Boletim diário da ONU Brasil: “ONU: mulheres vivendo com HIV têm até 5 vezes mais chances de desenvolver câncer de colo do útero” e 9 outros.
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Posted: 04 Feb 2019 11:23 AM PST
Vacinação contra o HPV em escola pública de São Paulo. Foto: OPAS
Em 2018, estima-se que 570 mil novos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo e 311 mil mortes decorrentes da enfermidade tenham sido registrados. Nesta segunda-feira (4), Dia Mundial contra o Câncer, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS ( UNAIDS) lembra que as mulheres que vivem com HIV são até cinco vezes mais propensas a desenvolver esse tipo de tumor. Agência pede articulação de serviços de HIV com os de prevenção da doença.
Em publicação para marcar a data, a agência da ONU ressalta que, assim como o HIV, o câncer de colo do útero é um problema de saúde alimentado por desigualdades sociais, econômicas e políticas. Os países de baixa renda são os que mais sofrem, com quase 80% de todos os casos e 90% das mortes por esse tipo de tumor.
A enfermidade pode ser evitada com a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) e, caso seja detectada e tratada precocemente, pode ser curada. Se a prevenção, triagem e tratamento do câncer de colo do útero não forem urgentemente ampliados, especialistas estimam que, até 2040, pode haver um aumento de 50% nos óbitos pela patologia em relação aos níveis de 2018.
De acordo com o UNAIDS, o HIV e o câncer de colo do útero estão fortemente entrelaçados. O câncer cervical é o mais comum entre as mulheres que vivem com HIV, que são até cinco vezes mais propensas a desenvolver esse tipo de tumor do que outras mulheres. Na África Subsaariana, o câncer de colo do útero é o câncer mais fatal entre as mulheres.
Apesar dos riscos maiores entre esse segmento populacional, muitas mulheres vivendo com HIV não têm acesso a exames regulares ou tratamento para o câncer de colo do útero. Um estudo de 2016 no Malauí mostrou que apenas 19% das mulheres entre 30 e 49 anos e que viviam com HIV já haviam sido examinadas para esse tipo de câncer. Entre as mulheres mais pobres, o índice caía para 2%.
“É inaceitável que mulheres em todo o mundo estejam morrendo por conta do câncer de colo do útero porque não têm acesso a vacinas capazes de salvar vidas, exames e tratamento”, ressalta a consultora especial do UNAIDS, Ani Shakarishvili.
“Salvamos a vida de uma mulher garantindo que ela tenha acesso à terapia antirretroviral para o HIV, mas ela morre devido ao câncer de colo do útero. Os serviços devem estar integrados e disponíveis a todos, sem exceção.”
A vinculação entre o exame do câncer de colo do útero e os serviços de HIV é rentável e salva vidas, aponta o UNAIDS. Em oito países da África Subsaariana, o programa está trabalhando com o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS (PEPFAR) e com o Instituto George W. Bush para integrar os exames e cuidados do câncer de colo do útero às clínicas onde as mulheres têm acesso aos serviços de HIV. A parceria visa reduzir em 95% o aparecimento do câncer de colo do útero.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou recentemente que vai elaborar uma estratégia para eliminar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública global, uma medida bem recebida pelo UNAIDS.
“Como na resposta global à AIDS, devemos abordar a prevenção e o tratamento do câncer como uma oportunidade para liderar uma ampla coalizão, exigindo a saúde como um direito humano fundamental e universal”, acrescentou Ani.
Em 4 de fevereiro, Dia Mundial contra o Câncer, o UNAIDS reafirma o seu apoio ao chamado global para eliminar o câncer de colo do útero e abordar as desigualdades. O programa pede uma maior conscientização e acesso a prevenção, exames e tratamento de meninas e mulheres em risco, incluindo meninas e mulheres vivendo com HIV.
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Posted: 04 Feb 2019 10:38 AM PST
À direita, o Vórtice Polar fotografado pelo astronauta Scott Kelly, da Estação Espacial Internacional. Foto: Flickr (CC)/NASA
Janeiro foi “um mês de extremos” climáticos, afirmou na sexta-feira (1º) a Organização Meteorológica Mundial ( OMM), com recordes de frio e calor em diferentes partes do mundo. Na América do Norte, Europa e Oriente Médio, um inverno rigoroso levou a picos de precipitação de neve, ao passo que, na América do Sul e na Austrália, os termômetros ultrapassaram os 40 °C em regiões pouco habituadas a temperaturas tão altas.
No sul do Minnesota, nos Estados Unidos, como consequência dos ventos que agravam a sensação de frio, termômetros chegaram a marcar quase 54 °C negativos. O recorde nacional de frio foi estimado em -48,9 °C. A América do Norte testemunhou quedas incomuns de temperatura devido ao chamado vórtice polar — uma faixa de ar do Ártico que se deslocou para o sul e atingiu o continente norte-americano.
“Perturbações nas correntes atmosféricas e a intrusão de massas de ar mais quentes, de latitudes médias, podem alterar a estrutura e a dinâmica do Vórtice Polar, mandando o ar do Ártico para as latitudes médias e trazendo ar mais quente para o Ártico. Esse não é um fenômeno novo, embora haja pesquisas crescentes sobre como ele está sendo impactado pelas mudanças climáticas”, disse a OMM.
Os céticos em relação às transformações do clima devem tomar cuidado antes de usar o frio extremo como justificativa para rejeitar o aumento das temperaturas devido ao aquecimento global ou devido às emissões crescentes de gás carbônico. “O clima frio no leste dos Estados Unidos certamente não refuta as mudanças climáticas”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
“No geral, e em nível global, houve um declínio em novos recordes de temperaturas frias como resultado do aquecimento global. Mas temperaturas gélidas e a neve continuam a fazer parte dos nossos padrões climáticos típicos no inverno do hemisfério norte. Precisamos distinguir entre o clima diário no curto prazo e o clima no longo prazo”, acrescentou o dirigente.
Enquanto a porção oriental do território estadunidense e partes do Canadá registram temperaturas abaixo de zero inéditas, o Alasca e outras grandes partes do Ártico estão mais quentes do que as médias para essa época do ano.
Em janeiro, tempestades de inverno severas também atingiram o leste do Mediterrâneo e partes do Oriente Médio, o que afetou severamente populações que não têm moradia adequada, como os refugiados.
Uma frente fria na terceira semana de janeiro varreu o sul da Península Arábica, trazendo uma tempestade de poeira do Egito para a Arábia Saudita, Barein, Qatar, Irã e os Emirados Árabes Unidos. O fenômeno também levou chuvas densas para o Paquistão e o noroeste da Índia.
Recordes de calor
Já na Austrália, o pico foi de calor, com o janeiro mais quente em toda a história de registros. No país, ondas de calor tiveram duração e intensidade inéditos, começando em princípios de dezembro e se estendendo pelo mês passado, segundo autoridades meteorológicas locais. A cidade de Adelaide bateu um novo recorde de temperatura máxima, alcançando os 46,6 °C em 24 de janeiro. O volume nacional de chuvas diminuiu 38% em janeiro.
De acordo com o Escritório de Meteorologia da Austrália, o país tem visto aumentos anuais da temperatura média, que são consistentes com as tendências globais. As ondas de calor durante o verão estão se tornando mais intensas, prolongadas e frequentes como resultado das mudanças climáticas.
Na América do Sul, o Chile também teve recordes de calor derrubados pela alta das temperaturas — a capital Santiago registrou um pico sem precedentes de 38,3 °C em 26 de janeiro. Em outras partes da região central do território chileno, os índices ultrapassaram os 40 °C.
A Argentina também foi atingida por uma onda de calor, que gerou alertas em diferentes localidades. No norte do país e em regiões vizinhas no Paraguai, Uruguai e Brasil, ocorreram enchentes extensas, com precipitações bem acima dos volumes previstos. Em 8 de janeiro, a cidade argentina de Resistência registrou 224 mm de chuva, estabelecendo um novo recorde pluviométrico para um único dia — o valor é bem acima do último recorde, os 206 mm documentados em janeiro de 1994.
Neve
Partes dos Alpes Europeus foram palco de quedas recordes de neve. Em Hochfilzen, na região de Tirol, na Áustria, mais de 451 cm de neve se precipitaram sobre a cidade nos primeiros 15 dias de janeiro — esse volume só é esperado, estatisticamente, uma vez a cada século.
Na sexta-feira passada, na Suíça, funcionários do Escritório da ONU em Genebra foram aconselhados a deixar o trabalho mais cedo devido à falta de visibilidade provocada pela queda de neve.
O Serviço Climático Alemão já emitiu os mais elevados alarmes sobre a neve e condições meteorológicas associadas ao inverno. Projeções mostram que a precipitação de inverno na Alemanha deve ser mais intensa em 2019.
O Departamento Meteorológico Indiano alertou em 21 de janeiro para quedas de chuva e neve pesadas ou muito pesadas em Jammu, Caxemira e Himachal Pradesh, com avisos de avalanches em meio a uma frente fria intensa.
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Posted: 04 Feb 2019 09:03 AM PST
Apresentação cultural de Kwakwaka (povos indígenas da costa noroeste do Pacífico) durante evento de alto nível para lançar Ano Internacional das Línguas Indígenas. Foto: ONU/Manuel Elias
Centenas de línguas ancestrais ficaram em silêncio nas gerações recentes, levando com elas a cultura, o conhecimento e as tradições das pessoas que as falavam. Para preservar e revitalizar aquelas que continuam existindo, as Nações Unidas deram início oficialmente na sexta-feira (1) ao Ano Internacional das Línguas Indígenas, na sede da ONU, em Nova Iorque.
Durante discurso de abertura do evento, um líder de uma comunidade Kahnawà:ke do Canadá prestou homenagem à Mãe Terra.
“Como indígenas, nossas línguas são as línguas da Terra. São essas línguas que usamos para falar com nossa Mãe”, disse Kanen’tó:kon Hemlock. “A saúde de nossas línguas está ligada à saúde da Terra”.
“Quando nossas línguas ficam em silêncio, perdemos nossa conexão e nossos meios antigos de conhecer a Terra”, afirmou, destacando que “pelo bem das gerações futuras, precisamos garantir que elas também possam falar a língua de nossos ancestrais”.
A presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, destacou a conexão íntima entre línguas indígenas e cultura e conhecimentos ancestrais, dizendo que estas “são muito mais do que ferramentas para comunicação, são canais para que legados humanos sejam transmitidos”.
“Cada língua indígena tem um valor incalculável para a humanidade”, disse, chamando cada uma de “um tesouro repleto de história, valores, literatura, espiritualidade, perspectivas e conhecimento, desenvolvido e colhido ao longo de milênios”.
“Quando uma língua morre, ela leva consigo toda a memória que está dentro dela.”
Línguas indígenas são símbolos da identidade de um povo, “vetores para valores, estilos de vida e expressões de suas ligações com a Terra”, afirmou a presidente da Assembleia Geral.
Línguas indígenas também abrem as portas para práticas e conhecimentos ancestrais, como em agricultura, biologia, astronomia, medicina e meteorologia. Embora ainda haja 4.000 línguas indígenas no mundo, muitas estão à beira da extinção.
“Este ano internacional tem o objetivo de servir como uma plataforma na qual possamos reverter a tendência alarmante de extinção de línguas indígenas”, para recuperá-las e preservá-las, incluindo por meio da implementação de sistemas de educação que favoreçam o uso de uma língua nativa, afirmou.
Por sua vez, o presidente da Bolívia, Evo Morales, falou sobre a sobrevivência de povos e línguas indígenas sob o jugo da colonização.
“Hoje viemos aqui tendo sobrevivido à era colonial que tentou colocar nossos anciãos de joelhos e esmagá-los com o peso da injustiça”, afirmou.
Morales pediu aos presentes para trabalharem juntos através de diálogo para promover políticas que possam ajudar a preservar vidas, identidades, valores e culturas indígenas.
Há 770 milhões de indígenas espalhados por 90 países, representando 6% da população global, vivendo em regiões ricas em biodiversidade, destacou o presidente boliviano. Ele lembrou que, ainda assim, a “ganância capitalista” deixou os indígenas entre os 15% mais pobres da população, afirmou.
Alertando que ganância está anexando ainda mais recursos indígenas, ele afirmou que há um “silêncio criminoso” por parte de líderes mundiais “no que diz respeito a se manifestar contra este fenômeno”, destacando a hipocrisia de falar aos povos indígenas sobre democracia e direitos humanos enquanto suas identidades e línguas são massacradas e sofrem risco de extinção.
“Língua é cultura, língua é uma expressão de uma cosmovisão e isso é uma maneira de ver o mundo”, disse. “Se línguas desaparecerem (…) as memórias que elas carregam irão desaparecer, assim como o povo”.
Encorajando todos a “preservarem o conhecimento e a sabedoria de nossos ancestrais”, Morales pediu que um novo paradigma seja introduzido — um paradigma que seja fruto de povos indígenas e “campeões da Mãe Terra”.
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Posted: 04 Feb 2019 08:35 AM PST
O palestino Hamid, de oito anos, olha para a cidade de Hebron da cobertura de sua casa. Foto: UNICEF/Ahed Izhiman
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou sua gratidão à missão internacional de observação Presença Internacional Temporária em Hebron (TIPH), na Cisjordânia, após Israel decidir não renovar seu mandato.
Destacando um comunicado conjunto emitido pelos ministros das Relações Exteriores dos países que contribuem à TIPH – Itália, Noruega, Suécia, Suíça e Turquia – o secretário-geral da ONU expressou na sexta-feira (1) esperança de “que um acordo possa ser alcançado pelas partes para preservar a longa e valiosa contribuição da TIPH à prevenção de conflito e à proteção de palestinos em Hebron”.
O chefe da ONU afirmou estar “grato” à TIPH e “ao serviço de seus respectivos observadores ao longo dos últimos 22 anos”.
De acordo com a imprensa internacional, centenas de colonos judeus protegidos por milhares de soldados vivem no centro de Hebron, que tem população de mais de 200 mil palestinos.
A TIPH foi estabelecida em conformidade com as provisões do Acordo Interino de 1995, conhecido como o Acordo de Oslo II, entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina.
Guterres disse ainda estar envolvido com Estados-membros e partes em solo “para garantir a proteção, segurança e bem-estar de civis”.
Ele também reiterou seu “comprometimento com a solução de dois Estados” e com a salvaguarda dos princípios e visões enraizados no acordo de Oslo, em resoluções relevantes da ONU e em outros acordos aplicáveis.
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Posted: 04 Feb 2019 07:50 AM PST
Capacetes-azuis da MINUSCA distribuem brinquedos em escola. Foto: MINUSCA/ Hervé Serefio
Após dez dias de negociações, o governo da República Centro-Africana e 14 grupos armados aprovaram no sábado (2) um acordo de paz para pôr fim às hostilidades dentro do país. Conflitos são uma das principais causas da crise humanitária na nação africana, onde 2,9 milhões de pessoas — mais da metade são crianças — devem precisar de assistência e proteção em 2019, segundo estimativas da ONU. Contingente representa 63% de toda a população.
Em um tweet, o chefe de Operações de Paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, pediu que todos se mobilizem para apoiar a implementação do novo acordo de paz. O pacto foi elaborado por meio da Iniciativa Africana para a Paz e a Reconciliação na República Centro-Africana, liderada pela União Africana, com o auxílio da ONU.
A Missão de Paz das Nações Unidas no país, a MINUSCA, lembrou a cooperação exemplar das partes do conflito durante os diálogos para a elaboração do acordo. As negociações aconteceram em Cartum, capital do Sudão. Na avaliação da missão, o consenso entre autoridades e entidades armadas marcou “um grande dia” para a República Centro-Africana e o seu povo.
O chefe da delegação do governo centro-africano, Firmin Ngrebad, afirmou também no sábado que estava determinado em trabalhar com o chefe de Estado e as autoridades para responder às preocupações “dos irmãos que pegaram em armas”.
O dirigente ressaltou que o apoio dos cidadãos ao acordo permitirá “ao povo da República Centro-Africana embarcar num caminho de reconciliação, harmonia e desenvolvimento”.
A MINUSCA começou a operar em 2014, em resposta à crise humanitária, política, de segurança e de direitos humanos no país. A proteção dos civis é a prioridade da missão. O organismo tem autorização do Conselho de Segurança da ONU para usar a força em casos de agressão.
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Posted: 04 Feb 2019 07:05 AM PST
A evolução da tecnologia tem moldado os resultados econômicos e sociais, determinando como as pessoas se organizam para produzirem bens e serviços. Foto: PEXELS
Por Luis Felipe López-Calva**
A evolução da tecnologia tem moldado os resultados econômicos e sociais, determinando como as pessoas se organizam para produzir bens e serviços. Esse processo é pontuado ocasionalmente por descontinuidades tecnológicas, em que mudanças são abruptas. Esses períodos são chamados de revoluções industriais.
A chamada “Quarta Revolução Industrial” é exatamente esse período — o período de descontinuidades tecnológicas. Mas por que é diferente de períodos anteriores? A tecnologia muda mais rapidamente do que antes. Os ciclos são menores, a obsolescência é alcançada cada vez mais rapidamente. O ritmo e a velocidade estão ultrapassando, até agora, nossa capacidade de adaptação.
Além disso, a tecnologia tem permitido a terceirização de partes de produção do processo e, portanto, transformado as relações de trabalho, transferindo, em muitos casos, os riscos do empregador ao empregado. Finalmente, a onda atual de melhorias tecnológicas é, cada vez mais, capaz de desenvolver máquinas que desempenham tarefas que não pensávamos ser possíveis de automação: enquanto estamos acostumados ao uso de máquinas que substituem a rotina previsível de trabalho, agora enfrentamos a realidade de que tarefas não rotineiras também podem ser realizadas por robôs.
Para entender o problema, é importante considerar que qualquer ocupação é composta por um conjunto de tarefas. Algumas dessas tarefas são rotineiras, algumas não, algumas manuais e algumas cognitivas. Por exemplo, um advogado pode dispender muito tempo com burocracia (tarefas rotineiras), mas a ocupação requer um tempo significativo de raciocínio (tarefas cognitivas). Isso é importante, pois máquinas substituem tarefas, não trabalhos.
A título de referência, empregos da área de limpeza não foram substituídos com o surgimento dos aspiradores de pó. Ao contrário, aqueles que trabalham no setor de limpeza podem gastar menos tempo varrendo e dedicá-lo a outras (talvez mais produtivas) tarefas de limpeza. Isso acontece porque o conjunto de tarefas que compõem esse serviço é diverso e contém um número de tarefas não rotineiras que não são facilmente substituídas.
Agora, consideremos o paradigmático caso da função de “caixa”. Visto que o trabalho é altamente intenso em tarefas rotineiras (de maneira simples, tirar e retirar dinheiro de contas), foram facilmente substituídos por caixas eletrônicos.
Na realidade, foi amplamente documentado que, em países em desenvolvimento, a proporção de trabalhos com tarefas rotineiras intensivas (usualmente associados a trabalhos de “média qualificação”) tem se reduzido enquanto que serviços com tarefas não rotineiras, tanto manuais quanto cognitivas (usualmente associadas com trabalhos de “baixa qualificação” e “alta qualificação”, respectivamente), têm aumentado em um fenômeno conhecido como polarização dos trabalhos. Você pode observar esse fenômeno por meio do gráfico dos países do G20.
Nos países da América Latina e do Caribe, entretanto, não observamos, claramente, esse padrão de polarização do trabalho. Como um todo, a parcela de empregos de alta qualificação tem crescido vagarosamente enquanto a parcela de trabalhos de média qualificação tem diminuído também vagarosamente.
Entretanto, isso tem acontecido em uma taxa menos evidente da que observamos nos países do G20. A parcela de trabalhos de baixa qualificação tem ficado praticamente constante. A média regional, contudo, esconde muita heterogeneidade. Em Belize, por exemplo, trabalhos de média qualificação têm crescido muito à custa de trabalhos de alta qualificação. O Uruguai, por outro lado, parece mostrar um padrão mais alinhado com a teoria de polarização do trabalho.
Algumas palavras de prudência nesse ponto. Primeiramente, a região é conhecida por ter muitos arranjos informais de trabalho, o que pode ser associado a uma lenta adoção de tecnologia e, portanto, a um lento processo de polarização de trabalho (se aplicável) em comparação às economias do G20.
Segundo, não pode ser deduzido desse argumento que a remuneração do trabalho de alta qualificação está subindo na região. De fato, a evidência sugere o contrário. Finalmente, é importante manter em mente a distinção entre viabilidade técnica e econômica. Mesmo quando a tecnologia pode substituir algumas tarefas, empresas devem continuar a escolher não fazer isso pelo alto custo da adoção e baixos ganhos de rentabilidade.
De fato, a adoção de novas tecnologias e o impacto final nos países da América Latina e do Caribe dependerá das estruturas ocupacionais dos países e como os governos e o setor privado reagem a esse novo ambiente.
Desde que a tecnologia substituiu rotinas e tarefas manuais e complementa serviços não rotineiros e cognitivos, o desafio político é garantir que os trabalhadores tenham o tipo certo de habilidades — como pensamento crítico, raciocínio, habilidades interpessoais e analíticas que máquinas não possuem no momento.
Os países podem precisar se adaptar a políticas de educação, desde a educação formal e, também, treinamentos na prática. A política fiscal também é essencial como meio de redistribuir os ganhos de produtividade derivados de melhorias tecnológicas. Entretanto, deve ser levado em consideração que taxar os robôs pode desencorajar a adesão e resultar em perdas de oportunidades para ganhos produtivos.
Há um difícil equilíbrio a ser alcançado no complexo cenário de incertezas e circunstâncias e medos de que um elevado número de empregos está sob ameaça. Contudo, é importante notar que não observamos um persistente aumento no desemprego no mundo.
Esse sinal é de que o trabalho humano está se realocando para novas ocupações e novos setores. Isso requer políticas que preparem os trabalhadores para que eles possam se acomodar ao progresso técnico e se adaptar rapidamente. Caso contrário, enfrentaremos o risco das máquinas nos dizerem “Hasta la vista, baby”.
*Arnold Schwarzenegger, Exterminador do Futuro 2**Secretário-geral Assistente da ONU e diretor para a América Latina e o Caribe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
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Posted: 04 Feb 2019 06:37 AM PST
Crianças e suas famílias levam os poucos pertences que conseguiram trazer consigo enquanto se preparam para deixar a aldeia de Baghoz, no distrito de Hajin, no leste da província de Deir-ez-Zor. O grupo fará uma peregrinação em busca de segurança no campo de Al-Hol, 300 km ao norte de onde estão. Foto: UNICEF/Delil Souleiman
Pelo menos 32 crianças — entre elas 11 bebês — morreram na Síria desde dezembro de 2018 até o final de janeiro, afirmou o Fundo das Nações Unidas para a Infância ( UNICEF). Segundo a agência, ao longo do mês passado, conflitos em torno do distrito de Hajin, no leste do território sírio, provocaram o deslocamento de quase 23 mil pessoas — a maioria mulheres e crianças — para o campo de Al-Hol, a 300 km de distância.
Em pronunciamento na quinta-feira passada (31), a chefe do UNICEF, Henrietta Fore, explicou que essa população chegou ao acampamento “extremamente exaurida, após uma jornada de três dias em condições severas de inverno no deserto, com pouca comida ou abrigo ao longo do caminho”. Nos últimos três dias de janeiro, mais de 5 mil pessoas foram recebidas em Al-Hol.
“A falta de segurança fez com que o acesso humanitário às crianças a caminho da área de triagem do acampamento fosse praticamente impossível. A jornada difícil, o clima frio e os longos períodos de espera nos centros de triagem, onde as famílias esperam algumas vezes por dias, supostamente contribuíram para a morte de pelo menos 29 crianças – incluindo 11 bebês apenas nos últimos dois dias”, explicou Henrietta.
O Fundo das Nações Unidas também recebeu notícias de que confrontos em Ma’arat al-Nu’man, em Idlib, no noroeste da Síria, mataram três crianças. Um professor que trabalhava para uma instituição parceira do UNICEF e o seu filho foram mortos. Os conflitos danificaram seriamente uma escola e um centro comunitário para crianças.
Não há desculpas: as crianças não são e nunca devem ser alvo de violência.
“As partes envolvidas no conflito mostraram um duro desrespeito pelas leis de guerra. O UNICEF pede novamente aos que estão no combate para que mantenham as crianças fora de perigo, mesmo em áreas de conflito ativo. Não há desculpas: as crianças não são e nunca devem ser alvo de violência”, enfatizou a chefe do organismo da ONU.
A agência internacional está ajudando crianças e mães que fogem dos combates em Hajin com cobertores, roupas de inverno, comida, água, serviços de saúde e nutrição. O UNICEF também oferece espaços apropriados para os jovens, além de serviços de proteção infantil e de reagrupamento familiar.
Em Idlib, o fundo e seus parceiros continuam a fornecer suprimentos e serviços vitais para os meninos, meninas e seus parentes.
“O UNICEF apela a todas as partes envolvidas no conflito para que facilitem o acesso humanitário seguro, livre e duradouro a todas as crianças necessitadas”, completou Henrietta.
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Posted: 04 Feb 2019 06:02 AM PST
Foto: OPAS/OMS
Em reunião do Conselho Nacional da Saúde (CNS), a representante da Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS), Socorro Gross, afirmou na sexta-feira (1º), em Brasília (DF), que “a participação social é o alicerce para a saúde universal”. Dirigente também defendeu o fortalecimento da atenção primária e a expansão da cobertura de atendimento, a fim de garantir que todos os brasileiros tenham acesso aos cuidados de que precisam.
Como desafios da América Latina e do Caribe, a especialista ressaltou a mortalidade materna e infantil, as doenças negligenciadas e enfermidades emergentes e reemergentes, que “em um mundo globalizado são e serão uma ameaça constante”.
“Mas hoje temos mais conhecimento, intervenções, desenvolvimento, tecnologias e uma verdadeira revolução digital que, se bem utilizada, nos oferece grandes oportunidades. O mais importante é que vemos uma mudança positiva no sentido de ter mecanismos sustentáveis de participação social, indispensáveis para que ninguém seja deixado para trás”, enfatizou Socorro.
“A participação social é um grande motor para alcançarmos saúde para todas e todos e, justamente por isso, uma das grandes mensagens para o desenvolvimento sustentável é a necessidade do fortalecimento da participação coletiva”, acrescentou a dirigente na presença de integrantes do Conselho, que existe desde 1937 e hoje conta com a participação de 48 membros.
Na avaliação da representante da OPAS, a experiência do Brasil nesta construção coletiva serve de exemplo para diversos países da região das Américas. “As decisões em saúde pautadas em deliberações de instâncias coletivas, sediadas em todo o território nacional, são um exemplo de organização que resulta de um processo histórico que tem sido sustentável ao longo do tempo”, explicou a gestora.
Socorro apontou ainda que uma das prioridades compartilhadas entre a OPAS e o CNS é a de garantir que cada vez mais brasileiros e brasileiras tenham acesso à saúde de qualidade e a tempo. “A chave dessa garantia é a expansão da cobertura e do fortalecimento da atenção primária em saúde. Uma atenção primária forte deve resolver a maior parte das necessidades das comunidades”, defendeu a chefe da agência da ONU no Brasil.
O organismo internacional será um dos participantes da comissão organizadora da 16ª Conferência Nacional de Saúde do Brasil, que deve ocorrer entre 4 e 7 de agosto deste ano, em Brasília. O evento é o mais importante momento de participação social na área da saúde no país. Nesta edição, os eixos temáticos são saúde como direito, consolidação dos princípios do SUS e seu financiamento.
A OPAS trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de suas populações. Fundada em 1902, é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Atua como o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a região e é a agência especializada em saúde do sistema interamericano.
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Posted: 04 Feb 2019 05:55 AM PST
Axel van Trotsenburg durante coletiva de imprensa na Mongólia. Foto: Banco Mundial/Khasar Sandag
O economista holandês Axel van Trotsenburg, especialista em desenvolvimento com mais de 30 anos de experiência no Grupo Banco Mundial, foi nomeado vice‑presidente do organismo internacional para a região da América Latina e Caribe, cargo que ocupará a partir de 1º de fevereiro. Ele gerenciará as relações do banco com 31 países e uma carteira de projetos de cerca de 30 bilhões de dólares.
Trotsenburg retorna a uma região onde, de julho de 2007 a julho de 2009, foi diretor para Colômbia e México e, de 2002 a julho de 2007, diretor para Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. No início de sua carreira, também trabalhou como economista encarregado da Guatemala.
“Tenho o prazer de trabalhar mais uma vez na América Latina e Caribe para construir parcerias ainda mais fortes com os governos e a sociedade civil na região, a fim de promover o desenvolvimento sustentável e oportunidades para todos”, disse Van Trotsenburg. “O Banco Mundial está pronto para continuar a servir a região com a nossa experiência para enfrentar os atuais desafios em rápida evolução, tendo como foco principal a melhoria da vida das pessoas”.
Em uma época em que o enfraquecimento do crescimento mundial ameaça as economias da região, muitos países enfrentam os desafios de proteger os ganhos sociais conquistados nas últimas décadas e satisfazer as crescentes aspirações das pessoas, de acordo com o organismo internacional. Além disso, o êxodo maciço e sem precedentes de migrantes nos últimos anos aumentou a pressão sobre a recuperação econômica da região.
Para fazer face a esses e outros desafios, o Banco Mundial oferece um pacote abrangente de serviços, que engloba estudos e relatórios, trabalho de consultoria, assistência técnica e financiamento. Com o recém‑aprovado aumento de capital, o banco anunciou estar pronto para apoiar uma agenda ambiciosa.
“Com vistas ao futuro, o Banco Mundial está comprometido em investir pesadamente em infraestrutura e proteção social, além de saúde e educação para proteger e preparar melhor o capital mais importante da região: seu povo. O desenvolvimento sustentável e inclusivo continuará a ser uma prioridade, conforme refletido no programa do banco, que abarca, entre outras áreas, a mudança climática, o fortalecimento da governança e a expansão das oportunidades para todos”, de acordo com a instituição.
Van Trotsenburg trabalhou mais recentemente como vice-presidente de Financiamento do Desenvolvimento (DFi) do Banco Mundial, função em que supervisionava a mobilização estratégica de recursos para, entre outros, a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), ambos parte do Grupo Banco Mundial, assim como a carteira de um fundo fiduciário de bilhões de dólares.
Foi um dos líderes dos esforços do grupo para obter um aumento de capital de 60 bilhões de dólares em abril de 2018 no BIRD. Além disso, esteve à frente das negociações de políticas e de dois processos de reabastecimento da AID, que juntos mobilizaram um montante sem precedentes de 125 bilhões de dólares para programas nos países mais pobres do mundo.
Além de ter trabalhado na gestão das finanças do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg tem vasta experiência em operações nos países e na gestão de programas regionais. Antes de ocupar o cargo de vice-presidente da DFi, foi vice-presidente da região do Leste Asiático e Pacífico de 2013 a 2016.
De 1996 a 2001, foi o gestor sênior da Iniciativa para os Países Pobres Muito Endividados (HIPC, na sigla em inglês), o maior e mais abrangente programa de alívio da dívida para países pobres, que concedeu a 20 países pacotes de alívio da dívida em um montante aproximado de 30 bilhões de dólares.
Cidadão holandês e austríaco, van Trotsenburg é mestre e doutor em Economia e mestre em Relações Internacionais.
O vice-presidente anterior da América Latina e Caribe, Jorge Familiar, agora é o vice-presidente da Unidade de Finanças e Contabilidade (WFA) do Grupo Banco Mundial.
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Posted: 04 Feb 2019 05:22 AM PST
Para prevenir HPV e evitar riscos associados à doença, OPAS recomenda vacinação de meninas entre 9 e 14 anos. Foto: Prefeitura de João Pessoa / Alessandro Potter
No marco do Dia Mundial contra o Câncer, 4 de fevereiro, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) convoca a acelerar os esforços de prevenção e controle para criar um futuro sem câncer de colo do útero, que é o terceiro mais comum entre as mulheres na América Latina e no Caribe, mas que pode ser prevenido.
A cada ano, mais de 56 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo do útero na América Latina e no Caribe e mais de 28 mil perdem a vida por conta dessa doença. Esse número chega a 72 mil diagnósticos e 34 mil óbitos se os Estados Unidos e o Canadá forem incluídos. No entanto, há ferramentas de prevenção e tratamento que salvam vidas.
“É inaceitável que as mulheres hoje morram de uma doença que em grande medida pode ser prevenida”, disse Silvana Luciani, chefe da Unidade de Doenças Não Transmissíveis da OPAS.
O câncer de colo do útero pode ser prevenido por meio da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). Há mais de uma década, existem vacinas que protegem contra os tipos frequentes de HPV que causam câncer. A OPAS recomenda administrar essa vacina a meninas de 9 a 14 anos.
Além da vacinação, a triagem e o tratamento de lesões pré-cancerosas podem prevenir novos casos e mortes. Com o tempo, o câncer de colo do útero pode ser eliminado como um problema de saúde pública, conforme dito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em seu apelo à ação em maio de 2018, na Assembleia Mundial da Saúde.
A vacina contra o HPV está disponível em 35 países e territórios da Região das Américas. No entanto, na maioria deles, a taxa de cobertura vacinal do HPV com as duas doses recomendadas ainda está abaixo da meta de pelo menos 80% das meninas. Além disso, existem lacunas no acesso aos serviços para triagem e tratamento de lesões pré-cancerosas, e as taxas de cobertura de rastreamento são menores do que a meta de pelo menos 70% das mulheres com idade entre 30 e 49 anos. Estima-se que pelo menos 32 milhões de mulheres precisem fazer exame de prevenção para câncer de colo do útero na região.
Para aumentar a conscientização pública sobre a doença, a OPAS lançou em novembro a campanha de comunicação “É hora de acabar com o câncer de colo do útero”. Sob o lema “Não deixe o câncer de colo do útero te deter”, a iniciativa fornece informações sobre vacinas contra o HPV e convoca as mulheres a fazerem exames regulares para detectar lesões pré-cancerosas. A campanha responde ao plano de reduzir em um terço os novos casos de câncer de colo do útero e mortes na região até 2030, conforme acordado pelos ministros da Saúde na reunião do Conselho Diretor da OPAS em 2018.
“Os governos precisam tomar medidas urgentes para garantir que todas as meninas sejam vacinadas contra o HPV e que todas as mulheres com mais de 30 anos sejam examinadas e tratadas para lesões pré-cancerosas”, disse Luciani. “Fazer isso salvará a vida de milhares de mulheres”.
Dia Mundial contra o Câncer 2019
O Dia Mundial do Câncer, que ocorre a cada ano no dia 4 de fevereiro – coordenado pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC) –, é uma oportunidade para unir o mundo inteiro na luta contra a epidemia global do câncer.
Este ano, 2019, marca o lançamento da campanha de três anos com o slogan “Eu sou e eu vou”, uma chamada à ação que fortalece e pede um compromisso pessoal para ajudar a reduzir o impacto do câncer.
Câncer nas Américas
• O câncer é a segunda principal causa de morte nas Américas.
• Em 2018, houve 3.792.000 novos casos – 21% do total no mundo – e 1.371.000 mortes por câncer na região.
• Existe a previsão de que, até 2030, a carga de câncer aumentará em 32% para mais de 5 milhões de pessoas diagnosticadas a cada ano na região, com base no envelhecimento da população, exposição a fatores de risco e transição epidemiológica.
• As maiores taxas de incidência de câncer são observadas nos Estados Unidos, Canadá, Uruguai, Porto Rico, Barbados, Argentina, Brasil, Cuba, Jamaica e Costa Rica.
• A mortalidade por câncer é mais alta no Uruguai, Barbados, Jamaica, Cuba, Argentina, Haiti, Trinidad e Tobago, Suriname, Chile e República Dominicana.
• A cada ano, mais de 1,8 milhão de novos casos e cerca de 658 mil mortes ocorrem entre as mulheres na região.
• Os cânceres mais frequentes nas mulheres das Américas são: mama (462 mil casos), pulmão (157 mil), colorretal (151 mil), tireoide (98 mil) e de colo do útero (72 mil).
• Entre os homens, há quase 2 milhões de novos casos de câncer e cerca de 713 mil mortes na região a cada ano.
• Os cânceres mais frequentes em homens nas Américas são: pulmão (186 mil), colorretal (157 mil), bexiga (91 mil) e linfoma não Hodgkin (67 mil).
• Evidências científicas atuais indicam que 40% dos cânceres podem ser prevenidos por meio da redução de fatores de risco (uso de tabaco, dietas carentes de frutas e vegetais e altas em carne vermelha e processada, consumo de álcool, sedentarismo, sobrepeso/obesidade, exposição a carcinogênicos no local de trabalho) e vacinação (vacinas contra hepatite B e HPV).
• Outros 30% dos cânceres podem ser curados se forem detectados precocemente e tratados adequadamente.
• Todos os casos de câncer avançado podem se beneficiar de cuidados paliativos.
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