Boletim diário da ONU Brasil: “Guterres pede que Paquistão e Índia evitem tensões após atentado na Caxemira” e 8 outros.
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Posted: 20 Feb 2019 01:08 PM PST
Acampamento na Caxemira para vítimas do terremoto de outubro de 2005. Foto: ONU/Mark Garten
Após um ataque terrorista que matou pelo menos 40 militares indianos na Caxemira na semana passada (14), o chefe da ONU António Guterres pediu nesta quarta-feira (20) que os governos da Índia e Paquistão apaziguem as tensões na região e evitem uma piora da situação. De acordo com a imprensa, o atentado foi seguido por sérios desgastes entre as autoridades dos dois países.
O crime foi duramente condenado por Guterres, que ressaltou ser essencial a rápida responsabilização dos autores desse tipo de ataque, conforme prevê o direito internacional. O atentado a bomba teve por alvo um comboio de oficiais no distrito de Pulwama, em região da Caxemira administrada pelas autoridades indianas. O responsável pelo ataque morreu durante as explosões.
“O secretário-geral tem acompanhado com muita preocupação a situação no Sul da Ásia”, afirmou em comunicado o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.
O dirigente máximo da ONU também fez um apelo urgente para que os governos tanto da Índia quanto do Paquistão exerçam comedimento, a fim de garantir que a situação não se deteriore ainda mais.
“O secretário-geral crê que todos os difíceis desafios (na região) podem ser resolvidos pacificamente e satisfatoriamente por meio de um engajamento mútuo e significativo”, acrescentou o porta-voz.
A ONU mantém uma presença institucional na Caxemira, área disputada pela Índia e pelo Paquistão. Um grupo de observadores militares das Nações Unidas, autorizados pelo Conselho de Segurança, monitora e relata violações do cessar-fogo ao longo de um perímetro de controle.
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Posted: 20 Feb 2019 12:57 PM PST
Nickolay Mladenov (na tela), coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, fala ao Conselho de Segurança sobre a situação na região, incluindo a questão palestina. Foto: ONU/Loey Felipe/Arquivo
A presença de violência e radicalismo no Território Palestino Ocupado está crescendo, e a perspectiva de paz sustentável está se apagando a cada dia, disse nesta quarta-feira (20) um enviado sênior das Nações Unidas para a região ao Conselho de Segurança.
O Conselho foi informado sobre a situação na região por Nickolay Mladenov, coordenador especial para o Processo de Paz no Oriente Médio, e por Ursula Mueller, secretária-geral assistente para Assuntos Humanitários.
Numa avaliação em tom sombrio, Mladenov caracterizou a esperança de uma solução pacífica de dois Estados como “escassa”. Segundo ele, o extremismo está em crescimento e o risco de guerra aumentou.
Diante desse cenário, o desafio imediato é a prevenção de uma implosão econômica e humanitária na Cisjordânia e em Gaza, disse.
O povo palestino, afirmou Mladenov, precisa do apoio da comunidade internacional mais que nunca, conforme uma série de questões estão tendo um “preço alto” sobre aqueles que vivem em Gaza e na Cisjordânia. Isso inclui violência, falta de progresso em direção à paz, pressões financeiras e medidas unilaterais tomadas pelo governo de Israel.
Mladenov citou uma decisão recente de Israel de reter cerca de 140 milhões de dólares em transferências de receitas fiscais palestinas (o equivalente ao dinheiro pago a palestinos condenados por terrorismo ou ofensas relacionadas à segurança, e suas famílias), e a decisão do governo dos Estados Unidos de cessar o envio de recursos à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), como fatores para instabilidade financeira no Território Palestino Ocupado.
Segundo Mladenov, uma série de passos políticos é necessária para construção de paz, incluindo fim da designação de terras para uso exclusivo israelense, além da cessação de construção e expansão de assentamentos israelenses. Demolições e tomadas de estruturas palestinas continuam acontecendo na Cisjordânia, com cerca de 900 palestinos em Jerusalém Oriental enfrentando despejo.
O enviado especial condenou a violência e o terror na região ao longo dos últimos meses, que resultaram na morte de 40 crianças assassinadas por forças israelenses, e no disparo de 18 foguetes de militantes palestinos em direção a Israel. Houve uma onda em violência envolvendo colonos no último ano, disse ele, com 20 incidentes registrados de colonos israelenses ferindo palestinos ou danificando suas propriedades.
Por sua vez, Mueller descreveu a “crescente vulnerabilidade” de palestinos em Gaza, com salários para funcionários públicos reduzidos ou não pagos, incluindo nos setores de saúde e educação. Além disso, o desemprego ultrapassa 50% e a maior parte dos cidadãos lida com insegurança alimentar.
Cortes de recursos forçaram o Programa Mundial de Alimentos (PMA) a suspender assistência para cerca de 27 mil pessoas e reduzir provisões para outros 166 mil beneficiários. Destacando uma lacuna em financiamentos, Mueller instou Estados-membros a aumentar o apoio às operações humanitárias.
O número de vítimas está “desafiando a capacidade dos serviços de saúde” no território, disse Mueller, colocando o sistema inteiro em risco de colapso.
“Desde o começo das manifestações, em março de 2018, mais de 27 mil palestinos ficaram feridos, mais de 6 mil deles por munições letais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 122 amputações foram feitas desde o começo das manifestações em massa, incluindo 21 amputações pediátricas”, disse.
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Posted: 20 Feb 2019 12:17 PM PST
O sistema educacional do Afeganistão foi devastado por mais de três décadas de conflito. Para muitas crianças do país, completar o ensino primário permanece um sonho distante. Na imagem, a jovem Fatima, de dez anos, resolve uma equação de matemática em escola na cidade de Herat. Foto: UNICEF/Mohammadi
O enviado especial da ONU para a Educação Global, Gordon Brown, defendeu nesta semana (19) o acesso à escolarização para todas as crianças e jovens refugiados. Em vez de terem seus passaportes carimbados em postos de controle nas fronteiras, disse o dirigente, as crianças deveriam estar na sala de aula, recebendo educação, que é o “passaporte de verdade” dos meninos e meninas para o futuro.
Falando a jornalistas na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, Brown alertou que “99% dos jovens refugiados do mundo agora estão se tornando uma geração invisível, que nunca terá um lugar na faculdade ou na educação superior”. “E somente 20% terão (concluído) o ensino secundário”, afirmou o ex-primeiro-ministro do Reino Unido.
Segundo Brown, estima-se que 75 milhões de crianças estejam presas em situação de conflito. “Elas estão arrasadas pela ausência de esperança, pela devastadora certeza de que não há nada adiante para se preparar ou planejar, nem mesmo um lugar numa sala de aula.”
Permitir que as crianças do mundo tenham um lugar na escola é essencial para cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 4, que pede educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todas as pessoas até 2030.
“É hora de o mundo acordar para o horror de tantas crianças sem esperança”, afirmou o enviado especial da ONU.
Brown fez um apelo urgente por mais financiamento para iniciativas que buscam levar educação aos mais de 30 milhões de jovens refugiados e deslocados. O dirigente lembrou a situação do acampamento de refugiados de Moria, na Grécia, onde “nenhuma educação formal é oferecida para nenhuma das centenas de crianças que estão lá”. O enviado contou ainda a história de dois jovens moradores do assentamento – um deles de apenas dez anos – que tentaram suicídio.
“Nesta idade, as suas vidas deveriam estar repletas de esperança e animação a cada novo dia, mas, em vez disso, os jovens estão tão sem esperança que tentam tirar as suas próprias vidas.”
“Uma geração perdida não é identificada apenas pelas salas de aula vazias, pelos parques infantis em silêncio e por pequenas lápides sem marcas. Uma geração perdida é uma geração em que a esperança morre naqueles que estão vivos”, acrescentou.
Brown elencou ainda uma série de países onde crises de deslocamento forçado e situações de conflito deixam os jovens sem acesso à educação. O dirigente lembrou a situação da Venezuela, os números de crianças fora da escola na República Centro-Africana (500 mil) e no Afeganistão (3,7 milhões), a migração dos rohingyas de Mianmar e os fluxos de refugiados da Síria, Sudão e outros países.
Apesar dos desafios, Brown anunciou que o fundo Education Cannot Wait (EWC) – criado em 2016 para levar oportunidades de aprendizado a crianças deslocadas em crises – vai lançar na quinta-feira (21) um programa de educação segura no Afeganistão. A meta da nova iniciativa é alcançar meio milhão de crianças no país, incluindo mais de 320 mil meninas.
Em 27 de fevereiro, na República Centro-Africana, o governo, o ECW e parceiros também vão lançar um novo programa educacional, a fim beneficiar em torno de 900 mil crianças, metade delas meninas.
Ambas as iniciativas vêm após o lançamento de um programa em Uganda, em setembro do ano passado, para lidar com as necessidades educacionais associadas à chegada de refugiados do Sudão do Sul.
Como exemplo de boa prática de inclusão dos refugiados, Brown lembrou ainda o sucesso das escolas de turnos dobrados no Líbano. Atualmente, dos 400 mil refugiados sírios no Líbano que frequentam uma escola, quase 300 mil estão em colégios que operam dessa forma.
“Eles recebem educação à tarde, em árabe, após as crianças libanesas receberem educação pela manhã em inglês e francês, na mesma sala de aula. Isto prova que é possível usar o sistema educacional existente para dar educação às crianças”, completou o enviado especial.
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Posted: 20 Feb 2019 12:01 PM PST
Porto de Fortaleza (CE). Foto: MTUR/Jade Queiroz
A desaceleração do comércio mundial deve persistir ao longo do primeiro trimestre, de acordo com o último Indicador das Perspectivas do Comércio Mundial (WTOI, na sigla em inglês) da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado na terça-feira (19).
A queda simultânea de diversos indicadores relacionados ao comércio deve colocar tomadores de decisões em alerta para uma desaceleração mais aguda caso as tensões comerciais atuais permanecerem sem resoluções.
A leitura mais recente do WTOI – 96,3 – é a mais fraca desde março de 2010 e está abaixo do valor-base de 100 para o índice, sinalizando expansão comercial abaixo da tendência para o primeiro trimestre.
A desaceleração no indicador geral foi impulsionada por quedas acentuadas nos índices componentes, que aparentam estar sob pressão de acentuadas tensões comerciais.
Índices para encomendas de exportação (95,3), frete aéreo internacional (96,8), produção e venda de automóveis (92,5), componentes eletrônicos (88,7) e matérias-primas agrícolas (94,3) mostraram os desvios mais fortes à tendência, se aproximando ou ultrapassando mínimas anteriores desde a crise financeira. Apenas o índice para portos de contêineres permaneceu relativamente flutuante (100,3), mostrando crescimento em tendência.
Fatores temporários podem ter influenciado alguns dos índices. A compra antecipada de importações antes da implementação de tarifas por Estados Unidos e China podem ter sustentado o envio de contêineres até certo ponto, enquanto problemas técnicos no setor automotivo da Alemanha podem ter contribuído para a queda em produção e venda de automóveis.
Em comunicado, a OMC destacou que crescimento abaixo da tendência em um índice não implica necessariamente uma queda do indicador geral.
“Esta perda sustentada de impulso destaca a urgência de reduzir tensões comerciais, que, junto com contínuos riscos políticos e volatilidade financeira, podem pressagiar uma recessão econômica mais ampla”, afirmou a OMC em comunicado.
A OMC rebaixou em setembro do ano passado sua previsão para a expansão do comércio este ano, em meio ao aumento de disputas comerciais e condições mais apertadas do mercado de crédito.
A previsão atual é de crescimento de 3,7% para o comércio mundial em 2019, uma desaceleração frente à expectativa de avanço de 3,9% em 2018. Estas estimativas podem ser revisadas para baixo se as condições comerciais continuarem se deteriorando. Apesar disso, maiores certezas e melhoras no ambiente político podem provocar uma rápida recuperação no crescimento econômico.
Projetado para fornecer informação “em tempo real” da trajetória do comércio mundial relativo às tendências recentes, o indicador não tem objetivo de ser uma previsão de curto prazo, embora forneça um indicativo do crescimento comercial no futuro próximo.
O indicador tem objetivo de identificar pontos de virada e avaliar o momento do crescimento comercial global. Assim, o WTOI complementa estatísticas comerciais e previsões da OMC e de outras organizações.
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Posted: 20 Feb 2019 11:40 AM PST
Graziano (centro) fez o chamado em uma reunião de alto nível co-presidida pela presidente do 73º período de sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas, María Fernanda Espinosa (à direita, de verde). Foto: FAO
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, pediu na segunda-feira (19) que as cidades do mundo todo redobrem seus esforços para transformar em realidade local os compromissos mundiais sobre segurança alimentar, nutrição e mudanças climáticas.
“Para implementar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o compromisso político dos líderes mundiais não é suficiente. Precisamos também da plena participação das autoridades locais. No fim das contas, é no nível local em que a gente vive, come, usa água ou joga o lixo”, disse.
Graziano fez o chamado em uma reunião de alto nível co-presidida pela presidente do 73º período de sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas, María Fernanda Espinosa, e o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), da qual participaram os prefeitos de Valência (Espanha), Quito (Equador) e Surabaia (Indonésia), assim como responsáveis de políticas alimentares de Nova Iorque, Praia e da rede Cidades e Governos Locais Unidos.
Em um momento de rápida urbanização, as cidades estão se tornando agentes de mudança cada vez mais importantes, incluindo no que se refere às políticas e medidas destinadas a proporcionar acesso a uma alimentação saudável para todos, afirmou o diretor-geral da FAO.
Atualmente, cerca de 55% da população mundial vive em zonas urbanas, proporção que deve aumentar para 68% em 2050, particularmente na África e no Sudeste Asiático, onde hoje se concentram majoritariamente a fome e a pobreza. Ao mesmo tempo, cerca de 80% de todos os alimentos produzidos são consumidos em zonas urbanas.
Alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 11, que prevê promover cidades e comunidades sustentáveis, é fundamental para conquistar todos os demais ODS, disse Graziano.
Apesar de o número de pessoas com fome no mundo ter aumentado nos últimos três anos, também houve aumento do número de pessoas obesas, “sobretudo nas zonas urbanas, onde é mais provável que as pessoas comam alimentos processados mais baratos e ricos em gorduras trans, açúcar e sal”, disse o chefe da FAO.
“Precisamos urgentemente transformar e colocar em andamento sistemas alimentares que ofereçam alimentos saudáveis e nutritivos para todos, preservando ao mesmo tempo nossos recursos naturais e nossa biodiversidade”, disse Graziano. Para isso, disse ele, é necessário integrar as ações desde a produção até o consumo de alimentos.
Ele completou que já não podemos pensar em zonas rurais e urbanas como uma dicotomia, como entidades dissociadas.
Os residentes das cidades não podem ser considerados meros consumidores de alimentos, e as comunidades rurais não devem ser vistas exclusivamente como produtoras. É importante oferecer aos agricultores familiares um melhor acesso a serviços, infraestruturas e mercados, criar as condições para que os habitantes das cidades consumam alimentos mais frescos e nutritivos, baseados em cadeias alimentares curtas — assim como da agricultura urbana e periurbana —, e reduzir a quantidade de alimentos perdidos ou desperdiçados.
Políticas públicas para promover dietas saudáveis
O diretor-geral da FAO elogiou a iniciativa “Saúde mundial e política externa”, adotada recentemente pela Assembleia Geral da ONU, que aborda o tema chave da nutrição para fomentar a promoção de dietas e estilos de vida saudáveis com políticas específicas vinculadas aos compromissos nacionais no marco da Década de Ação das Nações Unidas sobre a Nutrição.
“Dado que a epidemia de obesidade e sobrepeso está fora de controle e seus efeitos custam aos sistemas de saúde nacionais anualmente mais do que o gasto militar no mundo todo, a comunidade internacional deve ir além”, disse. “São necessárias com urgência políticas públicas que promovam dietas saudáveis para abordar as opções alimentares da população”.
Graziano afirmou que vários países colocaram em andamento a adoção de políticas fiscais e regulatórias, incluindo a imposição de impostos a alimentos e bebidas não saudáveis, etiquetas na parte da frente da embalagem, a restrição da comercialização de alimentos não saudáveis para crianças e adolescentes, e que estas medidas podem servir como referência para outras nações.
“O sobrepeso e a obesidade são um problema público, não privado. Os governos devem implementar políticas e programas destinados a proporcionar alimentos saudáveis, nutritivos e acessíveis a todos. As famílias e os indivíduos já não podem ser os únicos responsáveis pelo que comem e como comem”, concluiu.
No discurso diante dos participantes da reunião, a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, afirmou: “os governos locais desempenham um papel fundamental contribuindo para garantir que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável se torne realidade”. “As cidades inclusivas, resilientes e sustentáveis são fontes de oportunidades e desenvolvimento. Trabalhemos juntos para que os grandes núcleos urbanos de todo o mundo ofereçam uma maior qualidade de vida a todos os seus habitantes”.
“Uma das características do século 21 é que as cidades oferecem cada vez mais soluções autônomas aos desafios de desenvolvimento. Os problemas da humanidade são muito importantes para serem deixados unicamente nas mãos dos Estados”, disse Joan Ribó, prefeito de Valência, onde a FAO está apoiando o estabelecimento do Centro Mundial para a Alimentação Saudável, destinado a promover sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis nas cidades.
“Se ajudarmos a desenvolver políticas urbanas nacionais, contribuiremos para o planejamento urbano e territorial integrado, trabalharemos para fortalecer a resiliência climática da população urbana pobre. Se apoiarmos a urbanização eficiente no uso dos recursos, alimentar as cidades em um contexto de mudança climática é parte fundamental de nossos esforços para criar comunidades mais resilientes, inclusivas e sustentáveis na continuidade entre o espaço rural e urbano”, disse Maimunah Mohd Sharif, diretora-executiva do ONU-HABITAT, em mensagem de vídeo.
“Instrumentos como os ODS e a Nova Agenda Urbana envolvem todos os níveis de governo. No nível dos municípios, nos compete enfrentar os desafios novos e os pendentes, mas precisamos de ajuda para obter as ferramentas e recursos adequados”, disse Mauricio Rodas, prefeito de Quito.
O apoio da FAO às cidades
A FAO esteve muito comprometida em promover o desenvolvimento sustentável das cidades com base nos sistemas alimentares e em um enfoque territorial.
Nesse sentido, apoia a implementação do “Pacto de política alimentar urbana de Milão”, o primeiro protocolo internacional que insta as cidades a desenvolver sistemas alimentares sustentáveis que proporcionem alimentos saudáveis e acessíveis para toda a população, protejam a biodiversidade e reduzam o desperdício de alimentos.
A FAO participou também ativamente no processo da Habitat III, na qual ocorreu a aprovação da Nova Agenda Urbana durante a Conferência de Quito em 2016. O “Marco da FAO para a Agenda Alimentar Urbana” inclui ideias para implementar medidas com o objetivo de gerar emprego, fortalecer as cadeias locais de valor alimentar e reduzir e gerir os níveis elevados de desperdício de alimentos em muitas cidades.
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Posted: 20 Feb 2019 11:19 AM PST
Médico mede o braço de menino iemenita de 12 anos que sofre de desnutrição, num centro de tratamento em Sanaa. Foto: UNICEF/Huwais
O enviado especial das Nações Unidas para o Iêmen, Martin Griffiths, afirmou nesta semana (19) que “progresso significativo” está sendo feito para implementar o acordo de redistribuição de tropas na cidade portuária de Hodeida, a principal porta de entrada da assistência humanitária no país. Em dezembro, o governo iemenita e lideranças houthis, atualmente em conflito, concordaram com um cessar-fogo na região.
Em acordo firmado em Estocolmo, na Suécia, autoridades e opositores também se comprometeram a redistribuir seus militares em determinadas localidades do Iêmen. A expectativa é de que o rearranjo dos contingentes melhore a distribuição de mantimentos para a população.
Em relatório divulgado mais cedo neste mês, o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) destacou que mais de 20 milhões de pessoas no país não têm comida suficiente para satisfazer suas necessidades diárias de alimentação. Metade delas vive com níveis extremos de fome.
Em pronunciamento no Conselho de Segurança da ONU por meio de videoconferência, Griffiths elogiou a “forte liderança” do general Michael Lollesgaard, que comanda a operação das Nações Unidas de monitoramento do cessar-fogo. Sob a gestão de Lollesgaard, as autoridades e os opositores concordaram com a primeira etapa da redistribuição de tropas, que vai começar pelos portos de Saleef e Ras Isa. O segundo passo será o porto de Hodeida.
“Isto irá facilitar o acesso humanitário aos Moinhos do Mar Vermelho”, afirmou Griffiths em referência a um armazém que guarda suprimentos suficientes para alimentar 3,7 milhões de pessoas por mês. Mas o depósito fica num local de difícil acesso por causa de questões de segurança.
O enviado da ONU disse ainda que foi observado um fortalecimento das atividades civis em Hodeida. “As pessoas da cidade já estão, neste estágio muito inicial, vendo alguns benefícios tangíveis da redução de hostilidades na área, como resultado do acordo de Estocolmo”, explicou o dirigente.
Na avaliação de Griffiths, o consenso sobre a primeira fase da redistribuição de tropas demonstra que as partes em conflito são capazes de transformar as suas palavras em progressos concretos no terreno. O diálogo também fortalece a confiança entre os atores e mostra disposição política.
Sobre o acordo de troca de prisioneiros, o representante das Nações Unidas agradeceu o empenho do governo iemenita e das forças afiliadas aos Houthi, que têm se articulado para libertar e trocar todos os detidos e desaparecidos. “Todos por todos. Esta é a palavra de ordem para este processo”, disse Griffiths.
Embora Hodeida seja frequentemente citada como o “epicentro do conflito”, o representante da ONU ressaltou que “o verdadeiro epicentro para nós precisa ser avançar na direção de uma solução política”.
O conflito do Iêmen tem suas raízes em levantes que começaram em 2011, mas os confrontos armados se intensificaram em março de 2015, quando uma coalizão internacional, liderada pela Arábia Saudita, interveio militarmente, a pedido do presidente do Iêmen. O país já era um dos mais pobres do mundo antes da escalada de violência.
Crise humanitária
Também no Conselho de Segurança, o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, alertou que os números sobre as necessidades de assistência no país são “consideravelmente piores que os do ano passado”.
Estima-se que 24 milhões de pessoas, ou 80% da população, precisem de ajuda humanitária. Desse contingente, 14,3 milhões são classificadas como em necessidade aguda, com cerca de 3,2 milhões precisando de tratamento para má-nutrição aguda. Esse grupo inclui 2 milhões de crianças com menos de cinco anos e mais de 1 milhão de mulheres grávidas e lactantes.
“Cerca de 3,3 milhões (de iemenitas) permanecem deslocados, fora de suas casas, incluindo 685 mil que fugiram do confronto ao longo da costa oeste, desde junho de 2018”, explicou Lowcock ao Conselho.
O dirigente atribuiu a piora nas condições de vida da população ao conflito, ao desrespeito ao direito humanitário internacional e ao colapso econômico de 2018. “A violência foi reduzida em Hodeida após o acordo de Estocolmo, mas tem continuado em outras áreas e se agravou em algumas áreas da linha de frente, especialmente em Hajjah”, disse Lowcock.
“Em meio ao conflito, a economia continua a se desmantelar.”
A moeda iemenita, o rial, está perdendo valor e agências humanitárias estão ficando sem verba.
Lembrando que a resposta humanitária coordenada pela ONU no Iêmen é a maior do mundo, Lowcock ressaltou os “resultados impressionantes” das operações de assistência, que conseguem ajudar quase 8 milhões de pessoas por mês desde o ano passado.
Apesar dos números positivos, agências continuam enfrentando obstáculos, que incluem não só questões orçamentárias, mas também atrasos de vistos, restrições da movimentação, atrasos em importações e impedimentos burocráticos. “Estamos particularmente preocupados com o fato de que o ambiente operacional está se tornando mais restritivo do que nunca no norte do Iêmen”, acrescentou o coordenador.
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Posted: 20 Feb 2019 08:05 AM PST
Os venezuelanos formam atualmente o maior grupo de trabalhadores estrangeiros na unidade chilena da empresa brasileira de cosméticos Natura. Foto: Natura.
A filial chilena da empresa brasileira de cosméticos Natura está impulsionando a integração laboral de refugiados e migrantes venezuelanos que migraram para o Chile.
Como parte de iniciativas nesse sentido, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) realizou na última quinta-feira (14) um workshop de capacitação para melhorar a resiliência dos trabalhadores migrantes na empresa.
A capacitação foi feita com 12 venezuelanos que atualmente representam o maior grupo de empregados nascidos no exterior entre os trabalhadores da unidade chilena da Natura.
A atividade foi desenvolvida graças ao trabalho da OIM junto à ONU Mulheres do Chile e seu programa Ganha-Ganha, que busca a promoção da integração, da qualidade de vida e da geração de um ambiente inclusivo.
“Agradecemos os chilenos que recebem, dão boas-vindas e ajudam os venezuelanos a se posicionar no mercado de trabalho, já que o principal desafio que temos adiante é como vamos nos adaptar a uma cultura diferente, contribuindo com a experiência e o conhecimento que trazemos de nosso país”, disse María Erminia Mirena, venezuelana que trabalhou para a equipe da Natura nos últimos três meses.
O Ministério do Interior e o Instituto Nacional de Estatísticas do Chile revelaram recentemente que em 31 de dezembro de 2018 havia 1,2 milhão de estrangeiros residindo no país, o que representa 6,6% da população chilena. Desse total, os venezuelanos representam o maior percentual (23%), e é a primeira vez na história do Chile que essa nacionalidade supera o número de migrantes peruanos (17,9%).
A Natura está presente no Chile com mais de 230 trabalhadores, desenvolvendo operações nos maiores países da América Latina, entre eles, Argentina, Peru, Colômbia e México. Cria oportunidades de trabalho para mais de 6,8 mil pessoas. Nesse contexto, busca promover o trabalho flexível e ambientes culturais que permitam a expressão de todo tipo de diversidade, de acordo com a OIM.
“A iniciativa que estamos promovendo de forma conjunta com a Natura no Chile é inovadora, já que a força de trabalho inclui profissionais de Venezuela, Colômbia, Argentina, Cuba, Bolívia, França, entre outros países. Essa atividade é uma boa prática que pode ser replicada nos demais países da região”, disse o chefe da missão da OIM no Chile, Norberto Girón.
María Sol de Cabo, encarregada da gerência de recursos humanos da Natura no Chile, disse que é muito importante para a empresa poder se associar a uma organização internacional como a OIM. “Estamos convencidos de que para poder responder às necessidades da sociedade e para conseguirmos mudanças, é necessário gerar sociedades destinadas a implementar projetos sólidos que deem apoio à população migrante e dê a eles as melhores ferramentas por meio de especialistas e referências”.
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Posted: 20 Feb 2019 07:40 AM PST
Clique para exibir o slide.A interiorização de venezuelanos chegou a Minas Gerais no último fim de semana. Na sexta-feira (15), desembarcaram no estado 37 dos 226 venezuelanos que participaram da estratégia do governo federal apoiada por agências da ONU no Brasil e por organizações da sociedade civil.
O trabalho de acolhimento foi articulado pela rede Acolhe Minas, liderada pelo Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) e pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), com apoio da Arquidiocese de Belo Horizonte, da Paróquia da Igreja da Boa Viagem e do Exército Brasileiro, entre outros atores.
O processo inicial da acolhida durou todo o fim de semana. Na noite de sexta-feira, venezuelanos foram levadas para o 12° Batalhão da Infantaria do Exército, onde pernoitaram para, no dia seguinte, seguir em direção ao que serão suas novas residências pelos próximos três meses.
Antes mesmo de o sol nascer, as famílias já estavam de pé para tomar o café da manhã farto e chegar ao destino final. Apesar do cansaço, não faltou disposição às 11 pessoas que enfrentaram mais de sete horas de viagem até a Casa Padre Pedro Arupe, em Montes Claros (MG). Acompanhadas pelo padre Agnaldo Junior, do Serviço Jesuíta, e transportadas pelo Exército, as famílias chegaram com segurança ao norte do estado.
Vinte e seis venezuelanos permaneceram em Belo Horizonte, em dois pontos distintos da cidade. Algumas famílias ficaram na Casa Alberto Hurtado, no bairro Campo Alegre, e homens solteiros na Casa do Migrante, inaugurada próxima à histórica Igreja da Boa Viagem, no centro da cidade.
O ACNUR apoiou a montagem e estruturação da Casa do Migrante e Refugiado, que é a primeira do estado, com a compra de eletrodomésticos, camas, colchões e outros itens básicos para garantir conforto aos novos moradores. Mesmo sob chuva, a equipe do Serviço Jesuíta que gere os abrigos realizou uma calorosa acolhida. Lá, cartazes de boas vindas e mais um café da manhã os aguardavam.
Durante a primeira roda de conversa, realizada na entrada da casa, os depoimentos trouxeram à tona a complexidade de sentimentos compartilhados entre os venezuelanos forçadas a deixar tudo para trás: angústia, gratidão, dor e esperança.
“A verdade é que muitos de nossos amigos e familiares estão na Venezuela morrendo, ou de fome ou por falta de medicamentos. Esse gesto do governo brasileiro, de se mobilizar para nos acolher aqui, será bem recompensado, porque esses 14 homens que estão aqui, assim como eu, tiveram que deixar para trás famílias, filhos, amigos, carros, casa, tudo o que tinham. E o que queremos é viver em paz. Trabalhar, poder trazer nossa família e seguir adiante”, disse Roger, que trabalhava no setor metalúrgico na Venezuela.
No domingo (17), parte da rede de apoio e também conterrâneos que já viviam na cidade continuaram a mobilização para ajudar os recém-chegados. Durante a missa dominical da Catedral da Boa Viagem, o Bispo Auxiliar de Belo Horizonte, Dom Otacílio ferreira Lacerda, juntamente aos padres Agnaldo Junior, Marcelo Carlos Silva, Jorge Alves Filho e o tenente-coronel capelão do Exército, Ivan Xavier, entre outros, realizaram uma cerimônia conjunta de boas-vindas. Também estava presente o padre George Rateb Massis, pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Síriacos Católicos).
Do lado de fora, um grupo de 20 venezuelanos que já vivem em Belo Horizonte foram conhecer os recém-chegados. Alguns se encarregaram de preparar, junto a voluntários brasileiros, arepas, empanadas e outros quitutes para compartilhar com a comunidade local. A matéria-prima veio de Boa Vista junto com o grupo de interiorizados: 30 kg da farinha de milho tradicional. Ao final, toda a comida foi vendida e o dinheiro arrecadado foi doado aos recém-chegados.
Foi o caso da engenheira Isabel Vasquez, que vive há quatro anos na cidade e, quando ficou sabendo da chegada, prontamente convocou os conhecidos para ajudar. “Como já tem uma turma de venezuelanos aqui, chamamos voluntários para a feira. Cada um fez uma parte, e pudemos compartilhar um pouco da nossa cultura. Entendemos bem a situação, sabemos o desespero que passam e da importância de ajudar”, declarou.
A estudante de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) Liz Helena também ajudou no preparo e venda das comidas. Segundo ela, “essa oportunidade das culturas se encontrarem é incrível, você vê brasileiros tentando falar espanhol e vice-versa”. “É um momento para as pessoas se conhecerem, se integrarem”, afirmou.
Além da comida típica, a música tradicional também se fez presente. Apresentações com o cuatro, instrumento de canções típicas venezuelanas, cativaram emoção e nostalgia de venezuelanos e brasileiros. No encerramento da missa, a musicista Marcelis Garcia foi convidada a cantar uma composição própria que fala sobre a Venezuela e os desafios de deixar tudo para trás. Ao final, foi aplaudida de pé pela catedral lotada.
Trabalho em rede
Com mais de 4,7 mil pessoas interiorizadas em diversas partes do país, fica evidente que a estratégia interiorização é um meio efetivo para o recomeço de pessoas em situação de refúgio.
Segundo a coordenadora do escritório da SJMR em Belo Horizonte, Juliana Rocha, “conhecendo a realidade de Roraima, sabemos que levar os venezuelanos para outras partes do país representa a possibilidade de eles próprios serem responsáveis por trazer seus familiares e estabilizar o fluxo”.
“Penso que o Brasil, por meio do governo brasileiro, Exército, agências da ONU, como o ACNUR, e dos parceiros implementadores, fez uma escolha coletiva acertada ao apostar na interiorização, porque é uma solução duradoura. A gente não quer só resolver a questão emergencial, queremos de fato propor soluções que promovam a independência e autonomia dessas pessoas. Sabemos que Boa Vista não dá conta de absorver essa mão de obra riquíssima, e os serviços públicos estão sobrecarregados. Por isso, vemos que a interiorização é a melhor saída”, declarou.
O trabalho que se inicia na fronteira se consolida em cada uma das cidades de destino. Em Belo Horizonte, por exemplo, o Serviço Jesuíta mobilizou reuniões de coordenação para estabelecer uma rede de apoio que se subdividiu em seis grupos de trabalho para realizar campanhas de arrecadação, apoiar a gestão das casas e a integração das pessoas.
Atualmente, a rede é composta por ACNUR, Caritas MG, PUC-Minas, CEFET (aulas de português), técnicos que atuam na área da saúde e do serviço social, Coletivo de Mulheres Migrantes Cio da Terra, Instituto Felix Guatarri, Defensoria Pública, ONG Providence (vinculada à Arquidiocese), Casa Chico, profissionais venezuelanas(o)s que já moravam na cidade há mais tempo, outros refugiados venezuelanos, estudantes e interessados.
Para a assistente sênior de proteção do ACNUR, Silvia Sander, essa articulação múltipla é exemplar de como o envolvimento de atores diversos é chave para uma acolhida sustentável. Segundo ela, esse tipo de estratégia está estabelecida como diretriz-modelo na Declaração de Nova Iorque para Refugiados e Migrantes.
“Nesse sentido, o objetivo do ACNUR é trabalhar para que outras redes dialoguem com o propósito comum de ajudar pessoas refugiadas. Este é um exemplo de sucesso que demonstra como a articulação local, com o respaldo técnico e apoio de organismos internacionais, garante uma acolhida completa por meio da responsabilidade compartilhada”, afirmou.
Ao final desta etapa, 226 venezuelanos abrigados em Boa Vista (RR) foram interiorizados para oito cidades brasileiras na sexta-feira (15) e no sábado (16). Eles foram acolhidos por 11 abrigos dirigidos por seis instituições da sociedade civil localizados em Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Goioerê (PR), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Guarulhos (SP) e Belo Horizonte (MG).
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Posted: 19 Feb 2019 01:17 PM PST
Porta-voz do escritório da ONU para os direitos humanos, Rupert Colville. Foto: ONU
A chefe de direitos humanos das Nações Unidas condenou fortemente nesta terça-feira (19) o ataque suicida contra forças de segurança indianas no distrito de Pulwama, na Caxemira, na semana passada, e pediu às autoridades que levem os responsáveis à Justiça.
O porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Rupert Colville, disse em coletiva de imprensa em Genebra que a ONU também lamentava os tiroteios em Pulwama na segunda-feira (18), que deixaram nove mortos.
“Esperamos que uma escalada das tensões entre as duas potências nucleares vizinhas não adicione mais insegurança à região”, disse.
Colville disse que a alta-comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, também manifestou preocupação com informações da Índia de que alguns elementos estariam usando o ataque de Pulwama como justificativa para ameaças e potenciais atos de violência tendo como alvo comunidades muçulmanas e da Caxemira vivendo em diferentes partes da Índia.
“Reconhecemos as ações tomadas pelas autoridades indianas para enfrentar esses incidentes e esperamos que o governo continue a tomar passos para proteger a população de todas as formas de perigo que possam ser direcionadas a ela devido a sua etnicidade ou identidade”, enfatizou.
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