Boletim diário da ONU Brasil: “UNAIDS lembra importância da ação dos jovens na resposta global ao HIV” e 10 outros.
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Posted: 01 Oct 2019 02:15 PM PDT
Na África do Sul, 1,5 mil mulheres jovens e adolescentes (entre 15 e 24 anos) são infectadas pelo HIV por semana. Foto: UNAIDS
Cerca de 19 mil jovens reuniram-se no fim de setembro (25), em Nova Iorque, para o WE Day UN, evento cujo objetivo foi comemorar o trabalho feito por eles para promover mudanças positivas em suas comunidades e no mundo.
Os jovens foram convidados a participar do evento por sua atuação em causas locais e globais. O encontro ocorreu durante a 74ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas e, neste ano, foi realizado em parceria com Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Pacto Global e ONU Mulheres.
O UNAIDS tem uma parceria de longa data com o WE Day, ajudando na educação de jovens sobre o HIV e os apoiando em seus esforços para causar um impacto sustentável em suas comunidades e em todo o mundo. Por meio do trabalho do WE Day, o UNAIDS alcança mais de 20 mil escolas em Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.
Em conversa com o público presente, a diretora-executiva interina do UNAIDS, Gunilla Carlsson, lembrou que “a AIDS não acabou, mas pode acabar”. “Vocês podem ser a geração a acabar com a AIDS e liderar o mundo na conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, criando um mundo melhor para as próximas gerações.”
Carlsson aproveitou a oportunidade para lembrar os jovens da importância de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o quão fundamental é falar sobre o HIV para acabar com o estigma em torno da epidemia.
Suas observações foram precedidas por uma animação recém-lançada pelo UNAIDS, que demonstra as interligações e a interdependência do HIV e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e como os esforços para acabar com a AIDS podem levar a uma transformação social mais ampla e centrada nas pessoas.
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Posted: 01 Oct 2019 02:07 PM PDT
Aliança ‘Jogando para o Planeta’ demonstra como a indústria de videogames, que atinge 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo, pode apoiar ações da agenda ambiental. Foto: Reprodução/CreativeCommons.
Alguns dos maiores nomes da indústria de videogames, com uma audiência conjunta de 970 milhões de jogadores, se comprometeram formalmente a aproveitar o poder de suas plataformas para agir em resposta à crise climática.
Combinados, os compromissos firmados pelas 21 empresas resultarão em uma redução de 30 milhões de toneladas de emissões de CO² até 2030; milhões de árvores plantadas; novos “estímulos verdes” no design de jogos; e melhorias no gerenciamento de energia dos dispositivos e nas embalagens recicláveis.
Esses compromissos voluntários foram anunciados em evento paralelo à Cúpula de Ação Climática das Nações Unidas, que ocorreu na sede da ONU em Nova Iorque em setembro.
Aliança ‘Jogando para o Planeta’
Sob a bandeira da Playing for the Planet Alliance ( Aliança Jogando para o Planeta), CEOs de 14 plataformas e alguns fabricantes de jogos, incluindo Sony Interactive Entertainment; Microsoft; Google Stadia; Rovio; Supercell; Sybo; Ubisoft e WildWorks, estiveram presentes para demonstrar seus compromissos. A Aliança pretende apoiar as empresas no compartilhamento de aprendizado e no monitoramento do progresso da agenda ambiental.
“A indústria de videogames tem a capacidade de envolver, inspirar e cativar a imaginação de bilhões de pessoas em todo o mundo. Isso a torna uma parceira extremamente importante para lidar com a emergência climática”, afirmou Inger Andersen, Diretora Executiva da ONU Meio Ambiente.
“Estamos encorajados pelo compromisso dessas empresas de jogos, que mostra o reconhecimento de que todos devemos desempenhar nosso papel no esforço global de reduzir as emissões de carbono e efetuar mudanças reais em direção à sustentabilidade”, afirmou Andersen.
Os compromissos firmados foram facilitados pela ONU Meio Ambiente com o apoio da Playmob, seguindo o estudo GRID-Arendal que descreve como a indústria de videogames, que atinge 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo, pode apoiar ações na agenda ambiental.
“Aqui, na Cúpula do Clima, me sinto honrado e privilegiado por me juntar a líderes da indústria de jogos para assumir compromissos de contribuir com os esforços da ONU”, disse Jim Ryan, presidente e CEO da Sony Interactive Entertainment, na ocasião do evento.
“Na PlayStation, acreditamos que os jogos têm o poder de provocar mudanças sociais, educando as pessoas, evocando emoções e inspirando esperança. Não poderíamos estar mais orgulhosos de fazer parte da Aliança ‘Jogando para o Planeta’ e estamos ansiosos para ver o que a indústria pode alcançar junta”, completou Ryan.
Segundo Phil Spencer, vice-presidente executivo de jogos da Microsoft: “As mudanças climáticas estão afetando todos os setores, e acreditamos que a tecnologia pode desempenhar um papel crítico ao facilitar e empoderar a resposta a esse desafio”.
“Iniciativas como o Minecraft Build a Better World Campaign e o piloto CarbonNeutral Xbox oferecem uma grande oportunidade de explorar melhor a tecnologia sustentável e a comunidade gamer da Microsoft, a fim de fazer a diferença nessa área essencial dos nossos negócios”, apontou Spencer.
Alguns compromissos firmados
A Sony Interactive Entertainment revelará novos progressos e planeja utilizar tecnologia de eficiência energética (no caminho para efetivar o objetivo de evitar 29 milhões de toneladas de emissões de CO² até 2030); introduzir o modo de suspensão de baixa energia para a próxima geração do PlayStation; avaliar e relatar sua pegada de carbono; e educar e inspirar a comunidade de gamers a agir sobre as mudanças climáticas.
A Microsoft irá anunciar a expansão de seu compromisso operacional já existente com a neutralidade de carbono, estabelecido em 2012, para seus dispositivos e jogos. Ela estabelecerá uma nova meta para reduzir as emissões da cadeia de suprimentos em 30% até 2030 – incluindo o fim da vida útil de dispositivos – e certificar 825.000 consoles Xbox como neutros em carbono em um programa piloto. Além disso, a Microsoft irá engajar gamers em esforços de sustentabilidade na vida real: por meio do Minecraft, sua iniciativa ‘Construa um Mundo Melhor’ viu os jogadores realizarem mais de 20 milhões de ações em jogo.
O Google Stadia, que deve ser lançado no final do ano, produzirá um novo Guia de Desenvolvimento de Jogos Sustentáveis, além de financiar pesquisas sobre como “incentivos verdes” podem ser efetivamente incorporados ao jogo.
A Supercell (Clash of Clans) irá compensar toda a pegada de sua comunidade; a Rovio (Angry Birds) compensou o impacto de carbono de seus jogadores quando carregam seus dispositivos; e a Sybo (Subway Surfer) e a Space Ape (Fastlane) compensarão 200% do uso de energia móvel de seu estúdio e de seus jogadores. Os documentos de orientação ajudarão outras empresas a tomar ações semelhantes.
O Wild Works (Animal Jam) integrará elementos de reflorestamento nos jogos e, como o Green Man Gaming, eles focarão em reflorestar algumas das florestas do mundo com grandes iniciativas de plantio de árvores.
A Ubisoft desenvolverá temas ecológicos em seus jogos e utilizará materiais de fábricas ecologicamente corretas; e a Sports Interactive eliminará 20 toneladas de embalagens, mudando de plástico para uma alternativa reciclada (e reciclável) para todos os futuros lançamentos do Football Manager.
O ZooCraft da Creative Mobile evoluirá para um jogo focado na conservação juntamente com a Reliance Games (Little Singham), gerando conscientização nas crianças a fim de torná-las embaixadoras da mudança climática em eventos e iniciativas in-game na Índia.
A maior plataforma independente de jogos da China, a iDreamSky se comprometeu a colocar incentivos verdes em seus jogos.
A E-Line Media (Never Alone, Beyond Blue), Strange Loop (Eco) e Internet of Elephants (Safari Central) compartilharão com a Aliança sua expertise em criar jogos ambientalmente orientados de alto impacto.
Por fim, a Twitch comprometeu-se a utilizar sua plataforma para espalhar esta mensagem para a comunidade gamer global; e a Niantic Inc (Pokemon Go) compremeteu-se a engajar sua comunidade a agir em torno de questões de sustentabilidade.
CEOs e gamers unidos pela preservação do meio ambiente
“Por meio de campanhas de sensibilização ligadas aos jogos e filmes do Angry Birds ao longo dos anos, sabemos que nossos fãs estão tão indignados quanto nós com as mudanças climáticas”, disse Kati Levoranta, CEO da Rovio Entertainment.
“Considerando a enormidade dos desafios ambientais que enfrentamos nos próximos anos, nós, como indústria, devemos unir forças com nossos jogadores e sermos propagadores de ação”, apontou Levoranta.
Muitas vezes, há uma relação inversa entre jogos que são projetados para serem educativos e a capacidade de atingirem as massas. Para resolver essa questão, muitas das empresas promoverão design jams com sua equipe de criação para pensarem como podem incentivar melhores práticas ambientais dentro dos jogos, sem limitar a diversão e o prazer dos jogadores.
Falando em apoio a esta iniciativa, Mathias Gredal Norvig, CEO da Sybo, a organização por trás do Subway Surfer, disse: “Os videogames podem parecer um aliado improvável nesta batalha, mas esta Aliança é uma plataforma crítica onde todos nós podemos fazer a nossa parte para reduzir nosso impacto de carbono e jogar o nosso jogo”.
“Acredito firmemente em despertar curiosidade e conversas sobre o assunto onde quer que as pessoas estejam, e com duas bilhões de pessoas jogando, essa Aliança tem um alcance inigualável”, pontuou Norvig.
Amit Khanduja, CEO da Reliance Games, afirmou: “A indústria de jogos móveis precisa assumir a liderança nos mercados emergentes para aumentar a conscientização entre os próximos bilhões de jogadores que estarão online para liderar o caminho para as mudanças climáticas”.
Khanduja conclui: “Estamos honrados em fazer parte dessa forte iniciativa da ONU por um amanhã melhor”.
Conheça algumas empresas que aderiram à Aliança
Creative Mobile, E-Line Media, Google Stadia, Green Man Gaming, iDreamSky, Internet of Elephants, Microsoft, Niantic Inc, Pixelberry, Reliance Games, Rovio, Space Ape, Sports Interactive, Supercell, Sony Interactive Entertainment, Strange Loop, Sybo, Twitch, Ubisoft e WildWorks. Todos os membros serão apoiados pelo Playmob.
Leia mais informações sobre a Aliança aqui.
Sobre a ONU Meio Ambiente
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente é a voz global para questões ambientais.
O PNUMA (ou ONU Meio Ambiente) incentiva parcerias para o cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e permitindo que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometerem a de gerações futuras.
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Posted: 01 Oct 2019 12:56 PM PDT
Campanha Fé pelas Florestas visa unir pessoas de todas as religiões para acabar com o desmatamento tropical. Foto: IRI/CreativeCommons.
A campanha Fé pelas Florestas foi lançada em 22 de setembro como uma contribuição à Cúpula de Ação Climática do secretário-geral da ONU deste ano, iniciando um movimento global de mobilização, educação e ativismo de organizações religiosas em torno da justiça climática.
O anúncio foi feito pela diretora executiva da ONU Meio Ambiente, Inger Andersen, e por Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
Fé pelas Florestas é um apelo global às organizações religiosas ou baseadas na fé, redes e locais de culto em todo o mundo para se unirem ao movimento para acabar com a destruição das florestas tropicais do planeta. O objetivo é unir pessoas de todas as religiões para acabar com o desmatamento tropical.
Protegendo os defensores do meio ambiente
Os povos indígenas são ótimos protetores das florestas tropicais. Foto: Mongabay | Daniel Aguilar.
A campanha também defende os direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais que estão na linha de frente da luta para deter e reverter o desmatamento ilegal. Todas as organizações religiosas e de boa fé em todo o mundo são convidadas a participar do movimento.
Já endossada por mais de 900 lideranças religiosas de 125 países e representando uma rede de mais de um bilhão de pessoas, a campanha Fé pelas Florestas tem como objetivo adicionar um impulso novo e necessário, com novos aliados, aos esforços de proteção florestal em todo o mundo.
Apenas na última década, uma área de floresta tropical do tamanho do Reino Unido, França e Alemanha combinados foi perdida. Essa destruição é prejudicial e está minando os esforços para enfrentar as mudanças climáticas, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos.
Campanhas de conservação ambiental da ONU Meio Ambiente
O desmatamento das florestas tropicais tem conseqüências significativas para a biodiversidade e o aquecimento global. Foto: CIFOR.
Em 2017, a ONU Meio Ambiente lançou a iniciativa Fés pela Terra, que construiu uma rede de cerca de 1.500 organizações religiosas ou baseadas na fé que concentram o poder desta em nome do serviço ao planeta.
No mesmo ano, foi instituído a Iniciativa Inter-Religiosa para Florestas Tropicais, com a missão de trazer lideranças religiosas para acabar com a destruição de nossas florestas tropicais.
O coordenador da Iniciativa Inter-Religiosa, Charles McNeil, comentou a criação da nova campanha da ONU Meio Ambiente que visa unir crença e conservação ambiental. “A campanha Fé pelas Florestas é essencial – uma declaração que precisa ser divulgada em todo o mundo e uma biblioteca de materiais educacionais desenvolvidos especificamente para lideranças e comunidades religiosas sobre desmatamento, mudança climática e os direitos dos povos indígenas”, afirmou.
Já segundo Iyad Abumoghli, coordenador principal da iniciativa Fés pela Terra da ONU Meio Ambiente, “o poder das organizações religiosas na proteção de florestas ainda é inexplorado”.
“As instituições religiosas possuem 5% de todas as florestas comerciais da terra, 22% e 28% na Suécia e na Áustria, respectivamente. As organizações religiosas podem e devem mostrar liderança na proteção das florestas como um meio de cumprir suas obrigações religiosas como defensores ambientais”, comentou Abumoghli.
Sobre a Cúpula de Ação Climática 2019
A Cúpula de Ação Climática da ONU aconteceu na cidade de Nova York em 23 de setembro de 2019 com fins de aumentar as ambições de conservação; acelerar ações em resposta à emergência climática global; e apoiar a implementação do Acordo de Mudança Climática de Paris.
A Cúpula de Ação Climática da ONU de 2019 foi organizada pelo atual secretário-geral da ONU, António Guterres.
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Posted: 01 Oct 2019 12:56 PM PDT
A australiana Gillian Triggs assumiu em Genebra o cargo de alta-comissária assistente de proteção da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Foto: Wikimedia Commons
A australiana Gillian Triggs assumiu na segunda-feira (30), em Genebra, o cargo de alta-comissária assistente de proteção da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Triggs, que até recentemente era professora emérita e vice-reitora da Universidade de Melbourne e presidente da Comissão Australiana de Direitos Humanos, sucede Volker Türk no cargo — que deixou o ACNUR em julho para assumir o posto de secretário-geral adjunto de coordenação estratégica na sede da ONU, em Nova Iorque.
Em seu novo cargo, Triggs supervisionará o trabalho de proteção do ACNUR para milhões de refugiados, deslocados internos, apátridas e outras pessoas em necessidade de proteção.
O vice-alto-comissário, o alto-comissário assistente para operações e o alto-comissário assistente para proteção compreendem as três mais importantes posições que apoiam o alto-comissário no exercício de seu mandato.
“Estou muito satisfeito que Gillian esteja se juntando a nós e em um momento crucial enquanto nos preparamos para o Fórum Global de Refugiados em dezembro”, disse o alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi.
“Com altos níveis de deslocamento forçado, a necessidade para soluções e um robusto painel de proteção internacional raramente importou tanto para tantas vidas. Nós calorosamente damos as boas-vindas a ela ao ACNUR.”
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Posted: 01 Oct 2019 12:26 PM PDT
Cidade do Panamá. Foto: Flickr (CC)/Matthew Straubmuller
O Fórum de Parceiros Regionais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para a América Latina e o Caribe tem o objetivo de identificar desafios e soluções para fortalecer a cooperação com governos, setor privado e parceiros não governamentais. O objetivo final é a promoção da paz e do desenvolvimento sustentável por meio de educação, ciência, cultura, comunicação e informação.
O evento, que acontece em 3 e 4 de outubro na Cidade do Panamá, apresentará o Programa da UNESCO na região e permitirá que diferentes entidades se reúnam para discutir oportunidades e estratégias de colaboração. A diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, participará do encontro.
Também estarão presentes representantes de organizações brasileiras parceiras da UNESCO, como Ana Paula Brasil, gerente de Responsabilidade Social da TV Globo, empresa que mantém parceria com a UNESCO por meio do programa Criança Esperança; Marcos Kisil, consultor sênior da Fundação José Luiz Egydio Setubal; Andreia Rabetim, gerente de Parcerias Intersetoriais da Fundação Vale, bem como parceiros governamentais.
O encontro também terá representantes de governos, do Sistema Nações Unidas, de universidades, sociedade civil, bancos de desenvolvimento, centros e institutos ligados à UNESCO, além de um grupo de representantes do setor privado, incluindo empresas, bancos, fundações e filantropos. Alguns dos principais doadores e parceiros da UNESCO compartilharão experiências e discutirão potenciais projetos com a Organização, expondo desafios e oportunidades na região.
Durante o Fórum, serão apresentadas informações sobre as diferentes modalidades de financiamento e de parceria com a UNESCO. Estão previstas ainda conferências, workshops e sessões de networking, onde os parceiros terão um espaço aberto para discutir formas de colaboração. Para a UNESCO, o Fórum de Parceiros da América Latina e do Caribe será uma oportunidade importante para apresentar seu trabalho na região e para dar visibilidade a sua ampla gama de parceiros.
Para mais informações, acesse o site: www.ForoUnescoLAC.com.
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Posted: 01 Oct 2019 12:07 PM PDT
Família síria de Idlib chegou recentemente a Lesbos, na Grécia, abrigando-se em um olival localizado perto do centro de recepção de Moria, em 23 de setembro de 2019. Foto: ACNUR/Gordon Welters
Um aumento do número de refugiados que chegam aos centros de recepção das ilhas gregas deve piorar a situação em instalações já “perigosamente superlotadas”, disse a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) nesta terça-feira (1).
Em um pedido para que os requerentes de refúgio sejam transferidos urgentemente para o continente pelo governo central de Atenas, o ACNUR informou que as chegadas por mar em setembro subiram para mais de 10 mil — o nível mensal mais alto desde 2016.
O comunicado foi publicado após um incêndio no domingo (29) em um contêiner que servia de abrigo no centro de recepção Moria, em Lesbos, no qual uma mulher morreu, provocando protestos violentos.
“Esse aumento agravou as condições já extremamente difíceis nos centros de acolhimento das ilhas gregas, e é por isso que estamos enfatizando que é tão importante que sejam tomadas medidas urgentes agora para levar pessoas para o continente”, disse a a porta-voz do ACNUR Liz Throssell, em Genebra.
Segundo a agência da ONU, existem mais de 4.400 crianças desacompanhadas nas ilhas, de pelo menos 30.000 pessoas que procuram abrigo no total.
Desse número, 500 jovens também foram alojados com adultos que não eram seus parentes em uma grande tenda em estilo de armazém, disse o ACNUR, descrevendo a situação em Lesbos, Samos e Kos como “crítica”.
Destacando a necessidade de “medidas urgentes” das autoridades gregas, Throssell apelou a elas para que acelerem a transferência de mais de 5.000 solicitantes que já têm permissão para continuar seu processo de refúgio no continente.
Em Lesbos, o centro oficial de recepção em Moria está operando com um número de pessoas cinco vezes maior à sua capacidade (12.600), disse a agência, enquanto em um assentamento informal próximo, mais de 100 pessoas compartilham um único banheiro.
Em Samos, a instalação de Vathy abriga 5.500 pessoas — oito vezes sua capacidade — e em Kos, cerca de 3.000 pessoas vivem em um espaço destinado a apenas 700.
A maioria dos que procuram abrigo é de Afeganistão e Síria, além de Iraque e República Democrática do Congo, disse o ACNUR.
Comentários anteriores do governo grego sobre o desejo de aliviar a pressão sobre as ilhas e proteger crianças desacompanhadas são bem-vindos, informou a agência em comunicado.
Segundo o ACNUR, a Grécia recebeu 45.600 das 77.400 pessoas que cruzam o Mar Mediterrâneo este ano — mais do que Espanha, Itália, Malta e Chipre juntos.
Enquanto isso, pelo sexto ano consecutivo, acredita-se que 1.000 pessoas tenham se afogado nas travessias do Mar Mediterrâneo, informou nesta terça-feira (1) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Citando uma recente onda de naufrágios ao longo das principais rotas migratórias para a Europa, a agência destacou um incidente na costa marroquina no fim de semana em que cerca de 40 migrantes se afogaram.
Nos últimos seis anos, pelo menos 15.000 homens, mulheres e crianças perderam a vida tentando chegar à Europa de barco — uma situação que a agência da ONU comparou com uma “carnificina no mar”.
Segundo dados da OIM, a travessia marítima mais mortal é a rota central do Mediterrâneo do norte da África para a Itália, com 659 vidas de migrantes ou refugiados perdidas até agora este ano.
Outros 270 morreram tentando chegar à Espanha do norte da África, enquanto 66 vítimas foram registradas nas águas entre Turquia, Síria e Grécia.
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Posted: 01 Oct 2019 11:16 AM PDT
Idoso conversa com crianças seguindo a tradição oral da língua caribenha mapoyo. Foto: Centro da Diversidade Cultural
Na próxima década, projeta-se que o número de pessoas com 60 anos ou mais no mundo cresça 46%, tornando o aumento daqueles oficialmente classificados como idosos uma das “transformações mais significativas deste século”, disse a ONU nesta terça-feira (1), Dia Internacional dos Idosos.
Até 2030, haverá 1,4 bilhão de idosos em todo o mundo, superando o número de jovens — um grande aumento em relação a 2017, quando esse volume era de 962 milhões.
Os países em desenvolvimento estão registrando os maiores aumentos. No sudeste da Ásia, os idosos representam quase 10% da população desde 2017, em comparação com 8% em 2010. Esse número continuará a subir, com as pessoas idosas representando 13,7% da população até 2030, de acordo com dados regionais da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diante dessa “revolução demográfica”, é necessário prestar mais atenção às vulnerabilidades específicas que os idosos enfrentam, disse a especialista independente da ONU para os direitos humanos dos idosos, Rosa Kornfeld-Matte, em comunicado.
Diferentemente de refugiados, mulheres e crianças, pessoas com deficiência ou outros grupos, os idosos não são protegidos por nenhum instrumento específico de direitos humanos; o que pode explicar a falta de representação e os desafios únicos enfrentados por esse grupo em temas de política global, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), disse a relatora.
“Precisamos defender agora os direitos dos idosos”, disse Matte. “Apesar de desejarmos viver o maior tempo possível, não queremos envelhecer. A gerontofobia generalizada, o medo da auto-degeneração e da morte relacionadas à idade alimentam o preconceito contra idosos, a discriminação e, finalmente, a negação dos direitos humanos na terceira idade.”
As desigualdades na terceira idade refletem desvantagens acumuladas, decorrentes de fatores como localização, gênero, questões socioeconômicas, de saúde e renda, lembrou a ONU.
Instando todos a defenderem os direitos das pessoas idosas, Matte disse: “todos temos o dever de garantir que as gerações futuras – nossos filhos e netos – à medida que envelhecem, sejam vistos como contribuintes valiosos para a sociedade”.
“Os jovens, hoje em posição de poder, precisam perceber que eles também envelhecerão. Cabe a eles moldar a realidade das pessoas mais velhas e o futuro que elas desejam”, acrescentou.
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Posted: 01 Oct 2019 09:32 AM PDT
Rede Brasileira de População e Desenvolvimento percorre o Brasil em consultas sobre avanços e desafios do tema desde a Conferência Internacional de 1994. Foto: UNFPA Brasil | Yareidy Perdomo.
Como parte de um amplo processo de consulta em várias partes do país sobre os avanços desde a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo em 1994, a Rede Brasileira de População e Desenvolvimento visitou Roraima no final de setembro.
O objetivo foi colher demandas, experiências e proposições de imigrantes, profissionais que atuam na resposta ao fluxo migratório e a comunidade acadêmica sobre os desafios atuais da imigração no Brasil, no contexto dos 25 anos da Conferência Internacional no Cairo.
O encontro foi realizado em parceria com o Fundo de População da ONU (UNFPA) e contou com a participação de professores e estudantes da Universidade Federal de Roraima; profissionais do Exército da Salvação; da Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVISI Brasil); do Núcleo de Mulheres de Roraima e pessoas refugiadas e migrantes de diferentes gerações e gêneros.
Sobre a CIPD
A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento é considerada um marco na agenda de população e desenvolvimento. Ela representou uma mudança de paradigma na forma como esses assuntos passaram a ser abordados.
Antes de 1994, falava-se em explosão populacional e possível escassez de alimentos, de necessidade de controle de natalidade. Após a conferência, o foco passou a ser a liberdade de escolha, com foco na equidade de gênero e na promoção dos direitos reprodutivos como direitos humanos.
A consulta em Roraima
Em Roraima, a atividade foi realizada através de uma metodologia participativa e de roda de conversa, na qual os participantes foram estimulados a contribuir a partir de suas experiências e opiniões, relatando tanto os desafios quanto os avanços em relação aos processos migratórios no Brasil.
Segundo Richarlls Martins, coordenador da Rede Brasileira de População e Desenvolvimento, “o objetivo desses encontros é pensar quais são os avanços, lacunas e desafios atuais no Brasil, passados os 25 anos da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento”, disse.
No Brasil, já foram realizados eventos com a comunidade científica para colher dados. Martins elenca “as consultas para grupos populacionais específicos, a consulta LGBTIQ, a consulta ao enfrentamento a HIV/AIDS no Brasil e agora a consulta para população migrante aqui em Roraima”.
“Ainda falta uma série de consultas que terá como resultado a criação de um relatório colhido a partir da sociedade civil brasileira sobre a implementação da agenda de população e desenvolvimento no Brasil, que será entregue ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas”, explicou.
Para ele, a consulta realizada em Roraima teve um saldo positivo devido à diversidade de países representados pela população migrante consultada.
“Não foi especificamente uma atividade local, ela ultrapassou de fato as fronteiras. Foi uma atividade latino-americana e caribenha porque tínhamos representações de população migrante da Venezuela mas também de El Salvador, da Colômbia, além de uma alta representação de profissionais que atuam na resposta à crise humanitária”, completou Martins.
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Posted: 01 Oct 2019 08:25 AM PDT
Vanis é natural da cidade venezuelana de Carupano. Atualmente, ela vive em Brasília com a filha Luanna, nascida no Brasil. Foto: ACNUR | Alan Azevedo.
Os fins de semana de Vanis eram repletos de sol, mar e comida. Sua família costumava se reunir em uma das praias de sua cidade natal, Carupano, para aproveitar os dias de descanso. Sancochos, uma típica sopa venezuelana feita com carne, era a estrela do cardápio na hora do almoço.
Mas as coisas mudaram com a crise que atingiu a Venezuela a partir de 2014, e uma nuvem de incerteza começou a pairar sobre a tranquilidade dos domingos de sol. A empresa onde Vanis trabalhava há 15 anos na área de recursos humanos começou a reduzir o número de funcionários, alegando não ter dinheiro para pagar o salário de todos. Foi então que ela ficou desempregada.
O cenário de instabilidade no país se agravava e se sustentar ficou cada vez mais difícil. “Tudo era muito caro. O que eu ganhava não cobria as despesas básicas como aluguel, alimentação e coisas que precisamos para viver. Não consegui manter minha filha na escola”, relatou.
A hiperinflação que assola a Venezuela faz com que muitas famílias não consigam o mínimo para viver com dignidade. Por seis meses, Vanis e o filho Alejandro, de 20 anos, tentaram a vida em Las Minas, região da Venezuela onde há intensa atividade de garimpo.
Mas uma adversidade impediu que a vida ali desse certo. Ela e o filho contraíram malária. “É uma zona muito montanhosa, há muitos insetos”, contou Vanis.
Recuperados, ficaram ainda alguns meses na cidade venezuelana de Santa Helena, mas em meio a violência, insegurança, falta de alimentos e de serviços essenciais, Vanis e Alejandro não viram outra saída a não ser deixar o país. Ela conta que “voltar para casa não era uma opção”. “Não tínhamos como sobreviver.”
Até o momento, mais de 4 milhões de pessoas deixaram a Venezuela. Assim como Vanis e Alejandro, os motivos incluem, principalmente, insegurança, escassez de comida, ausência de serviços de saúde e medicamentos e até mesmo a perda de moradia.
A chegada ao Brasil
Os 18 km do trajeto de Santa Helena até Pacaraima foram percorridos a pé. “Tinha muita gente em Pacaraima. Muitos venezuelanos se encostavam em qualquer coisa e dormiam na rua. Foi um momento muito difícil. Não estávamos acostumados a ver tanta gente nessa situação”, relatou Vanis.
De carona, Vanis e Alejandro foram para Boa Vista (RR), onde ficaram por cinco meses. Lá, dividiram uma casa com outros 20 venezuelanos.
“Dormíamos em redes e em colchões no chão. Todos os dias íamos para a rua procurar comida, pois nenhum de nós tinha emprego. Os primeiros dias foram muito difíceis, pois não conhecíamos ninguém e não estávamos acostumados a essa situação”, contou.
Programa de Interiorização de Refugiados Venezuelanos
Ela ficou sabendo do programa de interiorização e da possibilidade de se mudar para outra cidade brasileira, onde teria mais segurança e oportunidades.
O intuito da estratégia de interiorização é reduzir o impacto da chegada de venezuelanos em Roraima, permitindo que tenham novas oportunidades de integração e ingresso no mercado de trabalho, recomeçando suas vidas e ao mesmo tempo contribuindo para o desenvolvimento das novas comunidades de acolhida.
Além do ACNUR, outras agências da ONU estão diretamente envolvidas com a estratégia.
Inicialmente, Vanis pensou em São Paulo, com o objetivo de ajudar o filho Alejandro a realizar o sonho de ser músico. Mas então o destino deu mais uma guinada em suas vidas: Vanis descobriu que estava grávida.
“Foi uma surpresa. Minha filha não foi planejada. Ela foi uma benção de Deus”, disse. Apesar de ter se alegrado com a notícia, Vanis contou que não foi fácil se sustentar no período.
“Eu tinha a intenção de seguir em frente, mas as pessoas não dão oportunidades para grávidas. As coisas se complicaram mais”, relatou. Alejandro precisou trabalhar para sustentar a família. “É muito difícil não poder ajudar meus filhos da forma como eu queria”, relatou.
Vanis e Alejandro acabaram se mudando para a capital. Ela deu à luz a pequena Luanna, que é brasiliense e tem hoje um mês de idade.
“Fomos bem recebidos aqui. Muitas pessoas nos apoiam. Todos os domingos me reúno com outros venezuelanos em uma igreja. Estamos muito unidos”, relatou.
Em breve, Vanis espera poder trazer para Brasília a filha Oriana, de 18 anos, que ficou na Venezuela. Ela conta que é muito difícil estar longe da família nos momentos difíceis. “Como grande parte dos venezuelanos, minha família também está longe de mim. Eu era muito próxima da minha filha, e foi muito difícil deixá-la”, contou.
Apesar da saudade que sente da vida que deixou para trás, Vanis mantém o pensamento positivo e acredita que dias melhores virão. Para ela, “estamos no meio de um processo. Superamos uma situação e aparece algo diferente, mas seguimos”. E conclui: “tudo tem solução, não podemos desistir. Temos que continuar virando as páginas.”
Clique para exibir o slide.
Sobre o trabalho do ACNUR
O ACNUR atua na emergência da Venezuela, oferecendo serviços de registro e informação, abrigo e proteção para famílias venezuelanas em situação de vulnerabilidade em toda a região da América Latina.
No Brasil, o ACNUR está presente na região Norte, oferecendo abrigos, alimentação, água potável, atendimento psicossocial e espaços seguros para crianças.
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Posted: 01 Oct 2019 08:03 AM PDT
Profissionais de saúde no Hospital Docente de Calderón, em Quito, capital do Equador. Foto: OPAS
A meta de saúde universal deveria estar ao alcance das Américas — uma região que tem sido líder mundial no progresso nessa área. No entanto, é necessário intensificar as ações e investimentos para acelerar o avanço, afirmou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, durante a cerimônia de abertura do 57º Conselho Diretivo da OPAS, que ocorreu na segunda-feira (30).
As observações foram feitas diante das principais autoridades de saúde de Américas do Norte, do Sul, Central e do Caribe, que se reúnem em Washington (Estados Unidos) esta semana para buscar um acordo sobre estratégias e planos capazes de enfrentar desafios comuns em saúde. Isso inclui um plano para reduzir as doenças cardiovasculares, eliminando os ácidos graxos trans produzidos industrialmente; uma estratégia para tornar o acesso a transplantes de órgãos, tecidos e células mais equitativo; e um plano para melhorar a qualidade do atendimento prestado nos serviços de saúde.
Dirigindo-se a mais de 100 delegados e representantes da sociedade civil presentes na reunião, Etienne citou os recentes sucessos em saúde alcançados pelos países das Américas, descritos no Relatório Global de Monitoramento de 2019 “Atenção Primária à Saúde no Caminho para a Cobertura Universal de Saúde”, lançado na Assembleia Geral das Nações Unidas na última semana.
A diretora da OPAS lembrou que as Américas têm a mais alta classificação entre todas as regiões em cobertura de serviços de saúde (79 em 100 no Índice de Cobertura de Serviços) e registraram aumento significativo na despesa pública regional média em saúde, de 3,8% para 4,2% do PIB nos últimos cinco anos.
Apesar de tal progresso, Etienne apontou para uma necessidade urgente de ação conjunta em desafios de saúde maiores que, “se não forem abordados, afetarão negativamente nossa capacidade coletiva de oferecer” saúde universal para o povo das Américas.
Entre eles, estão o aquecimento global e as mudanças climáticas, a prevenção da disseminação rápida e descontrolada de doenças infecciosas, a resistência antimicrobiana, a migração em massa e a produção de alimentos e água seguros, entre outros, “para os quais os riscos, desafios e possíveis impactos se estendem além das fronteiras nacionais”, observou Etienne.
A diretora da OPAS instou os ministros e os delegados a “trabalharem em conjunto para o bem global mútuo em muitas áreas”.
O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex Azar, enfatizou a “orgulhosa história de cooperação nas Américas na área da saúde” e pediu uma colaboração contínua. “É importante lembrar que o objetivo final de nosso trabalho é a saúde de todas as pessoas”, disse.
Azar também destacou o trabalho de países – como a Colômbia – que receberam migrantes da Venezuela e afirmou que “estaremos mais aptos a responder a emergências de saúde se estivermos melhor preparados”.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, elogiou a região das Américas por ser “a única que viu melhorias na cobertura de serviços e proteção financeira”, mas citou as mudanças climáticas como um desafio particularmente importante.
“O que vi nas Bahamas é um lembrete trágico da necessidade urgente de mitigar e se adaptar às mudanças climáticas”, disse Tedros. Embora os pequenos Estados insulares sejam os menos responsáveis pelas mudanças climáticas, eles estão entre os com maior risco. “Nossa visão é que, até 2030, todas as ilhas do Caribe terão um sistema de saúde resiliente às mudanças climáticas. Isso é ambicioso, mas factível”, acrescentou.
O ministro da Saúde Pública das Bahamas e o presidente cessante do Conselho Diretivo, Duane Sands, agradeceram à OPAS/OMS por sua assistência na restauração e reconstrução após o furacão Dorian. “Seu trabalho resultou em salvar inúmeras vidas, impedir a propagação de doenças e mortes e promover uma vida saudável para indivíduos, populações, comunidades e países sem medo ou favor”, alegou.
Sands afirmou ainda que a OPAS continua liderando o mundo com a erradicação, prevenção e controle de doenças, apesar da mudança de paisagens políticas e incertezas econômicas, e prestando atenção especial à diversidade cultural, sensibilidade étnica e proteção de populações vulneráveis. “A base da força da OPAS pode ser resumida: um país com todos os recursos do mundo não pode alcançar o que 39 países podem alcançar juntos”, pontuou.
O ministro da Saúde da Costa Rica, Daniel Salas Peraza, foi eleito presidente do 57º Conselho Diretivo da OPAS deste ano.
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Posted: 01 Oct 2019 06:34 AM PDT
Foto: Kaboompics/CC
A ONU reforçou nesta terça-feira (1) seu alerta sobre o uso do nome da Organização por parte de fraudadores e estelionatários. Só este ano, as Nações Unidas no Brasil receberam cerca de 750 pedidos de informação ou questionamentos de brasileiras sobre a identidade de homens que dizem trabalhar para a Organização e com os quais iniciaram relacionamentos virtuais.
Por meio de mensagens, pessoas se identificando como funcionários da ONU ou de um Estado-membro atuando em forças de paz pedem dados pessoais das mulheres e frequentemente dizem que precisam de dinheiro para tirar férias. A ONU esclarece que os próprios funcionários são responsáveis por solicitar suas férias e que tal direito não tem qualquer custo para seus trabalhadores.
As Nações Unidas também esclarecem que não cobram qualquer taxa durante seu processo de recrutamento, outro tipo comum de tentativa de fraude. A Organização alerta também que, sob qualquer hipótese, não solicita informações de indivíduos em relação a suas contas bancárias ou outras informações pessoais.
Prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas também não são oferecidos pela Internet ou por telefone. Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
A ONU tem recomendado que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de fundos nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar em prejuízos financeiros ou roubos de identidade.
Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do “Fale Conosco” da Organização: www.onu.org.br/contato.
As vítimas devem ser orientadas a informar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática (no Brasil, a maioria dos estados possui uma).
Confira o alerta da ONU sobre o tema clicando aqui.
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