Boletim diário da ONU Brasil: “Uma criança migrante morre ou desaparece todos os dias no mundo, diz relatório da ONU” e 13 outros.
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Boletim diário da ONU Brasil: “Uma criança migrante morre ou desaparece todos os dias no mundo, diz relatório da ONU” e 13 outros. |
- Uma criança migrante morre ou desaparece todos os dias no mundo, diz relatório da ONU
- Conselho de Segurança visita Iraque, 5 anos após proclamação de ‘califado’ do Estado Islâmico
- UNICEF alerta para grupos antivacina que espalham medo nas redes sociais
- UNESCO alerta que países estão fora do caminho para atingir metas de educação até 2030
- ONU Mulheres tem plataformas de apoio à gestão pública sobre direitos das mulheres
- TPI condena ex-líder rebelde da RD Congo por crimes de guerra
- Poeta sul-sudanesa reflete sobre décadas de exílio e fuga da violência
- Mudanças climáticas ameaçam progresso no desenvolvimento sustentável
- Amazonas e PNUD discutem parceria para impulsionar desenvolvimento sustentável
- OMS atualiza orientação global sobre medicamentos e testes de diagnóstico
- ONU vê ‘epidemia de obesidade’ na América Latina e Caribe
- Prêmio homenageia experiências de sucesso em atenção primária à saúde no Brasil
- OPAS firma cooperação com Pernambuco para apoiar atenção à saúde no estado
- Venezuela: 2,8 milhões terão acesso melhorado a água potável com apoio do UNICEF
Posted: 09 Jul 2019 12:20 PM PDT
“A falta de dados sobre as idades, características e vulnerabilidades das crianças migrantes desaparecidas cria sérias lacunas de proteção”, afirma Frank Laczko, diretor do Centro de Análise de Dados sobre Migração Global, da Organização Internacional para as Migrações (OIM). “Isso torna muito difícil criar programas e políticas concebidos para protegê-los.” Elaborado pelo centro da OIM em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o relatório da ONU foi divulgado em junho, poucos dias após a circulação na internet e na imprensa da foto de um migrante centro-americano e sua filha afogados no Rio Grande. A chefe do UNICEF, Henrietta Fore, descreveu a fotografia como “uma imagem pungente que abala todos nós em nosso âmago”. A dirigente fez um apelo para que os países empreendam mais esforços na proteção de migrantes vulneráveis. ACNUR: foto de migrantes afogados mostra necessidade de medidas de prevenção No período 2014-2018, a OIM notificou que, de todos os 32 mil óbitos e desaparecimentos de migrantes, mais da metade — em torno de 17,9 mil — ocorreu no Mar Mediterrâneo. Os restos mortais de quase dois terços dessas vítimas não foram recuperados. No Sudeste asiático, os refugiados rohingya que fugiram de Mianmar representaram a maioria das mortes de migrantes. Dos 2,2 mil migrantes mortos na região, 1.723 eram rohingya. A rota entre Estados Unidos e México viu um aumento no número de mortes de migrantes desde 2014. Foram 1.907 óbitos ao longo do período de cinco anos. |
Posted: 09 Jul 2019 12:06 PM PDT
Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu no final do mês passado (30) sua primeira visita ao Iraque, cinco anos após a proclamação feita pelo grupo terrorista Estado Islâmico de um “califado” no país.
O Durante a visita, que também contou com uma passagem pelo Kuwait, membros do Conselho se encontraram com autoridades seniores, oficiais humanitários e da ONU para discutir o desenvolvimento do Iraque, a situação humanitária e os recorrentes desafios à segurança enfrentados pelo país. Membros do Conselho destacaram que a visita salientou apoio à contínua recuperação do Iraque após o conflito e esforços de reconciliação para cumprir as necessidades de todos os iraquianos. Eles também enfatizaram a importância da soberania e da segurança do Iraque. Em encontros com Ghassan Khoja, representante do Banco Mundial, os membros destacaram a importância de fundos para recuperação, incluindo as promessas feitas na Conferência Internacional do Kuwait para Reconstrução do Iraque, em 2018. Governo eficaz e questões de corrupçãoRecentes desdobramentos políticos no Iraque, incluindo progresso em direção à formação do governo, foram elogiados pelos membros do Conselho de Segurança, que reconheceram a importância de uma administração que mantenha os valores da Constituição do país.Segundo eles, o governo também precisa responder às necessidades de todos os iraquianos, incluindo mulheres, jovens, crianças, pessoas deslocadas e pessoas que pertencem a todos os grupos étnicos e religiosos. A participação do governo nacional na resolução de questões pendentes com o Governo Regional Curdo, que foi elogiada pelos membros, e a questão da corrupção foram levantadas, em especial esforços para implementação do programa de Governo Nacional 2018-2022. O programa inclui respostas à corrupção e fortalecimento de instituições estatais viáveis. Preocupações humanitárias e com segurançaA situação humanitária, incluindo a entrega de serviços básicos, continua desafiadora no Iraque e membros do Conselho destacaram a importância de todas as pessoas deslocadas internamente pelo conflito, incluindo em áreas libertadas. A necessidade de reforma econômica, investimentos e integração econômica regional para responder aos desejos e preocupações do povo iraquiano também foram destacados.Apoio ao mandato da Missão da ONU de Assistência ao Iraque (UNAMI) de apoiar e auxiliar o governo do Iraque na promoção de diálogos políticos inclusivos; reconciliação e cooperação nacional, regional e comunitária; e segurança e reforma judicial também foram reafirmados pelos representantes do Conselho de Segurança. Os membros também elogiaram os esforços do governo do Iraque, junto a autoridades locais e regionais, em atividades antiterrorismo. Uma equipe investigativa da ONU encarregada de responsabilizar o Estado Islâmico por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio deve continuar independente e imparcial. Além disso, a equipe também precisa garantir que seus membros iraquianos se beneficiem de expertise internacional e de esforços para compartilhar conhecimento e assistência técnica com o Iraque, insistiram os representantes. |
Posted: 09 Jul 2019 11:56 AM PDT
UNICEF) alertou recentemente para as ações de grupos antivacinação que disseminam ceticismo e informações equivocadas quanto às vacinas. Agindo nas redes sociais, esses coletivos “criam confusão e alimentam medos entre os pais”, comprometendo as vidas das crianças, enfatizou a agência da ONU.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (“A desinformação sobre as vacinas é tão perigosa quanto uma doença”, ressaltou a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore. “Ela se espalha rapidamente e representa uma ameaça iminente à saúde pública.” A especialista lembrou que a vacinação salva até 3 milhões de vidas todos os anos. “Isso são mais do que cinco vidas salvas a cada minuto”, afirmou a chefe do organismo das Nações Unidas, em evento realizado em fins de junho (28) pelo UNICEF para discutir desafios à expansão da cobertura vacinal no mundo. De acordo com a agência da ONU, existem 20 milhões de crianças no planeta que não foram vacinadas ou que não receberam todas as devidas doses de imunização. Ainda segundo o UNICEF, em 2017, 1,5 milhão de meninos e meninas morreram de doenças que poderiam ter sido prevenidas por vacinas. Esse cenário deve-se a lacunas no acesso à atenção primária de saúde, incluindo aos serviços de imunização — um problema que é agravado pela fragilidade dos sistemas de saúde, pela pobreza e por conflitos armados. A esses desafios, somam-se atitudes de desprezo e de ceticismo quanto à segurança e à efetividade das vacinas. O fenômeno é alimentado pela divulgação deliberada em meio online de informações incorretas sobre a prática da imunização. |
Posted: 09 Jul 2019 11:46 AM PDT
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) mostram que os países falharão em atingir as metas educacionais da agenda, o ODS número 4, se importantes progressos não ocorrerem ao longo da próxima década.
Quase cinco anos desde que a ONU adotou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para serem cumpridos até 2030, as projeções da As projeções da UNESCO antes do Fórum Político de Alto Nível da ONU em Nova Iorque, destinado a examinar o processo para atingir os ODS, mostram que, enquanto todas as crianças deveriam estar na escola, uma em cada seis crianças de 6 a 17 anos será excluída do sistema educacional até 2030. As projeções também mostram que 40% das crianças do mundo não conseguirão concluir o ensino secundário nesse período, um percentual que deve atingir 50% na África Subsaariana, onde a proporção de professores treinados tem caído desde 2000. As novas projeções (“Meeting Commitments: Are countries on track to achieve SDG 4?“) foram produzidas pelo Instituto de Estatísticas da UNESCO e pelo Relatório de Monitoramento da Educação Global. Os números são preocupantes, considerando que o ODS 4 pede aprendizado efetivo, não apenas presença na escola. Considerando as atuais tendências, as taxas de aprendizado devem estagnar nos países de média renda e cair em quase um terço nos países africanos francófonos até 2030. Além disso, sem rápida aceleração, 20% dos jovens e 30% dos adultos em países de baixa renda não conseguirão ler até 2030, para quando está prevista a eliminação do analfabetismo no mundo. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável enfatiza a necessidade de “não deixar ninguém para trás”. No entanto, apenas 4% dos 20% mais pobres concluíram o ensino médio nos países mais pobres, em comparação com 36% dos mais ricos. A diferença é ainda maior em países de baixa e média renda. Em 2015, o Relatório de Monitoramento da Educação Global da UNESCO identificou um déficit de 39 bilhões de dólares para atingir o ODS 4, mas a ajuda para a educação estagnou desde 2010. “Os países precisam de mais e melhores dados para implementar políticas e fazer o máximo possível com cada dólar gasto em educação”, disse a diretora do Instituto de Estatísticas da UNESCO, Silvia Montoya. “Os dados são necessários, não um luxo, para todos os países. Mesmo assim, atualmente, menos da metade das nações são capazes de fornecer os dados necessários para monitorar o progresso rumo ao objetivo global de educação. Qual o objetivo de determinar metas se não conseguimos acompanhar o avanço? Melhor financiamento e coordenação são necessários para apoiar os países, consertar essa falta de dados e, mais importante, progredir antes de chegarmos próximos do prazo.” Uma publicação complementar do Relatório de Monitoramento da Educação Global (Beyond Commitments: How countries implement SDG 4) analisa políticas que as nações afirmam ter adotado desde 2015 para atingir as metas educacionais, enfatizando a necessidade de alinhar os planos nacionais de educação ao ODS4. “Os países interpretaram o significado das metas do objetivo global de educação de maneiras muito diferentes. Isso parece correto, já que os países partem de pontos diferentes. Mas eles não podem desviar muito de suas promessas feitas em 2015. Se os países ajustarem seus planos aos seus compromissos agora, eles podem voltar aos trilhos rumo a 2030”, disse o diretor do Relatório de Monitoramento da Educação Global, Manos Antoninis. O relatório mostra que muitos países priorizaram a equidade e a inclusão desde 2015 para cumprir suas obrigações. Assim, vouchers escolares são emitidos para estudantes indígenas na Bolívia, as taxas de ensino foram abolidas para os mais pobres no Vietnã e transferências monetárias condicionais são dadas para crianças refugiadas na Turquia e para crianças com deficiências intelectuais graves na África do Sul. A aprendizagem também tem sido priorizada, com um terço dos países introduzindo avaliações de aprendizado para analisar as tendências ao longo do tempo e um em cada quatro países usando os resultados da aprendizagem para reformar seus currículos. As sinergias mais fracas entre os planos dos países e seus compromissos de educação são vistas na falta de colaboração intersetorial, que normalmente só pode ser encontrada em tentativas de vincular a educação na primeira infância e a assistência médica e, mais tarde, a educação e o mercado de trabalho. |
Posted: 09 Jul 2019 10:49 AM PDT
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, desenvolvidas pela ONU Mulheres Brasil.
Prefeituras e governos estaduais e federal contam com duas plataformas de apoio à gestão governamental com enfoque na As ferramentas de apoio à administração pública foram desenvolvidas para facilitar a resposta de governos aos 17 Objetivos Desenvolvimento Sustentável (ODS), beneficiando homens e mulheres a partir de políticas, programas e investimentos públicos voltados à igualdade em municípios, estados e em todo o país. São ações que podem ser adotadas: criar orçamento específico para alcançar os objetivos, alinhar as políticas do governo à Agenda 2030 para eliminação das desigualdades de gênero, aumentar o apoio para organizações de mulheres, promover a participação das mulheres na elaboração das políticas públicas, assegurar o monitoramento sistemático dessas ações e monitorar o progresso na vida de homens e mulheres com base em políticas e investimentos públicos. As duas plataformas Cidade 50-50, lançada em 2016, e Brasil 50-50, ativa desde 2018, propõem ciclo de compromisso público entre lideranças, autoridades públicas e população com os direitos das mulheres, igualdade de gênero e sustentabilidade do início da apresentação de candidatas e candidatos à administração pública – para elaboração de programas de governos com atenção aos direitos das mulheres –, até o encerramento da gestão no Executivo municipal, estadual ou federal. “Com os ODS, os governos do mundo são convidados a traçar planos e políticas que beneficiem toda a população e para não deixar ninguém para trás do desenvolvimento. Assegurar os direitos das mulheres implica estabelecer planos de governos precisos e, muitas das vezes, arrojados para que sejam realmente eliminados os obstáculos que impedem as mulheres de acessar direitos e cidadania por meio de políticas públicas e programas sociais”, afirma a representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino. Com mais de 208 milhões de habitantes, sendo 52% de mulheres e 48% de homens, o Brasil apresenta dados elevados de desigualdades de gênero. A renda média de mulheres é de 2.050 reais, enquanto a de homens é de 2.579 reais. Enquanto a média mundial é de parlamentos compostos em 23,5% por mulheres; no Brasil, a representação política das mulheres é de 15% para a Câmara dos Deputados e de 14,8% para o Senado. Alterar essa realidade desigual e alcançar oportunidades e direitos iguais são propósitos da iniciativa internacional “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero“, elaborada pela ONU Mulheres e apoiada por mais de 90 países, entre os quais o Brasil, com enfoque na Agenda 2030. No Brasil, a iniciativa foi adaptada à realidade do país e vem sendo discutida por gestores e gestoras de governos estaduais e municipais para implementação local. De acordo com Ana Claudia Pereira, gerente de Projetos da ONU Mulheres para Normas Globais, Governança, Liderança e Participação Política, o primeiro passo é desenvolver projetos-piloto com parcerias governamentais e consolidar os modelos de gestão mais adequados com base nesses projetos, divulgá-los em âmbito nacional e internacional e, por último, promover intercâmbio de experiências com os outros países. “Esperamos ter muito sucesso com o programa, pois vai servir de exemplo nacional e internacional, mostrando que é possível, com poucos recursos ou redirecionamento de recursos, fazer políticas que beneficiem homens e mulheres e que os considerem igualmente”, considera. Cooperação técnica e assessoria especializadaO município de Itabira (MG) e o estado de Alagoas são os primeiros a iniciarem negociações para adesão às plataformas de apoio à gestão governamental sobre direitos das mulheres, igualdade de gênero e sustentabilidade.Ana Claudia ressalta que “a adesão de estados, cidades e municípios é importante, pois demonstra uma vontade no país de trabalhar esse tema, que estamos respondendo a essa demanda da população e que há pioneiros nesse trabalho”. Além das desigualdades de gênero, raça e etnia verificada em dados sociodemográficos, a população também sinaliza a compreensão dessa realidade e tem expectativas de mudanças por meio de políticas e investimentos públicos com enfoque em gênero e sustentabilidade. “Se a política não conseguir enxergar essa porção da população excluída e que precisa ser atendida com urgência, a política não vai funcionar. Nos dados vai ser observado que o país não avançou tudo que podia ter avançado, porque não olhou para as mulheres”, constata Ana Claudia Pereira. Opinião pública e políticas focalizadasDuas pesquisas de opinião pública Ibope/ONU Mulheres apuraram a percepção pública de brasileiros e brasileiros acerca de políticas focalizadas com base na igualdade de gênero. No ano de 2016, 75% dos brasileiros e brasileiras consideram de grande ou extrema importância que gestores, gestoras, legisladores e legisladoras desenvolvam políticas de promoção da igualdade entre mulheres e homens. Considerando-se apenas as mulheres, esse número cresce para 78%, enquanto entre os homens é de 71%.Indicador de demanda por equidade de gênero em políticasPara chegar ao inédito indicador de demanda por equidade de gênero nas cidades, as pessoas entrevistadas responderam sobre que grau de importância vereadoras, vereadores, prefeitas e prefeitos devem dar a três dimensões: mesma oportunidades de acesso e desenvolvimento na educação e na cultura; no mercado de trabalho e mesmos salários; e de atuação nos partidos políticos e nos governos.Para 77% são muito/extremamente importantes políticas públicas que incentivem as mesmas oportunidades de acesso e desenvolvimento na educação e na cultura. Setenta e oito por cento consideram muito ou extremamente importante que as prefeituras e câmaras municipais promovam políticas que incentivem o acesso de mulheres e homens as mesmas oportunidades de trabalho e mesmos salários. Sessenta e nove por cento consideram muito/extremamente importante que prefeitos/as, prefeitas, vereadoras e vereadores promovam políticas visando assegurar oportunidades iguais de atuação em partidos políticos e governos para mulheres e homens. Colaboração entre União, estados e municípiosEm 2018, 81% consideram na pesquisa ser extremamente importante que o Executivo federal estimule o acesso de mulheres e homens às mesmas oportunidades de trabalho e mesmos salários. Em relação ao transporte público, 77% das pessoas entrevistadas consideram que deve ser de alta importância o governo federal fazer parcerias com estados e municípios para garantir transporte público de qualidade. No que se refere à educação pública, 83% avaliam ser de extrema importância o governo auxiliar os municípios na ampliação do número de vagas em creches.ODS e a igualdade de gêneroOs Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável são compromissos abrangentes, transversais e profundos, ou seja, se cumpridos, podem alterar profunda e positivamente a sociedade. Para que isso ocorra, benefícios devem ser alcançados igualmente para homens e mulheres. Apesar de existir o ODS 5, específico sobre igualdade de gênero, as mulheres estão presentes nas metas e indicadores de todos os demais 16 objetivos globais.Um dos desafios da ONU Mulheres é a transversalização de gênero e a interseccionalidade nos ODS, ou seja, contemplar todas as mulheres e suas diferenças, que envolvem, entre muitos outros aspectos, classe, raça, etnia, cultura, localização geográfica, estado civil, religião, orientação sexual e identidade de gênero, idade e nacionalidade. Confira: |
Posted: 09 Jul 2019 10:27 AM PDT
Tribunal Penal Internacional (TPI) julgou na segunda-feira (8) o ex-líder rebelde congolês Bosco Ntaganda, considerado culpado por 18 crimes de guerra e crimes contra a humanidade no distrito de Ituri, na República Democrática do Congo, entre 2002 e 2003.
O A conclusão foi tomada durante audiência pública em Haia, na Holanda, após a Câmara revisar todas as evidências apresentadas durante o julgamento, incluindo documentos e relatos de testemunhas. Junto a Ntaganda, a União de Patriotas Congoleses (UPC) e sua ala militar, a Força Patriótica para a Libertação do Congo (FPLC), foram consideradas “envolvidas em todos os momentos em ao menos um conflito armado não internacional” no distrito no nordeste da RD Congo. Embora as evidências não sustentassem culpa em todas as instâncias destacadas pelo procurador, elas demonstraram que partes de cada acusação eram comprovadas “acima de qualquer dúvida”. Procuradores consideraram Ntaganda essencial no planejamento e comando de operações da UCP e da FPLC. Em decisão, o juiz Robert Fremr descreveu o chefe militar como um “líder-chave” que dava ordens para “mirar e matar civis”. De acordo com o juiz, 102 testemunhas deram seus relatos, incluindo uma mulher cuja garganta foi cortada por membros das forças de Ntaganda. Os juízes também concluíram que Ntaganda matou a tiros um padre católico idoso. Em um ataque, combatentes mataram 49 pessoas capturadas em um bananal atrás de um vilarejo, usando “paus e bastões, assim como facas e machetes”. O juiz Fremr afirmou que “homens, mulheres, crianças e bebês foram encontrados na plantação”. “Alguns corpos foram encontrados nus, alguns tinham as mãos amarradas, alguns tiveram as cabeças esmagadas”, disse Fremr. “Diversos corpos foram estripados ou mutilados”. A Câmara considerou o comandante diretamente responsável pela perpetração de atos de homicídio, como um crime contra a humanidade e um crime de guerra, além de ter responsabilidade indireta em outros casos. No total, 2.129 vítimas foram representadas através de aconselhamentos legais. A Câmara de Julgamento emitiu 374 decisões por escrito e 257 decisões orais durante o julgamento, recebendo cerca de 1.400 páginas de envios finais por escrito, e apresentando 1.791 evidências distintas. A pena deve ser anunciada na próxima audiência. |
Posted: 09 Jul 2019 10:02 AM PDT
enquanto se afastavam dos tiros.
A sul-sudanesa Bigoa Chuol não sabe muito sobre como sua família foi forçada a sair de casa, mas ouviu histórias sobre como foi colocada em um balde e carregada na cabeça de parentes mais velhos A poeta nasceu em 1991, durante uma difícil jornada que levou sua família de uma guerra brutal no sul do que então era o Sudão para a segurança na Etiópia e, posteriormente, para o Quênia. “Eu nasci em Addis Ababa e há histórias de nós andando para o Quênia quando eu era apenas uma menina”, diz a jovem de 28 anos. “Eu estava com tias, tios e primos e estava sendo carregada nos ombros das pessoas, em suas costas ou em um balde.” A família de Bigoa acabou sendo reassentada na Austrália quando ela tinha 11 anos. Sua infância no Quênia são agora memórias distantes, das quais se lembra mais de não poder ir à escola e ter que se mudar constantemente. “Eu me lembro de ser um desafio e, naqueles tempos, não podíamos ir à escola porque não havia dinheiro para as taxas e coisas assim. Então, pareceu que um dia estávamos nos preparando para sair”, explica ela. Essa é uma realidade que assombrou muitas outras crianças do Sudão do Sul por gerações. O Sudão do Sul conquistou a independência do Sudão em 9 de julho de 2011, despertando a esperança de que a paz finalmente chegasse. Mas, em vez disso, o país mergulhou novamente em guerra dois anos depois. Com mais de 4 milhões de pessoas forçadas a fugir de suas casas, o Sudão do Sul se tornou a maior crise de deslocamento forçado da África. Mais de 2,3 milhões de pessoas atravessaram seis países diferentes, desesperadas por segurança, e outras 1,8 milhão estão deslocadas internamente. Cerca de 63% dos refugiados do Sudão do Sul têm menos de 18 anos, o que significa que mais de 1,4 milhão de crianças estão lutando contra os impactos de serem expulsos de casa. Bigoa teve sorte. Reassentada na Austrália, ela foi para a escola, fez amigos e viveu uma vida aparentemente normal. Mas algo estava faltando – a sensação de estar realmente “em casa”. “Eu não conseguia entender”, diz ela. “Quando você teve a experiência de ser arrancado de algum lugar e não tem a sensação de estar seguro e estabelecido, não é um processo rápido para se acomodar. Eu não acho que eu realmente senti que estava em casa.” Um dia, ela participou de um evento de poesia para escritores afro-australianos e algo aconteceu – um sentimento distante de pertencimento começou a se instalar. “Eu me vi – complicada, criativa e expressiva – e eu tive essa vontade irresistível de compartilhar algo. Eu acredito que sempre tive esse desejo de escrever”, explica. Bigoa acrescenta que, através da poesia, está se investigando e questionando o conflito entre raíz e pertencimento. “Há muito silêncio em torno da guerra e como isso afetou minha família, e estou começando a pesquisar sobre isso”, diz ela. Ela escreveu o poema “Birth Water” enquanto estava em um retiro para escritores sul-sudaneses organizado pela OXFAM em Uganda. A união de diferentes experiências em torno da guerra no país que é considerado seu lar inspirou-a a questionar e produzir uma peça que poderia levar os outros a fazer o mesmo. “O poema explora a experiência de ser sul-sudanês. Tendo nascido como refugiada e sendo bastante jovem, quando penso nisso, é quase como se você entrasse em um novo caos”, explica ela. “Você entra em uma nova guerra que é bastante sutil e você não tem tempo e espaço para perguntar de onde você veio ou por que você está onde está”. |
Posted: 09 Jul 2019 09:25 AM PDT
Lançado no dia de abertura do Fórum Político de Alto Nível da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável — um evento anual crítico de revisão das metas —, o relatório é baseado nos dados mais recentes disponíveis e permanece um marco para mensurar o progresso e identificar lacunas na implementação de todos os 17 ODS. Quatro anos após a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — a estratégia do mundo para um planeta mais justo e saudável —, o relatório observa progresso em algumas áreas, como redução da extrema pobreza, imunização generalizada, queda nas taxas de mortalidade infantil e aumento no acesso das pessoas à eletricidade. Mas a publicação alerta que a resposta global não foi ambiciosa o suficiente, o que deixou as pessoas e países mais vulneráveis sofrendo mais. Confira as principais descobertas do relatório:
Mudanças climáticas e meio ambiente A falta de progresso é particularmente evidente nos objetivos relacionados ao meio ambiente, como as metas sobre ação climática e biodiversidade. Outros importantes relatórios lançados recentemente pela ONU também alertaram sobre uma ameaça sem precedentes à biodiversidade e sobre a necessidade urgente de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. “O ambiente natural está se deteriorando a uma taxa alarmante: os níveis do mar estão subindo; a acidificação dos oceanos está acelerando; os últimos quatro anos foram os mais quentes já registrados; 1 milhão de espécies de plantas e animais estão em risco de extinção; e a degradação do solo continua sem controle”, acrescentou o secretário-geral. Os impactos da degradação ambiental estão prejudicando as vidas das pessoas. Condições climáticas extremas, desastres naturais mais frequentes e severos e o colapso dos ecossistemas estão causando uma maior insegurança alimentar e estão agravando seriamente a segurança e a saúde das pessoas, forçando muitas comunidades a sofrer com pobreza, deslocamento e desigualdades crescentes. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin, alerta que o tempo está passando para tomar ações decisivas sobre mudanças climáticas. O dirigente ressalta a importância de fortalecer a cooperação internacional e a ação multilateral para enfrentar os desafios globais monumentais. “Os desafios assinalados nesse relatório são problemas globais que exigem soluções globais”, disse Liu. “Assim como os problemas estão inter-relacionados, as soluções para a pobreza, a desigualdade, as mudanças climáticas e outros desafios globais também estão interligadas.” Pobreza A extrema pobreza — que a ONU define como uma privação severa de necessidades humanas básicas — continua a cair, mas a queda desacelerou de tal modo que o mundo, caso mantenha-se no atual ritmo, não vai alcançar a meta de ter menos de 3% da população vivendo nessa condição até 2030. De acordo com as estimativas atuais, é mais provável que essa taxa fique em torno de 6%. Isso representa 420 milhões de pessoas. Conflitos violentos e desastres naturais têm influência sobre esse número. Na região árabe, a extrema pobreza era calculada em menos de 3%. Contudo, os confrontos na Síria e no Iêmen levaram a um aumento da taxa de pobreza na região, deixando mais pessoas sem ter o que comer e sem ter onde morar. Fome A fome voltou a crescer no mundo, com 821 milhões de pessoas subnutridas em 2017, segundo dados compilados pelo relatório. Em 2015, o contingente de indivíduos passando fome era estimado em 784 milhões de pessoas. Atualmente, uma em cada nove pessoas no mundo não têm comida suficiente. A África continua sendo o continente com a mais alta prevalência de subnutrição — o problema que afeta um quinto da população africana, o equivalente a mais de 256 milhões de pessoas. Em nível global, o investimento público na agricultura está caindo — tendência que precisa ser revertida de acordo com o secretário-geral. “Produtores de alimentos de pequena escala e agricultores familiares precisam de um apoio muito maior, e um maior investimento em infraestrutura e tecnologia para a agricultura sustentável é urgentemente necessário”, defendeu Guterres. Os países em desenvolvimento são os mais afetados pela falta de investimento no setor. A proporção de pequenos produtores em países da África, Ásia e América Latina varia de 40% a 85%, bem acima do índice europeu, por exemplo, que fica abaixo dos 10%. Saúde O relatório ressalta que pelo menos metade da população mundial — o equivalente a 3,5 bilhões de pessoas — não tem acesso a serviços essenciais de saúde. Em 2015, segundo a pesquisa, estima-se que 303 mil mulheres em todo o mundo morreram devido a complicações na gravidez e no parto. A maioria dessas gestantes vivia na África Subsaariana. “Esforços coordenados são necessários para alcançar a cobertura universal de saúde, o financiamento sustentável da saúde e para enfrentar o impacto crescente das doenças não transmissíveis, inclusive (as associadas a) saúde mental”, afirmou Guterres. A pesquisa da ONU aponta ainda que o progresso estagnou-se ou não está acontecendo rápido o suficiente para combater doenças como malária e tuberculose. Eliminar essas infecções — como ameaças de saúde pública — é uma das metas do ODS nº 3, sobre saúde e bem-estar. Igualdade de gênero Globalmente, nos últimos 12 meses, em torno de 20% de todas as mulheres com idade de 15 a 49 anos sofreram violência física ou sexual cometida pelo próprio parceiro. O índice de agressões é mais alto nos 47 países mais pobres do mundo — um grupo de nações que a ONU chama de países menos desenvolvidos. O relatório aponta que alguns indicadores sobre igualdade de gênero estão melhorando. O levantamento lembra a queda significativa na ocorrência da mutilação genital feminina e no casamento infantil, mas ressalta que os números para essas violações de direitos continuam altos. A pesquisa vê progresso insuficiente em questões estruturais que estão na raiz da desigualdade de gênero. Entre os problemas elencados pelo documento, estão a discriminação legal, normas e atitudes sociais injustas, o processo de tomada de decisões sobre questões sexuais e reprodutivas e os níveis baixos de participação política. Esses desafios estão minando os esforços para cumprir os objetivos da ONU. “Simplesmente não tem nenhum jeito de alcançar os 17 ODS sem alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas”, enfatizou Guterres. Soluções interconectadas Apesar dos desafios, o relatório mostra que existem oportunidades valiosas para acelerar o progresso, alavancando as interligações entre os objetivos. Reduzir as emissões de gases do efeito estufa, por exemplo, contribui com a criação de empregos, a construção de cidades mais habitáveis e melhorias na saúde e na prosperidade para todos. As Nações Unidas vão sediar as Cúpulas sobre o Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e sobre Ação Climática, bem como outras reuniões cruciais durante a semana de alto nível da 74ª sessão da Assembleia Geral, em setembro, para reenergizar os líderes mundiais e a comunidade global, colocar o mundo de volta nos trilhos e dar o pontapé inicial numa década de avanços para as pessoas e o planeta. Para fazer o download do relatório completo, acesse: https://unstats.un.org/sdgs Sobre os relatórios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Os relatórios anuais oferecem um panorama dos esforços mundiais de implementação dos ODS até o momento, com destaque para áreas de progresso e para questões em que mais ações precisam ser realizadas. As publicações são preparadas pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais, com contribuições de organizações internacionais e regionais e do sistema de agências, fundos e programas das Nações Unidas. Vários estatísticos nacionais, especialistas da sociedade civil e da academia também contribuem com os relatórios. Para mais informações, visite: https://unstats.un.org/sdgs/ Sobre o Fórum Político de Alto Nível Conhecida como a maior reunião anual sobre a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Fórum Político de Alto Nível reúne lideranças de diferentes setores da sociedade. Neste ano, o Fórum — que é convocado pelo Conselho Econômico e Social da ONU — acontece de 9 a 18 de julho. O segmento ministerial acontece de 16 a 18 de julho, e o Fórum receberá mais de 80 ministros, bem como quase 160 eventos paralelos durante mais de dez dias. Para mais informações, visite: https:// Contatos de imprensa: Departamento de Comunicação Global da ONU Devi Palanivelu |+1 917 495 5424 | palanivelu@un.org Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU Yongyi Min | +1 212 963 9293 | min3@un.org |
Posted: 09 Jul 2019 09:24 AM PDT
PNUD). Encontro discutiu como é possível alinhar o plano plurianual do estado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) — a agenda da ONU para reduzir desigualdades, preservar o meio ambiente e promover saúde e educação de qualidade.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, reuniu-se na segunda-feira (8), em Manaus, com uma equipe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Na pauta da reunião, estavam o mapeamento de aceleradores do desenvolvimento e a criação de uma rede de facilitadores. Wilson Lima ressaltou que a inclusão das metas da ONU na estratégia do governo vai ter impactos para além da vigência do novo plano plurianual — que contempla o quadriênio 2020-2023. “Estamos abertos a construir essa parceria com o PNUD, que chega em um momento muito favorável, quando estamos construindo nosso planejamento estratégico para os próximos quatro anos. É também uma oportunidade de avançar nesse planejamento já pensando em um cenário para os próximos dez anos”, disse o governador. Na quarta-feira (10), o Executivo estadual promove uma oficina com a participação do Movimento Brasil Competitivo e do PNUD. Durante o evento, as instituições vão apresentar um panorama dos ODS, os programas do governo e a metodologia utilizada para a elaboração do plano. “Ao fazer esse diálogo, permitimos que o estado do Amazonas se alinhe à Agenda 2030 de uma maneira direta. Ao mesmo tempo, permitimos que, num futuro muito próximo, haja acesso a outras agendas internacionais, outros parceiros que podem financiar nosso desenvolvimento, já que vão confiar no trabalho que está sendo feito aqui”, afirmou o secretário de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jório de Albuquerque. Um novo encontro sobre o cumprimento dos ODS no Amazonas está previsto para agosto, com a presença do governo, representantes do setor privado e sociedade civil organizada. O coordenador da área de Pessoas e Prosperidade do PNUD, Cristiano Prado, enfatizou a importância da articulação entre diferentes setores para alavancar os objetivos da ONU. “O resultado vai ser uma mudança na realidade do estado do Amazonas, gerando uma transformação efetiva na vida das pessoas”, afirmou o especialista. |
Posted: 09 Jul 2019 09:24 AM PDT
priorização inteligente e acesso ideal aos pacientes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou nesta terça-feira (9) suas listas de medicamentos e diagnósticos essenciais, que são documentos de orientação aos países para que priorizem produtos de saúde que devem estar amplamente disponíveis e ser acessíveis em todos os sistemas de saúde. As duas listas têm foco em câncer e outros desafios globais de saúde, com ênfase em soluções eficazes, “Em todo o mundo, mais de 150 países usam a Lista de Medicamentos Essenciais da OMS para orientar decisões sobre quais medicamentos representam a melhor relação custo-benefício, com base em evidências e impacto na saúde”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A inclusão de alguns dos mais recentes e mais avançados medicamentos contra o câncer, que salvam vidas, é uma forte declaração de que todos merecem acesso a eles, não apenas aqueles que podem pagar.” Lista de Medicamentos Essenciais 2019Tratamentos para câncer: Embora vários novos tratamentos contra a doença tenham sido comercializados nos últimos anos, apenas alguns deles fornecem benefícios terapêuticos suficientes para serem considerados essenciais. As cinco terapias contra o câncer adicionadas pela OMS na nova Lista de Medicamentos são consideradas as melhores em termos de taxas de sobrevivência para tratar câncer de pele melanoma, pulmão, sangue e próstata. Duas imunoterapias recentemente desenvolvidas (Nivolumab e Pembrolizumab), por exemplo, forneceram até 50% de sobrevida para o melanoma avançado, um câncer que até recentemente era incurável.Antibióticos O Comitê de Medicamentos Essenciais reforçou o aconselhamento sobre o uso de antibióticos, atualizando as categorias do AWARE, que indicam quais desses medicamentos usar para infecções comuns e graves com vistas a alcançar melhores resultados de tratamento e reduzir o risco de resistência antimicrobiana. O Comitê recomendou que três novos antibióticos para o tratamento de infecções resistentes a múltiplas drogas sejam adicionados como essenciais. Outras atualizações na lista de medicamentos: novos anticoagulantes orais para prevenir AVC como uma alternativa à varfarina para fibrilação atrial e tratamento de trombose venosa profunda. Estas são particularmente vantajosas para os países de baixa renda, pois, ao contrário da varfarina, não requerem monitoramento regular; biológicos e seus respectivos biossimilares para condições inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide e doenças inflamatórias intestinais. A lista de medicamentos também passou a incluir carbetocina termoestável para a prevenção da hemorragia pós-parto. A nova formulação tem efeitos semelhantes aos da ocitocina, terapia padrão atual, mas oferece vantagens para os países tropicais, já que não requer refrigeração. A OMS explica que nem todas as submissões ao Comitê estão incluídas na lista. Medicamentos para esclerose múltipla submetidos para inclusão, por exemplo, não foram listados. O Comitê pontuou que algumas opções terapêuticas relevantes atualmente comercializadas em muitos países não foram incluídas nas submissões; será lançado um aplicativo revisado com todas as opções relevantes disponíveis. Além disso, não recomendou a inclusão do metilfenidato, um remédio para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), já que há incertezas nas estimativas de seus benefícios. Lista de Diagnósticos EssenciaisA primeira lista de diagnósticos essenciais foi publicada em 2018, concentrando-se em um número limitado de doenças prioritárias, como HIV, malária, tuberculose e hepatites. A lista deste ano foi expandida para abranger mais doenças não transmissíveis e transmissíveis.Câncer Dado o quão crítico é garantir um diagnóstico precoce do câncer (70% das mortes por pela doença ocorrem em países de baixa e média renda, principalmente porque a maioria dos pacientes é diagnosticada de forma tardia), a OMS adicionou 12 testes à Lista de Diagnósticos para detectar uma ampla gama de tumores sólidos. Para apoiar o diagnóstico adequado, uma nova seção cobrindo testes anatomopatológicos foi adicionada; este serviço deve ser disponibilizado em laboratórios especializados. Doenças infecciosas A lista tem foco em doenças infecciosas predominantes em países de baixa e média renda, como a cólera, e em doenças negligenciadas como leishmaniose, esquistossomose, dengue e zika. Além disso, uma nova seção para testes de influenza foi adicionada para ambientes de saúde da comunidade onde não há laboratórios disponíveis. Testes gerais A lista também foi expandida para incluir testes gerais que abordam uma série de doenças e condições, como testes de ferro (para anemia) e testes para diagnosticar o mau funcionamento da tireoide e a anemia falciforme (uma forma hereditária de anemia muito presente na África Subsaariana). Há também uma nova seção específica para testes destinados à triagem de doações de sangue. Isso faz parte de uma estratégia da OMS para tornar as transfusões mais seguras. “A Lista de Diagnósticos Essenciais foi introduzida em 2018 para orientar o fornecimento de testes e melhorar os resultados de tratamento”, disse Mariângela Simão, diretora-geral assistente para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos da OMS. “À medida que os países avançam em direção à cobertura universal de saúde e os medicamentos se tornam cada vez mais disponíveis, será crucial ter as ferramentas de diagnóstico corretas para garantir o tratamento adequado”. Nota aos editoresA Lista de Medicamentos Essenciais atualizada acrescenta 28 medicamentos para adultos e 23 para crianças, além de especificar novos usos para 26 produtos já listados. Isso eleva o total para 460 produtos considerados essenciais no atendimento às principais necessidades de saúde pública. Embora esse número possa parecer alto, corresponde a uma fração do número de medicamentos disponíveis no mercado. Ao focar nas escolhas, a OMS está enfatizando os benefícios para os pacientes e os gastos responsáveis com vistas a ajudar os países a priorizar e alcançar a cobertura universal de saúde.A lista atualizada de diagnósticos essenciais contém 46 testes gerais que podem ser usados para atendimentos de rotina ao paciente, bem como para a detecção e diagnóstico de uma ampla gama de condições de doença; 69 testes são destinados à detecção, diagnóstico e monitoramento de doenças específicas. Essa lista é dividida em duas seções, dependendo do usuário e da configuração: uma para configurações da comunidade, que incluem autotestes; e outra para laboratórios clínicos, que podem ser instalações gerais e especializadas. Ambas as listas da OMS são modelos para os países desenvolverem suas próprias listas nacionais, baseadas na carga local de doenças e na infraestrutura de prestação de cuidados de saúde existentes. O acesso a esses produtos de saúde requer boas práticas de compras, cadeias de suprimentos efetivas, protocolos de gerenciamento de qualidade e forças de trabalho de saúde qualificadas. A prestação de serviços diagnósticos efetivos, por se basearem em tecnologias, depende também de especificações técnicas robustas, disponibilidade de redes laboratoriais cuidadosamente projetadas, infraestrutura de suporte adequada e educação adequada dos usuários (paciente ou agente de saúde) para garantir a segurança. |
Posted: 09 Jul 2019 08:51 AM PDT
Os números foram compilados pela OCDE e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em relatório que aponta que as taxas latino-americanas e caribenhas de obesidade estão bem acima da média global. O sobrepeso é identificado em 38,9% da população mundial e a obesidade, em 13,1%, de acordo com dados disponibilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na América da Norte, a região com os maiores índices, o sobrepeso entre os adultos fica em torno de 64% no México e Canadá e sobe para 67,9% nos Estados Unidos. Já a obesidade atinge os 29,4% no Canadá, 28,9% no México e 36,2% nos Estados Unidos. De 1975 a 2016, a América Latina e o Caribe viram o sobrepeso saltar de 33,4% para quase 60%. Há cerca de quatro décadas, a obesidade afetava 8,6% dos cidadãos da região — agora, estima-se que um em cada quatro latino-americanos e caribenhos sofra do problema. No Brasil, a obesidade é estimada em 22,1% pela OMS. Já o sobrepeso, em 56,5%. A publicação lembra ainda que, acompanhando o avanço do sobrepeso e da obesidade, houve um aumento regional da disponibilidade de calorias per capita, estimada em torno de 3 mil calorias por dia em 2018. O valor representa um aumento de 11% na comparação com 1998. No Brasil, o volume calórico passou de pouco menos de 2,9 mil calorias per capita por dia para quase 3,3 mil calorias nesse mesmo período. O valor de referência da OMS para a dieta do indivíduo médio é de 2 mil calorias. A OMS também recomenda que a proporção de açúcares livres e de gordura ingeridos não exceda, respectivamente, 10% e 30% do total de calorias consumidos. Na América Latina e Caribe, houve queda na proporção de açúcares livres consumidos — de 16% do total de calorias disponíveis em 1998 para 13% em 2018. O Brasil teve a maior redução da região — de 17% para em torno de 12%. Mas a diminuição não foi verificada em todos os países — na Argentina, por exemplo, o índice subiu de 13,5% para 14% e, no México, a taxa manteve-se estável. No caso das gorduras, a disponibilidade desses macronutrientes cresceu, e a sua proporção em relação ao total de calorias consumidas subiu de 26% para 29,5% na América Latina e Caribe. Alguns países, como Argentina, Brasil e Chile, já superaram o limite da OMS — no caso brasileiro, o índice chega perto dos 35%. O relatório da FAO e OCDE aponta ainda para uma mudança no consumo de proteína da população latino-americana, que passou a comer mais carne. Em 1998, as proteínas — de todos os tipos — respondiam por 11% das calorias ingeridas na América Latina, índice então próximo da média global. Mas do total de proteínas consumidas na região, quase metade (45%) era de origem animal, ao passo que, no mundo, essa proporção era estimada em um terço. Segundo a publicação, houve uma transição na América Latina, de dietas ricas em cereais, raízes, tubérculos e leguminosas para regimes com um maior consumo de proteína animal. |
Posted: 09 Jul 2019 07:43 AM PDT
Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) concederam a três experiências exitosas realizadas em municípios brasileiros o prêmio “Atenção Primária Forte: Caminho para a Saúde Universal”. A premiação foi realizada nesta quinta-feira (4) como parte da 16ª Mostra “Brasil, aqui tem SUS”, promovida no âmbito do 35º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Brasília (DF).
A O trabalho “Desbravadores do SUS: redescobrindo cidadãos, promovendo o direito à saúde”, que apresenta a experiência do município de Rurópolis, no Pará, levou o primeiro lugar. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, estão os trabalhos “Atendimento médico domiciliar reduzem leitos de internações em hospitais”, em Porto Firme (MG), e “Reorganização da atenção primária do município de Canaã dos Carajás (PA), através da implantação do acolhimento à demanda espontânea e prontuário eletrônico do cidadão integrado”. Dois autores do trabalho com maior pontuação ganharão uma viagem de estudos para conhecer uma experiência internacional de organização de rede de atenção à saúde, centrada na atenção primária à saúde, ou uma viagem para participar de evento de âmbito internacional, a ser indicada pela OPAS/OMS. As duas experiências na sequência da maior pontuação receberam certificados. A 16ª edição da Mostra “Brasil, aqui tem SUS” recebeu 500 experiências exitosas de todos os estados do país. Ao todo, 88 delas foram premiadas em diferentes temáticas. As iniciativas que mais se destacaram em cada uma das cinco regiões brasileiras receberam prêmio de 10 mil reais e os 26 trabalhos mais bem avaliados por estado serão apresentados em documentários na Internet. Experiências inovadoras, reconhecidas pela atuação em áreas temáticas estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS), também receberam medalha e certificado de premiação. Confira aqui a lista das experiências selecionadas. |
Posted: 09 Jul 2019 07:30 AM PDT
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), assinou na sexta-feira (5), em Recife (PE), um termo de cooperação com o governo de Pernambuco para apoiar a qualificação do modelo de atenção à saúde do estado.
A O trabalho conjunto terá como foco o controle do câncer de colo do útero e a melhoria da rede de atenção obstétrica e neonatal. O termo de cooperação prevê ainda a qualificação de recursos humanos para aprimoramento dessas redes e a implantação de uma Sala de Situação em Saúde – ferramenta desenvolvida pela OPAS para ajudar gestoras(es) e suas equipes a monitorar, avaliar e analisar a situação de saúde de um determinado território, permitindo uma tomada de decisões qualificada e com base em evidências. “A OPAS vai mobilizar toda sua capacidade técnica para aumentar a cobertura de vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), além de usar novas tecnologias para facilitar o acesso das mulheres à detecção precoce do câncer de colo do útero e, consequentemente, poder fazer o tratamento adequado. Vamos trabalhar também na redução da mortalidade materna por hemorragia, que é uma das principais causas de morte de mulheres na gravidez, parto e pós-parto”, afirmou o subdiretor da OPAS/OMS, Jarbas Barbosa. Além disso, será realizado um estudo sobre a prevalência e rede de atenção ao câncer de colo do útero – desagregado por demografia, condições sociais e raça/cor –, de modo a perceber e identificar possíveis barreiras de acesso aos serviços de saúde. Entre as ações para fortalecimento da linha de cuidado à saúde da mulher, está a implementação do exitoso projeto Zero Morte Materna por Hemorragia em maternidades de referência estadual. Essa inici |
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