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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Posted: 26 Feb 2020 12:31 PM PST
Clique para exibir o slide.O diretor regional para a América Latina e o Caribe do Escritório das Nações Unidas de Coordenação para o Desenvolvimento, Christian Salazar, esteve no Brasil para uma série de reuniões com o governo brasileiro e com a equipe de país da ONU, de 17 a 19 de fevereiro.
Salazar esteve com o vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, e com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, para conversar sobre as prioridades do Brasil, sobre os grandes desafios globais e sobre o apoio da ONU ao desenvolvimento sustentável do país.
O diretor regional foi acompanhado pelo coordenador-residente da ONU no Brasil, Niky Fabiancic. A visita ocorreu no momento em que o Sistema ONU se prepara para iniciar a negociação de um novo marco de cooperação com o Brasil.
O documento traça as diretrizes de colaboração entre a ONU e o país por um prazo de cinco anos. O atual marco de cooperação está vigente até 2021, e a elaboração do novo documento deve começar no final de 2020.
Durante a reunião com o vice-presidente, o general Mourão destacou o fluxo de venezuelanos chegando ao Brasil e a resposta coordenada oferecida pelo governo brasileiro com liderança do Exército e pela ONU.
Ele apontou outras áreas em que o apoio da ONU é crucial para o Brasil, como o combate à pobreza, o aprimoramento do sistema de educação, o combate ao desemprego e a segurança pública.
O vice-presidente ressaltou ainda seu papel no Conselho da Amazônia: “Nosso objetivo é promover proteção, preservação e desenvolvimento, que na Amazônia só pode ser sustentável”.
O ministro Toffoli agradeceu pela inovadora parceria da ONU com o Sistema Judiciário para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e destacou que o novo modelo de gestão do Judiciário prevê que todos os atores trabalhem juntos na prevenção de problemas, e não apenas na resolução de conflitos.
Ele destacou ainda o potencial de cooperação regional. “Temos aqui no Brasil práticas do sistema Judiciário que podem ser replicadas em outros países”.

Atuação coordenada

A integração entre as agências especializadas, fundos e programas do Sistema ONU é uma prioridade. As diversas entidades que compõem o Sistema das Nações Unidas devem trabalhar de forma coordenada e colaborativa, para oferecer respostas efetivas aos desafios de cada país e aos grandes temas globais, como o combate à pobreza, a redução das desigualdades e a crise climática.
As lideranças das 24 agências da ONU presentes no país se reuniram nos dias 18 a 19 de fevereiro e discutiram, com base nos planos e prioridades do Brasil, a linha de ação que o Sistema ONU seguirá nos anos de 2020 e 2021.
O biênio 20/21 marca a finalização do atual marco de cooperação das Nações Unidas com o Brasil. Em sua apresentação às lideranças das entidades da ONU, Salazar destacou a importância desse processo de planejamento para garantir que as ações do Sistema ONU causem impactos positivos no país. “O mundo está mudando constantemente, por isso é tão importante termos tempo para refletir”, disse.
De acordo com Salazar, vemos diferentes tipos de crises em várias regiões do mundo, inclusive na América Latina. “Podemos ver o aumento das demandas para que a ONU ajude a lidar com crises na região, por isso precisamos ter visão estratégica e construir nossas ações com base em nossas fortalezas”, afirmou.
Ele destacou ainda as cinco prioridades globais da ONU: implementação dos objetivos de Desenvolvimento Sustentável; prevenção de crises; parcerias e financiamento estratégico; não deixar ninguém para trás e garantia de direitos humanos; e inovação nas operações da ONU.
A reunião contou também com apresentações de representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para que as entidades que compõem o Sistema ONU no Brasil tivessem clareza sobre as prioridades do Brasil para o próximo biênio e, com isso, pudessem planejar suas ações de modo a apoiar o país.
“Não podemos perder de vista que nossa razão de ser é servir ao país e trabalhar para reduzir as desigualdades, melhorar a qualidade de vida e ampliar o acesso a oportunidades”, afirmou Fabiancic.
 
Posted: 26 Feb 2020 11:57 AM PST
Um carteiro deixa os pacotes em um local ao ar livre, pois ele não pode entrar nos prédios durante o surto de coronavírus na China. Foto: Man Yi
O número de novas infecções por COVID-19, ou novo coronavírus, fora da China ultrapassou as do país pela primeira vez, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Os repentinos aumentos de casos na Itália, no Irã e na Coreia do Sul são profundamente preocupantes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um briefing em Genebra nesta quarta-feira (26).
Ele afirmou que agora existem casos relacionados ao Irã em Bahrein, Iraque, Kuwait e Omã e à Itália em Argélia, Áustria, Croácia, Alemanha, Espanha e Suíça.
“Ontem, uma equipe conjunta de OMS e Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças chegou a Roma para revisar as medidas de saúde pública que foram implementadas e fornecer suporte técnico”, informou ele, dizendo que no fim de semana uma equipe da OMS viajará ao Irã para oferecer apoio.
Um dos maiores desafios que a agência de saúde da ONU enfrenta é que muitos países afetados ainda não estão compartilhando dados com a OMS.
“A OMS não pode fornecer orientações apropriadas de saúde pública sem dados desagregados e listas detalhadas”, disse Ghebreyesus. “Estamos nos comunicando diretamente com os ministros, há algumas melhorias e instamos todos os países a compartilhar esses dados com a OMS imediatamente”.

Não é uma pandemia

O aumento de casos fora da China levou alguns meios de comunicação e políticos a pressionar pela declaração de uma pandemia.
“Não devemos estar ansiosos demais para declarar uma pandemia sem uma análise cuidadosa e clara dos fatos”, sustentou, lembrando que a OMS já declarou seu nível mais alto de alarme: uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
“Usar a palavra pandemia de maneira descuidada não traz benefícios tangíveis, mas apresenta um risco significativo em termos de amplificação de medo e estigma desnecessários e injustificados e sistemas paralisantes”, explicou. “Isso também pode indicar que não podemos mais conter o vírus, o que não é verdade”.
O chefe da OMS afirmou que a luta pode ser vencida “se fizermos as coisas certas”.
Embora afirme que “não hesitaremos em usar a palavra pandemia, se for uma descrição precisa da situação”, Ghebreyesus disse que a OMS está monitorando a epidemia o tempo todo e envolvendo especialistas sobre esse assunto e que não testemunhou transmissão comunitária sustentada e intensiva deste vírus, nem doença grave ou morte em larga escala”.
A China tem menos de 80 mil casos em uma população de 1,4 bilhão de pessoas. No resto do mundo, existem 2.790 casos, em uma população de 6,3 bilhões.
“Não estou subestimando a seriedade da situação ou o potencial para que isso se torne uma pandemia … todos os cenários ainda estão na mesa.”
 
Posted: 26 Feb 2020 10:13 AM PST
César Jiménez Martínez, surdo desde que nasceu, trabalha na rede de hamburguerias Sierra Nevada, em Bogotá, Colômbia. Crédito: ACNUR / Daniel Dreifuss.
César Jiménez Martínez, surdo desde que nasceu, trabalha na rede de hamburguerias Sierra Nevada, em Bogotá, Colômbia. Crédito: ACNUR / Daniel Dreifuss.
O venezuelano César Jiménez Martínez é surdo desde que nasceu. Agora ele também é refugiado. Mas a empresa colombiana de fast-food Sierra Nevada viu além e reconheceu nele um bom funcionário.
“Quando cheguei a Bogotá, imprimi vários currículos e comecei a ir de empresa em empresa, procurando qualquer tipo de trabalho. Mas ninguém me contratou”, disse César em linguagem de sinais através de um intérprete. “Então, quando fui à minha entrevista na Sierra Nevada e eles me pediram para começar no dia seguinte, foi uma sensação muito boa”, acrescentou.
A rede local de hambúrguer e milk-shake está entre um número pequeno, mas crescente, de atores do setor privado colombiano que começaram a abrir suas portas para refugiados e migrantes venezuelanos, saindo na frente para oferecer o que os especialistas dizem estar entre os indicadores mais críticos do sucesso futuro de um refugiado: emprego estável.
Vários meses depois que César chegou a Bogotá, vindo de sua casa na cidade de Maracay, no norte da Venezuela, um amigo contou a ele sobre uma lista de empregos que ele viu na rede social Facebook e que procurava especificamente por refugiados e migrantes, pessoas da comunidade LGBTI e pessoas como ele, com necessidades específicas.
A administração da empresa tomou a decisão de adotar práticas de contratação inclusivas, chegando ao ponto de estabelecer cotas-alvo para cada um dos grupos. Valeu a pena, dizem os executivos da empresa.
“Descobrimos que os venezuelanos estão entre os nossos melhores funcionários”, disse Marcela Covelli Escobar, diretora de recursos humanos da Sierra Nevada. “Eles passaram por muita coisa e ficam tão felizes e agradecidos por terem um emprego que realmente se esforçam muito”, pontuou.
Os refugiados e migrantes venezuelanos agora representam cerca de 20% da força de trabalho dos 160 colaboradores da Serra Nevada, e César é um dos 17 funcionários surdos.
César trabalha principalmente na estação de fritura e na churrasqueira, seu local favorito. O salário que ganha cobre os custos do modesto apartamento onde ele mora com sua esposa e filho, além de todas as outras despesas da família. Ocasionalmente, ele envia dinheiro para sua mãe e outros membros da família que ficaram na Venezuela.
Estima-se que cerca de 4,5 milhões de venezuelanos fugiram de escassez, inflação desenfreada, insegurança e perseguição, principalmente para outros países da América do Sul, embarcando em jornadas rumo à vizinha Colômbia, ao norte da Argentina ou até a extremidade sul do continente, no Chile.
Em novembro do ano passado, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançaram um plano de 1,35 bilhão de dólares para responder às crescentes necessidades dos refugiados e migrantes venezuelanos na América Latina e no Caribe e nas comunidades que os acolhem.
Clique para exibir o slide.Na Colômbia e em outros países, muitos lutam para obter documentos de trabalho, algumas vezes aceitando remunerações consideravelmente abaixo do salário mínimo devido ao desespero – o que acaba prejudicando tanto os trabalhadores venezuelanos quanto os colombianos. E mesmo aqueles que conseguem obter o direito ao trabalho costumam contar histórias de terem sido sumariamente dispensados de entrevistas de emprego assim que os recrutadores descobriram sua nacionalidade.
Ainda assim, Cesar não está sozinho no time dos que encontraram esperança no novo emprego.
Laura Espinosa*, 37, também está apoiando a si e à sua família, graças à decisão explícita de outra empresa privada de contratar refugiados e migrantes venezuelanos. Ex-funcionária pública da Venezuela, Laura desistiu de uma carreira profissional de mais de uma década para começar do zero na Colômbia.
Logo depois de fugir, ela soube que a exportadora de flores Sunshine Bouquets estava contratando centenas de refugiados e migrantes venezuelanos para trabalhar durante a alta temporada que antecede o Dia dos Namorados. Os selecionados seriam transportados de ônibus de Cúcuta, cidade ao leste da Colômbia e que faz fronteira com a Venezuela, que é o ponto de entrada de muitos refugiados e migrantes, para Tabio, norte de Bogotá, onde estão algumas das gigantescas estufas da Sunshine Bouquet, bem como uma instalação para fabricação de buquês de flores.
Os trabalhadores receberiam comida e alojamento – em trailers equipados com água quente e outras comodidades – durante o mês de contrato, permitindo que embolsassem o salário do mês na Colômbia, cerca de 250 dólares, mais horas extras.
“Eu sempre trabalhei em empregos de colarinho branco e nunca fiz qualquer tipo de trabalho manual”, disse Laura, que trabalha nas estufas, cuidando das fileiras de rosas e também montando os buquês que são transportados diariamente para varejistas americanos como o Walmart. “Mas fiquei muito feliz por essa oportunidade, arregacei as mangas e dei o meu melhor”, afirmou.
Laura impressionou seus chefes e recebeu um posto definitivo quando a alta temporada terminou. Seus pais e filha de sete anos se mudaram com ela para um apartamento da região. Laura sustenta toda a família com o que ganha.
“Todos os dias sou grata por terem me aberto as portas aqui, porque, por mais difícil que tenha sido a saída da Venezuela para nós, graças ao meu trabalho, nosso caminho foi muito mais fácil do que o de outras pessoas”, disse.
O emprego é um componente essencial da proteção de refugiados, solicitantes de refúgio e migrantes nos países que os acolhem. Os meios de subsistência são um dos pilares do Pacto Global sobre Refugiados, um acordo histórico de 2018 para forjar uma resposta mais forte e justa aos movimentos de refugiados.
O Pacto Global foi a base do Fórum Global sobre Refugiados, que reuniu em Genebra, Suíça, entre 16 e 18 de dezembro de 2019, governos, organizações internacionais, autoridades locais, sociedade civil, setor privado, membros da comunidade anfitriã e refugiados.
O Fórum visou aliviar a pressão nas comunidades anfitriãs, impulsionar a autonomia dos refugiados e aumentar as oportunidades de reassentamento.
* Nome alterado por motivos de proteção.
 
Posted: 26 Feb 2020 09:54 AM PST
Foto: Wikimedia Commons
Foto: Wikimedia Commons
Dados de satélites organizados pela Sala Mundial de Situação Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) confirmam que os incêndios na Austrália nos últimos dois meses de 2019 e nas primeiras seis semanas de 2020 estavam longe do normal.
2019 foi o segundo ano mais quente já registrado desde 1880, e a Austrália teve suas temperaturas mais quentes em dezembro de 2019.
“O aumento da temperatura continua criando recordes. A década passada foi a mais quente já registrada. Os cientistas nos dizem que a temperatura do oceano está subindo a uma velocidade equivalente a cinco bombas de Hiroshima por segundo. Um milhão de espécies estão em risco de extinção a curto prazo. Nosso planeta está queimando”, diz o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Temperaturas da superfície global (Sala Mundial de Situação Ambiental - WESR)
Temperaturas da superfície global (Sala Mundial de Situação Ambiental – WESR)
“A tendência é muito clara: 37 dos últimos 40 anos foram os mais quentes registrados desde 1880 e os seis anos mais quentes registrados foram os últimos seis”, diz Pascal Peduzzi, Diretor do Banco de Dados de Informações Globais de Recursos do PNUMA em Genebra. “Para aqueles que pensam que a Austrália está sempre queimando, os gráficos a seguir mostram claramente que esses incêndios foram excepcionais.”
O número de incêndios em Nova Gales do Sul permaneceu relativamente constante de 2003 a 2018, mas mais do que triplicou em 2019 (incêndios registrados pelo MODIS (NASA), análise de tendências, PNUMA/GRID-Genebra).
O número de incêndios em Nova Gales do Sul permaneceu relativamente constante de 2003 a 2018, mas mais do que triplicou em 2019 (incêndios registrados pelo MODIS (NASA), análise de tendências, PNUMA/GRID-Genebra).
Os meses de novembro e dezembro de 2019 tiveram uma atividade de incêndio muito maior do que o habitual. Os dados indicam que foram principalmente as florestas estacionais sempre-verdes que pegaram fogo. (Incêndios detectados pelo MODIS, cruzados com a cobertura terrestre do MODIS e por província. Fontes de dados: NASA, Data Analytics: PNUMA/GRID-Genebra)
Os meses de novembro e dezembro de 2019 tiveram uma atividade de incêndio muito maior do que o habitual. Os dados indicam que foram principalmente as florestas estacionais sempre-verdes que pegaram fogo. (Incêndios detectados pelo MODIS, cruzados com a cobertura terrestre do MODIS e por província. Fontes de dados: NASA, Data Analytics: PNUMA/GRID-Genebra)
Banco de Dados Mundial sobre Áreas Protegidas (WDPA). Até as áreas protegidas, principalmente as florestas, foram afetadas. O gráfico mostra os incêndios detectados pelo MODIS (NASA), cruzados com província, cobertura terrestre e informações do Banco de Dados Mundial de Áreas Protegidas (PNUMA/WCMC, análise. PNUMA/GRID-Genebra)
Banco de Dados Mundial sobre Áreas Protegidas (WDPA). Até as áreas protegidas, principalmente as florestas, foram afetadas. O gráfico mostra os incêndios detectados pelo MODIS (NASA), cruzados com província, cobertura terrestre e informações do Banco de Dados Mundial de Áreas Protegidas (PNUMA/WCMC, análise. PNUMA/GRID-Genebra)
“Este serviço, acessível via a Sala Mundial de Situação Ambiental do PNUMA, é fornecido para todos os países nos níveis nacional e provincial. Ele identifica tendências na atividade de incêndios florestais desde 2003, quando os dados se tornaram disponíveis e o monitoramento começou. Observamos os dados de satélite sobre incêndios florestais em todo o mundo de 2009 até os dias atuais. Analisamos os dados dos incêndios florestais por mês, por tipo de cobertura da terra, por área protegida, por província e por nação para produzir produtos de informação”, acrescenta Peduzzi.
 
Posted: 26 Feb 2020 09:24 AM PST
Mohammad Azeem, 27, vende especiarias em sua loja no mercado da Praça Al-Asif, em Karachi. Foto: ACNUR/Roger Arnold
Mohammad Azeem, 27, vende especiarias em sua loja no mercado da Praça Al-Asif, em Karachi. Foto: ACNUR/Roger Arnold
Em uma esquina de um mercado movimentado no sul do Paquistão, Mohammad Azeem passa os dedos por um barril de páprica vermelha brilhante. Ele sorri. Suas especiarias estão vendendo bem hoje.
Por anos, Mohammad foi um refugiado afegão sem acesso ao sistema bancário. Como consequência, foi forçado a contar com amigos para fazer cheques e manter seu dinheiro seguro. Agora, os negócios estão crescendo depois que novas leis lhe permitiram abrir uma conta bancária.
“Antes, eu negociava apenas em dinheiro”, diz, na pequena barraca que administra na praça Al-Asif, em Karachi, sul do Paquistão.
“É perigoso guardar dinheiro em casa. Ter uma conta bancária é realmente importante. Depositamos dinheiro na conta e, em seguida, podemos sacar no caixa eletrônico. Lá o dinheiro está seguro. Isso nos ajudou.”
Quase 40 anos após o início do conflito no Afeganistão, Mohammad está entre os 2,7 milhões de refugiados afegãos registrados que vivem fora de sua terra natal. Cerca de 90% vivem no Paquistão e Irã, países vizinhos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, e o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, participaram este mês de uma conferência de dois dias em Islamabad. O objetivo foi buscar mais solidariedade e divisão de responsabilidade para endereçar a situação dos refugiados afegãos.
Por quatro décadas, o Paquistão trabalhou para incluir refugiados em seus sistemas nacionais de educação e saúde, bem como aumentar o apoio prestado às comunidades anfitriãs.
Em fevereiro de 2019, o Paquistão também permitiu que refugiados afegãos como Azeem abrissem contas bancárias, dando a eles acesso a formas mais seguras de gerir suas finanças enquanto estão no exílio.
Entre os beneficiários está o refugiado afegão Sifat Ullah, de 23 anos, que trabalhou como aprendiz de costura por seis anos, antes de abrir sua própria loja de tapetes.
Antes, ele dependia totalmente de dinheiro em espécie e precisava pedir emprestado ao chefe para angariar capital para seus negócios. Agora, com uma conta bancária, Sifat pode fazer pagamentos regulares ao credor e poupar para o futuro.
“Era difícil encontrar o dinheiro”, diz. “Agora posso pagar os fornecedores e sustentar minha família.”
A conferência em Islamabad, realizada nos dias 17 e 18 de fevereiro, questionou o que outros países podem aprender com o compromisso do Paquistão. Também esclareceu as condições necessárias para que os refugiados afegãos retornem voluntariamente para seu país.
 
Posted: 26 Feb 2020 07:51 AM PST
A nova etapa será enfocada no fortalecimento da rede em gestão de projetos e marca o ano de encerramento da parceria. Foto: Rede Ebserh
A nova etapa será enfocada no fortalecimento da rede em gestão de projetos e marca o ano de encerramento da parceria. Foto: Rede Ebserh
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) iniciam uma nova fase do seu projeto de cooperação.
O tema foi discutido em reunião na última quarta-feira (19) em Brasília, com a presença da representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela, do presidente da Rede Ebserh, Oswaldo de Jesus Ferreira, e do vice-presidente da organização, Eduardo Chaves Vieira, e de equipes técnicas da Rede e do UNOPS.
A nova etapa será enfocada no fortalecimento da rede em gestão de projetos e marca o ano de encerramento da parceria. Nesse sentido, já em março será realizada uma capacitação para os trabalhadores da Ebserh.
“O projeto com a Ebserh trouxe uma série de inovações na gestão dos hospitais universitários. Chegamos ao momento cujo foco é sistematizar e compartilhar o conhecimento produzido ao longo da nossa parceria”, comentou Valenzuela, representante do UNOPS, que tem como uma de suas principais áreas de atuação a gestão de projetos.
De acordo com ela, a primeira fase da cooperação, de 2015 a 2019, já tratava do aprimoramento dos processos e do compartilhamento de conhecimentos, mas também atendeu às demandas de projetos de infraestrutura.
Neste contexto, o UNOPS realizou projetos arquitetônicos para hospitais universitários e as seguintes publicações: Diretrizes de Sustentabilidade para Projetos de Arquitetura e Engenharia em Hospitais Universitários; Manual de Especificação de Materiais de Revestimentos em Hospitais Universitários; Manual de Sinalização Predial de Hospitais e Manual de Programação de Serviços Assistenciais para os Hospitais da Rede Ebserh.
Na reunião, estavam presentes ainda, por parte do UNOPS, o Especialista em Saúde do Escritório, Rafael Esposel e, por parte da Ebserh, o Assessor da Presidência, Rubens Corrêa Leão; o Coordenador de Infraestrutura Física e Tecnológica, Marcio Borsio, e o Chefe de Serviço de Gestão da Inovação e Cooperações, Franco Nero Dias Marçal.
 
Posted: 26 Feb 2020 07:11 AM PST
O evento, que aconteceu em Santiago, no Chile, teve como foco negociações estratégicas e modelos de negócios para mercados têxteis. Crédito: WFP Brasil.
O evento, que aconteceu em Santiago, no Chile, teve como foco negociações estratégicas e modelos de negócios para mercados têxteis. Crédito: WFP Brasil.
Centro de Excelência contra à fome das Nações Unidas (WFP Brasil) participou de um workshop para fortalecimento de capacidades na área de negócios e mercados para projetos de cooperação sul-sul trilateral da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) que envolvem o algodão, dentre eles o Projeto Além do Algodão, do WFP Brasil.
Também estiveram presentes representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), que organizou o workshop.
Workshop discutiu modelos sustentáveis de produção de algodão em países da América Latina e África. Crédito: WFP Brasil.
Workshop discutiu modelos sustentáveis de produção de algodão em países da América Latina e África. Crédito: WFP Brasil.
Os projetos, que cobrem países na América Latina e África, estão percebendo a necessidade de também dar visibilidade para as boas práticas que estão sendo introduzidas nas duas regiões e como, a partir delas, seria possível propor novas discussões com o setor têxtil sobre valorização das fibras, da produção por meio da agricultura familiar e modelos sustentáveis.
Em sua participação, o WFP Brasil evidenciou experiências registradas no âmbito do Projeto Além do Algodão para ajudar na construção de estratégias comuns, já que existem atores globais que poderiam atuar como compradores nesses mercados. Essa estratégia comum traria, consequentemente, benefícios para os projetos tanto na África quanto na América Latina.
A próxima etapa desse grupo de trabalho estará focada na elaboração dessa estratégia de valor e no construção de diálogos com potenciais mercados.

Sobre o projeto Além do Algodão

Projeto Além do Algodão, do WFP Brasil, contribui para a geração de renda dos agricultores familiares. Foto: Julie Krabbe Clausen/Pexels.
Projeto Além do Algodão, do WFP Brasil, contribui para a geração de renda dos agricultores familiares. Foto: Julie Krabbe Clausen/Pexels.
O projeto Além do Algodão apoia pequenos agricultores e suas famílias, bem como instituições públicas no Benin, Moçambique, Quênia e Tanzânia, em uma iniciativa conjunta do governo brasileiro, representada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC / MRE) e pelo WFP, por meio dos escritórios nos países e do centro de excelência contra a fome.
O projeto conecta subprodutos de algodão, como óleo e farelo de algodão, e culturas consorciadas, como milho, sorgo e feijão, a mercados estáveis, incluindo programas de alimentação escolar. A iniciativa contribui para a geração de renda dos agricultores familiares e aumenta a segurança alimentar e nutricional nas áreas rurais.
 
Posted: 26 Feb 2020 07:08 AM PST
Segundo o PNUMA, a inclusão das questões de gênero no transporte eleva o padrão de serviço para todos e trazem benefícios econômicos e sociais significativos. Crédito: PNUMA.
Segundo o PNUMA, a inclusão das questões de gênero no transporte eleva o padrão de serviço para todos e trazem benefícios econômicos e sociais significativos. Crédito: PNUMA.
O acesso das mulheres a transporte público seguro é essencial para o desenvolvimento sustentável. Em algumas partes do mundo, um número significativo de mulheres e meninas usam meios de transporte de baixo carbono, principalmente caminhadas e ciclismo para ir ao trabalho.
Por exemplo, o censo da Índia de 2011 relatou que 84% das mulheres usam meios de transporte de baixo carbono para chegar ao local de trabalho em áreas urbanas. Apesar desses dados, os planos de mobilidade geralmente não consideram as necessidades de mulheres e meninas e, consequentemente, negligenciam suas opiniões sobre segurança, proteção e conforto.
A falta de segurança nos espaços públicos afeta os direitos humanos das mulheres e sua capacidade de participar da vida na cidade igualitariamente.
Quando as mulheres se sentem inseguras em espaços públicos, são menos propensas a viajar. Isso dificulta seu acesso à educação e a serviços sociais, por exemplo, tornando-as incapazes de tirar proveito das oportunidades econômicas e sociais existentes. As mulheres acabarão se tornando as principais beneficiárias de um melhor acesso à infraestrutura segura para caminhadas e ciclismo.
De acordo com o relatório ‘Conectividade no transporte: uma perspectiva de gênero‘, lançado em 2019 pelo Fórum Internacional do Transporte, as experiências específicas de gênero no transporte decorrem de uma série de disparidades econômicas e sociais, incluindo acesso a recursos, responsabilidades domésticas e normas culturais em torno da mobilidade das mulheres.
Como resultado, as mulheres enfrentam restrições singulares de tempo e recursos, bem como considerações de segurança com relação a suas atividades de transporte e de sua participação na força de trabalho do transporte. Essas diferenças são sistêmicas e se reforçam, já que a mobilidade fornece acesso a fontes de renda, educação, assistência médica e outras oportunidades.
Os sistemas de transporte que facilitam a igualdade de acesso, segurança e conveniência elevam o padrão de serviço para todos os usuários e trazem benefícios econômicos e sociais regionais significativos. Um relatório do Banco Mundial de 2011 recomenda a necessidade de integrar diferenças de gênero às políticas e programas de transporte. Recomenda:
  • Políticas, estratégias e regulamentos de transporte informados sobre questões de gênero – por meio de análise social e de gênero e planejamento participativo que inclui beneficiários femininos e masculinos.
  • Análise rotineira de questões de gênero e transporte durante o planejamento e implementação do transporte – para determinar a acessibilidade do transporte para diferentes populações.
  • Consulta com inclusão de gênero – são necessários mecanismos para aumentar a participação das mulheres, como discussões em grupos focais de mulheres para mulheres.
  • Sensibilização e capacitação de agências de transporte e operadores de serviços – para criar capacidade de abordar questões de gênero no transporte e criar um grupo que garanta que as questões de gênero sejam sistematicamente abordadas.
  • A conscientização pública sobre as necessidades de mobilidade das mulheres com respeito à cultura local – para expandir a mobilidade de mulheres e meninas e seus acessos a serviços de saúde, educação e oportunidades econômicas.
  • Monitoramento e avaliação informados por questões de gênero – para garantir que importantes atividades relacionadas a gênero sejam implementadas e os impactos sejam medidos por meio de monitoramento e avaliação informados por gênero.

Programa Compartilhe as Estradas

O programa ‘Compartilhe as Estradas’ (Share the Road) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) está prestes a começar um projeto de quatro anos intitulado “Investir nas políticas de caminhada e ciclismo em Ruanda, Zâmbia e Etiópia”.
O projeto trabalhará com grupos da sociedade civil representando mulheres, crianças, jovens e outros grupos vulneráveis, junto com governos nacionais e municipais e outras partes interessadas, como a ONU Mulheres.
O projeto apoiará os governos na revisão de suas prioridades de investimento para transporte e na priorização das necessidades dos mais vulneráveis em seu planejamento de transporte.
Para imprensa, por favor entre em contato:
Roberta Zandonai
Gerente de Comunicação Institucional – PNUMA
roberta.zandonai@un.org
 
Posted: 26 Feb 2020 07:02 AM PST
Clique para exibir o slide.“Her fight is our flag, every second showing to the world the strength of the Brazilian woman” sang the parade-goers on Saturday, as tens of thousands of people in Rio de Janeiro, Brazil, celebrated the power and strength of women through the inspiring journey of the soccer player, UN Women Goodwill Ambassador and UN SDG Advocate, Marta Vieira da Silva. She was honoured in the Carnival parade by the samba school Inocentes de Belford Roxo.
For 40 minutes, in brilliant colour, dance and fanfare, Marta’s story of facing challenges, overcoming gender barriers, and inspiring other women and girls was retold along the avenue. Revelers, floats, and decorations represented milestones in her life, since her childhood playing soccer in the streets of her village in the Northeast of Brazil, to moving to Rio de Janeiro to pursue a career in soccer, and then going on to play in Sweden and, finally, in the United States, where she current lives.
Her roles in the United Nations, as Goodwill Ambassador for UN Women, and Advocate appointed by the UN Secretary-General for the Sustainable Development Goals (SDG), was the theme of her float, where she stood cheering the public with her mother, Teresa Vieira, and her coach for the National Team in Brazil, Pia Sundhage.
The float was preceded by a group of around 80 people in UN blue costumes led by sixteen girls from the One Win Leads to Another programme of UN Women and the International Olympic Committee. They represented the younger generations that see in Marta a strong role model who inspires them to keep striving for change.
Widely regarded as the best female football player of all time, named FIFA World Player of the Year six times and winning the silver medal at the 2004 and 2008 Summer Olympics, last year, Marta also became the top scorer of FIFA World Cups, among both women and men. This unique achievement, which sets her apart as a sport icon, only brings her closer to the girls who see themselves in her story.
Earlier on the day of the parade, while girls from the One Win Leads to Another programme were playing and rehearsing the lyrics of the parade song, Marta showed up as a surprise. Most of them found it hard to hold back their tears, but they didn’t miss the opportunity to tell her what she means to them. Footballer Kathely Rosa (19) summed it up: “I have struggled with the same barriers you were able to overcome. I see myself in your story. You are an inspiration to me.”
Marta, who says her UN roles are the highest recognition of her journey, knows her power in leading the way for other girls to follow. “I like having this responsibility of bringing this generation with me,” she said, acknowledging too how participating in a samba parade helps the general public relate to the UN’s work.
“Not everyone gets information the same way. When the message of SDG 5 on gender equality becomes a samba, it creates huge social impact,” reflected Gabriela Mesquita (16).
Rebeca dos Anjos (14) agreed with her: “Carnival is something that everyone loves in Brazil. It is very important that the themes we fight for everyday conquer this kind of space”.
Marta underlined how impactful the serious side of the celebration was. “We are here, together, to break barriers, to show that gender equality makes the difference in the world, and that we are free to choose what we want to do!”, she said.

 
Posted: 26 Feb 2020 06:29 AM PST
Crianças indígenas waraos brincam no Súper Panas apoiado pelo UNICEF no abrigo Janakoida, em Pacaraima, Roraima, perto da fronteira com a Venezuela. Crédito: UNICEF/Hiller.
Crianças indígenas waraos brincam no Súper Panas apoiado pelo UNICEF no abrigo Janakoida, em Pacaraima, Roraima, perto da fronteira com a Venezuela. Crédito: UNICEF/Hiller.
Visando contribuir com o plano de resposta humanitária para crianças e adolescentes indígenas venezuelanos da etnia warao, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) realizou um oficina de formação para técnicos das equipes da Prefeitura de Belém e das Secretarias Estaduais de Assistência Social e Educação.
A oficina ocorreu nos dias 17 e 18 de fevereiro, na Casa da ONU em Belém, e contou ainda com o apoio da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). O evento também teve a participação da equipe da Aldeias Infantis SOS Brasil, nova parceira para ações de educação e apoio psicossocial a ser realizado nos abrigos da capital paraense.
Outra parceira estratégia que participou da oficina é a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), que está atuando na resposta humanitária em Belém, Manaus e Boa Vista.
Um número de 34 técnicos participantes discutiram, entre outras questões, temas como: o UNICEF e os compromissos centrais para crianças em ações humanitárias; educação em emergências; desenvolvimento de adolescentes e as competências para a vida; e prevenção ao assédio e ao abuso sexual.
Para desenvolver a abordagem integrada, o UNICEF e a Aldeias Infantis SOS Brasil visaram desenhar e implementar um programa de capacitação conjunta e acompanhamento permanente dos parceiros e dos atores locais de educação e proteção de crianças e adolescentes.
A parceria com a Aldeias Infantis em educação tem por objetivos: a) integrar, em um mesmo espaço seguro e estimulante, atividades educacionais não formais, atividades de proteção da criança contra a violência e apoio psicossocial, a partir de uma abordagem integrada – com especial enfoque para os diferentes grupos etários; b) desenvolver atividades educacionais de apoio à transição ao sistema brasileiro de educação para crianças e adolescentes migrantes e refugiados, numa abordagem multicultural, em espaços localizados em abrigos e fora deles.
Já em proteção, a parceria visa: a) desenvolver atividades de prevenção e de resposta a violências, abuso e exploração de crianças e adolescentes dentro e fora dos abrigos, incluindo ações de monitoramento de possíveis situações de desproteção, identificação precoce, apoio integral para vítimas, tal como o encaminhamento de casos para atendimento pela rede local de proteção; b) realizar atividades específicas para desenvolver as capacidades de autoproteção das crianças e dos adolescentes e seu conhecimento sobre onde denunciar e/ou pedir auxílio.
Na ocasião, foi apresentado o trabalho desenvolvido pelo UNICEF e parceiros no desenvolvimento de ações de educação e proteção, chamado de Súper Panas, a ser implementado em Belém (PA).

Sobre Súper Panas

O UNICEF apoia o governo brasileiro e trabalha com a sociedade civil para garantir os direitos de crianças e adolescentes venezuelanos a educação e proteção.
Inicialmente operando separadamente, desde maio de 2019 os programas de educação e proteção infantil na resposta humanitária foram integrados para otimizar recursos e capacidades com melhorias e atividades diferenciadas por faixa etária, cultural e questões de gênero. Com isso, foram criados os espaços chamados Súper Panas – que significa “super amigos” em espanhol.
No total, são 23 espaços Súper Panas em Roraima e no Amazonas (e logo também no Pará), onde crianças e adolescentes venezuelanos podem participar de atividades multidisciplinares oferecidas por mais de 170 educadores, trabalhadores, psicólogos e assistentes.
Eles têm acesso a apoio psicossocial, educação não formal e proteção contra a violência. Alguns Súper Panas trabalham como unidades móveis, estendendo os serviços de monitoramento e proteção para fora dos abrigos, atingindo milhares de crianças e adolescentes. Os Súper Panas integram as diretrizes de educação e proteção infantil conforme o que está estabelecido no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança.
Nesses espaços, meninos e meninas retomam a rotina escolar, antes de se matricular no Sistema Público de Ensino, onde são apoiados visando garantir que prossigam com o aprendizado. As crianças e os adolescentes são preparados para ingressar em escolas regulares.
No Súper Panas, crianças e adolescentes podem encontrar um espaço seguro para continuar crescendo. Usando a Base Curricular Nacional Comum, o currículo ensinado às crianças e aos adolescentes nos espaços ajuda-os a desenvolver habilidades e competências para que se adaptem às suas novas rotinas escolares.
O UNICEF e seus parceiros colaboram com Estados e municípios afetados para fortalecer a capacidade técnica dos funcionários públicos em garantir o direito das crianças migrantes e refugiadas de aprender.
O UNICEF e seus parceiros também estão trabalhando para proteger crianças e adolescentes venezuelanos de todas as formas de violência e exploração. A resposta do UNICEF se concentra na prevenção e redução de riscos dentro e fora dos abrigos, fornecendo cuidados e apoio adequados. O UNICEF foca particularmente nas crianças e nos adolescentes mais vulneráveis, incluindo os desacompanhados e separados de suas famílias.
O Súper Panas oferece a meninas e meninos um ambiente seguro e estimulante, um lugar para que sejam crianças novamente. Entre novembro de 2018 e setembro de 2019, mais de 25 mil crianças foram atendidas por esses espaços.
 
Posted: 26 Feb 2020 05:57 AM PST
Clique para exibir o slide.“Que a sua luta é a nossa bandeira, em cada segundo mostrando pro mundo a força que tem a mulher brasileira”, cantou o samba-enredo da Inocentes de Belford Roxo no sábado, 22 de fevereiro de 2020, enquanto milhares de pessoas celebravam o Carnaval no Rio de Janeiro (RJ).
O samba foi uma homenagem ao poder e à força das mulheres por meio da jornada inspiradora da jogadora de futebol Marta Vieira da Silva, Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres e defensora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Por 40 minutos, em meio a cores brilhantes e muita dança, a trajetória de Marta, marcada por enfrentamento de desafios, superação de barreiras de gênero e por inspiração a outras mulheres e meninas, foi contada no Sambódromo.
Carros alegóricos e fantasias representaram marcos em sua vida, desde a infância jogando futebol nas ruas de sua cidade no Nordeste, passando para o Rio de Janeiro para seguir uma carreira no futebol e depois jogando na Suécia e, finalmente, nos Estados Unidos, onde vive atualmente.
Seu papel nas Nações Unidas, como Embaixadora da Boa Vontade para a ONU Mulheres e defensora nomeada pelo secretário-geral da ONU para os ODS, foi o tema de seu carro alegórico, onde aplaudiu o público com sua mãe, Teresa Vieira, e sua treinadora na Seleção Brasileira, Pia Sundhage.
O carro alegórico foi precedido por um grupo de cerca de 80 pessoas em trajes azuis, a cor da ONU, lideradas por dezesseis meninas do programa “Uma vitória leva à Outra” da ONU Mulheres e do Comitê Olímpico Internacional (COI). Elas representavam as gerações mais jovens que veem em Marta um forte modelo que as inspira a continuar lutando por mudanças.
Considerada a melhor jogadora de futebol de todos os tempos, eleita a melhor jogadora do mundo pela FIFA seis vezes e tendo conquistado a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, no ano passado, Marta também se tornou a artilheira das Copas do Mundo da FIFA. Essa conquista única, que a diferencia como ícone do esporte, apenas a aproxima das meninas que se inspiram em sua história.
No dia do desfile, enquanto as meninas do projeto estavam tocando e ensaiando a letra do samba-enredo, Marta apareceu de surpresa. A maioria delas achou difícil conter as lágrimas, mas não perdeu a oportunidade de dizer o que ela significa para elas. A futebolista Kathely Rosa, de 19 anos, resumiu: “eu lutei contra as mesmas barreiras que você conseguiu superar. Eu me vejo na sua história. Você é uma inspiração para mim.”
Marta, que diz que seus papéis na ONU são o maior reconhecimento de sua jornada, conhece seu poder de liderar o caminho para outras meninas seguirem. “Gosto de ter a responsabilidade de trazer esta geração comigo”, disse ela, reconhecendo também como a participação em um desfile de escola de samba ajuda o público em geral a se relacionar com o trabalho da ONU.
“Nem todo mundo obtém informações da mesma maneira. Quando a mensagem do ODS 5 sobre igualdade de gênero se torna um samba, cria um enorme impacto social”, refletiu Gabriela Mesquita, de 16.
Rebeca dos Anjos, de 14, concordou com ela: “o Carnaval é algo que todo mundo adora no Brasil. É muito importante que os temas pelos quais lutamos todos os dias conquistem esse tipo de espaço”.
Marta enfatizou o impacto da celebração. “Estamos aqui, juntos, para romper barreiras, mostrar que a igualdade de gênero faz a diferença no mundo e que somos livres para escolher o que queremos fazer!”, disse ela.

 

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