Boletim diário da ONU Brasil: “Espaço Amigável, do UNFPA, recebe visita de comitiva do governo” e 10 outros.
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seg, 30 de set 18:05 (há 1 dia)
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Posted: 30 Sep 2019 01:46 PM PDT
Ministra Damares visitou o Espaço Amigável do UNFPA em Paracaima, Roraima. Foto: UNFPA Brasil | Yareidy Perdomo.
Como parte da agenda em Roraima, a ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, visitou o Posto de Triagem da Operação Acolhida em Pacaraima. Durante a passagem, ela conheceu o Espaço Amigável do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), onde se encontravam 19 mulheres gestantes que participavam de uma sessão informativa sobre saúde sexual e reprodutiva.
A comitiva contava também com a presença do governador do estado de Roraima, Antônio Denarium e do prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato.
Após acompanhar parte da sessão informativa, a ministra aproveitou para conversar com as participantes. “Sejam todas bem vindas ao nosso país, vamos acolher vocês com muito carinho e vamos apoiar para que vocês e seus filhos tenham muito sucesso no Brasil”, disse.
A ministra falou sobre a importância de dar apoio na resposta às mulheres gestantes que chegam ao Brasil pelo fluxo migratório proveniente da Venezuela, e parabenizou o trabalho que é feito na Operação Acolhida.
“Agradecemos o trabalho feito pelo Exército e as agências como o UNFPA, que recebem mulheres gestantes no seus espaços e fornecem o suporte, informações e orientações quando elas chegam no Brasil”, avaliou.
Sobre o trabalho do UNFPA Brasil
O Fundo de População da ONU trabalha em parceria com o ministério brasileiro desde agosto de 2018, com o objetivo de fortalecer estratégias de promoção e proteção de direitos humanos de pessoas refugiadas e migrantes no Brasil, especialmente daquelas e daqueles em situação de vulnerabilidade social.
A promoção da saúde sexual e reprodutiva é um dos eixos de atuação do UNFPA em Roraima. Isso inclui recepcionar, ouvir e orientar mulheres grávidas, acolhendo e referenciando para a rede de atendimento para que possam ter o acompanhamento adequado da gestação.
No Brasil, o UNFPA atua desde 1973, colaborando com o governo e diversas organizações da sociedade civil na formulação e monitoramento de políticas e programas sobre população e desenvolvimento.
A agência trabalha com o objetivo de melhorar a vida das pessoas, atuando como catalisadora de ações e defensora de seus direitos.
Através de alianças e parcerias com governos; outras agências da ONU; sociedade civil; e o setor privado, o UNFPA faz uma diferença positiva na vida de bilhões de pessoas, especialmente as mais vulneráveis.
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Posted: 30 Sep 2019 01:44 PM PDT
Clique para exibir o slide.Imagine um jogo de perguntas e repostas em que estudantes de todo o Brasil podem testar seus conhecimentos e compartilhar aprendizagens. Esse é o MapaEdu, um dos projetos vencedores da edição 2018 da Maratona UNICEF Samsung.
A proposta – desenvolvida por três estudantes do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e uma aluna e uma professora do ensino médio público do estado – tem como objetivos promover a interação, identificar os temas em que os alunos têm mais dificuldades e ajudar a escola a saná-las.
A ideia do aplicativo surgiu em 2018, quando o estudante de engenharia elétrica do IFPB Júlio César, de 22 anos, ficou sabendo da Maratona UNICEF SAMSUNG, iniciativa voltada à criação de aplicativos para dispositivos móveis (apps) para escolas.
Junto com outros dois colegas programadores, Adjamiltom Medeiros e José Raimundo, começou a formar uma equipe para participar da maratona. Os três desenvolveriam a parte técnica do projeto. E era preciso mais gente para criar uma proposta que tivesse impacto nas escolas de ensino fundamental do estado.
Surgiu a ideia de convidar a professora de química da rede estadual Joedna Sabino. Ela já havia promovido um hackaton – evento que reúne profissionais ligados ao desenvolvimento de software em maratonas de trabalho – de química na escola em que trabalha, em João Pessoa, e chamou a atenção dos três programadores.
Junto com a professora, veio a estudante Camilly Pontes, de 16 anos. Aluna do 1º ano do ensino médio na escola em que Joedna lecionava, ela demonstrava aptidão e interesse pela área de tecnologia, além do desejo de se especializar em eletrônica.
“Fizemos uma combinação de programação com educação. Nossa equipe se completava justamente por ser multidisciplinar. Além da equipe técnica e da professora, tínhamos a aluna, então conseguimos o feedback de todas as áreas”, conta Júlio.
Equipe organizada, mãos à obra
Equipe completa, o grupo passou a se reunir toda semana para desenhar o projeto. A ideia principal era criar uma proposta que permitisse entender os maiores desafios dos estudantes e contribuir com a escola para saná-los.
Surgia, aí, o MapaEdu que, como o nome diz, visa mapear a educação no Brasil. Júlio conta que a intenção era encontrar os locais com os menores índices de educação e aproveitamento do aluno em sala, coletar e apresentar esses dados aos responsáveis, e gerar mudança nas escolas.
O app foi pensado como uma plataforma móvel educacional que pode ser usada por estudantes do ensino fundamental para aprender e compartilhar conhecimento entre estados do Brasil.
Por meio de um jogo de perguntas e respostas, o MapaEdu é capaz de testar o conhecimento do estudante e identificar as principais dificuldades em cada disciplina. Professores de todo o país podem registrar questões.
Por meio das respostas dos alunos, o aplicativo identifica padrões de dificuldades de aprendizagem entre estudantes de uma mesma escola – dado que a instituição pode utilizar para melhorar suas práticas. “O aplicativo foi pensado com base na nossa geração atual, que gosta de jogos e de aprender de maneira lúdica. O principal objetivo é facilitar a formação acadêmica dos estudantes”, conta Camilly.
A ideia deu resultado: a equipe recebeu a notícia de que era uma das 31 selecionadas de todo o Brasil para participar da maratona. “Pulei de alegria!”, relembra a estudante.
Desenvolver, testar e aprimorar
Começou, então, a fase de produção, desenvolvimento e mentorias, em que a equipe pôde desenvolver um protótipo do projeto. No período de testagem, a professora elaborou perguntas de várias disciplinas, todas respaldadas pela Base Nacional Comum Curricular.
Os alunos do IFPB desenvolveram a interface e a parte técnica do aplicativo. E o protótipo foi aplicado na escola de Camilly, que participou de todos os processos e ficou responsável pela apresentação sobre o MapaEdu.
Ao final de seis meses de trabalho, a equipe viajou para São Paulo para participar do encerramento da maratona, momento em que apresentaram o projeto. “Eu fiquei surpresa porque fomos a única equipe do estado. Tivemos essa visibilidade e fomos pra São Paulo, uma oportunidade única, principalmente pra estudantes de escola pública periférica”, celebra a professora Joedna.
Os estudantes passaram dois dias em São Paulo realizando visitas técnicas a grandes empresas da área de tecnologia e universidades, além de participarem do evento de encerramento com UNICEF, Samsung e Softex.
Para Camilly, a experiência permitiu interagir com outras equipes, conversar sobre os desenvolvimentos dos aplicativos e fazer novas amizades. “Foi uma experiência única da qual eu levei muitos conhecimentos. Desenvolvi mais ainda minha capacidade de falar em público e interagir com as pessoas.”
Para além do prêmio final que a equipe recebeu, a professora conta que, depois da maratona, a escola começou a se sentir motivada e novos projetos com outros professores começaram a surgir. E não parou por aí.
A participação gerou mudança até chegar à Secretaria de Estado da Educação e da Ciência, que convidou a professora Joedna para desenvolver hackatons por meio da secretaria, priorizando o desejo de levar tecnologia para as escolas da Paraíba.
“Foi depois da maratona que tivemos essa visibilidade. Hoje, estar trabalhando com isso só mostra o quanto a maratona é importante. Espero que outros estados também tenham a preocupação de trazer tecnologia pra dentro da sala de aula!”
Sobre a Maratona UNICEF Samsung
A maratona é uma iniciativa de UNICEF e Samsung, desenvolvida em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), por meio do programa Brasil Mais TI.
Ela foi lançada em abril de 2018, com um convite para que estudantes de escolas públicas, professores, designers e programadores organizassem equipes para desenvolver projetos de aplicativos para o 6º ao 9º ano do ensino fundamental, nas áreas de linguagens (língua portuguesa, arte, educação física e língua inglesa), matemática, ciências da natureza e ciências humanas (geografia e, história).
Foram mais de 100 equipes inscritas, das quais 31 foram selecionadas para participar. Ao longo de seis meses, as equipes passaram ao desenvolvimento dos protótipos, que foram testados em escolas e aprimorados. O resultado final é um conjunto de 31 projetos que podem se transformar em tecnologias sociais disponibilizadas para escolas de todo o país.
Sobre a Edição 2019
As inscrições para a segunda edição da Maratona UNICEF SAMSUNG vão de 23 de setembro a 27 de outubro de 2019. Desta vez, o foco serão aplicativos voltados para o ensino médio. Para saber mais e se inscrever, acesse: maratonaunicefsamsung.org.br.
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Posted: 30 Sep 2019 01:22 PM PDT
Profissionais de saúde de Foz do Iguaçu têm buscado aprimorar serviços para atender as adolescentes de forma amigável. Foto: UNFPA Brasil.
Em Foz do Iguaçu, no extremo Oeste do Paraná, somente em 2017 nasceram vivos 531 bebês de mães com idade entre 10 e 19 anos. O índice representa 12% dos nascimentos no município, de acordo com o DATASUS.
Na busca por ações que ajudem a reduzir esses índices, assim como evitar que uma segunda gravidez não intencional aconteça na adolescência, profissionais de diferentes setores têm investido em oferecer informações acessíveis e serviços mais acolhedores.
O município participa do projeto ‘Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná’, iniciativa da ITAIPU Binacional em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil.
Ao lado de outros 50 municípios, Foz do Iguaçu tem sido representado nos módulos de capacitação do projeto por 15 profissionais de diferentes áreas, como educação, saúde e assistência social. Os conhecimentos adquiridos e compartilhados nas oficinas têm servido para inspirar novas ações e para aprimorar serviços e iniciativas em andamento.
Estímulo ao diálogo
No âmbito da assistência social, o Centro de Juventude de Foz do Iguaçu aposta no diálogo aberto com adolescentes em ações que os estimulem a falar, a se expressar e a serem protagonistas das decisões relacionadas às suas vidas.
Em 2019, com o apoio programático de alunos da universidade parceira Uniamérica, foi iniciado um grupo de debate focado especificamente em sexualidade. Os encontros acontecem a cada 15 dias e abordam temas como relacionamento, afetividades, respeito e limites.
Segundo a psicóloga do Centro da Juventude, Gláucia Emília Warken de Souza, os temas trabalhados nas oficinas do projeto, assim como as dinâmicas e a possibilidade de integração com outras áreas que também trabalham com adolescentes, têm sido inspiradores para o trabalho desenvolvido pela equipe.
“As formações do projeto são um incentivo e uma inspiração para mim, porque ajudam a ter uma visão melhor de organização das temáticas e permitem o contato com outros profissionais, como médicos e enfermeiros. Isso amplia nosso olhar e nos incentiva a pensar em ações conjuntas”, afirmou.
Souza também expressou contentamento com o nível de engajamento dos adolescentes com os temas. Segundo ela, eles participam ativamente dos grupos, ajudando a construir um projeto integrador.
“Nós estávamos com essa demanda de falar com adolescentes e jovens, mais especificamente sobre sexualidade, em vários níveis – desde prevenção da gravidez na adolescência até a diversidade sexual, relacionamento com pais e conflitos familiares por conta de relacionamentos nessa fase”, destacou a psicóloga.
A estudante de psicologia Paula Oliveira dos Santos, que também está à frente do grupo de debate com adolescentes no Centro de Juventude, contou que o grupo de alunos teve a ideia de trabalhar o tema da prevenção de gravidez e de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
“A ideia sempre foi ser um grupo participativo, onde adolescentes pudessem ser protagonistas na construção desse processo, que eles e elas pudessem trazer suas dúvidas sem vergonha e sem julgamento”, completou Santos.
Maria Teresa Savio Blanco, de 15 anos, é uma das adolescentes que participam do grupo de discussão. Para ela, as reuniões têm sido importantes, principalmente para tirar dúvidas.
“Eu sempre tive vergonha de falar algumas coisas com minha mãe. Como tem essas pessoas que se colocam à disposição para ajudar a gente, é muito útil. Algumas pessoas tiram dúvidas no grupo que eu percebia que eu também tinha. As pessoas falam honestamente, tiram dúvidas de uma forma calma e explicativa”, contou.
Já para Letícia de França Guedes, de 14 anos, o grupo tem sido um local onde ela se sente segura para conversar sem julgamentos. “A gente aprende bastante coisa, e eles ajudam bastante sanando as dúvidas que não temos coragem de perguntar para outras pessoas. Também ajudou a criar um vínculo de amizade entre os participantes do grupo, e a gente aprendeu a conversar mais”, afirmou.
Acolhimento no setor da Saúde
A preocupação com o acolhimento a adolescentes também está presente mesmo quando uma gravidez não intencional acontece. Para estes casos, profissionais de saúde do município têm buscado aprimorar serviços livres de julgamentos e preparados para atender a demandas de forma amigável e acessível.
Um dos locais que tem apostado nessa abordagem é o Poliambulatório Nossa Senhora Aparecida, na região do Porto Meira. É ali que Daniele Vieira de Oliveira, de 15 anos e grávida de três meses, está fazendo o pré-natal.
“Eu me sinto bem acolhida aqui, o atendimento é rápido, posso vir sozinha, sem minha mãe. Hospital tem que atender com educação, com carinho, com respeito, sem julgar se a pessoa está muito nova para estar grávida”, contou Oliveira.
A adolescente também destacou a qualidade das informações que recebeu. “A gente se sente à vontade falando com o pessoal daqui, principalmente com o médico e com a enfermeira. Eles falam a nossa língua, sem palavras complicadas, eu me sinto bem à vontade para tirar dúvidas”, destacou.
Segundo uma das enfermeiras do Poliambulatório, Cinthya Oliveira Strada, sempre houve a vontade de fazer um trabalho específico para adolescentes. “Como aqui é uma área bem vulnerável, percebemos que existem muitas gestantes adolescentes. Isso preocupa muito a equipe, e sempre pensamos no que fazer para melhorar o planejamento familiar e tornar as ações mais efetivas”, explicou.
Cinthya faz parte do grupo de profissionais que estão representando Foz do Iguaçu nas capacitações do projeto da ITAIPU e do UNFPA. Ela afirma que, com o aprendizado obtido nas oficinas, está sendo possível aprimorar ações da equipe, como a identificação e o acompanhamento mais acolhedor das adolescentes, inclusive as gestantes.
“Muitas adolescentes têm vergonha de procurar atendimento, outras escondem a gravidez por muito tempo. É importante melhorar o acesso e oferecer um bom serviço, um atendimento acolhedor, sem julgamentos e sem críticas. Isso torna as gestantes mais próximas da gente, cria vínculo. Depois que ela está gestante, nosso foco tem que ser cuidar da melhor forma dela e do bebê. E o projeto tem ajudado muito nesse processo”, completou.
Sobre o projeto
Iniciado em 2018, o projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná prevê ações em Saúde, Educação, Gestão do Conhecimento e Comunicação.
As ações têm foco no desenvolvimento socioeconômico, criando e ampliando oportunidades para que adolescentes e jovens ajudem na construção de serviços acolhedores de saúde e também tenham garantidas as condições de ampliar suas habilidades para a vida e competências socioemocionais.
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Posted: 30 Sep 2019 01:19 PM PDT
O venezuelano Jimmy, de 10 anos. Foto: UNICEF/Santiago Arcos
O Conselho de Direitos Humanos adotou na sexta-feira (27), em Genebra, uma resolução para criar um órgão independente com o objetivo de investigar crimes cometidos na Venezuela desde 2014.
A resolução foi apresentada pelo Grupo de Lima, formado por dez países, incluindo Brasil e Canadá. Foi aprovada com 19 votos a favor e sete contra.
Segundo o documento, devem ser investigadas denúncias de execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, tortura e outros tratamentos cruéis e desumanos.
O objetivo é documentar abusos e violações “com vista à total responsabilização dos autores e fazer justiça às vítimas”.
O presidente do Conselho de Direitos Humanos, Coly Seck, irá nomear os membros da missão, que deve entrar em funcionamento de imediato.
A Venezuela apoiou uma segunda resolução, aprovada na quinta-feira (26). Nesse documento, o país compromete-se a dar “acesso ilimitado a todas as regiões e centros de detenção” e facilita a “presença permanente” dos especialistas da ONU.
Em fevereiro de 2018, a promotora do Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensouda, anunciou a abertura de um exame preliminar da situação na Venezuela.
A nova missão de investigação deve compartilhar informações com a promotora Bensouda. Também deve apoiar o Ministério Público, compartilhando provas, documentos e outras informações.
No início de setembro, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, disse que há sinais de que execuções extrajudiciais continuam no país.
Além disso, Bachelet disse que seu Escritório documentou casos de tortura de militares e outros que são detidos de forma arbitrária pelo governo de Nicolas Maduro.
Em julho, a alta-comissária também publicou um relatório sobre a situação na Venezuela. Naquele momento, mais de 4 milhões de pessoas já tinham abandonado o país.
O documento fez um apelo para que o governo da Venezuela tome medidas imediatas e concretas para deter e remediar as graves violações dos direitos econômicos, sociais, civis, políticos e culturais no país.
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Posted: 30 Sep 2019 01:01 PM PDT
Clique para exibir o slide.No meio do principal parque urbano de Manaus (AM), por onde correm as águas que irão desembocar na maior bacia hidrográfica do mundo, um grupo de cerca de 60 pessoas se uniu para uma ação pontual, mas com um propósito muito maior: limpar as margens do igarapé como forma de contribuir para preservação do lugar que hoje eles chamam de lar.
Inspirados a contribuir com a comunidade que os acolheu e a preservar o meio ambiente, cerca de 30 venezuelanos se juntaram à iniciativa “Igarapés Limpos”, que promove mutirões de limpeza nas margens dos rios da bacia amazônica. Um deles foi Omar, venezuelano de 70 anos que vive na cidade desde setembro de 2017 e atua como promotor comunitário da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
“O que me motiva a ser um promotor comunitário é poder ajudar pessoas, especialmente refugiados que têm muitas necessidades; e assim eu posso também colaborar com o país que me acolhe”, afirmou.
Nem o calor de mais de trinta graus desanimou o grupo. Durante um dia todo, luvas, máscaras e sacos de lixo foram os instrumentos de trabalho usados para remover plástico, papel, borracha, metal e até equipamentos eletrônicos do Parque do Mindu, uma área de conservação ambiental.
E os esforços do grupo renderam frutos: uma tonelada de lixo foi retirado das margens do rio. Em média, cada pessoa removeu 17 quilos de resíduos da natureza.
“Sinto que estou mudando alguma coisa, fazendo parte de algo que gera transformação. O que mais gostei é poder fazer algo produtivo pela comunidade e meio ambiente que nos rodeia”, afirmou Cristina, venezuelana de 40 anos que participou da inciativa.
Como parte dos seus esforços enquanto conectores entre refugiados e a comunidade brasileira, Omar, Cristina e outros promotores comunitários mobilizaram seus familiares e conhecidos para participar desta ação e promover maior integração local.
O ACNUR incentiva e desenvolve o projeto dos promotores comunitários junto com organizações parceiras, como Caritas Manaus, e com o apoio financeiro da União Europeia, que tem contribuído com a resposta ao fluxo venezuelano no Norte do país. Os projetos apoiados tem o objetivo de promover o empoderamento e autonomia de pessoas venezuelanas, assim como facilitar a convivência com a comunidade anfitriã.
Raquel Casellato, oficial de proteção do ACNUR, destacou a importância dos esforços coletivos. “É muito importante incentivar ações que promovam a integração dos refugiados com a comunidade local e a preservação ambiental. Os resultados são muito mais significativos quando as pessoas se unem.”
Enquanto coletava os resíduos com seus filhos de 16 e 22 anos, Cristina avaliou que a vivência superou suas expectativas. “Essa foi uma oportunidade muito importante de vivenciar a integração entre refugiados, comunidades de acolhida e o meio ambiente, ainda mais dessa cidade onde a gente vive hoje. Cuidar da natureza é cuidar de nós mesmos”, disse.
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Posted: 30 Sep 2019 11:18 AM PDT
A atriz de nacionalidade israelense e norte-americana Natalie Portman. Foto: UNAIDS
Faltando apenas três semanas para a 6ª Conferência de Reabastecimento do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária (Fundo de Lyon), as celebridades Annie Lennox, Diane Kruger, Natalie Portman e Penélope Cruz lançaram uma petição online pedindo às pessoas que assinem uma carta aberta para crianças de 7 anos.
A carta promete acabar com a epidemia de AIDS, tuberculose e malária até 2030 — o ano em que as crianças se tornarão adultas — e é um pedido de ação para que o mundo intensifique a luta para acabar com as três doenças infecciosas mais fatais.
A carta diz: “vamos ser honestos, estamos deixando vocês com uma grande lista de tarefas a cumprir — combater a injustiça, promover a igualdade, proteger o planeta. Mas prometemos a vocês o seguinte: nos próximos 11 anos, faremos todo o possível para eliminar um tópico dessa lista. Na verdade, eliminaremos três coisas: AIDS. Tuberculose. Malária. Vamos intensificar essa luta, para que vocês não precisem fazer isso.”
Mulheres e meninas continuam a ser desproporcionalmente afetadas pelo HIV. Em todo o mundo, quase 1.000 mulheres jovens e meninas são infectadas com HIV todos os dias. Desigualdade de gênero, discriminação, violência, acesso limitado à educação e falta de serviços personalizados impedem o acesso de mulheres e meninas a cuidados de saúde e fomentam novas infecções.
A petição foi lançada como uma carta aberta assinada por mais de 40 artistas, atletas e ativistas globais, e mais de 35.000 pessoas em todo o mundo se juntaram a eles nessa promessa.
“Testemunhei pessoalmente a devastação causada pela AIDS, tuberculose e malária em todo o mundo. Temos as ferramentas para acabar com essas doenças. Se agirmos agora, podemos alcançar esse objetivo global até 2030. Vamos pôr um fim a essas epidemias, de uma vez por todas! Isso pode ser feito”, disse a cantora e compositora escocesa Annie Lennox.
“Como mãe, estou profundamente preocupada com o legado que deixaremos para a próxima geração. Enquanto as crianças de hoje têm muitas batalhas pela frente, estou determinada que a AIDS, a tuberculose e a malária não serão deixadas para elas cuidarem”, afirmou a atriz espanhola Penélope Cruz.
Este ano é um momento decisivo na luta contra a AIDS, tuberculose e malária. A França sediará a 6ª Conferência de Reabastecimento do Fundo Global em Lyon, em 10 de outubro de 2019, onde líderes mundiais, filantropos e empresas se reunirão para fazer compromissos ao Fundo Global.
O Fundo Global busca arrecadar pelo menos 14 bilhões de dólares nos próximos três anos para ajudar a salvar 16 milhões de vidas, reduzir pela metade a taxa de mortalidade por HIV, tuberculose e malária, e construir sistemas de saúde mais fortes até 2023.
Para fazer parte do movimento e participar da promessa, visite change.org/stepupthefight
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Posted: 30 Sep 2019 10:54 AM PDT
Escola em Rio Branco, no Acre. Foto: UNICEF/Ratão Diniz
A Secretaria de Educação do Acre realiza em 1º de outubro a solenidade de adesão à iniciativa Busca Ativa Escolar, ação que é parte da campanha Fora da Escola Não Pode!, realizada por Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS).
A Busca Ativa Escolar é uma das ferramentas que o governo do estado adotará para implementar a iniciativa e ampliar a escala de seus impactos.
A solenidade contará com a presença de Wherles Rocha, vice-governador do Acre; Mauro Sérgio Cruz, secretário estadual de Educação, Cultura e Esporte; Clarie Maria C. Cameli, secretária estadual de Assistência Social dos Direitos Humanos e das Políticas para as Mulheres; Mônica Machado, secretária estadual de Saúde; Paulo Cézar R. dos Santos, secretário estadual de Justiça e Segurança Pública; Iris Célia C. Zanini, presidente do Conselho Estadual de Educação.
Outros presentes incluem Nicolau Junior, presidente da Assembleia Legislativa do Estado; Ricardo Coelho de Carvalho, promotor de Justiça Especializada de Defesa da Educação de Rio Branco (MPAC), Anyoli Sanabria, coordenadora do UNICEF no território Amazônico; além de secretários(as) municipais e coordenadores dos núcleos da Secretaria de Educação estadual, entre outras autoridades locais.
Nos dias 30 de setembro e 2 de outubro, a Secretaria Estadual de Educação e o UNICEF realizam uma formação sobre a metodologia da Busca Ativa Escolar, com a presença de representantes da Educação de todos os municípios do estado.
Com a adesão, o Acre apoiará as redes municipais de ensino, fortalecendo a aprendizagem do estudante desde a educação infantil para que ele chegue ao ensino médio com as habilidades necessárias à sua formação.
Além da Busca Ativa Escolar de âmbitos estadual e municipal, serão acompanhados também o desenvolvimento da iniciativa Trajetórias do Sucesso Escolar, uma estratégia do UNICEF voltada ao combate à cultura do fracasso escolar e à distorção idade-série.
A Busca Ativa Escolar é requisito do Selo UNICEF para que os municípios inscritos recebam essa certificação no próximo ano. Os dados de educação revelam que o governo do Acre tem feito avanços importantes na educação e que esforços adicionais são necessários para conseguir avançar no combate à evasão escolar.
O UNICEF busca contribuir para esses avanços por meio da Busca Ativa Escolar, dos Indicadores da Qualidade na Educação (Indique) – instrumento de autoavaliação institucional que visa ao envolvimento de toda a comunidade escolar em processos de melhoria da qualidade educativa – e do Selo UNICEF.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/2015), mais de 26.103 crianças encontravam-se fora da escola no Acre (11,3%) e, de acordo com o Censo Escolar, 49.970 (26,9%) estavam em situação de distorção idade-série.
Busca Ativa Escolar
A iniciativa Busca Ativa Escolar é uma solução tecnológica e uma metodologia inovadora por meio da qual UNICEF, UNDIME, CONGEMAS e CONASEMS apoiam os municípios na identificação das crianças e dos adolescentes que estão fora da escola, ajudando-os a voltar às salas de aula, permanecer e aprender.
A intenção é apoiar os governos em identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão.
A Busca Ativa Escolar possibilita ao estado, a partir das informações produzidas pelos municípios, identificar as principais causas da exclusão escolar e os territórios mais vulneráveis, colaborando para o planejamento de políticas públicas específicas visando ao enfrentamento da situação. Também garante a rematrícula dos meninos e meninas sob responsabilidade educacional do estado.
A iniciativa reúne representantes de diferentes áreas – Educação, Saúde, Assistência Social e Planejamento – dentro de uma mesma plataforma. Cada pessoa ou grupo tem um papel específico, que vai desde a identificação de uma criança ou adolescente fora da escola até a tomada das providências necessárias para a matrícula e a permanência do aluno na escola.
Agenda
O quê: Solenidade de adesão do Governo do Estado à Busca Ativa Escolar Quando: Terça-feira 1º de outubro, às 9h Onde: Auditório da Secretaria de Estado de Educação, rua Rio Grande do Sul, 1907
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Posted: 30 Sep 2019 10:34 AM PDT
O evento é uma realização do programa Justiça Presente, parceria entre Conselho Nacional de Justiça (CNJ), PNUD e Ministério da Justiça e Segurança Pública para enfrentar os problemas estruturais do sistema carcerário. Foto: Agência Brasil/Wilson Dias
Com o objetivo de fortalecer o engajamento do Judiciário na busca das melhorias necessárias para o sistema penal e socioeducativo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu, em Brasília (DF), o II Encontro Nacional dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMFs).
Nos dias 26 e 27 de setembro, representantes dos GMFs de tribunais de todo o país se uniram a atores nacionais e internacionais para debater temas ligados à execução penal e ao sistema socioeducativo.
O evento foi uma realização do programa Justiça Presente, parceria entre Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Ministério da Justiça e Segurança Pública para enfrentar os problemas estruturais do sistema carcerário.
Os GMFs são ligados aos tribunais de justiça e têm a responsabilidade de implementar as políticas penais judiciárias difundidas pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ.
O encontro teve como objetivos principais a discussão de medidas para o fortalecimento dos GMFs, a pactuação de novas atividades do Justiça Presente e a troca de experiências sobre a implantação das iniciativas executadas pelo programa até o momento.
ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes
O representante-residente adjunto do PNUD no Brasil, Carlos Arboleda, participou da abertura do encontro na quinta-feira (26) à noite, ocasião em que falou sobre o Programa Justiça Presente, a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 16, que incluiu na pauta internacional do desenvolvimento compromissos e metas diretamente relacionadas à construção de sociedades pacíficas, justas e inclusivas.
“É, portanto, com satisfação que o PNUD apoia ações como as promovidas pelo programa Justiça Presente. Afinal, são propostas concretas de mudança com impacto no desenvolvimento socioeconômico de todo o país. Assim, pouco a pouco, vamos alcançando o objetivo de não deixar ninguém para trás”, afirmou Arboleda.
Também participaram da cerimônia o secretário-geral do CNJ, desembargador Carlos Vieira von Adamek; o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, que representou o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli; o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon; o defensor público federal Gabriel Faria Oliveira; e o coordenador da Unidade Estado de Direito do UNODC, Nivio Nascimento; assim como outros representantes do CNJ.
Estrutura
Diferentemente da primeira edição do evento, em 2015, que estimulou debates sobre o papel dos GMFs frente ao contexto penal da época, a segunda edição teve caráter mais propositivo, com encaminhamentos e articulações que terão impacto nas políticas locais. Além de reunir magistrados e servidores dos tribunais locais, o evento contou com a presença dos 27 coordenadores estaduais do Justiça Presente e da coordenação nacional do programa.
O evento proporciona momentos para a troca de experiências sobre as realidades locais com o objetivo de equalizar desafios comuns, entre eles o fortalecimento dos GMFs. Os grupos foram criados em 2009, de acordo com a Resolução CNJ n. 96, e regulamentados pela Resolução CNJ n. 214/2015. São essenciais no protagonismo das ações do Justiça Presente, assim como na continuidade dessas políticas no longo prazo.
Os participantes do encontro também foram apresentados às novas fases do Justiça Presente, com adição de atividades aos planos executivos pactuados entre março e junho durante missões de apresentação do programa nos estados. Entre as novas iniciativas, estão a realização de mutirões carcerários eletrônicos, parametrizações para políticas públicas em prisões, incentivo a práticas restaurativas e atenção ao sistema socioeducativo.
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Posted: 30 Sep 2019 09:24 AM PDT
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pintados na praça da Entrada de Visitantes das Nações Unidas em Nova Iorque (2019) – Foto: Kim Haughton/Foto ONU
Mais de 2,3 mil gestoras e gestores públicos, representantes da sociedade civil organizada e do setor privado brasileiros participam na semana que vem do curso a distância “Integrando a Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”
Ao longo de quatro módulos, os participantes terão a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), bem como conhecer o processo de adoção da Agenda e os principais desafios para os próximos anos.
A ação é resultado do Projeto Territorialização e Aceleração dos ODS, uma parceria entre Petrobras e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O curso, disponibilizado na modalidade a distância por meio de plataforma online, tem como público-alvo participantes de 116 municípios com operação da Petrobras, em 14 estados, nas cinco regiões do país. A estimativa é de que, por meio dessa ação, mais de 2 mil pessoas concluam o curso e adquiram um certificado do PNUD.
No “Módulo 1”, as alunas e alunos serão apresentados aos principais conceitos sobre desenvolvimento sustentável, o processo internacional que levou à adoção da Agenda 2030 e os principais conceitos e desafios para o cumprimento dos 17 ODS. Na segunda etapa, serão apresentados conteúdos e ações sobre o planejamento local para a implementação das metas da Agenda 2030, com exemplos práticos no Brasil.
O “Módulo 3” aborda os mecanismos e práticas internacionais, nacionais e locais como forma de promover o conhecimento sobre o monitoramento da Agenda, com foco em dados e indicadores. No último módulo, os alunos terão informações sobre o processo de formação de parcerias para o alcance do desenvolvimento sustentável nos próximos anos.
Todo o conteúdo do curso será apresentado por meio de diferentes mídias. Vídeos interativos, animações, gráficos e entrevistas fazem parte do material. Também são disponibilizados conteúdos de apoio às alunas e alunos: documentos oficiais, vídeos sobre a Agenda 2030 e indicação de leituras.
A interação com os participantes ocorrerá por meio de sessões de perguntas e respostas com instrutores do curso, em cada módulo. Aos alunos que completarem o curso, com duração de aproximadamente 12 horas, serão disponibilizados certificados de participação, emitido pelo PNUD, após a aprovação do trabalho final.
Apresentado por colaboradoras e colaboradoras do PNUD que trabalham com a implementação da Agenda 2030 e a territorialização dos ODS, o curso também terá a participação de representantes de diferentes segmentos: setor privado, sociedade civil organizada e governos.
Representantes de Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC); Secretaria de Governo da Presidência da República; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Escola Nacional de Administração Pública (ENAP); Confederação Nacional dos Municípios (CNM); Frente Nacional dos Prefeitos (FNP); Associação Brasileira de Município (ABM); Rede Brasil do Pacto Global; Movimento Nacional ODS (MNODS); e Rede ODS Brasil; além de colaboradoras e colaboradores do PNUD e da Petrobras; também deram depoimentos no curso sobre iniciativas e ações para a implementação da Agenda 2030 no país.
As inscrições já se encerraram. Em breve, todas as pessoas inscritas receberão o endereço da plataforma, login e senha de acesso, bem como mais orientações sobre a dinâmica das atividades.
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Posted: 30 Sep 2019 09:20 AM PDT
#AceitaEstaCaneta convoca líderes do setor privado para engajarem suas empresas com ações contra a mudança global do clima. Imagem: Rede Brasil do Pacto Global.
A assinatura de um CEO ou líder de grande corporação pode mudar muita coisa. Se forem multiplicadas, podem mudar muito mais, principalmente no que diz respeito à questão ambiental. Então que tal convocá-los a firmar um acordo de redução de danos climáticos em suas empresas?
Sob esta premissa, a Rede Brasil do Pacto Global, junto à Almap BBDO, lança o movimento #AceitaEstaCaneta/# TaKeThisPen. A ideia é chegar aos principais líderes corporativos para que assinem um compromisso público de limitar o aumento da temperatura da Terra a 1,5ºC e atingir o objetivo de zero emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) antes de 2050.
As metas fazem parte da frente de atuação Action4Climate, projeto do Pacto Global que promove ações pelo clima.
Sobre a Action4Climate
Action4Climate é a iniciativa lançada pela Rede Brasil do Pacto Global para promover ações climáticas baseadas em metas definidas pela ciência. Elas envolvem três frentes: mitigação, ou redução dos efeitos da mudança do clima; meios de implementação, ou seja, formas de garantir o financiamento e execução das ações; e adaptação, que corresponde a projetos para ajudar as empresas a lidar com mudanças previstas ou em andamento.
No contexto da Action4Climate, a Rede Brasil está envolvendo as empresas em uma campanha mundial do Pacto Global para limitar o aumento da temperatura global a somente 1,5ºC acima de níveis pré-industriais e chegar ao objetivo de zero emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) antes de 2050.
No Brasil, Malwee, Natura e Klabin assumiram compromisso público com as metas baseadas na ciência e definidas pelo Science Based Targets Initiative (SBTi), instituição independente que avalia a redução de emissões de gases das indústrias, resultado de parceria entre Pacto Global, CDP, WRI e WWF. Outras 87 empresas em todo o mundo estão envolvidas.
Para as empresas que ainda não se sentem confortáveis com a meta de 1,5ºC, a Rede Brasil lançará durante a COP25, em dezembro, no Chile, um guia de implementação para a adaptação gradual ao tema e o compromisso de assumir a meta de 1,5ºC em um futuro próximo.
A Rede Brasil do Pacto Global também está promovendo capacitações em precificação de carbono para gerar mais conhecimento sobre iniciativas de mitigação das mudanças do clima.
#AceitaEstaCaneta – evento de lançamento
O movimento #AceiteEstaCaneta é promovido pela Reda Brasil do Pacto Global e pela Almap BBDO. Imagem: Rede Brasil do Pacto Global.
O lançamento da campanha #AceitaEstaCaneta/#TakeThisPen aconteceu na quinta-feira (26), em evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, durante jantar de arrecadação de fundos para o reflorestamento e de engajamento de celebridades com o tema.
Na ocasião, foram entregues canetas personalizadas com convites para que a iniciativa privada assuma seu compromisso com o meio ambiente e assine o Action4Climate.
Obras dos artistas paulistanos Gêmeos e do fotógrafo francês JR foram leiloadas durante o evento, em iniciativa da marca Togetherband, com os fundos revertidos para projetos de restauração, reflorestamento e regeneração natural de terras desmatadas e degradadas.
Como ajudar a campanha
Quem quiser participar do movimento, basta republicar o vídeo ou algum dos materiais gráficos originais da campanha, ou compartilhar a sua própria foto e vídeo com a hashtag #AceitaEstaCaneta, marcando o perfil @pactoglobalbr.
É importante que o conteúdo seja positivo e inspirador, para motivar o setor empresarial a fazer parte do movimento, e que mencione a necessidade das empresas e CEOs se compromissarem com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a respeitar o limite do aumento da temperatura da terra a 1,5ºC até 2050.
Precificar carbono – uma medida possível para empresas diminuírem seus impactos climáticas
Precificar carbono significa atribuir um preço às emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE), cuja concentração elevada colabora para a mudança do clima. Apesar do Brasil contar com fatores que o diferenciam de demais países – como uma matriz energética mais limpa, a nossa média de emissão per capita está acima da média mundial: 8,5 toneladas por habitante no Brasil contra 7,5 toneladas por habitante no restante do mundo.
De acordo com dados do Banco Mundial, 57 ações de precificação de carbono já foram implementadas ou estão em fase de implementação em todo o mundo. Em 2018, a receita decorrente da precificação chegou a 66,6 bilhões de dólares, embora as iniciativas existentes cubram apenas 20% das emissões globais.
No Brasil, o setor tem potencial para crescer nos próximos anos. De acordo com o FMI, a receita decorrente da precificação de carbono pode ser responsável por mais de 1% do PIB brasileiro em 2030.
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Posted: 30 Sep 2019 08:40 AM PDT
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi adotada pelos países-membros da ONU no fim de 2015. Foto: ONU
Quase 90% das empresas ligadas às redes do Pacto Global das Nações Unidas têm políticas que cobrem cada área dos Dez Princípios do Pacto Global, enquanto 81% atuam diretamente no apoio de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Esses são alguns dos resultados do United Nations Global Compact Progress Report 2019, lançado para monitorar os avanços das empresas signatárias na integração à Agenda 2030.
Lançado em 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade.
O relatório se baseia na resposta de 1.584 empresas que representam 40 setores da indústria e 107 países. Dessa forma, a pesquisa provê uma ideia de como os negócios estão aplicando os princípios universais a suas estratégias operacionais, além de suas relações com parceiros e cadeia de fornecedores.
De uma forma geral, um alto índice de empresas mantém políticas corporativas que atravessam as áreas-chave dos Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas. Pelo menos 67% dessas companhias responderam que tais estratégias são desenvolvidas ou avaliadas no mais alto nível de governança, designada a CEOs, diretoras e diretores de empresas.
Apesar do progresso a olhos vistos, os dados ainda são motivo de preocupação do Pacto Global. De acordo com a iniciativa das Nações Unidas, eles ainda não são o suficiente, em escala ou tempo, para alcançar a tempo os 17 ODS ou mesmo o Acordo de Paris.
Apenas 32% dos CEOs indicam que suas empresas têm planos para estabelecer objetivos suficientemente ambiciosos, baseados na ciência e alinhados à necessidade da sociedade. Enquanto isso, ações de apoio aos ODS ainda parecem estar separadas das estratégias mais centrais das empresas, e não influenciam de forma profunda produtos, serviços ou modelos de negócios.
Confira mais informações que você irá encontrar no United Nations Global Compact Progress Report 2019:
Na área de direitos humanos, políticas-chave estão sendo endereçadas particularmente nas questões de gênero, não discriminação, segurança e saúde.
Há evidências de que os esforços para rastrear impactos no meio ambiente estão sendo renovados. Tecnologias ambientalmente amigáveis foram implementadas em 60% das companhias.
Enquanto globalmente a implementação de políticas anticorrupção diminuiu, algumas regiões mostram crescimento. No Oriente Médio e no norte da África, 94% das empresas indicaram políticas e práticas em vigor em torno da anticorrupção, comparado a 86% no ano anterior. Na região subsaariana da África e na Ásia, esse número ficou em 95%.
53% das empresas conduzem treinamentos para seus empregados sobre os Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas.
13% das empresas requer que sua cadeia de fornecimento se comprometa com os Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas.
Os ODS mais priorizados nas práticas das empresas são o ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), o ODS 5 (Igualdade de Gênero), o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar) e o ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis).
Os ODS menos priorizados nas práticas das empresas são o ODS 14 (Vida na Água), o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), o ODS 15 (Vida Terrestre) e o ODS 1 (Erradicação da Pobreza).
Entre as principais barreiras para implementação dos Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas, as grandes empresas apontam para: estender as estratégias à cadeira de fornecimentos (48%); implementar estratégias que impactam as funções dos negócios (41%); falta de apoio da alta cúpula da gestão (13%); falta de reconhecimento dos investidores (12%) e dificuldades diante do ambiente da operação (governo falido, área de conflito, etc) (9%).
Entre as principais barreiras para a implementação dos ODS, as grandes empresas apontam para: estender as estratégias à cadeira de fornecimentos (48%); implementar estratégias que impactam as funções dos negócios (41%); competitividade em estratégias prioritárias (34%); falta de recursos financeiros (25%); sem ligação com os valores dos negócios (22%); estender as estratégias às subsidiárias (20%), falta de conhecimento (19%), entre outros.
Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).
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