letim diário da ONU Brasil: “ONU anuncia plano para eliminar doenças transmissíveis nas Américas até 2030” e 11 outros.
ONU Brasil <noreply+feedproxy@google.com> Cancelar inscrição
|
|
ter, 11 de set 19:03 (Há 7 dias)
| |
|
|
| |
Posted: 11 Sep 2018 02:48 PM PDT
Campanha de vacinação contra a gripe em Goiás, em abril de 2018. Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.
A Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS), agência regional das Nações Unidas, afirmou neste mês (3) que planeja lançar em 2019 um novo plano de ação contra as doenças transmissíveis. Estratégia visa garantir o acesso universal a serviços de diagnóstico e tratamento. O organismo da ONU está mapeando todas as enfermidades na região das Américas para avaliar estatísticas e investigar causas socioambientais dos surtos.
“Estamos trabalhando em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para ter gerações futuras livres de doenças transmissíveis nas Américas. Para isso, precisamos conseguir o acesso universal a medidas de detecção dessas enfermidades e tratamento precoce”, defendeu o subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa, em participação no 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP), realizado em Olinda.
O especialista explicou que o novo marco da OPAS para as doenças transmissíveis será constituído por quatro linhas de atuação: serviços de saúde integrados; geração, análise e disseminação de estratégias robustas; abordagem dos determinantes ambientais e sociais; e a integração com a atenção primária à saúde.
“Está sendo feito um mapeamento de todas as doenças e as dimensões de cada uma delas, que terá um conjunto de indicadores construídos com uma abordagem multissetorial”, acrescentou Barbosa. Segundo o gestor, as consultas com os países devem ocorrer no fim do ano. A aprovação do plano no Conselho Diretivo da OPAS está prevista para 2019.
O representante da OPAS também traçou um panorama da atual situação das doenças transmissíveis nas Américas, entre elas, o sarampo.
“Neste ano, a Venezuela completou mais de 12 meses de transmissão sustentada de sarampo e, com isso, perdeu o certificado de eliminação da doença. Os outros países da região continuam com sua certificação individual, mas existem riscos. O Brasil vem fazendo campanhas de vacinação junto com estados e municípios, mas se não interromper a transmissão da doença até fevereiro de 2019, também pode perder seu certificado”, disse.
Um desafio brasileiro, de acordo com Barbosa, é quebrar as barreiras no acesso da população às vacinas. “Mães e pais que trabalham não conseguem levar seus filhos para se vacinar durante o horário comercial, em dias de semana. A vacina está no posto de saúde, mas as pessoas não conseguem chegar a ela.”
Controle de insetos
Um dos temas do congresso foi a transmissão de doenças por vetores, como os mosquitos. Ana Carolina Faria e Silva, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no Brasil, ressaltou que 80% da população mundial está suscetível a contrair patologias causadas por animais portadores de vírus e outros agentes infecciosos. Entre essas enfermidades, estão a malária, dengue, zika, chikungunya, doença de Chagas e oncocercose.
Renato Vieira, coordenador-geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, disse que a Organização Mundial da Saúde (OMS) conta com orientações fundamentais para o controle de vetores. Adotadas em 2017, as recomendações permitiram ao Brasil fortalecer suas capacidades de emergência. Em dois anos, o Brasil teve mais de 2 mil casos de febre amarela – mais do que foi registrado em 36 anos, de 1980 a 2016 –, lembrou o especialista.
De acordo com o gestor, um dos avanços brasileiros mais recentes foi a criação do Comitê Técnico Assessor do Ministério da Saúde para Vetores, do qual a OPAS/OMS participa.
“Essa iniciativa tenta trazer, do ponto de vista científico e técnico, um suporte à tomada de decisão do Ministério da Saúde e a integração não só dos programas, mas entre o setor de saúde, sociedades científicas e poder público, para nos trazer propostas de respostas práticas”, explicou.
Gripe
Outra pauta do encontro em Olinda foi a preparação do Brasil para lidar com epidemias de gripe. Walquiria Aparecida Ferreira de Almeida, técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, afirmou que a pandemia da influenza H1N1, em 2009, foi um marco importante para melhorar a vigilância no país.
“Precisamos conhecer os vírus da influenza e o comportamento da doença. Temos que lembrar que eles podem dizimar populações”, afirmou a gestora.
Um dos desafios, segundo a especialista, é conseguir uma maior adesão às campanhas de vacinação em massa. “Toda a população está exposta, então as medidas preventivas são extremamente importantes”, acrescentou.
Roberta Andraghetti, assessora regional em Regulamento Sanitário Internacional da OPAS, apresentou algumas ferramentas de saúde pública que auxiliam países a conter e prevenir a gripe.
O Programa Mundial de Influenza da OMS existe há 70 anos e tem como principais componentes a resposta e a vigilância dessa enfermidade. A iniciativa conta atualmente com uma rede de 144 laboratórios nacionais, seis centros colaboradores, quatro laboratórios reguladores essenciais, 13 laboratórios de referência, um centro colaborador para vigilância epidemiológica e outro para estudos ecológicos.
Em nível mundial, a vigilância é realizada com base em fatores epidemiológicos e virológicos. O controle virológico é feito por meio da plataforma online FluNet, que gera tabelas, gráficos e mapas com dados nacionais, atualizados semanalmente. O portal também serve para rastrear o movimento dos vírus da influenza globalmente e interpretar indicadores epidemiológicos.
Já a vigilância epidemiológica é realizada pela plataforma FluMart, criada para facilitar a troca de dados sobre gripe. “Os produtos gerados nessa ferramenta trazem mapas com análises e relatórios com a distribuição dos vírus gripais e dos casos, entre outros (dados)”, explicou Roberta.
|
Posted: 11 Sep 2018 02:41 PM PDT
Chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, Iván Velásquez. Foto: CICIG
As Nações Unidas informaram no início de setembro (5) que estão cientes da decisão de autoridades na Guatemala de proibir a entrada no país do chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade no país, Iván Velásquez.
A Comissão atuava no país até o começo de setembro, quando o governo guatemalteco informou o grupo deveria encerrar sua atuação.
Em nota publicada pelo seu porta-voz, António Guterres afirmou que a Comissão e o seu chefe desempenham um papel fundamental no combate à impunidade.
Falando a jornalistas, o porta-voz Stéphane Dujarric destacou a grande preocupação da organização com essa decisão, que está sendo analisada. Segundo ele, a medida não é, ao que parece, consistente com o acordo sobre a criação da Comissão.
Guterres destaca que Velásquez vai continuar atuando no órgão, fora da Guatemala. A ONU encoraja o governo do país a continuar a busca de uma solução por meio do diálogo no âmbito do artigo 12 do Acordo que estabelece a Comissão.
A Comissão foi estabelecida em 12 de dezembro de 2006 após a opinião favorável do Tribunal Constitucional da Guatemala. Esta semana, o país pediu a transferência das funções da Comissão para instituições nacionais.
Guterres destaca trabalho de comissão contra impunidade
António Guterres recordou a importante contribuição da Comissão na luta contra a impunidade na Guatemala, sob a direção de seu comissário, Iván Velásquez.
Segundo as agências de notícias, o presidente Morales manifestou no início do mês desejo de que a transferência de funções aconteça “imediatamente”.
O objetivo da Comissão é apoiar o Ministério Público, a Polícia Nacional e outras instituições do Estado a investigar e conduzir diversos casos penais.
|
Posted: 11 Sep 2018 01:54 PM PDT
Venezuelanos que vivem na Praça Simón Bolívar, em Boa Vista, fazem fila para receber alimentos fornecidos por membros da comunidade local. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno
O Fundo de População das Nações Unidas ( UNFPA) participa na próxima sexta-feira (14), em Brasília, do seminário internacional Crianças e Adolescentes Migrantes, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos. Evento estimula a participação de jovens brasileiros e estrangeiros no debate sobre os direitos de meninos e meninas em situação de deslocamento. Debates abordarão questões de gênero e riscos vividos por menores que foram separados dos pais.
Irina Bacci, analista para assuntos humanitários do UNFPA, lembra que o Brasil passou a ser o destino para milhares de pessoas refugiadas e migrantes, em especial vindos da Síria, Haiti e Venezuela.
“Entre essas pessoas, o notório número de crianças e adolescentes faz com que todo este processo fique ainda mais complexo. O desafio maior para o poder público é garantir o acesso às políticas públicas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e garantidas aos imigrantes e refugiados na Lei n° 13.445, a lei da migração”, avalia a especialista.
“É preciso uma atenção ainda maior com meninas, que muitas vezes são ainda mais vulneráveis e expostas à exploração sexual e tráfico de pessoas.”
O UNFPA vai discutir questões sobre migração e gênero na mesa “Desafios de integração do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente”, que acontece às 17h na sexta-feira.
O seminário internacional, realizado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), acontece no auditório Ana Paula Crosara, Edifício Parque Cidade Corporate, Setor Comercial Sul, Quadra 9, Lote C, Torre A, 8º Andar. Atividades têm inicio às 9h e seguem até as 19h.
Segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 25,4 milhões de pessoas em 2017 foram forçadas a deixar suas comunidades e países de origem, sendo consideradas refugiadas. Mais da metade desse contingente era de crianças. Em contextos de deslocamento forçado ou migração, crianças e adolescentes podem enfrentar vulnerabilidades específicas, com impactos negativos de longo prazo para sua saúde física e mental.
|
Posted: 11 Sep 2018 01:44 PM PDT
A subsecretária-geral das Nações Unidas para as Comunicações Globais, Alison Smale (primeira da esquerda para a direita), participa do Seminário Internacional de Mídia das Nações Unidas sobre Paz no Oriente Médio, em Moscou, Rússia, em 5 de setembro de 2018. Foto: ONU/Shymaa El-Ansary
O debate sobre como resolver o conflito entre Israel e Palestina e promover a paz no Oriente Médio é um lembrete de que palavras têm mais poder que armas, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para o Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio deste ano, que ocorreu em Moscou, no início de setembro (5 e 6).
O evento foi organizado pelo Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI) como parte do Programa Especial de Informação Especiais sobre a Questão da Palestina, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, e com o apoio da Associação das Nações Unidas da Rússia e da ‘Russia Peace Foundation’ – em português: Fundação pela Paz na Rússia.
“O seminário foi uma importante plataforma para discutir tópicos da mídia relacionados à situação difícil e desafiadora do Oriente Médio”, disse a representante de Guterres no encontro, a subsecretária-geral da ONU para as Comunicações Globais, Alison Smale.
Em sua mensagem, o chefe da ONU destacou ainda que “é encorajador que o seminário permaneça forte, 27 anos após o seu início”.
“O conflito israelo-palestino continua sendo central no difícil cenário do Oriente Médio. As recentes tensões em Gaza são uma lembrança dolorosa do quão delicada a situação é”, disse Smale.
“As pessoas da região e do mundo não podem suportar outra onda de violência”, acrescentou a subsecretária-geral, observando que a ONU continua “fortemente comprometida com uma solução de dois Estados justa, abrangente e duradoura, que possa encerrar a ocupação de 50 anos e resolver todas as questões restantes. Isso é fundamental para a segurança e a estabilidade de toda a região”.
O evento reúne mais de 150 diplomatas, jornalistas, especialistas em mídia e representantes de jovens de Israel, Palestina e outras partes do Oriente Médio, Rússia, Estados Unidos, Europa, entre outros.
Os assuntos para discussão e debate feira incluíram um retrospecto do legado dos Acordos de Oslo de 1993; como os jornalistas cobrem o conflito israelo-palestino e como podem se proteger; e a situação dos refugiados da Palestina, 70 anos depois da data que passaram a chamar de “Nakba”, árabe para “catástrofe”, pela qual os palestinos lembram seu êxodo em massa durante a guerra de 1948-1949.
|
Posted: 11 Sep 2018 01:10 PM PDT
Brasília. Foto: UNESCO/Ron Van Oers
A ONU Mulheres Brasil divulgará pesquisa de opinião pública sobre mulheres na política e o interesse da sociedade brasileira por políticas públicas nas áreas de educação, saúde, segurança pública e transporte público, nesta sexta-feira (14/9), às 9h30, na Casa da ONU, em Brasília. O estudo é realizado em parceria com o Ibope e o Instituto Patrícia Galvão e revela, a partir de dados coletados em agosto de 2018, a consolidação da demanda existente na sociedade brasileira por ações governamentais, partidárias e institucionais por igualdade de gênero.
Além da apresentação dos dados, haverá o lançamento da plataforma #Brasil5050, que busca a adesão de candidaturas com políticas voltadas à igualdade de gênero.
Após a apresentação da pesquisa e do lançamento da plataforma #Brasil5050, a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, a socióloga Fátima Pacheco Jordão e a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, analisarão os resultados da pesquisa e responderão a perguntas de jornalistas.
O projeto #Brasil5050 é uma iniciativa da ONU Mulheres para incentivar a participação das mulheres na política e a adoção de políticas para as mulheres para eliminar as desigualdades de gênero, raça e etnia. No contexto das eleições 2018, em que o voto das mulheres será decisivo, a plataforma visa fortalecer o debate sobre direitos, igualdade de gênero e cidadania. Por meio da plataforma, as candidaturas poderão se comprometer em apoiar e promover, durante a campanha e em caso de eleição, uma série de ações para o empoderamento e os direitos das mulheres, e a construção da igualdade de gênero em apoio à implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Uma pesquisa similar realizada em 2017, também pelo Ibope e pela ONU Mulheres Brasil, já havia apontado a importância de cidades e políticas específicas para a igualdade de gênero e a maior expectativa – especialmente da população negra – de melhoria significativa dos serviços de saúde, educação, transporte público e segurança. A pesquisa Ibope/ONU Mulheres 2017 foi o primeiro levantamento nacional a produzir um indicador de demanda por igualdade de gênero, que se confirma no estudo atual.
Assista à websérie #Brasil5050 clicando aqui.
Coletiva de apresentação dos dados da pesquisa Ibope/ONU Mulheres e da plataforma #Brasil 50-50Data: 14/9/2018 (sexta-feira) Horário: 9h30 Local: Casa da ONU (Complexo Sérgio Vieira de MelloSEN Quadra 802, Conjunto C Lote 17) – Brasília/DF Credenciamento de imprensa (até 13/9, 23h59): bit.ly/Brasil5050_coletivaAgendamento de entrevistas: Luciana Araujo (consultora da ONU Mulheres >> (11) 97619-9076 | luciana_jornal@uol.com.br)
Assessoria de Comunicação da ONU Mulheres Brasil61 3038 9140 | 98175 6315 Isabel Clavelin – isabel.clavelin@unwomen.orgonumulheres.org.br
|
Posted: 11 Sep 2018 12:50 PM PDT
Capitão da seleção do Níger levanta o troféu de campeão da quinta etapa São Paulo da Copa dos Refugiados. À esquerda, o secretário municipal de Esportes e Lazer, João Farias. Foto: ACNUR/MiguelPachioni
Em São Paulo, amantes do futebol vindos do Níger venceram a etapa estadual da Copa dos Refugiados, torneio organizado com o apoio da Agência da ONU para Refugiados ( ACNUR). Realizada no primeiro final de semana de setembro, a competição teve a participação de 16 seleções, formadas por mais de 300 refugiados e migrantes que vivem na capital paulista. Campeonato foi decidido nos pênaltis, em partida contra a Nigéria.
Essa foi a primeira vez em que um time do Níger jogou na Copa, realizada anualmente desde 2013. “Quando formamos a equipe, sabíamos que nossa seleção podia ir longe, ainda que a chave dos jogos (em) que caímos fosse difícil”, conta Danyel, que há seis anos vive no Brasil.
“Quando então passamos pela vice-campeã da Copa do ano passado (Marrocos), tivemos a certeza (de) que nosso time estava organizado para vencer também a atual campeã (Nigéria), e foi o que aconteceu, com muito suor”, completa.
Após um empate com a Nigéria, por 2 a 2, o time do Níger conseguiu derrubar os nigerianos nos pênaltis, com duas defesas do goleiro Obumaeke.
Os campeões nigerenses participarão da inédita Copa do Brasil de Refugiados, com as outras duas seleções vencedoras das etapas estaduais. Times de Senegal e Angola ganharam respectivamente os torneios em Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Uma seleção sub-20 de refugiados vai completar o quarteto de equipes que disputarão o circuito nacional. Evento ocorrerá em São Paulo nos dias 29 e 30 de setembro.
Os jogos da etapa paulista foram realizados nos equipamentos municipais de esportes do Jardim São Paulo (Zona Norte), Vila Manchester (Zona Leste) e Parque da Aclimação (região central).
A Copa dos Refugiados é realizada pela África do Coração, uma organização criada por refugiados para atender estrangeiros em situação de deslocamento forçado no Brasil. São parceiros da iniciativa o ACNUR, as Secretarias Municipais de Esportes e Lazer, dos Direitos Humanos e Cidadania e das Relações Internacionais e a empresa Sodexo On-site.
|
Posted: 11 Sep 2018 11:31 AM PDT
Representantes do Brasil participam no Fórum de Parceiros da UNESCO, em Paris, sede da agência da ONU. Da esquerda para a direita, Beatriz Azeredo, diretora de Responsabilidade Social da Rede Globo; Rosana Sperandio, oficial de Projeto da UNESCO Brasil; Sérgio Valente, diretor de Comunicação da TV Globo; e Marlova Noleto, diretora e representante da UNESCO Brasil. Foto: UNESCO Brasil
Em Paris, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ( UNESCO) deu inicio nesta terça-feira (11) ao Fórum de Parceiros, um encontro internacional que reúne representantes de governos, setor privado e organismos de cooperação. Evento tem a participação do ministro da Educação do Brasil, Rossieli Soares, e de profissionais da TV Globo e do Serviço Social da Indústria (SESI).
Até amanhã (12), dirigentes de instituições parceiras da agência da ONU discutem diferentes modalidades de colaboração com o organismo internacional. Também estão previstos fóruns temáticos sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nos quais serão debatidas experiências em várias partes do mundo.
Além de Rossieli Soares, participam da reunião o diretor de Comunicação da TV Globo, parceira da UNESCO no Programa Criança Esperança, Sérgio Valente, e a diretora e representante do Escritório da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto. O Brasil também estará representado pelo SESI, parceiro da instituição das Nações Unidas no Projeto Educação Livre.
Informações para imprensa
Sede da UNESCO:Laetitia Kaci, l.kaci@unesco.org, +33 1 45 68 17 72 Lucía Iglesias, l.iglesias@unesco.org, +33 1 45 68 17 02 Agnès Bardon, a.bardon@unesco.org, +33 1 45 68 17 64 Monia Adjiwanou, m.adjiwanou@unesco.org, +33 1 45 68 04 59
UNESCO no Brasil:Ana Lúcia Guimarães, a.guimaraes@unesco.org, +55 (61)2106-3536, +55 (61) 9 9966-3287 Fabiana Pullen, f.sousa@unesco.org, +55 (61)2106-3596, +55(61) 9 9848-8971
|
Posted: 11 Sep 2018 11:02 AM PDT
Energia eólica. Foto: Albert Vilchez (CC)
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ( PNUD) e Furnas realizam na próxima segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, um seminário sobre sustentabilidade e produção de energia. Evento discute estratégias que o Brasil deve adotar para cumprir as metas assumidas junto ao Acordo de Paris. A garantia de energia limpa e acessível para todos também é tema de metas da Agenda 2030 da ONU.
O encontro Diálogos sobre Geração de Energia para o cumprimento da Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil para o alcance do Acordo de Paris e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável será gratuito e aberto ao público.
Na ocasião, estarão presentes o diretor-presidente de Furnas, Ricardo Medeiros, o representante-residente do PNUD no país, Niky Fabiancic, o superintendente de Estudos Econômicos e Energéticos da Empresa de Pesquisa Energética, Jefferson Soares, o diretor de Inovação da Enel Distribuição Rio, Bruno Cicchetti, e o secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira, além de outras autoridades do setor.
Durante o seminário, dois painéis vão discutir estratégias para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 7, sobre energia limpa e acessível. O primeiro debate terá como tema os “Desafios Globais do Setor Energético para a Implementação do Acordo de Paris e dos ODS”. O segundo abordará as “Perspectivas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Setor Energético no Brasil”.
No evento, também será lançado o Glossário de termos do ODS nº 7, produzido pelo Grupo Assessor da ONU para a Agenda 2030, com o apoio de Furnas. O documento apresenta termos e definições sobre o objetivo, adaptados à realidade brasileira, e pretende servir como subsídio para o debate sobre políticas públicas da área.
O evento acontece no Espaço Furnas Cultural a partir das 8h30 e as inscrições podem ser realizadas por meio do link http://bit.ly/2KKZT7h.
Serviço“Diálogos sobre Geração de Energia para o Cumprimento da Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil para o Alcance do Acordo de Paris e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”Data: 17 de setembro de 2018 Local: Espaço Furnas Cultural (capacidade: 192 pessoas) Endereço: Rua Real Grandeza, 219 – Botafogo; Entrada gratuita (inscrição obrigatória) Duração: 8h30 às 12h30 Realização: Furnas e PNUD Apoio Institucional: Pacto Global, Centro Rio+
|
Posted: 11 Sep 2018 10:37 AM PDT
Brasil também tem sido destino de refugiados que deixam a Síria por conta da guerra. Nesta foto, mãe e filha em Barja, no Líbano, preparam as malas para seu reassentamento na Alemanha. Foto: ACNUR/Andrew McConnell
Têm início amanhã (12), na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, a III Conferência Latino-Americana e o IX Seminário Nacional da Cátedra Sergio Vieira de Mello. Promovido pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o evento reunirá pesquisadores brasileiros e profissionais humanitários das Nações Unidas para debater temas como os conflitos armados do século XXI e os fluxos de venezuelanos que chegam ao Brasil.
Além de abordar diferentes contextos de deslocamento forçado, especialistas discutirão avanços e retrocessos das políticas migratórias na América Latina e no Caribe. Outra pauta dos debates e mesas-redondas será a apatridia — quando um indivíduo não possui uma nacionalidade, ficando em risco de não ter seus direitos básicos preservados. Atividades culturais também fazem parte da programação.
Conheça a programação completa clicando aqui.
Desde 2003, o ACNUR implementa no Brasil a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM) em cooperação com as atuais 21 instituições de ensino superior brasileiras, tanto públicas como privadas. A iniciativa visa difundir a temática do refúgio no currículo de diferentes cursos, além de promover projetos nos eixos de pesquisa e extensão universitária.
O evento em Curitiba tem por objetivo estimular a reflexão sobre as migrações forçadas no campo prático e teórico. O organismo da ONU espera incentivar a produção intelectual sobre como as leis de refúgio têm impacto na vida cotidiana de quem teve de deixar suas comunidades e países de origem.
Segundo o ACNUR, existem no mundo 68,5 milhões de pessoas em situação de deslocamento forçado – desse contingente, 25,4 milhões cruzaram fronteiras nacionais e se tornaram refugiadas.
O congresso e o seminário na UFPR são realizados em parceria com a Cátedra Sérgio Vieira de Mello da instituição. Atividades vão até a próxima sexta-feira (14).
Mais informações sobre a Cátedra Sérgio Vieira de Mello podem ser obtidas pelo site www.acnur.org/portugues/informacao-geral/catedra-sergio-vieira-de-mello/.
ServiçoIII Conferência Latino-Americana e IX Seminário Nacional da Cátedra Sérgio Vieira de MelloLocal: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba (Prédio Histórico da UFPR – Praça Santos Andrade, 50) Data: 12, 13 e 14 de setembro de 2018 Programação do evento: https://bit.ly/2BeGdJ1Contatos: Miguel Pachioni (ACNUR) pachioni@unhcr.org e Tatyana Friedrich ( tatyanafriedrich@yahoo.com / 41 99161-6655)
|
Posted: 11 Sep 2018 08:29 AM PDT
Região agrícola da Guatemala, um dos países localizados no Corredor Seco da América Central, região afetada por estiagens severas. Foto: PMA/Francisco Fion
Pelo terceiro ano consecutivo, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura ( FAO) registrou um aumento no número de pessoas passando fome no mundo, que subiu de 815 milhões de indivíduos, em 2016, para quase 821 milhões em 2017. Segundo novo levantamento da agência da ONU e parceiros, a América Latina e o Caribe acompanharam a tendência global — na região, 39,3 milhões de pessoas vivem subalimentadas, valor que representa um crescimento de 400 mil.
Divulgado nesta terça-feira (11), o relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018 revela que, em 2017, uma em cada nove pessoas no planeta foi vítima da fome.
Além dos conflitos armados e das crises econômicas, as variações do clima e fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes, foram as principais causas do avanço da subnutrição. De acordo com a FAO, temperaturas anômalas em 2017 superaram as médias do período 2011-2016. Isso provocou mais episódios de calor extremo do que nos últimos cinco anos.
Outro problema foi a mudança no padrão de chuvas, com o início tardio ou precoce das temporadas de precipitações e sua distribuição desigual ao longo do próprio período chuvoso.
Na América Latina e no Caribe, os desafios ambientais para a produção agrícola podem ser observados no Corredor Seco da América Central, sobretudo em El Salvador, Guatemala e Honduras, uma das regiões mais afetadas pela estiagem associada ao El Niño no biênio 2015-16. A seca foi uma das piores dos últimos dez anos e provocou reduções significativas nas safras, com perdas estimadas entre 50% e 90%. Mais de 3,6 milhões de pessoas precisaram de assistência humanitária.
A agência da ONU estima que, em todo o mundo, 83% de todas as perdas e danos à agricultura foram causadas por secas em 2017. Inundações responderam por 17% desses impactos negativos sobre a produção de alimentos.
A pesquisa deste ano foi elaborado pela FAO junto com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a análise, a fome avançou na América do Sul e na maioria das regiões da África, ao passo que os índices de subalimentação da Ásia, embora continuem a diminuir, apresentaram uma desaceleração no ritmo de queda.
FAO denuncia estagnação do combate à fome na América Latina
O representante da FAO para a América Latina e o Caribe, Julio Berdegué, alertou nesta terça que, na região, “estamos parados na luta contra a fome há quatro anos”. “Em 2014, a fome afetou 38,5 milhões e, em 2017, ultrapassou os 39 milhões. Estes números são um forte e claro apelo para redobrar os esforços em todos os níveis”, enfatizou o dirigente.
Na avaliação do especialista, as oscilações da subnutrição afastam os países latino-americanos e caribenhos do cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 2, que prevê a erradicação da fome até 2030.
Além do tradicional indicador de fome relatado pelo levantamento, a análise da FAO apresenta um indicador de insegurança alimentar grave, calculado a partir de pesquisas em domicílios. Para 2017, o índice foi maior do que em 2014 em todas as partes do planeta, exceto na América do Norte e na Europa. Um aumento notável foi identificado na América Latina, onde a estatística saltou de 7,6% em 2016 para 9,8% em 2017.
Desnutrição aguda e crônica em crianças latino-americanas
Apesar dos desafios, a América Latina e o Caribe possuem uma taxa muito baixa de desnutrição aguda em crianças (1,3%), o equivalente a 700 mil meninos e meninas com menos de cinco anos de idade. A proporção está bem abaixo da média global de 7,5%. Apenas uma em cada cem crianças latino-americanas e caribenhas nessa faixa etária sofre com o problema.
O atraso no crescimento de meninas e meninos — a chamada desnutrição crônica — também diminuiu na região, caindo de 11,4% em 2012 para 9,6% em 2017. O fenômeno afeta 5,1 milhões de crianças com menos de cinco anos.
Obesidade afeta 25% dos latino-americanos e caribenhos
O relatório da FAO também avalia outra faceta dos problemas de nutrição — a obesidade. Praticamente um em cada quatro habitantes da América Latina e Caribe são considerados obesos — em 2016, a condição de saúde afetava 24,1% da população regional, um aumento de 2,4% desde 2012.
“Em 2016, havia 104,7 milhões de adultos com obesidade em nossa região. Mas houve um aumento gigantesco, de mais de 16 milhões, em apenas quatro anos. É uma epidemia que, apesar das repetidas advertências da FAO e da OPAS/OMS (a Organização Pan-Americana da Saúde, escritório regional da OMS), continua descontrolada, com enormes efeitos na saúde das pessoas e na economia dos países”, alertou Berdegué.
A América Latina e o Caribe têm o segundo maior percentual de crianças com excesso de peso no mundo (7,3%) — são 3,9 milhões de meninas e meninos com sobrepeso.
A obesidade em adultos também está piorando em nível mundial: 672 milhões de pessoas são obesas, o que equivale a mais de uma em cada oito indivíduos.
Acesse o relatório da FAO na íntegra clicando aqui.
|
Posted: 10 Sep 2018 02:50 PM PDT
Luis López-Calva, novo diretor regional do PNUD para a América Latina e Caribe. Foto: PNUD
O economista mexicano Luis López-Calva assumiu neste mês (4) os cargos de administrador adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ( PNUD) e diretor regional do organismo para a América Latina e o Caribe. Especialista traz para a agência quase 30 anos de experiência em instituições de cooperação internacional, como o Banco Mundial, e também de pesquisa acadêmica com foco em mercado de trabalho, pobreza e desigualdade.
O dirigente já havia trabalhado com o PNUD, onde atuou como economista-chefe do Escritório Regional para a América Latina e o Caribe, localizado em Nova Iorque. Também no programa, codirigiu e assinou o Relatório de Desenvolvimento Mundial 2017, sobre “Governança e Direito”. No Banco Mundial, López-Calva foi gerente da área de Pobreza e Equidade para a Europa e Ásia Central.
Enquanto pesquisador, apresentou o resultado de seus estudos em instituições como a Universidade de Harvard, as Universidades da Califórnia em Berkeley e San Diego e na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O gestor tem mestrado em Economia pela Universidade de Boston e doutorado na mesma área pela Universidade Cornell.
“Sinto-me honrado por voltar ao PNUD e trabalhar para minha própria região neste momento decisivo, quando os países enfrentam novos desafios para melhorar o crescimento, a inclusão e a resiliência para alcançar seus objetivos de desenvolvimento de maneira sustentável”, disse o dirigente.
“Esse é um momento de desafios e também de oportunidades para repensar os modelos de desenvolvimento tradicionais e os arranjos institucionais para não deixar ninguém para trás até 2030. Isso é crucial para nossa região, que continua sendo muito desigual apesar dos enormes avanços dos últimos anos.”
López-Calva sucede Jessica Faieta, que assumiu o cargo de representante especial adjunta da ONU para a Colômbia e chefe adjunta da Missão de Verificação das Nações Unidas no país.
O administrador do PNUD, Achim Steiner, elogiou a nomeação do novo diretor regional. “As quase três décadas de experiência de López-Calva, trabalhando na academia, assessorando governos e ocupando postos-chave de liderança em organizações multilaterais o colocam em boa posição para orientar o trabalho do PNUD na região, apoiando os países rumo ao desenvolvimento sustentável”, afirmou.
“Sendo um líder com larga experiência na região, ele é um valioso e bem-vindo acréscimo à equipe de liderança sênior do PNUD, para que continuemos trabalhando com os países da América Latina e do Caribe para implementar os ODS ( Objetivos de Desenvolvimento Sustentável)”, completou Steiner.
|
Posted: 02 Sep 2018 02:00 PM PDT
Clique para exibir o slide.A Embaixada do Reino Unido no Brasil, com apoio do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio), realizou no fim de agosto (29), no Centro Cultural Correios, a roda de conversa “Monitorando os direitos humanos econômicos, sociais e culturais (DHESC) através da Revisão Periódica Universal da ONU”.
O evento teve como palestrantes Daniela Rosendo, membro do Comitê Latino-americano e do Caribe para Defesa dos Direitos da Mulher ( CLADEM Brasil); e Ana Catarina de Alencar, coordenadora de Advocacy e Política Externa do Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos ( IDDH). Também esteve presente no encontro o cônsul-geral do Reino Unido no Rio de Janeiro, Simon Wood.
O primeiro momento da oficina foi marcado por uma palestra sobre a Revisão Periódica Universal (RPU) – avaliação feita entre Estados (governos) quanto à situação dos direitos humanos – com Daniela Rosendo, que falou sobre a relação entre as recomendações da RPU e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ana Catarina de Alencar destacou o monitoramento dos direitos humanos econômicos, sociais e culturais (DHESC) na sociedade brasileira, comentando as recentes medidas de austeridade fiscal adotadas pelo Brasil na Emenda Constitucional nº 95 – de congelamento de gastos públicos –, que diminuiu o dinheiro para a saúde, educação pública e outras políticas sociais por 20 anos, tornando inviável a garantia de vários direitos e penalizando ainda mais crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosos.
Segundo ela, o corte de gastos em direitos sociais no Brasil enfraquece o lado distributivo e aumenta a desigualdade.
“O Estado não precisa reduzir seus gastos em direitos sociais para resolver o problema para a crise econômica do país”, afirmou a coordenadora de Advocacy e Política Externa do IDDH.
Ao final da palestra, foi realizada uma atividade em grupos para mapear as medidas de retrocessos na sociedade brasileira nos âmbitos da educação, justiça criminal, segurança pública, gênero, direitos reprodutivos e do DHESC.
Os participantes abordaram questões como criminalização do aborto, descontinuidade de programas sociais, austeridade, desoneração fiscal de agrotóxicos e reforma trabalhista.
Falando no evento, o diretor do UNIC Rio, Maurizio Giuliano, parabenizou a oficina e a participação de todos e todas.
“Os direitos humanos não pertencem à ONU, nem aos governos; pertencem às pessoas. Portanto, é necessário que pessoas de diferentes campos – do meio diplomático, da academia, de diversos centros da sociedade civil – continuem promovendo e enriquecendo esse debate”, observou.
O encontro aconteceu na galeria da exposição “70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, com obras de Otávio Roth. Realizada pela primeira vez no Rio de Janeiro, a mostra apresentou 30 xilogravuras que traduzem os ideais de paz e igualdade defendidos nos artigos do documento. Saiba mais clicando aqui.
|
|
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário