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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Posted: 18 Feb 2020 11:58 AM PST
Puxar cabelo, beijar à força, agarrar pelo braço, xingar por não aceitar a rejeição e continuar insistindo? Pega a visão! O assédio e a importunação sexual são crimes.
Com o mote “Pega a visão e respeita as mina”, a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM-BA) lança, pelo quarto ano consecutivo, a campanha Respeita as Mina de enfrentamento às várias formas de violência contra as mulheres na maior festa popular da Bahia: o Carnaval. A campanha conta com o apoio da ONU Mulheres Brasil.
O objetivo é chamar a atenção para comportamentos muitas vezes naturalizados no cotidiano e principalmente durante a folia, mas que caracterizam assédio e importunação sexual.
A SPM-BA adota sempre uma campanha lúdica, alegre, com o propósito de firmar a diferença entre a paquera saudável e o comportamento desrespeitoso, constrangedor. A ideia é estimular o respeito e um Carnaval sem violência de gênero.

Ações de sensibilização

A SPM-BA realizará ações de sensibilização com a distribuição de material informativo, em texto bilíngue, ventarolas e adesivos alusivos à campanha. As ações ocorrerão nos portais de entrada de foliões, nos blocos, camarotes e pontos receptivos (Rodoviária, Terminal de São Joaquim, Porto e Aeroporto de Salvador), além de hotéis situados nas proximidades dos circuitos.
Em todos esses locais serão distribuídos materiais informativos com orientações de como proceder em caso de violência, onde denunciar ou buscar ajuda.
A Unidade Móvel da SPM-BA ficará instalada na Avenida Adhemar de Barros, em Ondina, para orientações às mulheres em situação de violência e também sensibilização dos foliões e folionas.
Além da UM, o Hospital da Mulher manterá atendimento 24 horas, por demanda espontânea, para os casos de violência sexual. O hospital conta com equipe especializada e toda a estrutura necessária para o acolhimento e atendimento profilático pós-exposição à DST/Aids.
A SPM-BA atuará em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e toda a rede de atenção às mulheres (Defensoria Pública, Ministério Público, Ronda Maria da Penha, Tribunal de Justiça, Hospital da Mulher) a fim de garantir o acolhimento adequado e o atendimento mais rápido e humanitário às mulheres em situação de violência.
Estão programadas visitas aos postos integrados das policias civil e militar, localizados nos circuitos do Carnaval, ás Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs) e outras instituições da rede. O trabalho de sensibilização começou esta semana com uma palestra para as tropas da Polícia Militar.

Casa Respeita as Mina

Uma das novidades da SPM-BA em 2020 é a Casa Respeita as Mina, que funcionará até o fim de março. A casa funcionará na Rua da Laranjeira, 31, no Pelourinho.
O pré-lançamento será na próxima quarta-feira (19), às 17 horas, quando as (os) convidadas (os) poderão conhecer o espaço e a proposta de ocupação.
No local, serão realizadas performance, apresentações artísticas e culturais, pocket shows, oficinas para o público feminino, debates, lançamento de livros, gravação de programas, entre outras atividades.
O cenário baseia-se no útero como atmosfera de conforto, segurança, acolhimento, criação, ludicidade e feminidade, buscando representar uma rede de mulheres unidas, em que as partes se articulam para compor o todo, adicionando-se o conceito das percepções das produções femininas: leia, ouça e veja mulheres!
O projeto da Casa Respeita as Mina é uma iniciativa da SPM-BA em parceria com a Maré Produções Culturais e a Movida Conteúdo, com patrocínio da Bahiatursa, e apoio das secretarias do Turismo (Setur), da Cultura (Secult), Ciência e Tecnologia (Secti), além de outras parcerias que juntarão ao projeto.

Trio Respeita as Mina

O “Trio Respeita As Mina” se consolidou como uma das principais atrações da campanha na luta contra o machismo e pela igualdade de gênero. O trio será puxado, pela segunda vez, pelas Aya Bass: Larissa Luz, Luedji Luna e Xênia França, três mulheres de destaque da nova música baiana, com trabalhos de repercussão nacional e internacional. O Trio deverá sair no sábado de Carnaval, no circuito Barra, em horário a ser definido.

 
Posted: 18 Feb 2020 11:51 AM PST
Foto: UNAIDS
Foto: UNAIDS
Em 2018, a cobertura da terapia antirretroviral entre crianças vivendo com HIV na África Ocidental e Central foi de apenas 28%, muito abaixo da média global, de 54%.
Existem muitas razões para a baixa cobertura da terapia antirretroviral entre crianças na África Ocidental e Central.
Poucas crianças estão sendo diagnosticadas na região — com apenas 27% dos bebês expostos ao HIV sendo testados para o vírus dentro de oito semanas após o nascimento em 2018.
Segundo o UNAIDS, há uma necessidade urgente de expandir o acesso ao diagnóstico precoce dos bebês.
A ausência de serviços de saúde acessíveis em muitos países da África Ocidental e Central resulta na falta de diagnósticos de crianças vivendo com HIV.
Clique para exibir o slide.Se uma mulher grávida não faz o pré-natal, ela não é testada para o HIV e não recebe os serviços para evitar a transmissão vertical (de mãe para filho). Além disso, seu bebê também não é testado para o HIV, e sem o diagnóstico não é possível iniciar o tratamento.
Mesmo procurando um profissional de saúde, muitas vezes a mulher e seu filho perdem o acompanhamento após o parto, com o estado sorológico da criança ainda desconhecido.
As crianças expostas ao HIV precisam ser testadas dentro de dois meses após o parto e testadas novamente ao final do período de amamentação. Para diagnosticar essas crianças, é necessária uma ampliação de serviços que ofereçam o teste de HIV, e outros serviços de saúde.
O UNAIDS também alerta que é preciso que mães e crianças se mantenham em tratamento e recebam a terapia antirretroviral. Muitas mães e crianças iniciam o tratamento do HIV e param mais tarde. Novos e aprimorados tratamentos de HIV para crianças também ajudam a aumentar a cobertura do tratamento.
Como não houve progresso nos últimos anos na prevenção da transmissão vertical do HIV na região, não é de admirar que as crianças que vivem com o HIV na África Ocidental e Central estejam ficando para trás.
 
Posted: 18 Feb 2020 10:28 AM PST
Criança caminha na neve em um assentamento informal recentemente estabelecido que continua a receber famílias deslocadas do sul de Idlib e das províncias rurais de Alepo, no noroeste da Síria. Foto: UNICEF/Baker Kasem
Criança caminha na neve em um assentamento informal recentemente estabelecido que continua a receber famílias deslocadas do sul de Idlib e das províncias rurais de Alepo, no noroeste da Síria. Foto: UNICEF/Baker Kasem
Enfrentando temperaturas congelantes e bombardeios, mais de 900 mil civis no noroeste da Síria foram forçados a se deslocar para áreas cada vez menores em busca de segurança, disse nesta terça-feira (18) a principal autoridade de direitos humanos da ONU.
“Nenhum abrigo agora é seguro”, disse o porta-voz de Michelle Bachelet, Rupert Colville. “Enquanto a ofensiva do governo continua e as pessoas são forçadas a áreas cada vez menores, ela (Bachelet) teme que mais pessoas sejam mortas.”
Desde 1º de janeiro, o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) confirmou 299 mortes de civis em Idlib, enquanto o governo sírio continua sua grande ofensiva militar para retomar a última área controlada por grupos armados não estatais da oposição.
“Cerca de 93% dessas mortes foram causadas pelo governo sírio e seus aliados”, explicou Colville. Os 7% restantes foram atribuídas a grupos armados não estatais.
Mais de 80% das mortes atribuíveis às forças do governo e seus aliados — 246 de 299 — ocorreram após ataques aéreos, acrescentou o porta-voz do ACNUDH.

Bachelet manifesta “horror” à medida que a crise se aprofunda

Em comunicado, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos expressou seu “horror” com a escala da crise.
Ela lembrou que mulheres e crianças vivendo sob lençóis de plástico estão sendo atingidas por ataques, observando que aqueles que fogem dos combates estão sendo “espremidos” em áreas cada vez menores.
“Eles simplesmente não têm mais para onde ir”, acrescentou.

Acusações de crimes de guerra

Questionado sobre se os ataques a civis e instalações médicas violavam as normas internacionais, Colville destacou sua “grande quantidade” nos quase nove anos de conflito.
Outras instituições nomeadas pela ONU tinham os meios para investigar esses ataques e garantir justiça às vítimas, observou ele, como a Comissão Independente de Inquérito sobre a Síria — que foi criada e reporta regularmente ao Conselho de Direitos Humanos — e o Mecanismo International, Imparcial e Independente, estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 2016.
“A grande quantidade de ataques a hospitais, instalações médicas e escolas sugere que estes não podem ser acidentais”, disse Colville. “No mínimo, mesmo que sejam acidentais, isso mostra falta de proporcionalidade, necessidade, precaução e assim por diante, os quais podem contribuir para que algo seja atribuído como crime de guerra.”

UNICEF alerta para necessidade de apoio às crianças sírias

Em meio à ofensiva do governo sírio no noroeste da Síria — o último bastião dos grupos armados não estatais da oposição — o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou que das 4 milhões de pessoas que vivem no noroeste do país, pouco mais de 2 milhões são crianças.
“Praticamente todas as crianças, até 1,8 milhão delas, precisam de assistência humanitária”, disse a porta-voz Marixie Mercado.
Ela acrescentou que das mais de 900 mil pessoas forçadas a fugir da crescente violência, “mais de meio milhão são crianças — ao menos 525 mil — deslocadas à força no noroeste da Síria desde 1º de dezembro. Pelo menos 77 crianças foram mortas ou feridas apenas em janeiro. O saldo é de 28 crianças mortas e 49 crianças feridas.”
Acompanhando a avaliação da diretora-executiva da UNICEF, Henrietta Fore, de que a situação no noroeste da Síria se tornou “insustentável”, Mercado reiterou o pedido da agência pelo fim da violência.
“Pedimos a cessação imediata das hostilidades e o fim da guerra na Síria de uma vez por todas, e pedimos que todos os trabalhadores humanitários sejam capazes de responder às enormes necessidades em conformidade com o Direito Internacional Humanitário”, disse ela.
 
Posted: 18 Feb 2020 09:58 AM PST
Crianças jogam futebol durante uma sessão de apoio psicológico em Trípoli, Líbia. Foto: ACNUR/Mohamed Alalem
Tentativas de suicídio, comportamento agressivo, distúrbios do sono e fazer xixi na cama. Esses são apenas alguns dos sintomas apresentados por muitos jovens solicitantes de refúgio e refugiados na Líbia que passaram por momentos de grande violência e sofrimento em sua terra natal, bem como durante suas jornadas difíceis e perigosas em busca de segurança.
Crianças e suas famílias também vivenciaram ou viram níveis chocantes de violência desde que chegaram à Líbia, país que sofre conflitos e instabilidade generalizados desde o levante de 2011 para derrubar o ex-líder Muammar Kadafi. Muitos testemunharam coisas que nenhuma criança deveria ver, o que as deixou altamente estressadas e ansiosas.
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) apoia atividades para ajudar refugiados e solicitantes de refúgio a lidar com sua angústia mental. Na capital líbia, Trípoli, um programa foi projetado especificamente para crianças no Centro de Reuniões e Partidas (CRP), estabelecido como um centro de trânsito para refugiados e solicitantes de refúgio que aguardam voos para deixar o país.
Em uma sessão recente, na qual os jovens foram convidados a desenhar a si mesmos e seus sonhos para o futuro, uma menina imitou os socos de um boxeador enquanto brincava. “Esta criança, uma menina fofinha, nos disse que quer ser lutadora”, afirmou a psicoterapeuta Nadia Tabet, que trabalha com a LibAid, organização parceira do ACNUR em Trípoli.
“Nós ficamos surpresos. Quando perguntei a ela o porquê, ela disse: ‘Quero bater em todo mundo que nos machucou’. Isso reflete as injustiças que ela sofreu.”
Depois de fugir da Eritreia, a jovem e sua mãe passaram mais de um ano em Zintan, um dos 16 centros de detenção oficiais ativos na Líbia, administrados pela Direção de Combate à Migração Ilegal (DCMI), parte do Ministério do Interior. O ACNUR conseguiu garantir a liberação das duas, levando-as ao CRP em Trípoli, para aguardarem evacuação.
“Ela costumava acordar à noite chorando. A mãe dela a trouxe até aqui”, explicou Tabet. “À noite, a menina costumava testemunhar pessoas brigando no centro de detenção. Ela havia internalizado essa violência. Ela tem muitas lembranças ruins. Estamos tentando tratar os traumas psicológicos que elas enfrentaram e modificar seu comportamento violento.”
Em 2019, o ACNUR, juntamente com a LibAid, iniciou um programa psicossocial no CRP para tentar fornecer alguma normalidade e esperança para muitos jovens que estavam detidos. Outros programas de apoio estão disponíveis para adultos nas instalações, bem como no Centro Comunitário do ACNUR localizado em outra parte da cidade.
A Líbia não é signatária da Convenção da ONU sobre Refugiados. No país, refugiados e solicitantes de refúgio são considerados migrantes ilegais.
Eles podem estar sujeitos a prisão e detenção, especialmente aqueles que foram interceptados no mar pela Guarda Costeira da Líbia enquanto tentavam atravessar o Mediterrâneo. Costumam ficar detidos por meses ou até anos. Não há processo de revisão judicial e os detidos frequentemente enfrentam abuso, tortura e violência sexual.
Além disso, existe a possibilidade de muitas crianças terem chegado à Líbia por rotas controladas por gangues de tráfico de pessoas, onde violência, exploração e abuso não são incomuns.
O programa de apoio a crianças, financiado pelo ACNUR, tinha como alvo crianças de 5 a 12 anos. Ele proporcionava um espaço seguro onde os jovens eram incentivados a se expressar, a participar de atividades lúdicas que afastavam suas mentes da violência que testemunharam e interagiam socialmente com os colegas. Livros e brinquedos foram fornecidos para as atividades.
“A violência é um problema generalizado entre as crianças aqui”, explicou Jamal Bashir, da LibAid, chefe de programas de apoio psicossocial da CRP. “No programa, trabalhamos para melhorar o comportamento.”
“Tentamos criar rotinas para trazer um senso de normalidade para as crianças, uma vez que elas não tiveram a chance de viver uma vida normal.”
A maioria dos jovens também está atrasada na escola, pois interrompeu os estudos quando saiu de casa ou, em muitos casos, nunca frequentou a escola. Sentir que estão perdendo oportunidades de um futuro melhor também pode ser uma causa de alto grau de estresse.
As crianças gostavam de frequentar as sessões e de compartilhar suas experiências familiares em um ambiente seguro. Mohammed*, de 9 anos, disse ao psicoterapeuta que não gostava de guerra e explicou que sua mãe e seu irmão foram assassinados.
“Queremos ir para a Europa… porque todos morreram”, disse. “Agora somos apenas eu e meu pai.”
Os pais das crianças viram resultados positivos do programa e relataram que os filhos estão mais calmos e mais motivados. Yusuf*, pai solteiro após a morte de sua esposa, disse que viu melhorias no filho desde que ele começou a frequentar as atividades.
“Estamos muito felizes com o programa”, disse. “Antes, meu filho tinha um comportamento mais agressivo, mas agora ele se comporta normalmente e respeita todo mundo.”
Bashir, da LibAid, disse que quando começaram o novo programa, as crianças estavam tão interessadas que chegavam uma hora mais cedo para as aulas. “Vemos que as crianças são muito interessadas; é algo novo para elas.”
“As más condições em que cresceram, o trauma da jornada… tudo as afeta”, acrescentou. “As crianças são apenas observadoras daquilo que acontece. Você percebe que há uma tristeza em todas as crianças que estão aqui. Elas não conseguem se expressar e se libertar disso. Por isso, criamos essas atividades. Para ajudar.”
Devido ao agravamento da segurança em Trípoli, o programa psicossocial para crianças está suspenso no momento. O ACNUR espera encontrar novas alternativas para continuar esse importante trabalho.
* Nomes alterados por motivos de proteção.
 
Posted: 18 Feb 2020 09:31 AM PST
Participantes do Fórum Urbano Mundial em Abu Dhabi. Foto: PNUMA
Participantes do Fórum Urbano Mundial em Abu Dhabi. Foto: PNUMA
Por Joyce Msuya*
A ligação entre o patrimônio cultural e natural, e o papel que os dois podem desempenhar no combate às mudanças climáticas, é muito mais profunda.
Obrigada aos Emirados Árabes Unidos por nos receber na bela cidade de Abu Dhabi. Também sou profundamente grata ao ONU-HABITAT por criar um espaço que reúna pessoas e diferentes partes interessadas que reconhecem o papel principal que as cidades desempenham na luta para combater o aquecimento global.
Há uma liderança incrível de cidades alcançando a neutralidade de carbono e cidades assumindo compromissos ambiciosos em elementos críticos nessa direção, de edifícios de neutralidade de emissões líquida até compromissos de energia 100% renovável ​​e similares.
Os seres humanos há muito tempo inventam maneiras engenhosas de se proteger do clima. Na região quente e desértica do Golfo, os arquitetos costumavam construir apanhadores de vento nos telhados das pessoas. A ventilação canalizava a brisa e esfriava o interior das casas das pessoas.
A casas-pátio é um projeto de construção tradicional de muitas das zonas de clima quente, pois fornece resfriamento passivo pela ventilação natural, sombreamento e luz solar direta reduzida. Isso foi muito antes do advento dos aparelhos de ar condicionado movidos a combustíveis fósseis.
Arquitetos modernos estão começando a entender a sabedoria das culturas antigas. Com base nas técnicas indianas usadas há 1.500 anos, um Instituto de Moda no norte da Índia continua seis graus mais frio no seu interior do que a temperatura externa, sem a necessidade de ar-condicionado.
No México, uma universidade está usando blocos de terra compactados e outros recursos ecológicos para construir edifícios que reduzem a quantidade de energia consumida em mais de 50%. E Medellín, na Colômbia, reduziu as temperaturas em mais de 2°C, transformando suas selvas de concreto em florestas urbanas.
Além de edifícios, existem bons exemplos em relação ao planejamento urbano. As antigas medinas do noroeste da África aperfeiçoaram o sombreamento natural, com seu sistema de ruas estreitas, com diversos cruzamentos.
Precisamos voltar a valorizar e modernizar o conhecimento e as técnicas tradicionais, reconhecendo seu valor cultural e adaptando-o às demandas modernas. O PNUMA é o anfitrião do Secretariado da Cool Coalition.
Analisar o design de edifícios e a formação urbana, bem como soluções baseadas na natureza, faz parte da abordagem AVOID, SHIFT, IMPROVE (evitar, mudar, melhorar) que esta Coalizão está adotando para enfrentar o desafio da demanda de refrigeração em expansão ligada às mudanças climáticas globais.
Na COP climática de Madri, no ano passado, uma sessão organizada pela Aliança Global para Edifícios e Construções destacou a importância dos governos nacionais e locais usarem seus prédios históricos para dar o exemplo e demonstrar opções e benefícios da renovação profunda.
A ligação entre o patrimônio cultural e natural — e o papel que os dois podem desempenhar no combate às mudanças climáticas — é muito mais profunda.
O estilo de vida urbano muitas vezes leva a grandes pegadas ambientais. Cerca de 75% da energia e dos recursos naturais do mundo são consumidos nas cidades. Aproximadamente 60% de todo o lixo e 70% das emissões de gases de efeito estufa vêm de centros urbanos. Prevê-se que as emissões diretas e indiretas de ar condicionado e refrigeração aumentem 90% até 2050 em relação aos níveis de 2017.
Já existem sinais promissores de que as cidades preparadas para o futuro estão começando a mudar de cultura, à medida que buscam aliviar as pressões exercidas sobre o mundo natural.
Na África, a proibição do Ruanda sobre sacolas plásticas reduziu enormemente a poluição plástica. Com nossa Iniciativa Global sobre Cidades com Eficiência de Recursos, apoiamos as cidades a avaliar seu metabolismo — uma maneira de ajudar a definir prioridades e passar do gerenciamento de resíduos para a circularidade.
Da mesma forma, cidades como Paris e Amsterdã estão afastando seu povo da dependência de carros. Com nosso programa “Compartilhe a estrada”, fornecemos suporte às cidades para promover o uso de opções de transporte não motorizado.
Muito mais precisa ser feito se queremos desencadear a mudança cultural radical necessária.
Voltemos ao meu exemplo no setor de habitação, de edifícios e de construção civil. Enquanto enfrentamos um déficit habitacional qualitativo e quantitativo em muitas cidades ao redor do mundo, vemos que as melhorias na eficiência energética realizadas até o momento foram retomadas pelo aumento no espaço físico.
Este é um desenvolvimento que conhecemos muito bem do setor de transportes, onde consistentemente as melhorias na eficiência de combustível foram corroídas por mais veículos na estrada e mais quilômetros percorridos.
A demanda global de energia nas nossas casas e no setor de construção residencial deve aumentar em 50% nos próximos 40 anos. Portanto, a forma como projetamos, construímos, alimentamos e adaptamos as cidades do futuro, e o modo como fazemos melhor uso do espaço, desempenhará um papel importante no enfrentamento da crise climática.
As mudanças na cultura urbana de que tanto precisamos tocam em tudo, não apenas na habitação e na mobilidade, mas também nos alimentos que comemos até os fundamentos econômicos da vida moderna.
As cadeias de suprimentos de alimentos curtas, a agricultura urbana e as dietas à base de vegetais terão um papel importante nessa transformação. O mesmo acontece com a mudança para uma economia circular, uma mudança que promete reduzir as emissões de gases de efeito estufa, em alguns setores, em 85% até 2050.
Como diz o secretário-geral da ONU, precisamos “abraçar a transformação que nos levará a um mundo neutro em carbono até 2050”.
Aceitar essa transformação não deve ser difícil, um mundo com um clima estável, onde as cidades têm ar puro, melhor saúde, alimentos mais frescos e espaços mais verdes e agradáveis, está ao nosso alcance. A parte difícil será explicar aos nossos filhos por que escolhemos não agir.
*Diretora-executiva adjunta do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
 
Posted: 18 Feb 2020 09:01 AM PST
Vista do bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro, com a Rocinha em primeiro plano. Foto: Wikimedia/Alicia Nijdam
Vista do bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro, com a Rocinha em primeiro plano. Foto: Wikimedia/Alicia Nijdam
A proposta de explorar, aprender e discutir como os investimentos privados podem estar orientados à construção de um sociedade mais justa para as próximas gerações orientou a Converge Capital Conference 2020, realizada no Rio de Janeiro (RJ) entre 13 e 14 de fevereiro.
A conferência, que teve o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) entre os principais convidados, reuniu membros de famílias investidoras, executivos e atores-chave do mercado financeiro.
A representante-residente do PNUD no Brasil, Katyna Argueta, abriu o evento. “Em janeiro deste ano, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou a Década de Ação para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030”, destacou.
Segundo Argueta, uma das mais relevantes contribuições da Agenda 2030 está na quebra do paradigma de desenvolvimento até agora predominante, ao reconhecer a necessidade da sustentabilidade, a natureza multidimensional do desenvolvimento e a integralidade em sua implementação.
A Converge Capital Conference, que tem à frente a empresária Marina Cançado, foi “um convite para começarmos a década de 2020 com mais clareza e consciência em relação ao que nossos investimentos – com e sem fins de lucro – estão nutrindo no mundo e qual o nosso papel em agir e nos coordenar em direção ao que realmente importa conservar e gerar no nível individual e coletivo”, segundo a organização.
O evento reuniu cerca de 100 palestrantes, incluindo atores-chave do mercado financeiro e os principais nomes que atuam em sustentabilidade e meio ambiente.
Estiveram presentes o cofundador do Waze, Uri Levine; o diretor de Investimentos do Fundo de Pensão de Genebra, Grégoire Haenni; e o diretor das Américas do Principles for Responsible Investment, Chris Fowle, entre outros. A proposta foi discutir como os investimentos privados podem estar pautados em questões sociais e ambientais, mantendo a rentabilidade.
“Passei o último ano estudando e acompanhando de perto como as grandes economias da Europa, Ásia e América do Norte estão tratando os investimentos responsáveis. Um ponto em comum entre todos eles é que impacto e sustentabilidade precisam ser tratados como questões transversais na elaboração de um portfólio. Esses dois dias de evento foram importantes para refletirmos sobre o papel do investidor, executivo, filantropo, conselheiro, consultor e consumidor diante do mundo que estamos investindo”, destaca Marina Cançado, idealizadora do evento.
A conferência mostrou, por meio de dados, macrotendências e exemplos, que é possível moldar um futuro melhor por meio das empresas e do mercado financeiro, sem necessariamente abdicar de retorno financeiro. O primeiro dia foi destinado a explorar os cenários alternativos para as próximas décadas e os esforços necessários para que um futuro mais positivo se concretize.
Já no segundo dia, as palestras aprofundaram o debate em torno de como contribuir para um mundo mais sustentável por meio de investimentos. O encontro abordou também o papel da filantropia e a importância da tecnologia ser incorporada aos negócios para resolver desafios globais.
 
Posted: 18 Feb 2020 08:16 AM PST
2019 Playmob Ltd.
2019 Playmob Ltd.
Cientistas afirmam que a humanidade tem pouco mais de uma década para reverter os desastres da mudança global do clima. A Missão 1.5, campanha lançada mundialmente em 13 de fevereiro, dará a cidadãs e cidadãos uma forma direta de comunicação com os governos.
A campanha se baseia em um jogo para plataformas online que informa as pessoas sobre políticas para o clima e oferece opções de voto para soluções em diferentes níveis. Os votos serão compilados e analisados por pesquisadores da Universidade de Oxford antes de serem enviados a líderes governamentais.
A informação pode ajudar governos a adquirir confiança para tomar ações ousadas necessárias para reverter a crise do clima.
“Junto com parceiros de governos e do setor privado, temos a habilidade de conectar milhões de pessoas com governos de forma inovadora para gerar discussões e soluções à crise do clima e aumentar a ambição para os diálogos sobre o clima na COP26, em Glasgow, na Escócia, neste ano”, afirma o administrador do PNUD, Achim Steiner.
O planeta está perigosamente perto de ultrapassar a marca de 1,5 Cº de elevação da temperatura, nível que gera insegurança. A última década foi a mais quente já registrada. A temperatura da Terra e dos oceanos está aumentando, o gelo polar e as montanhas estão derretendo, e o clima está mais imprevisível e letal.
O jogo, desenvolvido pelo PNUD e parceiros, foi testado na versão beta no ano passado e 1,25 milhão de jogadores já votaram. Ele está disponível nos seis idiomas oficiais da ONU (inglês,francês, espanhol, árabe e mandarim), e mais línguas serão acrescentadas à medida que a campanha progredir ao longo do ano.
Os resultados serão compilados e apresentados por gênero, idade e país. Com o uso de exemplos aleatórios, os resultados globais refletirão com precisão como as pessoas votaram em cada país. Nesse sentido, o jogo Missão 1.5 permite que gestores públicos obtenham perspectivas fundamentais sobre a percepção global da mudança do clima.

Novos públicos

O jogo Missão 1.5 emprega tecnologia de forma inteiramente nova. Em vez de ser somente um site, o jogo é apresentando por meio de anúncios em alguns dos mais populares videogames do mundo.
A indústria de jogos é maior que as indústrias de filme e de música juntas, e o Missão 1.5 pode alcançar pessoas que tradicionalmente não estavam envolvidas em discussões sobre o clima.
Os dados que o jogo coleta ajudarão gestores públicos a melhor entenderem como cidadã e cidadão em todos os cantos do planeta pensam sobre o futuro.
“As escolhas que países como a Nigéria fazem hoje terão impacto nas futuras gerações”, diz a nigeriana Yemi Alade, do grupo Nigerian Afropop, uma defensora das causas do PNUD.
“Temos muitos desafios – desigualdade de gênero, deterioração dos ecossistemas, redução da fauna e flora selvagens –, e todos eles estão relacionados aos efeitos da mudança do clima. É um momento essencial para todos nós, para que nossas vezes sejam ouvidas, e o Missão 1.5 dá essa oportunidade”.
Recentemente, o Sistema ONU ingressou na Década de Ação – esforço final para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e das obrigações do Acordo de Paris. Nesse contexto, a Missão 1.5 oferece perspectiva única. O jogo é peça-chave também para o apoio do PNUD aos mais de 100 países comprometidos com as metas do Acordo de Paris.
Este é um ano crucial à ação para o clima. O PNUD espera que essa campanha não apenas ajude as pessoas a entenderem a crise climática, mas também estimule ações reais por parte dos líderes políticos. Ainda há tempo reverter o aquecimento global, mas é preciso agir agora.
Visite Mission1point5.org. Vote hoje pelo clima.
 
Posted: 18 Feb 2020 07:54 AM PST
Mariam Walate Intanere, de 25 anos, fugiu do Mali para o Níger com seu tio e quatro filhos. Ela e sua família receberão uma das 1 mil casas em Ouallam que estão sendo construída para refugiados e seus anfitriões. Foto: ACNUR/Sylvain Cherkaoui
Mariam Walate Intanere, de 25 anos, fugiu do Mali para o Níger com seu tio e quatro filhos. Ela e sua família receberão uma das 1 mil casas em Ouallam que estão sendo construída para refugiados e seus anfitriões. Foto: ACNUR/Sylvain Cherkaoui
Uma estrada recém-pavimentada divide a cidade de Ouallam, no Níger, em dois mundos. Do lado direito da rua, abrigos precários e improvisados ​​estão espalhados ao lado de latrinas temporárias, de tendas servindo como escolas provisórias e centros de distribuição de alimentos.
Do lado esquerdo, casas robustas de tijolos com janelas estão sendo erguidas em grandes lotes organizados. Construídas com tijolos ecológicos, as construções serão capazes de resistir ao clima severo do deserto por até 30 anos. Em breve, uma escola primária será construída, não muito longe do posto de gasolina que já está aberto.
Hoje refugiada no Mali, a nigeriana Mariam atravessou esta estrada. Depois de cinco anos em um abrigo temporário no remoto campo de refugiados de Mangaize, a mãe de quatro filhos será uma das primeiras a se mudar para uma casa na nova comunidade.
Cerca de 1 mil residências serão construídas nos próximos 18 meses para refugiados em situação de vulnerabilidade. A comunidade está trabalhando a partir de um projeto estruturado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros com o objetivo de criar soluções duradouras para essa população.
“Esta casa vai mudar nossas vidas”, disse Mariam Walate Intanere, de 25 anos, sentada nos tijolos que em breve se tornarão sua nova residência. “Durante a estação das chuvas, tenho que reconstruir constantemente o abrigo e colocá-lo no chão de novo e de novo. Será bem mais seguro, não dá nem para comparar.”
O ACNUR e o governo do Níger fizeram da transferência de refugiados dos campos para as comunidades locais uma prioridade máxima com o passar dos anos, ao passo que a situação no Mali permanece instável.
A participação na comunidade local permite que refugiados se adaptem melhor ao ambiente, mas também desfrutem de direitos fundamentais, como a liberdade de se mudar, trabalhar, ir à escola ou visitar um médico.
Mas em lugares como Ouallam, que já abriga uma população em situação de vulnerabilidade, o processo também deve fortalecer a infraestrutura e as instituições locais.
Para esse fim, o ACNUR e seus parceiros começaram a reforçar os sistemas de água e a investir em escolas e centros de saúde. Até o trabalho de construção das 1 mil novas casas beneficiará a comunidade anfitriã, pois metade dos 400 empregos serão destinados a membros da comunidade local e a outra metade será destinada a refugiados.
“Existe um forte espírito de colaboração aqui em Ouallam entre a comunidade local e os refugiados, o que estabelece uma base sólida para esse projeto inovador”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, durante uma visita a refugiados e residentes locais de Ouallam.
Grandi estava lá para se encontrar com as duas primeiras famílias – uma família local e uma família de refugiados – que se mudarão para essas novas casas. Essas discussões marcaram o início de uma visita que Grandi fará a três países para destacar os desafios que o Níger e a região do Sahel enfrentam.
A expectativa é de que a infraestrutura que refugiados e anfitriões estão construindo na área urbana de Ouallam sejam capazes de suportar as crises enfrentadas pela região.
Atualmente, o Níger está absorvendo os impactos das crises que ocorreram no Sahel, uma região frágil que abrange uma série de países ao sul do Saara. A revolução de 2011 na Líbia e o conflito de 2012 no Mali, durante os quais uma coalizão de grupos armados dominaram grandes partes do país, levou dezenas de milhares a se refugiarem no Níger.
A violência se espalhou pelas fronteiras à medida que terroristas, o crime organizado e bandidos exploravam a tensão étnica, a pobreza e a fraca governança para promover seus próprios objetivos.
Burkina Faso, Mali e Nigéria foram dilacerados por lutas étnicas e violência que obrigaram milhares de pessoas a fugir. O Níger agora abriga mais de 215 mil refugiados, a maioria vindos do Mali e da Nigéria.
Hoje, o Níger enfrenta sua própria crise. O aumento da violência dentro de suas próprias fronteiras levou a um deslocamento interno maciço de cidadãos, bem como dos refugiados que abriga.
Nas regiões limítrofes de Burkina Faso e Mali, mais de 80 mil nigerianos foram forçados a fugir, um aumento de 50% em relação ao ano passado. Nas últimas duas semanas, 600 chegaram a Ouallam.
Hana Abdou, de 63, disse ao ACNUR que um grupo armado ameaçou sua comunidade e os forçou a deixar a vila de mãos vazias. Levaram nove dias para viajar 150 quilômetros. Durante dois dias, eles não comeram ou beberam água. Foi a segunda vez que Hana foi forçada a fugir.
No início deste mês, terroristas atacaram uma base militar nigeriana, deixando pelo menos 89 pessoas mortas. Foi o ataque mais mortal que o Níger sofreu nos últimos anos. Após o ataque, o ACNUR recebeu relatos de grupos armados sequestrando e matando civis e saqueando propriedades.
Apesar do aumento dos desafios que enfrenta, o Níger, um dos países mais pobres do mundo, continua sendo um dos mais generosos em relação aos refugiados.
O governo do país levantou a ideia de fornecer moradia para 40 mil refugiados em dezembro de 2019, durante o primeiro Fórum Global sobre Refugiados realizado pelo ACNUR em Genebra. O governo disse que isso ofereceria aos refugiados uma alternativa ao isolamento da vida no campo.
Com grande parte do Níger enfrentando um estado de emergência e operações militares em expansão, o ACNUR e outras organizações humanitárias não conseguiam mais alcançar muitas pessoas deslocadas, incluindo refugiados, privando pessoas já vulneráveis ​​de serviços essenciais e assistência de emergência.
Com a ameaça de violência crescendo a cada dia, o ACNUR e o governo do Níger não tiveram escolha a não ser acelerar o plano. Ouallam, assim como as cidades de Ayerou e Abala, ofereceu um refúgio urbano seguro e uma oportunidade econômica.
“O aumento da insegurança e do deslocamento são muito preocupantes”, disse Grandi. “É por isso que precisamos continuar prestando assistência às pessoas com necessidades imediatas, mas também pensar em soluções a longo prazo para garantir que refugiados e qualquer pessoa forçada a partir de casa possa viver rapidamente de forma mais independente.”
 
Posted: 18 Feb 2020 07:13 AM PST
Maria-Noel Vaeza é diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe. Foto: ONU Mulheres/Gustavo Dantas
Maria-Noel Vaeza é diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe. Foto: ONU Mulheres/Gustavo Dantas
Os 25 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim e os cinco anos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável são temas de audiências da diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Maria-Noel Vaeza, com autoridades do governo brasileiro, em Brasília (DF).
Vaeza cumprirá missão, de 20 a 23 de fevereiro, na capital federal e no Rio de Janeiro (RJ), acompanhada da representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya.
Em Brasília, nos dias 20 e 21 de fevereiro, a diretora regional da ONU Mulheres para as Américas e o Caribe terá audiências com autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário Federais.
Nestes encontros, serão discutidas convergências e reforçadas alianças estratégicas em relação às agendas global, regional e nacional. Além dos compromissos com parceiros do Estado Brasileiro, haverá também ao longo destes dois dias diálogo com autoridades e equipe das Nações Unidas no Brasil.
Serão momentos para reforçar a agenda de direitos das mulheres, impulsionada pela campanha internacional Geração Igualdade, voltada à ação de agentes-chave para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
Serão, também, os primeiros encontros formais da representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, com autoridades brasileiras desde a sua incorporação ao escritório, em dezembro de 2019.
A diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe se deslocará para o Rio de Janeiro (RJ), onde, no sábado (22), terá encontro com as participantes do programa “Uma Vitória Leva à Outra”, da ONU Mulheres e do Comitê Olímpico Internacional (COI).
À noite, o grupo se juntará à jogadora brasileira Marta Silva, embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres e defensora dos ODS, para desfile na escola de samba Inocentes de Belford Roxo, às 22h45, na Marquês de Sapucaí.
A jogadora de futebol será homenageada pela sua colaboração ao esporte e ao encorajamento de mulheres e meninas em todo o mundo, além da sua atuação nas Nações Unidas para alcance dos objetivos globais – entre eles o Objetivo nº 5 – Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
Dezesseis adolescentes do programa “Uma Vitória Leva à Outra” representarão as mais de 1 mil participantes da iniciativa, lançada em 2016 como legado dos Jogos Olímpicos do Rio.
 

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