos outros.
A lista completa de encontros plenários e eventos paralelos está disponível aqui.
Todos os dias haverá transmissão ao vivo dos principais eventos na WebTV da ONU.
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Posted: 20 Sep 2018 01:59 PM PDT
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi estabelecida pelos países-membros da ONU no fim de 2015. Foto: ONU
A Rede Brasil do Pacto Global apresentará 19 projetos do setor privado brasileiro relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na próxima quarta-feira (26).
O SDGsinBrazil – The Role of the Private Sector ocorre em Nova Iorque, em programação paralela à Assembleia Geral da ONU. O evento será uma oportunidade para que signatários da Rede Brasil mostrem suas ideias inovadoras de sustentabilidade empresarial a investidores internacionais e nacionais e a representantes de agências das Nações Unidas.
Os selecionados foram escolhidos a partir da avaliação de 80 casos inscritos, em um processo conduzido por uma banca de jurados independentes, a partir de critérios criados pela consultoria PwC. Conheça as 19 histórias nas páginas oficiais da Rede Brasil do Facebook, Twitter e Linkedin.
Clique aqui para saber quem são os palestrantes do #SDGsinBrazil.
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Posted: 20 Sep 2018 01:25 PM PDT
Plataforma permite interação com especialistas e com comunidade empresários espalhados pelo mundo. Foto: PEXELS
O Pacto Global das Nações Unidas lançou neste mês uma plataforma com publicações e cursos online sobre sustentabilidade no mundo corporativo. A Academy visa capacitar gestores e profissionais, oferecendo conceitos e estratégias para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Para atingir os Objetivos Globais, precisamos que as empresas avancem e se engajem totalmente no processo”, defende Lise Kingo, CEO e diretora-executiva do Pacto Global. “A Academy responde a um pedido do setor privado para prover mais guias que ajudem a implementar uma abordagem baseada em princípios.”
As formações oferecidas pela plataforma também abordam temas como redução de riscos e crescimento sustentável a longo prazo. Os participantes da Academy têm acesso a sessões interativas conduzidas por especialistas, além de treinamentos em formato e-learning. Os membros podem se engajar em uma comunidade empresarial global. A ferramenta disponibiliza ainda recursos para que os usuários consigam medir os seus progressos.
O Pacto Global é uma aliança de empresas que se comprometeram em promover padrões internacionalmente reconhecidos de governança, direitos humanos, boas práticas trabalhistas e ambientais.
Saiba como participar da Academy clicando aqui.
Acesse a plataforma clicando aqui.
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Posted: 20 Sep 2018 01:07 PM PDT
No Brasil, menos da metade da população tem acesso a redes de esgoto. Foto: EBC
O seminário “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) e Água e Saneamento no Brasil: Governança e políticas públicas” reúne nesta quinta-feira (20), em Brasília (DF), especialistas, gestores públicos e representantes do setor privado, de organizações do terceiro setor e da sociedade civil para debater aspectos de governança, financiamento e medidas do setor produtivo para a implementação e o monitoramento do ODS 6, sobre água e saneamento.
A gestão da água e do saneamento é um tema-chave na agenda de desenvolvimento sustentável no Brasil. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado na quarta-feira (19) mostrou que menos 40% de um total de 5.570 cidades brasileiras possuem uma política municipal de saneamento básico.
De acordo com a pesquisa “Perfil dos Municípios Brasileiros – Aspectos Gerais da Política de Saneamento Básico”, em 2017, 38,2% dos municípios brasileiros informaram ter uma política municipal de saneamento básico (traça diretrizes gerais para os serviços), enquanto 24,1% declararam estar elaborando uma. Mais de 2,3 mil municípios brasileiros (41,5% do total) disseram ter um plano municipal de saneamento básico (regulamentado ou não).
O seminário é o segundo evento de uma série de três promovidos em 2018 no escopo do “Projeto ODS 6 – Água e Saneamento: estudos e proposições de medidas para a implementação e o monitoramento”, realizado conjuntamente pela Agência Nacional de Águas (ANA), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG).
O objetivo é apresentar e debater descobertas, hipóteses e propostas iniciais para a gestão da água e do saneamento reunidas pela equipe de pesquisa do Projeto ODS6.
“O debate irá aperfeiçoar as medidas propostas e auxiliarão a continuidade dos trabalhos que buscam apontar caminhos e medidas para implementar e monitorar as metas do ODS 6, tendo como foco aspectos de governança, alternativas para a sustentabilidade financeira da gestão de água e saneamento no Brasil, assim como políticas setoriais e medidas do setor produtivo”, disse Gesmar Santos, pesquisador do IPEA que lidera a equipe do Projeto ODS 6.
Nos últimos meses, a equipe projeto percorreu o país para entrevistar especialistas e gestores públicos e realizou trabalho de campo para identificar boas práticas e barreiras à implementação e o monitoramento do ODS 6.
Concluída recentemente, a pesquisa revela, entre outros pontos, que a sociedade civil organizada (ONGs, OSCIPS, empresas, universidades, associações de usuários, etc) tem sido muito importante no acesso a serviços de saneamento e na gestão da água em locais não atendidos pelo Estado e pelo setor produtivo. Outro ponto destacado é que a atuação de órgãos de controle (Ministério Público, Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União) tem sido essencial para solucionar conflitos pela água e deficiência no setor de saneamento.
O evento debate o texto orientador ( leia aqui) elaborado pela equipe do projeto na perspectiva das metas do ODS6 relacionadas aos temas: governança — caminhos e propostas de aprimoramento do ODS6; financiamento — alternativas para a sustentabilidade financeira na gestão da água e do saneamento; políticas setoriais e setor produtivo — iniciativas, propostas de aprimoramento e medidas de indução.
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Posted: 20 Sep 2018 12:28 PM PDT
Vista de Moscou, com a Catedral de São Basílio, à esquerda, e a Torre Spasskaya, à direita. Foto: Flickr (CC)/thisisbossi
A Rússia se comprometeu neste mês (4) a garantir que, até o final de 2019, 75% dos seus cidadãos vivendo com HIV receberão tratamento antirretroviral. Em 2017, apenas 45% dos russos com o vírus estavam tomando os medicamentos. Meta para o próximo ano é parte da estratégia do país para cumprir os objetivos da ONU sobre o tema.
O Estado russo espera alcançar as chamadas metas 90-90-90 das Nações Unidas. O conjunto de compromissos prevê que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estarão cientes de seu estado sorológico positivo, 90% dos indivíduos com o vírus estarão sob tratamento e 90% das pessoas em tratamento estarão com a carga viral indetectável.
Em 2018, a Rússia divulgou pela primeira vez dados sobre os objetivos. Segundo estatísticas coletadas no ano passado, 81% dos russos vivendo com HIV conheciam seu estado sorológico. Quarenta e cinco porcento dos que sabiam essa informação estavam em tratamento e 75% dos indivíduos em terapia tiveram sua carga viral suprimida.
“Temos que garantir a todas as pessoas vivendo com HIV o acesso rápido ao tratamento correto. O Ministério da Saúde planeja aumentar a cobertura de terapia antirretroviral para pessoas vivendo com HIV que conhecem seu estado sorológico para 75% até 2019, e este número deve chegar a 90% até 2020”, disse a ministra da Saúde russa, Veronika Skvortsova, na 28ª reunião do Conselho de Saúde da Comunidade dos Estados Independentes, realizada em Saransk, na Rússia, no início do mês (4).
O Leste da Europa e a Ásia Central são a única região no mundo em que as novas infecções por HIV e as mortes relacionadas à AIDS ainda estão aumentando. No final de 2017, o número regional de novas infecções chegou a 130 mil. Também no ano passado, as taxas de cumprimento das metas 90-90-90 foi estimada em 73%, 50% e 72%.
“A declaração do Ministro da Saúde da Rússia é outro passo importante em uma série de ações consistentes realizadas pelo governo da Rússia para avançar a abordagem de Aceleração da Resposta do país, para alcançar 90-90-90 até 2020″, elogiou Vinay Saldanha, diretor da Equipe de Suporte Regional para o Leste da Europa e Ásia Central, do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
O Ministério da Saúde realizou recentemente uma capacitação sobre estimativas de HIV para representantes de dez regiões russas. Especialistas foram treinados na modelagem de dados da epidemia, o que ajudará a garantir uma visão mais completa de quantas pessoas vivem com o vírus e também das metas 90-90-90 no nível subnacional.
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Posted: 20 Sep 2018 12:26 PM PDT
O diretor-geral da OMC alertou, durante visita ao Brasil, sobre as crescentes tensões comerciais no mundo. Foto: OMC
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, esteve no Brasil esta semana, onde discursou em diferentes eventos sobre a importância da Organização e a necessidade de fortalecer o sistema multilateral, especialmente em meio a crescentes tensões entre importantes parceiros comerciais.
No Rio de Janeiro, Azevêdo reuniu-se com líderes empresariais e fez um discurso sobre o futuro do comércio global no evento organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). O diretor-geral da OMC também visitou Salvador, onde falou durante a 17ª Conferência Internacional de Arbitragem.
Depois de seu discurso na FIRJAN, Azevêdo declarou que passamos por momentos de “testes para o sistema de comércio”. “As tensões comerciais estão crescendo. A escalada contínua pode representar um risco econômico de importante impacto, ameaçando empregos e o crescimento em todos os países. Precisamos responder urgentemente a esses desafios e garantir que a OMC possa ajudar seus membros a lidar com suas preocupações e diminuir as tensões”.
“É encorajador que os atores brasileiros estejam interessados em discutir formas de impulsionar o comércio para melhorar a integração do Brasil na economia global e também para fortalecer a OMC. Um sistema comercial baseado em regras fortes é, em última análise, de todo nosso interesse”, declarou.
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Posted: 20 Sep 2018 10:58 AM PDT
Mulher busca água na Índia. Foto: UNICEF/Parelkar
O Banco Mundial anunciou na quarta-feira (19) que a extrema pobreza está diminuindo no mundo, mas a um ritmo cada vez mais lento.
De 1990 a 2015, o percentual de extrema pobreza passou de 36% para 10% da população mundial, com queda média de um ponto percentual ao ano. No período, mais de 1 bilhão de pessoas deixaram de viver abaixo da linha de pobreza extrema, com menos de 1,90 dólar ao dia.
No entanto, nos dois últimos anos desse intervalo, ou seja, de 2013 a 2015, a queda foi menos intensa. A análise do Banco Mundial indica que, se essa tendência se mantiver, será mais difícil erradicar a extrema pobreza até 2030.
Segundo os dados mais recentes, relativos a 2015, 736 milhões de pessoas ainda viviam com menos de 1,90 dólar ao dia. Estima-se que, em 2018, a taxa de pessoas em pobreza extrema chegará a 8,6%, a menor da história. No entanto, apesar desse enorme progresso, os percentuais continuam altos nos países afetados por conflitos e instabilidade política.
O declínio lento da pobreza também tem a ver com a queda nos preços das matérias-primas e outros problemas econômicos nos países em desenvolvimento.
O cenário mais desafiador é o da África Subsaariana, onde 40% da população é extremamente pobre. O percentual deve permanecer em dois dígitos até 2030, se não houver mudanças significativas nas políticas públicas.
Na região da América Latina e do Caribe, 4% da população ainda vive com menos de 1,90 dólar ao dia, o correspondente a 26 milhões de pessoas.
Para dar fim à extrema pobreza até 2030, segundo o Banco Mundial, os investimentos em saúde e educação, que formam o capital humano, precisam aumentar. A instituição publicará em 17 de outubro, Dia Mundial para Erradicação da Pobreza, um novo estudo sobre esse tema.
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Posted: 20 Sep 2018 10:50 AM PDT
Pessoas intersexo nascem com características que não correspondem ao que a sociedade caracteriza tradicionalmente como masculino ou feminino. Seu corpo e sua experiência de vida desafiam a rigidez dessas classificações culturais, assim como o preconceito que pode surgir desses conceitos. Para os indivíduos intersexo, o direito de definir o próprio gênero é fundamental para uma vida plena.
Durante a 3ª Conferência Internacional [SSEX BBOX], a campanha Livres & Iguais — uma iniciativa da ONU em prol dos direitos da população LGBTI e contra a discriminação — entrevistou ativistas que explicam o que é ser intersexo. Shay Bittencout, Dionne Freitas, Ernesto Denardi, Amiel Vieira e Luiza Freitas estão na linha de frente do movimento intersex brasileiro, em busca de mais inclusão e respeito pela diversidade.
A 4ª [SSEX BBOX], que tem início nesta quinta-feira (20), em São Paulo, também debate os desafios da população intersexo. Evento vai até o próximo domingo (23). Saiba mais http://ssexbboxconferencia.com.br/.
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Posted: 20 Sep 2018 10:42 AM PDT
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in (direita), ao lado de líder norte-coreano, Kim Jong-un, em Panmunjeom, durante a cúpula de abril de 2018. Foto: Inter-Korean Summit Press Corps
O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou nesta quinta-feira (20) os resultados da terceira cúpula inter-coreana deste ano, e os importantes acordos da Declaração Conjunta de Pyongyang, emitida pelos líderes das duas Coreias.
Ele elogiou a “determinação e a diplomacia” demonstrada pelos líderes de Coreia do Norte e Coreia do Sul.
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, se tornou o primeiro líder do sul a viajar para a capital norte-coreana na segunda-feira (17), e na conclusão dos três dias de conversas com seu colega do norte, Kim Jong-un, ambos os lados descreveram o encontro como um passo positivo para a paz.
“Os compromissos refletidos na declaração conjunta incluem importantes medidas de fortalecimento da confiança militar e um compromisso da Coreia do Norte de desmantelar a infraestrutura de testes de mísseis na presença de especialistas de países relacionados”, disse o secretário-geral da ONU em comunicado divulgado por seu porta-voz, acrescentando que “agora é hora de ação concreta”.
Guterres pediu “unidade da comunidade internacional para apoiar as partes em seus esforços para a paz sustentável, segurança e desnuclearização completa e verificável na Península Coreana, de acordo com as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança”.
Ele também reiterou o compromisso e prontidão do Sistema ONU “para ajudar ainda mais as partes de qualquer maneira que considerem apropriada”.
A declaração conjunta de Pyongyang vem três dias depois de a chefe de assuntos políticos da ONU, Rosemary di Carlo, ter dito ao Conselho de Segurança que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou ter observado em maio dados nucleares consistentes com a operação contínua de um reator de produção de plutônio, laboratório radioquímico e uma suposta unidade de enriquecimento de urânio em Yongbyon, na Coreia do Norte.
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Posted: 20 Sep 2018 10:17 AM PDT
Jairo, a esposa Yesica e as duas filhas Claribel e Yulia estavam vivendo há um mês na rua e foram transferidas para um abrigo na última quinta-feira (13). Foto: ACNUR/Flávia Faria
Ao longo de setembro, 510 venezuelanos que estavam vivendo nas ruas de Boa Vista (RR) foram acolhidas e levadas para abrigos da capital. A iniciativa foi conduzida pelo Exército Brasileiro com o apoio da Agência da ONU para Refugiados ( ACNUR), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Fundo de População da ONU (UNFPA).
A operação começou no dia 9, com a realocação de 197 estrangeiros. Na semana passada (13), outros 314 puderam passar a noite sob um teto e em segurança. A ida para os centros de residência foi possível porque o programa de interiorização do Governo Federal já transferiu mais de 1,8 mil venezuelanos para outros nove estados e, com isso, foram liberadas novas vagas nos abrigos.
Os venezuelanos que estavam em situação de rua foram encaminhados de forma voluntária ao Posto de Triagem de Boa Vista, onde foram cadastrados, vacinados e receberam alimentação, antes de irem para os abrigos. Todos tiveram atendimento médico e ganharam itens de higiene pessoal.
Jairo, sua esposa e duas filhas estão entre os estrangeiros alocados neste mês nos abrigos. Sua família estava na rua há um mês. “Sem trabalho e sem ter onde viver, fica muito difícil seguir adiante. Mas agora tenho certeza que vai ficar melhor”, diz o pai de Claribel e Yulia.
Atualmente, cerca de 4,8 mil pessoas vivem nos 11 abrigos estabelecidos em Roraima. O ACNUR e seus parceiros têm apoiado as autoridades brasileiras na resposta ao aumento do fluxo de venezuelanos. A assistência do organismo se divide em três eixos: ordenamento de fronteira (incluindo registro e documentação), abrigamento e processo de interiorização – que conta com o suporte de outras instituições da ONU, como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), UNFPA e UNICEF.
Segundo o ACNUR, 75% dos venezuelanos que chegam ao Brasil e são atendidos pelo Centro de Recepção e Documentação em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, expressam o desejo de viajar para outros estados do país. Um levantamento recente da agência mostrou que cerca de 40% dos venezuelanos transferidos para outras cidades já conseguiram encontrar emprego.
O Governo Federal definiu recentemente uma nova meta para o programa de interiorização — por semana, as autoridades esperam transferir de Roraima para outros estados cerca de 400 venezuelanos. Os voos, operados pela Força Aérea Brasileira, foram intensificados na última semana. O processo de interiorização é conduzido pelo Comitê Federal de Assistência Emergencial, que funciona sob o guarda-chuva da Casa Civil da Presidência.
Nesta semana, acontecerão dois novos voos, com destino a Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O ACNUR trabalha junto com parceiros nas cidades de destino para facilitar seu processo de integração local.
Cifras do governo brasileiro revelam que cerca de 75 mil venezuelanos procuraram a Polícia Federal desde 2015 para regularizar sua permanência no país. Aproximadamente 46.700 solicitaram refúgio, enquanto outros 15.000 pediram residência. Outros 13.800 têm agendamentos com a Polícia Federal. Segundo a Polícia Federal, quase 155 mil venezuelanos entraram no Brasil desde 2017, sendo que cerca de 79 mil já saíram do país.
O ACNUR estima que 2,3 milhões de venezuelanos estejam vivendo fora de seu país. Desde 2015, mais de 1,6 milhão deixou a Venezuela – 90% deles rumo aos países da América do Sul.
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Posted: 20 Sep 2018 08:39 AM PDT
Campanha Mares Limpos visa combater poluição dos oceanos causada pelo consumo e produção de plástico. Foto: ONU Meio Ambiente/Shawn Heinrichs
Entre os dias 29 de setembro e 8 de dezembro, membros juvenis dos Escoteiros do Brasil de todo o país poderão participar do desafio para conquistar a Insígnia Mares Limpos.
Em parceria com a ONU Meio Ambiente e o Movimento Menos 1 Lixo, os Escoteiros do Brasil se engajam pelo segundo ano consecutivo em um projeto de cuidado com os oceanos, incentivando lobinhos, sêniores, escoteiros e pioneiros a reduzirem o consumo de plástico por meio do “Desafio Menos 1 Lixo/Mares Limpos”.
Em 2017, 3.350 escoteiros receberam a Insígnia Mares Limpos após reduzirem significativamente seu consumo cotidiano de itens de plástico descartável como sacolas, copos, talheres, canudos e garrafas PET.
Segundo o relato de muitos deles, foi realmente um desafio recusar os descartáveis e convencer a família a mudar seus hábitos. Alguns grupos de escoteiros participantes relataram experiências que demonstram a resistência da sociedade em mudar.
Os jovens relataram certo desconforto em serem diferentes dos demais ao recusar o plástico ou usar alternativas em locais públicos, e também a dificuldade em obter a compreensão dos outros (atendentes, adultos) sobre sua opção. Por outro lado, o depoimento de vários participantes apontou que a princípio parecia muito difícil evitar o uso de plásticos, mas após algumas semanas acabaram descobrindo que é muito mais fácil do que parece.
Para conseguir a insígnia, os escoteiros deveriam definir o tipo de plástico descartável que iriam deixar de consumir e registrar, toda semana, quantos acabaram usando. O Padrão Ouro só foi alcançado com o consumo máximo de um item por semana.
O sucesso da primeira edição do desafio levou a União dos Escoteiros do Brasil a reeditar a competição. Porém, neste ano a obtenção das insígnias ficou mais difícil:
• Padrão Bronze – de 1 a 3 itens utilizados semanalmente (média geral do período de 10 semanas)
• Padrão Prata – menos de 1 item utilizado semanalmente (média geral do período de 10 semanas)
• Padrão Ouro – menos de 1 item utilizado semanalmente (média geral do período de 10 semanas) e uma atividade para combater a poluição plástica.
A realização de uma atividade “zero plástico” é o diferencial deste ano para obter a insígnia Padrão Ouro. O escoteiro terá que escolher entre promover uma festa para mais de 30 convidados sem utilizar nenhum plástico descartável ou uma campanha de conscientização sobre a importância da redução do consumo de plásticos descartáveis em sua escola, instituição religiosa, clube ou academia por, pelo menos, um mês, e que alcance mais de 300 pessoas.
A resolução que regulamenta a Insígnia Mares Limpos, bem como a explicação do Desafio, está publicada e pode ser conferida no documento: https://www.escoteiros.org.br/wp-content/uploads/2018/08/resolucao-mares-limpos-2808-1.pdf.
A segunda edição do Desafio Menos 1 Lixo/Mares Limpos conta novamente com o apoio da ONU Meio Ambiente e da Defensora Mares Limpos, Fe Cortez, idealizadora do projeto Menos 1 Lixo, que promove o consumo consciente.
Semana Mares Limpos de Limpeza de Praias
A campanha Mares Limpos está cadastrando ações de limpeza de praias programadas para o período entre os dias 15 e 23 de setembro, que ficará conhecida como a #SemanaMaresLimpos de Limpeza de Praias.
As inscrições podem ser feitas por meio do link www.bit.ly/CadastroSemana2018_v2. Os grupos inscritos receberão um kit da campanha com cartilha de orientações sobre como realizar o clean up, fichas de catalogação do lixo encontrado e material da campanha para impressão (logo, cartazes), e serão convidados a participar de um projeto de reciclagem de tampinhas.
As informações sobre o lixo coletado em cada ação serão contabilizadas e farão parte do panorama nacional sobre o lixo no mar, subsidiando a elaboração do Plano Nacional. A metodologia de coleta de dados foi elaborada pelo Instituto Ecosurf.
Para mais informações sobre a campanha Mares Limpos da ONU Meio Ambiente visite: cleanseas.org (também em português)
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Posted: 20 Sep 2018 08:39 AM PDT
No Iêmen, o jovem Abdulrahman Ahemd, de 12 anos, teve de deixar a cidade onde morava, Taiz, para viver em segurança no município de Aden. Com a mudança, o menino abandonou a escola. Foto: UNICEF/Fuad
Em países afetados por conflitos ou desastres, um em cada três jovens com idade entre cinco e 17 anos está fora da escola. São 104 milhões de crianças e adolescentes que têm “seu futuro roubado”, alertou na quarta-feira (19) o Fundo das Nações Unidas para a Infância ( UNICEF). Número representa mais de um terço de todos os menores no mundo que não frequentam centros de ensino.
Em novo levantamento, o organismo da ONU aponta que 20% dos adolescentes — dos 15 aos 17 anos — em situações de guerra e catástrofes naturais nunca colocaram os pés numa escola. Nessa faixa etária, 40% dos jovens não completaram a escola primária.
“Quando um país é atingido por um conflito ou desastre, suas crianças e seus adolescentes são vitimados duas vezes”, alerta a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore.
“No curto prazo, suas escolas são danificadas, destruídas, ocupadas por forças militares ou mesmo deliberadamente atacadas, e eles se juntam aos milhões de jovens fora da escola e, à medida que os anos passam, raramente retornam às salas de aula. No longo prazo, eles – e os países em que vivem – continuarão a enfrentar ciclos perpétuos de pobreza.”
Uma vez que menos de 4% dos apelos humanitários mundiais são dedicados à educação, o relatório pede mais investimentos em ensino de qualidade. Recursos devem garantir que crianças e adolescentes em emergências e crises prolongadas possam aprender em um ambiente seguro, da pré-escola ao ensino médio.
A pesquisa A future stolen: young and out-of-school (Um futuro roubado: jovem e fora da escola) foi lançado às vésperas do 73º Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas. Acesse a publicação clicando aqui (somente em inglês).
O documento aponta que quase 303 milhões de jovens entre 5 e 17 anos de idade – cerca de um em cada cinco – estão fora da escola, quando considerados todos os países do planeta. De acordo com a publicação, mais da metade das crianças em idade escolar primária fora do colégio vive em países afetados por emergências.
A pobreza continua a ser a principal barreira para a educação em todo o mundo — as crianças mais pobres em idade escolar primária têm quatro vezes mais chances de estar fora da escola do que aquelas das famílias mais ricas.
Pelas tendências atuais, o número de pessoas com idade entre dez e 19 anos subirá para mais de 1,3 bilhão até 2030, um aumento de 8%, segundo o relatório. Proporcionar a essa futura força de trabalho uma educação de qualidade e melhores perspectivas de emprego produzirá maiores dividendos econômicos e sociais.
“Este é um momento crítico da história. Se agirmos com sabedoria e urgência, poderemos fortalecer e capacitar os jovens para que estejam preparados para criar sociedades pacíficas e prósperas”, acrescentou Fore.
“A alternativa é muito sombria. Não podemos nos dar ao luxo de falhar”.
No Brasil
No Brasil, 2,8 milhões de meninas e meninos, de quatro a 17 anos de idade, estavam fora da escola em 2015. Desse total, quase 1,6 milhão tinha entre 15 e 17 anos — esse grupo específico já tinha passado pela escola, mas deixou a rede de ensino. Outras 820 mil crianças estavam fora da educação infantil.
A exclusão escolar afeta principalmente os jovens das camadas mais vulneráveis da população, que já vivem sem outros direitos constitucionais garantidos. Do total fora da escola, 53% vivem em domicílios com renda per capita de até meio salário mínimo.
Garantir o direito à educação é mais que oferecer vagas na escola. É preciso unir diferentes setores – Educação, Saúde e Assistência Social, entre outros – para ir atrás de quem está fora, entender as causas da exclusão escolar e tomar as medidas necessárias para saná-las e garantir a matrícula e a permanência na escola, com aprendizado.
Sobre a Busca Ativa Escolar
Para enfrentar a exclusão escolar no Brasil, o UNICEF lançou a Busca Ativa Escolar, uma plataforma gratuita para ajudar os municípios a combater o problema. A iniciativa foi desenvolvida pelo organismo da ONU em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS) e o Instituto TIM.
O objetivo do projeto é apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Por meio da Busca Ativa Escolar, municípios e estados terão dados concretos que permitirão planejar, desenvolver e implementar políticas públicas de inclusão.
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Posted: 20 Sep 2018 08:08 AM PDT
Trânsito em São Paulo. Foto: Fotos Públicas / Oswaldo Corneti
Deixar o carro em casa e experimentar o transporte público pode ser um desafio para quem utiliza o automóvel no dia a dia, mas esse é o convite da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) para o próximo sábado (22), Dia Mundial Sem Carro.
Pela primeira vez, o setor de transporte coletivo urbano se une para realizar uma campanha nacional visando estimular alternativas para quem prefere o carro nos deslocamentos diários, apesar dos congestionamentos e da alta do preço dos combustíveis.
A campanha publicitária é assinada pela NTU, em parceria com duas agências das Nações Unidas – a ONU Meio Ambiente e a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) -, e reforça o vínculo do transporte coletivo com pedestres e ciclistas.
“Nossa campanha quer mostrar que o ônibus é o modo ideal para quem quer se deslocar por distâncias maiores de modo mais saudável, mais sustentável ambientalmente e mais seguro no trânsito”, destaca o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha. “O ônibus é o grande meio de locomoção da população brasileira, responsável por levar 86,3% dos passageiros que usam o transporte público em todo o país”.
Apesar da sua importância, o transporte público vem perdendo demanda nos últimos anos, devido à crise econômica e ao crescimento do transporte individual; somente no ano passado, a redução foi de 3,6 milhões de passageiros ao dia em todo o país.
As peças da campanha publicitária foram criadas e disponibilizadas para as 497 empresas associadas e 75 entidades filiadas (sindicatos, associações e federações) da NTU, que assim podem compartilhar e replicar a campanha em cada cidade, reforçando a iniciativa em âmbito nacional.
O material publicitário inclui busdoor, cartaz e postagens para mídias sociais.
Dia Mundial Sem Carro
Criado na França em 1997, o Dia Mundial sem Carro começou a ser comemorado no Brasil em 2003, com foco no ciclo-ativismo e na mobilidade ativa. Desde 2011, várias cidades têm programado eventos ao longo do mês de setembro, que começou a ser chamado informalmente de Mês da Mobilidade.
O objetivo é estimular a reflexão sobre o uso excessivo do automóvel e propor às pessoas que experimentem, pelo menos durante um dia, formas alternativas de mobilidade, demonstrando que é possível se deslocar sem usar o automóvel.
O envolvimento da OPAS/OMS e da ONU Meio Ambiente ocorre, especialmente, em função dos impactos negativos para a saúde e o meio ambiente decorrentes do uso excessivo dos carros.
Segundo a OMS, os acidentes de trânsito são a oitava maior causa de morte no mundo (entre todas as faixas etárias) e a principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Além disso, mais de 80% dos habitantes das cidades estão expostos a níveis de poluição que excedem os níveis recomendados pela OMS.
Já a ONU Meio Ambiente lembra que a poluição do ar é responsável por cerca de 7 milhões de mortes por ano, ou uma em cada nove mortes prematuras registradas globalmente. Muitos poluentes também afetam o clima, por isso, reduzir a poluição é uma forma de salvar vidas e frear os efeitos das mudanças do clima.
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Posted: 20 Sep 2018 08:00 AM PDT
Coral infantil “Somos Iguais” em apresentação no CIC do Imigrante da Zona Oeste da cidade de São Paulo. Foto: ACNUR/MiguelPachioni
Em São Paulo, migrantes e refugiados de 22 países assumiram recentemente o Conselho Municipal de Imigrantes, um fórum de participação dos estrangeiros na política local. Vinculado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, o organismo foi elogiado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) por promover a integração da população em contexto de deslocamento.
O ACNUR lembra que o conselho foi criado para dar voz aos refugiados e migrantes em instâncias decisórias, uma vez que eles não têm direito a voto pela legislação brasileira.
Em agosto, tomaram posse, em nome da sociedade civil, os seguintes conselheiros: Nour Massoud, Tang Wei e Yoo Na Kim (do segmento pessoa física imigrante); Diak Samba (Associação Senegalesa do Brasil) e Oriana Jará (Presença America Latina), como representantes do segmento de coletivos, associações e organizações de imigrantes; Isabel Torres (Cami – Centro de Apoio e Pastoral de Imigrantes), Diego Meriguetti (Cáritas Arquidiocesana de São Paulo) e Letícia Carvalho (Missão Paz), representando os coletivos, associações e organizações de apoio aos imigrantes.
Os novos integrantes da entidade serão responsáveis pela gestão 2018-2020 do conselho.
Queremos ser protagonistas de nossa própria integração, queremos estar presentes no Estado, no município
Outra inciativa elogiada pelo ACNUR é o Centro de Integração e Cidadania do Imigrante, também conhecido pela sigla CIC do Imigrante. O projeto do governo estadual é uma resposta a necessidades de assistência, incluindo para vítimas de tráfico de pessoas e trabalho escravo.
A instituição conta com um espaço público que oferece cursos gratuitos de capacitação profissional, como as escolas de estamparia e panificação. No local, também são mantidos serviços de auxílio jurídico e orientação migratória. O CIC disponibiliza ainda acesso à internet, bem como outros serviços para ajudar os refugiados e migrantes que buscam informação.
“Nós, refugiados e imigrantes, estamos honrados com este lugar. Somos nós quem podemos falar sobre nossas condições, nossas necessidades e nossas perspectivas de futuro. Queremos ser protagonistas de nossa própria integração, queremos estar presentes no Estado, no município, para falar que também nos tornamos cidadãos paulistanos”, defende o refugiado congolês Jean Katumba, presidente da organização África do Coração.
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Posted: 20 Sep 2018 07:52 AM PDT
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