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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

As prioridades do novo governador de Santa Catarina

GESTÃO

As prioridades do novo governador de Santa Catarina

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Por Ânderson Silva
01/01/2019 - 21h30 - Atualizada em: 01/01/2019 - 22h39
Foto: Leo Munhoz / Diário Catarinense
Foto: Leo Munhoz / Diário Catarinense
No primeiro dia como governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL) estabeleceu suas prioridades. Em pronunciamento no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa (Alesc), poucos antes de ser empossado, apontou a infraestrutura como fundamental. Elencou ainda a gestão eficiente e o combate à corrupção como pontos centrais do novo governo. Estes dois últimos foram temas constantes da transição. Levaram Moisés a anunciar a criação de uma controladoria para a implantação de processos rigorosos de transparência. Ao mesmo tempo, o novo secretário de Administração, Jorge Eduardo Tasca, tem a missão de digitalizar o governo e aproximá-lo do cidadão.
Em contrapartida, estará na infraestrutura o maior desafio de Moisés. Durante seu discurso de posse, ele não abordou o tema, mas no gabinete da presidência apontou obras rodoviárias como as primeiras a serem atacadas. Esse será o seu foco inicial. Mas, diante da falta de recursos, o governador terá problemas para colocar seu principal plano em prática. Disse que pretende investir os cortes de gastos em infraestrutura. O que for retirado de outros setores vai para obras. Ao abrir os números, entretanto, o novo governador vai enxergar que serão necessários mais recursos do que os advindos de cortes. Investir em estradas e obras viárias custa caro, principalmente para resolver alguns dos problemas mais graves de Santa Catarina, hoje localizados no Oeste e na Grande Florianópolis.
Ele terá de apelar para financiamentos, a maioria do governo federal. Para conquistá-los, terá que ajustar as finanças. Há R$ 700 milhões parados no BNDES pelo descumprimento da lei de responsabilidade fiscal. Antes de pensar em investir, ele precisa arrumar a casa. Aparentemente, Moisés está seguindo um conselho de Eduardo Pinho Moreira (MDB), o governador que se despediu ontem. O recado do emedebista foi claro. Orientou o novo ocupante da Casa D’Agronômica a escolher prioridades. Lembrou que preferiu saúde e segurança: “para comprar remédios, deixei de tapar buracos porque escolhi prioridades". Como o cobertor é curto, o pesselista terá que encontrar a equação certa para tapar buracos e construir estradas, sem deixar de comprar remédios e garantir a continuidade da redução dos índices de segurança.
No comando a infraestrutura, Moisés optou por um coronel do Exército. Carlos Hassler será o responsável por fazer funcionar o coração do novo governo. Para isso, trabalha em um planejamento a ser dividido com o governador. Dentro, não há dúvidas, vão estar heranças deixadas pelos últimos chefes do Estado: ponte Hercílio Luz, acesso ao Sul da Ilha, reforma da SC-401 e recuperação das pontes de acesso à Ilha. Todas enfrentam algum tipo de problema para avançar. Sem elas, Moisés não atingirá sua principal promessa, que é a de facilitar a vida dos catarinenses com investimentos em obras.
Como o tempo é curto e as demandas exigem respostas rápidas, do mesmo jeito precisará agir o novo governador. Hoje ele anuncia suas primeiras medidas com uma expectativa de parte de setores da sociedade ainda à espera de sinais efetivos do estilo Moisés. O bombeiro aposentado teve dois meses para estudar, entender a máquina e planejar. A partir deste 2 de janeiro, entra na prova real para apresentar soluções para as prioridades que escolheu.
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