Boletim diário da ONU Brasil: “Plataforma online sobre proteção social completa 3 anos” e 5 outros.
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12 de set de 2018 17:53 (Há 6 dias)
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Posted: 12 Sep 2018 01:13 PM PDT
Proteção social garante o desenvolvimento humano. Foto: ONU/Eskinder Debebé
Nesta quarta-feira (12), Dia Internacional da Cooperação Sul-Sul, a plataforma online sobre proteção social — socialprotection.org — comemora três anos de debates e divulgação de pesquisas da área. Desde o seu lançamento, em 2015, o portal já acumulou mais de 3,6 mil membros e 945 atores interessados. Acervo online disponibiliza mais de 3,7 mil publicações científicas.
Desde o seu lançamento, em 2015, a plataforma organizou 73 seminários virtuais e cinco cursos online. Atualmente, o site abriga 40 comunidades virtuais. A iniciativa está disponível em inglês e francês e foi lançada recentemente em espanhol. Clique aqui para se cadastrar gratuitamente na plataforma em inglês.
Os números contam apenas parte da trajetória. A socialprotection.org é a primeira plataforma não vinculada a uma instituição. O objetivo é promover o compartilhamento de conhecimento e o fortalecimento das capacidades institucionais entre formuladores de políticas, profissionais e especialistas de proteção social, com base nas experiências de países de baixa e média renda. Uma das principais características é o fato de o portal ser um espaço colaborativo, onde as pessoas interagem diretamente para trocar conhecimento.
“Por nos basearmos em uma abordagem colaborativa, nosso objetivo é que os usuários se apropriem da plataforma. Eles podem adicionar o conteúdo que considerem relevante e adaptar as ferramentas para finalidades específicas. Por exemplo, eles podem criar uma pesquisa usando a ferramenta de pesquisa ou lançar uma comunidade online”, disse Mariana Balboni, coordenadora da plataforma e oficial sênior de projetos do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG).
“Todo o conteúdo divulgado na plataforma, seja webinares, cursos ou publicações, é totalmente gratuito”.
Além disso, todo o conteúdo publicado é revisado por sua equipe de gestão de conhecimento e categorizado de acordo com a taxonomia personalizada para facilitar a pesquisa eficiente. A plataforma fornece acesso aos mais recentes e relevantes estudos e publicações, tanto de grandes agências e organizações internacionais, quanto de pequenos centros de pesquisa.
Como parte da estratégia de compartilhamento de conhecimento, os webinares gratuitos são uma valiosa ferramenta de aprendizado interativo. Abordando diversos temas relacionados à proteção social, os seminários virtuais são realizados com instituições parceiras todas as quintas-feiras.
“Frequentemente recebemos solicitações dos membros da plataforma, de instituições ou parceiros para lançar seminários virtuais para divulgar um novo estudo, por exemplo. Ou eles entram em contato conosco para organizar um seminário virtual sobre um assunto específico. Isso mostra claramente a compreensão deles de que organizar um webinar por meio do socialprotection.org é uma estratégia valiosa para suas instituições e projetos”, afirmou Mariana.
A troca de conhecimento e o debate seguem depois que as sessões dos webinares terminam: a gravação do evento é disponibilizada no canal do socialprotection.org no YouTube, as apresentações em PowerPoint são compartilhadas e os resumos das sessões são preparados e publicados como postagens no Blog da plataforma.
Embora o socialprotection.org tenha começado como um repositório de publicações sobre proteção social, nos últimos três anos, ele evoluiu para uma plataforma interativa completa, com diversos recursos. Um deles é o Blog semanal, que foi implementado após as sugestões de usuários fornecidas na Pesquisa Anual de Satisfação. Qualquer participante cadastrado pode fazer uma postagem no blog sobre temas relacionados à proteção social, desde que respeite as diretrizes da plataforma.
Formação online
Outro destaque é a ferramenta Campus Virtual, na qual estão disponíveis cursos online, produzidos com organizações parceiras. Desde o seu lançamento, dois cursos ministrados por instrutores foram realizados.
O primeiro foi a capacitação TRANSFORM, uma adaptação da formação de oito módulos “Currículo de Liderança e Transformação na Construção e Gestão de Pisos de Proteção Social na África”. O curso foi desenvolvido por um grupo de agências, liderado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Projeto do Sistema de Proteção Social da União Europeia (EU-SPS). A iniciativa atende principalmente aos formuladores de políticas e profissionais africanos, promovendo atividades colaborativas, como aprendizado entre pares e discussões em grupo.
O segundo curso abordou o uso da análise da pobreza na formulação, implementação e monitoramento de políticas multissetoriais para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 e 2, sobre erradicação da miséria e da fome, respectivamente. Elaborado em conjunto pelo IPC-IG e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o treinamento já foi oferecido duas vezes este ano no Panamá e no Marrocos. A formação fez uso extensivo das ferramentas digitais do socialprotection.org nas fases virtuais, presenciais e de coaching.
Três anos após o lançamento da socialprotection.org, a equipe da plataforma acumulou considerável experiência no uso de ferramentas online para o compartilhamento de conhecimento e no fortalecimento de capacidade em questões de proteção social. Essa trajetória levou à criação e manutenção de comunidades online bem-sucedidas e relevantes, com moderação ativa na promoção constante de novos debates.
“Comunidades online também podem ser associadas a webinares específicos e essa combinação pode potencializar o conhecimento produzido e compartilhado em qualquer tema específico. Elas também podem ser criadas como pequenas comunidades fechadas para serem usadas como grupos de trabalho privados”, explicou Mariana.
A plataforma socialprotection.org é financiada pelo Departamento de Relações Exteriores e Comércio do Governo da Austrália (DFAT) e a Agência Alemã de Cooperação (GIZ), em nome do Ministério Federal Alemão de Desenvolvimento Econômico e Cooperação (BMZ). Conta também com o apoio do Grupo de Trabalho das Nações Unidas para o Desenvolvimento do G20 e do Conselho de Cooperação Interagências de Proteção Social (SPIAC-B). O projeto é desenvolvido e hospedado pelo IPC-IG.
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Posted: 12 Sep 2018 01:07 PM PDT
A Comissão de Inquérito sobre a Síria divulgou nesta quarta-feira (12) um relatório que destaca níveis sem precedentes de deslocamento interno ocorridos no primeiro semestre deste ano no país.
Entre janeiro e junho, mais de 1 milhão de sírios fugiram de suas casas e passaram a viver em péssimas condições. A Comissão alerta ainda sobre o que pode ocorrer na província de Idlib, se os esforços para chegar a um acordo negociado falharem.
Em entrevista à ONU News, de Genebra, o presidente da Comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, comenta o risco de uma catástrofe humanitária.
“A situação dos refugiados é muito visível, há mais de 4 milhões nos países vizinhos e 1 milhão na Europa, mas esses deslocamentos internos não são muito visíveis. Hoje, se calcula que 6 milhões de sírios não moram nas suas próprias casas. Nesses últimos seis meses, 1 milhão saiu de cidades e nós resolvemos chamar a atenção para os sofrimentos e para a carência de direitos dessa população”, disse Pinheiro.
“Também acenamos para alguma coisa que está muito presente no dia de hoje que é a ameaça na província de Idlib, onde estão quase 3 milhões de habitantes, deslocados, muitos de outras cidades, e algo como 10 mil, 15 mil terroristas e grupos armados. Nós achamos que seria um desastre humanitário, um massacre, se a guerra contra os terroristas, contra a qual nós não temos nenhuma objeção, seja feita às expensas da população civil.”
O documento destaca seis batalhas importantes que levaram ao deslocamento em massa: Alepo, norte de Homs, Damasco, Rif Damasco, Daraa e Idlib.
O relatório revela que forças do governo sírio dispararam gás cloro este ano num subúrbio controlado pelos rebeldes em Damasco e na província de Idlib.
Os investigadores relataram ações que podem ser consideradas crimes de guerra ocorridas em 22 de janeiro e 1º de fevereiro na área residencial de Duma, em Ghouta Oriental.
O documento descreve a difícil situação dos civis que deixaram suas casas entre janeiro e junho em intensos combates. Na maioria deles, ocorreram crimes de guerra, incluindo os ataques indiscriminados, ataques deliberados contra áreas protegidas, uso de armas proibidas e saques, que também envolveram grupos armados.
Existe cerca de 1 milhão de crianças em Idlib, na Síria. Foto: UNICEF
A Comissão defende que, para recuperar Ghouta Oriental em abril, as forças do governo lançaram numerosos ataques indiscriminados em áreas civis densamente povoadas, que incluíam o uso de armas químicas.
O relatório destaca que mulheres e crianças ficaram feridos e contraíram problemas respiratórios e precisaram de oxigênio.
A conclusão da Comissão é que forças do governo e milícias cometeram crimes de guerra pelo uso de armas proibidas e pelo lançamento de ataques indiscriminados em áreas povoadas por civis em Ghouta Oriental.
O relatório aponta que o cloro também foi usado em 4 de fevereiro. A nota destaca que helicópteros do governo derrubaram pelo menos dois barris transportando cargas de cloro na área de Taleel, em Saraqeb.
Nessa operação, 11 homens ficaram feridos e provas documentais e materiais analisadas pela Comissão confirmaram a presença de helicópteros na área e a utilização de dois cilindros de gás de cor amarela.
Acesse o último relatório da Comissão clicando aqui.
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Posted: 12 Sep 2018 10:42 AM PDT
Exame oftalmológico. Foto: OPAS
O Brasil começou na semana passada uma pesquisa para conseguir um certificado internacional de eliminação do tracoma como problema de saúde pública. Infecção bacteriana faz os cílios encostarem no globo ocular, causando deficiências visuais e cegueira permanente. Doença afeta principalmente populações pobres.
Os procedimentos de verificação estão sendo feitos conforme a metodologia de mapeamento recomendada pela iniciativa Tropical Data e pela Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O inquérito, de abrangência nacional, teve início em Pernambuco. Análises têm por alvo áreas endêmicas, onde a transmissão da patologia é contínua, e regiões onde falta saneamento básico, um problema social avaliado como um risco para a proliferação da doença.
No Brasil, o projeto é conduzido pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As duas instituições enviam profissionais especializados às casas das pessoas para fazer exames em crianças e adultos, além de avaliar as condições de acesso a água e esgoto.
Até o momento, sete países – Camboja, Gana, Laos, México, Marrocos, Nepal e Omã – foram reconhecidos pela OMS como tendo eliminado o tracoma como um problema de saúde pública.
A erradicação total dessa enfermidade depende de uma série de fatores que ultrapassam o setor de saúde. Por isso, o primeiro passo é eliminar a infecção como um problema de saúde pública.
Para alcançar esse resultado, é necessário comprovar a prevalência de tracoma inflamatório (ativo) em menos de 5% das crianças de um a nove anos de idade. Entre a população com mais de 15 anos, a OMS exige um índice menor que 0,2% de prevalência da triquíase tracomatosa — uma complicação na qual ocorre uma distorção na posição dos cílios, que se viram na direção dos olhos, chegando a encostar no globo ocular. O sintoma pode reduzir a visão ou até mesmo causar cegueira.
“Todos os países das Américas estão desenvolvendo atividades de vigilância ou em fase de implementação dos inquéritos. O esforço que o Brasil está fazendo agora é importante para coletar as evidências necessárias para solicitar no futuro a validação oficial da eliminação do tracoma como problema de saúde pública”, explica Martha Saboyá, assessora regional da OPAS/OMS para doenças negligenciadas.
Áreas endêmicas
Em 2017, 165 milhões de pessoas viviam em áreas endêmicas de tracoma, onde a transmissão da patologia ocorre de forma contínua e constante. A doença é um problema de saúde pública em muitas das áreas mais pobres e rurais de 41 países da África, América Central e do Sul, Ásia, Austrália e Oriente Médio. A infecção é responsável pela cegueira ou deficiência visual de cerca de 1,9 milhão de pessoas.
Nas Américas, a doença afeta populações pobres do Brasil, Colômbia, Guatemala e Peru. Segundo a OPAS, na região, quase 5 milhões de pessoas vivem em áreas onde o tracoma é endêmico.
Cegueira irreversível
O tracoma é uma doença ocular causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. A cegueira provocada pela enfermidade é irreversível.
A infecção se espalha por meio do contato direto de pessoa para pessoa ou com roupas e peças de cama e banho contaminadas (toalhas, lenços, fronhas, entre outros utensílios). Outra forma de transmissão, menos comum nas Américas, é por moscas que estiveram em contato com secreções dos olhos ou do nariz de um indivíduo infectado.
Quando há episódios repetidos de infecção ao longo de muitos anos, os cílios podem ficar em posição defeituosa, tocando o globo ocular, o que provoca dor e desconforto, assim como danos permanentes à córnea.
Estratégia da OMS
A Assembleia Mundial da Saúde adotou em 1998 a resolução WHA51.11, visando à eliminação global do tracoma como um problema de saúde pública. A estratégia da OMS se baseia na correção cirúrgica para casos avançados da doença; antibióticos para eliminar a bactéria causadora da enfermidade; promoção da higiene facial; e melhorias ambientais para reduzir a transmissão.
Em 2017, mais de 230 mil pessoas no mundo receberam tratamento cirúrgico para o tracoma avançado e 83,5 milhões de pessoas foram tratadas com antibióticos.
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Posted: 12 Sep 2018 08:53 AM PDT
Em 2017, o secretário-geral da ONU, António Guterres, percorre um bairro destruído por seguidos furacões na cidade de Codrington, Antígua e Barbuda. Ele visitou o país para avaliar a devastação e oferecer apoio da organização. Foto: ONU/Rick Bajornas
O mundo corre o risco de cruzar o ponto de não retorno da mudança climática, com consequências desastrosas para as pessoas em todo o planeta e os sistemas naturais que as sustentam, alertou na segunda-feira (10) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Ele pediu mais liderança e maior ambição pela ação em prol do clima como uma reforma de reverter essa tendência.
O compromisso feito pelos líderes mundiais no Acordo de Paris há três anos para impedir que a temperatura aumentasse em 2 graus Celsius e trabalhar para manter o aumento o mais próximo possível de 1,5 grau Celsius “foi realmente o mínimo para evitar os piores impactos da mudança climática”, disse o secretário-geral Guterres, em um discurso histórico sobre a ação climática, na sede da ONU em Nova York.
“A montanha à nossa frente é muito alta, mas não é intransponível. Sabemos como escalá-la”, continuou ele.
“Simplificando, precisamos colocar um freio nas emissões letais de gases de efeito estufa e impulsionar a ação climática”, acrescentou, pedindo uma mudança da dependência de combustíveis fósseis para uma energia mais limpa e longe do desmatamento para um uso mais eficiente dos recursos.
O chefe da ONU chegou a dizer que tal mudança de pensamento é onde “enormes benefícios aguardam a humanidade”.
“Ouvi o argumento – geralmente baseado em interesses – de que combater as mudanças climáticas é caro e prejudica o crescimento econômico. Não é correto. Na verdade, o oposto é verdadeiro”, enfatizou.
Em sua mensagem, Guterres destacou os enormes custos econômicos da mudança climática e as oportunidades apresentadas pela ação climática.
“A ação climática e o progresso socioeconômico se apoiam mutuamente, com ganhos de 26 trilhões de dólares previstos até 2030, em comparação com os negócios tais como são feitos hoje, se buscarmos o caminho certo”, disse ele, citando os resultados do recente relatório de “Economia Climática”, da Comissão Global sobre a economia e as mudanças climáticas.
Os benefícios transcendem os valores monetários.
“O abastecimento de água e o saneamento resilientes ao clima podem salvar as vidas de mais de 360 mil bebês por ano, o ar limpo tem vastos benefícios para a saúde pública, [e] na China e nos Estados Unidos, novos empregos de energia renovável agora superam os criados no setor de petróleo e as indústrias de gás”, explicou Guterres, observando vários exemplos de todo o mundo da ação climática, resultando em enormes benefícios para países e comunidades.
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Posted: 12 Sep 2018 08:46 AM PDT
Participantes do projeto Viva Melhor Sabendo Jovem, em Salvador. Foto: UNAIDS
Em Salvador (BA), organismos das Nações Unidas apoiaram o governo local a capacitar jovens em prevenção e testagem do HIV. Vinte e quatro moradores da capital participaram em agosto do curso AIDS, Gênero e Sexualidade, Direitos Humanos e Manejo do Teste de Fluido Oral. Com a formação, os alunos poderão realizar ações de conscientização na cidade.
A iniciativa é parte do projeto Viva Melhor Sabendo Jovem, implementado desde 2013 em Salvador pelo Grupo de Apoio à Prevenção à Aids da Bahia (GAPA Bahia). Voltado para jovens entre 15 e 24 anos, o programa visa ampliar o acesso desse público ao diagnóstico, tratamento e informações sobre HIV. A capacitação realizada no mês passado teve a cooperação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids ( UNAIDS) e do Fundo da ONU para a Infância (UNICEF).
Com duração de 40 horas, o curso teve palestras e relatos de experiências, com profissionais de saúde e pessoas ligadas ao movimento social. Os alunos participaram ainda de duas oficinas: uma sobre o uso do teste por fluido oral, ministrada pela equipe da Instituição Beneficente Conceição Macedo (IBCM); e um bate-papo com o UNICEF sobre os compromissos assumidos por Salvador junto às Nações Unidas.
A capital da Bahia é uma das 42 cidades brasileiras signatárias da Declaração de Paris. Com a adesão ao marco internacional, o município se comprometeu a alcançar as metas 90-90-90. Esses objetivos preveem que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estarão cientes de seu estado sorológico positivo, 90% dos indivíduos com o vírus estarão sob tratamento e 90% das pessoas em tratamento estarão com a carga viral indetectável.
Ao final da formação, os jovens partiram para a prática e realizaram atividades de prevenção e testagem em diversos pontos da cidade. Até o final de 2018, estão previstas 20 ações do tipo em Salvador.
Segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, a taxa de detecção de casos de AIDS em Salvador é de 27,2 para cada 100 mil habitantes. O índice fica acima da média nacional — 18,5 casos por 100 mil habitantes.
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Posted: 12 Sep 2018 07:56 AM PDT
Dispersão de pesticidas em plantação em Adana, na Turquia. Foto: Wikimedia (CC)/Zeynel Cebeci
Cerca de 193 mil pessoas no mundo perdem a vida todos os anos por exposição a substâncias químicas nocivas, afirmou na terça-feira (11) o representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Joaquín Molina. Dirigente participou em Brasília de uma reunião sobre o uso de agrotóxicos. Encontro teve a participação de outras agências das Nações Unidas e também de instituições nacionais de regulação.
Segundo o especialista da OPAS, é fundamental a atuação conjunta dos setores da saúde, agricultura e meio ambiente no processo de regulamentação dos pesticidas. “Cada um (cada setor) contribuindo para que tenhamos ao mesmo tempo uma população saudável, a preservação dos recursos naturais e a eficiência da produção”, explicou Molina.
“Nesse sentido, o Brasil é referência internacional porque tem uma legislação sobre o tema baseada nesses três pilares. E isso é fundamental para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com os quais o Brasil e outros 192 países se comprometeram. Principalmente, aqueles que propõem a gestão racional de produtos químicos.”
De acordo com o representante do organismo da ONU, combater a exposição e a intoxicação das pessoas por agrotóxicos, por meio de alimentos ou ambientes contaminados, permitiria reduzir os casos de doença cardíaca isquêmica e acidentes vasculares cerebrais. Juntas, as duas complicações de saúde são as principais causas de morte no mundo. Outra medida deve ser a proteção de trabalhadores que correm risco de terem contato com produtos químicos prejudiciais ao organismo.
Molina ressaltou ainda o papel central da academia na regulação dos agrotóxicos. “São necessários novos estudos para que tenhamos cada vez mais e melhores dados e evidências para subsidiar a tomada de decisões e ajudar no desenvolvimento de novas tecnologias”, completou.
A líder da equipe de segurança química da sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), Carolyn Vickers, apresentou o Chemicals Roadmap – um roteiro de ações concretas para temas em que o setor da saúde tem liderança ou importante papel de apoio. A analista enfatizou a necessidade de cooperação multissetorial.
“O Chemicals Roadmap fornece uma abordagem estruturada para avaliar as lacunas e identificar ações para acelerar o progresso na gestão segura de produtos químicos. É organizado em quatro áreas de atuação: redução de riscos; conhecimento e evidências científicas; capacidade institucional; liderança e coordenação”, explicou Vickers.
Entre outros participantes da reunião, estavam o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Fernando Mendes Garcia Neto, e a presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Suely Mara.
Também estiveram presentes autoridades e profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD), da Delegação da União Europeia e do Departamento de Agroquímicos e Biológicos da Argentina.
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