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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Posted: 21 Jan 2020 12:26 PM PST

O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), o Consulado Geral da Alemanha no Rio de Janeiro e a Federação Israelita do Rio de Janeiro (FIERJ) realizam no dia 28 de janeiro uma cerimônia para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, quando será inaugurada a exposição “Alguns eram vizinhos”. O evento ocorrerá às 18h no Centro Cultural da Justiça Federal do Rio de Janeiro, restrito a convidados.
Neste ano, o tema para a data é “75 anos depois de Auschwitz – Educação sobre o Holocausto e Memória para Justiça Global”. Ele reflete a importância contínua, 75 anos depois do Holocausto, de uma ação coletiva contra o antissemitismo e outras formas de preconceito para garantir o respeito pela dignidade e os direitos humanos de todas as pessoas, em todos os lugares.
Participam do evento o vice-cônsul geral da Alemanha, Johannes Bloos; o cônsul-geral dos Estados Unidos,  Scott Hamilton; o cônsul honorário de Israel, Osias Wurman, e o presidente da FIERJ, Arnon Velmovitsky, além de integrantes da comunidade judaica. Está previsto o depoimento do sobrevivente do Holocausto Freddy Glatt e uma apresentação musical.
Exposição – Na ocasião, o UNIC Rio inaugurará a mostra fotográfica “Alguns eram vizinhos”, produzida em parceria com o Museu Estadunidense em Memória do Holocausto e o Programa Educacional da ONU sobre o Holocausto. A exposição traz reflexões sobre o que as pessoas fizeram — ou deixaram de fazer — durante o período da Segunda Guerra Mundial, em atitudes que ajudaram — ou não — vítimas do antissemitismo e do nazismo. A mostra fica em cartaz até o dia 20 de fevereiro de 2019, com horário de visitação das 12h às 19h, de terça a domingo.
O Programa Educacional da ONU sobre o Holocausto foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 2005 para encorajar a sociedade civil a participar da memória e educação sobre o Holocausto, como forma de ajudar a prevenir futuros atos genocidas. As Nações Unidas lembram as vítimas do Holocausto a cada 27 de janeiro, data em que as tropas soviéticas libertaram os prisioneiros do Campo de Concentração e Extermínio Nazista Alemão Auschwitz Birkenau (1940-1945).
SERVIÇO
28 de janeiro de 2020 – terça-feira
18h – Evento na Sala de Sessões
19h – Inauguração da exposição – Galerias do 1º andar
Centro Cultural da Justiça Federal no Rio de Janeiro
Av. Rio Branco, 241 – Centro
Rio de Janeiro
Exposição: de 3ª a domingo, das 12h às 19h, até 20/02/2020 – Entrada franca.
Informações para a imprensa:
UNIC Rio – Roberta Caldo – (21) 98202.0171 – caldo@un.org
 
Posted: 21 Jan 2020 10:46 AM PST
Equipe da ONU Mulheres durante as discussões do setor privado sobre igualdade de geração no Quênia. Foto: ONU Mulheres/Kennedy Okoth
Equipe da ONU Mulheres durante as discussões do setor privado sobre igualdade de geração no Quênia. Foto: ONU Mulheres/Kennedy Okoth
ONU Mulheres, movimentos feministas do mundo, governos do México e da França anunciaram na semana passada (15) os temas das Coalizões de Ação do Fórum Geração Igualdade que acontecerá na Cidade do México e em Paris este ano.
As Coalizões de Ação são parcerias com governos, sociedade civil, organizações internacionais e setor privado para catalisar a ação coletiva, impulsionar o investimento público e privado e fornecer resultados positivos para mulheres e meninas em todo o mundo.
O Fórum de Igualdade de Geração, um encontro global liderado pela sociedade civil, organizado pela ONU Mulheres e co-organizado pelos governos do México e da França, acontecerá na Cidade do México de 7 a 8 de maio e em Paris de 7 a 10 de julho. Na ocasião, serão lançadas seis coalizões de ação:
1. Violência baseada em gênero
2. Justiça e direitos econômicos
3. Autonomia corporal, saúde e direitos sexuais e reprodutivos (SRHR)
4. Ação feminista pela justiça climática
5. Tecnologia e inovação para a igualdade de gênero
6. Movimentos feministas e liderança
Os seis temas das Coalizões de Ação foram baseados em análises de dados e selecionados em consulta com grupos feministas internacionais, organizações ativistas, governos e outras parcerias.
O Fórum de Igualdade de Geração acontecerá no contexto do 25º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, o plano mais abrangente para alcançar a igualdade de gênero e os direitos das mulheres, adotado por 189 países em 1995.
Apesar de alguns progressos, as mudanças têm sido lentas, e nenhum país alcançou a igualdade de gênero. Como o mundo vem enfrentado desafios sem precedentes, incluindo crises climáticas e crescente desigualdade, o progresso dos direitos das meninas e das mulheres está em risco.
Meninas, adolescentes e mulheres jovens estão no centro da Geração Igualdade, levantando questões e vozes silenciadas e estigmatizadas por muito tempo, a fim de que nenhuma mulher ou menina seja deixada para trás. Uma das ações concretas de cada tema da Coalizão de Ação terá como alvo específico as necessidades únicas de meninas adolescentes e mulheres jovens.
Cada Coalizão desenvolverá e implementará soluções direcionadas para fazer avançar os direitos de adolescentes meninas e mulheres jovens durante a Década de Ação da ONU (2020 – 2030), com a finalidade de cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Nos próximos meses, será promovida a formação de lideranças e de integrantes das Coalizões de Ação, bem como o desenvolvimento dos planos de ação que acompanharão cada uma, por meio do detalhamento de metas, resultados, orçamento, catálogo de compromissos e estrutura de prestação de contas.
A próxima sessão da Comissão das Nações Unidas sobre a Situação das Mulheres (9 a 20 de março) e o Fórum Geração Igualdade no México (7 a 8 de maio) oferecerão oportunidades para que as parcerias se reúnam e elaborem detalhadamente os planos de cada Coalizão de Ação.
As Coalizões de Ação terão lançamento oficial no Fórum Geração Igualdade, de 7 a 10 de julho, em Paris. Na Assembleia Geral da ONU, em setembro de 2020, serão ampliadas.
Para mais informações sobre o Fórum Geração Igualdade e as Coalizões de Ação, clique aqui.
Acompanhe e participe da campanha global #GeraçãoIgualdade para tornar a igualdade de gênero uma realidade para as mulheres e meninas em todo o mundo.
 
Posted: 21 Jan 2020 10:25 AM PST
Adolescente de 16 anos nada na área inundada da vila de Aberao, em Kiribati. A ilha do Pacífico é um dos países mais afetados pelo aumento do nível do mar. Foto: UNICEF/Sokhin
Adolescente de 16 anos nada na área inundada da vila de Aberao, em Kiribati. A ilha do Pacífico é um dos países mais afetados pelo aumento do nível do mar. Foto: UNICEF/Sokhin
O Comitê de Direitos Humanos da ONU anunciou nesta terça-feira (21) ter determinado que os países não podem deportar pessoas que pediram refúgio devido a ameaças relacionadas ao clima.
A medida histórica marca a primeira decisão de um órgão de direitos humanos da ONU com base em uma denúncia apresentada por um indivíduo que busca proteção contra os efeitos das mudanças climáticas.
Ioane Teitota, do país insular de Kiribati, no Pacífico, apresentou a queixa em 2015, depois de ser deportado da Nova Zelândia, onde seu pedido de refúgio foi negado.
Teitota argumentou que seu direito à vida havia sido violado, pois o aumento do nível do mar e outros efeitos destrutivos da mudança climática haviam tornado sua terra natal inabitável.
Ele disse que foi forçado a migrar da ilha de Tarawa para a Nova Zelândia devido a impactos como falta de água doce devido à invasão de água salgada, erosão de terras aráveis ​​e disputas violentas por terras associadas, que resultaram em inúmeras mortes.

Novos padrões estabelecidos

Embora o Comitê das Nações Unidas tenha determinado que o direito à vida de Teitota não foi violado uma vez que medidas suficientes de proteção foram implementadas em Kiribati, o membro Yuval Shany disse: “no entanto, esta decisão estabelece novos padrões que podem facilitar o sucesso de futuros pedidos de refúgio relacionados às mudanças climáticas”.
O Comitê esclareceu ainda que as pessoas que solicitam refúgio não precisam provar que enfrentariam danos imediatos se forem deportadas de volta para seus países de origem.
A lógica foi a de que, como os eventos relacionados ao clima podem ocorrer de repente — como tempestades intensas ou inundações — ou ao longo do tempo através de processos de início lento, como aumento do nível do mar e degradação da terra, ambas as situações podem estimular as pessoas a buscar segurança em outro lugar.
Além disso, os membros do Comitê sublinharam que a comunidade internacional deve ajudar os países afetados adversamente pelas mudanças climáticas.
 
Posted: 21 Jan 2020 09:54 AM PST
Fundado em 2005, o prêmio celebra pioneirismo em quatro categorias: liderança política; Inspiração e ação; Visão empreendedora e Ciência e inovação. Foto: PNUMA
Fundado em 2005, o prêmio celebra pioneirismo em quatro categorias: liderança política; Inspiração e ação; Visão empreendedora e Ciência e inovação. Foto: PNUMA
As indicações para o prêmio Campeões da Terra 2020, o maior prêmio ambiental da ONU, foram abertas na segunda-feira (20), com o objetivo de reconhecer a contribuição de líderes destacados de governo, sociedade civil e setor privado cujas ações tiveram um impacto positivo sobre o ambiente. As candidaturas permanecerão abertas até 20 de março de 2020.
Fundado em 2005, o prêmio celebra pioneirismo em quatro categorias: liderança política; inspiração e ação; visão empreendedora e ciência e inovação.
“Por meio do prêmio Campeões da Terra, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) busca reconhecer as imensas contribuições de pessoas de todas as esferas da vida que apoiam a saúde do planeta”, disse Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA. “Em um momento em que a humanidade continua causando estragos em nosso meio ambiente, comemoramos os indivíduos, comunidades, empresas e governos que se esforçam para proteger a Terra.”
Todos os anos, os Campeões são selecionados entre centenas de indicações globais, enviados por meio de um processo de indicação pública; a lista de indicados é finalmente submetida a um júri – composto por uma ampla gama de especialistas em meio ambiente que seleciona os premiados.
Desde o seu lançamento, o PNUMA entregou o prêmio Campeões da Terra a 93 pessoas, de líderes mundiais a defensores e defensoras ambientais e criadores de tecnologia. São 22 líderes mundiais, 57 indivíduos e 14 grupos ou organizações.
“Ser nomeada Campeã da Terra foi uma grande honra para nós e nos inspirou a trabalhar ainda mais para proteger os animais da África do Sul”, disse Collet Ngobeni, do Black Mambas, a primeira unidade de guarda florestal anti-caça ilegal da África do Sul. “Todos nós podemos ser Campeões da Terra, basta proteger a natureza.”
Os Campeões da Terra de 2019 foram: a Costa Rica, na categoria ‘Liderança política’; Ant Forest, um miniprograma chinês e iniciativa de plantio de árvores; e o movimento climático jovem, Fridays for Future, na categoria ‘Inspiração e ação’; a professora Katharine Hayhoe, cientista climática da Texas Tech University na categoria ‘Ciência e inovação’; e a marca de roupas para esportes radicais Patagonia, na categoria ‘Visão empresarial’.
Os prêmios serão entregues aos vencedores deste ano em uma cerimônia no final de 2020.
Indique um Campeão da Terra

Sobre o PNUMA

O PNUMA é a principal voz global em questões ambientais. Ele fornece liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a melhorar sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.
 
Posted: 21 Jan 2020 09:43 AM PST
Liderada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a ação ficará até o final de janeiro no Taguatinga Shopping, em Taguatinga (DF). Foto: UNFPA
Liderada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a ação ficará até o final de janeiro no Taguatinga Shopping, em Taguatinga (DF). Foto: UNFPA
Chamando atenção do público para a importância do empoderamento de jovens mulheres para que tomem decisões informadas sobre a vida sexual e reprodutiva, a Campanha Ela Decide chega a Taguatinga (DF). A ação é liderada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pela Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil.
Seis totens em tamanho natural com as fotos das atrizes Bella Piero e Juliana Alves; e das youtubers Gabi Oliveira, do canal DePretas e Julia Tolezano, a Jout-Jout, serão instalados nos corredores do shopping. As influenciadoras aderiram voluntariamente à campanha para que a mensagem sobre os direitos sexuais e reprodutivos possa chegar ao maior número de pessoas, especialmente jovens mulheres.
A instalação foi feita no Taguatinga Shopping na sexta-feira (17) e fica exposta até 31 de janeiro. O público vai poder interagir com os totens e publicar as fotos nas mídias sociais com a hashtag #ElaDecide marcando também o UNFPA Brasil e as influenciadoras (@bella.piero, @joutjout, @julianaalvesiam, @gabidepretas) e o perfil da Campanha Ela Decide nas mídias sociais.
A campanha Ela Decide tem por objetivo discutir o poder de escolher quantos filhos ter, se quer ou não ter filhos e o melhor método de prevenção que cada mulher ou jovem pode optar. Além disso, traz à luz questões sobre igualdade de gênero, assédio sexual, como aceitar o próprio corpo, cuidar da saúde.
A campanha é uma das iniciativas da Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil, uma rede de empresas e organizações filantrópicas que busca fortalecer o tema no país, além das embaixadas do Canadá e do Reino dos Países Baixos.
O UNFPA é a agência de desenvolvimento internacional da ONU que trata de questões populacionais. Trabalha por um mundo onde todas as gestações sejam desejadas, todos os partos sejam seguros e cada jovem alcance seu potencial. Também colabora com governos e parceiros para promover o acesso universal a serviços integrados de saúde sexual e reprodutiva de qualidade.
Endereço
Taguatinga Shopping. QS 1 – Taguatinga, Brasília – DF
 
Posted: 21 Jan 2020 09:02 AM PST
Desigualdade ameaça progresso social - Foto: Aamir Mohd Khan/Pixabay
Desigualdade ameaça progresso social – Foto: Aamir Mohd Khan/Pixabay
A crescente desigualdade em países desenvolvidos e em desenvolvimento pode exacerbar as divisões e desacelerar o desenvolvimento econômico e social, de acordo com o Relatório Social Mundial 2020 das Nações Unidas, lançado globalmente nesta terça-feira (21). Mais de dois terços da população mundial vivem em países onde a desigualdade aumentou e o impacto é sentido em níveis pessoais e nacionais. O documento aponta que no Brasil, onde a desigualdade havia sido reduzida nas últimas décadas, ela está aumentando novamente.
De acordo com o relatório, produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, sociedades muito desiguais são menos efetivas na redução da pobreza, crescem mais vagarosamente, dificultam que as pessoas quebrem o ciclo da pobreza e fecham as portas para o avanço econômico e social. Além disso, o aumento da desigualdade reprime o crescimento econômico e pode aumentar a instabilidade política.
No prefácio da publicação, o secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu: “o ‘Relatório Social Mundial 2020: desigualdade num mundo que muda rapidamente’ surge quando confrontamos realidades difíceis de um panorama global de profunda desigualdade. Tanto no Norte quando no Sul, protestos em massa reacendem, alimentados por uma combinação de males econômicos, crescimento das desigualdades e insegurança no trabalho. Disparidades de renda e falta de oportunidades estão criando um ciclo vicioso de desigualdade, frustração e descontentamento em várias gerações”.
O relatório dá evidências mostrando que inovação tecnológica, mudanças climáticas, urbanização e migração internacional estão afetando as tendências de desigualdade. O secretário-geral afirmou que o documento traz uma mensagem clara: “o rumo futuro destes desafios complexos não é irreversível. Mudanças tecnológicas, migração, urbanização e mesmo a crise climática podem ser aproveitadas para um mundo mais sustentável e justo, ou podem nos dividir ainda mais”, alertou.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), unanimemente adotados pelos países em 2015, contêm um ODS específico para a redução da desigualdade. Os objetivos incorporam o princípio de “não deixar ninguém para trás”. O relatório detectou que crescimento econômico extraordinário ao longo das últimas décadas tem falhado em diminuir a “profunda divisão dentro e entre os países”.
O estudo aponta que estas disparidades dentro e entre os países irá inevitavelmente levar que as pessoas migrem. O documento registra que, se bem gerenciada, a migração pode não apenas beneficiar os migrantes, mas também ajudar a diminuir a pobreza e a desigualdade.
Brasil – Com o aumento da migração a partir de áreas rurais, mais da metade da população mundial hoje vive em áreas urbanas. Apesar de as cidades serem o cenário de inovação e prosperidade, muitos moradores urbanos sofrem com a extrema desigualdade.
Em um mundo com altos e crescentes níveis de urbanização, a desigualdade está aumentando novamente, mesmo em países que a tinham reduzido em décadas recentes, como Brasil, Argentina e México. O documento lembra que a desigualdade depende do que acontece nas cidades e as vantagens que as cidades oferecem podem não ser contínuas se as altas desigualdades urbanas não forem reduzidas.
Desigualdade desgasta confiança no governo – O relatório mostra que desigualdades concentram influência política entre os que estão em melhor situação, o que tende a preservar ou mesmo aumentar as diferenças de oportunidade. “Crescente influência política entre os mais afortunados corrói a confiança na habilidade dos governos em atender às necessidades da maioria (da população)”.
Mesmo em países que se recuperaram completamente das crises econômica e financeira de 2008, o descontentamento popular continua alto.
As crescentes desigualdades estão beneficiando os mais ricos. As alíquotas de imposto para as rendas mais altas têm diminuído em países desenvolvidos e em desenvolvimento, tornando os sistemas tributários menos progressivos. Em países desenvolvidos, as alíquotas para os mais ricos diminuíram de 66% em 1981 para 43% em 2018.
Nos países em desenvolvimento, as crianças das famílias mais pobres – e aqueles dos grupos étnicos mais vulneráveis – têm experimentado progresso mais lento na frequência escolar do ensino médio do que aquelas de famílias mais ricas, que estão mandando seus filhos para escolas de melhor qualidade. Disparidades e desvantagens na saúde e na educação estão sendo transmitidas de uma geração para outra.
Mudanças climáticas acentuam desigualdades – As emissões estão aumentando, as temperaturas globais estão subindo, mas os impactos das mudanças climáticas não estão sendo sentidos de forma uniforme no mundo, com países dos trópicos sendo os mais afetados negativamente.
De acordo com o relatório, as mudanças climáticas têm deixado os países mais pobres ainda mais pobres e, se não enfrentadas, podem levar milhões de pessoas para a pobreza nos próximos dez anos. As mudanças climáticas também estão deixando as coisas piores para a próxima geração, com impactos que devem reduzir oportunidades de trabalho, especialmente nos países mais afetados.
O relatório alerta que as mudanças climáticas podem aumentar a desigualdade, afetando também as políticas desenvolvidas para combater seus efeitos. Na medida em que países adotam ações para o clima, será importante proteger as famílias de baixa renda.
Tecnologia criando vencedores e perdedores – Os rápidos e revolucionários avanços tecnológicos das últimas décadas têm beneficiado trabalhadores qualificados ou aqueles que podem se qualificar.
Mas também têm cobrado um pedágio alto para trabalhadores com baixa ou média qualificação com intensa rotina laboral, cujos trabalhos estão sendo gradualmente eliminados ou extintos, na medida em que as tecnologias estão sendo absorvidas por um pequeno número de empresas dominantes.
Enquanto as novas tecnologias – como inovação digital ou inteligência artificial – abrem vastas e novas oportunidades de trabalho e engajamento, o relatório descobriu que o potencial para que elas promovam desenvolvimento sustentável só pode ser alcançado se todos tiverem acesso a elas, o que não está acontecendo, criando novas “divisões digitais”. Cerca de 87% das pessoas nos países desenvolvidos têm acesso a Internet, contra 19% nos países em desenvolvimento.
Os avanços tecnológicos podem exacerbar as desigualdades, ao favorecer aqueles com acesso precoce a estas tecnologias, e aumentar as lacunas em educação se desproporcionalmente ajudarem os filhos dos mais ricos.
Soluções – Usando exemplos positivos, o estudo apresenta concretas recomendações políticas que podem promover acesso a oportunidades, permitindo que políticas macroeconômicas foquem na redução da desigualdade, enfrentando também preconceito e discriminação.
Lançado enquanto as Nações Unidas se preparam para celebrar o 75º aniversário, o documento contém análises e recomendações políticas para conceber os diálogos globais para redução da desigualdade como uma condição fundamental para construir o futuro que queremos.
O relatório completo pode ser acessado aqui.
O sumário executivo pode ser acessado aqui.
Informações para a imprensa e pedidos de entrevista:
Departamento de Comunicação Global da ONU
Dan Shepard – Fone: + 1 (212) 963.9495 |- E-mail: shepard@un.org
 
Posted: 21 Jan 2020 08:57 AM PST
Embora o Brasil tenha avançado no acesso à escola, o problema ainda não está resolvido. Foto: UNICEF/Raoni Libório
Embora o Brasil tenha avançado no acesso à escola, o problema ainda não está resolvido. Foto: UNICEF/Raoni Libório
Início de ano é hora de volta às aulas. Mas essa não é uma realidade para quase 2 milhões de crianças e adolescentes brasileiros. São meninas e meninos que deixaram as salas de aula, ou que nunca sequer chegaram a elas.
Neste começo do ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) faz um apelo para que todos os municípios realizem a Busca Ativa Escolar: ou seja, unam as equipes da administração pública e da sociedade civil para ir de casa em casa encontrar e levar para a escola todos os estudantes que estão fora dela.
Embora o Brasil tenha avançado no acesso à escola, o problema ainda não está resolvido. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua 2017), 1,9 milhão de crianças e adolescentes continuam fora da escola no país (veja dados estaduais).
A exclusão escolar afeta, principalmente, crianças e adolescentes das camadas mais vulneráveis da população, que já não têm outros direitos respeitados. São, em sua maioria, pobres, negros, indígenas e quilombolas. Muitos deixam a escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar; outros têm algum tipo de deficiência.
Grande parte vive nas periferias dos grandes centros urbanos, no Semiárido, na Amazônia e nas zonas rurais. Muitos já passaram pela escola, mas não tiveram as oportunidades necessárias para aprender, foram reprovados até que deixaram a sala de aula. Ou foram vítimas de bullying, preconceito, violência, e não conseguiram continuar.
Por todas essas razões, a maioria dessas crianças e desses adolescentes nem vai até a escola para se matricular. “Não adianta, portanto, apenas ofertar vagas na escola. É preciso unir esforços de diferentes áreas – educação, saúde, assistência social, entre outras – para ir atrás de cada um, entender as causas da exclusão e tomar as medidas necessárias para garantir a matrícula e a permanência na escola, aprendendo”, explica Verônica Bezerra, especialista em Educação do UNICEF.
A boa notícia é que mais de 3 mil municípios brasileiros já estão engajados nesse esforço. Todos eles fizeram adesão à Busca Ativa Escolar – iniciativa do UNICEF e parceiros para ajudar os municípios e estados nesse esforço de inclusão escolar.
A estratégia colabora para a identificação de crianças e adolescentes fora da escola, seu encaminhamento para os diversos serviços públicos – como da Saúde e da Assistência Social, de acordo com os motivos de evasão e/ou abandono – e sua (re)matrícula e acompanhamento no retorno à escola.
Por meio da Busca Ativa Escolar, o município reúne representantes de diferentes áreas dentro de uma mesma plataforma gratuita. Cada pessoa ou grupo tem um papel específico, que vai desde a identificação de uma criança ou adolescente fora da escola até o seu encaminhamento para os serviços públicos da rede de proteção e a tomada das providências necessárias para a sua (re)matrícula e a permanência na escola. O estado também participa da estratégia, em regime de colaboração com os municípios, podendo (re)matricular adolescentes nas escolas da rede estadual.
Saiba mais em buscaativaescolar.org.br

Sobre a Busca Ativa Escolar

A Busca Ativa Escolar é uma metodologia social e uma plataforma gratuitas para ajudar os municípios e os Estados a enfrentar a exclusão escolar, desenvolvida pelo UNICEF em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).
 
Posted: 21 Jan 2020 07:56 AM PST
Embora mais de 40 casos tenham sido relatados na China, Tailândia e Japão, "não há evidências que sugiram que a transmissão de pessoa para pessoa ocorra facilmente", afirma o alerta. Foto: Unsplash/Michael Amadeus
Embora mais de 40 casos tenham sido relatados na China, Tailândia e Japão, “não há evidências que sugiram que a transmissão de pessoa para pessoa ocorra facilmente”, afirma o alerta. Foto: Unsplash/Michael Amadeus
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) emitiu um alerta aos seus países-membros sobre o novo coronavírus (nCoV), recomendando que os profissionais de saúde tenham acesso a informações atualizadas sobre a doença, estejam familiarizados com os princípios e procedimentos para manejar infecções por nCoV e sejam capacitados a obter informações sobre o histórico de viagens de um paciente, a fim de conectar essas informações aos dados clínicos.
Embora mais de 40 casos tenham sido relatados em China, Tailândia e Japão, “não há evidências que sugiram que a transmissão de pessoa para pessoa ocorra facilmente”, afirma o alerta. Sugere que as autoridades nacionais “revisem as ações consideradas em resposta à disseminação do SARS-CoV em 2003, adaptando-as e adotando aquelas são proporcionais ao risco atual”.
Os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV). O novo coronavírus é uma nova cepa que ainda não havia sido identificada em humanos. Os coronavírus são zoonóticos, o que significa que são transmitidos entre animais e pessoas.
A OPAS/OMS encoraja seus Estados-membros a fortalecer as atividades de vigilância para detectar qualquer evento incomum de saúde respiratória e acompanhará de perto a evolução epidemiológica da situação, fornecendo orientações mais detalhadas quando disponíveis. O organismo internacional não recomenda nenhuma triagem nos pontos de entrada referente a este evento, nem quaisquer restrições a viagens ou comércio.

Mais informações:

Site em inglês com informações sobre o coronavirus: www.who.int/health-topics/coronavirus
 
Posted: 21 Jan 2020 06:56 AM PST
A falta de trabalho decente, combinada com o aumento do desemprego e a persistência de desigualdades, está tornando cada vez mais difícil para as pessoas construírem uma vida melhor. Foto: Banco Mundial/Chor Sokunthea
Quase meio bilhão de pessoas no mundo trabalham menos horas remuneradas do que gostariam ou não têm suficiente acesso ao trabalho assalariado, segundo o novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Além disso, o relatório anual World Employment and Social Outlook: Trends 2020 (WESO) destaca que o número de pessoas desempregadas deve aumentar em cerca de 2,5 milhões em 2020.
O desemprego global permaneceu praticamente estável nos últimos nove anos, mas a desaceleração do crescimento econômico global significa que, embora a força de trabalho global aumente, não estão sendo criados novos empregos suficientes para absorver os que entram no mercado de trabalho.
“Para milhões de pessoas comuns, é cada vez mais difícil construir uma vida melhor por meio do trabalho”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
“As persistentes e substanciais desigualdades e exclusões relacionadas ao trabalho estão impedindo-as de encontrar trabalho decente e de construir um futuro melhor. Essa é uma descoberta extremamente preocupante, que tem repercussões profundas e alarmantes para a coesão social.”
O relatório mostra que o descompasso entre a oferta e a demanda de trabalho se estende para além do desemprego, chegando a uma subutilização mais ampla da mão de obra.
Além do número global de desempregados (188 milhões), 165 milhões de pessoas não têm trabalho remunerado suficiente e 120 milhões desistiram de procurar ativamente por emprego ou não têm acesso ao mercado de trabalho. No total, mais de 470 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas.
O relatório também analisa as desigualdades no mercado de trabalho. A partir de novos dados e estimativas, o relatório mostra que, no nível global, a desigualdade de renda é maior do que se pensava anteriormente, especialmente nos países em desenvolvimento.
Em todo o mundo, a parcela da renda nacional destinada ao trabalho (e não a outros fatores de produção) diminuiu substancialmente entre 2004 e 2017, de 54% para 51%. Essa queda significativa do ponto de vista econômico é mais pronunciada em Europa, Ásia Central e Américas. Isso é mais do que sugeriam as estimativas anteriores, como mostra o relatório.
A pobreza dos trabalhadores, moderada ou extrema, deve aumentar em 2020-2021 nos países em desenvolvimento, dificultando a conquista do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 sobre erradicação da pobreza em todo o mundo até 2030.
Atualmente, a pobreza dos trabalhadores (definida como ganhar menos de 3,20 dólares por dia em termos de paridade do poder de compra) afeta mais de 630 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, ou uma em cada cinco pessoas da população ativa do mundo.
Outras desigualdades significativas — definidas por gênero, idade e localização geográfica — continuam sendo fatores relevantes dos atuais mercados de trabalho, destaca o relatório, limitando tanto as oportunidades individuais quanto o crescimento econômico geral.
Em particular, um número impressionante de 267 milhões de jovens (de 15 a 24 anos) não trabalham, estudam ou recebem treinamento, e muitos outros enfrentam condições de trabalho precárias.
O relatório alerta que a intensificação das restrições comerciais e do protecionismo pode ter um impacto significativo sobre o emprego, direta e indiretamente.
Com relação ao crescimento econômico, o relatório constata que o ritmo e a forma de crescimento atuais estão dificultando os esforços para reduzir a pobreza e melhorar as condições de trabalho nos países de baixa renda. O relatório recomenda que é necessário alterar o tipo de crescimento para estimular atividades de maior valor agregado por meio de transformação estrutural, modernização tecnológica e diversificação da produção.
“A subutilização da mão de obra e os empregos de baixa qualidade significam que nossas economias estão perdendo os benefícios potenciais do enorme fluxo de talentos humanos”, disse o principal autor do relatório, Stefan Kühn. “Só encontraremos o caminho para o desenvolvimento sustentável e inclusivo se combatermos esses tipos de desigualdades no mercado de trabalho e facilitarmos o acesso ao trabalho decente.”
O relatório anual analisa questões-chave do mercado de trabalho, incluindo desemprego, subutilização da mão de obra, pobreza dos trabalhadores, desigualdade de renda, participação na renda do trabalho e fatores que excluem as pessoas do trabalho decente.
Leia aqui o resumo executivo (em inglês).
Leia aqui o relatório na íntegra (em inglês).
Visite o site especial (WESO Data Finder) com os dados sobre o Brasil e demais países.
 

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