Menino em escola atacada em Idlib, na Síria, em 2016. Foto: UNICEF
O
secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou na quarta-feira (29) uma profunda preocupação com o crescente risco de uma catástrofe humanitária no caso de uma operação militar em grande escala na província de Idlib, na Síria.
De acordo com um comunicado emitido por seu porta-voz, Guterres disse que “qualquer uso de armas químicas é totalmente inaceitável”, acrescentando que “apela urgentemente ao governo da Síria e a todas as partes para que exerçam moderação e priorizem a proteção de civis”.
“Ele pede aos negociadores (das conversas) de Astana intensifiquem esforços para encontrar uma solução pacífica para a situação em Idlib”, último reduto dos rebeldes sírios, disse o porta-voz, referindo-se a Rússia, Turquia e Irã, que desde o ano passado tem trabalhado juntos para o estabelecimento de zonas de cessar-fogo progressivo nas áreas devastadas pela guerra na Síria.
O secretário-geral da ONU pediu que todas as partes “tomem todas as medidas necessárias para salvaguardar vidas civis, permitir a liberdade de movimento e proteger a infraestrutura civil, incluindo instalações médicas e educacionais, de acordo com o direito internacional humanitário e a lei de direitos humanos”.
A declaração veio um dia depois que John Ging, diretor de operações do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), disse ao Conselho de Segurança que bombardeios aéreos em Idlib e outras três províncias no noroeste da Síria deixaram um rastro de morte, danos e destruição, e colocou uma pressão ainda maior sobre os trabalhadores humanitários e as comunidades que abrigam pessoas deslocadas.
De acordo com agências internacionais, 3 milhões de pessoas em Idlib – cerca de metade dos quais residentes nativos e as outras pessoas deslocadas de outras regiões do país – estão se preparando para uma ofensiva gradual por parte das forças do governo sírio.
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