Powered By Blogger

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Paquistão ameaça Índia de retaliação caso seja atacado


Por G1
 

Paquistaneses assistem ao discurso do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, na televisão em Islamabad, nesta terça-feira (19)  — Foto: Aamir Qureshi / AFPPaquistaneses assistem ao discurso do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, na televisão em Islamabad, nesta terça-feira (19)  — Foto: Aamir Qureshi / AFP
Paquistaneses assistem ao discurso do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, na televisão em Islamabad, nesta terça-feira (19) — Foto: Aamir Qureshi / AFP
O Paquistão está aberto a cooperar com a Índia sobre o atentado que deixou mais de 40 mortos na Caxemira indiana na semana passada, mas responderá em caso de ataque, afirmou nesta terça-feira (19) o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan.
"O Paquistão responderá", declarou Khan em um discurso exibido pela televisão, segundo a France Presse. Ele também pediu ao governo da Índia que apresente as provas do envolvimento de paquistaneses no ataque, que exacerbou a tensão entre os dois países.
Na quinta-feira (14), um carro-bomba explodiu atingindo um comboio que transportava integrantes da Força Central de Polícia de Reserva no distrito de Pulwama, 30 km ao sul de Srinagar. Mais de 40 pessoas morreram no ataque considerado um dos piores das últimas décadas na região.
O grupo Jaesh-e-Mohammad (JeM), com sede no Paquistão, reivindicou o ataque. Ele faz parte da corrente rebelde que luta contra o domínio da Índia da região da Caxemira -- disputada entre a Índia e o Paquistão (veja mais abaixo).
Soldado indiano examina destroços de veículos atingidos por explosão de carro-bomba nesta quinta-feira (14) na Caxemira — Foto: Younis Khaliq/ReutersSoldado indiano examina destroços de veículos atingidos por explosão de carro-bomba nesta quinta-feira (14) na Caxemira — Foto: Younis Khaliq/Reuters
Soldado indiano examina destroços de veículos atingidos por explosão de carro-bomba nesta quinta-feira (14) na Caxemira — Foto: Younis Khaliq/Reuters
Depois do atentado, a histórica tensão entre Índia e Paquistão aumentou. Nova Déli acusou Islamabad de apoiar o JeM e retirou seu principal diplomata do Paquistão. Nesta segunda (18), o Ministério de Relações Exteriores paquistanês, que negava qualquer envolvimento no ataque, chamou seu embaixador na Índia para consultas.
Ainda na segunda, terminou em tiroteio uma operação das forças de segurança da Índia na Caxemira em busca dos suspeitos de ter envolvimento com o ataque. Quatro soldados, dois insurgentes e um civil morreram durante a troca de tiros.
Um soldado do Exército indiano carrega um lançador de foguetes perto de local onde ocorreu um tiroteio entre as forças de segurança indianas e rebeldes, no distrito de Pulwama, no sul da Caxemira, nesta segunda-feira (18)  — Foto: Younis Khaliq/ ReutersUm soldado do Exército indiano carrega um lançador de foguetes perto de local onde ocorreu um tiroteio entre as forças de segurança indianas e rebeldes, no distrito de Pulwama, no sul da Caxemira, nesta segunda-feira (18)  — Foto: Younis Khaliq/ Reuters
Um soldado do Exército indiano carrega um lançador de foguetes perto de local onde ocorreu um tiroteio entre as forças de segurança indianas e rebeldes, no distrito de Pulwama, no sul da Caxemira, nesta segunda-feira (18) — Foto: Younis Khaliq/ Reuters

Conflito

A Caxemira, na região do Himalaia, foi dividida entre Índia e Paquistão ao fim da colonização britânica. Os dois países reivindicam a totalidade do território, o que provocou duas das três guerras que enfrentaram desde a independência, em 1947.
De acordo com analistas, a Índia mantém 500.000 soldados mobilizados em sua região, o que faz desta uma das zonas mais militarizadas do mundo.
Grupos rebeldes como o JeM reclamam seja a independência, seja a anexação ao Paquistão, e estão em luta permanente desde 1989 contra meio milhão de soldados indianos mobilizados no território.
Esta guerra deixou em quase 30 anos dezenas de milhares de mortos, principalmente civis.
Em 2017, ao menos 206 supostos ativistas, 78 membros das forças de segurança indianas e 57 civis morreram na Caxemira, no que foi o ano mais mortal em uma década na região.
MAIS DO G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário