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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O ESSENCIAL: Governadores criticam Bolsonaro por falas sobre miliciano

RIO, 17 DE FEVEREIRO DE 2020
O DIA EM RESUMO
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Boa leitura!
 
Governadores de 19 estados e do Distrito Federal divulgaram uma carta com críticas ao presidente Jair Bolsonaro. No texto, eles dizem que declarações recentes de Bolsonaro sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega “não contribuem para a evolução da democracia”. Também manifestam incômodo com impostos que incidem em combustíveis.

Contexto: Bolsonaro e os governadores têm medido forças em debate sobre a tributação de combustíveis. O grupo tratou do assunto em reunião com o ministro Paulo Guedes (Economia), quando também debateu a proposta do governo para aprimorar o pacto federativo. Na carta, os governadores convidaram Bolsonaro para fórum em abril.
 
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pretende reajustar em 41,7% os salários de servidores da área de segurança pública. A medida, interpretada como aceno aos bolsonaristas, elevou o clima político no estado.  Zema foi criticado por parlamentares de seu partido e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O que está acontecendo: a proposta de Zema terá impacto de R$ 9 bilhões no orçamento. Em paralelo, Minas Gerais enfrenta crise financeira e almeja ingressar em regime de recuperação fiscal com a União. Após chuvas que resultaram em 58 mortes no estado, o governador disse não ter recursos para obras de infraestrutura.

Analítico: mais do que a austeridade fiscal, Zema mostrou que se importa em prestigiar políticas defendidas por Bolsonaro, afirma Maiá Menezes. O reajuste enfraquece o discurso com o que Novo se apresentou no cenário político brasileiro.
 
A corregedoria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) apresentou parecer com pedido de cassação de cinco deputados investigados pela Lava-Jato. O grupo chegou a ser preso em 2018, foi empossado no início de 2019, mas foi impedido de assumir o mandato por decisão judicial. Na semana passada, o Tribunal de Justiça determinou a reintegração de dois parlamentares: Chiquinho da Mangueira (PSC) e Marcos Abrahão (Avante).

Entenda: o parecer se baseia na investigação do Ministério Público Federal, que apontou “indícios de recebimento de vantagem indevida”.

O que acontece agora: o pedido da corregedoria seguirá para o Conselho de Ética da Alerj e, depois, será submetido à votação no plenário. O clima na Casa é pela cassação dos deputados.
Viu isso?
Corte sob tensão: Toffoli alertou ministros do STF sobre riscos de agressão identificados pela Polícia Federal.
Mensagem do centrão: partidos de centro lançaram campanha pela reforma tributária com críticas à CPMF e a empresários. Assista ao vídeo.
Fila do INSS: o governo elevou para 9.500 o número de servidores a serem contratados temporariamente.
Mesa redonda: Bolsonaro recebeu dirigentes do Flamengo e o técnico Jorge Jesus no Palácio da Alvorada. Na reunião, discutiram mudanças na legislação do futebol.
Passivo judicial: a AGU recebeu 507 processos referentes ao Enem em 2019, que foi marcado por falhas na correção de provas.
Procura-se: uma estátua de 400kg e dois metros de altura, que homenageia a mãe de Deodoro da Fonseca, foi furtada no Centro do Rio.
‘Lavagem’ de dinheiro: o Banco Popular da China decidiu desinfetar cédulas para tentar conter a propagação do coronavírus.
Eleições na Bolívia: a dois meses do pleito, Luis Arce, candidato de Evo Morales à Presidência do país, lidera intenção de voto.
MARCO LUCCHESI, PRESIDENTE DA ABL
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