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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Posted: 21 Feb 2020 11:29 AM PST
A convite da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o representante da ONU viajou para Belo Horizonte, onde foi recebido pelo Grupo de Trabalho da ALMG sobre a situação em Brumadinho. Foto: ALMG
A convite da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o representante da ONU viajou para Belo Horizonte, onde foi recebido pelo Grupo de Trabalho da ALMG sobre a situação em Brumadinho. Foto: ALMG
O representante para América do Sul (*) do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Jan Jarab, realizou sua primeira visita oficial ao Brasil.
Entre 17 e 19 de fevereiro, Jarab participou em reuniões com governo e parlamentares em Brasília, bem como em atividades no estado de Minas Gerais, com foco na situação de Brumadinho — após a tragédia causada pelo rompimento de uma barragem de mineração em 2019.
Na visita, a agenda do representante teve ênfase em assuntos relacionados com a prevenção da tortura, os direitos dos povos indígenas, empresas e direitos humanos e nos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais em geral.
“Nesta primeira visita ao Brasil, tive a oportunidade de compartilhar preocupações e identificar áreas de atuação em diálogo com autoridades federais e estaduais, com sociedade civil, com lideranças e vítimas. Como Escritório de Direitos Humanos da ONU, estamos à disposição para continuar fortalecendo a cooperação com o país, em prol dos direitos de todas as pessoas”, disse.

Governo federal, entidades públicas e organizações

Em Brasília, o representante foi recebido pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, para fortalecer o diálogo entre ambas instituições e a articulação do apoio ao Estado brasileiro para o cumprimento de seus compromissos internacionais de direitos humanos.
Jarab realizou também um encontro com o secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Fabio Marzano, para conversar sobre as visitas ao país de especialistas da ONU em direitos humanos, bem como sobre o funcionamento do Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura, entre outros assuntos.
Além disso, o representante da alta-comissária se reuniu com Gabriel Faria Oliveira, defensor público geral federal da Defensoria Pública da União, para identificar oportunidades de cooperação e ações estratégicas. Jarab também conheceu o trabalho do Conselho Nacional de Direitos Humanos, em encontro com o novo presidente da entidade, Renan Vinícius Souto.
Ele também foi recebido pela Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), Deborah Duprat, para analisar a situação dos defensores de direitos humanos e os impactos das atividades das empresas sobre estes direitos.
Neste contexto, o representante da ONU teve a oportunidade de ouvir as preocupações de lideranças sociais com atuação em áreas como direitos dos povos indígenas e quilombolas, movimentos rurais e de atingidos por barragens, com foco no tema de violência no campo.

Novo observatório parlamentar

Já em 18 de fevereiro, Jan Jarab participou em uma sessão solene na Câmara dos Deputados do Brasil para comemorar os 25 anos da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), e para o lançamento do Observatório Parlamentar da Revisão Periódica Universal (RPU).
A iniciativa, liderada pela CDHM, busca acompanhar a implementação das recomendações recebidas pelo Brasil por parte de mecanismos internacionais de direitos humanos. Na ocasião, o representante destacou que o Observatório é um espaço político plural que será essencial para o cumprimento efetivo dos direitos humanos.
Mais tarde, Jarab foi recebido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e pelo presidente da CDHM, Helder Salomão, onde ressaltou o papel fundamental do poder legislativo em garantir os direitos humanos e a importância do novo Observatório Parlamentar da RPU.

Brumadinho, um ano depois

A convite da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o representante viajou para Belo Horizonte, onde foi recebido pelo Grupo de Trabalho da ALMG sobre a situação em Brumadinho, onde morreram 272 pessoas em decorrência do vazamento de rejeitos de mineração da empresa Vale, em janeiro de 2019.
O Grupo foi criado após o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as causas da tragédia. Também participaram da reunião representantes do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).
O encontro ocorreu em seguimento às visitas ao país do Relator Especial da ONU sobre substâncias tóxicas em dezembro do ano passado, bem como do Grupo de Trabalho da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos.
Neste contexto, Jarab e um grupo de parlamentares estaduais – encabeçado pelo deputado André Quintão – visitaram Brumadinho para verificar as consequências da tragédia e conversar com representantes de AVABRUM, associação que reúne familiares de vítimas. O representante da ONU encerrou sua visita enfatizando a importância de continuar com a busca das pessoas que ainda não foram encontradas após o rompimento da barragem, bem como dos impactos sociais e ambientais em toda a área afetada.
(*) O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos tem sede em Santiago do Chile e trabalha com oito países da região: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Mais aqui. Saiba mais sobre o representante regional, Jan Jarab, aqui.
Para pedidos de imprensa, favor contactar María Jeannette Moya (+56979996907 / mmoya@ohchr.org)
 
Posted: 21 Feb 2020 08:52 AM PST

A primeira policial brasileira em serviço na Missão da ONU na República Centro-Africana, a MINUSCA, é Darilene Monteiro.
Para a paraense, a atuação feminina tem forte impacto nos esforços internacionais para apoiar a estabilização.
Em terras centro-africanas, as forças das Nações Unidas protegem civis, apoiam e capacitam as forças de segurança. A instabilidade no país do centro da África começou em 2012 com grupos que resistiam à autoridade do governo e acabaram em conflitos intercomunitários.
“Eu creio que a mulher é de grande importância aqui na Missão. Ela consegue desenvolver seu trabalho com a mesma eficácia que os homens. A presença feminina favorece ações estratégicas na prevenção de conflitos e ações menos violentas nas negociações sobre conflitos e na ordem proteção de civis”, disse.
“Eu trabalho no distrito 8 em Bangui. Chamam aqui 8e arrondissement. E lá eu tenho a oportunidade de fazer diversas patrulhas. Nós trabalhamos com patrulhas nas diversas comunidades, onde nós temos a oportunidade de conversar com as pessoas, conhecer seus problemas, suas necessidades, suas dificuldades e nós estamos ali justamente para oferecer esse apoio social”, acrescentou Darilene.
https://news.un.org/pt/sites/news.un.org.pt/files/audio/2020/02/2002212.mp3

Acordo de paz

Mais de 400 oficiais da polícia de vários países partilham os desafios de uma nação que tenta se reerguer, um ano após a assinatura do acordo de paz entre o governo e 14 grupos armados. Quase um terço da força policial da ONU são mulheres.
Ciente dos desafios da sua primeira missão como capacete-azul, Darilene destaca como as cores do Brasil fazem a diferença ao estabelecer uma “ponte” entre populações divididas por anos de conflito na República Centro-Africana.
“Para oferecer confiança e para transmitir confiança para essas pessoas. E oferecer segurança. Nosso trabalho também consiste em orientar, ajudar a polícia local. Em algumas orientações, nós transmitimos o melhor do nosso policiamento do nosso país para esses policiais locais, justamente para que eles possam melhor servir à sociedade centro-africana, da República Centro-Africana, e melhor servir à população.”
A imagem da bandeira nacional do Brasil vem gravada na manga esquerda do uniforme policial.
Este símbolo gera nas pessoas a vontade de saber mais sobre os esportes brasileiros, principalmente o futebol e seus jogadores.
Metade da população centro-africana precisa de ajuda humanitária. Foto: ONU/Evan Schneider
Metade da população centro-africana precisa de ajuda humanitária. Foto: ONU/Evan Schneider
A policial reitera que está empenhada em dar seu melhor diante da múltipla responsabilidade de representar a polícia de seu país e a própria Organização das Nações Unidas.
É neste ambiente que Darilene enfrenta desafios que incluem evitar o colapso deste entendimento e acompanhar as autoridades na transição no país que, em dezembro de 2020, realizará eleições presidenciais e legislativas.
(Com reportagem de Vladimir Monteiro, da MINUSCA, para a ONU News)
 
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Posted: 21 Feb 2020 08:30 AM PST
Foto: ACNUR
Foto: ACNUR
Com o agravamento da situação na província de Idlib, na Síria, onde cerca de 1 milhão de pessoas estão em grave perigo, o alto-comissário da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, disse nesta semana apoiar os pedidos pelo fim das hostilidades e apela para ações urgentes que permitam as pessoas presas no conflito se deslocarem para locais seguros.
Estima-se que mais de 900 mil pessoas tenham fugido de suas casas ou abrigos em Idlib nos últimos meses. A maioria está agora nas províncias ao norte de Idlib e Aleppo, agravando a situação humanitária já desastrosa em meio a condições adversas no inverno rigoroso.
“Precisamos acabar com os combates e ter acesso à segurança para preservar vidas”, disse Grandi.
“O secretário-geral da ONU apelou para que as partes no conflito respeitassem as regras da guerra. A cada dia que passa, esse chamado se torna mais urgente. Milhares de pessoas inocentes não podem pagar o preço de uma comunidade internacional dividida, cuja incapacidade de encontrar uma solução para esta crise será uma mancha grave em nossa consciência internacional coletiva.”
“Como no passado, em momentos de crise, também apelo para que os países vizinhos, incluindo a Turquia, ampliem a recepção, para que os que estão em maior risco possam ter segurança – mesmo sabendo que as capacidades e os aparatos públicos já estão sobrecarregados”, acrescentou.
“Para esses países, que já hospedam 5,6 milhões de refugiados, dos quais 3,6 milhões estão na Turquia, o apoio internacional deve ser mantido e intensificado.”
Estima-se que existam atualmente mais de 4 milhões de civis no noroeste da Síria. Mais da metade está em situação de deslocamento interno. Muitos vivem em situação de deslocamento há anos e foram forçados a fugir diversas vezes. Cerca de 80% dos recém-deslocados são mulheres e crianças. Muitos idosos também estão em risco.
A ONU e outros parceiros na Síria e em outros países vêm trabalhando há semanas para ajudar as pessoas deslocadas na área de Idlib.
Dada a intensidade e a escala do deslocamento, as necessidades de abrigo são críticas. O clima rigoroso do inverno – incluindo neve, inundações, temperaturas abaixo de zero e aumento dos preços dos combustíveis – estão aumentando as dificuldades e o sofrimento humano.
As organizações humanitárias estão tentando alcançar as pessoas de todas as formas possíveis, inclusive através de remessas transfronteiriças de abrigos e kits de ajuda emergencial da Turquia.
Os parceiros locais no terreno estão se esforçando para continuar a fornecer apoio psicossocial, aconselhamento e assistência jurídica, e ajudar as pessoas vulneráveis a ter acesso a serviços básicos – mas muitos deles estão envolvidos em turbulências.
É preciso também garantir segurança ao acesso humanitário aos trabalhadores. O ACNUR está buscando ajudar até 275 mil pessoas (55 mil famílias) com itens essenciais de sobrevivência e ajudar outras 84 mil pessoas em Idlib a se abrigarem (14 mil famílias).
Também foram preposicionados estoques na região para atender as necessidades imediatas de até 2,1 milhões de pessoas, incluindo tendas para 400 mil pessoas.
“Deixe-me ser claro”, disse Grandi. “Como agências humanitárias, estamos nos esforçando para salvar vidas, mas o espaço para esses esforços está diminuindo. Diante de tal sofrimento, a ajuda humanitária por si só não pode ser a resposta.”
 
Posted: 21 Feb 2020 08:30 AM PST
Foto: David Mark/Pixabay
Foto: David Mark/Pixabay
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) recebeu na última terça-feira (18), em Paris, a delegação do Comitê Organizador Rio Capital Mundial da Arquitetura 2020.
Ela apresentou o calendário oficial dos eventos já confirmados para celebrar neste ano o Rio e sua arquitetura.
A programação começou oficialmente com a festa de Réveillon na Praia de Copacabana e já oferece aos cariocas e turistas diversos programas culturais e acadêmicos, como uma exposição sobre o centenário do arquiteto e urbanista Sergio Bernardes (1919-2002), no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA); as comemorações pelos 100 anos do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB); e encontros presenciais para a elaboração de desenhos de paisagens urbanas, promovidos pelo grupo Urban Sketchers.
Além de mostrar ao mundo a riqueza arquitetônica da cidade, o calendário vinculado ao título de primeira Capital Mundial da Arquitetura será também uma oportunidade de reflexão e de debates sobre assuntos ligados aos espaços urbanos, seu passado e seu futuro, e o impacto da arquitetura e do urbanismo no cotidiano da população.
A prefeitura do Rio de Janeiro publicou no Diário Oficial do município um chamamento público convidando instituições e produtores culturais do Brasil e do exterior para apresentarem propostas de eventos ligados à arquitetura, ao patrimônio cultural, ao paisagismo, à gestão urbana e à discussão sobre as cidades do futuro.
As inscrições podem ser feitas por meio do seguinte link (clique aqui).
Os projetos aprovados receberão apoio institucional, com direito ao uso das logomarcas do Rio Capital Mundial da Arquitetura e do Congresso Mundial de Arquitetos, além de uma carta de apoio.
A cidade também será sede do 27º Congresso Mundial de Arquitetos, entre os dias 19 e 23 de julho. O tema é “Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21”.
Instituições, produtores culturais e profissionais ligados ao tema estão convidados para apresentar propostas de participação no encontro.
 
Posted: 21 Feb 2020 08:08 AM PST
Os sírios Abdul, Lucia e Miriam e o venezuelano Oscar são cumprimentados pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo (ao centro), após apresentação musical. Foto: ACNUR/Victoria Hugueney
Os sírios Abdul, Lucia e Miriam e o venezuelano Oscar são cumprimentados pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo (ao centro), após apresentação musical. Foto: ACNUR/Victoria Hugueney
No contexto da reunião do Grupo de Trabalho do Processo de Varsóvia no Brasil, em que 33 países discutiram políticas de acolhida e integração com foco na proteção de crianças refugiadas no oriente médio, as vozes de refugiados sírios que vivem no Brasil ecoaram durante a programação do evento no Itamaraty.
O quarteto “Alma Síria” e a empreendedora Joanna Ibrahim participaram do evento, que aconteceu entre 4 e 6 de fevereiro, compartilhando por meio da música e de painéis de discussão sua cultura, experiências e histórias de vida após serem forçados a fugir da síria em decorrência da guerra.
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) financiou a participação dos refugiados que trouxeram suas experiências de vida e culturais para compartilhar com as representações dos países durante as discussões do grupo de trabalho.
“Nosso objetivo é sempre garantir a que refugiados façam parte das discussões que envolvem suas vidas. E é uma oportunidade incrível poder apreciar a rica cultura de outros povos”, destacou a Oficial de Proteção, Adriana Ysern.
“Os encaminhamentos das discussões do grupo de trabalho deixaram claro os benefícios de ampliarmos uma abordagem transversal de proteção nos Estados, e isso inclui trazer pessoas refugiadas para o centro das discussões”, destacou.
Durante a abertura do evento, a banda se apresentou tocando músicas tradicionais do mundo árabe. Essa foi a segunda apresentação do grupo no Itamaraty, que também tocou durante a Reunião de Consulta da América Latina e do Caribe como Contribuição Regional para o Pacto Global sobre Refugiados, em fevereiro de 2018.
“Nós tocamos sempre que temos a oportunidade, é algo que fazíamos na Síria e isso nos conecta com nossa cultura. Está em nossa alma”, afirma Lucia.
“Muita coisa mudou desde a última vez que estivemos aqui. Minha filha nasceu e minha irmã se casou com o Oscar, que agora faz parte do Alma Síria – nossa família e banda estão se expandindo”, declarou Lucia, casada com Abdul e mãe da pequena Julia, de um ano e quatro meses de idade.
Agora, com a entrada do venezuelano Oscar, os instrumentos sírios tradicionais al oud e o qanon se encontraram com o violão elétrico, causando uma fusão de culturas e ritmos árabes e espanhóis. “Um dia estava tocando uma música síria e minha sogra me disse que era muito parecida com uma música espanhola”, revelou Miriam, que toca em uma orquestra de mulheres em Curitiba, onde vivem.
O grupo, que vive há 6 anos em Curitiba, encantou os presentes e após a apresentação foram recebidos pelo Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que agradeceu a participação do quarteto. “Fiquei realmente emocionado com a música, é muito linda. Isso representa o espírito da integração, da troca de culturas”, destacou o diplomata.

Educação e proteção de crianças

Integrando as discussões sobre a importância da educação no processo de proteção e integração de refugiados, a síria Joanna Ibrahim apresentou seu trabalho de empreendedorismo no setor gastronômico, o projeto Open Taste. Ela deu um testemunho de como o conhecimento que adquiriu foi essencial para poder construir seus projetos que hoje já impactam mais de 50 famílias de refugiados e migrantes em São Paulo.
“Quando cheguei aqui, tive que começar do zero. Para começar o Open Taste, busquei capacitação em empreendedorismo, marketing digital, tecnologia, inovação, e tive a oportunidade de participar de um programa de aceleração: aprendi sobre finanças, recursos humanos… Sem esse conhecimento eu jamais teria tido chances de triunfar”, afirmou.
A empreendedora e refugiada síria Joanna Ibrahim, de 32 anos, falou sobre sua possibilidade de triunfar profissionalmente a partir de oportunidades de estudo. Foto: ACNUR/Victoria Hugueney
A empreendedora e refugiada síria Joanna Ibrahim, de 32 anos, falou sobre sua possibilidade de triunfar profissionalmente a partir de oportunidades de estudo. Foto: ACNUR/Victoria Hugueney
Atualmente, seu projeto não só garante a geração de renda para famílias de diversas nacionalidades, mas principalmente impulsiona o conhecimento por meio de cursos e capacitações, cultivando esperança para que refugiados e migrantes vivendo em São Paulo possam reconstruir suas vidas por meio da gastronomia.
“Muitas vezes os refugiados precisam fazer o que é necessário para sobreviver. Mas a educação os dá uma oportunidade de prosperar. Poder investir em capacitações e desenvolvimento pessoal coloca a pessoa no caminho certo para enxergar um futuro. E quando você está no lugar certo, você enxerga que pode ir em frente.”
Por meio de parcerias com o setor privado, o Open Taste oferece espaços para comercialização de alimentos típicos de cada nacionalidade e oferece workshops em áreas como finanças, marketing, fotografia de celular para alimentos, storytelling, vigilância sanitária e atendimento ao cliente.
Enquanto ela continua a aprender e expandir seu negócio social, Joanna também conta com as lições que coletou ao longo de sua jornada. “O Open Taste me ensinou que pessoas podem fazer coisas incríveis e crescer se tiverem uma boa oportunidade”, disse. “O que mudou de verdade foram os chefs, eles encontraram no projeto um time, puderam ver um futuro melhor.”
No encontro do grupo de trabalho, as delegações dos países exploraram como melhorar o acesso à educação formal e apoio psicológico para as crianças mais vulneráveis e jovens, bem como caminhos alternativos de aprendizagem para aqueles enfrentando barreiras significativas para acessar os sistemas formais.
No total, mais de 47 milhões de pessoas já foram afetadas pelos conflitos no Oriente Médio, sendo que cerca de 20 milhões foram forçadas a se deslocar nos últimos anos, especialmente na Síria, Iraque e Iêmen. Deste total, as crianças e jovens são desproporcionalmente mais afetados e correm mais riscos ligados a recrutamento forçado, trabalho infantil separação familiar, violência de gênero e casamento infantil.
 
Posted: 21 Feb 2020 08:02 AM PST
Foto: OIT Brasil
Foto: OIT Brasil
Compartilhar experiências e conhecimentos passíveis de serem adaptados à realidade de um país africano e de gerarem ainda mais conhecimento local e capacidade institucional em políticas públicas.
Esse foi o propósito de duas oficinas de capacitação para a promoção do trabalho decente na cadeia produtiva do algodão de Moçambique, realizadas em Maputo e em Nampula, nos dias 19 e 21 de fevereiro.
Os treinamentos fazem parte da agenda da missão técnica ao país, organizada, de 17 a 21 de fevereiro, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em coordenação com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT), do Ministério da Economia, com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações, com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e com o governo moçambicano.
A primeira oficina, realizada em Maputo, foi ministrada pelos auditores fiscais Erika Medina Stancioli e Magno Riga Pimenta para servidores do Ministério do Trabalho e Segurança Social (MITSS) sobre a regulamentação do trabalho rural e erradicação do trabalho infantil.
Já a segunda, realizada em Nampula, foi ministrada por José Tiburcio de Carvalho Filho e buscou capacitar representantes do Fórum Nacional de Produtores de Algodão (FONPA) e de associações locais para fortalecer o diálogo social no setor do algodão em Moçambique.
“O subsetor do algodão é estratégico na economia nacional, pois é o que cria mais empregos, cerca de 20 mil postos de trabalho, entre permanentes e sazonais e demanda serviços ao longo da sua cadeia de valor, o que a torna grande dinamizador da economia rural, daí a preocupação de criar as condições digna de trabalho neste subsetor”, disse Ancha Ainadine, representante do Instituto do Algodão de Moçambique (IAM).
“Moçambique é o principal parceiro da cooperação para o desenvolvimento do Brasil e o algodão é o tema número um desta cooperação entre Brasil e Moçambique. Para que os demais projetos de melhoria de produtividade e rentabilidade do algodão tenham êxito, é fundamental a melhoria das condições de trabalho das famílias moçambicanas que trabalham no algodão”, disse Felipe Lemos, chefe de Cooperação Internacional da Embaixada do Brasil em Moçambique.
“Felicito o governo do Brasil, que está contribuindo com recursos e esforços para promover a melhoria da produção de algodão na América Latina e na África. É importante notar que o Brasil não apenas pensou em melhorias em termos econômicos, isto é, em aumentar a produtividade e a tecnologia – para as quais estabeleceu projetos bilaterais com o Moçambique, mas também em termos sociais, trabalhando para garantir o trabalho digno e, para isso, está cooperando com a OIT”, disse Fernanda Barreto, coordenadora do Programa de Cooperação Sul-Sul Brasil-OIT.
Saiba mais sobre a iniciativa clicando aqui.
 
Posted: 21 Feb 2020 05:04 AM PST
OIM em ação em Beira, Mozambique. Foto: OIM
OIM em ação em Beira, Mozambique. Foto: OIM
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançou nesta quinta-feira (20) um conjunto de publicações para apoiar a identificação de vulnerabilidades associadas à migração e melhorar a proteção e assistência disponíveis aos migrantes.
Disponíveis inicialmente em inglês, esses instrumentos são inéditos e ajudarão os formuladores de políticas e os profissionais, estabelecendo uma direção operacional clara, fornecendo proteção e assistência aos migrantes vulneráveis ou que tenham sofrido violência, exploração e abuso.
A abordagem da OIM à vulnerabilidade dos migrantes está enraizada no princípio de que os direitos humanos dos migrantes devem ser respeitados e promovidos, e que os migrantes devem receber a proteção e assistência de que necessitam.
“Os migrantes que sofreram violência, exploração e abuso muitas vezes lutam para ter acesso à ajuda de que precisam para se recuperar”, disse Mathieu Luciano, chefe da Unidade de Assistência aos Migrantes Vulneráveis da OIM.
“Estamos confiantes de que esta nova orientação apoiará Estados, organizações internacionais e organizações não governamentais em seus esforços para melhorar a proteção e assistência aos migrantes vulneráveis à violência, exploração e abuso.”
As ferramentas disponíveis para download incluem:

“Acredito que esta orientação será útil para todos aqueles que trabalham com migrantes vulneráveis na compreensão dos vários fatores que podem aumentar (ou diminuir) a vulnerabilidade, identificar os migrantes vulneráveis, bem como defender e implementar ações significativas para garantir que os migrantes possam viver vidas seguras, dignas e produtivas”, disse Renate Held, diretora do Departamento de Gerenciamento de Migrações.
Essas ferramentas foram produzidas com o apoio da União Europeia e com contribuições do Fundo de Desenvolvimento da OIM, no âmbito da Ação Global contra o Tráfico de Pessoas e o Contrabando de Migrantes (GLO.ACT), uma iniciativa conjunta implementada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em parceria com a OIM e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Para informações adicionais, clique aqui.
 

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