Boletim diário da ONU Brasil: “Em visita à Nova Zelândia, Guterres pede solidariedade para acabar com discursos de ódio” e 9 outros.
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ter, 14 de mai 18:57 (há 22 horas)
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Posted: 14 May 2019 02:07 PM PDT
Secretário-geral da ONU, António Guterres, fala à imprensa após visitar a mesquita de Al Noor em Christchurch, Nova Zelândia. Foto: ONU/Mark Garten
Em visita de três dias à Nova Zelândia, o secretário-geral das Nações Unidas prestou homenagem às vítimas dos ataques contra mesquitas em Christchurch, onde dezenas de muçulmanos foram mortos a tiros em dois incidentes separados durante orações em 15 de março. Pedindo solidariedade e tolerância para conter o recente surto em discursos de ódio, António Guterres visitou a mesquita de Linwood, onde depositou uma coroa de flores, e a mesquita de Al Noor.
Na mesquita de Al Noor, Guterres disse nesta terça-feira (14) à comunidade muçulmana que, embora não existam palavras para aliviar o sofrimento e a dor, “gostaria transmitir pessoalmente amor, apoio e total e completa admiração”. Em 15 de março, um atirador solitário matou 51 pessoas nos dois locais de adoração enquanto transmitia os ataques ao vivo nas redes sociais.
Ele disse que, como muitas pessoas de todo o mundo, foi movido pelas histórias de compaixão após os ataques em Christchurch.
“Mas, de muitas maneiras, não fiquei surpreso. Esta comunidade refletiu um espírito que sempre soube que está profundamente enraizado no Islã — uma fé de amor, compaixão, perdão e misericórdia”, disse.
Guterres relembrou que, na época em que era alto-comissário das Nações Unidas para Refugiados, testemunhou a generosidade de países muçulmanos que abriram suas fronteiras para pessoas em situação de vulnerabilidade, em um mundo onde muitas outras fronteiras foram fechadas.
“Isso está em linha com o que vejo como a mais bonita recomendação para proteção de refugiados na história do mundo. Ela é encontrada na sura Al-Tawbah, do Alcorão: ‘Se alguém buscar sua proteção, então conceda proteção para que ele possa ouvir as palavras de Deus. Então o escolte para onde ele possa estar seguro'”, citou Guterres.
Ele também relembrou que, durante visita ao Cairo no mês passado, se encontrou com o grande imã, o xeque Ahmed Al-Tayeb, e o agradeceu por seu recente encontro com o papa Francisco nos Emirados Árabes Unidos. A declaração assinada pelos dois líderes pede para pessoas de fé reconhecerem e respeitarem umas as outras e trabalharem juntas pelo bem da humanidade.
“Estamos juntos neste período de dificuldades”, disse o chefe da ONU, acrescentando que “discurso de ódio está se espalhando e o discurso público está sendo coagido”. “As redes sociais estão sendo exploradas como uma plataforma de intolerância. Precisamos mostrar solidariedade em resposta a este perigoso aumento de ódio”.
Não há espaço para discursos de ódio
O secretário-geral destacou duas iniciativas recentes que foram colocadas em prática para proteger locais sagrados e responder discursos de ódio.
Ele pediu para o alto-representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Moratinos, desenvolver um Plano de Ação para a ONU se engajar totalmente no apoio à proteção de locais religiosos.
Enquanto isso, Guterres também pediu para o assessor especial para a Prevenção de Genocídios, Adama Dieng, reunir uma equipe da ONU para intensificar respostas a discursos de ódio e apresentar um plano global de ação.
“Discursos de ódio estão se espalhando nas redes sociais como incêndios florestais. Precisamos extingui-los”, disse o secretário-geral. “Não há espaço para discursos de ódio – online ou off-line”.
Novamente citando o Alcorão, ele disse: “vos dividimos em povos e tribos para que conhecerdes uns aos outros”.
Agradecendo à comunidade muçulmana de Christchurch, Guterres disse: “nestes tempos difíceis, estou aqui para dizer de coração cheio: vocês não estão sozinhos”. “O mundo está com vocês. As Nações Unidas estão com vocês. Eu estou com vocês”.
A visita do secretário-geral à Nova Zelândia é parte de uma viagem a Estados insulares do Pacífico, na qual a questão da mudança climática também é foco. Na quarta-feira, ele irá participar do Fórum de Ilhas do Pacífico, realizado neste ano em Fiji, antes de visitar Tuvalu e Vanuatu.
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Posted: 14 May 2019 01:39 PM PDT
Bandeira dos EUA em Washington, D.C.. Foto: Flickr (CC)/Ryan Bodenstein
Um especialista independente das Nações Unidas expressou profunda preocupação neste mês (6) com a imposição recente de medidas unilaterais e coercitivas pelos EUA contra Cuba, Venezuela e Irã. De acordo com o relator, o uso de sanções econômicas para propósitos políticos viola os direitos humanos e as normas da conduta internacional. Ações do tipo, segundo o analista, podem precipitar catástrofes humanitárias de proporções inéditas.
“Mudanças de regime por meio de medidas econômicas que levem provavelmente à negação dos direitos humanos básicos e, de fato, possivelmente, à fome, nunca foram uma prática aceita nas relações internacionais”, afirmou Idriss Jazairy, relator especial da ONU dedicado a analisar o impacto negativo de sanções.
“Preocupações reais e diferenças políticas sérias entre governos não podem nunca ser resolvidas pelo desencadeamento de desastres econômicos e humanitários, transformando as pessoas comuns em peões e reféns disso.”
A implementação do Artigo 3 da Lei de Helms Burton — que permite a cidadãos dos EUA entrar com processos contra instituições cubanas e empresas estrangeiras por propriedades confiscadas e utilizadas após a revolução de Fidel Castro, em 1959 — ignorou protestos da União Europeia e do Canadá e foi um ataque direto a empresas europeias e canadenses em Cuba, onde elas são os maiores investidores estrangeiros.
“O recurso, por parte de uma grande potência, a sua posição dominante na arena financeira internacional, contra os seus próprios aliados, para causar dificuldades econômicas à economia de Estados soberanos, (isso) é contrário ao direito internacional e, inevitavelmente, mina os direitos humanos dos seus cidadãos”, disse o relator especial.
Venezuela
Em 17 de abril, os Estados Unidos proibiram o Banco Central da Venezuela de conduzir transações em dólares estadunidenses a partir de 18 de maio. Em março de 2020, também será cortado o acesso do país latino-americano a remessas pessoais e cartões de crédito dos EUA.
“É difícil imaginar como medidas que têm o efeito de destruir a economia da Venezuela, e impedir os venezuelanos de mandar dinheiro para casa, podem ser direcionadas a ‘ajudar o povo venezuelano’, conforme alegado pelo Tesouro dos EUA”, disse Jazairy.
O pronunciamento do relator vem após alegações de um relatório recém-publicado pelo Centro para Pesquisa Econômica e Política, baseado em Washington, de que 40 mil pessoas podem ter morrido na Venezuela desde 2017 por causa de sanções dos EUA.
Irã
Jazairy afirmou ainda que estava preocupado com o fato de que os Estados Unidos não iriam renovar as isenções de sanções para os compradores internacionais do petróleo iraniano, apesar dos protestos de sua aliada na OTAN, a Turquia, entre outros países. Washington exigiu que todos os outros Estados que se beneficiavam das isenções cessassem as compras em 1º de maio — ou encarassem sanções.
“A aplicação extraterritorial de sanções unilaterais é claramente contrária ao direito internacional”, disse o especialista.
“Estou profundamente preocupado com o fato de que um Estado possa usar a sua posição dominante nas finanças internacionais para prejudicar não apenas os iranianos, que até o momento seguiram as suas obrigações conforme o acordo nuclear aprovado pela ONU, mas também todas as pessoas no mundo que fazem comércio com eles.”
Na avaliação do relator, “a comunidade internacional precisa se unir para desafiar o que equivale a bloqueios que ignoram a soberania de um país, os direitos humanos do seu povo e os direitos de países terceiros que comercializam com Estados sancionados, constituindo uma ameaça à paz e à segurança mundiais”.
“Chamo toda a comunidade internacional a se engajar em um diálogo construtivo com a Venezuela, Cuba, Irã e os Estados Unidos para encontrar uma resolução pacífica, em conformidade com o espírito e letra da Carta das Nações Unidas, antes que o uso arbitrário da fome econômica se torne o novo ‘normal'”, completou o especialista.
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Posted: 14 May 2019 01:35 PM PDT
Novas orientações da OMS revelam que as pessoas podem reduzir o risco de desenvolver demência ao praticar exercícios regularmente, entre outros hábitos saudáveis. Foto: ONU Suriname
Novas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicadas nesta terça-feira (14) revelam que as pessoas podem reduzir o risco de desenvolver demência ao praticar exercícios regularmente, não consumir tabaco, evitar o uso nocivo de álcool, controlar seu peso, ter uma dieta saudável e manter níveis saudáveis de pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue.
“Nos próximos 30 anos, o número de pessoas com demência deverá triplicar”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Precisamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para reduzir o risco de demência. As evidências científicas reunidas para estas orientações confirmam o que suspeitamos há algum tempo: o que é bom para nosso coração também é bom para nosso cérebro”.
As orientações fornecem uma base de conhecimento para profissionais de saúde aconselharem pacientes sobre o que eles podem fazer para ajudar a prevenir o declínio cognitivo e a demência. Elas também serão úteis para governos, formuladores de políticas e autoridades de planejamento para orientá-los no desenvolvimento de políticas e no planejamento de programas que incentivem estilos de vida saudáveis.
A redução dos fatores de risco para demência é uma das várias áreas de ação incluídas no plano de ação global da OMS para a resposta de saúde pública a essa condição. Outras áreas incluem: fortalecer os sistemas de informação para a demência; diagnóstico, tratamento e cuidados; apoiar os cuidadores de pessoas com demência; e pesquisa e inovação.
O Observatório Global de Demência da OMS, lançado em dezembro de 2017, é um compilado de informações sobre as atividades e recursos de países para a demência, como planos nacionais, iniciativas amigáveis às pessoas com demência, campanhas de conscientização e locais de atendimento. Dados de 21 países, incluindo Bangladesh, Chile, França, Japão, Jordânia e Togo já foram incluídos; ao todo, 80 países estão envolvidos no fornecimento de dados.
A criação de políticas e planos nacionais para a demência está entre as principais recomendações da OMS aos países em seus esforços para administrar esse desafio crescente de saúde. Durante 2018, o organismo internacional apoiou países como Bósnia e Herzegovina, Croácia, Catar, Eslovénia e Sri Lanka no desenvolvimento de uma resposta integral e multissetorial de saúde pública à demência.
Um elemento essencial de todo plano nacional para demência é o apoio aos cuidadores de pessoas com essa condição, afirmou Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS. “Os cuidadores de pessoas com demência são muitas vezes membros da família que precisam fazer ajustes consideráveis em sua vida familiar e profissional para cuidar de seus entes queridos. É por isso que a OMS criou o iSupport, um programa de treinamento online que oferece a essas pessoas conselhos sobre o gerenciamento dos cuidados, como lidar com mudanças de comportamento e como cuidar de sua própria saúde”.
O iSupport já está sendo utilizado em oito países, com expectativa de novas adesões.
Demência: um problema de saúde pública em rápido crescimento
A demência é uma condição caracterizada pela deterioração da função cognitiva, além do que se poderia esperar do envelhecimento natural. Afeta memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento. A demência resulta de uma variedade de doenças e lesões que afetam o cérebro, como Alzheimer ou acidente vascular cerebral.
A demência é um problema de saúde pública que cresce rapidamente e afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Existem quase 10 milhões de novos casos por ano. É uma das principais causas de incapacidade e dependência entre pessoas idosas. Além disso, a condição inflige uma pesada carga econômica para as sociedades como um todo e estima-se que os custos de atendimento às pessoas com demência aumentem para US$ 2 trilhões por ano até 2030.
Clique aqui para acessar o documento (em inglês).
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Posted: 14 May 2019 12:41 PM PDT
Bloqueio tem um impacto devastador sobre as crianças de Gaza, afetando sua saúde física e mental, assim como seus ambientes de aprendizagem. Foto: UNRWA/Khalil Adwan
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina ( UNRWA) alertou nesta semana (13) que mais de 1 milhão de palestinos precisam de ajuda humanitária para sobreviver em Gaza. O contingente equivale a cerca de metade da população local e representa um aumento de quase dez vezes no número de cidadãos que passam necessidade no enclave. Piora foi atribuída ao bloqueio econômico contra o território.
Em pronunciamento, o organismo afirmou que precisa de 60 milhões de dólares até junho para continuar fornecendo comida a esses moradores de Gaza. A população visada pela instituição inclui 620 mil “pobres extremos”, que não podem atender às suas necessidades alimentares básicas e que vivem com 1,6 dólar por dia. Os fundos solicitados também vão permitir cobrir outros 390 mil palestinos, que dispõem somente de 3,5 dólares diários.
Em 2000, menos de 80 mil refugiados palestinos recebiam assistência social em Gaza. Hoje, mais de 1 milhão de pessoas precisam de doações urgentes de comida para chegar ao final do dia.
“Esse é um aumento de quase dez vezes, causado pelo bloqueio que levou ao fechamento de Gaza e ao seu impacto desastroso na economia local, a conflitos sucessivos que arrasaram bairros inteiros e a infraestrutura pública e à contínua crise política interna palestina, que começou em 2007, com a chegada do Hamas ao poder em Gaza”, afirmou o diretor de Operações da UNRWA em Gaza, Matthias Schmale.
A agência da ONU tem se deparado com um número maior de demandas por serviços — o que é resultado de um número crescente de refugiados palestinos registrados. A UNRWA é mantida com contribuições voluntárias e apoio financeiro, já superados pelas necessidades em expansão.
Ao longo do último ano, em meio às demonstrações conhecidas como a “Grande Marcha do Retorno”, 195 palestinos morreram — incluindo 14 alunos de escolas da UNRWA — e 29 mil sofreram danos físicos ou psicológicos. As mobilizações ocorreram após três conflitos devastadores em Gaza desde 2009 — juntos, esses confrontos armados deixaram pelo menos 3.790 mortos e mais de 17 mil feridos.
Um relatório de 2017 da ONU previa que, até 2020, Gaza seria inabitável. Atualmente, com mais de 53% dos habitantes do enclave desempregados e mais de 1 milhão de pessoas dependendo das entregas trimestrais de comida da UNRWA, as agências da ONU e as remessas do exterior são tudo que separa a vida no território do seu total colapso.
“Pela primeira vez em meu um ano e meio lá, eu ouvi três pessoas falando separadamente comigo sobre um notável aumento do uso abusivo de drogas, das tentativas de suicídio e da prostituição”, afirmou Schmale.
O profissional humanitário disse ainda que a região está “desmoronando socialmente”. Segundo o oficial da UNRWA, num contexto como esse, uma escalada de tensões é possível a qualquer momento.
O apoio da agência da ONU é como uma boia salva-vidas para o 1,9 milhão de moradores de Gaza. Além de comida, a instituição também disponibiliza serviços de saúde e educação. A UNRWA chama Estados-membros a financiar coletivamente as suas atividades e programas de emergência — que recebem recursos por meio de plataformas distintas de financiamento.
O organismo internacional é encarregado de ajudar refugiados palestinos que vivem na Jordânia, Líbano, Síria e Cisjordânia — incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza — a alcançar o seu pleno potencial humano.
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Posted: 14 May 2019 12:22 PM PDT
Durante a guerra civil no Sri Lanka, muçulmanos deslocados se abrigaram sob as ruínas de uma mesquita no distrito de Mannar, norte do país, em 2007. Foto: UNICEF
Dois assessores especiais das Nações Unidas pediram nesta terça-feira (14) o fim de “ataques de ódio” contra a minoria muçulmana do Sri Lanka, após o aumento de casos de violência com base em religião.
Em retaliação à violência mortal no domingo de Páscoa contra igrejas cristãs e hotéis em diversas partes do país, ataques ocorreram contra mesquitas e casas de famílias muçulmanas na segunda-feira (13), segundo relatos. Os ataques deixaram mais de 200 mortos e centenas de feridos.
“É do interesse de todos os grupos étnicos e religiosos do Sri Lanka, assim como do governo, da oposição, da sociedade civil e do setor da segurança, trabalhar colaborativamente para adotar ações apropriadas e cessar imediatamente estes ataques de ódio”, disse Adama Dieng, assessor especial da ONU para Prevenção de Genocídios, e Karen Smith, assessora especial da ONU sobre a Responsabilidade de Proteger, em comunicado conjunto.
Desde os atentados suicidas a bombas em 21 de abril, houve um aumento de ataques contra comunidades muçulmanas e cristãs no país de maioria budista.
De acordo com a mídia internacional, o Sri Lanka declarou um toque de recolher nacional nesta terça-feira, após um homem ter sido morto por uma multidão armada com espadas na segunda-feira, em um ato contra muçulmanos.
Relembrando comunicados recentes contra violência extremista e discursos de ódio, os assessores da ONU reconheceram e elogiaram a rápida resposta do governo. A resposta inclui o envio de forças de segurança para proteger comunidades afetadas e medidas para responder à disseminação de informações falsas e de incentivos à violência.
Os especialistas também encorajaram o governo a investigar completamente estes e outros ataques similares, além de levar à justiça os responsáveis por instigar ou cometer estes atos violentos.
“O país está tentando seguir em frente após um período traumático de conflito armado entre etnias, mas estes ataques estão levando o Sri Lanka para trás”, alertaram os dois assessores especiais. “Se não for lidada de forma adequada, a violência recente tem potencial de se intensificar ainda mais”.
Dieng e Smith instaram o governo a mostrar que “não irá tolerar a disseminação de preconceitos e ódio entre grupos dentro de sua população”, tanto em nível nacional quanto local. Segundo eles, o governo precisa “colocar um fim às práticas locais de discriminação que perpetuam intolerância e violência religiosa”.
Eles também ofereceram apoio para trabalhar com o governo em questões de harmonia entre religiões e inclusão.
“O Sri Lanka tem uma sociedade plural”, afirmaram. “Ser do Sri Lanka é ser budista, ser hindu, ser muçulmano, ser cristão”.
Cada uma destas comunidades tem direito a suas identidades e de praticar sua religião em paz e segurança, como reconhecido na Constituição do país, salientaram.
Representantes, enviados e assessores especiais e pessoais das Nações Unidas são nomeados pelo secretário-geral da ONU.
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Posted: 14 May 2019 11:35 AM PDT
Produção de milho no Brasil. Foto: Agência Brasil/Elza Fiúza
As primeiras indicações para a safra 2019-2020 mostram que as exportações de milho do Brasil chegaram a 29,5 milhões de toneladas, 15% a mais do que no biênio 2018-2019, de acordo com o mais recente panorama global da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura ( FAO). Divulgada neste mês, a publicação revela que o volume exportado e as estimativas futuras tornariam o Brasil o segundo maior exportador de milho do mundo, atrás apenas dos EUA.
De acordo com o levantamento da FAO, ao longo da última década, a produção e a exportação brasileiras de milho tiveram um boom fantástico. A produção total, por exemplo, aumentou de pouco menos de 52 milhões de toneladas em 2007-2008 para quase 98 milhões de toneladas em 2017-2018.
O crescimento na produção permitiu que o país aumentasse suas exportações de milho quase continuamente, alcançando 36 milhões de toneladas em 2015-2016. Nessa época, os produtores brasileiros capturaram quase 26% de participação no mercado mundial. Uma década antes, o Brasil exportava apenas 6 milhões de toneladas — o que representava menos de 1% do total global.
De fato, o Brasil se tornou — por um tempo — o maior exportador de milho do mundo em 2012-2013, quando uma estiagem severa prejudicou a safra de milho nos EUA.
As remessas de milho do Brasil para a Ásia saltaram de 1,5 milhão de toneladas, em 2007-2008, para um pico de 27 milhões de toneladas em 2015-2016. O país sul-americano conseguiu fazer incursões notáveis em mercados importantes como Irã, Japão, Coreia, Vietnã e Malásia.
Na África, onde as exportações de milho do Brasil expandiram de zero para pouco menos de 5 milhões de toneladas em menos de uma década, cerca de 30 países se tornaram compradores do milho brasileiro. A clientela é liderada pelo Egito, Marrocos e Argélia.
Causas do aumento
De acordo com o relatório da FAO, as novas variedades de milho, a expansão da produção para regiões de maior produtividade em Mato Grosso, a capacidade climática do país de produzir duas safras no mesmo ano, as mudanças geográficas na alimentação do gado e o apoio governamental direcionado estão entre os principais fatores que contribuíram para um rápido aumento da produção de milho no Brasil na última década.
A evolução dos mercados de câmbio também impulsionou a expansão robusta das exportações de milho. O contínuo enfraquecimento do real ajudou os exportadores a permanecerem competitivos e a expandir seus mercados muito além dos países vizinhos da América Latina, alcançando a Ásia e a África.
Papel do Norte no escoamento da produção
Durante a última década, outro fator que colaborou para o papel emergente do Brasil como principal exportador mundial de milho foi a forte estratégia de investimento, apoiada pelo governo, para desenvolver portos e infraestrutura de transporte.
Segundo a FAO, as mudanças no marco regulatório do país favoreceram as parcerias público-privadas na expansão rodoviária e ferroviária, bem como na melhoria da capacidade dos portos. Os novos desenvolvimentos na fronteira agrícola centro-oeste, onde mais de dois terços da soja e milho do país são produzidos, impulsionaram o transporte de mercadorias para o Norte. Como o deslocamento para essa região envolvia uma distância muito menor do que para os portos mais ao sul, houve redução dos custos de exportação e do tempo de entrega.
A agência da ONU lembra que, nos últimos anos, novos terminais se tornaram operacionais na chamada área do porto do Arco Norte. Isso aumentou a participação da região no transporte de grãos. Em 2017-2018, os embarques desses portos atingiram 10 milhões de toneladas, representando um aumento acentuado em comparação com os menos de 500 mil quilos registrados em 2011-2012 — biênio em que os terminais do Norte transportaram 9% do total de milho exportado do Brasil. Em 2017-2018, essa fatia subiu para 34%.
Os novos terminais no Norte oferecem oportunidades de mercado muito melhores para os compradores da América Central, Ásia e África, reduzindo custos de frete e aumentando a competitividade do milho cultivado em Mato Grosso, Tocantins e Pará — todas importantes áreas produtoras no Norte e Centro-Oeste do país.
Ciclos sazonais e exportações
As exportações de milho do Brasil também mudaram seu padrão sazonal. Desde 2010, uma parte crescente do milho foi exportada de agosto para janeiro, o que coincide com os meses de colheita do milho da segunda safra (a “safrinha”), quando os estoques do Hemisfério Norte estão normalmente no auge. Isso gerou uma competição mais acirrada com outros grandes exportadores — em particular, os EUA.
No Brasil, os embarques de março a julho permanecem relativamente pequenos, representando pouco mais de 2% das exportações anuais, enquanto o período de agosto a janeiro agora responde pela maior parte da atividade comercial do país. Nesse intervalo, as exportações a cada mês chegam a representar mais de 12% do total.
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Posted: 14 May 2019 11:13 AM PDT
Parque na Finlândia. Foto: Ahmed Alalousi.
Em nossas vidas urbanas muito agitadas, um parque urbano é um ótimo lugar para relaxar. Árvores e espaços verdes trazem benefícios para a saúde mental e o bem-estar, além de serem ótimos para relaxamento e recreação.
As árvores também ajudam a reduzir a poluição do ar. De acordo com o estudo “ Árvores e os efeitos da floresta na qualidade do ar e na saúde humana nos Estados Unidos“, o material particulado, que é prejudicial aos pulmões, é retido na superfície das árvores, enquanto as folhas atuam como filtros, absorvendo gases poluentes.
Mas o estudo também alerta que, embora as árvores possam mitigar o efeito da poluição do ar, os depósitos de poluentes atmosféricos nas folhas também podem prejudicar a fotossíntese e, portanto, afetar potencialmente a remoção da poluição pelas árvores. Como em tudo na vida, o equilíbrio é fundamental.
O efeito de resfriamento das árvores
As árvores também podem esfriar significativamente as temperaturas nas cidades. Em climas quentes, mais árvores podem reduzir o gasto de energia com ar condicionado, diminuindo o consumo de combustíveis fósseis poluidores. Investigações experimentais e estudos de modelagem nos EUA mostraram que a sombra das árvores pode reduzir os custos das casas com ar condicionado em 20% a 30%.
“As árvores poderiam reduzir a temperatura das cidades em até 8°C, reduzindo o uso de ar condicionado e as emissões relacionadas em até 40%”, diz Simone Borelli, engenheira agroflorestal e urbana da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
“Como parte de um mosaico paisagístico mais amplo, grandes manchas verdes dentro e ao redor das cidades também reduziriam as emissões, evitando a expansão e a necessidade excessiva de mobilidade”, acrescenta.
O plantio de árvores urbanas tem que ser feito corretamente. As espécies plantadas devem ser aquelas mais eficazes na captura de poluição, normalmente aquelas com folhas grandes. As autoridades também precisam levar em conta questões como padrões de vento e espaçamento entre as árvores. Se a água é escassa, precisarão considerar as variedades tolerantes à seca, e evitar as árvores que aumentam o pólen e as alergias.
A ação é ainda mais importante considerando que a urbanização está se acelerando — a proporção de pessoas que vivem nas cidades será de 60% em 2030 e de 66% em 2050. Quase 90% desse aumento ocorrerá na África e na Ásia. Para abordar os impactos desse rápido crescimento e os desafios relacionados, é necessário um esforço de larga escala.
Construindo a Grande Muralha Verde das Cidades
Com cerca de 8.000 km de comprimento e 15 km de largura, a Grande Muralha Verde é um movimento de proporções épicas conduzido pelos africanos iniciado em 2007 para esverdear toda a extensão do norte da África, uma região semi-árida que se estende do Senegal ao Djibuti. Uma década e cerca de 15% em andamento, a iniciativa está lentamente trazendo a vida de volta para algumas das paisagens degradadas da África, fornecendo segurança alimentar, empregos e um motivo para milhões de pessoas permanecerem vivendo em seu caminho.
Uma iniciativa dessa natureza em áreas urbanas está sendo desenvolvida pela FAO e outros parceiros em preparação para a Cúpula do Clima da ONU, em setembro. Ela visa criar até 500 mil hectares de novas florestas urbanas e restaurar ou manter até 300 mil hectares de florestas naturais existentes em torno de 90 cidades do Sahel e da Ásia Central até 2030. Uma vez estabelecido, este “Grande Muro Verde das Cidades” capturaria de 0,5 a 5 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano e estoque de carbono durante séculos.
Em 1º de março de 2019, a Assembleia Geral da ONU estabeleceu a Década das Nações Unidas para a Restauração dos Ecossistemas 2021-2030, que deve dar um novo impulso aos esforços de plantio de árvores.
“A ONU Meio Ambiente promove o plantio de árvores como uma forma fundamental de mitigar a mudança climática e impulsionar a biodiversidade baseada em terra, 80% da qual está nas florestas”, diz Tim Christophersen, chefe do Departamento de Água Doce, Terra e Clima da ONU Meio Ambiente e presidente da Parceria Global sobre Restauração Florestal e Paisagística.
“Estamos trabalhando com parceiros em todo o planeta para impulsionar o plantio de árvores para a restauração do ecossistema. Há espaço para o plantio de um trilhão de árvores a mais, além das 3 trilhões que já existem na Terra. Mas isso tem que ser feito corretamente; plantar árvores nativas, apoiadas por comunidades locais, é um bom caminho a seguir.”
Deixe as pedras acumularem algum musgo
Nesses ecossistemas florestais, as árvores não estão sozinhas na limpeza do ar. Um projeto ambicioso da Greencity Solutions em Berlim, na Alemanha, busca casar aplicações de alta tecnologia com outro purificador de ar natural: o musgo.
“A capacidade de certas culturas de musgo para filtrar poluentes como partículas e óxidos de nitrogênio os torna purificadores naturais de ar”, diz a Greencity Solutions.
“Mas nas cidades, onde a purificação do ar é um grande desafio, os musgos mal conseguem sobreviver devido à necessidade de água e sombra. Este problema pode ser resolvido conectando-se diferentes musgos com a provisão totalmente automatizada de água e nutrientes baseada na tecnologia única da Internet das coisas”, explica.
Ou plantando mais árvores que proporcionarão a cobertura e a umidade, o que ajudará o musgo a se manter e crescer.
A poluição do ar é o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente em 5 de junho de 2019. A qualidade do ar que respiramos depende das escolhas de estilo de vida que fazemos todos os dias. Saiba mais sobre como a poluição do ar afeta você e o que está sendo feito para limpar o ar. O que você está fazendo para reduzir sua pegada de emissões e #BeatAirPollution?
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Posted: 14 May 2019 09:26 AM PDT
De importância particular são as questões que envolvem o acesso à luz elétrica, como um meio de melhorar o padrão de vida em países em desenvolvimento, segundo a UNESCO. Foto: EBC
Em mensagem para o Dia Internacional da Luz, 16 de maio, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, disse que a luz e seu tratamento são elementos essenciais das artes visuais e performáticas, da literatura e do pensamento humano.
“Além do significativo simbolismo da luz em obras de arte, filosofia ou ciências humanas, a concepção da luz, como evidenciam tais obras, evoluiu à medida que aumentou o nosso entendimento científico”, disse.
A luz é um fenômeno natural que a ciência veio a entender e aprender a usar, e também desempenha um papel essencial em todas as ciências e em suas aplicações práticas, disse ela.
“Do nascimento do universo à criação de todas as espécies de novas tecnologias, dos rádios-X às ondas de rádio, em campos tão diversos como medicina, agricultura, energia, óptica e inúmeros outros, a luz moldou – e continua a moldar – o nosso mundo. Ao entender a luz, nós somos capazes de alcançar o maior progresso científico e tecnológico.”
Todos os seus benefícios naturais e seus usos científicos e tecnológicos fazem com que a luz seja uma parte essencial da vida cotidiana de nossas sociedades; esses benefícios e usos fazem com que a luz seja uma questão importante para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, salientou.
“De importância particular são as questões que envolvem o acesso à luz elétrica, como um meio de melhorar o padrão de vida em países em desenvolvimento, assim como as questões relativas às fibras ópticas usadas para conectar as pessoas de todo o mundo por meio da internet. As redes de comunicação que resultam daí podem levar a um maior intercâmbio cultural, e a mais justiça, responsabilidade e paz.”
O Dia Internacional da Luz mostra a importância da luz na vida das pessoas, sua importância em todas as áreas da vida, de acordo com a chefe da UNESCO. No ano passado, esse dia foi observado pela primeira vez em 87 países. Neste ano, o Dia Internacional da Luz será celebrado pela segunda vez e, por ocasião dessa comemoração, a UNESCO afirma o seu compromisso com a comunidade científica internacional e com seu trabalho sobre esse tema importante.
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Posted: 14 May 2019 08:01 AM PDT
Um centro de recepção e documentação de venezuelanos em Pacaraima (RR). Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno
No Paraná, o Fundo de População das Nações Unidas ( UNFPA) debateu com 245 agentes públicos do estado os desafios de integração das mulheres refugiadas e migrantes no mercado de trabalho brasileiro. A agência da ONU também abordou temas como a violência de gênero contra essa população e o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. Outra pauta do diálogo foi o apoio prestado pelo organismo aos venezuelanos que chegam ao Brasil por Roraima.
A atividade da instituição das Nações Unidas foi promovida no final de semana, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), e fez parte da Rede de Capacitação de Refugiados e Migrantes, organizada pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). De 8 a 10 de maio, o projeto promoveu discussões sobre migração e inclusão com servidores paranaenses.
Na oficina ministrada pelo UNFPA, o chefe do escritório da agência em Roraima, Igo Martini, alertou para os riscos vividos por alguns estrangeiros no Brasil, sobretudo pelos venezuelanos e venezuelanas.
Desde agosto de 2017, por meio de seu Programa de Assistência Humanitária, o organismo da ONU trabalha na recepção de refugiados e migrantes da Venezuela que entram no Brasil pelo território roraimense. O trabalho do Fundo de População das Nações Unidas busca prevenir a violência de gênero e fornecer atendimento em saúde sexual e reprodutiva, incluindo a assistência para demandas emergenciais. As mulheres, de uma forma geral, estão entre as pessoas com vulnerabilidades identificadas e atendidas na região.
Durante sua palestra, Martini destacou a presença de refugiados e migrantes de diversas nacionalidades no evento.
“A oficina coordenada pelo UNFPA e pelo MPT possibilitou um diálogo com servidores públicos municipais e estaduais, professoras universitárias, defensoras de direitos humanos, pessoas migrantes, refugiadas e lideranças religiosas. Como resultado, as participantes encaminharam a necessidade de criação de um grupo de trabalho para debater ações de combate à violência baseada em gênero e de promoção da saúde sexual e reprodutiva no estado do Paraná”, explicou o oficial da agência da ONU.
“A proposta foi apresentada ao MPT/PR e será debatida em uma reunião com a sociedade civil e governo do estado.”
Formação de servidores
A Rede de Capacitação de Refugiados e Migrantes ofereceu treinamentos aos atores envolvidos no acolhimento, integração e interiorização de refugiados e migrantes no Paraná. A iniciativa promoveu um simpósio e dez atividades de formação, com o objetivo de fomentar a discussão sobre a criação de políticas locais de acolhimento, residência e integração.
O projeto integra o programa mais amplo Atuação em rede: capacitação dos atores envolvidos no acolhimento, integração e interiorização de refugiados e migrantes no Brasil. A estratégia já promoveu iniciativas semelhantes em pelo menos sete estados.
Além do UNFPA, a Rede de Atuação é composta pela ESMPU, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, o MPT, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Conectas Direitos Humanos, o Instituto Migrações e Direitos Humanos, a Defensoria Pública da União (DPU), a Missão Paz e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
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Posted: 14 May 2019 07:00 AM PDT
No Brasil, o Maranhão é o estado de origem do maior número de brasileiros vítimas de escravidão contemporânea. De acordo com o Observatório Digital do Trabalho Escravo, desenvolvido e mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 22% dos sobreviventes dessa forma de exploração são maranhenses, sendo muitos deles migrantes que deixam suas comunidades em busca de emprego em outras partes do país.
Em vídeo divulgado pelo projeto Escravo, nem pensar!, implementado pela ONG Repórter Brasil, em parceria com a OIT e o MPT, um trabalhador resgatado da condição análoga a de escravo detalha as violações de direitos a que foi submetido em carvoarias e plantações.
O relato lança luz sobre os diferentes aspectos do trabalho análogo ao de escravo, como as restrições à possibilidade de deixar o local de ocupação e as circunstâncias precárias dos espaços e atividades produtivos. O depoimento também revela técnicas usadas por aliciadores, que muitas vezes oferecem abrigo e comida para, mais tarde, cobrar dívidas dos empregados, sob a forma de dias de trabalho.
O Brasil ratificou as Convenções da OIT nº 29 (Convenção sobre Trabalho Forçado) e nº 105 (Convenção sobre a Abolição do Trabalho Forçado) e, com isso, passa a ter o compromisso de erradicar esta forma de trabalho. O Artigo 149 do Código Penal brasileiro prevê a criminalização do trabalho escravo e define o trabalho análogo ao de escravo quando há condições degradantes de trabalho; jornadas exaustivas, com danos para a saúde e risco de vida; trabalho forçado por meio, por exemplo, de ameaças e isolamento geográfico; e servidão por dívida. Esses elementos podem estar combinados ou não para determinar se uma situação envolve formas contemporâneas de escravidão.
A exploração de um trabalhador escravo não se resume apenas à ausência de liberdade, mas também envolve práticas que ferem a dignidade do indivíduo.
“Eu pensei que não existisse trabalho escravo”, conta o sobrevivente no vídeo, mantido em anonimato por questões de segurança. “A maioria que não escapa está debaixo do chão.”
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