Venezuelanos caminham pela estrada de Pacaraima até Boa Vista, capital de Roraima. Aqueles que não podem pagar o transporte público fazem a viagem de mais de 200 quilômetros a pé. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) acompanhou nesta sexta-feira (10) a reabertura da fronteira entre a Venezuela e o Brasil, ocorrida por volta das 16h. Equipes do organismo internacional monitoraram a situação e apoiaram as autoridades brasileiras, a fim de assegurar que venezuelanos em necessidade de proteção fossem atendidos nos postos de registro e documentação.
A equipe do ACNUR informa que segue realizando as atividades de monitoramento da fronteira e registro das pessoas, prestando assistência nos processos de documentação e identificação de casos mais vulneráveis. O organismo também apoia no encaminhamento desses casos aos serviços competentes, trabalhando de forma articulada com os governos, as Forças Armadas brasileiras, parceiros da sociedade civil organizada e outras agências da ONU.
De acordo com os dados da Polícia Federal, desde 1º de janeiro de 2019 até quinta-feira (9), foram contabilizadas 55.721 entradas e 10.914 saídas de venezuelanos em Pacaraima (RR).
Durante o período em que a fronteira esteve aberta em 2019, do início de janeiro até 21 de fevereiro, a média diária de chegadas ao território brasileiro foi de 521 pessoas. As saídas diárias foram estimadas em 127. Já no período em que a fronteira esteve fechada, de 22 de fevereiro até 9 de maio, a média diária de entradas foi de 372 pessoas, ao passo que as saídas ficaram em 56.
O ACNUR notifica ainda que o fluxo de pessoas venezuelanas não teve um aumento efetivo nesta sexta-feira em comparação com os últimos dias. No entanto, a Agência da ONU para Refugiados segue preparada para responder a um possível aumento do fluxo de pessoas nos próximos dias, atuando com as outras instituições parceiras que lidam diretamente com a chegada dos venezuelanos.
Mais informações e estatísticas estão disponíveis no site do ACNUR (
www.acnur.org), na plataforma regional de coordenação (
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